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ISSN 1981-5980 Dezembro, 2010 122 Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

BoletimdePesquisa 122 e Desenvolvimento - core.ac.uk · 5980 ; 121) Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader ... Os solos são originários de rochas graníticas e de sedimentos diversos,

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ISSN 1981-5980Dezembro, 2010

122Boletim dePesquisa

e Desenvolvimento

Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado

do Rio Grande do Sul

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 122

Cláudia Liane Rodrigues de Lima Daiane Carvalho dos Santos Roberta Jeske Kunde Otávio dos Anjos Leal Carlos Alberto Flores Marcos Flávio Silva Borba Clenio Nailto Pillon

Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Pelotas, RS2010

ISSN 1981-5980

Dezembro, 2010Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Clima TemperadoMinistério da agricultura, Pecuária e abastecimento

Qualidade estrutural de solos sob campo nativo em uma toposequência no Estado do Rio Grande do Sul [recurso eletrônico] / Claudia Liane Rodrigues de Lima ... [et al.]. -- Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2010. (Boletim de pesquisa e desenvolvimento / Embrapa Clima Temperado, ISSN 1981-5980 ; 121)

Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader Modo de acesso: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/catalogo/tipo/online/boletim.php> Título da página Web (acesso em 30 dez. 2010)

1. Solos. 2. Campo nativo. 3. Estrutura do solo. 4. Física do solo. I. Lima, Claudia Liane Rodrigues de. II. Série.

CDD 631.43

© Embrapa 2010

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Clima TemperadoEndereço: BR 392 Km 78Caixa Postal 403, CEP 96001-970 - Pelotas, RSFone: (53) 3275-8199Fax: (53) 3275-8219 - 3275-8221Home page: www.cpact.embrapa.brE-mail: [email protected]

Comitê de Publicações da UnidadePresidente: Ariano Martins de Magalhães JúniorSecretária-Executiva: Joseane Mary Lopes GarciaMembros: Márcia Vizzotto, Ana Paula Schneid Afonso, Giovani Theisen, Luis AntônioSuita de Castro, Flávio Luiz Carpena Carvalho, Christiane Rodrigues Congro Bertoldi,Regina das Graças Vasconcelos dos Santos.Suplentes: Isabel Helena Vernetti Azambuja, Beatriz Marti Emygdio

Supervisão editorial: Antônio HeberlêRevisão de texto: Bárbara Chevallier CosenzaNormalização bibliográfi ca: Graciela Olivella Oliveira Editoração eletrônica e capa: Juliane Nachtigal (estagiária)Foto da capa: Roberta Jeske Kunde

1a edição1a impressão (2010): 50 exemplares

Todos os direitos reservadosA reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Sumário

Resumo ......................................................................5

Abstract .....................................................................7

Introdução ..................................................................8

Material e Métodos ....................................................11

Resultados e Discussão ..............................................13

Conclusões ...............................................................29

Referências ...............................................................30

Cláudia Liane Rodrigues de Lima1 Daiane Carvalho dos Santos2 Roberta Jeske Kunde3 Otávio dos Anjos Leal4 Carlos Alberto Flores5 Marcos Flávio Silva Borba6 Clenio Nailto Pillon5

1Eng. Agrícola, doutora em Solos e Nutrição de Plantas, professora do Departamento de Solos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel),

Pelotas, RS, [email protected]óloga, doutoranda do Programa de Pós Graduação em Agronomia (PPGA), área de concentração em Solos da UFPel, Pelotas, RS, daianec@

gmail.com3Química Ambiental, estagiária da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, [email protected]. Agrôn., Mestrando do PPGA, área de concentração em Solos da UFPel, Pelotas, RS, [email protected]. Agrôn. Doutores, pesquisadores da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, fl [email protected]; [email protected]édico veterinário, Doutor, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Bagé, RS, [email protected]

RESUMO

O relevo é um dos fatores responsáveis por mudanças nos atributos do solo. Este fator, associado à substituição da vegetação natural por cul-tivos agrícolas pode alterar a qualidade dos solos. A validação de siste-mas de manejo adequados requer um monitoramento de indicadores dos solos. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar em diferen-tes posições do relevo, alguns atributos físicos e químicos do solo e de-terminar a infl uência desses atributos sobre a qualidade estrutural dos solos pertencentes a uma topossequência, localizada em Torrinhas, RS. Amostras indeformadas e deformadas foram coletadas em uma tran-seção compreendendo dois tipos de solos (Neossolo e Planossolo), nas camadas de 0,000 a 0,025m e de 0,025 a 0,075m para a avaliação da densidade, da porosidade e da agregação e para a quantifi cação do conteúdo de carbono orgânico total, de carbono da fração grosseira e de carbono associado aos minerais. A partir dos resultados preliminares de densidade, agregação e matéria orgânica do solo, concluiu-se que o Neossolo apresenta características mais adequadas ao desen

Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul.

Termos para indexação: física do solo, porosidade do solo, densidade do solo, Torrinhas, RS.

volvimento de plantas. Considera-se que estudos adicionais devem ser implementados para a escolha futura e adequada de sistemas de manejo de solo na região.

ABSTRACT

The relief is one of the responsible factors for changes in soil attributes. Associated with to substitution of the natural vegetation for cultivation relief, alters the quality the soils. The adoption of adequate agricultural systems demands the monitoring on soil indicators. Thus, the objective of this study was to evaluate, in diff erent relief positions, some physi-cal and chemical soil attributes as well as the infl uence of these attri-butes on the quality of the soils belonging to a toposequence, in the Rio Grande do Sul State. Undisturbed and disturbed samples were collected in two soils types (Entisoil and Albaqualf) in the layers 0.000 - 0.025m and 0.025 - 0.075m to evaluate the bulk density, soil porosity, soil aggregation and organic carbon, particulate organic carbon and carbon associated to the minerals. Based on the preliminary results of density, aggregation and organic matter, we conclude that the Entisoil presents more appropriate characteristics than the Albaqualf to the development of plants. However, additional studies should be done to choose ad-equate soil management systems in this region.

Index terms: soil physical, bulk density, soil porosity, Torrinhas, RS.

Structural Quality of Soils under Native Pasture in a Toposequence in the Rio Grande do Sul State

8 Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

INTRODUÇÃO

Entre os fatores que controlam a pedogênese, temos as características das superfícies geomorfológicas (relevo) e do material de origem (AN-JOS et al., 1998), responsáveis pelas mudanças sequênciais nos atribu-tos do solo ao longo do gradiente de inclinação das vertentes.

Pesquisas têm sido feitas no sentido de avaliar a matéria orgânica (SILVA et al., 2007) e a compactação em solos sob diferentes sistemas de manejo, em posições diferentes na paisagem (JUNG et al., 2010), especialmente, em áreas de campo e ou de pastagem. Para alcançar a sustentabilidade do sistema produtivo, há necessidade de se conhe-cer as características do solo, para que sistemas menos intensivos de utilização proporcionem o aporte de uma quantidade satisfatória de fi tomassa ao solo.

O manejo das pastagens, ou a adequação da carga animal à oferta de forragem, é fator decisivo quando se pretende incrementar a qualidade física do solo e a produtividade. No entanto, o aumento da produtivida-de agrícola sob diferentes sistemas de uso e de manejo está associado ao conhecimento de parâmetros dos solos.

Diferentes parâmetros físicos (LIMA et al., 2004), associados à quan-tifi cação da matéria orgânica do solo (MOS) (SALTON et al., 2008), têm sido avaliados em áreas de pastagens. A importância na avaliação da dinâmica da MOS é justifi cada pelo fato desta relacionar-se com a maioria dos atributos do solo e ser sensível às práticas de manejo. O aumento de MOS manifesta-se sobre diversas propriedades, como a maior resistência à erosão, maior taxa de infi ltração e retenção de água no solo e aumento da agregação, da capacidade de troca de cátions, do estoque de nutrientes, da adsorção e complexação de compostos, da ciclagem de elementos químicos, do sequestro de carbono atmosférico e da atividade e diversidade biológica do solo (VEZZANI, 2001).

Existe carência de informações sobre atributos do solo, em diferentes posições na paisagem que ainda indiquem valores considerados críticos

9Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

ao estabelecimento de culturas para diferentes tipos de solos. Arshad (1999) e Lima et al. (2007) evidenciaram a importância da adoção de práticas adequadas de manejo para o alcance de uma agricultura sus-tentável e qualidade ambiental em diferentes agroecossistemas. Estu-dos de Reichert et al. (2003) abordaram alguns valores considerados limitantes ao crescimento de plantas e, mais recentemente, Lima et al. (2008, 2010) indicaram outros valores de parâmetros físicos críticos ao crescimento de culturas.

Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar, em diferentes posições do relevo, alguns atributos físicos e químicos e determinar a infl uência destes atributos sobre a qualidade estrutural de solos sob campo nativo em uma topossequência no Sul do Brasil.

O estudo foi conduzido em uma área localizada em Torrinhas, no Es-tado do Rio Grande do Sul (2° distrito de Pinheiro Machado), a qual faz parte de uma propriedade agrícola e se encontra sob campo natural há aproximadamente 15 anos.

O clima na região, segundo a classifi cação de Köppen, é subtropical ou temperado (Cfb), com verões moderados, invernos relativamente frios (com grande ocorrência de geadas) e temperatura média anual de 16,0°C. O mês de janeiro é o mais quente, com temperatura média de 21°C, enquanto que o mês mais frio é o de julho, com temperatura mé-dia de 11°C. A pluviosidade média anual é de 1.380mm, com chuvas regularmente distribuídas durante o ano.

A amostragem de solo foi feita no mês de julho de 2009, em uma transeção com aproximadamente 125 metros de comprimento, con-sistindo de cinco pontos distanciados entre si em aproximadamente 25 metros (Figura 1).

MATERIAL E MÉTODOS

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Os solos são originários de rochas graníticas e de sedimentos diversos, sendo pouco profundos, com potencial de utilização agrossilvipastoril (FLORES, 2008). Classifi cam-se, segundo Santos et al. (2006), como Neossolo Litólico (RL1, RL2 e RL3), com coordenadas 31°21’34’’ S, 53°28’20’’ O; 31°21’34’’ S, 53°28’21’’ O e 31°21’33’’ S, 53°28’21’’ O, respectivamente; e Planossolo Háplico (SX1, SX2, SX3), com coordenadas respectivas de 31°21’32’’ S, 53°28’21” O e 31°21’27’’ S, 53°28’26’’ O.

A relação silte/argila apresentada na Tabela 1 indica, segundo Santos et al. (2006), o estádio de intemperismo dos solos. Relações silte/argila no horizonte B inferiores a 0,7 em solos de textura franca, ou inferiores a 0,6, para textura argilosa, indicam alto grau de intemperismo.

Figura 1- Localização dos solos1 em uma topossequência sob campo natural, localizado

em Torrinhas, RS.

1RL1, RL2 e RL3: Neossolo Litólico, no primeiro, segundo e terceiro pontos de amostragem, respec-tivamente. SX1 e SX2: Planossolo Háplico, no quarto e quinto pontos de amostragem, respectiva-mente.

11Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Foto: Roberta Jeske Kunde

Figura 2 – Vista geral da paisagem e de solos inseridos na topossequência, localizada em

Torrinhas, RS.

12 Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Tabela 1 – Teores de areia, silte e argila (%), relação silte/argila e textura em cada ponto de amostragem e camada de solos1 em uma topossequência sob campo natural. Torrinhas, RS, julho/2009.

Solos1 Areia Silte Argila Silte/Argila Textura

0,000 a 0,025m

RL1 40 32 28 1,14 Franco Argilosa

RL2 30 43 27 1,59 Franco Argilosa

RL3 52 29 19 1,53 Franco Argilo Arenosa

SX1 54 23 23 1,00 Franco Argilo Arenosa

SX2 42 34 24 1,41 Franca

0,025 a 0,075m

RL1 39 29 32 0,91 Franco Argilosa

RL2 22 48 30 1,60 Franco Argilosa

RL3 50 28 22 1,27 Franco Argilo arenosa

SX1 57 20 23 0,87 Franco Argilo arenosa

SX2 41 34 25 1,36 Franco Argilosa

1RL1, RL2 e RL3: Neossolo Litólico, no primeiro, segundo e terceiro pontos de amostragem, respectivamente. SX1 e SX2: Planossolo Háplico, no quarto e quinto pontos de amostragem, respectivamente.

13Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Em cada ponto de amostragem, em trincheiras (três) com dimensões de aproximadamente 0,60m x 0,50m e camadas de 0,000 a 0,025m e de 0,025 a 0,075m, foram coletadas duas amostras indeformadas por ca-mada de solo para a determinação da densidade (Ds) (BLAKE; HARTGE, 1986), utilizando anéis volumétricos de dimensões de 5 cm de altura e 5 cm de diâmetro (Figura 3). A porosidade total (Pt), a macroporosidade (Ma) e a microporosidade (Mi) foram quantifi cadas segundo Embrapa (1997). Para as avaliações, foram utilizadas a campo seis repetições por camada, perfazendo um total de 60 amostras de solo.

As amostras deformadas foram coletadas com auxilio de uma pá de corte, identifi cadas e acondicionadas em sacos plásticos. Posterior-mente, estas amostras foram espalhadas em bandejas para secarem à sombra até atingirem a umidade correspondente ao ponto de fria-bilidade, sendo, em seguida, peneiradas em peneira com abertura de malha de diâmetro de 8,00mm.

A estabilidade de agregados em água e o diâmetro médio ponderado de agregados estáveis (DMP) foram avaliados com auxílio de peneiras com malhas de diferentes diâmetros, segundo Kemper e Rosenau (1986) e Palmeira et al. (1999). Os macro e microagregados foram separados segundo critério estabelecido por Tisdall e Oades (1982).

Como determinações complementares, foram avaliadas a granulometria e a umidade gravimétrica do solo (EMBRAPA, 1997; GEE; BAUDER, 1986).

Adicionalmente, para as avaliações químicas, as amostras deformadas e peneiradas em malha de diâmetro de 8mm foram divididas em duas partes. Uma delas foi macerada em almoxariz de ágata para a avaliação do carbono orgânico total (COT), e outra destinada ao fracionamento físico granulométrico e determinação do carbono presente na fração grosseira (CFG) e do carbono associado aos minerais do solo (CAM), segundo Cambardella e Elliott (1992).

14 Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Os teores de COT do solo e do CFG foram quantifi cados por oxidação a seco em um analisador elementar, sendo os resultados expressos em conteúdo de carbono obtido pela relação massa volume, por meio da correção da densidade do solo. O CAM foi obtido pela diferença entre os valores de COT e de CFG.

Foto: Roberta Jeske Kunde

Figura 3 - Anéis volumétricos utilizados na coleta de amostras indeformadas e nas avalia-

ções de alguns parâmetros físicos do solo.

Para avaliação dos resultados, efetuou-se uma análise estatística descritiva simples, a qual contempla a quantifi cação da média, do des-vio padrão, dos valores máximos e mínimos e do coefi ciente de varia-ção dos parâmetros avaliados.

15Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os momentos estatísticos das variáveis analisadas encontram-se na Tabela 2. A variabilidade dos parâmetros físicos e químicos esteve rela-cionada com a diferenciação das características de cada solo, em cada posição de amostragem. O tipo e a textura de cada solo (Tabela 1) são fatores que também determinaram o intervalo de variação dos atributos analisados (Tabela 2).

Tabela 2 – Momentos estatísticos dos atributos físicos e químicos dos solos analisados. N = 60. Torrinhas, RS, julho/2009.

Atributos1 Média Desvio

Padrão

CV (%) Mínimo Máximo

Atributos físicos

Argila, % 24,98 45,71 18,30 15,51 39,07

Silte, % 32,16 94,29 29,32 18,51 58,41

Areia, % 42,86 118,99 27,76 182,00 593,00

Umidade, % 33,60 8,62 25,65 17,97 56,81

Ds, Mg m-3 1,41 0,24 16,78 0,64 1,83

Ma, m3 m-3 12,14 6,77 55,77 1,51 34,75

Mi, m3 m-3 48,98 8,70 17,57 30,52 64,15

Pt, m3 m-3 61,11 9,42 15,41 37,04 79,61

DMP, mm 2,90 0,54 18,50 1,70 4,16

Atributos químicos

COT g dm-3 42,34 21,26 50,20 17,27 132,99

CFG g dm-3 11,96 10,68 89,33 4,06 61,44

CAM g dm-3 30,39 13,73 45,18 8,51 71,55

1Ds: densidade do solo; Ma: macroporosidade; Mi: microporosidade; PT: porosidade total; DMP:

diâmetro médio ponderado de agregados estáveis; COT: carbono orgânico total; CFG: carbono da

fração grosseira; CAM: carbono associado aos minerais.

16 Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Na camada superfi cial (0,000 a 0,025m), com exceção da posição de amostragem SX1 (Planossolo Háplico), houve um aumento de densi-dade da parte mais elevada (topo da encosta) para a parte mais baixa (sopé da encosta) (Tabela 3). A diminuição da densidade na posição SX1 é justifi cável pela presença de um outro tipo de solo (Planossolo) na topossequência avaliada.

Na camada superfi cial das três primeiras posições do relevo (RL1, RL2 e RL3), a porosidade total do Neossolo decresceu em relação às demais camadas, concordando inversamente com os valores de densidade do solo nestas áreas. Esses resultados estão de acordo com os verifi cados por Brito et al. (2006) ao analisarem a infl uência das formas de relevo e os graus de intemperismo em atributos físicos de um solo.

Nesta mesma camada, foi verifi cado menor valor (bruto) de macroporo-sidade no SX2 (parte mais baixa do relevo), indicando maior densidade do solo e condições menos adequadas ao desenvolvimento de culturas, segundo Grable e Siemer (1968), considerando porosidade de aeração mínima de 10%.Tabela 3 – Atributos físicos1 em diferentes camadas de solos2 na topossequência sob campo natural. Torrinhas, RS, julho/2009.

Solos2 Ug,

%

Ds,

Mg m-3

Macroporosidade,

%

Microporosidade,

%

Porosidade

total, %

DMP,

mm

0,000 a 0,025m

RL1 39,94 1,19 15,89 50,21 66,11 3,02

RL2 39,73 1,22 10,32 47,46 57,78 2,95

RL3 26,63 1,37 14,33 39,12 53,45 2,81

SX1 34,08 1,10 18,71 39,32 58,03 2,43

SX2 30,26 1,42 3,06 43,61 46,67 3,15

0,025 a 0,075m

RL1 28,73 1,48 12,99 53,29 66,28 3,49

RL2 41,83 1,37 12,71 61,97 74,68 3,32

RL3 26,25 1,68 13,50 46,01 59,51 2,54

SX1 30,86 1,61 14,49 49,07 63,56 2,59

SX2 37,70 1,61 5,37 59,74 65,11 2,69

1 Ug: umidade gravimétrica do solo; Ds: Densidade do solo; DMP: diâmetro médio pon-derado de agregados estáveis do solo.

2 RL1, RL2 e RL3: Neossolo Litólico, no primeiro, segundo e terceiro pontos de amostragem, respectivamente. SX1 e SX2: Planossolo Háplico, no quarto e quinto pontos de amostragem, respectivamente.

17Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Na camada de 0,025 a 0,075m, as posições de amostragem SX1 e SX2 (Planos-solo Háplico) apresentaram, de forma geral, similaridades na densidade e porosidade total (Tabela 3), evidenciando que, possivelmente, não houve infl uência do relevo sobre os parâmetros físicos avaliados no solo.

Na camada superfi cial da posição de amostragem RL1 para a SX1, houve uma diminuição do DMP, sendo o maior valor apresentado na posição mais inferior da topossequência (SX2). Na camada de 0,025 a 0,075m, houve tendência de diminuição do DMP para as posições mais inferiores de amostragem (com exceção da posição SX2), concordando, de certa forma, com a diminuição dos resultados de COT do solo e do CFG da MOS (Tabela 6).

De forma geral, a camada superfi cial apresentou possibilidade de melhor qualidade física estrutural, em função dos menores valores de densidade e maiores valores de porosidade de solo (Tabela 3). Este fato pode ser explicado, também, pelo maior conteúdo de COT (Tabela 6).

Nas duas camadas avaliadas, a maior quantidade de agregados maiores e estáveis esteve presente nas posições mais altas da encosta (Tabela 4), em decorrência das maiores concentrações de COT no solo e nas frações físicas da MOS (CFG e CAM) (Tabela 6). O fato de se conhecer a distribuição do tamanho de agregados apresenta relevância, pois este fator infl uencia diferentes funções do solo e o crescimento de plantas (LIPIEC et al., 2007), apresentando relação com o carbono do solo (JIAO et al., 2006).

Considerando-se as duas camadas avaliadas, observam-se, em profundidade, maiores valores de densidade e menores de porosidade, associados a um menor valor de carbono orgânico total, corroborando informações de Marcolan e Anghinoni (2006).

Os maiores conteúdos de carbono, 82,95 e 54,62g dm-3, encontrados, respectiva-mente, nas posições de amostragem RL1 e RL2, na camada de 0,000 a 0,025m (Tabela 6), devem-se à menor incidência de processos erosivos nessas áreas. Em posições mais inferiores da encosta, o solo pode estar mais sujeito a processos erosivos e diminuição do teor de carbono. Segundo Siqueira et al. (2008), a erosão é um dos principais fatores responsáveis pela perda de MOS. De acordo com esses autores, solos erodidos apresentam ainda condições inadequadas ao crescimento das plantas.

18 Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Na camada de 0,000 a 0,025m, o maior estoque de CFG no RL1 (Tabela 6) pode estar relacionado ao tipo de vegetação com predomínio de árvores e arbustos e possivelmente maior produção de fi tomassa. Esta fração da MOS é essencialmente constituída por resíduos culturais pouco decompostos (AMADO et al., 2006).

Salienta-se, ainda, que grande parte do COT está associada aos minerais (Tabela 6). Considerando-se a camada de 0,000 a 0,025m, esta predominância variou de 86% (SX1) a 58% (RL1). Maior representatividade do CAM em relação ao CFG na camada superfi cial já foi verifi cada por Campos (2006), Conceição (2006) e Rosa (2010) em Latossolo, Argissolo e Planossolo, respectivamente.

O conteúdo de COT na camada de 0,025 a 0,075m foi inferior ao da camada superfi cial do solo, independentemente das posições de amostragem (Tabela 6), em função de que, normalmente, o aporte de resíduos orgânicos é maior em superfície do que em subsuperfície. Similarmente à camada superfi cial, o CAM da camada de 0,025 a 0,075m foi mais representativo do que o CFG em relação ao COT. A repre-sentatividade do CAM nesta camada variou de 82% (SX2) a 51% (RL3).

O CAM é formado por substâncias que interagem com a superfície de minerais por meio de seus diferentes grupos funcionais, formando complexos organominerais e aumentando a estabilidade da MOS, fazendo com que esta fração seja, geralmente, mais representativa do que o CFG, em relação ao COT (PARFITT et al., 1997). Por outro lado, associados à agregação, o CFG e o COT têm sido indicados por Imaz et al. (2010) como sensíveis índices de qualidade do solo.

Além da quantidade de argila infl uenciar a agregação do solo (PILLON et al., 2006; REICHERT et al., 2006), de forma geral, os maiores conteúdos de COT, CFG e CAM nas duas camadas amostradas e posições mais altas da paisagem (Tabela 6) pos-sivelmente também estejam relacionados com o maior encontrado nestas posições (Tabela 1), a qual age como estabilizante e protetora do carbono do solo (CANELLAS et al., 2000). A relação positiva apresentada entre a estabilidade dos agregados de maior tamanho e os teores de carbono orgânico corrobora informações de Salton et al. (2008).

De acordo com Lima et al. (2008), as posições de amostragem SX1 e SX2 (Planos-solo) na camada de 0,025 a 0,075m apresentaram valores de densidade próximos ao considerado como crítico ao desenvolvimento de plantas (1,56Mg m-3). Por outro lado, considerando-se uma porosidade de aeração mínima de 10%, a posição SX2, nas duas camadas, apresentou valores considerados críticos ao desenvolvimento

19Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Considerando-se, de forma geral, que os valores de DMP (Tabela 3) e de macro e microagregados (Tabela 5) estiveram próximos aos observados por Lima et al. (2008) em um Planossolo sob campo nativo, não foram evidenciados problemas com relação ao DMP, sugerido como sendo crítico ao desenvolvimento de plantas para este solo.

Para Neossolo Litólico, em função de um estudo apresentado por Reichert et al. (2003) e considerando uma textura franco argilosa, o valor de Ds (Tabela 2) apre-sentado não foi crítico ao desenvolvimento de plantas.

Tabela 4 – Agregados estáveis em diferentes classes de tamanho e camadas de solos1 na topossequência sob campo natural. Torrinhas, RS, julho/2009.

1RL1, RL2 e RL3: Neossolo Litólico, no primeiro, segundo e terceiro pontos de amostragem, respectivamente. SX1 e SX2: Planossolo Háplico, no quarto e quinto pontos de amostragem, respectivamente.

Solos1 Classes de tamanho de agregados, mm

8 a 4,76mm 4,76 a 2mm 2 a 1mm 1 a 0,5mm 0,5 a 0,25mm < 0,25mm

0,000 a 0,025m

RL1 25,54 29,88 16,22 13,38 6,97 8,01

RL2 24,66 27,90 19,23 15,94 6,24 6,03

RL3 24,99 24,79 15,73 14,14 6,47 13,88

SX1 19,50 22,58 16,54 17,47 8,49 15,42

SX2 28,88 28,78 15,74 8,50 3,16 14,94

0,025 a 0,075m

RL1 32,84 31,72 15,43 9,04 5,24 5,72

RL2 28,82 32,52 18,20 12,28 4,28 3,89

RL3 22,31 21,81 14,24 14,73 10,79 16,12

SX1 23,68 21,21 13,45 13,76 9,80 18,10

SX2 22,24 25,77 18,00 11,47 6,01 16,50

20 Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Tabela 5 – Macroagregados e microagregados em diferentes camadas de solos1 na topossequência sob campo natural. Torrinhas, RS, julho/2009.

Solos1 Macroagregados, % Microagregados, %

0,000 a 0,025m

RL1 91,99 8,01

RL2 93,97 6,03

RL3 86,12 13,88

SX1 84,58 15,42

SX2 85,06 14,94

0,025 a 0,075m

RL1 94,27 5,72

RL2 96,10 3,89

RL3 83,88 16,12

SX1 81,90 18,10

SX2 83,49 16,50

1RL1, RL2 e RL3: Neossolo Litólico, no primeiro, segundo e terceiro pontos de amostragem, respectivamente. SX1 e SX2: Planossolo Háplico, no quarto e quinto pontos de amostragem, respectivamente.

21Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

1 RL1, RL2 e RL3: Neossolo Litólico, no primeiro, segundo e terceiro pontos de amostragem. SX1 e SX2: Planossolo Háplico, no quarto e quinto pontos de amostragem, respectivamente.

Tabela 6 – Conteúdo de carbono orgânico total (COT), carbono da fração grosseira (CFG) e carbono associado aos minerais (CAM) em diferentes camadas de solos1 na topossequência sob campo natural. Torrinhas, RS, julho/2009.

COT CFG CAM

Solos1 ----------------------------------g dm-3----------------------------------

0,000 a 0,025m

RL1 82,95 34,19 48,76

RL2 54,62 10,53 44,09

RL3 31,09 8,81 22,29

SX1 48,94 6,61 42,33

SX2 33,50 5,26 28,24

0,025 a 0,075m

RL1 43,73 17,95 25,78

RL2 42,99 11,12 31,87

RL3 26,61 13,14 13,47

SX1 26,71 6,22 20,49

SX2 32,32 5,77 26,55

22 Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

Conclusões

Em função dos resultados obtidos, conclui-se, preliminarmente, que:

Na primeira camada, com exceção da posição de amostragem SX1 (Pla-nossolo Háplico), há um aumento de densidade e diminuição da porosi-dade em direção às posições inferiores da encosta.

Considerando uma porosidade de aeração mínima de 10%, o Planossolo Háplico na posição inferior da encosta apresenta, nas duas camadas avaliadas, condições inadequadas ao desenvolvimento de plantas.

Maior quantidade de microagregados ocorre no Planossolo.

Nas duas camadas avaliadas, os agregados de maior tamanho e o car-bono orgânico no solo e em suas frações estão presentes nas posições mais elevadas da topossequência.

O carbono associado aos minerais representa a maior parte do carbono orgânico total.

O Neossolo apresenta as melhores condições físicas estruturais ao de-senvolvimento de plantas.

23Qualidade Estrutural de Solos sob Campo Nativo em uma Topossequência no Estado do Rio Grande do Sul

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