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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará Fapespa

Boletim - Mercado de Trabalho 2014

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É um boletim sobre o mercado de trabalho paraense referente ao ano de 2014.

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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014

Fundação Amazônia de Amparoa Estudos e Pesquisas do Pará

Fapespa

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

Simão Robison Oliveira JateneGovernador do Estado do Pará

José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará

FUNDAÇÃO AMAZÔNIA DE AMPARO A ESTUDOS E PESQUISAS DO PARÁ - FAPESPA

Eduardo José Monteiro da CostaDiretor-Presidente

Alberto Cardoso Arruda

Geovana Raiol PiresDiretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

Maria Glaucia MoreiraDiretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

Andrea dos Santos CoelhoDiretora de Pesquisas e Estudos Ambientais

Ciria Aurora Ferreira PimentelDiretora Administrativa

Eduardo Alberto da Silva LimaDiretor de Planejamento

Sibele Maria Bitar de Lima CaetanoDiretora de Operações Técnicas

Fundação Amazônia de Amparoa Estudos e Pesquisas do Pará

FapespaTravessa Nove de Janeiro, 1686 - São BrásCEP. 66.060-575 - Belém - Pará - BrasilFone: 55 XX 91 3323-2550www.fapespa.pa.gov.br

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EXPEDIENTE

Publicação Oficial:© 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – FapespaTodos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

1ª edição - 2015Elaboração, edição e distribuiçãoFundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa

Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado. Bairro: São Braz – Belém – PA, CEP: 66.060-575Fone: (91) 3323 2550Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br

Coordenação de Estudos Econômicos e Análise Conjuntural:Edson da Silva e Silva Elaboração Técnica:Edson da Silva e Silva Colaboração:Joyse Tatiane Souza dos Santos (elaboração de mapas)

Produção Editorial:Helen da Silva BarataIngrid Nery MendesJuliana Cardoso SaldanhaKarina Lan’ArcSimone de Campos

Revisão:Juliana Cardoso Saldanha

Normalização: Anderson Alberto Saldanha TavaresAngela Cristina Nascimento SilvaJacqueline Queiroz Carneiro

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)________________________________________________________________

F981b

Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) Boletim do Mercado de Trabalho Paraense em 2014/ Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos e Análise Conjuntural. – Belém, 2014. 16 f: il.

1. Mercado de trabalho – Pará 2014. 2. Emprego celetista – Pará 2014. 3. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). I. FAPESPA. II. Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural. III. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). IV. Título

CDD: 23 ed. 332 ________________________________________________________________

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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014Fundação Amazônia de Amparo

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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014

A Fundação Amazônia de Amparo a Estu-dos e Pesquisas do Pará (Fapespa), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados (CAGED), disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), passa a divulgar , periodicamente, informações sobre o mercado de trabalho paraense, com o objetivo de acompanhar a movimentação do emprego celetista no estado, com base nas admissões, desligamentos e saldo. Para este boletim, foram sistematizados os dados referentes ao ano de 2014, sendo consideradas so-mente as declarações entregues dentro do prazo.

Em 2014, o saldo de empregos no Pará foi positivo em 17.016 novos vínculos trabalhistas, re-sultado que aumentou em 2,16% o estoque de em-pregos formais. O Pará foi o estado de maior saldo de empregos da região Norte do país, equivalente a 96% do saldo positivo na região, que encerrou o ano com incremento de 17.652 novos contratos com carteira assinada (Tabela 1). Foram geradas, no ano de 2014, no estado, 406.865 admissões contra 389.849 desligamentos, desempenho que favoreceu o aumento da movimentação de mão de obra em 2014, dado que em 2013 as admissões foram de 395.941 e os desligamentos de 366.325 empregos.

2014 2013Brasil -555.508 396.993 1.138.562Região Norte -31.468 17.652 66.489Pará -16.974 17.016 29.132

Unidades Geográ�cas

dez/14Acumulado

Tabela 1 – Saldo de emprego do Brasil, Região Norte e Pará, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

A atual conjuntura produtiva paraense, li-gada a fatores tantos nacionais quanto interna-cionais, conduziu o ritmo de geração de trabalho no estado. Dessa forma, ressalta-se o papel dos empreendimentos do setor energético e mineral, que juntos promoveram boa parte da movimenta-ção de mão de obra nesse último ano. Um exem-plo foi a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, que no primeiro semestre de 2014, alcançou o ponto máximo de contratações,

induziu também a geração de empregos nos seto-res de Serviços e Comércio, favorecendo para o saldo de 4.749 novos vínculos trabalhistas no mu-nicípio. Outro exemplo de empreendimento indutor da geração de trabalho no estado foi a implementa-ção da mina S11D, em Canaã dos Carajás, que no processo de estruturação do parque produtivo, in-cluindo a construção da ferrovia para escoamento do produto, contribuiu para o saldo de 2.246 novos empregos no município.

Contudo, o mercado de trabalho paraen-se, que em 2014 gerou 17.016 novos empregos, obteve saldo abaixo do registrado no ano anterior, quando em 2013, foram criados 29.132 vínculos empregatícios. O baixo nível de atividade produti-va no país, provocado principalmente pelo desa-quecimento dos setores da Construção Civil e da Indústria de Transformação, promoveu, em muitos estados, geração de emprego abaixo da alcançada em 2013.

No Pará, entre os setores que mais criaram empregos em 2014, o de Serviços liderou a criação de novos vínculos, com 7.746 postos de trabalho (Tabela 2), sendo os segmentos de Transporte e Comunicação (1.782) e Serviços Médicos Odonto-lógicos e Veterinários (1.437) os que mais geraram

e, além de influenciar o setor da Construção Civil,

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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014

Estado/Setores Admitidos Desligados SaldoPará 406.865 -389.849 17.016Serviços 106.600 -98.854 7.746Construção Civil 113.748 -110.347 3.401Comércio 100.589 -97.434 3.155Indústria de transformação 45.940 -44.280 1.660Extrativa mineral 3.839 -2.962 877Administração Pública 487 -316 171Serviços Industr de Utilidade Pública 2.608 -2.562 46Agropecuária 33.054 -33.094 -40

empregos no setor. A Construção Civil obteve o segundo melhor saldo nesse ano (3.401 novos postos), tendo menos participação na geração de vínculos empregatícios que no ano anterior, quando, em 2013, foi o setor que mais criou empregos (17.982 novos vínculos).

Tabela 2 – Mercado de trabalho paraense por setor de atividade, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

A Construção Civil, que nos últimos anos respondeu como o setor que mais criou empregos no estado, encerrou 2014 abaixo do setor de Servi-

Construção Civil no Pará estar alicerçada em dois pilares produtivos: os grandes empreendimentos (mineral e energético) e as construções habitacio-nais, dois segmentos econômicos que, em 2014, sofreram desaceleração no nível de suas ativida-des produtivas, sendo responsáveis pela redu-ção no número de trabalhadores contratados. Por exemplo, somente a Região Metropolitana de Be-lém (RMB), que tem nas construções habitacionais o principal segmento da Construção Civil, encerrou 2014 com saldo negativo de 723 vínculos trabalhis-tas, sendo Belém o município de maior redução, 1.743 empregos.

Com relação ao setor de Comércio dos 3.155 novos empregos gerados, em 2014, o muni-cípio de Santarém respondeu por 531, encerrando o ano como o município de maior geração de em-pregos no setor. Belém, que durante muito tempo esteve à frente da criação de vínculos trabalhista no setor do Comércio, teve o estoque reduzido em 1.263 vínculos, sendo o município de maior saldo

do setor no estado, já que mesmo sendo positivo,

registrada criação de 5.849 vínculos. A dinâmica da movimentação no mercado de trabalho no setor Comércio está ligado ao crescimento produtivo no setor, como exemplo, o segmento varejista, que de janeiro a novembro 2013 havia crescido 5,7%, va-riou 3,9% em 2014, no mesmo período.

Já a Indústria de Transformação, com saldo de 1.660 novos empregos com carteira assinada, teve nos segmentos de alimentos e bebidas (1.332 vínculos), indústria mecânica (360 vínculos) e in-

vínculos) os de maior saldo positivo no setor. Casta-nhal foi o município que mais gerou novos vínculos trabalhistas no segmento de alimentos e bebidas, com 399 novos empregos; enquanto que Altamira respondeu por 648 novos empregos na indústria mecânica e Mocajuba, por 160 novos vínculos na

O resultado da Indústria de Transformação paraense em 2014, na geração de emprego, re-verteu o obtido em 2013, quando o setor encerrou o ano com redução de 481 vínculos de emprego. Contudo, o bom desempenho do setor na geração de emprego em 2014, superou as expectativas

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para o setor, uma vez que a produção física da indústria de transformação registrou queda de 0,34%, no acumulado de janeiro a novembro de 2014. Por outro lado, a Indústria Geral do Pará, que além da Indús-tria de Transformação, inclui também o Extrativo Mineral, acumulou até novembro de 2014, crescimento de 8,8%, com grande contribuição do segmento de mineração. Dessa forma, o crescimento produtivo de 11,7%, no acumulado de janeiro a novembro de 2014 da indústria Extrativa Mineral, induziu a geração de 877 novos empregos formais. Parauapebas foi o município que mais criou novos empregos no setor Extrativo Mineral, 1.120 vínculos formais.

Com redução de 40 vínculos trabalhistas, o setor Agropecuário foi o único a registrar saldo negati-vo na geração de empregos no estado. O município de maior redução no estoque de empregos do setor Agropecuário foi Almerim, com saldo negativo de 554 vínculos, seguido de Concórdia do Pará (-287), Cumaru do Norte (-176) e mais 61 municípios. Apesar do desempenho negativo no mercado de trabalho, algumas culturas como o dendê e a soja possuem previsão de crescimento, esta última, com incremento da produção previsto em 2014 de 45%, segundo dados do levantamento Sistemático da Produção Agrí-cola (LSPA/IBGE).

Saldo1º Altamira 4.7492º Ananindeua 2.5483º Canaã dos Carajás 2.4414º Barcarena 1.421

5º Paragominas 1.100

6º Marituba 1.0147º Vitória do Xingu 8848º Redenção 7559º Tailândia 72210º Santarém 698

Municípios

Tabela 3 – Municípios paraenses com os maiores saldos de emprego, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

Quanto à geração de empregos nos municípios do estado, Altamira liderou a criação de novos víncu-los trabalhistas, com 4.749 novos empregos, sendo o setor da Construção Civil o que mais contribuiu para esse saldo, gerando 3.338 novos vínculos de trabalho. Ananindeua, com saldo de 2.548 empre-gos, foi o segundo município na geração de pos-tos de trabalho, seguido por Canaã dos Carajás (2.441). Já entre os municípios que apresentaram os piores saldos em 2014, destacaram-se Mara-bá e Almerim, com 3.361 e 645 vínculos a menos no estoque de empregos, respectivamente. Alme-im teve, no setor Agropecuário, o líder de desli -

gamentos, com redução de 554 empregos, já em Marabá, a Construção Civil respondeu por 3.820 demissões, sendo o setor de maior saldo negativo no município.

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Mapa 1 – Saldo de emprego celetista por município, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

Espacialmente, observa-se que a dinâmi-ca de geração de empregos tem favorecido mu-nicípios do interior do estado em várias regiões. Ressalta-se, portanto, que além dos municípios da RMB, como Ananindeua e Marituba, a geração de empregos no estado tem sido puxada por Altamira, Santarém, Tailândia, Redenção e Vitória do Xingu, todos com saldo superior a 500 empregos. Belém ainda responde pela maior movimentação de em-pregos no estado, no entanto, registrou, em 2014, saldo de 16 vínculos trabalhistas, provenientes de 112.067 admissões e 112.051 desligamentos. O saldo de empregos da capital paraense só não foi melhor, devido à retração nos vínculos com carteira assinada dos setores da Construção Civil e Comér-cio, com respectivamente -1.743 e -1.263 empre-gos formais.

Com vários municípios de diferentes Re-

giões de Integração (RI) contribuindo para o mer-cado de trabalho no estado, o resultado agrupado pode ser visto no Mapa 2, o qual demonstra que, dentre as Ris, seis apresentaram saldo positivo de até 1.000 empregos (Baixo Amazonas, Marajó, Rio Capim, Rio Caeté, Tapajós e Araguaia), quatro com saldo entre 1.000 e 6.000 vínculos trabalhistas (Xingu, Tocantins, Metropolitana e Guamá) e, por

Tucuruí).

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Mapa 2 – Saldo de emprego formal por Região de Integração, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

Ao longo de 2014, a geração de emprego no estado apresentou basicamente dois comportamen-tos: de janeiro a setembro, o acumulado de empregos revelava crescimento de 38.239 trabalhadores; de outubro a dezembro, o mercado de trabalho paraense acumulou perda de 21.223 vínculos com carteira assinada. A queda na geração de trabalho nos três últimos meses impediu que o ano de 2014 fosse en-cerrado com recorde na criação de empregos no estado. Somente em dezembro, o estoque de mão de

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

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Estado e Setores 2013 2014Pará 37,32 35,39

Extrativa mineral 13,83 17,68Indústria de transformação 52,73 50,63SIUP 33,17 31,72

Construção Civil 110,11 107,52

Comércio 50,79 46,54

Serviços 39,84 38,52

Administração Pública 0,21 0,11Agropecuária 68,31 63,75

A dinâmica do mercado de trabalho no Pará ao longo do ano descreve o comportamento da taxa de rotatividade. Em período de maior movi-mentação de emprego, associado principalmente ao aumento do desligamento, a taxa de rotativida-

saída da mão de obra nos postos de trabalho. Nes-se sentido, em dezembro de 2014, o elevado saldo negativo contribuiu para que a taxa de rotatividade

2,51% (dez/2014) ante 2,16% (dez/2013). No acu-mulado do ano de 2014, a taxa de rotatividade de

35,39%, abaixo do registrado em 2013, calculada em 37,32%.

Tabela 4 – Comparativo da taxa de rotatividade do emprego paraen-se, 2014/2013

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

Dos oitos setores registrados pelo CAGED, em 2014, somente o Extrativo Mineral apresentou taxa de rotatividade superior à calculada em 2013, saindo de 13,83% (2013) para 17,68% (2014). Os demais setores tiveram rotatividade abaixo do ano anterior, porém alguns permaneceram com taxa consideravelmente alta, foi o caso da Construção Civil e do Agropecuário, com 107,52% e 63,75%, respectivamente. A característica produtiva des-ses setores contribui para a elevada rotatividade, a Construção Civil, por exemplo, possui prazos e

-

xo de entrada e saída de trabalhadores. Já o Agro-pecuário tem na sazonalidade o principal fator de movimentação da mão de obra.

A alta rotatividade no emprego interfere no tempo de permanência do trabalhador no mesmo posto de trabalho, fato este que, além de comprometer a produtividade, provoca efeitos também nos rendi-mentos, já que o salário médio dos admitidos ten-de a ser menor que o dos desligados. Com isso, em termos de massa salarial, a cada nova saída e entrada de trabalhador no mesmo posto de traba-lho, há uma redução nos ganhos, resultado esse que tende a impactar no consumo das famílias. É importante lembrar que boa parte da mão de obra empregada no estado é de trabalhadores em ocu-pações de menor rendimento médio (Tabela 7).

Quatro das ocupações de maior movimentação de trabalhadores estão entre as 20 ocupações de me-nor rendimento médio (Tabela 5 e 7), incluindo a de “ajudante de obras” que, em 2014, foi a ocupação

Ressalta-se também que o tempo de permanência do trabalhador no mesmo vínculo empregatício in-terfere no rendimento médio. Das dez ocupações de maior movimentação de trabalhadores, seis apresentaram redução no tempo médio de perma-nência, em 2014, na comparação com 2013 (Tabe-la 6).

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Tabela 5 – Ocupações de maior movimentação no mercado de trabalho paraense, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

Admitidos Desligados Saldo Movimentação

1º Ajudantes de Obras 43.400 -39.647 3.753 83.047

2ºTrabalhadores da Construção Civil e Obras Publicas

37.923 -39.432 -1.509 77.355

3º Vendedores e Demonstradores 38.258 -37.979 279 76.237

4ºCondutores de Veículos e Operadores de Equipamentos de Elevação e de Movimentação de Cargas

25.103 -23.746 1.357 48.849

5ºTrabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação e Manutenção de Edifícios e Logradouros

23.256 -20.453 2.803 43.709

6ºEscriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos

22.102 -20.731 1.371 42.833

7ºTrabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação

14.602 -13.751 851 28.353

8ºTrabalhadores nos Serviços de Proteção e Segurança

13.413 -12.615 798 26.028

9º Embaladores e Alimentadores de Produção 13.124 -10.204 2.920 23.328

10º Caixas, Bilheteiros e Afins 10.588 -10.763 -175 21.351

Ocupações de maior movimentação

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Tabela 6 – Comparativo do tempo médio (em meses) de permanência das ocupações de maior movimentação, 2014/2013

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

2013 2014

1º Ajudantes de Obras 8 7,9

2ºTrabalhadores da Construção Civil e Obras Publicas

11,3 9,5

3º Vendedores e Demonstradores 15,8 17

4ºCondutores de Veículos e Operadores de Equipamentos de Elevação e de Movimentação de Cargas

16,6 15,9

5ºTrabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação e Manutenção de Edifícios e Logradouros

15,5 14,8

6ºEscriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos

21,2 21,2

7ºTrabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação

15,7 15,2

8ºTrabalhadores nos Serviços de Proteção e Segurança

24,5 25,4

9ºEmbaladores e Alimentadores de Produção

15,4 13,2

10º Caixas, Bilheteiros e Afins 17,5 18,5

Ocupações

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Tabela 7 – Ocupações de menor salário médio de desligamento do mercado de trabalho paraense, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

vínculos sal. Med. vínculos sal. Med.1º Trabalhadores da Confecção de Calcados 71 745,34 -54 765,4 17 1252º Trabalhadores Agrícolas 7.256 796,82 -6.871 771,33 385 14.1273º Confeccionadores de Produtos de Papel e Papelão 6 805,67 -8 773 -2 144º Trabalhadores dos Serviços Domésticos em Geral 1.142 762,22 -645 773,45 497 1.7875º Produtores Agropecuários em Geral 96 760,81 -74 775,64 22 1706º Montadores e Ajustadores de Instrumentos Musicais 2 759 -2 786,5 0 4

7ºOperadores de Instalações e Equipamentos de Produção de Metais e Ligas- Segunda Fusão

39 841 -43 798,5 -4 82

8º Trabalhadores da Confecção de Roupas 1.135 774,17 -927 806,47 208 2.0629º Embaladores e Alimentadores de Produção 13.124 776,13 -10.204 810,25 2.920 23.32810º Trabalhadores na Exploração Agropecuária em Geral 6.164 768,34 -5.750 816,59 414 11.91411º Operadores de Equipamentos na Preparação de Alimentos e Bebidas 2.124 818,92 -1.926 825,01 198 4.05012º Vidreiros, Ceramistas e Afins 369 815,76 -419 828,44 -50 78813º Trabalhadores nos Serviços de Embelezamento e Cuidados Pessoais 1.073 812,03 -984 829,07 89 2.05714º Artistas de Artes Populares e Modelos 167 824,86 -158 829,35 9 32515º Secretários de Expediente e Operadores de Maquinas de Escritórios 6.802 799,15 -6.295 837,04 507 13.09716º Trabalhadores de Manobras Sobre Trilhos e Movimentação e Cargas 7.827 831,78 -6.631 844,01 1.196 14.45817º Trabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação 14.602 813,85 -13.751 846,88 851 28.35318º Ajudantes de Obras 43.400 825,33 -39.647 848,95 3.753 83.047

19º Trabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação

e Manutenção de Edifícios e Logradouros20º Trabalhadores da Preparação da Madeira 1128 854,74 -1135 850,09 -7 2263

2.803 43.709

OcupaçõesAdmitidos Desligados

Saldo Movimentação

23.256 811,61 -20.453 849,83

O saldo na geração de empregos no Pará ainda pode ser conferido através das principais ocupa-ções, em relação aos municípios de maior saldo em 2014. Nesse sentido, Altamira respondeu pela maior criação de novas vagas nas ocupações de ajudantes de obras, com geração de 1.291 empregos formais. O município também foi o que mais ofertou emprego à ocupação de Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas, tendo criado 1.043 novos contratos com carteira assinada (Tabela 8). Essas ocupações estão ligadas à construção da UHBM, que além de atrair trabalhadores para o empreendimento da usina, viabiliza também empregos em obras executadas paralelamente às da hidrelétrica, vinculadas à infraes-trutura do município.

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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014

Ocupação/Municípios Altamira Ananindeua BarcarenaCanaã dos

CarajásMarituba Paragominas Redenção Tailândia

Vitória do Xingu

Ajudantes de Obras 1.291 533 212 634 639 73 138 192 22Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas

1.043 49 178 703 4 70 67 148 78

Vendedores e Demonstradores 165 -217 42 86 -53 49 113 42 59

Condutores de Veículos e Operadores de Equipamentos de Elevação e de Movimentação de Cargas

706 29 -64 821 149 82 -14 11 25

Trabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação e Manutenção de Edifícios e Logradouros

139 278 82 272 35 114 57 50 15

Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos

92 241 105 15 40 79 38 51 33

Trabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação

439 43 23 168 -5 28 41 -22 7

Trabalhadores nos Serviços de Proteção e Segurança

-49 51 116 51 2 31 -22 8 16

Embaladores e Alimentadores de Produção

-43 760 11 1 4 129 83 5 2

Caixas, Bilheteiros e Afins 48 -43 -29 10 -18 30 49 12 7

Tabela 8 – Saldo das principais ocupações em relação aos municípios com os maiores saldos de empregos, 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.

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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014Fundação Amazônia de Amparo

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NOTA METODOLÓGICA

O Boletim do Mercado de Trabalho Paraense toma como referência as estatísticas sobre o de-sempenho do emprego celetista, com registro em carteira, no estado do Pará, tendo como fonte de dados o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O CAGED é um registro administrativo obrigatório que inclui informação somente do emprego

dispensa dos trabalhadores; ii) viabilizar a construção de ações de combate ao desemprego; iii) permitir -

pregados no mercado de trabalho e v) gerar estatísticas para o acompanhamento do mercado formal de trabalho.

Com periodicidade mensal, o Boletim do Mercado de Trabalho paraense reúne informações sobre a movimentação das admissões e desligamentos em determinado período, desagregadas por setores

Essas informações, além de serem apresentadas para o estado, contemplam também os municí-

com o saldo, de nota amplamente a dinâmica de vínculos do mercado de trabalho paraense.