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1 Material complementar de Literatura Prof. LeLê Romantismo Marco Histórico : Portugal, 1825 = “Camões” de Almeida Garrett Brasil, 1836 = “Suspiros Poéticos e Saudades” de Gonçalves de Magalhães Contexto Histórico : -Pós-Revolução francesa -Revolução Industrial -Aristocracia – Burguesia -Ascensão da Burguesia -Sociedade Urbana -Independência de Várias Colônias -Estado Liberal em Portugal -D. João VI e a Corte no Brasil (1808-1822) -Independência do Brasil (1822) -Popularização de várias formas de arte -Massificação da literatura Características : -Valorização do “EU” -Conflito Homem X Sociedade -Contestação das Instituições -Liberdade criadora -Abandono das formas fixas (ex.: versos brancos e livres) -Final da Era Clássica (Portugal) e da Colonial (Brasil) -Coloquialismo verbal -Oposição ao Neoclassicismo -Escapismo Romântico: a) Igreja b) Loucura c) Morte -Fuga da Realidade: a) no Tempo: INFÂNCIA / PASSADO HSTÓRICO b) no Espaço: TERRAS EXÓTICAS/ NATIVISMO -Tripé Romântico: a) Misticismo = Deus b) Nacionalismo = Pátria c) Idealização = Amor O Romantismo em Portugal As Gerações Românticas em Portugal Primeira Geração Romântica Nacionalista ou Medievalista (1825-1840) Almeida Garrett (1799-1854) Importância histórica (1825 – inicia o Romantismo luso) Político Liberal (diplomata, deputado e jornalista) Reorganiza o teatro nacional português a) Poesia : “Camões” “D. Branca” }até aqui, resíduos neoclássicos “Folhas Caídas” }convencionalismos românticos b) Prosa : “Viagens na minha terra” -misto de romance, livro de viagens e diário íntimo, etc. -classificação incerta -viagem Lisboa-Santarém -49 capítulos -triângulo: Georgina - Carlos - Joaninha c) Teatro : “Frei Luís de Sousa” -texto em prosa -dividida em 3 atos -fundamento histórico -triângulo: Dom João de Portugal – Madalena de Vilhena – Manuel de Sousa Coutinho(=Frei Luís de Sousa) Alexandre Herculano (1810-1877) Político Liberal Poeta, contista, historiador, polemista e romancista Autodidata Influência de Fernão Lopes e Rui de Pina a) Poesia : “Poesias” -influência de Vitor Hugo e Chateaubriand -poesia reflexiva, solene e séria -temas: Religião, Pátria e Natureza -rigor na forma b) Prosa : Criou o romance histórico em Portugal fontes documentais reflexões morais, religiosas e políticas “Lendas e Narrativas” }contos “Eurico, o Presbítero” }romance de destaque -crítica ao celibato clerical -invasão árabe e queda do império godo (século VIII) -prosa quase poética (rigor clássico) -par amoroso: Eurico – Hermengarda Segunda Geração Romântica Byroniana ou ultra-romântica (1840-1850) Camilo Castelo Branco (1825-1890) Um dos maiores prosadores portugueses Criou as Novelas passionais Escreveu mais de 200 obras Deixou poesia, teatro, crônicas, críticas literárias, memória, romances,etc. Escritor profissional Três fases: 1. mistérios e assuntos históricos – tom macabro 2. novelas passionais – paixões desenfreadas 3. antecipação realista – histórias mais críticas e satíricas obra principal: “Amor de Perdição” - esquema folhetinesco - crítica ao autoritarismo paterno - amor fatal e obsessivo - desenlace trágico - triângulo: Mariana – Simão – Teresa Terceira Geração Romântica Antecipação Realista (1850-1865) Júlio Dinis (1839-1871) Joaquim Guilherme Gomes Coelho Romance campesino Idílios amenos / caráter liberal-burguês

Bom Resumo Romantismo

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Page 1: Bom Resumo Romantismo

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MMaatteerriiaall ccoommpplleemmeennttaarr ddee LLiitteerraattuurraa PPrrooff.. LLeeLLêê Romantismo

� Marco Histórico: Portugal, 1825 = “Camões” de Almeida Garrett Brasil, 1836 = “Suspiros Poéticos e Saudades” de Gonçalves de Magalhães

� Contexto Histórico: -Pós-Revolução francesa -Revolução Industrial -Aristocracia – Burguesia -Ascensão da Burguesia -Sociedade Urbana -Independência de Várias Colônias -Estado Liberal em Portugal -D. João VI e a Corte no Brasil (1808-1822) -Independência do Brasil (1822) -Popularização de várias formas de arte -Massificação da literatura

� Características: -Valorização do “EU” -Conflito Homem X Sociedade -Contestação das Instituições -Liberdade criadora -Abandono das formas fixas (ex.: versos brancos e livres) -Final da Era Clássica (Portugal) e da Colonial (Brasil) -Coloquialismo verbal -Oposição ao Neoclassicismo -Escapismo Romântico:

a) Igreja b) Loucura c) Morte

-Fuga da Realidade: a) no Tempo: INFÂNCIA / PASSADO

HSTÓRICO b) no Espaço: TERRAS EXÓTICAS/

NATIVISMO -Tripé Romântico:

a) Misticismo = Deus b) Nacionalismo = Pátria c) Idealização = Amor

O Romantismo em Portugal As Gerações Românticas em Portugal

� Primeira Geração Romântica Nacionalista ou Medievalista (1825-1840) Almeida Garrett (1799-1854)

� Importância histórica (1825 – inicia o Romantismo luso)

� Político Liberal (diplomata, deputado e jornalista)

� Reorganiza o teatro nacional português a) Poesia: “Camões” “D. Branca” }até aqui, resíduos neoclássicos “Folhas Caídas” }convencionalismos românticos b) Prosa: “Viagens na minha terra” -misto de romance, livro de viagens e diário íntimo, etc. -classificação incerta

-viagem Lisboa-Santarém -49 capítulos -triângulo: Georgina - Carlos - Joaninha c) Teatro: “Frei Luís de Sousa” -texto em prosa -dividida em 3 atos -fundamento histórico -triângulo: Dom João de Portugal – Madalena de Vilhena – Manuel de Sousa Coutinho(=Frei Luís de Sousa) Alexandre Herculano (1810-1877)

� Político Liberal � Poeta, contista, historiador, polemista e

romancista � Autodidata � Influência de Fernão Lopes e Rui de Pina

a) Poesia: “Poesias” -influência de Vitor Hugo e Chateaubriand -poesia reflexiva, solene e séria -temas: Religião, Pátria e Natureza -rigor na forma b) Prosa:

� Criou o romance histórico em Portugal � fontes documentais � reflexões morais, religiosas e políticas

“Lendas e Narrativas” }contos “Eurico, o Presbítero” }romance de destaque -crítica ao celibato clerical -invasão árabe e queda do império godo (século VIII) -prosa quase poética (rigor clássico) -par amoroso: Eurico – Hermengarda

� Segunda Geração Romântica Byroniana ou ultra-romântica (1840-1850) CCaammiilloo CCaasstteelloo BBrraannccoo ((11882255--11889900))

� Um dos maiores prosadores portugueses

� Criou as Novelas passionais � Escreveu mais de 200 obras � Deixou poesia, teatro, crônicas, críticas

literárias, memória, romances,etc. � Escritor profissional

Três fases: 11.. mmiissttéérriiooss ee aassssuunnttooss hhiissttóórriiccooss –– ttoomm mmaaccaabbrroo 22.. nnoovveellaass ppaassssiioonnaaiiss –– ppaaiixxõõeess ddeesseennffrreeaaddaass 33.. aanntteecciippaaççããoo rreeaalliissttaa –– hhiissttóórriiaass mmaaiiss ccrrííttiiccaass ee

ssaattíírriiccaass � obra principal: “Amor de Perdição”

- esquema folhetinesco - crítica ao autoritarismo paterno - amor fatal e obsessivo - desenlace trágico - triângulo: Mariana – Simão –

Teresa � Terceira Geração Romântica

Antecipação Realista (1850-1865) JJúúlliioo DDiinniiss ((11883399--11887711)) Joaquim Guilherme Gomes Coelho

� Romance campesino � Idílios amenos / caráter liberal-burguês

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� Os conflitos se resolvem à luz da razão “As pupilas do Senhor Reitor” “A morgadinha dos canaviais” JJooããoo ddee DDeeuuss ((11883300--11889966))

� O “Lírico Puro” � Poesia de transição para o realismo � Atitude mística � Idealização da mulher � Tensão idealismo/erotismo

“Campo de Flores” (poesia reunida) O Romantismo no Brasil AAss GGeerraaççõõeess RRoommâânnttiiccaass nnoo BBrraassiill ((ppooeessiiaa))

�� PPrriimmeeiirraa GGeerraaççããoo RRoommâânnttiiccaa IInnddiiaanniissttaa oouu NNaacciioonnaalliissttaa ((11884400--11885500))

� Índio = idealização do cavaleiro medieval, o “bom Selvagem” de Rousseau

� Natureza = nativismo e ufanismo � Passado histórico � Religiosidade �� RReessíídduuooss nneeoocclláássssiiccooss � Antilusitanismo e xenofobia � Busca de uma “Língua Brasileira” Dois grupos literários: 1)Fluminense (o mais popular) 2)Maranhense

GGoonnççaallvveess ddee MMaaggaallhhããeess ((11881111 –– 11888822)) � Introdutor do Romantismo no Brasil � Poeta medíocre � “Romântico arrependido” (J.Alencar) �� ““SSuussppiirrooss PPooééttiiccooss ee SSaauuddaaddeess”” � Prólogo=Primeiro manifesto Romântico � ““AA CCoonnffeeddeerraaççããoo ddooss TTaammooiiooss””, poema

épico GGoonnççaallvveess DDiiaass ((11882233 –– 11886644))

� Consolida a Poesia Romântica com ““PPrriimmeeiirrooss CCaannttooss””- “Canção do Exílio”,Coimbra, 1843

� Riqueza temática � Senso de medida � Formação clássica / Erudição � Usou todos os metros � Expressividade do ritmo / Equilíbrio � Modelos lusitanos (Garrett e Alexandre

Herculano) � Escreveu:poesia indianista, erudita , da

natureza, egótica e lírico-amorosa � Pertenceu aos dois grupos � Obras: “Primeiros Cantos”, 1846 -Poesias Americanas, Poesias Diversas e Hinos “Segundos Cantos” e “Sextilhas de Frei Antão”, 1848 --EEnnssaaiioo FFiilloollóóggiiccoo,, ppoorrttuugguuêêss aarrccaaiiccoo

“Os Timbiras”, 1848 -Poema épico indianista (só restam 4 Cantos) “Ùltimos Cantos”, 1850 -Contêm “I-Juca Pirama” = épico curto em 10 Cantos “Cantos”, 1857 -Livros anteriores + “Novos Cantos” “Leonor de Mendonça”, 1847 -Drama em 3 atos; 1512, assunto medieval em prosa = D.Jaime (Duque de Bragança) suspeita da Esposa (Leonor) com o jovem Alcoforado “Dicionário de Língua Tupi”, 1858 �� SSeegguunnddaa GGeerraaççããoo RRoommâânnttiiccaa

BByyrroonniiaannaa,, MMaall--ddoo--SSééccuulloo oouu UUllttrraa--RRoommaannttiissmmoo

(1850-1860)

�� EExxaassppeerraaççããoo ddoo ssuubbjjeettiivviissmmoo �� EExxaaggeerroo ddoo sseennttiimmeennttaalliissmmoo �� HHuummoorr nneeggrroo,, ssaattaanniissmmoo �� PPeessssiimmiissmmoo,, aa mmoorrttee,, oo ttééddiioo àà vviiddaa �� EEssccaappiissmmoo ppeelloo áállccooooll,, eerroottiissmmoo

ÁÁllvvaarreess ddee AAzzeevveeddoo ((11883311--11885522)) � O melhor representante do “mal-do-

século” � O Gênio doente e mórbido � Influência de Lord Byron e Alfred de

Musset a) Poesia: “Lira dos Vinte Anos” (principal) “Poesias Diversas” “O Poema do Frade” “O Conde Lopo” --TTééddiioo,, ddúúvviiddaa,, ssaattaanniissmmoo ee ppooeessiiaa cceerreebbrraall --EErroottiissmmoo iiddeeaalliizzaaddoo ee pprreessssáággiiooss ddaa mmoorrttee --HHuummoorr nneeggrroo ee AAmmoorr iirrrreeaalliizzaaddoo b) Prosa: “Noite na Taverna” --LLiitteerraattuurraa FFaannttáássttiiccaa --EExxaallttaa mmoottiivvooss eessttrraannggeeiirrooss --AAlliieennaa--ssee ddaa RReeaalliiddaaddee BBrraassiilleeiirraa --CCoonnttooss mmaaccaabbrrooss c) Teatro: “Macário” -mistura de teatro, diário íntimo e narrativa

OObbss..:: EEssttrruuttuurraa ddee ““LLiirraa ddooss VViinnttee AAnnooss””:: � Prefácio Geral à Obra e Dedicatória à

Mãe do Poeta; � Obra dividida em 3 partes: � 1a Parte (Byron-Musset); � 2a Parte (Byron-Byron); � 3a Parte (Byron-Musset);

FFaagguunnddeess VVaarreellaa ((11884411--11887755)) �� SSíínntteessee ddaa PPooeessiiaa RRoommâânnttiiccaa �� DDoo IInnddiiaanniissmmoo aaoo CCoonnddoorreeiirriissmmoo �� PPooeettaa ddee ttrraannssiiççããoo ddoo RRoommaannttiissmmoo

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�� OObbrraa eexxtteennssaa ee vvaarriiaaddaa �� GGrraannddee eelleeggííaaccoo

PPooeemmaa iimmppoorrttaannttee:: ““CCâânnttiiccoo ddoo CCaallvváárriioo”” CCaassiimmiirroo ddee AAbbrreeuu ((11883399--11886600))

� “Poeta da Saudade” � Poesia Popular � Sem complexidade filosófica e

psicológica � Adolescência e Infância � Família e a Pátria

JJuunnqquueeiirraa FFrreeiirree ((11883322--11885555)) �� SSeennssiibbiilliiddaaddee eexxaacceerrbbaaddaa �� TTeemmaass rreelliiggiioossooss mmeessccllaamm--ssee ccoomm oo

tteemmoorr ddaa mmoorrttee �� SSoolliiddããoo,, vvaalloorr ddaa vviiddaa,, oo ppeeccaaddoo,, lloouuccuurraa

ee aa mmoorrttee ““IInnssppiirraaççõõeess ddoo CCllaauussttrroo”” ““CCoonnttrraaddiiççõõeess PPooééttiiccaass””

�� TTeerrcceeiirraa GGeerraaççããoo ddoo RRoommâânnttiiccaa Condoreira ou Hugoana(1860-1870)

� Escola do Recife � Poesia Social � Crise do Segundo Reinado � Guerra do Paraguai � Campanha Abolicionista � Ideais Republicanos � Poesia Pública ou Social = (Poesia de

comício) � Retórica Grandiloqüente � Apóstrofes violentas � Poesia centrada na 2a pessoa � Função Conativa ou Apelativa

CCaassttrroo AAllvveess ((11884477--11887711)) “meus versos foram feitos para serem gritados em praças públicas” � VVeerrtteenntteess ppooééttiiccaass: a) Lírica (amorosa e naturista) b) Social (patriótica, humanitária e abolicionista) � TTeemmaass: O amor, a mulher, a morte, a natureza, a liberdade, a consciência da própria grandeza, a crença no progresso, a escravidão, etc. � “O Poeta dos Escravos” � Tom declamatório = condoreiro /

grandíloquo � Grandiosidades: infinito, céu, oceano,

deserto, etc. � O melhor Poeta Condoreiro no Brasil EEssccrreevveeuu: � Poesia da natureza � Poesia lírico-amorosa erótica e sensual � Poesia patriótica e declamatória � Poesia abolicionista e humanitária

aa)) PPooeessiiaa:: “Espumas Flutuantes” 1870 “A Cachoeira de Paulo Afonso” 1876 “Os Escravos” 1883 b) Teatro: “Gonzaga ou A Revolução de Minas” 1875 PPrroossaa ddee FFiiccççããoo ((IInnttrroodduuççããoo ddoo RRoommaannccee BBrraassiilleeiirroo))

� Brasil do século XIX; � D.João VI e a Corte no Brasil; � Ascensão da burguesia e da sociedade

urbana; � Massificação da Literatura; � Arte = Entretenimento; IInníícciioo HHiissttóórriiccoo:: 1843, “O Filho do Pescador” de Teixeira e Sousa; 1844, “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo*; *pela qualidade é tido como o primeiro Romance Romântico Brasileiro. EElleemmeennttooss LLiitteerráárriiooss:: � Romances de enredos e tipos; � Atenção ao meio,espaço social e

geográfico das narrativas; � Nacionalismo literário; � Visão sobre a terra e o homem brasileiro; Matérias romanesca: � Cidade = vida urbana; � Campo = vida rural; � Selva = vida primitiva; Romances Urbanos, Romances Indianistas, Romances Regionalistas e Romances Históricos;

MMaannuueell AAnnttôônniioo ddee AAllmmeeiiddaa ((11883311--11886611)) Médico, Jornalista, Diretor da Tipografia Nacional e Literato “Memórias de um Sargento de Milícias”

� Único romance do autor � Folhetins da “Pacotilha”, um suplemento

do Correio Mercantil � De 27/06/1852 até 31/07/1853 �� PPsseeuuddôônniimmoo:: ““UUmm BBrraassiilleeiirroo”” � Como Romance, publicado em 2

volumes:1854 e 1855 Obra excêntrica (romantismo excêntrico) � Escrito no Reinado de D.Pedro II �� RReeffeerree--ssee aaoo ppeerrííooddoo ddaa CCoorrttee nnoo BBrraassiill

((11880088)) � Sociedade carioca à época de Dom João

VI � Estilo de crônica histórica � Valor documental (Romance de

Costumes)

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�� TTrraaççooss ddoo eessttiilloo jjoorrnnaallííssttiiccoo ddeessssee ppeerrííooddoo

� Rompe com elementos típicos do Romance médio

� Registros dos costumes e tradições cariocas

�� PPrreesseennççaass ddaass ccaammaaddaass ppooppuullaarreess,, aa““aarrrraaiiaa--mmiiúúddaa”” ((ssaallooiiaass,, mmeeiirriinnhhooss,,ppaarrtteeiirraass,,eettcc))

� Leonardo Pataca Filho, primeiro anti-herói da Literatura Brasileira

� Herói pícaro, “filho de uma pisadela e de um beliscão”, vive ao sabor do acaso

� Herói de posição social inferior � Ausência do idealismo heróico � Linguagem coloquial e direta (fluxo

narrativo) �� AAuussêênncciiaa ddee ddeessccrriiççõõeess ppoommppoossaass;; eessttiilloo

ccaarriiccaattuurraall � Imparcialidade do narrador � Ausência de vilões e heróis � Afastamento de qualquer forma de

moralismo � Tom irônico e crítico (Novela

Picaresca)Romance Picaresco � Referências metalingüísticas � Narrado em terceira pessoa � Comicidade varrida � Obra singular do Romantismo Brasileiro PPeerrssoonnaaggeennss:: � Maria da Hortaliça (saloia=camponesa

lusitana) � Leonardo Pataca (algibebe=vendedor de

roupas grosseiras) � Padrinho = barbeiro,Compadre �� MMaaddrriinnhhaa == ppaarrtteeiirraa,,CCoommaaddrree � major Vidigal � mulatinha Vidinha � José Manuel � Luisinha � Chiquinha, filha da Comadre, amante de

Leonardo pai.

JJoosséé ddee AAlleennccaarr ((11882299--11887777)) � O grande prosador do romantismo; � Escreveu: romances, teatro,crítica,

polêmica, crônicas e autobiografia; � Consolida o Romance no Brasil; � Autenticamente nacional; Brasilidades: � níveis sociais; � níveis geográficos; � níveis temáticos; (Todas as latitudes sociais e geográficas do brasileiro) � No espaço:o sertão do Nordeste(O

Sertanejo),o litoral Cearense(Iracema), o pampa gaúcho (O Gaúcho),a zona rural (Til),zona fluminense (O Tronco do Ipê);

� No tempo:pré-colonial (Ubirajara), colonial (Iracema e O Guarani), colonização (As minas de Prata), presente(romances urbanos)

� Plano étnico:índio e branco alternam-se como heróis;

� Temática nacional; � Uso brasileiro do português; � Fraseados nacionais; � Enriqueceu nossa língua com inúmeros

“brasileirismos”; � Verdadeiro painel do Brasil; � Político conservador; DDiivviissããoo ddaa OObbrraa AAlleennccaarriiaannaa:: � Romances Indianistas; � Romances Históricos; � Romances Regionalistas; � Romances Urbanos;

Outros Prosadores : Regionalistas Românticos

Visconde de Taunay (1843-1899) � Melhor regionalista � Autor de transição para o Realismo � Região do Mato Grosso � Reproduz o falar regionalista � Descreve a paisagem local � Idealismo sentimental

Obra importante: “Inocência” (Cirino, apaixonado por Inocência, filha de Pereira, é assassinado por Manecão)

Bernardo Guimarães(1825-1884) � Técnica dos cantadores de causos � Região de Minas e Goiás � Alia romance de tese e regionalismo

“A Escrava Isaura” � Contra a escravidão negra � Idealização da personagem

“O Seminarista” � Contra o celibato clerical � Inspiração de Alexandre Herculano � Estilo simples, peculiaridades sintáticas e

léxicas, fora da norma Franklin Távora(1842-1888)

� Literatura do Norte/Nordeste � Elementos verdadeiramente nacionais � Criticou José de Alencar � Criticado pelos críticos modernos � Romancista mediano

“O Cabeleira” (banditismo do Norte)