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BOLETIM MISSIONAL INHAMINGA, ABRIL-MAIO DE 2013 Olá, amigos! Os dias estão voando! Nem vi o mês de abril passar direito, então escreverei sobre abril e maio nesse boletim. Antes de começar, quero pedir desculpas pelo atraso! Evangelismo em Chisadze Em abril fomos evangelizar num bairro chamado Chisadze. Nosso grupo foi dividido em duas equipes. Fomos de casa em casa, como sempre, nos apresentando, compartilhando das boas novas e orando pelas pessoas. As pessoas são muito abertas ao evangelho aqui na região central, diferente do norte do país onde o islamismo é mais forte. Penso que isso é bom e ruim ao mesmo tempo, bom porque temos a liberdade e oportunidade de poder pregar o evangelho muitas vezes a famílias inteiras, mas também encontramos uma dificuldade: as pessoas que não rejeitam dizem que aceitam, pois sabem que Deus as criou. Mas, sabemos que o aceitar não é o suficiente, por isso precisamos ser bem cuidadosos na hora de pregar o Evangelho. A salvação é obra do Espírito Santo, mas as pessoas precisam ouvir a mensagem como ela é e, o evangelho verdadeiro sempre confrontará a maneira pecaminosa de viver do homem. Espíritos de manipulação De todas as casas que entramos, uma tinha o ambiente espiritual mais pesado. Lá havia um rapazinho que era cego de um olho, seu irmão mais velho, a mãe e a tia que já era crente. Os alunos começaram a falar do amor de Deus com eles.

Boletim missional abril-maio

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Informativo missionário direto de Moçambique

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Page 1: Boletim missional abril-maio

BOLETIM MISSIONAL INHAMINGA, ABRIL-MAIO DE 2013

Olá, amigos!

Os dias estão voando! Nem vi o mês de abril passar direito, então escreverei sobre abril e maio nesse

boletim. Antes de começar, quero pedir desculpas pelo atraso!

Evangelismo em Chisadze

Em abril fomos evangelizar num bairro chamado Chisadze. Nosso grupo foi dividido em duas equipes.

Fomos de casa em casa, como sempre, nos apresentando, compartilhando das boas novas e orando

pelas pessoas. As pessoas são muito abertas ao evangelho aqui na região central, diferente do norte do

país onde o islamismo é mais forte. Penso que isso é bom e ruim ao mesmo tempo, bom porque temos a

liberdade e oportunidade de poder pregar o evangelho muitas vezes a famílias inteiras, mas também

encontramos uma dificuldade: as pessoas que não rejeitam dizem que aceitam, pois sabem que Deus

as criou. Mas, sabemos que o aceitar não é o suficiente, por isso precisamos ser bem cuidadosos na hora

de pregar o Evangelho. A salvação é obra do Espírito Santo, mas as pessoas precisam ouvir a mensagem

como ela é e, o evangelho verdadeiro sempre confrontará a maneira pecaminosa de viver do homem.

Espíritos de manipulação

De todas as casas que entramos, uma tinha o ambiente espiritual mais pesado. Lá havia um rapazinho

que era cego de um olho, seu irmão mais velho, a mãe e a tia que já era crente. Os alunos começaram

a falar do amor de Deus com eles.

Page 2: Boletim missional abril-maio

Comecei a perceber que havia ali um tipo de

opressão, um espírito de manipulação na vida

daqueles meninos. Tive a impressão de que

nossas palavras não estavam surtindo efeito

algum sobre eles. Então depois de conversar

mais um pouco, perguntamos se poderíamos

orar por eles e abençoá-los. Ao fim da oração,

fizemos um convite aos rapazes para irem à

reunião da igreja do bairro de “3 de Fevereiro”,

que fica ali perto. Nesse momento, a mãe que

até aquele momento não havia falado uma

palavra, começou a reclamar no dialeto e saiu praticamente correndo do quintal da casa. A tia que

estava ali disse que a mãe não gostou quando fiz o convite aos seus filhos e disse que os eles não

iriam à igreja.

Certamente aquela opressão estava ali por intermédio da mãe, oramos mais uma vez, repreendemos

qualquer tipo de ataque sobre a vida daqueles meninos e declaramos a paz do Senhor naquela casa.

Despedimos-nos com a impressão de que a luz do Senhor tinha chegado ali e que aquele tinha sido

o dia que o Senhor havia preparado para que a salvação chegasse àquelas vidas. Aqui na África

existem muitos casos como este, onde os pais consagram seus filhos aos espíritos e os colocam debai-

xo de um jugo que nem eles mesmos puderam escolher um dia.

Inhaminga Wa Yesu

No começo do mês de maio fui convidado

para pregar na igreja Inhaminga Wa Yesu

(Inhaminga para Jesus). Falei sobre “O

Evangelho e o Reino de Deus”. As pessoas

vivem atrás das bênçãos do reino de Deus,

contudo nunca terão autoridade sobre os de-

mônios, poder para curar sem antes passar

pela cruz, sem experimentar um profundo

arrependimento pelos pecados e crer no

evangelho. O homem nunca experimentará os

efeitos da vitória que o Senhor Jesus

conquistou na cruz.

Massandza

Conheci a igreja em Masanza que fica num

povoado não muito distante daqui. O cenário é o

mesmo de quase todas as igrejas no mato: há

muita carência de palavra e pastoreio. Essa igreja foi

iniciada, basicamente, por jovens da própria

comunidade. Conversei com o responsável sobre o

meu interesse em servir aqueles irmãos com ensino

da Palavra todas as sextas na parte da tarde. Do dia

21 a 23 de junho haverá uma conferência sobre o

Evangelho, vamos ensinar sobre “Deus, o Homem,

Jesus e por fim Arrependimento e fé” que atenderá

também jovens de outras zonas próximas. Peço que

orem para que o Espírito Santo possa nos usar como

canais nesses dias.

Page 3: Boletim missional abril-maio

Acampamento da Turma de 2013

Além dos evangelismos mensais aqui na vila de Inhaminga, todo ano acontece o Acampamento

Evangelístico com duração de cinco dias. A turma foi dividida em cinco grupos, em cada equipe havia

professores e membros da missão. Fomos enviados para uma zona chamada Ndoro. Fiquei muito feliz ao

ser direcionado para lá, pois foi a primeira zona afastada que acampei. A experiência foi muito boa e

desejava muito voltar! Quem leu o primeiro boletim sabe um pouco da realidade dessa zona e da igreja

por lá. Os alunos estavam muito empolgados, pois para a maioria deles essa seria a primeira experiência

no campo missionário. Muita coisa legal aconteceu nessa semana, mas vou tentar resumir um pouco do

que vivemos por lá. No mesmo dia em que chegamos, arrumamos nosso acampamento e fomos visitar

algumas casas por perto.

No segundo dia, Jemusse - um irmão

moçambicano ensinou sobre adoração e em

seguida tivemos um bom momento de louvor. No

término da reunião alguns doentes vieram pedir

oração. Começamos a orar por uma senhora que

reclamava de “sonhos maus” e logo no início um

demônio tentou se manifestar, mas o expulsamos

e oramos pedindo a proteção do Senhor sobre

ela. No dia seguinte fomos visitá-la para pregar o

evangelho. Falamos da importância do arrependi-

mento e de voltar o coração inteiramente para o

Senhor. A noite ela voltou ao nosso acampamento

dizendo que precisava confessar uma mágoa

que tinha de algumas pessoas daquela vila, espe-

cialmente dos crentes. Oramos com ela ajudando-a a liberar perdão e pregamos mais sobre o perdão de

Deus. Essa atitude dela mostrou que Deus estava realmente fazendo uma obra em seu interior. Isso me

deixou muito empolgado!

Livres da opressão

Parte do grupo chegou a uma casa que estava de

baixo muita opressão demoníaca. O cenário era o

seguinte: a mãe estava com muito medo, pois o

sogro, que era curandeiro, havia falecido e o desejo

dele era de que ela fosse sua sucessora. Ela não

queria, mas o marido também por medo estava

pressionando-a. Inclusive, eles tinham discutido na

noite anterior. Quando chegamos, como em toda a

casa, compartilhamos das boas novas. Eles se

agarraram a oportunidade que foi dada de vir a

Cristo e serem livres dos espíritos malignos. Todos os

objetos usados pelo curandeiro falecido foram

queimados! Fui visitá-los no dia seguinte e senti que a

Paz do Senhor estava reinando estava naquele lar.

Todos estavam alegres! Não nos deixaram ir embora

sem antes matar uma galinha para comermos com,

a típica, “chima” (um tipo de polenta de milho

branco). Comemos com eles, os abençoamos e nos

despedimos com muita alegria e gratidão ao Senhor

Page 4: Boletim missional abril-maio

Reunião com os líderes

No tempo em que os alunos estavam visitando

outras casas tive um encontro com os líderes da

igreja. Conversei com eles sobre a importância

de serem obreiros fiéis e padrão para a

comunidade e que o evangelismo era como

uma ceifa, mas a igreja era o “local” onde se

guarda o que é colhido. Os encorajei a terem

reunião de oração e a visitar regularmente

aqueles que estavam se entregando ao Senhor.

Foi um bom encontro!

Apesar de estar muito envolvido com o evangelismo,

meu peso maior continua sendo vida a igreja, pois

senão tivermos igrejas saudáveis corremos o risco de

“perder” o terreno que avançamos com esses

evangelismos massivos. Quero cooperar com a

formação de líderes moçambicanos, pois há uma

carência grande de homens que sejam testemunhos

para as zonas e vilas onde reinam a promiscuidade,

bebida e ocultismo. Para isso, é preciso homens que

sejam fortes no Senhor para romper com aquilo que

está contaminado por Satanás na cultura africana.

Nosso chamado

Acredito que todo cristão tem um chamado principal que acontece antes de todos outros que é AMAR A DEUS. É simples, mas sem isso todo “ministério” perde o real valor. Quando O amarmos de todo o coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento, faremos tudo com excelência e paixão por sua glória, pois antes de tudo fomos criados para “glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” Catecismo de Westminster . Além disso, “o alvo da obra missionária é a alegria dos povos na grandeza de Deus” John Piper. Corremos o risco de buscar ter uma paixão pelas almas quando na verdade o motor propulsor de toda missão eficaz sempre foi a paixão pela glória de Deus! Oro para que o amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo possa trans-bordar atingindo aqueles que estão à nossa volta. No amor de Cristo, Felipe Moraes

"Tu és digno de tomar livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para

Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. “ Apocalipse 5:9

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