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FALANDO SOBRE ESPASTICIDADE
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Fisioterapia e Toxina Botulínica do Tipo A
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº2, Ano 2006, Página 46
- Casaca, Isabel Fisioterapeuta Hospital S. João Baptista - Entroncamento
Autores
Fisioterapia e Toxina Botulínica do Tipo A Casaca, I.
RESUMO: Enquadramento: A espasticidade é um síndrome que dificulta o processo de recuperação neuromotor do doente neurológico. Nos últimos anos, têm vindo a ganhar relevância a injecção intramuscular de toxina botulínica do tipo A (T.B.-A). Esta, quando complementada com um plano de tratamento de fisioterapia adequado, tem demonstrado resultados benéficos no que concerne, à redução temporária da espasticidade. Objectivos: Recolher informação sobre a actuação da fisioterapia face a um doente sujeito a terapêutica com T.B.-A, com o intuito de encontrar orientações de intervenção. Materiais e Métodos: Nesta perspectiva, procedeu-se a uma recolha bibliográfica actualizada, acerca da utilização da T.B.-A associada a um programa de fisioterapia personalizado em doentes do foro neurológico. Resultados e Conclusões: Pode-se concluir que, apesar de alguma escassez de estudos, a T.B.-A, parece ser uma técnica segura e útil no tratamento da espasticidade e consequentemente auxilia o fisioterapeuta, a melhorar a capacidade funcional destes indivíduos, devendo a sua intervenção ser o mais precoce e intenso possível. . Palavras Chave: espasticidade; toxina botulínica tipo A; fisioterapia
Fisioterapia e Toxina Botulínica do Tipo A
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº2, Ano 2006, Página 47
INTRODUÇÃO:
Um dos principais obstáculos ao
processo de recuperação funcional do doente
neurológico como sabemos, é a espasticidade.
Esta caracteriza-se pela presença de
hiperactividade muscular involuntária que
frequentemente se associa à dor, deformidade
e incapacidade funcional.
A recuperação neuromotora, que visa
restabelecer as condições de tónus e da força
muscular, normalmente associadas a
disfunções sensitivas e cognitivas, é
determinante no combate à hipertonia que
dificulta significativamente as capacidades
funcionais destes doentes na sua vida diária.
Neste âmbito, nos últimos anos, muitas
técnicas/ métodos fisioterapêuticos foram
desenvolvidos procurando minimizar as
dificuldades encontradas pelos doentes com
espasticidade. O fisioterapeuta, procura assim
normalizar o tónus muscular, com técnicas que
promovem a inibição dos padrões anormais de
movimento e postura. Todavia, nos casos em
que existe uma hipertonia elevada, as técnicas
habitualmente utilizadas tais como: medicação
oral, ortóteses, baclofeno intratecal, fenol/
álcool, cirurgia, entre outras, apresentam
algumas limitações.
Para fazer frente a estas limitações,
têm vindo a ganhar relevância a injecção
intramuscular de toxina botulínica do tipo A
(T.B.-A). Esta, quando complementada com um
plano de tratamento de fisioterapia adequado,
tem demonstrado resultados benéficos no que
concerne, à redução temporária da
espasticidade. Nestas circunstâncias pode
mesmo atingir a normalização do tónus
muscular a longo prazo e, consequentemente,
melhorar a capacidade funcional destes
indivíduos (Roussounis, 2000; Edwards, 2000;
Chutorian 2001; & Morton, 2004).
A totalidade dos autores citados, refere
que a intervenção do fisioterapeuta após a
injecção da T.B.-A é muito importante não só
para que se consiga alcançar os benefícios
esperados, como para que se obtenha um
efeito mais prolongado e uma maior
funcionalidade dos membros.
É ainda consensual, a necessidade de
um programa de fisioterapia intenso para que
se obtenham melhores resultados.
ENQUADRAMENTO HISTÓRICO:
A toxina botulínica (T.B.) é uma proteína
de origem biológica, produzida pela bactéria
anaeróbica, gram negativa, Clostridium
Botulinium, popularmente conhecida e
comercializada com o nome de “Botox®”
(Laboratorio Allergan Pharmaceuticals Ireland)
e “Dysport®” (Laboratorio Ipsen Pharma S.A.).
Em, 2001, a Associação Médica
Americana, definiu a T.B. como uma “arma
biológica”, isto pelo facto desta toxina ser um
agente altamente letal.
De acordo com Stephen et al. (2001),
os primeiros estudos com a T.B. foram
efectuados em 1920 em indivíduos vítimas de
botulismo. Naquela época, estas bactérias
frequentemente contaminavam alimentos mal
conservados que, quando ingeridos, levavam ao
envenenamento. Surgia então um quadro
clínico caracterizado por, náuseas, mal-estar,
vómitos, insuficiência respiratória, fraqueza
Fisioterapia e Toxina Botulínica do Tipo A
Arquivos de Fisioterapia Volume 1, nº2, Ano 2006, Página 48
muscular progressiva que, com alguma
frequência, conduzia à morte.
Laboratorialmente nos Estados Unidos,
entre 1980 e 1996, essa “arma biológica”, foi
investigada e purificada, conhecendo-se hoje
em dia, sete toxinas distintas
imunologicamente: A, B, C, D, E, F e G.
Apesar da T.B.-B (Neurobloc®) ter
demonstrado, mais recentemente, alguns
resultados no que concerne a tratamentos
terapêuticos (Fernández, 2006), autores como,
Munchau (2000); Roussounis (2000); Morton
(2004); Dressler et al. (2005), afirmam que a
T.B.-A é a mais comercializada e usada
terapêuticamente no ser humano.
Nestes estudos, entre outros, verifica-se
que a T.B.-A, quando administrada por injecção
intramuscular, em doses adequadas, é
considerada um tratamento interessante no
bloqueio neuromuscular selectivo, aliviando
espasmos musculares oriundos de actividade
neural excessiva.
De acordo com a literatura consultada,
a primeira experiência terapêutica realizada
em humanos com a aplicação desta toxina,
teve lugar em 1980 por um Oftalmologista,
Allan B. Scott, visando encontrar uma forma
não cirúrgica para tratar o estrabismo. Nas
últimas décadas vários estudos científicos
(Elizabeth, 2000; Munchau, 2000; Morton,
2004 et al.) demonstram que a T.B.-A tem sido
amplamente utilizada na área da estética –
Botox, assim como na área da neurologia. Na
vertente neurológica, encontra principal
utilização em casos de distonias focais dos
membros e da coluna cervical (torcicolo
espasmódico), espasmos hemifaciais, cefaleias
tensionais e exaquecas, sialorreia, hiperidrose,
destacando-se ainda a sua aplicação, no
tratamento da espasticidade, causada por
acidentes vasculares cerebrais (A.V.C.s), ou por
outras doenças do sistema nervoso central
(esclerose múltipla, paralisia cerebral, …) (Ring
H.,2005).
Mais recentemente, têm surgido
algumas referências da sua aplicação no
tratamento da depressão nervosa (Finzi, E. &
Wasserman, E., 2006), assim como no
tratamento de lombalgias.
MECANISMOS DE ACÇÃO:
De acordo com Dressler (2005), após a
aplicação desta neurotoxina há uma inibição do
mecanismo causador da espasticidade,
provocando uma desnervação controlada com
fraqueza muscular temporária e provável
atrofia. Consequentemente, permite ao
fisioterapeuta vencer essa grande barreira e
atingir resultados satisfatórios no processo de
reabilitação dos doentes com um quadro
neurológico espástico.
Como sabemos, a contracção muscular
inicia-se a partir de um impulso nervoso
proveniente do cérebro ou da medula espinal.
Este impulso chega às terminações nervosas
as quais libertam uma substância
neurotransmissora – acetilcolina (Ach) - na
placa motora, difundindo-se pela fenda
sináptica para o receptor colinérgico, ficando
assim a membrana pré-sináptica permeável ao
sódio (Na+) e ao potássio (K-), desencadeando o
funcionamento da “bomba Na+/K-” (figura 1A).
Do ponto de vista fisiológico, o me-
canismo de acção da T.B.-A, surge na junção
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Figura 1 – Mecanismo de Acção da Toxina Botulínica do
Tipo A.
mioneural provocando o bloqueio da libertação
deste neurotransmissor (Ach) na membrana
pré-sináptica (Munchau et al.,2000 & Stephen,
2001).
Por outro lado, estruturalmente a T.B.-A
é constituída por duas cadeias, uma cadeia leve
e uma cadeia pesada, ligadas por uma ponte. A
cadeia pesada actua ligando-se a receptores
específicos da membrana pré-sináptica. Uma
vez ligada, a T.B.-A entra na célula mediante
vesículas sinápticas, unindo-se ao citosol onde
realiza a sua acção enzimática. Entretanto a
cadeia leve, vai inibir a libertação de Ach
(Elizabeth, 2000 Muchau, 2000; Barberá,
2004) (figura 1B).
Segundo Munchau et al. (2000), a T.B.-A
actua apenas na inibição da libertação da Ach,
não interferindo na sua síntese e no seu
armazenamento.
Sendo assim, a parésia muscular
produzida depende da dose de toxina aplicada
e, é reversível.
Por outro lado, na análise aos estudos
consultados, verifica-se que a fraqueza
muscular ocorre apenas na área da sua
aplicação, causando uma diminuição da acção
nas terminações nervosas, sendo que, à
posteriori a recuperação do tónus muscular
ocorre pelo crescimento dos botões axonais
(“sprouting”) nas terminações nervosas que
reinervam o músculo.
A ADMINSTRAÇÃO DA TOXINA:
De acordo com Elizabeth (2000),
Barberá (2004), Morton (2004), Dressler
(2005), os efeitos da T.B.-A surgem entre os 2
a 6 dias após a sua aplicação, perdurando o
relaxamento muscular durante 3 a 4 meses.
Casos há, em que o seu efeito terapêutico se
estende até aos 6 meses após a sua
administração. De acordo com Stuart (2001)
& Barberá (2004), devem-se evitar grandes
intervalos entre a primeira aplicação da toxina
e as seguintes de forma a minimizar a
formação de anticorpos.
De acordo com a “Food and Drug
Administration's” – FDA (Botulinum Toxin: A
Poison That Can Heal), 10% dos pacientes
desenvolvem anticorpos à toxina, sendo mais
provável que isso aconteça, em pacientes que
recebem doses elevadas de T.B.-A em curtos
intervalos de tempo. Consequentemente os
fabricantes desta toxina biológica recomendam
que a dosagem seja a mais baixa possível em
cada administração.
Por outro lado, é de evidenciar que a
fisioterapia torna-se mais eficiente e
demonstra maiores benefícios, quando
efectuada durante o primeiro mês após a
administração da T.B.-A.
Segundo dados actuais fornecidos pelo
Infarmed (“ Prontuário Terapêutico on-line”
Fisioterapia e Toxina Botulínica do Tipo A
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Ministério da Saúde), torna-se essencial uma
avaliação pormenorizada do indivíduo em
causa, incluindo não só o exame clínico
subjectivo e objectivo, assim como, a utilização
de instrumentos / escalas de avaliação para
que esta seja a mais objectiva possível. Por
outro lado, salienta-se a eficácia do recurso aos
exames complementares de diagnóstico,
nomeadamente a electromiografia, a qual
permite identificar de uma forma mais precisa
os músculos comprometidos (Edwards, S. et al.
2000; Stuart, 2001; Soucacos, 2003).
A aplicação da toxina concretamente,
esta é injectada por um profissional
especializado (fisiatra ou neurologista),
intramuscularmente, nos músculos espásticos
previamente seleccionados. De acordo com
Barberá (2004), podem-se aplicar injecções
em vários pontos do grupo muscular, variando
em geral entre 1 a 4 pontos no máximo. O
utente, normalmente, sente apenas a dor da
picada da agulha, o que torna a sua aplicação
compatível com todas as idades.
Por outro lado, a dose e os pontos de
aplicação da T.B.-A dependem de alguns
factores, intrínsecos, tais como: a idade e peso,
a localização e a extensão do
comprometimento dos grupos musculares
mais envolvidos na incapacidade funcional.
De acordo com Stuart (2001) e outros
autores, devem ser evitadas doses superiores
a 600 / 800 U por cada aplicação de Botox.
O Botox®, têm uma apresentação
comercial em frasco-ampola de 100 U de
toxina e cada frasco de Dysport® contém 500
U (comercializado com um valor aproximado de
450 €). Cada unidade de Botox equivale a 3-4 U
de Dysport.
Na Tabela 1, apresentam-se exemplos
das doses a administrar no tratamento da
espasticidade:
Músculos Dose de Botox Unidades
Deltóide 25 a 100
Bícepede 50 a 100
Braquiorradial 25 a 75
Flexor radial do carpo 10 a 50
Flexor cubital do carpo 10 a 50
Flexor profundo dos dedos 10 a 30
Adutor do polegar 5 a 10
Interósseos 3 a 8
Psoas-ilíaco 100 a 200
Quadrícepede 100 a 200
Adutores 200 a 400
Tibial anterior 25 a 75
Tibial posterior 50 a 150
Longo peroneal 50 a 150
Gémeos 50 a 200
Longo flexor dos dedos 50 a 100
Tabela -1 Doses de Botox Obs.: As doses de Dysport são quatro vezes maiores do que as de Botox.
Segundo o Infarmed (“ Prontuário
Terapêutico on-line” Ministério da Saúde) a
maioria das reacções adversas da injecção de
T.B.-A são locais e dependem da difusão
passiva da toxina para músculos adjacentes ao
injectado. Raramente ocorrem efeitos
sistémicos tais com síndrome gripal,
diminuição da força muscular em grupos
musculares distantes do local da injecção.
Ainda de acordo com a mesma fonte, não há
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contra-indicações absolutas excepto a
hipersensibilidade aos componentes da
formulação. Por outro lado, a existência de
doenças que diminuam a força muscular
constitui uma contra-indicação relativa.
Reforçando esta ideia, a “European
Medicines Agency” - EMEA na “Lista das
denominações, da forma farmacêutica, das
dosagens e das vias de administração dos
medicamentos, dos titulares das autorizações
de introdução no mercado e da apresentação e
dimensões das embalagens nos estados
membros” (2003), afirma que o perfil
risco/benefício desta terapêutica, quando
respeitadas as doses indicadas pode
considerar-se favorável.
No que concerne à utilização simultânea
da T.B.-A com antibióticos do grupo dos
aminoglicosídeos pode potenciar a diminuição
da força muscular induzida pela toxina.
TOXINA BOTULÍNICA – A FISIOTERAPIA:
Anteriormente, já foram referidas as
indicações terapêuticas desta toxina, em
diversas disfunções neurológicas.
Na verdade, hoje em dia a sua aplicação
veio alargar o arsenal terapêutico e reabilitativo
disponível (Roussounis et al., 2000; Elizabeth et
al,, 2000; Soucacos, et al., 2003; Bakheit, et al.,
2004; Coxon, 2004; Morton, et al., 2004).
De acordo com Leach (1997) citado
por Nolan (2006), torna-se importante uma
selecção criteriosa do paciente que irá receber
a T.B.-A e consequentemente uma avaliação
dos resultados finais. Para este autor o
fisioterapeuta deverá estar presente em 5
etapas de avaliação e tratamento de crianças
com paralisia cerebral sujeitas a T.B.-A: 1)
selecção do paciente, 2) pré-avaliação, 3)
definição dos objectivos, 4) fisioterapia pós T.B.-
A, 5) avaliação dos resultados e follow-up.
Após a administração da toxina, o
fisioterapeuta procede assim, a uma avaliação
ou reavaliação do doente tendo como principal
objectivo a elaboração de um plano de
tratamento, visando o aumento da amplitude
de movimento, a melhoria da função, promover
o controle selectivo, o ganho de força e
coordenação, bem como o de outros
componentes de desempenho motor
indispensáveis no processo de reabilitação.
CONCLUSÕES:
A T.B.-A, pode pois ser considerada uma
técnica segura e útil no tratamento da
espasticidade.
È consensual que a sua eficácia está
intimamente ligada aos critérios de selecção
do doente, músculos e pontos a injectar.
Igualmente importante parece ser a
precocidade e plano de tratamento em
fisioterapia para se obter um efeito óptimo.
Apesar disso, após a pesquisa
bibliográfica efectuada, verifica-se uma grande
escassez de estudos que suportem a eficácia
das actividades fisioterapêuticas específicas.
Ressalva-se então, a importância da realização
de estudos no âmbito da intervenção do
fisioterapeuta após as injecções da Toxina
Botulínica do tipo A.
AGRADECIMENTOS:
Agradeço em especial ao médico
fisiatra Dr. Renato Nunes e ao fisioterapeuta
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Luís Eva Ferreira por todo o apoio e auxílio que
me foi prestado durante a realização deste
artigo.
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