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    Professora Andria RibasANATEL

    Nvel SuperiorTICA

    TICA E MORALtica tem origem no grego ethos, que significa modo de ser. A palavra moral vem do latim mos

    ou morus, ou seja, costume ou costumes. A primeira uma cincia sobre o comportamento moral doshomens em sociedade e est relacionada Filosofia. Sua funo a mesma de qualquer teoria: explicar,esclarecer ou investigar determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. A segunda, comodefine o filsofo Vzquez, expressa um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam ocomportamento individual dos homens.

    Ao campo da tica, diferente do da moral, no cabe formular juzo valorativo, mas, sim, explicar asrazes da existncia de determinada realidade e proporcionar a reflexo acerca dela. A moral normativa ese manifesta concretamente nas diferentes sociedades como resposta a necessidades sociais; sua funoconsiste em regulamentar as relaes entre os indivduos e entre estes e a comunidade, contribuindo para aestabilidade da ordem social.

    Internet: (com adaptaes).

    H trs maneiras mais importantes como a palavra tica usada atualmente:

    1- Disciplina filosfica: TERICA/REFLEXIVA e tem por objeto de estudo a moral ou a moralidade.

    Moral: PLANO NORMATIVO

    A palavra moral tem origem no latim morus que significa os usos e costumes. Conjunto deregras de conduta consideradas como vlidas, ticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou

    lugar, quer para grupos ou pessoa determinada, ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelascomunidades humanas durante determinados perodos de tempo.

    Ex. A corrupo um ato que vai contra a moral.

    Moralidade: PLANO REAL/CONCRETO

    Qualidade do que moral. A moralidade , substancialmente, um sistema de exigncias mtuas quetem a finalidade de garantir o respeito aos vrios interesses dos indivduos que compem uma sociedade.

    Assim, enquanto a moral a designao de um conjunto de princpios, normas, imperativos ouidias morais de uma poca ou de uma sociedade determinada, a moralidade se refere ao conjunto de

    relaes efetivas ou atos concretos que adquirem um significado moral com respeito a moral vigente.

    2- tica profissional: padro a que determinado conjunto de pessoas (geralmente definido em termosprofissionais) est submetido na medida em que atua como mdico, jornalista, servidor pblico,administrador, etc. Naturalmente, esse padro restrito ao grupo a que se dirige deve, ao ser fixado, respeitardois limites: o limite imposto pela lei (no faz, obviamente, sentido tentar usar esse padro para legitimaraes ou comportamentos ilegais) e o limite imposto pelo padro mais geral da sociedade a que pertenceesse grupo (igualmente, no aceitvel que o padro tico de um grupo dentro da sociedade mais ampla useesse padro para criar excees ticas para si mesmo).3- tica no sentido valorativo: quando dizemos de uma pessoa que ela tica estamos, em geral,aprovando-a, isto , estamos dizendo: essa pessoa age de forma correta, boa, aceitvel, etc. Os dois ltimossentidos de tica esto intimamente ligados: quando aprovamos a atuao, por exemplo, de um mdico oude um jornalista, dizendo que ele tico, estamos querendo dizer que segue o padro que define suaatuao como mdico ou jornalista.

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    Quando se fala de tica no servio pblico o que se exige que a atuao dos servidores sejatica, no sentido valorativo apontado acima. Ou seja: no basta que exista o padro, necessrio e esse o sentido mais srio da exigncia que o padro seja efetivamente seguido e que isso transparea de fato naatuao do servidor pblico.

    TICA, PRINCPIOS E VALORES

    Qual deve ser o padro tico do servio pblico?

    No nos cabe aqui ditar qual seja esse padro (s o conjunto dos servidores pblicos deve poderfixar seu padro tico), mas podemos, em todo caso, apresentar algumas reflexes preliminares sobre algunsaspectos desse padro, em especial sobre os valores associados a ele. O ponto fundamental, que deve serantes compreendido, que o padro tico do servio pblico decorre de sua prpria natureza. Osvalores fundamentais do servio pblico decorrem primariamente do seu carter pblico e de suarelao com o pblico. De um ponto de vista normativo (ou seja, do ponto de vista do dever ser), que oque nos interessa aqui, podemos imaginar que o Estado (e a estrutura administrativa que o torna funcional)foi institudo com o propsito de realizar determinados fins daqueles que o instituram.

    O princpio fundamental, do qual decorre a obrigao bsica do servio pblico, que esse servio um public trust, isto , envolve uma espcie de depsito de confiana por parte do pblico. O padrotico do servio pblico, assim, deve refletir, em seus valores, princpios, ideais e regras, a necessidade

    primria de honrar essa confiana.

    A necessidade do respeito a essa confiana depositada pelo pblico est implcita nos princpios(ou valores fundamentais) da administrao pblica afirmados pela Constituio Federal.

    Os princpios da administrao pblica, segundo a Constituio Federal

    Valor da Legalidade - implica reconhecer na lei uma das mais importantes condies de possibilidade da

    vida em comum. Em um Estado cujo ordenamento jurdico pode ser minimamente caracterizado comocorreto (ou seja, as normas jurdicas tm origem em um processo legtimo, esto postas em uma estruturaque as relaciona e lhes d sentido, respeitam princpios gerais de justia, etc.), seguir as leis garantia daliberdade no sentido poltico. O compromisso do servio pblico com a lei ainda mais estreito: o servio

    pblico, afinal, que responsvel por traduzir uma boa parte desse sistema pblico de regras em aes. Nopode, assim, deixar de orientar-se pelo valor fundamental do respeito s leis pelo valor da legalidade semnegar sua prpria razo de ser, sem negar o compromisso implcito que, de certa forma, presidiu suainstituio.

    Valor da Impessoalidade - o servio pblico deve caracterizar-se pela impessoalidade, isto , as relaesem que est de algum modo envolvido so de carter diferente das que caracterizam o domnio privado.

    Enquanto nesse domnio as relaes so freqentemente caracterizadas pela diferena, pelas preferncias, noservio pblico deve ser impessoal. Significa dizer que essas preferncias, esses privilgios, essas diferenasno so de domnio pblico justamente porque, nesse domnio, trata-se daquilo que comum, trata-sedaquilo que devido a cada um no do ponto de vista particular de suas peculiaridades, mas do ponto devista geral da cidadania. O valor da impessoalidade, assim, vem acompanhado de perto pelos valores daigualdade e da imparcialidade. Todos so iguais no sentido em que todos tm o mesmo valor comopessoas morais ou como cidados e, assim, merecem, em princpio, o mesmo tratamento.

    Valor da Moralidade o padro que define a conduta tica dos servidores pblicos no pode ir de encontroao padro tico mais geral da sociedade. Esse padro tico mais geral resume a moralidade vigente em umasociedade. , tal como o ordenamento jurdico, um sistema pblico de valores, princpios, ideais e regras. E,ainda tal como o ordenamento jurdico, outra condio de possibilidade da vida em comum. A falta derespeito a esse padro implica, portanto, uma violao direta da confiana depositada pelo pblico ,uma vez que atenta contra aquilo mesmo que torna possvel sua existncia como comunidade.

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    Valor da Publicidade - tornar pblico para a sociedade s aes realizadas pelo servio pblico (rgos,instituies). A esse valor podemos associar, por exemplo, a idia de transparncia e a da necessidade de

    prestar contas diante do pblico.

    Valor da Eficincia- uma obrigao do servio pblico, assumida diante daqueles que o mantm diantedo pblico, portanto , ser o mais eficiente possvel na utilizao dos meios (pblicos) que so postos suadisposio para a realizao das finalidades que lhe cabem realizar. A confiana do pblico varia tambmem funo da eficincia do servio que lhe prestado.

    TICA E DEMOCRACIA: EXERCCIO DA CIDADANIA

    A avaliao quanto conduta tica tem fundamento na assertiva de que as aes refletem os valoresde quem as pratica. Devemos dissociar a tica social caracterizada pela unilateralidade de suas normas datica legal , cuja bilateralidade expressa-se pela imposio de deveres e concesso de direitos.

    A este trabalho interessa a tica na gesto dos negcios do Estado, assim entendida como o conjuntode regras de conduta estabelecidas para a atuao da Administrao Pblica. No caso brasileiro aConstituio Federal define, expressamente, os princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

    publicidade e eficincia como norteadores da conduta administrativa. A moralidade como princpioexplcito conduz ao entendimento de que o ato administrativo, alm da conformao lei, deve obedincia moral pblica, aos bons costumes e ao senso comum de honestidade. A conduta do agente pblico deve serdirigida para a consecuo do bem comum, e sob esta perspectiva encontra sua interface com a cidadania,cujo conceito tem sido objeto de muitos estudos que indicam o surgimento de um novo conceito decidadania. Fundamentalmente, a acepo que se tem de cidadania abrange duas dimenses.

    A primeira est intrinsecamente ligada e deriva at da experincia dos movimentos sociais. Dessaexperincia, boa parte aquilo que entendemos como luta por direitos que, alis, encampa o conceitoclssico de cidadania, que a titularidade de direitos. A essa experincia dos movimentos sociais, tem-seagregado uma nfase mais ampla na consolidao da democracia. O exerccio da cidadania relaciona-se,intimamente, com a consolidao de uma conduta democrtica.

    Uma segunda dimenso, alm da titularidade de direitos, aquela que deriva do republicanismo

    clssico, enfatizando a preocupao com a coisa pblica, com a res publica. Constata-se, na realidade, umcerto desconhecimento da populao em relao a titularidade de direitos. Em uma pesquisa realizada naRegio Metropolitana do Rio de Janeiro, pedia-se que o entrevistado citasse 3 (trs) direitos constitucionais.As respostas no podiam ter sido mais preocupantes. No menos do que 56,7% dos entrevistados noconseguiram relacionar um nico direito constitucional. Dentre aqueles direitos citados, os direitos sociaisligados sade, educao, previdncia aparecem com 25,8% dos entrevistados. No segundo lugar, j

    bem distante, aparecem os direitos civis com 11,7% e os direitos polticos, notadamente votar e ser votado,com 1,6% de referncia pelos entrevistados. Uma das concluses da pesquisa de que a baixa percepodessa titularidade de direitos polticos se deve at pelo fato de que no Brasil o voto, por ser obrigatrio,muito mais entendido como um dever do que como um direito. Parece que dentro dessa perspectiva da

    baixa percepo da populao em relao titularidade desses direitos, no restam dvidas de que estamos

    vivenciando um processo, que ainda de descoberta, de conhecimento para o exerccio da cidadania.

    Kant, terico clssico do pensamento poltico, j no final do sculo XVIII, enumerava algumascaractersticas comuns do que ele entende ser um cidado. A primeira dessas caractersticas a autonomia.Os cidados tm de ter capacidade de conduzir-se segundo o seu prprio arbtrio. A segunda a igualdade

    perante a lei. E a terceira a independncia, ou seja, a capacidade de sustentar-se a si prprio. A simplesobservao dessas trs caractersticas citadas por Kant, dificilmente permitiria identificarmos um nmeroexpressivo de cidados que as atendesse.

    John Stuart Mill, no sculo XIX , tambm um clssico do pensamento poltico, dividia o cidado emduas categorias: os ativos e os passivos . Ele diz que os governantes, em muitos casos, preferem os cidados

    passivos, embora a democracia necessite dos cidados ativos, sobretudo na democracia que tem a regra da

    maioria como uma de suas regras fundamentais. Seu pressuposto a participao ativa. No havendoparticipao ativa, ser desvirtuada a regra da maioria. Nesse caso, uma minoria passa a tomar as decises.A absteno no condizente com regime democrtico consolidado e cidadania efetiva.

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    A Administrao Pblica se constitui no instrumental de que dispe o Estado para implementar asprioridades do Governo. Assim, merece ateno especial o estudo acerca das aes empreendidas pelogestor da coisa pblica, sobretudo em relao ao grau de aderncia ao interesse pblico (efetividade). Devehaver compatibilidade entre as prioridades de governo e o querer da coletividade. Verifica-se grandedificuldade da sociedade em avaliar a conduta dos gestores pblicos, notadamente em funo da ausncia deinformaes tempestivas, suficientes e confiveis. At mesmo o processo de escolha dos governantes nasdemocracias, atravs de eleies seguras e livres, vem sendo objeto de ressalvas quanto a sua eficcia comomecanismo garantidor de que os escolhidos trabalharo em funo dos melhores interesses da coletividade,uma vez que os cidados no possuem todas as informaes necessrias a uma escolha correta. O querefora a importncia do acesso s informaes.

    TICA NO SERVIO PBLICO

    COMPORTAMENTO PROFISSIONAL

    A tica est diretamente relacionada ao padro de comportamento do indivduo e dos profissionais. Aelaborao das leis serve para orientar o comportamento dos indivduos frente s necessidades (direitos eobrigaes) e em relao ao meio social, entretanto, no possvel para a lei ditar nosso padro de

    comportamento. Desta forma outro ponto importante que a cultura entra no contexto, ficando claro que noa cultura no sentido de quantidade de conhecimento adquirido, mas sim, a qualidade na medida em que estapode ser usada em prol da funo social e do bem estar e tudo mais que diz respeito ao bem maior do serhumano. Este o ponto fundamental, a essncia, o ponto mais controverso quando se trata da tica noservio pblico.

    Para que tica?

    Os padres so necessrios para manter o mnimo de coeso e estabilidade na comunidade. No casoespecfico do servio pblico, o padro requisito para garantir a confiana do pblico. Existe umarelao entre a confiana depositada e a eficincia e eficcia do servio prestado.

    ORGANIZAO DO TRABALHO

    O conceito de organizao do trabalho procura analisar se os diferentes elementos de uma organizaotrabalham em conjunto, funcionam de forma eficiente e focalizam as necessidades de ambos, clientes e

    prestadores de servios.Uma melhor organizao do trabalho exige muitas vezes pequenas mudanas de um processo ou

    procedimento que resolvem importantes problemas relacionados ao trabalho. Por exemplo, a redistribuiode carga de trabalho entre vrios prestadores de servios, a eliminao de passos desnecessrios nos

    procedimentos, ou a realizao de certas tarefas ao mesmo tempo (ao invs de uma de cada vez) podemmelhorar o nvel dos servios e economizar tempo e recursos.

    O conceito de organizao no trabalho pode ajudar a tratar de alguns elementos chaves que, senegligenciados, interferiro com a facilidade de acesso e a qualidade dos servios.Os elementos so:1 Uso de prticas baseadas em evidncias: Aplicar a orientao com base em impactos j demonstradose eliminar barreiras desnecessrias nos procedimentos.2 Capacidade de adaptao: Ser flexvel para enfrentar as mudanas de condies comuns na prestaode servios.3 Ligaes com outros servios e locais: Melhoria dos sistemas internos e externos de referncia dosusurios do servio.4 Maximizao do uso de informaes: Coleta, registro, comunicao e aplicao das informaes maiscorretas e da forma mais eficaz.5 Fatores fsicos: Estmulo ao pessoal para ser mais criativo no uso do espao disponvel nas unidades deservio e para garantir a existncia de suprimentos.

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    6 Horrio e programa dos servios: Adaptao do horrio de funcionamento do servio, da programaoe do acompanhamento de forma a atender as necessidades tanto dos usurios do servio como dosservidores.7 Fluxo dos usurios: Reduo dos tempos de espera e melhoria dos esquemas de circulao, dosando eajustando o volume e o fluxo dos usurios.8 Diviso e definio do trabalho: Definio muito clara das responsabilidades e funes do pessoal, daslinhas de comando e das estruturas de gesto.9 Fatores sociais: Exercer liderana, motivar e encorajar o desenvolvimento de habilidades e relaeshumanas positivas.

    ATITUDES E PRIORIDADE EM SERVIO

    As atitudes de um profissional no exerccio de suas funes devem ser pautadas no seu comportamentotico. A prioridade no servio deve ser a satisfao e o bem-estar do atendido. Nesse contexto, o decreto N1.171 de 22/ de junho de 1994 (aprova o cdigo de tica profissional do servidor pblico civil do poderexecutivo federal) pontua o padro tico do servidor pblico.O Cdigo de tica trs as chamadas Regras Deontolgicas, ou seja, os valores que devem nortear tanto oservidor quanto o servio pblico.

    TICA NO SETOR PBLICO

    CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PBLICO CIVIL DO PODEREXECUTIVO FEDERAL

    DECRETO N 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

    Aprova o Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e

    ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituio, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n 8.112, de11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992,

    DECRETA:

    Art. 1 Fica aprovado o Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal,que com este baixa.

    Art. 2 Os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal direta e indireta implementaro, emsessenta dias, as providncias necessrias plena vigncia do Cdigo de tica, inclusive mediante aconstituio da respectiva Comisso de tica, integrada por trs servidores ou empregados titulares de cargo

    efetivo ou emprego permanente.

    Pargrafo nico. A constituio da Comisso de tica ser comunicada Secretaria da AdministraoFederal da Presidncia da Repblica, com a indicao dos respectivos membros titulares e suplentes.

    Art. 3 Este decreto entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 22 de junho de 1994, 173 da Independncia e 106 da Repblica.ITAMAR FRANCO

    Romildo Canhim

    Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal

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    CAPTULO ISeo I

    Das Regras Deontolgicas

    I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficcia e a conscincia dos princpios morais so primados maiores quedevem nortear o servidor pblico, seja no exerccio do cargo ou funo, ou fora dele, j que refletir oexerccio da vocao do prprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes sero direcionados paraa preservao da honra e da tradio dos servios pblicos.

    II - O servidor pblico no poder jamais desprezar o elemento tico de sua conduta. Assim, no ter quedecidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e oinoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput,e 4, daConstituio Federal.

    III - A moralidade da Administrao Pblica no se limita distino entre o bem e o mal, devendo seracrescida da idia de que o fim sempre o bem comum. O equilbrio entre a legalidade e a finalidade, na

    conduta do servidor pblico, que poder consolidar a moralidade do ato administrativo.IV- A remunerao do servidor pblico custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos,at por ele prprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre noDireito, como elemento indissocivel de sua aplicao e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqnciaem fator de legalidade.

    V - O trabalho desenvolvido pelo servidor pblico perante a comunidade deve ser entendido comoacrscimo ao seu prprio bem-estar, j que, como cidado, integrante da sociedade, o xito desse trabalho

    pode ser considerado como seu maior patrimnio.

    VI - A funo pblica deve ser tida como exerccio profissional e, portanto, se integra na vida particular decada servidor pblico. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada

    podero acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

    VII - Salvo os casos de segurana nacional, investigaes policiais ou interesse superior do Estado e daAdministrao Pblica, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei,a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficcia e moralidade, ensejando suaomisso comprometimento tico contra o bem comum, imputvel a quem a negar.

    VIII - Toda pessoa tem direito verdade. O servidor no pode omiti-la ou false-la, ainda que contrria aos

    interesses da prpria pessoa interessada ou da Administrao Pblica. Nenhum Estado pode crescer ouestabilizar-se sobre o poder corruptivo do hbito do erro, da opresso, ou da mentira, que sempre aniquilamat mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nao.

    IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao servio pblico caracterizam o esforopela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhedano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimnio pblico, deteriorando-o, por descuido ou m vontade, no constitui apenas uma ofensa ao equipamento e s instalaes ou aoEstado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligncia, seu tempo, suas esperanas eseus esforos para constru-los.

    X - Deixar o servidor pblico qualquer pessoa espera de soluo que compete ao setor em que exera suasfunes, permitindo a formao de longas filas, ou qualquer outra espcie de atraso na prestao do servio,no caracteriza apenas atitude contra a tica ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moralaos usurios dos servios pblicos.

    http://www.soleis.adv.br/constituicao.htmhttp://www.soleis.adv.br/constituicao.htmhttp://www.soleis.adv.br/constituicao.htm
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    XI - O servidor deve prestar toda a sua ateno s ordens legais de seus superiores, velando atentamente porseu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acmulo dedesvios tornam-se, s vezes, difceis de corrigir e caracterizam at mesmo imprudncia no desempenho dafuno pblica.

    XII - Toda ausncia injustificada do servidor de seu local de trabalho fator de desmoralizao do serviopblico, o que quase sempre conduz desordem nas relaes humanas.

    XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cadaconcidado, colabora e de todos pode receber colaborao, pois sua atividade pblica a grandeoportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nao.

    Seo IIDos Principais Deveres do Servidor Pblico

    XIV - So deveres fundamentais do servidor pblico:

    a) desempenhar, a tempo, as atribuies do cargo, funo ou emprego pblico de que seja titular;

    b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamenteresolver situaes procrastinatrias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na

    prestao dos servios pelo setor em que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano moral ao usurio;

    c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu carter, escolhendo sempre, quandoestiver diante de duas opes, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

    d) jamais retardar qualquer prestao de contas, condio essencial da gesto dos bens, direitos e servios dacoletividade a seu cargo;

    e) tratar cuidadosamente os usurios dos servios, aperfeioando o processo de comunicao e contato como pblico;

    f) ter conscincia de que seu trabalho regido por princpios ticos que se materializam na adequadaprestao dos servios pblicos;

    g) ser corts, ter urbanidade, disponibilidade e ateno, respeitando a capacidade e as limitaes individuaisde todos os usurios do servio pblico, sem qualquer espcie de preconceito ou distino de raa, sexo,nacionalidade, cor, idade, religio, cunho poltico e posio social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhesdano moral;

    h) ter respeito hierarquia, porm sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimentoindevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

    i) resistir a todas as presses de superiores hierrquicos, de contratantes, interessados e outros que visemobter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrncia de aes morais, ilegais ou aticase denunci-las;

    j) zelar, no exerccio do direito de greve, pelas exigncias especficas da defesa da vida e da seguranacoletiva;

    l) ser assduo e freqente ao servio, na certeza de que sua ausncia provoca danos ao trabalho ordenado,refletindo negativamente em todo o sistema;

    m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrrio ao interesse pblico,exigindo as providncias cabveis;

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    n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os mtodos mais adequados suaorganizao e distribuio;

    o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exerccio de suas funes,tendo por escopo a realizao do bem comum;

    p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exerccio da funo;

    q) manter-se atualizado com as instrues, as normas de servio e a legislao pertinentes ao rgo ondeexerce suas funes;

    r) cumprir, de acordo com as normas do servio e as instrues superiores, as tarefas de seu cargo ou funo,tanto quanto possvel, com critrio, segurana e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

    s) facilitar a fiscalizao de todos os atos ou servios por quem de direito;

    t) exercer, com estrita moderao, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribudas, abstendo-se de faz-lo contrariamente aos legtimos interesses dos usurios do servio pblico e dos jurisdicionados

    administrativos;

    u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua funo, poder ou autoridade com finalidade estranha aointeresse pblico, mesmo que observando as formalidades legais e no cometendo qualquer violaoexpressa lei;

    v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existncia deste Cdigo de tica,estimulando o seu integral cumprimento.

    Seo IIIDas Vedaes ao Servidor Pblico

    XV - E vedado ao servidor pblico;

    a) o uso do cargo ou funo, facilidades, amizades, tempo, posio e influncias, para obter qualquerfavorecimento, para si ou para outrem;

    b) prejudicar deliberadamente a reputao de outros servidores ou de cidados que deles dependam;

    c) ser, em funo de seu esprito de solidariedade, conivente com erro ou infrao a este Cdigo de tica ouao Cdigo de tica de sua profisso;

    d) usar de artifcios para procrastinar ou dificultar o exerccio regular de direito por qualquer pessoa,causando-lhe dano moral ou material;

    e) deixar de utilizar os avanos tcnicos e cientficos ao seu alcance ou do seu conhecimento paraatendimento do seu mister;

    f) permitir que perseguies, simpatias, antipatias, caprichos, paixes ou interesses de ordem pessoalinterfiram no trato com o pblico, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamentesuperiores ou inferiores;

    g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificao, prmio,comisso, doao ou vantagem de qualquer espcie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para ocumprimento da sua misso ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

    h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providncias;

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    i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em servios pblicos;

    j) desviar servidor pblico para atendimento a interesse particular;

    l) retirar da repartio pblica, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bempertencente ao patrimnio pblico;

    m) fazer uso de informaes privilegiadas obtidas no mbito interno de seu servio, em benefcio prprio, deparentes, de amigos ou de terceiros;

    n) apresentar-se embriagado no servio ou fora dele habitualmente;

    o) dar o seu concurso a qualquer instituio que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade dapessoa humana;

    p) exercer atividade profissional atica ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

    CAPTULO II

    Das Comisses de tica

    XVI - Em todos os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal direta, indireta autrquica efundacional, ou em qualquer rgo ou entidade que exera atribuies delegadas pelo poder pblico, deverser criada uma Comisso de tica, encarregada de orientar e aconselhar sobre a tica profissional doservidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimnio pblico, competindo-lhe conhecerconcretamente de imputao ou de procedimento susceptvel de censura.

    (Revogado pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007) - XVII -- Cada Comisso de tica, integrada por trsservidores pblicos e respectivos suplentes, poder instaurar, de ofcio, processo sobre ato, fato ou condutaque considerar passvel de infringncia a princpio ou norma tico-profissional, podendo ainda conhecer de

    consultas, denncias ou representaes formuladas contra o servidor pblico, a repartio ou o setor emque haja ocorrido a falta, cuja anlise e deliberao forem recomendveis para atender ou resguardar oexerccio do cargo ou funo pblica, desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionadosadministrativos, qualquer cidado que se identifique ou quaisquer entidades associativas regularmenteconstitudas.

    XVIII - Comisso de tica incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execuo do quadro decarreira dos servidores, os registros sobre sua conduta tica, para o efeito de instruir e fundamentar

    promoes e para todos os demais procedimentos prprios da carreira do servidor pblico.

    (Revogado pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007) - XIX - Os procedimentos a serem adotados pela

    Comisso de tica, para a apurao de fato ou ato que, em princpio, se apresente contrrio tica, emconformidade com este Cdigo, tero o rito sumrio, ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenaseste, se a apurao decorrer de conhecimento de ofcio, cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de

    Estado.

    (Revogado pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007) - XX - Dada eventual gravidade da conduta doservidor ou sua reincidncia, poder a Comisso de tica encaminhar a sua deciso e respectivoexpediente para a Comisso Permanente de Processo Disciplinar do respectivo rgo, se houver, e,cumulativamente, se for o caso, entidade em que, por exerccio profissional, o servidor pblico estejainscrito, para as providncias disciplinares cabveis. O retardamento dos procedimentos aqui prescritosimplicar comprometimento tico da prpria Comisso, cabendo Comisso de tica do rgohierarquicamente superior o seu conhecimento e providncias.

    (Revogado pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007) - XXI - As decises da Comisso de tica, na anlise dequalquer fato ou ato submetido sua apreciao ou por ela levantado, sero resumidas em ementa e, com a

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    omisso dos nomes dos interessados, divulgadas no prprio rgo, bem como remetidas s demaisComisses de tica, criadas com o fito de formao da conscincia tica na prestao de servios pblicos.Uma cpia completa de todo o expediente dever ser remetida Secretaria da Administrao Federal da

    Presidncia da Repblica.

    XXII - A pena aplicvel ao servidor pblico pela Comisso de tica a de censura e sua fundamentaoconstar do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com cincia do faltoso.

    (Revogado pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007) - XXIII - A Comisso de tica no poder se eximir defundamentar o julgamento da falta de tica do servidor pblico ou do prestador de servios contratado,alegando a falta de previso neste Cdigo, cabendo-lhe recorrer analogia, aos costumes e aos princpiosticos e morais conhecidos em outras profisses;

    XXIV - Para fins de apurao do comprometimento tico, entende-se por servidor pblico todo aquele que,por fora de lei, contrato ou de qualquer ato jurdico, preste servios de natureza permanente, temporria ouexcepcional, ainda que sem retribuio financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer rgodo poder estatal, como as autarquias, as fundaes pblicas, as entidades paraestatais, as empresas pblicas e

    as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevalea o interesse do Estado.(Revogado pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007) - XXV - Em cada rgo do Poder Executivo Federal emque qualquer cidado houver de tomar posse ou ser investido em funo pblica, dever ser prestado,

    perante a respectiva Comisso de tica, um compromisso solene de acatamento e observncia das regrasestabelecidas por este Cdigo de tica e de todos os princpios ticos e morais estabelecidos pela tradioe pelos bons costumes.

    RESUMO DO DECRETO 6.029, 01/02/2007

    O Presidente da Repblica DECRETA:

    Fica instituido o SISTEMA DE GESTO DA TICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL.

    COMPETNCIAS GERAIS:

    I - integrar os rgos, programas e aes relacionadas com a tica pblica;II - contribuir para a implementao de polticas pblicas tendo a transparncia e o acesso informaocomo instrumentos fundamentais para o exerccio de gesto da tica pblica;III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilizao e interao de normas, procedimentostcnicos e de gesto relativos tica pblica;IV - articular aes com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incremento aodesempenho institucional na gesto da tica pblica do Estado brasileiro.

    INTEGRAM O SISTEMA DE GESTO DA TICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL

    I - a Comisso de tica Pblica - CEP, instituda pelo Decreto de 26 de maio de 1999;II - as Comisses de tica de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; eIII - as demais Comisses de tica e equivalentes nas entidades e rgos do Poder Executivo Federal.

    MEMBROSCEP COMISSO DE TICA PBLICA COMISSES DE TICA

    07 MEMBROS (03) TRS MEMBROS TITULARES E (03) TRS

    SUPLENTES,BRASILEIROS ESCOLHIDOS ENTRE OS SERVIDORES EEMPREGADOS DO SEU QUADRO PERMANTE.

    IDONEIDADE MORAL, REPUTAO ILIBADA,NOTRIA EXPERINCIA EM ADMINISTRAO

    DESIGNADOS PELO DIRIGENTE MXIMO DARESPECTIVA ENTIDADE OU RGO.

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    PBLICADESIGNADOS PELO PRESIDENTE DAREPBLICA

    MANDATOS NO COINCIDENTES DE TRSANOS.

    MANDATOS DE 3 ANOSNO COINCIDENTESPERMITIDA UMA NICA RECONDUOSEM REMUNERAO

    OS TRABALHOS REALIZADOS PELOSMEMBROS SO CONSIDERADOS DERELEVANTE PRESTAO DE SERVIOPBLICOO PRESIDENTE TEM O VOTO DE QUALIDADENAS DELIBERAES DA COMISSO

    COMPETNCIASCEP COMISSO DE TICA PBLICA COMISSES DE TICA

    I - atuar como instncia consultiva do Presidente daRepblica e Ministros de Estado em matria de tica

    pblica;

    I - atuar como instncia consultiva de dirigentes eservidores no mbito de seu respectivo rgo ou

    entidade;

    II - administrar a aplicao do Cdigo de Conduta daAlta Administrao Federal, devendo:a) submeter ao Presidente da Repblica medidas paraseu aprimoramento;b) dirimir dvidas a respeito de interpretao de suasnormas, deliberando sobre casos omissos;c) apurar, mediante denncia, ou de ofcio, condutasem desacordo com as normas nele previstas, quandopraticadas pelas autoridades a ele submetidas;

    II - aplicar o Cdigo de tica Profissional do ServidorPblico Civil do Poder Executivo Federal, aprovado

    pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo:a) submeter Comisso de tica Pblica propostas

    para seu aperfeioamento;b) dirimir dvidas a respeito da interpretao de suasnormas e deliberar sobre casos omissos;c) apurar, mediante denncia ou de ofcio, conduta emdesacordo com as normas ticas pertinentes; e

    d) recomendar, acompanhar e avaliar, no mbito dorgo ou entidade a que estiver vinculada, odesenvolvimento de aes objetivando a disseminao,capacitao e treinamento sobre as normas de tica edisciplina.

    III - dirimir dvidas de interpretao sobre as normasdo Cdigo de tica Profissional do Servidor PblicoCivil do Poder Executivo Federal de que trata oDecreto no 1.171, de 1994;

    III - representar a respectiva entidade ou rgo naRede de tica do Poder Executivo Federal a que serefere o art. 9o; e

    IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema deGesto da tica Pblica do Poder Executivo Federal; IV - supervisionar a observncia do Cdigo deConduta da Alta Administrao Federal e comunicar CEP situaes que possam configurar descumprimentode suas normas.

    V - aprovar o seu regimento interno; e

    VI - escolher o seu Presidente.

    APOIO AS COMISSES DE TICA

    CEP COMISSO DE TICA PBLICA COMISSES DE TICAPargrafo nico:A CEP contar com uma Secretaria-Executiva, vinculada Casa Civil da Presidncia da Repblica, qualcompetir prestar o apoio tcnico e administrativo aos

    1o Cada Comisso de tica contar com umaSecretaria-Executiva, vinculada administrativamente instncia mxima da entidade ou rgo, para cumprir

    plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1171.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1171.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1171.htm
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    trabalhos da Comisso. tcnico e material necessrio. 2o As Secretarias-Executivas das Comisses de ticasero chefiadas por servidor ou empregado do quadro

    permanente da entidade ou rgo, ocupante de cargode direo compatvel com sua estrutura, alocado semaumento de despesas.

    QUEM O AGENTE PBLICOArt. 11. Qualquer cidado, agente pblico, pessoa jurdica de direito privado, associao ou entidade declasse poder provocar a atuao da CEP ou de Comisso de tica, visando apurao de infrao ticaimputada a agente pblico, rgo ou setor especfico de ente estatal.Pargrafo nico. Entende-se por agente pblico, para os fins deste Decreto, todo aquele que, por fora delei, contrato ou qualquer ato jurdico, preste servios de natureza permanente, temporria, excepcional oueventual, ainda que sem retribuio financeira, a rgo ou entidade da administrao pblica federal, direta eindireta.

    TRATAMENTO DAS DENNCIAS E GARANTIAS DO CONTRADITRIO E DA AMPLADEFESA

    Art. 12. O processo de apurao de prtica de ato em desrespeito ao preceituado no Cdigo de Conduta daAlta Administrao Federal e no Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder ExecutivoFederal ser instaurado, de ofcio ou em razo de denncia fundamentada, respeitando-se, sempre, asgarantias do contraditrio e da ampla defesa, pela Comisso de tica Pblica ou Comisses de tica de quetratam os incisos II e III do art. 2, conforme o caso, que notificar o investigado para manifestar-se, porescrito, no prazo de dez dias. 1o O investigado poder produzir prova documental necessria sua defesa. 2o As Comisses de tica podero requisitar os documentos que entenderem necessrios instruo

    probatria e, tambm, promover diligncias e solicitar parecer de especialista. 3o Na hiptese de serem juntados aos autos da investigao, aps a manifestao referida no caput desteartigo, novos elementos de prova, o investigado ser notificado para nova manifestao, no prazo de dez

    dias. 4o Concluda a instruo processual, as Comisses de tica proferiro deciso conclusiva e fundamentada.

    PENALIDADESNICA PENALIDADE APLICADA PELAS COMISSES DE TICA: CENSURA

    OUTRAS PROVIDNCIAS QUE PODERO SER TOMADAS CASO A CONCLUSO FOR PELAEXISTNCIA DE FALTA TICA:

    5o Se a concluso for pela existncia de falta tica, alm das providncias previstas no Cdigo de Conduta da

    Alta Administrao Federal e no Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder ExecutivoFederal, as Comisses de tica tomaro as seguintes providncias, no que couber:I - encaminhamento de sugesto de exonerao de cargo ou funo de confiana autoridadehierarquicamente superior ou devoluo ao rgo de origem, conforme o caso;II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da Unio ou unidade especfica doSistema de Correio do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 2005,

    para exame de eventuais transgresses disciplinares; eIII - recomendao de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir.

    OMISSES NO CDIGO DE TICA PROFISSIONAL

    Art. 16. As Comisses de tica no podero escusar-se de proferir deciso sobre matria de suacompetncia alegando omisso do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal, do Cdigo de ticaProfissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal ou do Cdigo de tica do rgo ou

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5480.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5480.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5480.htm
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    entidade, que, se existente, ser suprida pela analogia e invocao aos princpios da legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. 1o Havendo dvida quanto legalidade, a Comisso de tica competente dever ouvir previamente a rea

    jurdica do rgo ou entidade. 2o Cumpre CEP responder a consultas sobre aspectos ticos que lhe forem dirigidas pelas demaisComisses de tica e pelos rgos e entidades que integram o Executivo Federal, bem como pelos cidadose servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou funo abrangida pelo Cdigo de Conduta daAlta Administrao Federal.

    DIVULGAO DAS DECISES DAS COMISSES DE TICAArt. 13. Ser mantido com a chancela de reservado, at que esteja concludo, qualquer procedimentoinstaurado para apurao de prtica em desrespeito s normas ticas. 1o Concluda a investigao e aps a deliberao da CEP ou da Comisso de tica do rgo ou entidade,os autos do procedimento deixaro de ser reservados. 2o Na hiptese de os autos estarem instrudos com documento acobertado por sigilo legal, o acesso a essetipo de documento somente ser permitido a quem detiver igual direito perante o rgo ou entidadeoriginariamente encarregado da sua guarda.Art. 18. As decises das Comisses de tica, na anlise de qualquer fato ou ato submetido sua apreciao

    ou por ela levantado, sero resumidas em ementa e, com a omisso dos nomes dos investigados, divulgadasno stio do prprio rgo, bem como remetidas Comisso de tica Pblica.

    BANCO DE DADOSArt. 22. A Comisso de tica Pblica manter banco de dados de sanes aplicadas pelas Comisses detica de que tratam os incisos II e III do art. 2o e de suas prprias sanes, para fins de consulta pelos rgosou entidades da administrao pblica federal, em casos de nomeao para cargo em comisso ou de altarelevncia pblica.Pargrafo nico. O banco de dados referido neste artigo engloba as sanes aplicadas a qualquer dosagentes pblicos mencionados no pargrafo nico do art. 11 deste Decreto.

    APLICAO DO CDIGO DE TICAArt. 24. As normas do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal, do Cdigo de tica Profissionaldo Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal e do Cdigo de tica do rgo ou entidade aplicam-se, no que couber, s autoridades e agentes pblicos neles referidos, mesmo quando em gozo de licena.

    EXERCCIOS DE PROVA

    (CESPE/Unb Agente Administrativo MTE/2008) A busca da gesto socialmente responsvel temexigido maior transparncia das instituies, sejam pblicas, sejam privadas, nas relaes com seusfornecedores, funcionrios e clientes. Tal atributo tem sido fundamental para a reputao das organizaes,

    que devem explicitar sociedade seus valores e a seu corpo funcional os padres ticos e de condutaconsiderados adequados.Nesse contexto e luz do Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico do Poder Executivo Federal,julgue os itens seguintes.01. O agente pblico tem o dever de buscar o equilbrio entre a legalidade e a finalidade na tentativa de

    proporcionar a consolidao da moralidade do ato administrativo praticado.02. O trabalho desenvolvido pelo servidor pblico perante a comunidade deve ser entendido comoacrscimo ao seu prprio bem-estar, j que, como cidado, integrante da sociedade, o xito desse trabalho

    pode ser considerado como seu maior patrimnio.03. De acordo com o referido cdigo de tica, tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ouindiretamente significa causar-lhe dano moral.

    04. Um servidor que permite que um processo no seja solucionado a contento pode ser acusado de usar deartifcios para procrastinar ou dificultar o exerccio regular de direito por qualquer pessoa.05. O referido cdigo serve primordialmente para punir o comportamento no-tico do Servidor pblico, j

    que possui carter de obrigatoriedade.

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    (CESPE/Unb Administrador MTE/2008) Considerando os preceitos do Cdigo de tica Profissional doServidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal, julgue o item que se segue.06. As ordens de superiores hierrquicos devem ser sempre atendidas, sem questionamento, em respeito

    hierarquia nas relaes de trabalho.

    (CESPE/Unb Agente Administrativo - Ministrio do Esporte /2008) Julgue os itens que se seguem,acerca da tica no servio pblico.07. So deveres do servidor pblico a manuteno da limpeza e a organizao do local onde executa suasfunes.08. A rapidez de resposta ao usurio pode ser caracterizada como uma atitude tica na administrao

    pblica.09. Documentos encaminhados para providncias podem ser alterados em situaes especficas.10. Informaes privilegiadas obtidas no servio, desde que no sejam utilizadas em benefcio prprio,devem ser fornecidas pelo servidor quando solicitadas por pessoas idneas.11. desnecessria a autorizao legal para a retirada de documentos que pertenam ao local de trabalho doservidor no rgo pblico.

    (CESPE/Unb Tcnico Judicirio STJ/2008) No servio pblico, o funcionrio deve-se guiar pelaconduta tica, que abrange aspectos da atuao e da relao com os pblicos externo e interno. Julgue ositens a seguir, acerca do comportamento tico do servidor pblico e suas implicaes.

    12. O funcionrio, ao atender o usurio de seu servio, deve ser corts e interessado, mesmo que esteusurio apresente comportamento irritado e indelicado, ou seja, de classe socioeconmica inferior sua ou,ainda, ostente smbolos religiosos diferentes de sua religio.13. O funcionrio que, no exerccio de suas funes, deixa o usurio de seu servio espera enquanto atendeligao telefnica particular por 20 minutos causa danos morais a esse usurio.

    14. Caso o chefe de um rgo pblico determine a seu subordinado a execuo de ato vetado pelo cdigo de

    tica no servio pblico, o servidor dever obedecer prontamente determinao, pois seu dever respeitara hierarquia em todas as situaes.

    15. Caso ocorra uma tentativa de suborno por parte do usurio, compete ao funcionrio recusar a proposta eregistrar a ocorrncia, omitindo a identificao do usurio porque, mesmo nessas condies, o funcionriotem o compromisso tico de preservar a idoneidade moral do usurio.

    16. Em situaes nicas, se o servidor necessitar de mo-de-obra, equipamento ou material do rgo pblicopara atender necessidades de superiores ou imprevistos pessoais, estar impedido pelo cdigo de tica, maspoder pedir auxlio colega prestador de servio temporrio e no-remunerado, pois, nessa categoria, otrabalhador no considerado servidor pblico e no est submetido s mesmas restries ticas.

    (CESPE/Unb Agente Administrativo SEPLAG/DFTRANS/2008) Julgue os itens a seguir, que versamsobre a tica no servio pblico.

    17. Uma das formas de se avaliar se tico um comportamento profissional verificar como o servidorcontribui para que a populao tenha uma viso positiva a respeito da organizao.

    18. A adequada prestao dos servios pblicos est relacionada questes de ordem tcnica, sem,necessariamente caracterizar-se por uma atitude tica no trabalho.

    (CESPE/Unb Tcnico Judicirio TST/2008) Com relao tica no servio pblico, julgue os itens aseguir.

    19. O respeito hierarquia e a disciplina no impede que o servidor pblico represente contra ato quecaracterize omisso ou abuso de poder, ainda que esse ato tenha emanado de superior hierrquico.

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    20. O servidor pblico deve abster-se de exercer sua funo, poder ou autoridade com finalidade estranha aointeresse pblico, mesmo no cometendo qualquer violao expressa lei.

    21. dever do servidor pblico guardar sigilo sobre assuntos da repartio que envolvam questes relativas segurana da sociedade.

    22. O servidor pblico pode retirar da repartio documento pertencente ao patrimnio pblico, sem prviaautorizao da autoridade competente, se exercer cargo de confiana ou funo qual esse documento estejarelacionado.

    O servidor pblico deve ter conscincia de que seu trabalho regido por princpios ticos que sematerializam na adequada prestao dos servios pblicos. Em cada item a seguir apresentada umasituao hipottica, seguida de uma assertiva que deve ser julgada considerando os princpios ticos doservio pblico.

    23. Cludio servidor pblico e, para aumentar a sua renda, comercializa, em seu ambiente de trabalho, masfora do horrio normal de expediente, cpias de CDs e DVDs. Nessa situao, a conduta de Cludio no

    pode ser considerada imprpria ao servio pblico, pois envolve uma atividade que no guarda relaodireta com as atribuies do seu cargo.

    24. Marcos servidor pblico e, todos os dias, sai para bares com amigos e ingere grande quantidade debebidas alcolicas. Por conta disso, Marcos conhecido pro embriagar-se habitualmente, e, ainda que issono interfira na sua assiduidade ao servio, tem afetado reiteradamente a sua pontualidade, situao queMarcos busca compensar trabalhando alm do horrio de expediente.

    Nesse caso, o comportamento de Marcos no pode ser considerado incompatvel com o servio pblico.

    25. H algum tempo, Bruno, servidor pblico responsvel pelo controle do material de expediente do setorem que trabalha, observa que Joana, servidora pblica lotada nesse mesmo setor, utiliza recursos materiais

    da repartio em atividades particulares. Em razo de seu esprito de solidariedade e da amizade que nutrepor Joana, Bruno se abstm de levar ao conhecimento do chefe do setor os atos praticados por sua colega detrabalho.

    Nessa situao, Bruno age de forma correta, pois compete ao chefe detectar, por si mesmo, quaisquerirregularidades no setor, caracterizando ofensa tica o servidor pblico denunciar colega de trabalho.

    26. Ricardo, servidor pblico, enquanto participava da preparao de um edital de licitao para contrataode fornecimento de refeies para o rgo em que trabalha, antecipou algumas das regras que iriam fazer

    parte do edital para Carlos, dono de uma empresa de fornecimento de marmitas, famosa pela qualidade e ostimos preos dos seus produtos, a fim de que esse pudesse adequar alguns procedimentos de sua empresaao edital. A iniciativa de Ricardo deveu-se somente ao fato de que ele conhecer bem os produtos da empresa

    de Carlos, no lhe trazendo qualquer vantagem pecuniria.Nessa situao, correto afirmar que Ricardo agiu em prol do interesse coletivo e que a sua atitude no ferea tica no servio pblico.

    (CESPE/Unb - Tcnico em Regulao de Servios Pblico de Telecomunicaes - ANATEL /2006)Com relao ao Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico, julgue os itens que se seguem.27. vedado ao servidor pblico receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificao, prmio, comisso,doao ou vantagem de qualquer espcie, para o cumprimento da sua misso ou para, com a mesmafinalidade, influenciar outro servidor.28.Em todos os rgos e entidades da administrao pblica federal direta, deve existir uma comisso detica encarregada de orientar e aconselhar sobre a tica profissional do servidor, no tratamento com o

    patrimnio pblico; de julgar infraes e determinar punies, advertncias e censuras administrativascabveis; bem como de aplicar multas e de executar a liquidao extrajudicial do patrimnio particular dosindiciados.

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    (CESPE/ Unb/ Tcnico em Regulao de Servios Pblico de Telecomunicaes - ANATEL / 2006).Com relao ao Cdigo de tica Profissional do Servidor Publico, julgue os itens que se seguem.

    29. A comisso de tica no pode se eximir de fundamentar o julgamento da falta de tica do servidorpblico concursado, mas, no tendo como faz-lo no caso do prestador de servios contratado, cabe a ela,em tais circunstncias, alegar a inexistncia de previso dessa situao no cdigo.

    30. As decises da comisso de tica, aps analise de qualquer fato ou ato submetido sua apreciao oupor ela levantado, devem ser resumidas no Relatrio de Desconformidade e, com a meno explicita dosnomes interessados, divulgadas no prprio rgo, bem como remetidas s demais comisses de tica, criadascom o fito da informao da conscincia tica na prestao de servios pblicos.

    (CESPE/Unb - Tcnico Administrativo - ANCINE/2006) - De acordo com o Cdigo de tica Profissionaldo Servidor do Poder Executivo Federal, julgue os itens a seguir.

    31. No vedado ao servidor publico deixar de utilizar os avanos tcnicos e cientficos ao seu alcance parao adequado desempenho de suas atividades.32. Somente em casos especiais, os rgos e entidades da administrao pblica federal direta, indireta,

    autrquica e fundacional podero criar comisses de tica com o intuito de orientar e aconselhar sobre atica profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimnio pblico.

    (CESPE/Unb - Oficial de Chancelaria - MRE/ 2006) No que se refere ao Cdigo de tica Profissional doServidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal, julgue os itens seguintes.

    33. O uso de vestimentas adequadas ao exerccio da funo pblica assunto que dispensa determinaespelo referido cdigo de tica.

    34. Com o intuito de fortalecer a conscincia tica dos membros da organizao, as comisses de ticapodem divulgar, nos respectivos rgos, decises sobre a anlise de qualquer fato ou ato submetido sua

    apreciao, desde que omitido os nomes dos interessados e envolvidos.

    35. Consiste em censura a pena aplicvel ao servidor pblico pela comisso de tica, que pode, ainda dada aeventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidncia, encaminhar o expediente comisso

    permanente de processo disciplinar do rgo, quando existir, e, cumulativamente, se for o caso, entidadeem que, por exerccio profissional, o servidor pblico esteja inscrito, para as providncias disciplinarescabveis.

    36. Os empregados das sociedades de economia mista no esto subordinados ao disposto no Decreto n.1.171/1994, para fins de apurao de seu comprometimento tico.

    (CESPE/Unb SGA-DF/ 2006) Quanto tica no servio pblico, julgue os itens que se seguem.

    37. A tica no servio pblico deve estar sempre diretamente relacionada aos princpios, aos direitos, sgarantias fundamentais e s regras constitucionais da administrao pblica.38. Na administrao pblica, mecanismos de controle interno e externo, de responsabilizao disciplinar ede adequada capacitao profissional e funcional so fatores que no influenciam os padres ticos dosservidores pblicos.39. Os padres ticos dos servidores pblicos devem ter por base o carter pblico da funo e a sua relaocom o pblico, usurio ou no do servio.

    COMENTRIOS DO GABARITO I TICA NO SERVIO PBLICO

    QUESTO COMENTRIO1. C Conforme Regras Deontolgicas no inciso III - A moralidade da Administrao Pblica no

    se limita distino entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idia de que o fim

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    sempre o bem comum. O equilbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidorpblico, que poder consolidar a moralidade do ato administrativo.

    2. C Conforme Regras Deontolgicas no inciso V - O trabalho desenvolvido pelo servidor pblicoperante a comunidade deve ser entendido como acrscimo ao seu prprio bem-estar, j que,como cidado, integrante da sociedade, o xito desse trabalho pode ser considerado como seumaior patrimnio.

    3. C Conforme Regras Deontolgicas no inciso IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e otempo dedicados ao servio pblico caracterizam o esforo pela disciplina. Tratar mal uma

    pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral.4. C Conforme Deveres (letra b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento,

    pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situaes procrastinatrias,principalmente diante de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na prestao dosservios pelo setor em que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano moral aousurio.

    5. E O referido cdigo no serve primordialmente para punir o comportamento no-tica doServidor Pblico, mais para conscientiz-lo e norte-lo, seja no exerccio do cargo ou funo,ou fora dele, j que refletir o exerccio da vocao do prprio poder estatal.

    6. E Conforme Regras Deontolgicas inciso XI - O servidor deve prestar toda a sua ateno s

    ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim,evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acmulo de desvios tornam-se, s vezes, difceis de corrigir e caracterizam at mesmo imprudncia no desempenho dafuno pblica.

    7. C Conforme Deveres (letra n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindoos mtodos mais adequados sua organizao e distribuio.

    8. C Conforme Deveres (letra b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento,pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situaes procrastinatrias,principalmente diante de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na prestao dosservios pelo setor em que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano moral aousurio.

    9. E Conforme Vedaes (letra h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminharpara providncias.

    10. E Conforme Vedaes (letra m) fazer uso de informaes privilegiadas obtidas no mbitointerno de seu servio, em benefcio prprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.

    11. E Conforme Vedaes (letra l) retirar da repartio pblica, sem estar legalmente autorizado,qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimnio pblico.

    12. C Conforme Deveres (letra g) ser corts, ter urbanidade, disponibilidade e ateno, respeitandoa capacidade e as limitaes individuais de todos os usurios do servio pblico, semqualquer espcie de preconceito ou distino de raa, sexo, nacionalidade, cor, idade,religio, cunho poltico e posio social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes danomoral.

    13. C Conforme Deveres (letra b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento,pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situaes procrastinatrias,principalmente diante de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na prestao dosservios pelo setor em que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano moral aousurio.

    14. E Conforme Deveres (letra h) ter respeito hierarquia, porm sem nenhum temor derepresentar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o PoderEstatal; e Regras Deontolgicas inciso XI - O servidor deve prestar toda a sua ateno sordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim,evitando a conduta negligente.

    15. E De fato compete ao funcionrio recusar a proposta e registrar a ocorrncia, porm neste casodever ser identificado o usurio.16. E Conforme Decreto 6.029/2007 - no artigo 11 pargrafo nico: Entende-se por agente

    pblico, para os fins deste Decreto, todo aquele que, por fora de lei, contrato ou qualquer ato

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    jurdico, preste servios de natureza permanente, temporria, excepcional ou eventual, aindaque sem retribuio financeira, a rgo ou entidade da administrao pblica federal, direta eindireta.

    17. C A viso positiva a respeito da organizao por parte da populao depende docomportamento tico-profissional do servidor pblico no exerccio do cargo ou funo oufora dele.

    18. E No somente de queste de ordem tcnica, mas tambm se caracteriza por uma atitude tica

    no trabalho.19. C Conforme Deveres (letra h) ter respeito hierarquia, porm sem nenhum temor derepresentar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o PoderEstatal;

    20. C Conforme Deveres (letra u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua funo, poder ouautoridade com finalidade estranha ao interesse pblico, mesmo que observando asformalidades legais e no cometendo qualquer violao expressa lei.

    21. C Conforme Regras Deontolgicas inciso VII - Salvo os casos de segurana nacional,investigaes policiais ou interesse superior do Estado e da Administrao Pblica, a ser

    preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade dequalquer ato administrativo constitui requisito de eficcia e moralidade, ensejando sua

    omisso comprometimento tico contra o bem comum, imputvel a quem a negar. Podemosentender segurana da sociedade como segurana nacional.

    22. E Conforme Vedaes (letra l) retirar da repartio pblica, sem estar legalmente autorizado,qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimnio pblico.

    23. E Conforme Vedaes (letra p) exercer atividade profissional atica ou ligar o seu nome aempreendimentos de cunho duvidoso.

    24. E Conforme Vedaes (letra n) apresentar-se embriagado no servio ou fora delehabitualmente.

    25. E Conforme Vedaes (letra c) ser, em funo de seu esprito de solidariedade, conivente comerro ou infrao a este Cdigo de tica ou ao Cdigo de tica de sua profisso.

    26. E Conforme Vedaes (letra m) fazer uso de informaes privilegiadas obtidas no mbitointerno de seu servio, em benefcio prprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.

    27. C Conforme Vedaes (letra g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo deajuda financeira, gratificao, prmio, comisso, doao ou vantagem de qualquer espcie,

    para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua misso ou para influenciaroutro servidor para o mesmo fim

    28. E Conforme Regras Deontolgicas inciso XVI - Em todos os rgos e entidades daAdministrao Pblica Federal direta, indireta autrquica e fundacional, ou em qualquerrgo ou entidade que exera atribuies delegadas pelo poder pblico, dever ser criada umaComisso de tica, encarregada de orientar e aconselhar sobre a tica profissional doservidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimnio pblico, competindo-lhe

    conhecer concretamente de imputao ou de procedimento susceptvel de censura. Ascomisses de tica no determinam punies, advertncias, multas e execuo deliquidao extrajudicial do patrimnio particular dos indiciados, como afirmado. ANICA PENALIDADE APLICADA A CENSURA.

    29. E Conforme Captulo II Comisses de tica / Decreto 1.171/94XXIII - A Comisso de tica no poder se eximir de fundamentar o julgamento da falta detica do servidor pblico ou do prestador de servios contratado, alegando a falta de

    previso neste Cdigo, cabendo-lhe recorrer analogia, aos costumes e aos princpiosticos e morais conhecidos em outras profisses.(Revogao pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007)Art. 16. As Comisses de tica no podero escusar-se de proferir deciso sobre matria de

    sua competncia alegando omisso do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal, doCdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal ou doCdigo de tica do rgo ou entidade, que, se existente, ser suprida pela analogia einvocao aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

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    30. E Conforme Decreto 6.029/02/2007Art. 18. As decises das Comisses de tica, na anlise de qualquer fato ou ato submetido sua apreciao ou por ela levantado, sero resumidas em ementa e, com a omisso dos nomesdos investigados, divulgadas no stio do prprio rgo, bem como remetidas Comisso detica Pblica.

    31. E Conforme Vedaes (letra e) deixar de utilizar os avanos tcnicos e cientficos ao seualcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister.

    32. E Conforme Captulo II Comisses de ticaXVI - Em todos os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal direta, indiretaautrquica e fundacional, ou em qualquer rgo ou entidade que exera atribuies delegadas

    pelo poder pblico, dever ser criada uma Comisso de tica, encarregada de orientar eaconselhar sobre a tica profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o

    patrimnio pblico, competindo-lhe conhecer concretamente de imputao ou deprocedimento susceptvel de censura.

    33. E Conforme Deveres (letra p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas aoexerccio da funo.

    34. C Conforme Decreto 1.171/1994 Das Comisses de ticaXXI - As decises da Comisso de tica, na anlise de qualquer fato ou ato submetido sua

    apreciao ou por ela levantado, sero resumidas em ementa e, com a omisso dos nomesdos interessados, divulgadas no prprio rgo, bem como remetidas s demais Comisses de

    tica, criadas com o fito de formao da conscincia tica na prestao de serviospblicos. Uma cpia completa de todo o expediente dever ser remetida Secretaria daAdministrao Federal da Presidncia da Repblica.(Revogado pelo DECRETO N 6.029 / 1.02.2007)Art. 18. As decises das Comisses de tica, na anlise de qualquer fato ou ato submetido sua apreciao ou por ela levantado, sero resumidas em ementa e, com a omisso dos nomesdos investigados, divulgadas no stio do prprio rgo, bem como remetidas Comisso detica Pblica.

    35. C Conforme Decreto 1.171/2004 Das Comisses de ticaXX - Dada eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidncia, poder aComisso de tica encaminhar a sua deciso e respectivo expediente para a Comisso

    Permanente de Processo Disciplinar do respectivo rgo, se houver, e, cumulativamente, sefor o caso, entidade em que, por exerccio profissional, o servidor pblico esteja inscrito,para as providncias disciplinares cabveis. O retardamento dos procedimentos aquiprescritos implicar comprometimento tico da prpria Comisso, cabendo Comisso detica do rgo hierarquicamente superior o seu conhecimento e providncias.

    36. E As Empresas de Economia Mista ou Sociedade de Econmia mista: Pessoa Jurdica deDireito Privado com participao do Estado. uma sociedade na qual h colaborao entre o Estado e particular, ambos reunindo recursos

    para realizao de uma finalidade. Participao do estado majoritria, mais da metade dasaes com direito a voto devem pertencer ao Estado.Conforme Decreto 6.029/2007Art. 11. Qualquer cidado, agente pblico, pessoa jurdica de direito privado, associao ouentidade de classe poder provocar a atuao da CEP ou de Comisso de tica, visando apurao de infrao tica imputada a agente pblico, rgo ou setor especfico de enteestatal.Pargrafo nico. Entende-se por agente pblico, para os fins deste Decreto, todo aquele que,

    por fora de lei, contrato ou qualquer ato jurdico, preste servios de natureza permanente,temporria, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuio financeira, a rgo ou

    entidade da administrao pblica federal, direta e indireta.37. C Conforme Regras Deontolgicas inciso II - O servidor pblico no poder jamais desprezar oelemento tico de sua conduta. Assim, no ter que decidir somente entre o legal e o ilegal, o

    justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, masprincipalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e

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    4, daConstituio Federal.38. E Os mencanismos de controle interno e externo, de responsabilizao disciplinar e de adquada

    capacitao profissional e funcional so fatores que INFLUENCIAM os padres ticos dosservidores pblicos.

    39. C De fato o padro tico do servio pblico decorre de sua prpria natureza. Os valoresfundamentais do servio pblico decorrem primariamente do seu carterpblico e de suarelao com o pblico.

    http://www.soleis.adv.br/constituicao.htmhttp://www.soleis.adv.br/constituicao.htmhttp://www.soleis.adv.br/constituicao.htm