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O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 53 nº 690 – Maio de 2012 B rasil Presbiteriano Está chegando o 3 0 Congresso Nacional de Educação Cristã da IPB Missionário e Ministros jubilados recebem homenagem Educação Cristã integral na igreja local Página 18 Uma urgente mensagem do Conselho de Edu- cação Cristã e Publicações aos presbiterianos: você estava usando cópias ilegais de textos e músicas? Não use mais. Página 10 Violação de Direito Autoral CE do Supremo Concílio Página 10

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maio de 2012

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O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 53 nº 690 – Maio de 2012BrasilPresbiteriano

Está chegando o 30 CongressoNacional de Educação Cristã da IPB

Missionário e Ministros jubilados recebem homenagem

Educação Cristã integral na igreja local Página 18

Uma urgente mensagem do Conselho de Edu-cação Cristã e Publicações aos presbiterianos: você estava usando cópias ilegais de textos e músicas? Não use mais.

Página 10

Violação de Direito Autoral

CE do Supremo ConcílioPágina 10

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Maio de 20122BrasilPresbiteriano

esus nos comissionou para discipular pesso-

as de todas as etnias em todo o mundo. Devemos evangelizá-las, batizar os convertidos e ensiná-los a guardar todas as coisas que Jesus ordenou.

Tendo ficado tão clara a nossa missão, como pode-remos errar?

Poderemos errar? Sim, erraremos se nos agitar-mos para todos os lados e fizermos muitas coisas, contudo, sem a orientação do comissionamento rece-bido. Apreciamos igrejas dinâmicas, polivalentes, mas é preciso verificar se isso é sinônimo de comu-nidades consistentemente voltadas para o discipu-lado. Se não, teremos o cuidado de isolar o traba-

lho evangelístico e mis-sionário e terceirizá-lo, ficando com outras tarefas e ocupações, interessan-tes, úteis, nobres até, mas inconsistentes com a nossa missão.

Que tarefas e ocupações são essas que caracterizam uma igreja dinâmica, mas não discipuladora? Ah, tra-ta-se de programas varia-dos, atividades para atrair pessoas, para entretê-las, informá-las. Poderemos até dar uma feição muito espiritual para a nossa movimentação, com cur-sos bíblicos, reuniões de oração e, curiosamente, envolvimento na obra mis-sionária da denominação que, porém, jeitosamente terceirizamos.

Segundo as palavras de

Jesus, após a integração dos alcançados na comu-nidade estes deverão ser ensinados a guardar todas as coisas que ele ordenou. É muito conteúdo e não apenas para ser memoriza-do. É para aprender a guar-dar. Isso demanda tempo, porque os discipuladores precisarão aprofundar o relacionamento com os discípulos, observá-los e aplicar a Escritura de modo dirigido para ensiná-los, repreendê-los, corrigi-los ou, resumindo, educá-los na justiça (2Tm 3.16).

É, isso demanda muito tempo. Precisaremos nos organizar e otimizar os esforços. Nossos progra-mas precisarão ter obje-tivos harmonizados entre si. Não poderá cada grupo,

sociedade interna ou minis-tério atirar para qualquer lado. Assim como é sábio ter um bem planejado cur-rículo para a ED, devemos ter um currículo para a igreja toda, de modo que todos os esforços contribu-am para um fim comum.

É com essas preocupa-ções em mente que a IPB realizará o 3º Congresso Nacional de Educação Cristã. Vários experimen-tados e bem-sucedidos obreiros de nossa igreja compartilharão sua visão do ensinamento bíblico a respeito desse assunto em palestras ou em oficinas bem práticas e conectadas ao tema principal.

É uma oportunida-de que não deveremos desperdiçar.

EDITORIAL

Uma oportunidade imperdível

Conselho de Educação Cristã e Publicações:

Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente)Domingos Dias (Vice-presidente)Gecy Soares de Macedo (Secretário)Alexandre Henrique Moraes de AlmeidaAndré Luiz RamosAnízio Alves BorgesMarcos Antônio Serjo da CostaMauro Fernando Meister

Conselho Editorial da CEP:

Ageu Cirilo de Magalhães Jr.Cláudio Marra (Presidente)Fabiano de Almeida OliveiraFrancisco Solano Portela NetoHeber Carlos de Campos Jr.Mauro Fernando MeisterTarcízio José de Freitas CarvalhoValdeci da Silva Santos

Conselho Editorial do BP:

Alexandre Henrique Moraes de AlmeidaAnízio Alves BorgesClodoaldo Waldemar Furlan Hermisten Pereira Maia Costa Leandro Antônio de Lima

Edição e textos:

Camila CrepaldiSP 51.929

E-mail: [email protected]

Diagramação:

Aristides Neto

Impressão

Folhagráfica

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e

Publicações

Ano 53, nº 690Maio de 2012

Rua Miguel Teles Junior, 394Cambuci, São Paulo – SP

CEP: 01540-040

Telefone:(11) 3207-7099

E-mail: [email protected]

[email protected]

BrasilPresbiteriano

Órgão Oficial da

www.ipb.org.br

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Maio de 2012 3BrasilPresbiteriano

FAMÍLIAS PRESBITERIANAS DO BRASIL

ssa antiga família do sul de São Paulo é

uma das mais numerosas e atuantes da IPB. O primei-ro a abraçar o evangelho foi João Antunes de Moura (1849-1928), um dos fun-dadores da IP de Itapeva, organizada em 4 de maio de 1879 pelo Rev. Antônio Pedro de Cerqueira Leite. Moura foi esforçado evan-gelista e colportor, tendo sido um pioneiro da evan-gelização do Paraná. Eleito presbítero em 1883, teve forte atuação nos concílios da IPB, tendo compareci-do a diversas reuniões do Sínodo e da Assembleia Geral. Tinha conhecimen-tos práticos de medici-na, botânica, agricultura, matemática e outros assun-tos e foi homem públi-co em sua região, sendo eleito vereador e depois prefeito de Itapeva (1911-1913).

O templo da 2ª IP dessa cidade, situado no Jardim Maringá, está localiza-do na Rua Coronel João Antunes de Moura e na mesma rua se encontra a Escola Estadual Jeminiano David Müzel, seu genro. O presbítero Moura casou-se em 1875 com Elisa Isabel Loureiro Kirschner David Müzel (Elisa de Moura), que foi a primei-ra presidente da socieda-de de senhoras da igre-ja de Itapeva, criada em

12 de outubro de 1912. O casal teve onze filhos que atingiram a idade adulta, nascidos entre 1876 e 1901: Frederico, Urias, Ozias, Abiael, Uriel, Elísio, Ciro, Noemi, Elmiro, Gade e Joel. Dois deles merecem destaque.

Abiael Antunes de Moura (1883-1915) foi a primei-ra esposa do Rev. Baldomero Esteves Garcia (1876-1942), que pasto-reou igrejas no interior e na capital de São Paulo. Uriel Antunes de Moura (1888-1981) estudou no Instituto Evangélico de Lavras e no Seminário Presbiteriano do Sul, tendo sido ordena-do ao ministério em janei-ro de 1920. Pastoreou as igrejas de Torre de Pedra, Itapetininga, Itararé, Itapeva e muitas outras. Foi membro fundador do antigo Presbitério de Itapetininga (1928), tendo pastoreado todas as suas igrejas. Iniciou o trabalho de capelania evangélica no sanatório de Pirapitingui, em Itu. Foi casado em pri-meiras núpcias com Alice de Carvalho e em segun-das núpcias com Orminda David Müzel. Sua filha mais nova, Priscila, casou-se com o Rev. Ely Cheque de Moraes Gomes.

Um neto do presbíte-

ro João Moura, filho de Urias, foi o Rev. Ner de Moura (1915-2009). Ele foi ordenado pela Igreja Presbiteriana Independente em 1957, tendo pastore-ado diversas igrejas no Paraná e Santa Catarina. Em 1975, aderiu à Igreja Presbiteriana Renovada, à qual serviu em Sorocaba, Ponta Grossa, Curitiba e litoral do Paraná. Jubilado em 1985, voltou a residir em Itapeva. Outro neto do patriarca João Antunes de Moura foi o presbítero Dr. Gerson de Moura Müzel (1917-1986), filho de Noemi Antunes de Moura e Jeminiano David Müzel. Nos anos 50, ele se graduou em Pedagogia, Psicologia e Direito. Lecionou em muitas cidades do inte-rior e na capital paulista, onde também trabalhou na Secretaria de Educação. Foi membro do Conselho de Curadores da Fundação

Educacional Presbiteriana, vice-presidente edu-cacional do Instituto Mackenzie, membro do Conselho Universitário da Universidade Mackenzie e organizador do Mackenzie Tamboré. Também inte-grou a diretoria do Instituto Gammon e foi membro dos Gideões Internacionais e da Associação Cristã de Moços. Exerceu o presbi-terato nas igrejas do Brás, Penha e Vila Mariana. Uma escola de Capela do Socorro, zona sul de São Paulo, recebeu o seu nome. Seu irmão Newton de Moura Müzel (1930-2004) foi pesquisador da história da família.

Outros presbíteros da família, passados e atuais, são Frederico Antunes de Moura e Elísio Antunes de Moura (filhos do patriarca João), Hugo Antunes de Moura (filho de Elísio), João de Campos Moura

(filho de Ozias), Elísio Jeconias Müzel Moura, Hugo Mário Braatz Antunes de Moura e José Carlos Moura Camargo. O Sr. Hugo Antunes de Moura, nascido em 1922, é presbítero emérito da igreja de Nova Campina. Quase todos os demais estão ligados à Igreja Presbiteriana Central de Itapeva. Entre os diáco-nos estão José de Campos Moura e Ruben Moura Gomes. Marina, uma tri-neta de João Antunes de Moura, é casada com o Rev. Célio Gomes Azevedo, pastor auxiliar da IP Unida de São Paulo. Há mais de 130 anos a valorosa família Moura usufrui as bênçãos do evangelho e serve a Deus na IPB.

Família MouraAlderi Souza de Matos

E

O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador

oficial da [email protected]

Presbítero Gerson de Moura Muzel Presbítero João Antunes de Moura Rev. Uriel Antunes de Moura

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Maio de 20124BrasilPresbiteriano

ARTIGO

ão existe doutri-na que cause mais

discussão no mundo cris-tão evangélico do que a doutrina da predestina-ção. Algumas publicações polêmicas que circulam nos meios evangélicos chegam a taxar a doutrina como “diabólica”. É um fato que parte dos cristãos se sente desconfortável ao ouvir falar dela.

O principal argumento daqueles que rejeitam a predestinação é a questão da justiça divina. Acredita-se que ela torna Deus injusto, uma vez que não parece sensato que Deus escolha uns e outros não.

Agostinho (354-430), um teólogo do quarto sécu-lo, foi o primeiro depois de Paulo, a defender a doutri-na da predestinação. No entanto, coube ao refor-mador de Genebra, João Calvino (1509-1564), a tarefa de sistematizá-la, e assim, eternizá-la dentro do pensamento teológico da cristandade. Armínio (1559-1609), por sua vez, revoltou-se contra o enten-dimento calvinista da pre-destinação, defendendo a predestinação sob a base exclusiva da presciência divina. Nesse sentido, Deus sabe quais pessoas crerão e quais não, e sobre essa base predestina. Por isso, o arminianismo vê a predestinação como uma

simples constatação ante-cipada do que viria a acon-tecer. Mas é preciso dizer que, nesse caso, a escolha verdadeira seria do pró-prio homem.

Na visão reformada, às vezes se fala em dupla predestinação, envolvendo a salvação e a condena-ção. Nem todos os refor-mados aceitam a ideia da dupla predestinação. A Confissão de Westminster difere os salvos dos perdi-dos dizendo que os salvos são eleitos e predestina-dos, enquanto que os per-didos são preteridos e pre-ordenados. Não havendo, portanto, dupla predesti-nação. Somente os eleitos podem ser chamados de predestinados. Os demais são “preteridos”, ou seja, abandonados em seus pró-prios pecados e preorde-nados à condenação que deles resulta.

Apesar das discussões históricas e filosóficas que existem sobre o tema, o que realmente importa é o que a Bíblia diz. Em Romanos 9, Paulo trata sobre uma questão muito importante para sua época: Se Cristo veio para Israel, por que os israelitas não se converteram? Essa era uma pergunta crucial para os crentes daquela época, pois se Cristo veio para cumprir todas as promes-sas feitas a Israel, então, como justamente Israel não reconheceu o Cristo?

Teria a Palavra de Deus falhado? Esse é o ques-tionamento que Paulo tem em mente ao responder: “... não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos” (Rm 9.6-7). O que ele está que-rendo dizer é que o simples fato de alguém fazer parte da nação de Israel não o torna salvo. Na visão de Paulo, a descendência de Abraão verdadeira não é a da “carne”, mas a da pro-messa (v. 8). Os filhos da promessa são necessaria-mente os eleitos. Abraão teve dois filhos, mas Deus escolheu Isaque, filho de Sara e não Ismael, filho da escrava Agar. Isaque também teve dois filhos (Esaú e Jacó), porém, Deus escolheu Jacó para ser o patriarca da nação de Israel. Com essas escolhas Deus estava demonstran-do que, desde o início, a eleição foi a ferramenta principal de sua constru-ção. A escolha divina foi a metodologia adotada por Deus para desenvolver seu plano no mundo. Essa é justamente a resposta que Paulo dá, a fim de provar que a Palavra de Deus não falhou. Não falhou porque os eleitos foram salvos. Eleitos esses de dentro da própria nação de Israel, como ele diz mais tarde,

se referindo aos crentes israelitas: “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm 11.5-6). Podemos deduzir, portanto, do entendimen-to de Paulo, que a elei-ção é a garantia de que a Palavra de Deus (pro-messas) não falhou. Nisso vemos a necessidade da escolha de Deus. Deve ser notado ainda que aqui-lo que para muitos é um escândalo, Paulo apresen-ta com muita naturalida-de, demonstrando que na verdade, a predestinação é absolutamente necessá-ria. Sem ela a Palavra de Deus já não seria digna de crédito.

Falando sobre a escolha de Jacó e não de Esaú, Paulo diz: “... ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já lhe fora dito a ela: o mais velho será servo do mais moço” (Rm 9.11-12). Não pode haver uma declaração mais preci-sa e direta sobre a predesti-nação do que essa. O pró-prio significado do termo “predestinação” implica necessariamente num ato feito anteriormente.

A eleição não acontece depois do nascimento. Os gêmeos foram objeto de escolha e preterição antes de terem nascido. Deus escolheu Jacó em lugar de Esaú antes do nasci-mento de ambos. Isto está em perfeita harmonia com o ensino de Efésios 3.3-5 que diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem aben-çoado com toda sorte de bênção espiritual nas regi-ões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos pre-destinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segun-do o beneplácito de sua vontade”. Note a expres-são “antes da fundação do mundo”. Não há como negar, Deus escolheu um povo para si antes mesmo de ter criado esse povo. Não foi mera previsão, foi escolha. É impossível afir-mar que o escolhido da passagem de Efésios 3.3-5 é Jesus e não os crentes. Fazer isso é torcer o signi-ficado óbvio do texto que afirma que “nós” fomos escolhidos. Jesus é o ins-trumento que possibilita a escolha. Deus escolheu pessoas para que fossem salvas em Jesus, ou seja, mediante sua obra reden-tora. Não pode haver dúvi-das, o tempo dessa escolha

PREDESTINAÇÃO: Eleitos e Preteridos (Parte 1)

Leandro Antônio de Lima

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foi antes da fundação do mundo, ou seja, antes dos eleitos existirem, embora já existissem nos planos de Deus.

Jesus afirma: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (Jo 10.27). Jesus conhece suas ove-lhas, pois tem o nome de cada uma delas escrita no Livro da Vida, desde a fundação do mundo (Ap 17.8). A salvação das ove-lhas está decretada antes da fundação do mundo, por isso, Jesus também disse: “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer” (Jo 6.44). Mais à frente, ele disse a mesma coisa com palavras dife-rentes: “Ninguém poderá vir a mim, se isso pelo Pai não lhe for concedi-do” (Jo 6.65). Note que ele falou essas palavras a um grupo de pessoas que não criam nele. Obviamente, Jesus estava dizendo que não eram escolhidas, e por isso não podiam vir até ele (crer).

Deus tem escolhido aque-les que serão salvos, que virão até ele, desde toda a eternidade, assim como havia escolhido Jacó e não Esaú antes mesmo dos bebês terem nascido. Jacó foi escolhido por Deus, porém, Esaú foi preterido.

PREDESTINAÇÃO: Eleitos e Preteridos (Parte 1)

A

O Rev. Leandro Antônio de Lima é pastor da IP de Santo Amaro, SP, e

membro do Conselho Editorial do BP.

Associação Evan-gélica de Ação Social

e Cultural – AEASC é uma entidade social e cul-tural sem fins lucrativos, fundada em 4/5/1997 por membros em plena comu-nhão da IPB tendo como finalidade primordial pro-mover a assistência social, moral, religiosa e educati-va a pessoas carentes.

A Creche Criança Feliz, no bairro Lia Márcia, em Bom Jesus do Itabapoana–RJ, é a primeira obra social realizada pela AEASC, criada em 1º de novem-bro de 1997. Atende, no período da manhã e tarde, crianças de 0 a 6 anos, possibilitando às mães a oportunidade de trabalha-rem e ajudarem no orça-mento familiar.

A função educativa da Creche complementa a ação familiar e, por isso, a proposta pedagógica leva em conta a cultura, os valores da família e da comunidade na qual está inserida, respeitando sempre as características e necessidades de cada criança e de suas famílias.

O trabalho pedagógico foi desenvolvido com base na concepção de criança como produtora de cultu-ra, sujeito de seu processo de aprendizagem o qual é construído através do diá-logo com outras crianças e adultos.

Além da assistência social, as crianças rece-

Trabalho promove assistência social, educativa, religiosa e moral

AÇÃO SOCIAL

bem atendimento odonto-lógico, médico, psicológi-co em ambiente saudável. A creche é mantida pelos seus associados e convê-nio com a Prefeitura local. Você também pode ajudar!

Informação pelos tele-

fones: (22 ) 3831-4490 / (22) 3831-1313.

Creche Criança Feliz

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Maio de 20126BrasilPresbiteriano

BP LEGAL

ecentemente foi noti-ciado que o Conselho

da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em decisão unâni-me, acatou pedido sobre a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos nos espaços públicos dos pré-dios da Justiça gaúcha.

Em São Bernardo, no ABC paulista, a Associação Presbiteriana de Assistência Social (ASPAS), que dirige uma creche custeada por recursos públicos, foi fisca-lizada por uma representan-te da Secretaria Municipal da Educação, que ponti-ficou: “Vocês não podem orar com as crianças; se quiserem pregar sua reli-gião, façam-na com seus próprios recursos”.

Ambos os casos apontam para a questão atualíssima da laicidade estatal e reve-lam o desafio de sua com-preensão, limites e críticas, diante de formulações que têm sido feitas na tentati-va de subverter o princípio da separação institucional entre Igreja e Estado.

O Brasil se tornou um Estado laico pelo Decreto 119-A, de 07 de janeiro de 1890. Atualmente, o princípio da laicidade está previsto no artigo 19, I da Constituição Federal de 1988, segundo o qual é vedado a todas as entidades da federação “estabelecer cultos religiosos ou sub-

vencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de inte-resse público”.

Dizem os teóricos do Estado que a laicidade opera em duas direções. Por um lado, ela salva-guarda as diversas confis-sões religiosas do risco de intervenções abusivas do Estado nas suas questões internas, concernentes a aspectos como os valores e doutrinas professados, a forma de cultuá-los, a sua organização institucional, os seus processos de toma-da de decisões, a forma e o critério de seleção dos seus sacerdotes e membros. Trata-se aqui de garantia institucional de liberdade religiosa individual.

Por outro lado, alegam que a laicidade protege o Estado de influências inde-vidas provenientes da seara religiosa, impedindo todo o tipo de confusão entre o poder secular e democráti-co, em que estão investidas as autoridades públicas, e qualquer confissão religio-sa. Entende a doutrina jurí-dica que a laicidade se con-verte em instrumento indis-pensável para possibilitar o tratamento de todos com o mesmo respeito e con-sideração, coibindo-se o desfavorecimento daqueles que não abraçam o credo

privilegiado. Protege-se em última análise o direito fun-damental da igualdade.

Finalmente, afirmam os juristas que a laicidade não significa a adoção pelo Estado de uma perspectiva refratária à religiosidade. Logo, Estado laico não sig-nifica Estado antirreligioso. Na verdade, ela se traduzi-ria em respeito por todos os credos e inclusive pela ausência deles. O princí-

pio da laicidade prega a neutralidade do Estado em relação às diferentes con-cepções religiosas presen-tes na sociedade, sendo-lhe vedado tomar partido em questões de fé, bem como buscar o favorecimento ou o embaraço de qualquer crença.

O que há de errado com o princípio da laicidade?

Em primeiro lugar, não há como negar que liber-dade religiosa e igualdade são direitos fundamentais,

caros e indispensáveis à convivência social pací-fica. Contudo os casos mencionados demonstram que o mesmo fundamento que determinou a retirada dos crucifixos das reparti-ções públicas gaúchas foi também usado para tentar impedir que ensinássemos crianças de uma creche a orar, segundo preceitos bíblico-reformados.

Portanto, o mesmo prin-cípio que protege a igreja sob o epíteto da liberdade religiosa, é o que a coíbe sob o manto da igualdade. Há, pois, dificuldade em compreender a laicidade como “neutralidade reli-giosa”, pois dessa forma estar-se-ia instituindo a religião oficial do agnosti-cismo sob a pecha estatal.

A laicidade estatal guar-da um pressuposto fluído, que submete a religião a uma ditadura do pluralis-mo e que subverte a ordem natural da criatura em rela-ção ao seu Criador. Bem disse Rui Barbosa que “a religião precede o Estado”. Melhor seria se dissesse que o Criador de todas as coisas é quem admite a for-mulação estatal a qual deri-va do próprio Deus.

Em segundo lugar, a lai-cidade estatal se desenvol-veu a partir da negação da doutrina católico-romano que defendia um sistema hierárquico de autoridade plenamente estabelecido na igreja. Ocorre que dessa

negação, surgiu a mera inversão do Estado fazendo a separação do poder da igreja e arrogando a prer-rogativa de dispor sobre a religião.

Finalmente, o princípio da laicidade estatal se man-tém distante da teologia bíblico-reformada, segun-do a qual, ainda que os dois domínios devessem man-ter-se separados, o governo civil, nem por isso deixaria de ser “...o mais sagrado e de longe o mais honroso em todas as etapas da vida morta;... pois [os gover-nantes] têm uma comissão de Deus, são investidos de autoridade divina para agir” (Calvino, Institutas, IV.20.1-10).

Assim, a separação entre Estado e Igreja está no sim-ples fato de que ao primeiro não seria dada autoridade para decidir questões dou-trinárias ou exercer jurisdi-ção eclesiástica. Por outro lado, espera-se que cristãos – sacerdotes universais – dediquem-se de modo reso-luto e sincero ao serviço público, movidos por pro-funda gratidão e devoção a Deus, que a todos dirige.

Que os equívocos do princípio da laicidade estatal não nos impeçam de seguir o caminho do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo em toda a sua plenitude.

Estado LaicoRicardo Barbosa

R

“Que os equívocos do princípio da

laicidade estatal não nos impeçam

de seguir o caminho do evangelho do

nosso Senhor Jesus Cristo em toda a sua plenitude”

Ricardo de Abreu Barbosa, é advogado e presbítero da 1ª IP de

São Bernardo do Campo, SP

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Maio de 2012 7BrasilPresbiteriano

reunião da CE-SC/IPB – Comissão

Executiva do Supremo Concílio, da IPB, acon-teceu nos dias 26 a 30 de março passado, nas dependências do Instituto Presbiteriano Mackenzie, Tamboré em Barueri, SP, no Campus Rev. Boanerges Ribeiro.

A ECC – Editora Cultura Cristã expôs seus mate-riais, o que facilitou para que os delegados e visi-tantes presentes adqui-rissem livros que ser-vem de ferramenta para o ministério. A APECOM – Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação exibiu um vídeo institucional mos-trando o trabalho que a nova agência vem reali-zando. O objetivo prin-cipal foi divulgar o Congresso Nacional de Evangelização que aconte-cerá nos dias 29 de junho a 1 de julho de 2012 em Águas de Lindóia, SP e motivar as inscrições.

Um dos pontos altos da reunião foi o culto ves-pertino realizado na quar-ta-feira, 28 de março, em que foram homenageados os ministros presbiterianos jubilados. Momentos de louvor e gratidão a Deus pela vida dos pastores que serviram à IPB na trajetó-ria de suas vidas e minis-térios foram lembrados,

pois eles deixaram frutos para a geração vindoura. Vários ministros compa-receram acompanhados de suas esposas, familia-res e amigos. Cada minis-tro recebeu um diploma de gratidão e as esposas foram homenageadas com uma medalha de honra. O pregador da noite foi o Rev. Osvaldo Henrique Hack, que serviu à IPB ocupando muitos cargos durante o trajeto do seu ministério. Ele também é escritor de vários livros e presenteou o auditório com uma de suas obras Amor duradouro.

No dia seguinte, ocor-reu outro momento muito marcante. O Rev. Roberto Brasileiro, Presidente do SC/IPB, chamou à frente o Rev. Obedes Jr., Presidente da APMT, que apresentou para o plenário os missio-nários da APMT que traba-lham na Base, começando pelo Rev. Marcos Agripino e sua esposa Mônica. Em seguida, foram chamados

todos os missionários que se encontravam de pas-sagem por São Paulo e que puderam participar do culto, num total de 21 mis-sionários. “É a primeira vez que temos conosco, na reunião da CE-SC/IPB, a presença dos nossos mis-sionários da IPB que rea-lizam o trabalho em outros países e outros povos”, disse o Rev. Brasileiro.

Todos, de joelhos, eleva-ram uma oração ao Senhor das nações pela vida dos missionários e missioná-rias da IPB presentes e

aqueles que se encontram nos distintos lugares do mundo. Finalmente, con-

clamou os presidentes dos Sínodos e Presbitérios para se engajarem, e engajarem suas igrejas nos projetos que os missionários da IPB desenvolvem. O pre-sidente também ressaltou que a Igreja só cumpre sua função quando abençoa e investe “no quintal do vizinho”. Ao se dirigir aos missionários, falou: “Duas recomendações para os

nossos missionários quero destacar, porque as outras a APMT já faz: Zelem

pela comunhão pessoal com Deus e cuidem da sua família”.

Os missionários sentiram grande alegria em poder participar desse momento histórico e manifestaram gratidão a Deus pela visão missionária da IPB nesta geração.

Emma Castro é missionária e faz parte da equipe de comunicação da

APMT

CE/SUPREMO CONCÍLIO

Culto memorável, em SP, durante reunião do SCEmma Castro

A

Rev. Juarez Marcondes Filho, Rev. Roberto Brasileiro Silva, Rev. Osvaldo Henrique Hack e Presb. Renato José Piragibe

Homenagem aos missionários da APMT

Homenagem aos ministros jubilados

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Maio de 20128BrasilPresbiteriano

MISSÕES

Junta de Missões Nacionais (JMN)

completará 72 anos dia 10 de setembro. Esses anos representam, principalmen-te, a história da evangeliza-ção presbiteriana nas regi-ões distantes de nosso país. Quando organizada, na IP Unida de São Paulo, havia um campo missionário (Tanabi, SP), um missio-nário (o licenciado Camilo Fernandes Costa) e a verba de Cr$ 37.141,90 (resul-tado da “Primeira Coleta Missionária” cujo alvo era de Cr$ 25.000,00).Nesse ano de 2012 a JMN contabiliza vitórias na expansão da Palavra salva-dora de Jesus Cristo e tra-balha na busca de obreiros para servir em seus campos já existentes, ou para abrir campos novos em várias regiões do Brasil, a partir de janeiro de 2013.

Perfil procurado:1. Evangelistas e pas-tores formados em um dos Institutos Bíblicos da IPB (IBEL, IBN, IBAA, IBRO), e ou um dos Seminários reconhecidos pela IPB, que estejam em constante ativi-dade como obreiro e goste e tenha facilidade de evan-gelizar e discipular, atra-vés da abordagem “corpo a corpo”, de casa em casa e principalmente que ame a igreja do Senhor Jesus;2. Obreiros desfru-tando de boa saúde físi-ca e mental comprovadas

por atestado médico (ele e os demais membros da família), e que se dispõe a servir em qualquer região no Brasil, onde a JMN pre-cisar;3. Obreiros que tenham cursado CTM até o dia da sua contratação (1º de janeiro de 2013). OBS: O CTM é um curso obrigatório para os missio-nários, e é oferecido todo mês de janeiro no IBEL. Quem ainda não o cursou, deve fazer a sua inscrição o mais rápido possível para encontrar vaga.4. Obreiros que pos-sam ser apresentados por pastores e presbíteros, atra-vés de questionários sigilo-sos, atestando integridade doutrinária, litúrgica, fami-liar, ética, administrativa e financeira.

Aos interessados:1. Encaminhar para a Sede da JMN/IPB – para o e-mail [email protected], o currículo pessoal contendo as informações acima alista-das, e outras tais como onde trabalhou, onde trabalha, aptidões ministeriais, por que quer trabalhar na JMN/IPB, e os nomes de dois ou mais presbíteros e dois ou mais pastores, com endere-ços eletrônicos e telefones;2. Autorizar a JMN/IPB a fazer a triagem de praxe juntos aos pastores e presbíteros indicados e outros que se fizerem neces-sários;

3. Dispor-se a fazer uma entrevista e prova escrita com uma comissão indicada pela JMN/IPB.

JMN busca obreiros para 2013A

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Maio de 2012 9BrasilPresbiteriano

UPM

o longo de 2012, diversos eventos

farão parte das comemo-rações pelos 60 anos da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Além de atividades acadêmicas, que ocorrem em paralelo, o mês de abril concentrou dois dos principais even-tos, marcantes para a insti-tuição em São Paulo.

No auditório Ruy Barbosa, no campus Higienópolis da UPM, aconteceu um Culto de Ação de Graças, que teve como pregador o Rev. Roberto Brasileiro, presi-dente do Supremo Concílio da IPB, e como dirigente o Rev. Augustus Nicodemus, chanceler da Universidade.

Mais de mil convi-dados que assistiram a um concerto, regido pelo maestro Parcival Módolo, com a apresen-tação dos corais Jovem Cênico e Universitário do Mackenzie. No progra-ma, os ouvintes puderam apreciar composições de Handel, Purcell, Mozart, Rachmaninoff, Verdi e Rutter, além de “Castelo Forte”, de Martinho Lutero, cântico que tem feito parte das programações oficiais do Instituto Presbiteriano Mackenzie.

Por ocasião do evento no Teatro, foram lançados o selo e o carimbo filatélicos comemorativos pelo sexa-

gésimo aniversário da UPM pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Durante a solenidade de lançamento, autoridades do Mackenzie e da IPB, o prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, e a coordenadora regio-nal de Recursos Humanos dos Correios de São Paulo Metropolitana, Regina Teixeira Fiodorliva parti-ciparam do ato de oblitera-ção do selo, em cerimônia que antecedeu o concerto.

Na noite do dia 18 de abril, o auditório Ruy

Barbosa recebeu centenas de convidados para assistir a apresentação da Banda Sinfônica do Exército, regida pelo maestro Benito Juarez.

O evento fez parte das homenagens pelos 60 anos da Universidade e contou com a presença de auto-ridades da universidade, do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) e do Exército, que teve como seu representante máxi-mo presente no concerto o General de Brigada Hedel Fayad.

Universidade Mackenzie celebra seus 60 anos Teatro Municipal, em São Paulo, foi palco da comemoração

A

Dr. Cláudio Lembo, Reverendo Roberto Brasileiro Silva – Presi-dente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Dr. Hesio Cesar de Souza Maciel – Presidente do Instituto Presbite-riano Mackenzie, Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto – Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, Dr. Maurício Melo de Meneses – Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie

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Maio de 201210BrasilPresbiteriano Dezembro de 201110BrasilPresbiteriano Maio de 201210BrasilPresbiteriano

“Universidade, Educação e Corrupção”

Carta 2012 na íntegra: 

INTRODUÇÃO Um  dos  temas  que  tem  domina-do  o  cenário  brasileiro  em  anos recentes  é  a  questão  da  corrup-ção.  O  termo  tem  sido  usado  pela mídia  e  população  em  geral  para se  referirem  ao  desvio  de  dinheiro público,  irregularidades  graves  no emprego de verbas governamentais, desvio  de  funções  para  vantagens pessoais  por  parte  de  servidores públicos,  falseamento  da  verdade para  ganhos  ilícitos,  acordos  sub-terrâneos e pactos ocultos, lavagem de  dinheiro,  tráfico  de  influência  e outras atitudes e atividades  ilegais, imorais e injustas. Diante  desse  cenário,  é  importan-te  destacar  o  entendimento  cristão quanto  às  causas  e  consequências da corrupção, bem como as atitudes possíveis  de  combatê-la.  Esse  é o  tema  desta  Carta  de  Princípios 2012 da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

CORRUPÇÃO:ORIGENS E ASPECTOS

Definindo a corrupção O  sentido próprio do  termo é dete-rioração ou apodrecimento. Os sen-tidos  secundários  derivam  dessa ideia original. Toda vez que alguém deixa de cumprir o seu dever esta-belecido  diante  de  pessoas,  insti-tuições  e  até  mesmo  ideais  –  por interesse  próprio  ou  de  terceiros – ocorre a corrupção. Quase  sempre  associamos  a  cor-rupção  aos  ambientes  estatais.  Já em  2005,  conforme  notícia  publi-cada  no  Financial  Time,  o  então 

O Mackenzie lançou no dia 10 de março a 12a edição da sua Carta de Princípios anu-al. Este ano o tema escolhido foi “Universidade, Educação e Corrupção”. A Carta é ela-borada pela Chancelaria da Universidade e distribuída a todos os alunos, professores e funcionários. Ela funciona como uma posição institu-cional sobre os assuntos abordados.

LEGISLAÇÃO

direito autoral se constitui numa variante

do direito de propriedade (intelectual), acolhido no artigo 5.º Inciso XXVII da Constituição Federal e regu-lamentado pela Lei 9610/98. Além das penalidades one-rosas no âmbito civil, patri-monial (apreensões, multas, indenizações, danos morais etc.) a violação de direito autoral se configura tam-bém nos crimes tipificados no artigo 184 (e parágra-fos) do Código Penal, com pena mínima cominada em dois anos de reclusão. Pelo artigo 7.º (incisos e parágrafos) da aludida Lei civil, “são obras intelectu-ais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangí-vel ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: – os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; as conferên-cias, alocuções, sermões” e outras. (grifamos). A pro-pósito, vale salientar que vigora entre nós, o princípio da presunção da publicidade das leis, pelo qual ninguém pode eximir-se de observar o regramento legal posto, alegando desconhecê-lo. Cabe frisar que parte signifi-

cativa da sociedade brasilei-ra não preza pelo respeito ao direito autoral de obras lite-rárias, que caminha ao lado da extensiva comercializa-ção de produtos falsificados. O consumo de mercadorias falsificadas, ditas piratas, não é de hoje, vem man-tendo o Brasil no panteão dos violadores mundiais de patentes e direitos autorais. Daí decorre que o menos-prezo ao legítimo direito do autor e a relativização dessa ilicitude criminosa não vem constrangendo nem desen-corajando os que se arvoram na ousadia de apropriar-se de um texto literário alheio. Violar o direito autoral sub-traindo uma obra por inteiro passa a ostentar um menor potencial ofensivo do que o furto dum produto físico. Tanto é assim, que conti-nuam a prosperar na inter-net ostensivas negociações eletrônicas de monografias, dissertações e teses, que já nem inibem os infratores pilhados nessa ação crimino-sa. Releva notar neste ponto que tanto a conduta ativa quanto passiva dos envol-vidos nesse antro se mostra ilícita, posto que montadas a partir de obras violadas, com finalidade precípua de aprovar candidatos a gra-duações, especializações, mestrados e até doutorados.

Professores universitários, coordenadores e orientado-res já não se surpreendem com a absurda quantidade de monografias resultantes de montagens subtraídas de obras literárias alheias dis-poníveis na internet. É de se perquirir nesse campo, acerca da verdadeira esta-tura ética, moral e técnica desses futuros profissionais eventualmente aprovados, valendo-se de procedimen-tos fraudulentos. No âmbito da Igreja, trazermos a cons-

ciência de que o evange-lho de Cristo detém o poder transformador do caráter e da conduta do crente, sufi-ciente para prover o mer-cado dos mais brilhantes e habilitados profissionais em todas as áreas do conhe-cimento. Contudo, lamen-tavelmente, as ocorrências não tem sido alentadoras e essas mesmas práticas se apresentam frequentemente em nosso meio. Obras tra-duzidas e publicadas sem

conhecimento do legítimo autor. Sites reproduzindo e disponibilizando ilegal-mente obras evangélicas, inclusive livros e publica-ções exclusivas da CEP, sem que houvesse prévia auto-rização, ou pagamento de royalties a título de direitos autorais. Essa tem sido a nossa dura realidade. Em face desse quadro, o CECEP – Conselho de Educação Cristã e Publicações e CD – Conselho Deliberativo da Editora Cultura Cristã, deci-diu por associar-se à ABDR – Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, com vistas e proteger os direi-tos autorais de seus autores. Sucede desde logo, que a ABDR está habilitada em nome da Editora Cultura Cristã, a ingressar em juízo, tanto na esfera cível como criminal, no sentido de res-ponsabilizar infratores, com busca e apreensão de mate-rial copiado, reproduzido e disponibilizado física ou eletronicamente sem auto-rização; podendo ainda pro-ceder o fechamento de sites e ativar processos criminais. A prática de adquirir, repro-duzir ou usar de material não autorizado, obra literá-ria evangélica ou não, em nome da pretensa via mais econômica, certamente não edificará o leitor que hones-tamente procura servir o Senhor da Justiça.

Violação de Direito Autoral

Anízio Borges

Anízio Alves Borges, advogado, é presbítero da IP Penha, SP, e membro

do Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP).

Uma urgente mensagem do Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) aos presbiterianos: você estava usando cópias ilegais de textos e músicas? Não use mais.

O

“A prática de adquirir, reproduzir ou usar de material

não autorizado, certamente não edificará o leitor

que honestamente procura servir o

Senhor da Justiça”

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Maio de 2012 11BrasilPresbiteriano

presidente  da  Controladoria  Geral da União do Brasil, Waldir Pires, afir-mava que mais de 20% dos gastos públicos no país são perdidos para a corrupção, o que, somente em 2004, correspondeu  a  mais  de  R$  18,5 bilhões. A mesma reportagem dava conta  de  que,  em  auditorias  reali-zadas pela CGU em 741 dos 5.500 municípios  brasileiros,  escolhidos aleatoriamente,  foram  descober-tas  irregularidades graves  em 90% deles e algum tipo de irregularidade em todos eles.(1) Os números atuais da  corrupção  certamente  superam esses dados. Todavia, a corrupção ocorre também na  esfera  particular.  Há  práticas corruptas  ao  nosso  redor,  inclusi-ve  em  nossas  próprias  ações.  Por exemplo: existência de “caixa dois” em empresas, uso de pessoas como “laranjas”  em  negócios  irregulares, compra  e  venda  de  produtos  pira-teados,  uso  de  “softwares”  baixa-dos  sem  permissão  dos  seus  pro-prietários,  pedido  e/ou  concessão de  notas  em  atividades  escolares, com  base  em  amizades  ou  outra forma  de  relacionamento.  Por  isso, o  conhecido  “jeitinho”  brasileiro  é, em  uma  análise  objetiva  e  séria, simplesmente corrupção. Os efeitos da corrupção A  corrupção  pode  parecer  ter  um lado  bom,  especialmente  para  os aparentemente  “beneficiados”  por ela,  contudo  não  podemos  fechar os  olhos  para  o  grande  mal  que ela  traz  para  a  sociedade.  A  cor-rupção  é  fator  de  injustiça  social, porque  tira  os  direitos  de  muitos, impede  o  desenvolvimento  justo  e equânime dos cidadãos, produz um efeito cascata que começa no  topo e  corrompe  a  população  como  um todo, anestesia a consciência, afron-ta a lei e promove a impunidade. Ela também frustra a motivação dos que buscam  as  recompensas  materiais por  meios  legítimos  de  conduta, visto o enriquecimento questionável e rápido de alguns. Além  disso,  não  raramente,  a  rede de  ações  corruptas  se  vale  de  ati-tudes violentas para acobertar suas mazelas. Portanto, nada há que real-mente justifique a corrupção. As causas da corrupção Cremos  ser  importante  refletir sobre as causas da corrupção, pois 

quando  elas  são  identificadas,  há condições  de  se  buscar  o  remédio adequado. Geralmente as fragilidades da estru-tura  político-jurídico-financeira  são responsabilizadas como a causa da corrupção  estatal.  O  ministro-chefe da  Controladoria-Geral  da  União, Jorge  Hage,  disse  em  pronuncia-mento durante um evento em 2011 que  a  corrupção  no  país  decorre principalmente  do  financiamento privado de campanhas e de partidos, do  sistema  eleitoral,  dos  meandros da elaboração do orçamento público e  impunidade  garantida  pelas  leis processuais penais.(2) Embora  existam  causas  externas para a corrupção, não se pode negar que  o  problema  reside,  em  última análise,  no  coração das pessoas. A fé  reformada  vê  o  próprio  coração dos  homens  como  a  origem  pri-mária da corrupção. A Bíblia afirma que  não  há  sequer  uma  pessoa justa  neste  mundo.  “Todos  peca-ram  e  carecem  da  glória  de  Deus” (Romanos 3.23).  Jesus Cristo disse que é do coração das pessoas que procedem “maus desígnios, homicí-dios, adultérios, prostituição,  furtos, falsos  testemunhos,  blasfêmias” (Mateus 15.19-20). Na  análise  feita  pela  sociedade,  é possível  perceber  a  insuficiência de  éticas  humanistas  reducionis-tas,  que  analisam  apenas  aspectos sociológicos  e  políticos  da  corrup-ção.  Como  resultado,  as  propostas de “redenção”  contemplam  apenas medidas  repressivas,  melhorias  na educação,  uma  melhor  legislação, as propostas de determinado partido político ou candidato. Tais medidas, mesmo sendo neces-sárias e boas, deixam de contemplar a  dimensão  pessoal  do  problema: egoísmo,  maldade,  avareza,  inveja e cobiça. O  protestantismo  reformado  prega uma  conversão  interior  dos  gover-nantes  e  dos  governados  a Deus  e conclama que todos se arrependam do mal e pratiquem obras de justiça. Por que a corrupção continua e se fortalece? Podemos pensar em várias  respos-tas para essa pertinente indagação. A  primeira  é  a  sua  banalização. Existe  hoje  maior  divulgação  dos casos de corrupção e da impunida-

de  dos  corruptos  que  no  passado. Ao  que  parece,  isso  tem  levado  a sociedade a certo grau de indiferen-ça quanto à sua gravidade. Como  consequência  prática,  a  luta contra esse mal chega a parecer um trabalho inútil. Em  segundo,  existe  uma  sensação pessoal de culpa, a qual leva à cum-plicidade  e,  portanto,  ao  silêncio. Apesar  de  as  pessoas  condenarem os  políticos  e  empresários  corrup-tos, muitas delas  também praticam a corrupção na vida pessoal, como, por  exemplo,  transgredindo  as  leis dos  direitos  autorais,  praticando  o suborno,  driblando  a  legislação  tri-butária, entre outros. Pelas  causas  acima,  a  corrupção acaba  sendo  vista  e  consagrada como “um  mal  sem  remédio”.  Isso favorece  sua  prática,  alimenta  os males  que  ela  gera,  conserva  a impunidade e fomenta a permanên-cia  desse  nocivo  tipo  de  atividade. Nas  palavras  de  João  Calvino,  “a impunidade  é  a  mãe  da  libertina-gem”.(3) O combate à corrupção Apesar  de  estar  tão  profundamen-te  enraizada  no  ser  humano  e  na sociedade,  a  corrupção  tem  sido combatida  em  todas  as  épocas. Nas palavras de Celso Barroso, “tão antiga  quanto  à  corrupção  é  a  luta contra  ela;  em  toda  parte  se  dá valor  à  integridade,  e  sempre  se deu. Podemos desrespeitar os valo-res morais, porém não chegamos a negá-los”.(4) Segundo a visão cristã de mundo, a razão  pela  qual  os  seres  humanos não  conseguem  conviver  tranquila e  passivamente  com  a  corrupção é  porque  foram  criados  à  imagem de  Deus  e  porque  Deus  ainda  age neste mundo. Essa  ação  de  Deus  no  mundo  em geral  é  chamada  de  graça  comum (concedida  a  todos).  Segundo  esse conceito,  Deus  abençoa  toda  a humanidade  com  virtudes  e  qua-lidades,  independentemente  das convicções  religiosas  das  pessoas. Além disso, Deus instituiu os gover-nos  não  somente  para  promover  a justiça  e  o  bem  comum,  mas  tam-bém para punir os malfeitores e os corruptos (Romanos 13). No Brasil,  os principais órgãos  res-ponsáveis pelo combate à corrupção 

estatal, em todos os aspectos, são o Tribunal  de  Contas  da  União  (TCU) – principal órgão de fiscalização do dinheiro  e  dos  bens  públicos,  e  a Controladoria Geral da União  (CGU), órgão  que  responde  pelo  Brasil perante  a  Convenção  das  Nações Unidas  contra  a  Corrupção  e,  com exposição  recente  mais  ampla,  o Conselho Nacional de Justiça (CJN), que  aflorou  o  fato  de  que,  infe-lizmente,  nem  mesmo  os  nossos juízes  estão  imunes  à  corrupção  e seus efeitos danosos. O  combate  à  corrupção,  todavia, cabe também à população. A socie-dade  deve  agir  e  cobrar  medidas públicas contra a corrupção. É pre-ciso  reafirmar  o  repúdio  a  essa prática,  enfatizar  a  necessidade  de transparência  nas  contas  públicas, apoiar  as  iniciativas  civis  no  com-bate  aos  desmandos  e  promover  a ética  no  trato  das  questões  públi-cas. Na esfera eclesiástica, em que deveria  estar  o  exemplo,  é  preciso também repudiar as práticas  finan-ceiras desonestas de muitas igrejas. Diante  desse  necessário  combate, encontramos  o  papel  das  universi-dades confessionais. 

O PAPEL DA UNIVERSIDADE CONFESSIONAL 

Uma  instituição  de  ensino  que  se pauta pelos princípios da visão cris-tã  de  mundo  poderá  contribuir  de diversas  maneiras  para  que  a  cor-rupção  seja  pelo  menos  reduzida. Com  relação  às  causas  externas, deve  incluir  o  ensino e a  transmis-são  de  valores  cristãos,  tais  como: honestidade,  integridade,  verdade, justiça  e  amor  ao  próximo.  Somos responsáveis  por  uma  boa  mor-domia  dos  recursos  que  Deus  nos confiou. Esse  papel  de  integração  da  ética à  academia  é  algo  que  vem  sendo reconhecido até nas  instituições de ensino superior sem características confessionais, por razões meramen-te  realistas e práticas. Uma  reitora, no  contexto  da  crise  europeia,  que desde 2008 assola  o  velho mundo, chamou  a  atenção  das  universida-des para a falta de ética e a aplica-ção deficiente de práticas saudáveis de negócios. Ela declarou que todos os operadores do sistema financeiro frequentaram os bancos universitá-

rios e provocou o incômodo questio-namento:  será  que  não  falta  maior ênfase  na  ética  de  negócios,  em nossos currículos? Segundo a reito-ra, “as instituições têm que assumir a  sua  quota  de  ensinamento  pela vivência de valores que devem reger uma sociedade de bem”.(5) Nesse  caminho,  como  instituição confessional, devemos  ter um  inte-resse  redobrado  sobre  o  entrela-çamento  da  ética  com  a  formação acadêmica,  como  uma  das  armas contra a corrupção de nossa socie-dade. Com relação à causa interna, que é a corrupção da mente e do coração humanos,  a  instituição  confessio-nal cristã deve sempre lembrar aos seus  alunos  que  somos  respon-sáveis  por  nossos  atos  e  que  não podemos  responsabilizar  a  socie-dade,  o  governo  e  os  outros  pelos nossos desvios de conduta. Por fim, deve  anunciar,  sempre  respeitando a  consciência  de  todos,  que  Deus, em Jesus Cristo, nos oferece perdão pelos nossos desvios e uma mudan-ça  interior,  dando-nos  uma  nova orientação  e  esperança  na  vida, tendo  como  alvo  amar  ao  próximo e  a  Deus.  Cultivamos,  assim,  uma expectativa  realista  de  mudança sabendo  que  o  nosso  trabalho  não é vão diante de Deus. 

CONCLUSÃO O cristianismo reconhece que não é possível a existência de uma socie-dade que seja completamente isen-ta da corrupção. A nossa esperança é  o  mundo  vindouro,  escatológico, a  ser  inaugurado  com  o  retorno de  Jesus  Cristo,  quando  as  causas da corrupção serão removidas para sempre.  O  que  não  significa  que não devamos, com todas as nossas forças, lutar para que os valores do Reino  de  Deus  sejam  implantados aqui neste mundo, por meio de uma boa educação integral, que contem-ple não somente a formação intelec-tual e profissional, como também a formação de cidadãos éticos e com-promissados com os valores morais que servem de base para famílias e sociedades sólidas e justas. 

Rev. Dr. Augustus Nicodemus LopesChanceler  da  Universidade Presbiteriana Mackenzie

Dezembro de 2011 11BrasilPresbiterianoMaio de 2012 11BrasilPresbiteriano

“Universidade, Educação e Corrupção”CARTA DE PRINCÍPIOS 2012

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Maio de 201212BrasilPresbiteriano

PLANTANDO IGREJAS

uba tem uma popu-lação de 11 milhões

de habitantes e é a ilha mais povoada do Caribe. Na ilha existe uma igreja que tem identificação teo-lógica com a IPB, que é a Igreja Cristã Reformada em Cuba. Atualmente, essa igreja tem 19 pastores, 11 igrejas e 44 congregações. No total existem aproxima-damente 650 membros com uma frequência dominical nos cultos de 1.500 pesso-as. Na capital, Havana, só existe uma. A ICRC é uma igreja de origem reforma-da calvinista. O sistema de governo que Cuba adota hoje dificulta o visto para a entrada e a permanência de

missionários. Porém, essa igreja tem

interesse em desenvolver uma parceria com a IPB. O Rev. Obedes Jr., presidente da APMT, e o Rev. Marcos Agripino, Executivo, visi-taram a ilha nos dias 4, 5 e 6 de abril e realiza-ram algumas reuniões para ouvir dos líderes eclesiásti-cos sobre as necessidades da igreja e como a IPB poderia ajudá-los.

Os líderes Rev. Enrique Manuel Alvarez Cepero – Presidente da Iglesia Cristiana Reformada en Cuba, Rev. Orlando Cabrera Baez – Pastor da Igreja Reformada na Cidade de Havana, Rev.

m 2010, a APMT fez um levantamento das

realidades das igrejas no Panamá e não foi encon-trada nenhuma igreja com perfil de teologia refor-mada, presbiteriana. Isso aumentou o desejo de enviar missionários para a região.

O casal de missioná-rios Gilberto José Lins Botelho e Cristina aceitou o desafio e partiu para o Panamá no dia 27 de outu-bro de 2011.

Ao chegar à Cidade do Panamá, capital do Panamá, encontraram algumas dificuldades as

riam nos ajudar levando alguns cursos profissiona-lizantes como corte e cos-tura, bordados, artesanatos e ao mesmo tempo podem ensinar como funciona um departamento feminino na nossa igreja. A mocidade, UMP, também pode nos ajudar e muito, realizando acampamentos com eles. Tudo isso estamos pensan-

do a curto prazo e é viável, em termos, pois seria acei-to pelo governo”.

Rev. Agripino também destacou que eles são apaixonados pelos livretos devocionais “Cada Dia” que a LPC envia para Cuba desde 2008 e que gosta-riam de receber bastante para distribuir e influenciar o país com esse material.

A IPB alarga “o espaço da sua tenda”

PANAMÁ:Nasce uma nova igreja

CUBA:Uma grande oportunidade

Emma Castro

O trabalho da IPB em outros países

Marcos Agripino C. de Mesquita – Executivo da APMT e o Rev. Obedes Ferreira da Cunha Junior – Presidente da APMT, apontaram algumas neces-sidades, tais como: a for-mação teológica de linha reformada, a compra de novas “Casas Templo” para a plantação de novas igrejas, a reforma de tem-plos e casas pastorais, a compra de meios de trans-portes como bicicletas, motos e carros, além de materiais tecnológicos para serem usados nos cultos como Data Show, compu-tador e outros.

Ao se deparar com tanta carência e necessidades, o Executivo manifestou: “Queremos fazer o desafio para as CNHP e à CNSAF. Os homens poderiam nos ajudar na restauração das casas, pinturas, reparações, etc. e as mulheres pode-Monumento de João Calvino em uma praça, em Havana

Pr. Enrique Manuel Alvarez Cepero, Pr. Orlando Cabrera Baez, Rev. Marcos Agripino C. de Mesquita e Rev. Obedes Ferreira da Cunha Junior.

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Maio de 2012 13BrasilPresbiteriano 13

A IPB alarga “o espaço da sua tenda”

quais conseguiram superar rapidamente e se adaptar à nova cultura.

Nos dias 1 a 4 de abril, o Rev. Obedes Jr., Presidente da APMT e o Rev. Marcos Agripino, Executivo, fize-ram uma visita ao campo e foi grande a surpresa de ver que depois de ape-nas cinco meses da che-gada do primeiro missio-nário já está se reunindo semanalmente um grupo de panamenhos, para estudos bíblicos e cultos dominicais.

O missionário teve con-tato com algumas pessoas que não estavam confor-madas com a linha teo-lógica que orientava sua igreja. O Rev. Gilberto começou a mostrar e a estudar com eles as dou-trinas básicas do presbi-terianismo, a Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo e outros mate-

riais. A visita culminou com a recepção de qua-tro pessoas, que já haviam feito a classe de catecú-menos e esperavam há algum tempo o batismo. Elas se tornaram os pri-meiros membros da igreja nascente.

Para o Rev. Agripino, os missionários Gilberto e Cristina estão muito moti-vados, pois além do grupo que se reúne na casa deles já surgiu a possibilidade de outro trabalho numa cidade próxima e também há o desafio para uma ter-ceira cidade.

Agora a APMT tem o alvo de alcançar os outros países da América Central que têm a vantagem de falar a mesma língua, o Espanhol e de serem pró-ximos, geograficamente.

Membros da igreja iniciada com o trabalho dos missionários Gilberto e Cristina

Emma Castro é missionária e faz parte da equipe de comunicação da

APMT

A minha esposa é minha secretária,e sua função abrange grande área,disso bem sei.A minha esposa é boa companheira,e é também a minha tesoureira,e nela ponho fé.Como não tenho agora mãe e pai,meu pai e mãe ela é, e bem se sai,e de mim cuida.

Pastor que sou, não tenho eu pastor.Minha pastora ela é, e com amorme pastoreia.Glorioso fato assim, como explicar?É o amor que Deus vem derramarem nossos corações.Irmão e irmã na fé em Cristo Jesus,envoltos em Sua esplêndida Luz, vamos indo juntos para o Céu.

ESPOSA, MÃE E...

Odayr Olivetti - Pensando no Dia das Mães

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Maio de 201214BrasilPresbiteriano14

ConviteNos dias 5 e 6 de maio deste ano, a Primeira IP de Pirapora–MG comemorará o 45º aniversário de organização. A Primeira Igreja foi organizada no dia 7 de maio de 1967. No desejo de glorifi car a Deus por todas as coisas, convida a todos para comparecerem nos eventos de comemoração. O pregador da Palavra de Deus será o Rev. Daniel Santos Jr., Doutor em Estudos Teológicos no Antigo Testamento pelo Trinity Evangelical Divinity School, Estados Unidos, professor do Cen-tro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo. Como parte do culto, louvarão a Deus com o músico Narciso Lucena, dedilhando sua sagrada harpa. Na mesma ocasião, celebrarão outras duas datas importantes: o Cinquentenário do Presbitério Norte de Mi-nas (Concílio regional ao qual está jurisdicionada a Primeira Igreja) e o Centenário da Cidade de Pirapora, orando ao Senhor, rogando que ele abençoe a cidade e região, trazendo a paz que somente ele pode dar

Evangelização On-line

Em maio de 2009, a IP do Bairro Varginha em Itajubá, Minas Ge-rais, decidiu iniciar um projeto de evangelização on-line com dois blogs: o Boletim Dominical da Igreja e o Blog Coração Missionário. Nesse mesmo ano, também foi criado o Blog Feito na Hora, com receitas originais todos os dias, uma maneira de transformar a culi-nária em algo prático, acessível e atraente, usando, assim, direta e indiretamente, a oportunidade para levar o evangelho a centenas de pessoas por dia. O Blog Feito na Hora, especialmente, tornou-se muito popular, com mais de 35.000 pessoas por mês acessando suas receitas e dicas e, consequentemente, tendo contato com a mensagem maravilhosa da salvação. O blog recebe visitas do Brasil inteiro e de diversos outros países, inclusive de alguns ainda não completamente abertos ao evangelho. É gratifi cante ver como, atra-vés do mundo virtual, podemos ultrapassar barreiras em prol do Ide de Cristo.

Páscoa solidária Com o desejo de arrecadar, na véspera da Páscoa, alimentos

para atender famílias carentes da cidade, a UPH da 2ªIP de Dracena

realizou a campanha Páscoa Solidária. Equipes foram à porta dos

supermercados de Dracena e distribuíram uma lista de alimentos a

serem doados, folhetos evangelísticos e um convite especial para os

trabalhos da igreja. Além da preocupação social, os objetivos também

eram de proclamar o evangelho e divulgar a igreja recém-organizada.

Foram arrecadados 1,3 toneladas de alimento que serão distribuídos

às famílias necessitadas indicadas pela secretaria de assistência so-

cial de Dracena.

Licenciatura e ordenaçãoNo dia 19 de novembro de 2011 o Presbitério Central Paulistano recebeu o Relatório do Tutor Eclesiástico do candidato ao Sagrado Ministério David Juglierme Alves Nogueira e baixou à Comissão de Legislação e Justiça.Foi então em 4 de março de 2012, no templo da IP de Vila Diva, que o Presbi-tério teve o grande privilégio de proceder à cerimônia de licenciatura e ordenação do irmão David Alves Juglierme.Presidida pelo Rev. Carlos Alberto Henrique, Secretário Executivo do Presbitério, a cerimônia foi realizada durante o culto com a prega-ção da Palavra, ministração da Ceia e participação do Coral Emanuel, além da licenciatura e ordenação.

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Maio de 2012 15BrasilPresbiteriano

AÇÃO SOCIAL

Escola Presbiteriana Francisco Soares

Emerique, foi fundada em 1997, e na época contava com 3 professores e 110 alunos. Passados 15 anos, a escola conta com um corpo docente de 8 professores e 400 alunos do 1º ao 5º ano, ainda contamos com um capelão que presta assis-tência diária na escola. A escola tem como diretora dona Dejanira Moraes dos Santos desde a sua funda-ção, Dejanira que é fruto de trabalho missionário entre os índios Terena do Mato Groso do Sul veio para nossa região como enfermeira e casou-se com

um presbítero de nossa igreja. Hoje é pedagoga e pós-graduada em psicope-dagogia.

A escola é uma parceria entre a Igreja Presbiteriana Filadélfia e a Prefeitura de Dom Eliseu, no Pará. Atualmente, somos uma das melhores escolas do município e a quarta, mas bem colocada no IDEB com 5.4 de índice no Estado no ano de 2009, índice que está previsto para ser alcançado no ano de 2019 e já conseguimos com a graça de nosso bom Deus.

Este ano o capelão fez um projeto em conjun-to com a coordenadora pedagógica para o dia da

Páscoa com o propósito geral de levar as crianças a refletirem sobre o ver-dadeiro sentido da Páscoa, à luz da sua origem que é a Palavra de Deus. E como objetivo específico fazer com que elas iden-tificassem os verdadeiros, símbolos pascoais, e seus significados contidos na Palavra de Deus.

Foi ainda ensinado, durante duas semanas, sobre a discussão que a sociedade faz da data, com coelhos e ovos de choco-late, além da parte comer-cial. Em virtude disso se fez necessário elaborar esse projeto.

Temos ainda uma longa jornada nesta tarefa de ensi-

nar e propagar a semente do evangelho em nossa cidade e, principalmente, na escola onde temos cerca de 400 famílias atendidas com um ensino de quali-dade para os filhos e ajuda espiritual por meio devo-

cionais diárias e de aconse-lhamento pelo capelão da escola. Rogamos a todos que orem por nossa igreja e por nossa escola.

A verdadeira PáscoaGenivaldo Lima Jr.

A

O Rev. Genivaldo Lima Jr. pastoreia a IP Filadélfia em Dom Eliseu, no Pará.

Escola Presbiteriana Francisco Soares, no Pará

Profs: Giovaneide Santos, Keila Souza, Luzileila de Sousa, Capelão Rev. Genivaldo Lima Jr.,Jane Primo,Cleia Lima, Coordenadora Pedagogia Marleide de Oliveira, Ranieily Sousa e Diretora Dejanira Moraes

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Maio de 201216BrasilPresbiteriano

“Como interpretar ‘milênio’ em Apocalipse 20?”

Consultório Bíblico

Odayr Olivetti

O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - [email protected]

m plena pregação, do púlpito, um pastor sugeriu que eu respondesse a essa pergunta!

Dentro do amplo escopo da escatologia, dou a essa pergunta sumária e específica a suma de um resumo.

1º. O texto citado pelo consulente acha-se num contexto de fatos e de símbolos. Fato principal: A derrota de Satanás sob o poder de Cristo; símbolos: chave, corrente, prisão (“e o prendeu”), milênio (“mil anos”), abismo, selo (Ap 20.1-3).

2º. Apocalipse 20 é a única passagem da Escritura que fala desse período de mil anos. Se o sentido literal de “milênio” tivesse claro apoio de outras passagens seria impossível, ou ao menos muito difícil, negá-lo.

3º. A interpretação literal cria problemas, que o espaço aqui não permite apresentar. Mas é suficiente dizer que essa interpretação tem produzido muitas diferenças ou divergências entre os seus defensores. Quando professor no SPS (1967 a 1974), nos primeiros anos muitos alunos me traziam livros de diferentes autores, cada um com seu próprio esquema pré-milenarista (e/ou dispensacionalista, nalguns casos). Um desses livros, um volumoso tomo, era de um autor chamado Pentecost. Graças a Deus, com minha insistência numa visão clara da Bíblia (e da Nossa Confissão de Fé), os alunos foram se livrando do pré-milenarismo fanático e escravizador que de início apresentavam. Nem todos os pré-milenaristas são fanáticos, mas, os que não são fanáticos apresentam um pré-

milenarismo superficial e insatisfatório. Apenas o afirmam para rejeitar o pós-milenarismo. – Quando resolvi estudar mais a fundo essa doutrina, meu primeiro passo foi compulsar uma boa enciclopédia cristã e comparar os artigos sobre pré e pós-milenarismo. Ambos os artigos

citavam passagens bíblicas. Primeira conclusão que tirei: O fato de a Bíblia ser citada não é prova cabal de coisa alguma. É preciso ver o fundamento das interpretações pretensamente calcadas na Bíblia. – Já dizia o velho ditado: “A Bíblia é a mãe das heresias”.

4º. A interpretação literal é judaizante. A seita chamada Testemunhas de Jeová é judaizante. Ecoa a equivocada esperança messiânica do judaísmo do tempo de Jesus e dos apóstolos. Há muitos anos eu tive ocasião de ler o documento institucional/religioso da referida seita. O esquema escatológico referente

ao reino messiânico parecia uma cópia de algum documento produzido pelo judaísmo tão fortemente condenado por Jesus.

5º. A interpretação figurada condiz com o ensino geral da Escritura (analogia da fé), é coerente e dá uma clara visão do período

histórico no qual vivemos: da primeira vinda de Cristo à segunda.

6º. O nome “amilenismo” com o qual é designada a posição dos que aceitam uma interpretação figurada ou simbólica de “milênio” é um tanto impróprio, por sua conotação negativa. Uma expressão mais adequada é milenarismo agora. Desde a proclamação feita por Jesus Cristo no início do seu ministério público (Mc 1.15) até o seu retorno glorioso, transcorrem os mil anos simbólicos da vida, obra, luta e vitória da igreja em Cristo Jesus.

Palavra Final

Segundo tenho podido observar, os que adotam conscientemente a interpretação

de “milênio” como simbólico, não brigam fanaticamente

por sua posição. É o que devemos fazer: Pregar a Palavra de Deus

com fidelidade; declarar, com base nela, verdades e erros,

mas sempre com espírito de amor.“O amor é paciente, é benigno”, porém

“não se alegra com a injustiça, masregozija-se com a verdade.”

(1Co 13.4,6)

“O amor é paciente, é benigno”, porém“não se alegra com a injustiça, masregozija-se com a verdade.”(1Co 13.4,6)

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Maio de 2012 17BrasilPresbiteriano

SBB

Sociedade Bíblica do Brasil (SBB)

apresenta uma iniciati-va para facilitar as ações de evangelização voltadas ao público jovem. Trata-se do Movimento Jovem Evangelizador (MJE), cujo objetivo é formar uma grande rede de propagação do Evangelho, conectan-do a juventude brasileira com a Palavra de Deus. O MJE foi apresentado pela primeira vez a apro-ximadamente 70 jovens de diferentes denominações religiosas, durante a rea-lização do Treinamento para Evangelização com Literatura, que ocorreu em 31 de março, na Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança (ADNA), em Cuiabá (MT). Durante o encontro, os jovens tam-bém conheceram a litera-tura bíblica desenvolvida pela SBB com linguagem e visual apropriados para levar a Palavra de Deus ao jovem. Entre o material criado para o MJE, estão folhetos, Bíblias, Bíblias de Estudo e livretos, todos com visual e linguagem do jovem. Para contribuir com o trabalho de evangelização da juventude, a SBB dispo-

nibilizará gratuitamente os seguintes materiais:

- Plano de Leitura Bíblica para o Jovem – Conteúdo extraído e adaptado do livro “Meu primeiro ano com Jesus”, de Davi Lago e Lúcio Barreto Junior, que incentiva a leitura de 40 capítulos, que resumem toda a mensagem da Bíblia.

- Revistas Amme Evangelizar – Publicação dirigida para a evangeli-zação de jovens de todas as idades, que contém os seguintes temas: Melhor Amigo: tudo muda quando você muda (15 a 23 anos); Livro da Família: valores cristãos na família (5 a 8 anos); e Davi: escolhido para reinar (9 a 14 anos).

Para adquirir outros mate-riais bíblicos e, ao mesmo tempo, contribuir com a Causa da Bíblia, a SBB criou um sistema especial em que doações serão trans-formadas em pontos que, acumulados, poderão ser revertidos em publicações. A cada R$ 0,10 doados, o ofertante acumula 01 ponto. As ofertas podem ser fei-tas por meio de pagamento com cartão de crédito, débi-to automático em conta, transferência bancária ou boleto bancário, com valor mínimo de R$ 10,00. Com

os pontos acumulados, é possível adquirir uma série de publicações da SBB. Para fazer parte desta ini-ciativa basta curtir a pági-na do MJE no Facebook (www.facebook.com/jove-mevangelizador). Ali esta-rão reunidas as novidades

sobre o Movimento, mate-riais disponíveis, ações de evangelização e mobiliza-ção e informações sobre encontros para troca de experiências. A página tam-bém é um canal de comu-nicação entre os integran-tes do Movimento Jovem

Evangelizador, servindo para compartilhar testemu-nhos, além de ser um local para se falar sobre Jesus Cristo e sua mensagem. No site da SBB (www.sbb.org.br) também há informações sobre o programa e como doar.

Movimento Jovem EvangelizadorIniciativa tem por objetivo facilitar as ações de evangelização voltadas ao público jovem, contando, para isto, com literatura bíblica apropriada ao segmento.

Luciana Garbelini

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Maio de 201218BrasilPresbiteriano

No BRASIL E NO MUNDO

Sarah Ribeiro

Fórum reúne especialistas sobre Bíblia e Missões

Abordar a Bíblia Sagrada sob dois ângulos: como texto para o estu-do de missões e como ferramenta missionária. Esse será o foco do VIII Fórum de Ciências Bíblicas promovido pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) nos dias 21 e 22 de junho no Centro de Eventos de Barueri (SP), onde está localizado o Museu da Bíblia (MuBi). O fórum terá oito painéis ao longo dos dois dias, sempre das 14h30 às 21h30, e reunirá especialistas de renome internacional. As inscrições custam R$30 e grupos com mais de dez pessoas têm 50% de des-conto. Confira programação completa e outras informações pelo site www.sbb.org.br/forum ou pelo telefone (11) 3474-5827.

Fonte: SBB

Parlamentares evangélicos respondem a processos

Segundo levantamento feito pela organização não governamen-tal Transparência Brasil e publicado pelo jornalista Paulo Lopes, 57% dos parlamentares da bancada evangélica em Brasília (32 no total), enfrentam problemas com a Justiça, entre eles processos por suspeita em crimes como peculato (apropriação de bens ou valores públicos de forma indevida), improbidade administrativa, corrupção eleitoral, abuso de poder econômico, sonegação fiscal e formação de quadrilha.

Entre as igrejas representadas por esses deputados, a Assembleia de Deus é a denominação com mais parlamentares envolvidos em escândalos. Dos 24 deputados que são membros da igreja, onze devem explicações à Justiça. A Igreja Presbiteriana tem a segunda maior representação, com oito deputados. Anthony Garotinho (PR/RJ) e Edinho Araújo (PMDB/SP) se destacam pela quantidade de processos. Em seguida vêm a Igreja Universal, com sete deputados, Quadrangular (3), Igreja da Graça (3), Igreja Mundial (2), Metodista (2), Maranata (1), Igreja Nova Vida (1), Cristã Evangélica (1), Igreja Brasil para Cristo (1), Igreja Cristã do Brasil (1), Sara Nossa Terra (1) e Comunidade Shamá (1).

Confira a lista completa dos parlamentares evangélicos que pres-tam contas à justiça pelo link: http://bit.ly/brasilpb.Fonte: Gospel Mais e Blog do jornalista Paulo Lopes.

Concurso premia leitores da Bíblia com viagem

O Ministério POLEN – Pessoas com o Objetivo de Levar o Evangelho as Nações está promovendo o 4º concurso “Vamos ler a Bíblia” que tem por objetivo estimular a leitura de toda a Palavra de Deus em 300 dias. Serão premiados mensalmente os três participantes que responderem corretamente e mais rapidamente a vinte questões sobre os textos bíblicos recomendados. O prêmio final é uma viagem a Israel com todas as des-pesas pagas. Quem quiser participar, deve seguir o calendário de leitura bíblica disponível no site www.vamoslerabiblia.com.br que prevê a leitu-ra de quatro capítulos da Bíblia por dia e ficar atento ao dia das provas, agendadas a cada trinta dias. É possível começar a participar do concurso a qualquer momento. Fonte: www.vamoslerabiblia.com.br

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Maio de 2012 19BrasilPresbiteriano

FALECIMENTO

Amílcar Ovídio Borba

No dia 22 de março último, Deus chamou à sua presença nosso valoroso irmão em Cristo, Rev. Amílcar Ovídio Borba (1929–2012). Exerceu o diaconato (1966 a 1972) e o presbiterato (1972 a 1981). Foi ordenado pastor no dia 15 de março de 1981 e serviu como pastor auxiliar na Igreja Unida em São Paulo em dois períodos (Março de 1986 a agosto de 1987, julho de 1989 a dezembro de 1990).

Empreendeu nesta Igreja uma considerável ação missionária. Foi responsável pelas aberturas dos pontos de pregação na Vila Bonilha (1965) e Bairro do Limão (1966), hoje igrejas organizadas. Organizou com o Conselho da Igreja a Missão Evangelística Encontro com Cristo. Realizou centenas de Campanhas em Igrejas Presbiterianas e de muitas outras denominações, em todo o Brasil.

Sua vida e suas palavras impactaram minha vida. Fui um dos que tiveram o privilégio de desfrutar de seu carinho e amizade. Homem sério, de poucas palavras e de muita sabedoria. Um autodidata, estudioso, pregador, evangelista, apologeta.

É certo que toda glória, honra e adoração devemos prestar a Deus. Mas, segundo a Escritura, há os que merecem uma citação honrosa de nossa parte. É o caso do meu irmão e amigo Rev. Amilcar Ovídio Borba.

Deus o tirou do nosso convívio. Louvado seja Deus, Senhor da morte e da vida.

Rev. Mauro Sérgio Aiello

Geraldo Raimundo de Souza

Geraldo Raimundo de Souza (1924–2012) era presbítero. Foi eleito diácono da então IP de Ariranha – MG em 1954. Ao mudar-se para o lugar denominado Prata dos Baianos, Município de Ecoporanga, fundou ali em companhia de outros irmãos a Congregação Vale dos Lírios, jurisdicionada à IP de Água Doce (hoje, Água Doce do Norte). Foi eleito presbítero ali e reeleito duas vezes. Com a organização da IP Lírio dos Vales, em Santo Agostinho, foi eleito e reeleito presbítero daquela igreja por três

mandatos. Mudou-se para o Rio de Janeiro e foi eleito presbítero por dois mandatos na IP Higienópolis; em Itaboraí–RJ já com avançada idade ficou em disponibilidade, bem como na IP Rio Bonito em Silva Jardim. Além de muita saudade Geraldo deixou viúva Umbelina Ferreira de Souza, com quem foi casado por 65 anos e teve dez filhos sendo oito vivos, um deles ministro presbiteriano, cinco genros, um deles ministro presbiteriano, três noras, dezessete netos, onze bisnetos e um tataraneto. Geraldo foi homem simples, porém, muito querido por onde passou; a cerimônia fúnebre foi oficiada por seu pastor Rev. Luiz José dos Santos Ferreira e teve a presença de treze pastores. A Deus toda honra, toda glória e todo louvor pela vida e exemplo do seu servo.

Rev. Elson Raimundo de Sousa – seu filho

Charles Colson

Um dos políticos mais controversos do século 20, envolvido em escândalos que derrubaram inclusive o presidente Nixon, Colson foi parar na prisão. Sua conversão foi marcante e ele começou a pregar, também para presos, uma de suas maiores áreas de atuação durante toda a sua nova vida. Convertido ao Senhor, tornou-se escritor profícuo, com excelentes trabalhos, um deles traduzidos pela Editora Cultura Cristã (Uma Boa Vida). Faleceu no último 21 de abril, por causa de uma hemorragia cerebral.

Carmem Garcia Gimenez No dia 26 de março nos despedimos de

Dona Carmem Garcia Gimenez, lembrada pela capacidade que tinha de rir e de fazer as pessoas rirem.

Mulher de oração, defendia a Escritura e o evangelho. Conheceu a Cristo e não cessou de falar de seu grande amor. Era seu desejo e oração, a conversão de todos os seus familiares. Muitos dos seus, como seu filho Presb. Carlos Salmeron Garcia, que cantou maravilhosamente e muito nos

emocionou “Deus tem um plano a cada criatura...” são provas de que o trabalho, a vida e as orações de nossa irmã não foram em vão.

Era desapegada a quaisquer bens materiais. Sua grande herança, as três virtudes da vida cristã: a fé, a esperança e o amor. Tinha um amor intenso por sua família, ensinou-me como importa amar noras e genros se amamos de fato nossos filhos. Foram quase 90 anos, bem vividos, aos pés de Cristo.

Rev. Waldomiro, pastor da IP de Votorantim

Ary Velloso Morreu na manhã de 25 de abril em

Londrina o pastor Ary Velloso, obreiro da SEPAL, cooperador do Jaime Kemp nos primeiros tempos de Vencedores por Cristo e fundador da Igreja Batista do Morumbi, em São Paulo. Depois de ficar à frente da igreja de 1978 a 2004, Ary mudou-se para Londrina, onde assumiu a regional sul do SEPAL “Servindo Pastores e Líderes”. Ary foi notável evangelista e mestre da Escritura, servindo de exemplo de amor pela Palavra para muitos crentes. Deixou viúva e duas filhas.

Ismael Graciano dos Santos

Com 101 anos, um mês e 12 dias faleceu no Hospital Vila Alpina no dia 17 de abril de 2012 às 16 horas. Casou-se em 26 de maio de 1934 e completaria 78 anos de vida conjugal em maio proximo. Deixou viúva Anna Apparecida dos Santos, com 94 anos, oito filhos, 18 netos, 25 bisnetos e oito trinetos.

Mudou-se para São Paulo em 1965 e passou a Congregar na IP de Vila Prudente. Com a organização da Congregação em Vila Ema passou a frequentar a Congregação e participou da organização da mesma em Igreja. Sua familia numerosa sempre foi uma benção no trabalho do Senhor.

Evangelizava por onde passava. Muitas vidas conhecerem o Senhor Jesus por intermédio do Presbitero Ismael.

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Maio de 201220BrasilPresbiteriano

Salmos(Allan Harman)

O mundo é hoje radicalmente diferente do que foi no tempo dos salmistas, contudo, ao ler os salmos constata-se que enfrentamos as mesmas difi cul-dades espirituais daqueles tem-pos. Além de ajudar os crentes no enfrentamento de situações difíceis, os salmos fornecem percepções valiosas do caráter do Deus da aliança que se dedica a abençoar e preservar seu povo em sua viagem para o reino celestial.

O livro contém 480 páginas e custa R$ 45,60.

Falando a verdade em amor (David Powlison)

Falando a Verdade em Amor é continuação de Uma Nova Visão, também publicado pela

Doze homens e uma sentença

Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley e Jack Klugman lideram o especialíssimo júri, cujos personagens estão representados com perfeição de detalhes. Com seu elenco de astros e qua-tro indicações ao Oscar®, incluindo Melhor Filme, 12 Homens e Uma Sentença é um fi lme forte, de suspense e incrivelmente agradável de ser visto.

Onze jurados estão con-vencidos de que o réu é culpado por assassinato. O décimo segundo não tem dúvida sobre sua ino-cência. Como poderá este homem fazer com que os outros cheguem à mesma conclusão? É um caso em que aparentemente há pro-vas avassaladoras contra um adolecente acusado de matar o pai.

Sargento York Gary Cooper recebeu o

Oscar de melhor ator por este drama de guerra no pa-pel do Sargento York que dá título ao fi lme. Um soldado pacifi sta, mas ainda assim exímio na pontaria, York teve de superar difi culda-des para participar da guer-ra. Foi condecorado por seu

valor e honraria durante a Primeira Guerra Mundial e entrou para a história como herói.

À Prova de Fogo

Kirk Cameron interpre-ta Caleb Holt, um heróico

capitão bombeiro que pre-za a dedicação e o serviço ao próximo acima de tudo. Mas a parceria mais impor-tante de sua vida, seu ca-samento, está prestes a se desfazer em fumaça. Esta história cativante acompa-nha o desejo de um homem em transformar sua vida e seu casamento através do poder curativo da fé e de seguir adiante pelo lema dos bombeiros: Nunca dei-xe seu parceiro para trás.

O poder da graça

Dos mesmos criadores de A Prova de Fogo, é uma po-derosa história sobre per-dão com a violência de po-liciais ao lidar com o crime. O fi lme conta a história de Mac, que ao perder o fi lho em um acidente sente raiva de Deus e de todos os ou-tros, guardando amargura e dor por dezessete anos. Ele deve unir forças com seu colega de patrulha para su-perar suas diferenças para ajudar um ao outro.

Sobre esses e outros títulos acessewww.editoraculturacrista.com.br

ou www.facebook.com/editoraculturacristaou ligue 0800-0141963

Boa LeituraEntretenimento e refl exão

Filmes para curtir e pensarCultura Cristã. Esse livro ante-rior foi uma tentativa de pensar certo. O autor buscou trazer a Escritura para a vida e reinter-pretar as lutas diárias através do olhar de Deus. Este livro é sobre “aconselhamento”, o pro-cesso do amor. A parte I discute sobre como falar a verdade em amor. A parte II trata de como moldar e readaptar as comuni-dades da fé.

O livro contém 192 páginas e custa R$ 22,80.

Genética, Pesquisas com Células-tronco e Clonagem (Linda Bevington, Ray Bohlin, Gary Stewart, John Kilner, C. Christopher Hook)

A genética, a pesquisa com células-tronco e a clonagem afetam nossa saúde e nosso bem-estar de modos nunca antes imagináveis. Este pe-queno volume utiliza uma perspectiva bíblica para examinar as questões éticas e científi cas que envolvem essas intervenções, como: Os nossos genes determinam a pessoa que somos? Estaríamos tentando “agir como Deus” quando nos intrometemos com os genes? Devo ser favorável à pesquisa de células-tronco?

O livro contém 176 páginas e custa R$ 10,00.