de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou”(Mc 16, 1-7). Nos alegramos, pois o Senhor ressuscitado venceu a morte e o pecado, e nos deu a graça de nos tornarmos filhos de Deus. Cristo é a luz que dissipa as trevas deste mundo e aqueles que o acolhem tornam-se também luz do mundo.

Nesta Páscoa nosso coração enche-se de esperança, pois Jesus Cristo é a esperança da glória (Col 1, 27). Nos momentos difíceis e de cruz em nossa vida creiamos que nossa esperança e nossa fé se encontram n’ Ele.

São Paulo nos afirma que se Cristo não ressuscitasse vã seria nossa fé e nossa pregação (1 Cor 15, 12-14). Senhor eu creio que estás vivo e és Senhor da minha vida, e da Igreja! Por mais que o mundo lhe vire as costas, Tu és o Senhor do tempo e da história. Diante do mundo que ainda lhe renega, queremos como batizados e filhos de Deus render graças, pois pela sua cruz podemos celebrar a Páscoa da nova aliança na santidade, justiça e verdade. Ajuda-nos Senhor, com a força do Espírito Santo a sermos novas criaturas em Cristo.

Feliz Páscoa caro paroquiano e toda sua família!

Pe Carlos Eduardo de Souza Roque

Palavra do mês, palavra do padre

Depois de caminhar quarenta dias no deserto espiritual da quaresma, nos purificamos pela oração, penitência e a esmola preparando-nos para celebrar a Páscoa. Na semana santa entramos no mistério do tríduo Pascal, seguindo os passos do Senhor padecente que amou-nos até o fim.

São Paulo nos coloca diante deste mistério de nossa fé: “Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos a festa, não com fermento velho, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade” (1 Cor 5, 6b-8).

Páscoa significa “passagem”. Outrora, o povo de Israel no Antigo Testamento celebrou sua páscoa quando os filhos dos hebreus foram libertados da escravidão do Egito, nesta ocasião imolaram um cordeiro e passaram depois a pé enxuto o mar vermelho e foram afogados os cavalos e cavaleiros do Faraó. Chegada a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho, para entregar-se por nós. Jesus agora é o Cordeiro definitivo entregue por nós no altar da cruz, seu sangue nos purificou e nos lavou, nos justificou e nos perdoou de nossos pecados. O diabo foi vencido e todo seu exército maligno pereceu diante do Redentor. Cristo venceu a morte, pela sua cruz e ressurreição.

Celebrar a Páscoa, significa mergulhar nesta certeza de nossa fé: “Não tenhais medo. Procurais a Jesus

Jesus Cristo nossa Páscoanossa esperança

Estamos nos aproximando de um período de profunda espiritualidade em nossa Igreja. Após 40 dias de preparação chegamos à semana maior, à Semana Santa, tempo de oração, silêncio e penitência, mas também de muita alegria, pois Cristo está ressuscitado entre nós. E neste mês preparamos algumas informações essenciais para que possamos vivenciá-la bem.

- A Semana Santa é a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, e foi instituída pela Igreja durante o Concílio de Niceia em 325 d.C.

- A Páscoa é uma data móvel, a partir da forma como os judeus comemoravam a páscoa deles, sendo celebrada sempre no primeiro domingo após à primeira lua cheia da primavera, entre os dias 22 de março e 25 de abril.

- Domingo de Ramos (dia de guarda): entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado como Rei. Os ramos nos fazem lembrar o nosso batismo, a procissão de que somos peregrinos na terra.

Devemos guardar os ramos bento com respeito e usá-los como símbolo de proteção celestial.

- Quinta-Feira Santa (dia de guarda): é o dia da instituição da Eucaristia e do serviço. Celebramos a Santa Ceia de Cristo com os apóstolos e a cerimônia do lava-pés. Neste mesmo dia celebra-se a benção dos Santos Óleos (Crisma, Catecúmenos e Enfermos).

É a abertura do tríduo pascal. Nesta missa ainda relembramos a instituição do Sacerdócio.

Após a missa é feito a procissão do Translado do Santíssimo Sacramento, Jesus não está mais entre nós,

é retirado do alta-mor da Igreja e levado à uma capela, onde ficará sendo adorado até o final daquela noite.

O altar da Igreja deve ser desnudado, ficar sem nenhuma toalha. Em alguns lugares os santos são cobertos bem antes (V domingo da quaresma) da quinta-feira santa, e o significado de cobrir as imagens está no luto pelo sofrimento de Cristo.

- Sexta-Feira da paixão (dia de guarda, de jejum e abstinência de carne): é a celebração da paixão e morte de Jesus Cristo, dia de silêncio, oração e jejum, não de luto, mas de respeito. Em nenhum lugar do mundo é celebrado missa.

Existem vários tipos de jejum, como por exemplo o conhecido como “jejum da igreja”, que se baseia em: um café da manhã leve, um almoço leve, e na hora do jantar troca-se por uma outra refeição leve, um lanche, um pão. Entre essas horas não se deve comer nada. Crianças e idosos acima de sessenta anos são dispensados da obrigatoriedade.

- Sábado Santo (dia de guarda): celebra-se a Vigília Pascal, é a mãe de todas as vigílias. É o “exultet”, o canto da vitória sobre a morte.

- Domingo de Páscoa (dia de guarda): é a data mais importante para os cristão e do ano eclesiástico. É a festa da Ressurreição de Cristo. Dia de festa e alegria na Igreja.

O terceiro mandamento da Igreja ensina que se deve receber o sacramento da Eucaristia ao menos na Páscoa. Vale lembrar ainda que o segundo mandamento diz que se deve confessar ao menos uma vez por ano.

Semana Santa:o que devo saber