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Brasil

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Apresentação

Do que se trata esse material?

O material que você está recebendo é parte do Programa de Fortaleci-mento do Terceiro Setor, promovido pela Global Communities Brasil.

Ele foi elaborado pela equipe da Sinapse Consultoria para atender a Glo-bal Communities em seus projetos de desenvolvimento social de apoiar e complementar a aprendizagem da oficina Gestão de Voluntariado.

No Brasil, ao longo das últimas décadas, houve um significativo aumen-to da atuação de Organizações da Sociedade Civil voltadas para ações setoriais, assistência social, saúde, educação, meio ambiente, arte e cul-tura, cidadania, segurança alimentar, entre outros segmentos, passando a ocupar o espaço público até então considerado exclusivo do Estado.

Neste contexto, novos paradigmas têm surgido no que se refere ao ge-renciamento das instituições da sociedade civil sem fins lucrativos, sen-do o Voluntariado apontado como um dos caminhos mais promissores para a estruturação e profissionalização das organizações. Contribuindo, assim, para o seu fortalecimento.

Afinal, um Voluntariado estruturado e participativo, aliado a uma gestão organizacional e gestão de projetos eficientes, conduz a organização so-cial ao seu maior patamar de desenvolvimento, e a criação de redes de relacionamento que promovem a sua sustentabilidade.

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Este guia tem o objetivo orientar as OSCs para a estruturação de seu Voluntariado, disponibilizando conhecimento técnico e prático para que isso ocorra. Procurou-se incluir todas as etapas de um processo de vo-luntariado, com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre a gestão do Voluntariado, além de instrumentalizar a organização com ferramen-tas que a apoiarão nesse desafio.

O material apresentado traz o conteúdo básico sobre Gestão de Volun-tariado, distribuído em três pilares:

I. Conceituação de voluntariadoII.Ovoluntário:reflexãoemobilizaçãoIII. Estruturação do voluntariado na OSCs

Use estes espaços em branco

nas bordas das folhas para fazer suas

anotações.

Ah, e também

preste atenção

nesses ícones, eles

indicam pontos importantes

do texto. Boa leitura!

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Conceituação de voluntariado

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Competência 01Conceituação de Voluntariado

A origem do trabalho voluntário no mundo confunde-se com a origem de algumas profissões. Um dos primeiros grupos de voluntários organi-zados de que se tem conhecimento foram os bombeiros, que atuavam voluntariamente em situações de risco.

Nos dias atuais, o movimento voluntário é considerado uma força de mobilização e de realização. O trabalho voluntário tem como potencial a agregação de valores e resultados as causas, projetos e ações sociais que beneficiam milhares de pessoas e localidades.

Praticar o Voluntariado têm acrescentado novos conhecimentos; prepa-rado as pessoas para a convivência em grupo; contribuído para o desen-volvimento pessoal e para o desenvolvimento comunitário.

Trabalho voluntário é todo o trabalho que uma pessoa se prontifica a fazer gratuitamente em prol de uma causa. Pode ser de algumas horas por semana a até uma dedicação integral durante um período. Pode ser na esquina de sua casa ou pode ser no Nepal. Causas e oportunida-des não são o que falta. Pode ser de caráter geral, ajudando a preparar uma refeição num asilo ou programa de atendimento aos moradores de rua a até uma intervenção especializada nos diversos campos profissio-nais. Vai desde passar umas horas por semana lendo para idosos ou brincando com crianças. Pode ser um trabalho realizado sozinho ou em uma equipe.

O Voluntariado tem sido referenciado como um dos diferenciais dentro da atuação das Organizações da Sociedade Civil, contribuindo para que as mesmas cumpram sua missão e para que ganhem expressividade e força dentro da sociedade.

O Voluntariado contribui para validar e divulgar a atuação social da orga-nização, perante a sua comunidade.

Conceitos mais utilizados sobre o trabalho voluntário:

“Voluntárioéocidadãoque,motivadopelosvaloresdeparticipaçãoesolidariedade,doaseutempo,trabalhoetalento,demaneiraespontâneaenãoremunerada,paracausasdeinteressesocialecomunitário”.

Comunidade Solidária, Comunitas

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Competência 01Conceituação

de Voluntariado

“Voluntárioéojovemouoadultoque,devidoaseuin-teresse pessoal e espírito cívico, dedica parte do seutempo,semremuneraçãoalguma,adiversasformasdeatividades,organizadasounão,debem-estarsocialououtroscampos”.

Organização das Nações Unidas - ONU

Cronologia do Voluntariado no Brasil

1543Fundação da Santa Casa de Miseri-córdia, na Vila de Santos, Capitania

de São Vicente.

1910Escotismo chega ao Brasil com o lema “ajudar o próximo em toda e

qualquer ocasião”.

1942Presidente Getúlio Vargas cria a Le-gião Brasileira de Assistência (LBA).

1967Governo cria o Projeto Rondon,

incentivo a voluntários prestar ser-viços assistenciais a comunidades

carentes.

1980-90Discussões e reconhecimento das

ONGs como atores no enfrentamen-to das questões sociais.

1908A Cruz Vermelha chega ao Brasil.

1935Promulgada a Lei de Declaração de Utilidade Pública, feita para regular as Instituições Filantrópicas.

1948Declaração dos Direitos Humanos pelas Nações Unidas – ONU.

1970Surgimento das Associações sem fins econômicos – ONGs.

1992Conferência Eco 92 consagra o conceito de desenvolvimento susten-tável.

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Competência 01Conceituação de Voluntariado1993

Herbert de Souza, o Betinho, cria a Ação da Cidadania Contra a Fome e

a Miséria e Pela Vida.

1997Criação dos primeiros Centros de

Voluntariado do Brasil, entre eles o Instituto Voluntários em Ação (IVA)

2000Declaração do Milênio, assinada por

191 países membros

2005Conceito de Voluntariado Transfor-

mador surge com força.

2011Comemoração da Década do

Voluntariado, pela ONU, quando se comemora 10 anos de difusão do

voluntariado, após o Ano Internacio-nal do Voluntário em 2001.

1996Lançamento do Programa Voluntá-rios.

1998Promulgada a Lei 9.608, que regula-menta o trabalho voluntário no Brasil.

2001Promulgado pela ONU como o Ano Internacional do Voluntário.

2008Lançamento do Portal Voluntários Online.

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Competência 01Conceituação

de VoluntariadoResponsabilidade sociale o Voluntariado empresarial

A responsabilidade social é quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem-es-tar dos seus públicos interno e externo. Não deve se caracterizar por ações compulsórias impostas pelo governo ou por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo). O conceito, nessa visão, envolve o benefício da coletividade, seja ela relativa ao público interno (emprega-dos, acionistas, entre outros) ou atores externos (comunidade, parceiros, meio ambiente).

O Voluntariado é uma parte da Responsabilidade Social da empresa, mas ações de Responsabilidade Social nem sempre são de Voluntaria-do.

Veja as diferenças:

Voluntariado AçõesdeResponsabilidadeSocial

1O Voluntário doa seu tempo,

talento e trabalho de forma não remunerada em prol de uma

comunidade ou causa.

As ações propostas pela empresa ou por seus funcionários são desenvolvidas,

em sua maioria, em horário de trabalho. O funcionário continua recebendo seu

salário enquanto pratica a ação.

2O principal beneficiado é a co-munidade, uma pessoa ou uma

causa.

Beneficiados variados: público interno da empresa, acionistas, a própria empresa,

comunidade, causa.

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O voluntário atua em causas de interesse público: educação, saúde, meio ambiente, transpor-te, qualidade de vida para todos, entre outros. Foca sua atuação em comunidades menos favore-cidas, buscando a justiça social.

O funcionário atua em causas ou ações de interesse público ou de interesse da empresa que trabalha: ações de eco efi-ciência, ações que melhoram os proces-sos internos da empresa, entre outras.

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Competência 01Conceituação de Voluntariado

...“o Voluntariado é a ação decorrente de uma decisãoespontânea (não pode ser compulsória) da pessoa decontribuir,atuandocomofontedeiniciativa,liberdadeecompromisso,paraoenfrentamentodeproblemasreaisnasuacomunidadeouemâmbitosocialmaisamplo”.AntônioCarlosGomesdaCosta

OConselhoBrasileirodeVoluntariadoEmpresarial–CBVEdefineassimoVoluntariadoEmpresarial:“Éumainiciativaderesponsa-bilidadesocialdeempresas,visando incentivar,organizar,apoiare reconhecer ações voluntárias de participação cidadã de seusprofissionais e demais públicos de relacionamento, em prol dasociedade”.(2013)

A importância crescente do Voluntariado para a Sustentabilidade da OSC

A responsabilidade social das empresas tem se configurado cada vez mais como um caminho para atender ao desafio de se fazer a diferen-ça na sociedade, respondendo às expectativas dos governos, das or-ganizações da sociedade civil, dos consumidores e dos empregados. As empresas estão reorientando suas atividades para conseguirem um impacto positivo sobre os desafios sociais mais complexos, como parte importante de suas estratégias organizacionais e de negócio.

As empresas estão reconhecendo que as OSCs possuem conhecimen-tos especializados capazes de ajudar o envolvimento empresarial, in-cluindo oportunidades para que os voluntários exerçam suas habilidades pessoais e profissionais, bem como métricas existentes para demonstrar o impacto do trabalho voluntário.

Cada vez mais as empresas e as OSCs estão optando por “parcerias de transformação” nas quais trabalham juntas de forma íntima e abrangente para alcançar os objetivos em comum por meio do compartilhamento de pessoas, conhecimentos especializados, aprendizagem e recursos.

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Competência 01Conceituação

de Voluntariado

À medida que cresce o valor das parcerias, as empresas se dispõem cada vez mais a investir no fortalecimento da capacidade das OSCs par-ceiras.

Muitas empresas estão buscando parcerias com OSCs globais alinha-das com as áreas focais da empresa e que possam nortear e apoiar seu engajamento voluntário em grande escala. Nos níveis nacionais e de comunidades locais, as empresas procuram fazer parcerias com OSCs que tragam conhecimentos especializados sobre as necessidades, a cultura local e os papéis aceitáveis para os voluntários, bem como opor-tunidades de envolvimento.

Neste sentido, OSCs com atividades de Voluntariado estabelecidas e bem geridas se tornam mais interessantes para as empresas que que-rem aliar o seu Investimento Social privado à prática do Voluntariado.

A importância do Voluntariado para a sociedade

A cada ano, cresce o número de pessoas que realizam ações voluntárias voltadas para o bem-estar comum. Estudantes, executivos, donas de casa e aposentados dedicam seu tempo, carinho, talento e energia ao próximo, arregaçando as mangas e não medindo esforços para melhorar a vida e o futuro de muita gente. Eles, assim como milhões de cidadãos de todo o mundo, acreditam que, com solidariedade, empenho, compro-misso, dedicação e iniciativa, é possível transformar a sociedade.

Em 2011 foi lançado pelas Nações Unidas o primeiro relatório sobre a situação do Voluntariado no Mundo. Uma das principais considerações é integrar as ações voluntárias ao novo conceito de desenvolvimento:

O Voluntariado deve se tornar parte integral do novoconsensodedesenvolvimento–PNUD–2011(ProgramadaNaçõesUnidasparaoDesenvolvimento)

O primeiro Relatório sobre o Estado do Voluntariado no Mun-do (SWVR - State of the World’s Volunteerism Report, na si-

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Competência 01Conceituação de Voluntariado

gla em inglês), lançado no dia 05/12/2011, cita uma necessi-dade de tornar asaçõesvoluntáriasparteintegraldonovoconsensodedesenvolvimento.

A visão de que o Produto Interno Bruto (PIB) é um reflexo fiel da sociedade está sendo cada vez mais questionada. O relatóriodizque“economias robustasevigorosassãodesejáveis, mas somente quando elas proporcionambem-estarnomododevidadaspessoas”. A solidariedade, a paixão por uma causa e o desejo de dar um retorno à socie-dade são aspectos inerentes ao bem-estar e ao Voluntariado.

O SWVR demonstra que o Voluntariado é universal e abran-gente em termos numéricos, mas as ideias equivocadas e a falta de metodologias padronizadas de avaliação são um obstáculo para sua abrangência e alcance. Para fazer jus ao seu potencial, as dimensões e os valores reais do Voluntaria-do precisam ser reconhecidos como um elemento essencial para o progresso sustentável e nivelado das comunidades e nações.

O relatório demonstra que o Voluntariado está presente em cada aspecto da vida e da cultura. O engajamento dos volun-tários no setor privado tem crescido progressivamente desde a metade da década de 1990. Ademais, o Voluntariado não é um privilégio restrito aos mais ricos e aos mais instruídos: o Voluntariado é muito difundido em meio às pessoas de baixa renda. Homens e mulheres voluntárias contribuem em apro-ximadamente a mesma quantidade de horas. O SWVR diz que “formasmodernasdeVoluntariado têmopotencialdecontribuirsignificativamenteparaodesenvolvimentohumano”. Apesar dos obstáculos, essas novas oportunida-des, que incluem a responsabilidade social corporativa, favo-recem o acesso ao Voluntariado para mais pessoas.

OVoluntariado fornece uma direção importante para asaídadapobrezaaoconstruircapitalsocial,humano,na-tural,físico,financeiroepolítico.OVoluntariadopodeserespecialmenteeficazquandoosrecursosnascomunida-deslocaissãoutilizadosemconjunto.

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Competência 01Conceituação

de Voluntariado

IssosignificaqueoVoluntariadonãosódesenvolveapessoaeoparticipantedoprojeto,masajudaadesenvolveraprópriaOrgani-zaçãoSocial,acomunidadeondeelaestáinserida,obairro,omu-nicípio,oEstadoeoPaís.

TrabalharemRedeéachaveparaqueopotencialdodesenvolvi-mentocomunitárioseestabeleçaeparaqueosesforços,soma-dos,resultememresultadosmaisexpressivoseduradouros.

A importância doVoluntariado para a OSC

A atuação dos voluntários é uma ferramenta importante na complemen-tação dos diversos atendimentos realizados pelas Organizações da So-ciedade Civil. De maneira gratuita, sem nenhuma contrapartida financei-ra por parte das organizações, o Voluntariado fortalece cada vez mais o espírito de solidariedade em nossa sociedade.

As ações voluntárias devem se basear no comprometimento de ambas as partes: da pessoa que se propõe a ajudar, cumprindo com os com-promissos na realização das atividades em que esteja engajado e res-peitando as normas e regulamentos particulares de cada instituição; e da organização, que deverá envolver o voluntário nos assuntos ligados à sua atividade, ouvindo suas opiniões e sugestões, se preocupando em estabelecer um ambiente seguro, favorecendo dessa forma a realização das atividades de interesse social.

O voluntário, em sua atuação, contribui para que a OSC seja mais efi-ciente em seu propósito; utiliza seu conhecimento e expertise a favor da missão da organização e/ou dos beneficiários; divulga a OSC para a sociedade; valida a atuação da OSC perante a comunidade e contri-

bui para o desenvolvimento local.

O voluntário forma parte do capital humano da organização. Muitas ve-zes contribui para a sua sustentabilidade, principalmente em OSC de pequeno porte. Estes voluntários, além de serem fundamentais na con-solidação da filosofia e divulgação dos objetivos dessas pequenas orga-nizações, na maioria das vezes, são a fonte de recursos financeiros e humanos. Neste sentido, Camargo (2008), nos mostra que para con-

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Competência 01Conceituação de Voluntariado

quistar sustentabilidade a organização deve buscar parcerias com todos os setores da sociedade e principalmente com as pessoas físicas.

Ao compactuar com os valores e com a atuação da OSC, o voluntário está legitimando a organização perante os outros atores sociais: comu-nidade, governo, empresas. Desta forma, contribui para a qualificação da organização perante esses públicos, declarando com seu apoio que “vale a pena investir tempo e trabalho nessa iniciativa”.

Ganhos que uma OSC obtém coma estruturação do seu Voluntariado:

• Aquisição de conhecimentos, informações e tecnologias aos quais normalmente não teria acesso;

• Acesso a recursos financeiros de fonte privada;

• Fortalecimento da gestão da OSC;

• Envolvimento da comunidade em ações para solucionar proble-mas de interesse comum;

• Acesso a profissionais qualificados;

• Ampliação da rede de contatos pessoais e profissionais, dos in-tegrantes da comunidade.

Políticas nacionais: Leis do Voluntariado

O sistema jurídico do Brasil tem muitas evidências de disposições legis-lativas para prestação de serviços à comunidade: a participação gratuita em conselhos, comitês e grupos de trabalho governamentais é normal-mente declarada atividade de natureza relevante e não é remunerada.

No dia 18 de fevereiro de 1998 foi sancionada, pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, a Lei 9.608, que regulamentou a relação entre voluntários e organizações sociais.

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Competência 01Conceituação

de Voluntariado

A lei considerou como serviço voluntário a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada sem fins lucrativos.

E estabeleceu ainda que o serviço voluntário não gera vínculo emprega-tício nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.

Para o exercício do serviço voluntário, de acordo com a referida Lei, deverá ser celebrado um Termo de Adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, constando o objeto do ser-viço voluntário e as condições do seu exercício, bem como outras infor-mações relevantes.

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Competência 01Conceituação de Voluntariado

Lei do Voluntariado atualizada - 2016

PresidênciadaRepúblicaCasa Civil

SubchefiaparaAssuntosJurídicos

LEI Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998

O PRESIDENTEDAREPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qual-quer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa. (Redação dada pela Lei nº 13.297, de 2016)

Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim.

Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.

Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas des-pesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades vo-luntárias.

Parágrafoúnico. As despesas a serem ressarcidas deverão estar ex-pressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço vo-luntário.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da Re-pública.

FERNANDOHENRIQUECARDOSO

Toda Organização da Sociedade Civil deve ter o seu modelo de Termo de Adesão ao Trabalho Voluntário e todos os voluntários deverão assinar o termo, onde deve constar os dados do voluntário, o tempo de dedica-ção, periocidade e descriminação de sua atuação.

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Competência 01Conceituação

de VoluntariadoModelo de termo de adesãoao serviço voluntário e desligamento

TERMODEADESÃOAOSERVIÇOVOLUNTÁRIOEDESLIGAMENTO

Nome da instituição que receberá o serviço voluntário:_________________ Endereço:__________________________________________________CNPJ:_____________________________________________________Área de atuação: ____________________________________________Nome do voluntário(a):________________________________________Documento de identidade:_____________ CPF:____________________Tel.________________ Endereço: ________________________________________________________________________________________O serviço voluntário a ser desempenhado junto a esta instituição, de acor-do com a Lei nº. 9.608 de 18/2/1998, no verso transcrita, será o de ____________________________________________________________ que é atividade não remunerada, e não gera vínculo empregatício nem funcional, ou quaisquer obrigações trabalhistas, previdenciárias e afins. Será realizado às ________________________________________________ no horário_____________________.

Os resultados esperados são _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• As despesas a serem ressarcidas deverão antecipadamente ter autori-zação expressa.

• O presente Termo de Adesão estará em vigor a partir da data de sua assinatura pelas partes interessadas e poderá ser rescindido a qualquer momento mediante comunicação escrita de uma das partes a outra, com antecedência mínima de três dias, motivando a decisão.

Declaro estar ciente da legislação específica sobre serviço voluntário e aceito atuar como voluntário(a) nos termos do presente Termo de Adesão.

__________________________ ___________________________ Cidade Data

___________________________________________ Assinatura do voluntário

__________________________ __________________________ Testemunha Testemunha

DESLIGAMENTO

Data:___________ Iniciativa: ( ) Voluntário ( ) Instituição Motivo:_____________________________________________________

________________________ __________________________ Assinatura Responsável Assinatura do voluntário(a) pela instituição

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O Voluntário: reflexão e mobilização

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Competência 02O Voluntário: reflexão e mobilização

O que é ser voluntário?

Para compreender melhor esse conceito, separamos algumas defini-ções:

“Voluntárioéoatorsocialeagentedetransformação,queprestaserviçosnão remuneradosembenefíciodacomunidade.Doandoseutempoeconhecimentos,realizaumtrabalhogeradopelaener-giadeseuimpulsosolidário,eatendenãosóàsnecessidadesdopróximo,comotambémaosimperativosdeumacausa.Ovoluntá-rioatendetambémsuasprópriasmotivaçõespessoais,sejamelasdecaráterreligioso,cultural,filosóficoouemocional”.

Fundação Abrinq

“Ovoluntárioéojovemouoadultoque,devidoaoseuinteressepessoaleaoseuespíritocívico,dedicapartedeseutempo,semremuneraçãoalguma,adiversasformasdeatividades,organiza-dasounão,debem-estarsocialououtroscampos”.

ONU – Organização das Nações Unidas

“Ovoluntárioéocidadãoque,motivadopelosvaloresdeparticipa-çãoesolidariedade,doaseutempo,trabalhoetalento,demaneiraespontâneaenãoremunerada,paracausasde interessesocialecomunitário”.

Conselho da Comunidade Solidária

Exercer o Voluntariado traz alegria e prazer para quem o exerce, como também traz o compromisso, a responsabilidade e a competência que marcam qualquer atuação profissional.

O voluntário tem a oportunidade de exercer a liberdade de escolha, a criatividade e o respeito à diversidade. Ser voluntário na comunidade cria oportunidades de aprender novas habilidades, fazer novas amiza-des e vivenciar experiências diferentes, que se por um lado ajuda o vo-luntário a mudar o mundo, também o modifica junto com ele.

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Competência 02O Voluntário:

reflexão e mobilização

Ser voluntário é uma decisão pessoal.

Voluntariado é Liberdade - ÉOpção

Voluntariado é Iniciativa -ÉAção

Voluntariado é Compromisso - ÉResponsabilidade

Voluntariado é mais do que doação - ÉTransformação

Queméovoluntário?

É a pessoa que doa o seu trabalho, suas potencialidades e talentos em uma função que o desafia e gratifica em prol de uma realização pessoal. Ao analisarmos essa definição, encontraremos quatro elementos:

Qualificação O conceito moderno de voluntariado está

muito ligado à execução de um trabalho qualificado, que leva em conta o talento e as habilidades de quem o executa.

Realização É um trabalho que tem um compromis-

so com o êxito, com o sucesso, que está determinado a cumprir com os objetivos propostos.

Doação A entrega de horas de sua vida em prol

do próximo, da comunidade, é resultado de um amor transbordante, que precisa se materializar por meio da ação.

Satisfação É um trabalho exercido com prazer,

garra, que fascina e dá um sentimento de plenitude para quem o executa.

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Competência 02O Voluntário: reflexão e mobilização

Em resumo, o trabalho voluntário é uma ação de qualidade, feito com prazer em direção a uma solução que não precisa ser necessariamente grande, mas precisa ser eficiente.

Éasomatóriadessesêxitosquefaráadiferençaemnossacomunidade.

Ao procurar uma causa ou uma OSC onde possa atuar, o voluntário traz consigo uma série de expectativas, dúvidas, desejos, vivências e projeções sobre como será a sua atuação, o quanto contribuirá para que a OSC alcance os seus objetivos, o quanto as pessoas gostarão dele e de sua ajuda e, provavelmente, terá muitas ideias de como as “coisas devem acontecer”. Este movimento é natural no ser humano, afinal cada um é portador de uma história diferente, oriundo de diferentes grupos sociais, com experiências culturais e personalidades distintas.

A transparência nas informações, o acolhimento, a definição dos profis-sionais responsáveis pelo Voluntariado dentro da organização, são fun-damentais para a estruturação do Voluntariado e para que esse recurso humano seja valorizado pela gestão da OSC e pela comunidade.

Oquenosmoveparasermosvoluntários?

O trabalho voluntário não traz nenhum ganho financeiro para os par-ticipantes, mas isso não desencoraja os milhões de pessoas por todo o mundo de realizarem esse tipo de atividade. A motivação para os volun-tários vem de diversas formas, e além do desejo de querer ajudar o pró-ximo, pesquisas identificaram fatores menos aparentes – mas comuns – de inspiração.

A. PercepçãodasociedadeEm um estudo conduzido por Dr. Judi Esmond e Patrick Dun-lop, intitulado “Developing the Volunteer Motivation Inventory”, foi identificado o fator “crescimento pessoal” como uma das princi-pais razões para as pessoas começarem ou continuarem a rea-lizar trabalhos voluntários. Os pesquisadores definem o cresci-mento pessoal como um desejo de aprender sobre o mundo em volta deles, como a sociedade funciona, seus problemas e formas de solucioná-los. Para os Voluntariados, isso é visto como parte do crescimento pessoal, tornando-os cidadãos ativos e respon-sáveis.

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Competência 02O Voluntário:

reflexão e mobilização

B.ExplorandonovasoportunidadesOs pesquisadores Dr. Janet Fox, Dr. Krisanna Machtmes, Dr. Mark Tassin e Lanette Heber investigaram as motivações entre os jovens que participam projetos voluntários de ensino e uma das respostas mais comuns no questionário é que eles assumi-ram o trabalho para explorar novas oportunidades para a carreira. O trabalho voluntário em uma assessoria de imprensa, como um prestador de cuidados de idosos ou como um coordenador de eventos de caridade, pode servir como um estágio para as pes-soas que têm interesse nesses empregos, mas não têm certeza se são capazes de realizá-los.

C. Interação socialA interação com as pessoas que são ajudadas, mas principalmen-te com aquelas com quem se trabalha, é uma das razões para realizar trabalhos voluntários. Maria Bakatsa e Stephen E.G Lea da University of Exeter apresentaram a satisfação com as pes-soas do trabalho voluntário como um fator motivacional chave em sua pesquisa “Measuring job satisfaction in voluntary workers”. A atmosfera social voluntariada também foi destacada como uma motivação por Dr. Judi Esmond e Patrick Dunlop.

D.TrabalhovoluntárionocurrículoO trabalho voluntário é uma forma de mostrar dedicação a uma área em particular, pois você presta serviços por vontade própria, sem nenhum retorno financeiro. Conforme Susan J. Ellis do site Volunteer Guide relata, destacar as suas funções e realizações durante o trabalho voluntário pode mostrar aos empregadores as suas capacidades, o que é bastante útil quando a função do em-prego ao qual se está se candidatando é semelhante. Os alunos em busca da primeira oportunidade de trabalho também podem compensar a falta de experiência em empregos formais com o trabalho voluntário.

Ao receber ou selecionar voluntários, uma OSC deve levar em conta também essas motivações menos aparentes para que possa alinhar as expectativas da organização, do voluntário e do participante do projeto e/ou comunidade. Além disso, o desejo de ajudar o próximo ou a pró-pria sociedade figura como um dos motivos principais que motiva um voluntário.

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Competência 02O Voluntário: reflexão e mobilização

Pesquisas apontam que outras motivações estão relacionadas a:

• Ter um espaço delineado para exercer a sua cidadania. Passar do mundo das ideias para a ação, ao defender uma causa em que acredita;

• Viver uma experiência sem igual. Novos desafios, novas apren-dizagens, aumento de seu círculo de relações e fazer a diferença na comunidade;

• Sentimento de bem-estar e satisfação pessoal;

• Desenvolver novas habilidades e competências, tanto na área pessoal como profissional.

Oqueseesperadeumvoluntário?

Apesar de o Voluntariado ter como característica a liberdade, o fazer o que quer e o que gosta, ao assumir um compromisso com uma organi-zação social ou com um grupo de voluntários, espera-se que ele cumpra com o horário e com as atividades planejadas e previamente acordadas.

Esta orientação deve ser repassada ao voluntário desde o primeiro con-tato com a OSC, de forma que fique claro o que é esperado dele e quais são as normas que regem essa parceria.

Antes de iniciar a seleção deve ser feito um acolhimento do voluntário, mostrando-se toda a entidade, falando sobre a sua missão e o público atendido, sobre a sua gestão, seus horários, seus projetos, necessida-des e potenciais a serem desenvolvidos. Essa etapa é muito importante para a integração do voluntário e para que ele possa refletir sobre as suas expectativas e sobre o seu real interesse em participar dessa ini-ciativa. Sempre que receber uma pessoa interessada em atuar como voluntário, em sua organização, alinhe as expectativas da OSC com as do voluntá-rio. Não apenas de maneira informal, mas também formal, ou seja, docu-mente o acordo feito entre vocês. Entregue ao voluntário um documento com todas as orientações sobre este acordo.

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Competência 02O Voluntário:

reflexão e mobilização

Espera-se do Voluntário

CONFIANÇADepois de escolher uma ação voluntária para participar, seja ela de apenas um dia ou uma atividade constante, compareça no local, dia e horário combinado.

Caso você tenha algum impedimento, avise com antecedência a organização ou a pessoa responsável por coordenar a ação.

PONTUALIDADEAs pessoas beneficiadas pela organização social e os outros voluntários estão esperando por você em determinado horário. Procure não se atrasar.

TRABALHOEMEQUIPEAs atividades são desenvolvidas melhor quando todos trabalham juntos.

ABERTURAPARAAPRENDIZADOAlgumas organizações sociais exigem treinamento específico antes e duran-te a realização do trabalho voluntário. Um exemplo disso são os Doutores da Alegria, que treinam seus voluntários para que atuem com os doentes inter-nados em hospitais.

Algumas atividades voluntárias, por sua natureza, também necessitam de um treinamento para serem realizadas. Aproveite essa oportunidade para desen-volver novas habilidades e conhecer um pouco mais sobre um assunto.

RESPONSABILIDADEUse seu bom senso ao tomar uma decisão. Em caso de problemas, dirija-se ao responsável pelo Voluntariado e converse com ele sobre o que está acon-tecendo.

Respeite o direito à privacidade dos participantes e da equipe. Caso você não queira mais exercer a atividade voluntária da qual está participando, avise o responsável pelo Voluntariado na organização, com antecedência.

DISCRIÇÃOMuitas vezes ao atuarmos como voluntários, tomamos conhecimento de histó-rias de sofrimento e violência.

Temos que tomar muito cuidado para não comentarmos essas histórias com outras pessoas, pois o Voluntariado exige respeito ao outro e a sua privacidade.Nunca comente com seus familiares, amigos ou pessoas estranhas essas his-tórias, pois você poderá causar problemas para as pessoas envolvidas. Seja discreto em seu comportamento.

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Competência 02O Voluntário: reflexão e mobilização

Além do que é esperado do voluntário, a OSC deve também informar sobre seus Direitos e Responsabilidades.

Confira os principais Direitos e Responsabilidades de um voluntário:

Direitos

• Desempenhar uma tarefa que o valorize e que seja um desafio para ampliar habilidades ou de-senvolver outras.

• Receber apoio no trabalho que desempenha (capacitação, su-pervisão e avaliação técnica).

• Ter a possibilidade da integração como voluntário no grupo/orga-nização onde presta serviço.

• Ter as mesmas informações que o pessoal remunerado e descri-ção clara de tarefas e responsa-bilidades.

• Contar com os recursos indis-pensáveis para o trabalho volun-tário.

• Respeito aos termos acordados quanto à sua dedicação, tempo doado, etc. e não ser desrespei-tado na disponibilidade assumi-da.

• Receber reconhecimento e estí-mulo.

• Ter oportunidade para melhor aproveitamento de suas capaci-dades recebendo tarefas e res-ponsabilidades de acordo com os seus conhecimentos, expe-riência e interesse.

• Ambiente de trabalho favorável por parte do pessoal remunera-do da instituição

.

Responsabilidades

• Conhecer a organização e/ou a comunidade onde presta servi-ços (a fim de trabalhar levando em conta essa realidade social) e as tarefas que lhe forem atri-buídas.

• Escolher cuidadosamente a área onde deseja atuar confor-me seus interesses, objetivos e habilidades pessoais, garantin-do um trabalho eficiente.

• Capacitar-se e aperfeiçoar-se pois sempre temos coisas para aprender.

• Ser responsável no cumprimen-to dos compromissos assumidos livremente como voluntário.

• Só se comprometer com o que de fato puder fazer.

• Respeitar valores e crenças das pessoas com as quais trabalha.

• Trabalhar de forma integrada e coordenada com a organização onde presta serviço e aprovei-tar as capacitações oferecidas, através de uma atitude aberta e flexível.

• Manter os assuntos confiden-ciais em absoluto sigilo.

• Acolher de forma receptiva a coordenação e a supervisão de seu trabalho.

• Usar de bom senso para resol-ver imprevistos, além de infor-mar os responsáveis.

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Estruturaçãodo voluntariado na OSCs

3

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

O próximo desafio a ser alcançado em relação ao Voluntariado está re-lacionado em como estruturar ou reestruturar um processo que efetiva-mente contribua para que o voluntário possa exercer a sua cidadania, ao mesmo tempo em que contribui para que a organização cumpra a sua missão.

O processo de voluntariado deve ser criado como algo articulado com a estrutura organizacional da instituição e dos projetos que ele realiza. O conceito de articulação sugere “movimento” e “complemento”.

O movimento entendido como oportuno, inteligente, compartilhado, fun-cional. A complementaridade entendida como um processo enriquece-dor, dinâmico, alternativo.

Uma estrutura de atividades voluntariadas deve ser sólida, mas flexível, inovadora, mas adequada à realidade, simples, mas operativa, autôno-ma, mas ligada à visão e à missão da instituição.

As áreas de atuação são variadas, tendo objetivos diversos, tais como:

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

Porém, ao pensar no papel do voluntário dentro da organização é preciso estar atento a própria natureza do trabalho voluntário.

O voluntário não substitui o profissional necessário para que a organização funcione. Ele pode cobrir um profissional em momentos es-pecíficos, ou pode ser um profissional de uma área que se voluntaria para aquela atuação, mas que pode deixar de atuar a qualquer momen-to, pelos mais diversos motivos. A OSC deve se organizar para ter o seu quadro de funcionários fixos, garantindo assim a continuidade do aten-dimento ou do trabalho.

“...atualmente,oprimeiropassoparaosucessoeasus-tentabilidadedeumaorganizaçãosemfins lucrativoséaformaçãodoquadroprofissional,mesmoqueissore-presenteumprojeto.Depois,aexcelêncianacaptação.Acreditoqueapenasasorganizaçõescapazesdeestrutu-rar-sedestamaneira-selecionandocritériosbemdefini-dos,remunerandoadequadamenteeinvestindoemseusquadros-irãoatrairpotenciaisdoadores,poistodoselesfarão questão de trabalhar com organizações transpa-rentesqueapresentemresultadosesperadosconformeodeterminadonoprojeto inicial, destacando-se assim,pelacompetêncianaexecução”(CAMPOS,2002:03).

Para a estruturação do voluntário são necessárias algumas etapas in-ternas que envolvem questões ligadas a gestão de pessoas, recursos, estrutura física disponível e, acima de tudo, uma visão de futuro.

Por vezes se deseja os benefícios do Voluntariado, mas não se deseja o trabalho que a administração do Voluntariado exige.

É importante que a OSC reflita sobre a sua vontade, necessidade e condições de estruturar atividades de Voluntariado, abordando todas as questões envolvidas:

• Comoéainteraçãodovoluntáriocomanossaorgani-zação?Estamossatisfeitoscomessemodelo?

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

• Comoenxergamosaatuaçãodovoluntárioemrelaçãoa nossamissão? E em relação a nossa atuação?Onossovoluntáriocontribuiparaqueelasseconcreti-zem?Como?

• Quaisrecursos(humanosefinanceiros)dispomosparaummodelodeVoluntariadomaisestruturado?Quere-mosinvestirnisso?

No momento que a uma organização decide estruturar seu processo de Voluntariado ou aprimorar seu processo existente, surgem aspectos que devem ser contemplados, para que essa iniciativa tenha sucesso.

1 - Definição do responsávelpelo Voluntariado dentro da OSC

Essa definição é crucial para o sucesso das atividades de Voluntariado. Quando o voluntário chega a OSC ele busca uma pessoa que poderá aco-lhe-lo e orientá-lo em sua participação. Da mesma forma, as empresas também buscam interlocutores dentro das organizações para que pos-sam realizar parcerias, disponibilizar voluntários e trocar experiências.

A falta de um ou mais responsáveis pela coordenação do Voluntariado dificulta o processo de integração, a concretização de parcerias, a per-manência dos voluntários no projeto, a legitimação da OSC e o aprimora-mento de sua atuação. Não ter uma pessoa que responda pela OSC em relação ao seu Voluntariado é interpretado pela sociedade como a pouca valorização, por parte da organização, da atuação voluntária.

Masatenção,oresponsávelpeloVoluntariadodeveserumapessoaquepossuaperfilehabilidadesparaessafunção.Deve estar intei-rado sobre todos os aspectos da organização e deve participar das re-uniões estratégicas da equipe. Não é aconselhável que se destine essa função a uma pessoa que não integra a equipe de funcionários ou que já exerça funções dentro da organização, porém pouco relacionadas com a gestão de projetos e pessoas.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

O mais comum em OSC é que os poucos funcionários que compõem a equipe acumulem trabalhos e funções. Nesse caso é indicado que o res-ponsável pelo Voluntariado seja aquele que possui o perfil mais próximo de um coordenador de projeto.

Dependendo do tamanho e estrutura da instituição, e sobretudo o nú-mero de voluntários sob sua responsabilidade, o Coordenador de Volun-tários precisará ter várias habilidades específicas. Numa situação ideal, este profissional deverá possuir...

• Capacidadeparaperceberasnecessidadesdocontex-to social;

• Habilidadeparaouvireenvolverooutro;• Capacidadeparaestabelecerumacomunicaçãoefetiva;• Disposição para integrar-se a grupos e trabalhar em

equipe;• Habilidadeparaplanejar,organizar,delegaresupervi-

sionarprojetos;• Capacidadepararefletiracercadesuapráticaeconcei-

tualizarsobreaação;• Capacidadeparagerarmudançaseparamotivar tais

mudanças;• Habilidadeparaavaliaratarefa;• Habilidadeparaestabelecerumacomunicaçãointrae

interinstitucional;• Habilidadeparaorecrutamentoemotivaçãodefuturos

voluntários;• Envolvimentoconscienteecomprometidocomospro-

jetos;• Capacidadeparacoordenargrupos,habilidadeparaas-

sumirliderançademocráticaedeserumfacilitadordatarefagrupal;

• Conhecimentodastécnicasgrupais;• Habilidadenanegociaçãoeresoluçãodeconflitos;• Capacidadededecisão;• Capacidadedefacilitarosvínculoscomoutrasinstitui-

ções.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

O Voluntariado ficará sobre a responsabilidade dessa pessoa, mas é fundamental que todos os integrantes da organização estejam envolvi-dos com o processo de Voluntariado. Para que o Voluntariado aconteça é necessário que ele seja visto como estratégico, tanto pelos dirigentes e funcionários, quanto pela própria comunidade.

As funções gerenciais tradicionais incluem planejamento, organização,direção e controle. Algumas responsabilidades essenciais da função são:

Planejamento:

• Problemasenecessidadesdainstituição• Objetivos,ações• Desenhodetarefasvoluntárias

DireçãoeCoordenação:

• Descriçãodaatividadeaserdesenvolvidapelovolun-tário• Descriçãodeperfildovoluntario• AcolhimentodoVoluntário• Orientação/Supervisão• Reconhecimento

Monitoramento:

• Avaliação • Retroalimentação (feedback) e manutenção do com-promisso.

2 - Definição do objetivo daatividade de Voluntariado

Quando estruturamos o Voluntariado, passamos a gerir um processo. Como todo processo, deve ser claro em seu propósito, ter as suas me-tas e objetivos definidos, sua coordenação específica, seu público-alvo, seus participantes, as atividades a serem realizadas e os resultados a serem alcançados.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

No momento de estruturar o Voluntariado, a OSC deve refletir sobre as seguintes questões:

Justificativa:porquefazer?OquequeremoscomumVoluntariadoestruturado?

Objetivo: O que fazer? Quais são os objetivos e metas a serem alcan-çados, ao criamos uma atividade ou um processo de Voluntariado? Aqui não se trata dos objetivos das ações voluntárias, mas sim do objetivo da própria atividade.

Grupode trabalho: Quem está disposto a fazer parte? Qual pessoa será responsável pela coordenação? Quem será o contato da OSC para o Voluntariado? Quanto tempo por dia essa pessoa dedicará a gestão do Voluntariado? Quais são as suas atribuições?

Públicoalvo: A quem se destina esta atividade de Voluntariado? Quan-tas pessoas serão atendidas com as atividades voluntárias? Qual é a faixa etária? Quais são os interesses dessas pessoas? Lembre-se de incluir também o voluntário como público-alvo. Sugestão: uma pesquisa com os atendidos e com os voluntários.

Planodeação: Como fazer? Quais são as etapas e fases necessárias? Em primeiro lugar deve-se desenhar o cronograma do processo: Início, comunicação sobre ele, quem faz o que e quando, materiais necessá-rios, definição de atividades e projetos que o comporão, treinamento dos voluntários, número de horas necessárias para cada etapa, local, periocidade, entre outros. Após essas definições, planeje as atividades possíveis de serem realizadas por voluntários, alinhadas a atuação da OSC, que contribuam para: o aprimoramento do atendimento da OSC; para que a OSC cumpra a sua missão; para a melhoria dos processos de gestão, tanto interna como externa; para a comunicação sobre a OSC – com a comunidade, com o público interno e com os beneficiados; para a sustentabilidade da organização.

Cronograma: Quando? Qual o tempo necessário e que será previamen-te reservado para cada etapa? Inclua aqui um cronograma anual com to-das as etapas do processo. Para cada projeto ou ação voluntária plane-jada, será necessário a criação de um cronograma específico para ela.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

Recursos: Quanto é necessário para a realização da atividade – em recursos materiais, humanos e financeiros? Quais serão os parceiros envolvidos?

Avaliação: Deverá ser realizada periodicamente. Estamos alcançando os objetivos propostos para nossa atividade? Como nosso voluntário tem avaliado nossa atuação e suporte? Como a comunidade tem reagido a atividade voluntária? Quais são nossos resultados?

3 - Planejando as ações eprojetos de Voluntariado

Essa etapa implica em realizar um diagnóstico de nossa atuação, verifi-car o que realizamos, como realizamos e como podemos aprimorar nos-sa intervenção na comunidade. Resumidamente é elencar os elementos fundamentais que explicam uma realidade determinada, para poder pro-gramar, a seguir, uma ação transformadora coerente e mais eficiente.

Feito esse levantamento, passamos a elencar todas as possibilidades de ações ou projetos que possam ser desenvolvidos por voluntários e que estejam alinhados a atuação e missão da OSC. Deve-se tomar o cuidado de selecionar as atividades que façam sentido para todos os envolvidos.

1 2 3

4 5

Diagnóstico

Apontar as Forças, Fraquezas, Oportuni-dades e Ameaças e

mensurá-las.

Mapa

Definir Missão, Visão e Valores e construir o Mapa Estratégico com as Perspectivas e os

Objetivos

ProjetoseProcessos

Elencar os Projetos e Processos vinculados aos Objetivos Estraté-

gicos.

Ações

Detalhar o plano de ação de cada Projeto e Processo com prazos e

responsáveis

Indicadores

Criar os Indicadores em 3 níveis (operacio-nal, tático e estratégi-co) e definir as metas.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

Lembre-se:voluntáriossóatuamnaquiloqueacreditameemati-vidadesquelhespossibilitemenxergaroseupapelequaléasuacontribuiçãoparaamelhoriadavidadooutro/causa.

No momento de planejar as atividades voluntárias é importante consultar:

• A equipe/funcionários da OSC, pois muitas ideiaspodemsurgirapartirdavivênciaedaatuaçãodecadaumdentrodaorganização;

• Osvoluntáriosqueatuamoujáatuaramdentrodaor-ganização,poiscertamenteterãoótimasideiasparaoaprimoramentodasatividadesounovasideiasquepo-derãoserincorporadas,apósanálise;

• Osbeneficiados,querepresentamosmaioresinteres-sadosepodemsugeriratividadesquegostariamdede-senvolver/participar.

• A comunidade do entorno, que poderá acrescentarnovosolharesepotencialidadesnãopercebidaspelaorganização.

Criar um grupodetrabalho que ajude a pensar o Voluntariado pode ser uma ótima estratégia para a sua estruturação. O grupo poderá atuar no início, durante o desenho da atividade; poderá servir como um conselho, que se reúne em datas determinadas para refletir sobre o andamento da atividade e seus novos rumos; ou poderá fazer parte da gestão, partici-pando semestralmente ou anualmente em reuniões estratégicas. Quanto mais diversificado for o grupo, mais enriquecedor será o processo. O coordenador do Voluntariado deve conduzir o trabalho, sendo o media-dor do grupo.

Dicas para planejarações/projetos voluntários

1. Levantarideias: com a equipe, voluntários e beneficiados

2. Levantamento das necessidades e potencialidades: certamente surgirão muitas ideias. Para ser mais eficiente na primeira seleção, cada atividade apontada poderá ser classificada em:

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

A) Responde a uma necessidade

B) Incentiva uma potencialidade

Poderá ser montada uma lista, classificando as atividades em uma das categorias. A segunda atribuição é classificar cada atividade por grau de importância. Com isso já se pode ter uma ideia da dimensão do desafio e ajustá-lo as possibilidades atuais.

1. Análise das atividades classificadas: Estão alinhadas com a missão da OSC? São passíveis de serem realiza-das? Por voluntários? Quais os conhecimentos prévios ou habilidades necessárias para o desenvolvimento dessa atividade? Haverá necessidade de treinamento para a sua execução? Qual o recurso necessário para que seja rea-lizada. Nesta questão pode-se aplicar as orientações da Gestão de Projetos

2. Resultados esperados: Os resultados esperados com cada atividade contribuem efetivamente para a causa da OSC? Qual o valor agregado? Temos como verificar os avanços e os resultados alcançados, após a atividade? Quais são os indicadores?

3. Preparaçãodasatividades: Esta etapa é muito importan-te. De acordo com os interesses, disponibilidades e recur-sos humanos disponíveis, a OSC poderá dividir suas ativi-dades em ações pontuais e ações contínuas, presenciais e à distância:

Açõespontuais– São aquelas de curta duração e que não exigem uma continuidade. Podem ser: eventos em geral, festas temáticas, um dia de recreação, uma ativi-dade esportiva, uma caminhada em prol de uma causa, palestras, sessão de cinema, música e dança, sessão de teatro, rodas de conversas dos mais variados assuntos, oficinas de arte, artesanato, reciclagem, orientações le-gais, orientações sobre o mundo do trabalho, digitação de nota fiscal, organização de um espaço, entre outras

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

possibilidades. Geralmente acolhem um número maior de voluntários.

Açõescontínuas/projetos– São aquelas que tem uma duração média ou longa, com uma periocidade semanal, quinzenal, mensal ou bimestral e que englobam várias atividades e/ou etapas. Podem ser: oficinas contínuas (artesanato, costura, pintura, música, dança, teatro), projeto de incentivo à leitura, projeto de formação es-portiva, atendimento aos beneficiados, cursos diversos (informática, gestão de pessoas, gestão de tempo, apre-sentações eficientes, mentoria, gestão contábil, gestão organizacional, entre outros). Geralmente essas ações/projetos são executadas por um número menor de vo-luntários.

Presenciais–Realizadas com a presença física do vo-luntário, no local da ação. Esta é a forma mais comum de atividade dentro de ações de Voluntariado.

Àdistância–Executadas à distância. O voluntário não necessita estar no local da ação. Podem ser online ou não. O Voluntariado digital tem crescido como um movi-mento que atende o desejo do voluntário em contribuir, mas que não disponibiliza de tempo. Esse modelo faci-lita sua participação, por não ter que estar presente no local, evitando que o voluntário deixe de participar pelas demandas de trabalho, familiares e pessoais. Para saber mais sobre o Voluntariado digital acesse: Voluntariado Digital: http://fundacaotelefonica.org.br/wp-content/uploads/pdfs/volunt_digital_web.pdf

Atenção:osvoluntáriosnãosubstituemamãodeobraremunerada.NãosãofuncionáriosdaOSCe,portanto,podemespaçaroumes-mointerrompersuaatuação,aqualquermomento.AOSCdeveserorganizarparateroseuquadrodefuncionáriosremunerados.OsvoluntáriospoderãoorientaraOSCemseuplanejamentofinancei-ro,paraqueelaalcanceestabilidadeesustentabilidade.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

Açã

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

4 - Mobilizando voluntários O desafio de Mobilização de pessoas depende de excelentes ferramen-tas de comunicação. Não nos engajamos naquilo que não conhecemos!

O voluntário precisa ser convidado, precisa ser encorajado a fazer parte. O grande desafio é comunicar com emoção e clareza o que se espera do voluntário, onde, como, com quanto tempo e com quais talentos po-derá contribuir; mostrar quais ferramentas podem ser usadas para mo-nitoramento e avaliação do impacto das atividades, realizar o registro das ações e a divulgação dos resultados. Interessante entendermos que mobilizar pessoas para o Voluntariado é propagar uma causa importante e mundialmente reconhecida. Mas é preciso fazer a propaganda desse produto, chamar atenção das pessoas para que se identifiquem com ele! Fazer a publicidade da causa, projeto, organização, do público que será beneficiado, dos impactos esperados e das atividades já realizadas, con-tribuem para atrair pessoas que desejam colaborar com o que possuem

de melhor: seu tempo, talento e trabalho.

Paraumamobilizaçãoeficiente:

Um dos pontos principais numa comunicação para a mobilização está relacionado a 3 aspectos essenciais:

A OSC deve divulgar sua causa, atuação, resultados alcançados e opor-tunidades de atuação voluntária em todos os meios possíveis. Quanto maior a comunicação, maior é a visibilidade. Quanto maior a visibilidade, maior o interesse das pessoas em participar.

Salientamos a importância de criar uma comunicação que esteja focada no trabalho da instituição e o quanto ela tem contribuído para a qualida-de de vida de seus beneficiários. Ela deve encantar, despertar interesse, engajar pessoas.

Clareza Objetividade Sensibilidade

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

Poderá ser definido um período determinado para uma campanha mais robusta, intensa ou optar por uma divulgação mais contínua ou, prefe-rencialmente, para ambas, apenas decidindo estratégias diferentes para cada uma delas.

Comopodemoscomeçar?

A organização deve procurar planejar sua ação de mobilização com base em algumas referências:

• Qualamelhormaneirademobilizarmosasempresas?Osestudantes?Acomunidadedenossoentorno?

• Qual amelhor forma de comunicação a ser utilizadaparacadapúblico?

• Qualoconteúdodessacomunicação?

• Poderemosusaramesmaestratégiaparatodososseg-mentosdacomunidade?

• Que recursos iremos utilizar? A organização dispõedesses recursos?

• Acampanhademobilizaçãoduraráquantotempo?

Pode-se facilitar o trabalho de mobilização se este for coordenado por um coletivo – funcionários da instituição, voluntários já engajados, co-munidade escolar e parceiros. A presença dos diferentes públicos certa-mente corrobora as escolhas das melhores estratégias para se chegar a cada um deles.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

CitamosalgumasestratégiasparaaMobilizaçãodosdiferentespúblicos:

• Elaboraçãodeumlivretooujornal(comimagens,dia-logado)parapublicaçãoonline;

Elaboraçãodecarta-convite;

Panfletagemnasruas,mobilizandoparaumdiadepa-lestrasobreoassuntodetrabalhodaorganização:OqueéEquoterapiaeoseupropósito;

Estabelecimentode“DiadeAtuaçãoVoluntária”paraummutirãocomomeioparachamaraatençãodaso-ciedade de Catalão;

Promoçãodepalestras,semináriosde trocadeexpe-riênciascomoutrasorganizaçõesafinsoucomplemen-taresquequeiramsomaresforços;

Utilizaçãodemeiosvirtuaisparadivulgaçãodamobili-zação;

Criaçãodecanaisvirtuaisparapromoveraparticipa-ção;

Divulgaçãopormeiodejornaiscomunitários,associa-çãodemoradoresououtrosespaçoscomunitários;

PalestrasnasescolaseempresassobreaimportânciadoVoluntariadocomoparticipaçãocidadãedesenvol-vimentodecompetênciaspessoaiseprofissionais.

AlgumasTáticas

Agirintensamentenasmídiassociaisdainternet;

Usointensodasnovasferramentastecnológicasein-serçãonasRedeSociais(sites,portais,blogs,compar-tilhamentodevídeos,etc);

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

Campanhas promocionais: para despertar o interes-sedopúblicopode-sepublicarfotos,mensagensnosblogs, organizar eventos e encontros presenciais eonline;

FortalecersuaRededecontatoscomnotícias,convitesereconhecimentos;

Assegurar que as pessoas encontrem os conteúdossobreaorganizaçãodemaneirasimpleserápida.

Masatenção:énecessárioqueumapessoadaorganizaçãoali-menteessaspáginasconstantementeerespondarapidamenteasmensagens. O mundo online é mais fácil e mais barato para as OSCs, mas é importante cuidar da divulgação, da conversa com os internautas/usuários, responder rapidamente, cuidar do design da comunicação, uti-lizar também as ferramentas gratuitas e sempre convidar amigos para acompanharem as páginas e divulgarem em suas redes.

Participardeeventospúblicoseconseguirespaçosparaadivulga-çãodaOSCtambémtemsemostradoumaexcelenteestratégia. Al-gumas OSCs apostam no estabelecimento de redes de contato, quando se unem para a divulgação coletiva, aproveitando as mídias disponíveis, tais como jornais, rádios, TVs.

Eporfim,temosadivulgação“bocaaboca”,quesemostramuitoeficiente.Quanto melhor for a experiência do voluntário junto à organi-zação, mais pessoas ele atrairá com seu depoimento e entusiasmo.

Seleção e recrutamento

Uma das tarefas mais difíceis do trabalho do Coordenador das ativida-des de Voluntariado é encaminhar e conseguir uma boa colocação dos voluntários nas tarefas para as quais estão capacitados. É muito im-portante não recomendar tarefas para as quais o voluntário não esteja habilitado.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

Atarefadeseleçãobemrealizadadeve:

• Tomar cuidado para não selecionar apenas pessoasamáveis ou agradáveis (segundo nosso critério), ousomenteaquelesquetêmvontadedetrabalhar.Éne-cessáriolevaremcontaashabilidadesecompetênciasdo voluntário;

• ContarcomahabilidadedocoordenadordeVoluntaria-donasentrevistas,evitandoumaseleçãodeficiente;

• Serpacientenomomentodaseleção.Umprocessodeseleçãodeficientepodeprejudicaroutrosvoluntáriosoucausarproblemasao trabalhodaseventuaisequi-pesprofissionaiseatéaosbeneficiários.

Ao se elaborar e definir com clareza as tarefas que os voluntários devem realizar é possível que eles mesmos desistam no momento da seleção, o que resultará num ganho de tempo e energia.

Uma boa seleção inicia com:

A)Cadastro

As formas de cadastramento podem ser:

1. O preenchimento dos dados poderá ocorrer por e-mail ou presencial

2. Palestra sobre o trabalho voluntário na organização. Essa é uma maneira de sensibilizar um número considerável de pessoas, que serão convidados para um processo de entre-vista com o coordenador do Voluntariado

3. Cadastro via telefone ou Internet (ficha cadastral disponível no site), sendo uma opção que facilita a manifestação de in-teresse de atuação dos voluntários, exigindo, contudo, maior atenção na hora da entrevista.

A Global Communities Brasil disponibilizará uma ferramenta virtual como sugestão para um banco de dados de Voluntários.

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B)Entrevista

Ao entrevistar o potencial voluntário é aconselhável pergun-tar-lhe:

1. Por que está interessado em desenvolver um determinado trabalho;

2. Averiguar o que ele pode oferecer a ação voluntária e quais habilidades físicas ou intelectuais gostaria de desempenhar;

3. Conhecer os hobbies e interesses do candidato, sua famí-lia e trabalho;

4. Uma boa maneira de começar uma entrevista é falar sobre os dados fornecidos pelo próprio voluntário ao preencher a fi-cha cadastral. Começar falando de um hobby pouco comum, de alguma afinidade que o entrevistador e a pessoa têm em comum, de uma experiência anterior, é uma forma de quebrar o gelo que se instala na entrevista;

5. Os Coordenadores de atividades de Voluntários costumam ser tão entusiastas da sua organização, ou tão ávidos na bus-ca de voluntários que acabam fazendo uma propaganda ex-cessiva durante a entrevista. Lembre-se: não é favor nenhum à associação ou aos demais voluntários selecionar gente ina-dequada. Se o voluntário necessário não aparecer é melhor esperar.

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Competência 03Estruturação

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Roteiro para uma boa entrevista

1. Elaborar previamente o questionário;2. Cronometrar o tempo necessário, incluindo uma pausa (no máximo de uma hora);3. Esforçar-se para criar uma relação de confiança com o entrevistado. Fazer com que o entrevistado se sinta à vontade, oferecer café ou chá, não falar ao telefone ou distrair-se com outra pessoa;4. Identificar sua organização;5. Oferecer sua discrição. Garantir sigilo sobre as informações fornecidas;6. Explicar o objetivo da entrevista;7. Usar uma linguagem simples e acessível;8. Fazer perguntas curtas, uma de cada vez e num tom amigável;9. Não começar fazendo perguntas delicadas ou difíceis de responder;10. Preferir perguntas que demandem uma explicação (abertas) ao in-vés de perguntas que sejam respondidas com um SIM ou com um NÃO (fechadas);

11. Não incluir na pergunta a sua opinião, nem sugerir respostas;12. Não sugerir respostas se uma pergunta não for respondida;13. Ouvir com atenção e, se for preciso, pedir mais detalhes;14. No caso de silêncios ou quando for preciso algum esclarecimento,

refazer a pergunta após um certo tempo;15. Evitar a repetição de uma pergunta cuja resposta tenha sido satisfa-tória;16. Prestar atenção à comunicação não verbal do entrevistado;17. Considerar que os entrevistados podem responder, segundo o seu nível cultural, o que acreditam que o entrevistador deseja ouvir;18. Não reagir demonstrando incredulidade, presunção ou achando gra-ça das respostas recebidas;19. Reservar um tempo para que o entrevistado faça perguntas sobre a organização ou o trabalho a realizar e dedicar tempo suficiente para responder às suas perguntas;20. Tomar nota, durante a entrevista, destacando o conteúdo das res-postas, incluindo seus próprios comentários ou conclusões a respeito;21. Completar ou esclarecer suas anotações no mesmo dia da entrevista.

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C)Admissão

A OSC deverá informar ao candidato o prazo de duração do processo, quando ele receberá a confirmação sobre sua es-colha ou não para a vaga na ação.

No caso de uma negativa no processo de admissão a organi-zação deverá sentir-se tranquila para recusar candidatos que não preencham os requisitos preestabelecidos. Nesses ca-sos, é importante neste momento poder indicar outras oportu-nidades na própria instituição ou uma outra conhecida.

Quando devemos dizer NÃO a um potencial voluntário deve-mos ser transparentes, porém sem demonstrar à pessoa que ela não se ajusta às necessidades. Por exemplo, se dizemos a uma pessoa que não tem a capacitação específica suficien-te para determinado trabalho também específico, fornecemos um dado objetivo que será menos doloroso que uma negativa subjetiva. Dizer NÃO é uma tarefa difícil e devemos usar de muita sensibilidade e cuidado.

E como se dá o Recrutamento?

Recrutamento é um conjunto de procedimentos ou atividades desenha-das que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização.

As organizações escolhem as pessoas que desejam como funcionários e as pessoas escolhem as organizações onde pretendem trabalhar e aplicar seus esforços. Trata-se de uma escolha recíproca que depende de inúmeros fatores e circunstâncias. Mas para que essa relação seja possível é necessário que as empresas comuniquem e divulguem as suas oportunidades de trabalho a fim de que as pessoas saibam como procurá-las e iniciar seu relacionamento.

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Oprocessoderecrutamentoédeterminanteparaosu-cessodaorganizaçãoseduzir,recrutarereterpessoas.Oseupapelédivulgarnomercadoasoportunidadesqueaorganizaçãopretendeoferecerparaaspessoasquepos-suamdeterminadascaracterísticasdesejadas.(CHIAVENATO;2004,p.102)

Este conceito também se estende às OSCs que buscam complementar, potencializar e qualificar sua atuação social com o apoio do Voluntaria-do. Portanto, ter a pessoa certa no lugar certo é o que poderá garantir a satisfação da relação voluntário – OSCs.

Quais são os passos?

O processo deve primeiramente definir a atividade que necessita de vo-luntário, descrever a função que será exercida e por fim definir o perfil da pessoa adequada para preenchê-la. A partir daí será possível determinar onde poderão ser encontrados os candidatos mais adequados.

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Definição do perfil do voluntário

A ficha de cadastro permite levantar dados que poderão compor o per-fil do voluntário que está se candidatando, contribuindo para que o coordenador possa direcioná-lo para uma atuação mais gratificante e promissora.

Em caso de uma atuação com habilidades específicas, o coordenador deverá definir, previamente, o perfil do voluntário que é mais adequado para essa função e recrutar entre os diversos perfis cadastrados, ou di-vulgar essa oportunidade na comunidade, entre voluntários, patrocina-dores, site e mídias sociais.

Durante a entrevista o coordenador poderá aprofundar as informações contidas no cadastro, procurando formar o perfil desse voluntário. Ao encerrar a entrevista, deverá anotar no próprio cadastro do voluntário

as suas percepções quanto a:

• Comunicação: capacidade de expressão, fluência oral, arti-culação do pensamento, capacidade de síntese, clareza da comunicação.

• Características de personalidade:

• Introvertido - esse tipo de pessoa é pensativo, introspec-tivo e resistente às influências externas. O introvertido normalmente é mais inseguro ao lidar com pessoas e situações.

• Extrovertido – é quem direciona seu foco de atenção e sua energia para os acontecimentos externos – ten-dendo a ser, por isso, mais sociável e influenciado pelo ambiente exterior.

Outras características podem ser observadas durante a entrevista: ansiedade; calma; rapidez no entendimento do que é proposto; necessidade de maiores informações para responder ao que é perguntado; vivacidade na fala; morosidade na fala, entre outros.

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• Postura: a forma como a pessoa se posiciona fisicamente frente ao entrevistador também pode fornecer pistas sobre o seu perfil. Pessoas mais extrovertidas tendem a se po-sicionarem de forma mais tranquila, ocupando o espaço, tendo uma postura acolhedora. Pessoas mais introverti-das tendem a se mostrarem mais fechadas corporalmente, mostrando uma certa rigidez nos movimentos.

O entrevistador deverá acolher o voluntário e deixa-lo o mais à vonta-de possível, para que ele se comporte com naturalidade e responda as questões com tranquilidade. Uma boa observação ajudará a formar o perfil do voluntário, aliada ao conteúdo das respostas dadas no formu-lário.

Outra forma de fazer o voluntário a refletir um pouco sobre o que ele está buscando é disponibilizar a ele uma ferramenta / formulário para ele refletir um pouco sobre suas expectativas. Como neste exemplo abaixo:

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

Reflexões para seuautoconhecimento voluntário

Aqui vamos descobrir como você pode contribuir e satisfazer sua vontade de realizar o bem!

Você já fez trabalho voluntário? Das atividades que você gosta e sabe fazer, qual você gostaria de realizar e se sente capaz de repassar, ensinar? ( ) Sim ( ) Não

_____________________________________________________________________________________________

Gostaria de atuar em sua área de formação?

( ) Sim ( ) Não ( ) TalvezQuais dias da semana você tem dispo-nibilidade para o voluntariado?

Eu tenho vontade de ser voluntário por quê? ( ) Seg ( ) Ter ( ) Qua ( ) Qui ( ) Sex ( ) Sáb

( ) Preencher meu tempo ( ) Dom ( ) ___________________

( ) Exercer liderança ( ) Ser reconhecido Período disponível para o voluntariado:( ) Dar retorno social ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite( ) Influenciar políticas públicas ( ) ___________________________( ) Ser útil ( ) Crescer Disponibilidade de tempo para o volun-

tariado:( ) Sentir prazer no que faço ( ) Semanal ( ) Quinzenal ( ) Mensal( ) Testar se acertei na escolha da minha profissão ( ) Anual ( ) _________________( ) __________________________________

As escolhas que você fez acima o aju-darão a aplicar seu tempo e talento de forma prazerosa para você e de uma maneira muito importante para a insti-tuição social. Além disso, também de-monstrará seu potencial de trabalho voluntário em atividades pontuais ou em uma atuação sem sair de casa, realizando atividades voluntárias em seu ambiente doméstico. Lembre-se que não é apenas em organizações sociais que podemos transformar a sociedade! Em nossa comunidade há muito a ser feito.

Como gosto de trabalhar? ( ) Sozinho ( ) Em equipe ( ) Liderando pessoas ( ) __________________________________

Com quais públicos ou áreas você quer trabalhar?( ) Crianças ( ) Adolescentes( ) Idosos ( ) Doentes( ) Natureza ( ) Meio ambiente

( ) Adultos ( ) Consumo Consciente ( ) __________________________________

O que você quer fazer?( ) Brincar ( ) Oficina de Artes Marciais ( ) Oficina de Costura( ) Cantar ( ) Assistente Social ( ) Oficina Culinária( ) Conversar ( ) Atendimento

Administrativo/Financeiro( ) Oficina de Dança

( ) Costurar e bordar ( ) Atendimento Contabil ( ) Oficina de Estética( ) Cozinhar ( ) Atendimento Jurídico ( ) Oficina de Idiomas( ) Cuidar de Plantas ( ) Atendimento Odontológico ( ) Oficina de Informática

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( ) Cuidar de animais ( ) Atendimento para Visibilidade ( ) Oficina de Jardim e Horta

( ) Dirigir ( ) Atendimento Pedagógico ( ) Oficina de Música( ) Ensinar ( ) Atendimento Psicológico ( ) Oficina de Teatro( ) Escrever ( ) Atendimento Psicopedagógico ( ) Oficina de Esportes( ) Exercer minha profissão ( ) Atendimento Recursos Humanos ( ) Oficina de Yoga( ) Fazer Consertos ( ) Atividades Administrativa ( ) Palestras( ) Ler ( ) Bibliotecário (a) ( ) Pesquisa( ) Praticar esportes ( ) Costura ( ) Professor (a)( ) Acompanhamento de Grupos ( ) Cozinha ( ) Recreação( ) Acompanhamento Escolar ( ) Doações e Brechó ( ) Recreação para Idosos( ) Acompanhamento Pessoal ( ) Enfermagem ( ) Serviços Gerais( ) Arquitetura e Paisagismo ( ) Engenharia ( ) Traduções( ) Motorista ( ) Estética ( ) Publicidade e Propaganda( ) Nutrição ( ) Fotografia e Filmagem ( ) Marketing( ) Oficina de Artes ( ) Informática ( ) Visitas

( ) Maternagem

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5 - Treinando os voluntários

Todovoluntário temodireitodeser treinadoeorientadoemsuaatuação.

O treinamento do voluntário não se limita a orientação para a ação. O treinamento inicia na recepção e na integração do voluntário, e deve ser conduzido com cuidado e com total relevância.

Por conta da demanda do dia a dia, a maioria das OSC não promovem a integração e orientação do seu voluntário, realizando apenas pequenas capacitações para aquelas atividades que exigem um conhecimento técnico específico.

ApesquisadoDatafolharealizadaemdezembrode2014ouviu2.024pessoasem135municípios.Entreosmoti-vosparanãoservoluntário,“faltadetempo”foiomotivoalegadopor40%dosentrevistados.Outrasrazõesapon-tadas foram: “nunca foramconvidados” (29%), “nuncapensaramnessapossibilidade”(18%)e“nãosabemondeobterinformaçõessobreisso”(12%)

Outras pesquisas realizadas com pessoas que compareceram as OSCs com o intuito de atuar voluntariamente e desistiram logo em seguida, revelaram que a maioria ficou decepcionada e frustrada com a recepção dada pela organização. Alegaram que foram jogados de um lado para o outro, sem orientações e que não houve um encaminhamento correto por parte da pessoa que os recepcionou. Muitos iniciaram a atuação voluntá-ria, mas foram colocados em funções muito aquém de sua capacidade, substituindo possíveis funcionários. A falta de informações detalhadas, o pouco acolhimento e a desorganização da OSC foram apontados como as principais causas da desistência.

Ovoluntárioémovidopelodesafioepelasuacapacidadedesupe-rá-lo.Proporatividadesmaçantesouquenãoprovoquemacapa-cidadederealizaçãodovoluntárioéoprimeiropassoparaqueeledesistadeseengajarnaorganização.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

Por isso conhecer o perfil do voluntário é tão importante, para que se possa vislumbrar onde o seu potencial poderá ser mais útil para a orga-nização, atendendo também aos seus interesses e expectativas.

A.Dicasdecomorecepcionareintegrarovoluntário

• Estabeleça os dias e horários para a recepção dos volun-tários, de acordo com a disponibilidade da equipe ou do coordenador.

• Divulgue as datas e horários para o recebimento de volun-tários no site, em folders sobre a OSC, em cartazes afixa-dos na própria organização e/ou na comunidade (igrejas, associação de moradores, escolas, entre outras).

• Utilize as redes sociais para divulgar as informações sobre a OSC e sobre o seu Voluntariado.

• Caso o voluntário compareça espontaneamente em outra data, oriente a recepção para que ele preencha uma ficha onde deve constar os seus dados pessoais, seu campo de interesse, sua disponibilidade de tempo e horário, comentá-rios sobre o porquê deseja ser um voluntário, seus hobbies, habilidades, profissão, enfim, tudo que possa compor o seu perfil.

• Caso seja possível para o coordenador ou responsável, converse rapidamente com o voluntário, para que ele se sinta acolhido desde o seu o primeiro contato.

• Disponibilize folhetos, folders ou folhas simples com as in-formações sobre a OSC, o perfil das pessoas atendidas, a equipe que a compõem, a atividade de Voluntariado da OSC e o nome da pessoa de contato. Divulgue também as atividades em andamento, as vagas existentes, os projetos ou ações em potencial.

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• Agende um horário com o voluntário para que ele possa participar da reunião de integração e do treinamento. Com isso o voluntário poderá refletir um pouco mais sobre seu desejo de atuar na organização, com base nas informações disponibilizadas. Outro fator importante é a otimização do tempo, pois em um único encontro todos os interessados serão devidamente recepcionados e passarão pela mesma integração e acolhimento. Realize a integração mesmo que só exista um candidato interessado.

• De acordo com a disponibilidade de tempo do coordenador ou responsável, estabeleça uma integração semanal, quin-zenal ou mensal.

ContatocomocoordenadordoVoluntariadodaempresa

Geralmente esses profissionais possuem uma agenda muito concorrida e muitas vezes são demandados pela Diretoria para que estabeleçam um rápido contato com a OSC. No caso da procura de um desses pro-fissionais, procure flexibilizar o atendimento e agende uma reunião para conhecer as necessidades e interesses da empresa em relação ao Vo-luntariado. Ótimas parcerias podem surgir a partir desse encontro.

Caso se estabeleça uma parceria entre a empresa e a organização para a realização de uma ou mais ações voluntárias, estabeleça previamente com o coordenador uma reunião de apresentação da OSC para os vo-luntários da empresa. Aborde, também, o que é esperado deles durante a sua atuação.

Essa reunião poderá acontecer antes da realização da ação ou no pró-prio dia, no local onde será realizada. Reserve meia hora para apresen-tar a OSC, sua missão e a sua atuação, valorizando a presença dos voluntários e da empresa.

B.Treinamentoinicialdovoluntário

No encontro de treinamento o voluntário conhecerá melhor a organiza-ção, tirará dúvidas, será orientado sobre o papel de um voluntário, sobre a atividade de Voluntariado da OSC e sobre as oportunidades de atua-ção. Reserve pelo menos 40 minutos para essa integração.

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Passo a passo do treinamento:

• RealizeumavisitaguiadaaOSC,mostrandoasuaes-trutura,asatividadesdesenvolvidas,aequipedaorga-nização,apresentandotodososfuncionáriosporondepassarem:cozinheiras,merendeiras,auxiliaresdelim-peza, educadores, recepcionistas, voluntários, direto-res, entre outros;

• Apósavisita,retornemparaasaladereuniõeseconti-nuefornecendoasinformaçõesqueconsiderarimpor-tantes,alémdeabrirespaçoparaperguntasequestio-namentos;

• Entregueaovoluntárioumfolhetocomadescriçãodoqueseesperadele:quesejaconfiável,pontual,discre-to,entreoutras.Conversecomelesobreessesaspec-toseverifiqueseeleconcordacomtodososaspectoslevantados;

• Explique sobre os direitos e deveres do voluntário.Conversemarespeitodoassunto;

• Verifiqueseovoluntárioleuomaterialsobreasaçõesemandamentoeasaçõespotenciaisesedesejapar-ticipar em alguma delas. Caso ele tenha uma suges-tãoparaumanovaação,dialoguesobreoqueolevouapensarnessaaçãoecomoele imaginaquepoderáserrealizada.Exploretodasaspossibilidadesesugiramontaremjuntosoesboçodaação,comtodasassuasetapas,casovocêacreditequeelasejaviáveleinteres-santeparaaorganização;

• Leiaantecipadamenteoperfildosvoluntáriose,casoalgum deles apresente habilidades específicas quepoderão ser úteis, dialogue sobre a possibilidade decolocaressashabilidadesemproldaOSC.Respeiteadecisão do voluntário, se ele não desejar atuar na área específica;

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• Realizeumaouduasdinâmicasde integraçãocomogrupodevoluntários,paraquesesintamconfortáveisnogrupo;

• Parasensibilizá-los,poderãoserutilizadosvídeosmo-tivadoresevídeosdaprópriaorganização,ondeapare-çamosvoluntáriosemação;

• Aproveiteomomentoesugiraquesecandidatemasvagasexistentes,ouqueformemumgrupoparaexecu-tarumanovaação;

• Apresenteaestruturadeapoioqueseráfornecidaaovoluntárioeexpliqueasregrasquedeverãosersegui-das;

• Esclareçaquetodososvoluntáriosserãoacompanha-dosemsuaatuação,sendoavaliadoseorientados,pe-riodicamente.Comentequeosvoluntáriostambémirãoavaliar a OSC e a atividade de Voluntariado, de acordo comsuasvivências;

• GarantaquetodososvoluntáriosassinemoTermodeAdesãoaoServiçoVoluntárioemduasviaseoTermodeAutorizaçãodeUsodeImagem,preservandoaOSCdequalquerprocessotrabalhistaoucivil;

• Casosejapossível, aOSCpoderá ter umbotton, ca-miseta,cracháououtroelementoqueidentifiqueovo-luntário.Istopromoveosentimentodepertencimentodentrodogrupo.

C. Treinamentodovoluntárioparaaação

O desejo de contribuir com uma causa ou com alguém se torna eminente após a sensibilização e mobilização do voluntário. Ele está pronto para “colocar a mão na massa”. Neste momento o coordenador do Voluntaria-do já conhece o perfil do voluntário, suas habilidades e seus interesses, e a ação da qual irá participar ou desenvolver.

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O coordenador deve ser o grande incentivador da capacitação da equi-pe. Deve acompanhar as tarefas realizadas, e orientar as pessoas a se alinharem com os objetivos propostos. O voluntário tem responsabilida-de no desenvolvimento da atividade; seu maior desafio é fazer o trabalho da melhor forma possível. O fato é que o voluntário está todo o tem-po desenvolvendo habilidades e competências que muitas vezes eram desconhecidas para ele, o que significa que mesmo sem a habilidade necessária, um voluntário pode ser treinado para exercer uma atividade específica.

• Convocação - Todos os voluntários devem conhecer em detalhes a ação ou projeto onde estará envolvido. Deve saber o seu objetivo, as etapas, quem será responsável pelo que, em qual tempo, quais os resultados esperados, quantos beneficiados, o perfil do seu público-alvo, contex-tualização da comunidade e todas as informações que con-tribuam para que ele possa atuar com segurança.

• Treinamentoespecífico – quando a ação/projeto exige um conhecimento específico para ser executada, os voluntá-rios poderão passar por um treinamento que os capacitem a executá-la. Neste caso, um voluntário especialista irá orientar os novos voluntários, trazendo informações, téc-nicas e ferramentas que capacitarão os voluntários para a ação. Um exemplo disso é a capacitação em contação de histórias. Especialistas preparam os voluntários na arte de contar história, orientando sobre a entonação de voz, a interpretação dos personagens, o tempo de duração da história, os vícios de linguagem, entre outras técnicas, que permitirão que os voluntários atuem com maestria. Por vezes, para poder atuar em um projeto, o voluntário deve passar por uma capacitação anterior que pode durar 1 dia, uma semana, ou até mesmo 2 ou 3 meses. O tempo de dedicação do voluntário para a sua capacitação dependerá das especificações da atuação. Mas atenção: certas in-tervençõesnãopodemserexecutadasporvoluntários,poisexigeumaformaçãoprofissional.Psicólogos,psi-quiatras,psicopedagogos,enfermeiros,médicos,fisio-terapeutas, entreoutros,nãopodemsersubstituídosporvoluntáriosquenãosejamprofissionaisdaárea.

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Competência 03Estruturação

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Passo a passo do treinamento

1.Treinamentosimples

• Reserve 1 hora para conversar com os voluntários que atuarão numa ação específica e oriente-os sobre os passos de cada atividade;

• Apresente o plano de ação e comente em qual estágio ela se encontra;

• Informe quantos voluntários atuarão nessa ação e o que cada um irá realizar. Verifique se os voluntários estão con-fortáveis com o papel a desempenhar;

• Proponha uma roda de conversa onde todos os voluntários poderão expor suas dúvidas, suas expectativas e troca de experiências com base em atuações anteriores;

• Forneça todo o material necessário para que a ação seja realizada;

• Caso existam voluntários já atuando nessa ação, convide um deles para expor sobre os detalhes das atividades, as dificuldades enfrentadas, soluções encontradas e aprendi-zados obtidos. Essa troca integrará os novos voluntários aos antigos;

• Caso seja possível, coloque um voluntário mais experiente para acompanhar o novo voluntário em sua atuação inicial.

2.Treinamentoespecífico

• Pré-selecione os voluntários que possuem o perfil adequa-do e interesse em participar desse tipo de ação;

• Defina o número de encontros e os horários de treinamento de acordo com a especificidade da ação;

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

• Capacitação deverá ser realizada por um especialista na área;

• Forneça um certificado de conclusão do treinamento, ao final da capacitação;

• Designe um voluntário experiente para acompanhar o novo voluntário em sua atuação inicial.

Resumo dos principais pontos doTreinamento do Voluntários:

Identificar as tarefas específicas a serem assumidas pelos voluntários;

Listar as habilidades necessárias para a realização dessas tarefas; Listar as atitudes e comportamentos específicos que serão necessários para a realização adequada das tarefas;

Determinar quais habilidades, atitudes e comportamentos o voluntário precisará após rever sua experiência;

Desenhar um plano de treinamento que capacite os volun-tários a alcançarem as habilidades/atitudes necessárias; Desenvolver um formulário de avaliação do plano de treina-mento;

Decidir qual o conteúdo básico necessário para o ensina-mento das habilidades e atitudes;

Estimar o período de tempo necessário para o plano de treinamento;

Decidir se o treinamento deve ser conduzido antes da atua-ção, durante a atuação, ou uma combinação de ambos. Depois do plano de treinamento, é necessário avaliar os voluntários.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

ATENÇÃO:

OprocessodetreinamentodeveserconstantedentrodoVolunta-riadoestruturadoenãodeveselimitarsomenteaosnovosvoluntá-rios.Pelomenosumavezano,aOSCdevepromoverumencontrodosvoluntários,paratrocasdeexperiências,paraformaçãoemas-suntosrelacionadosasuaprática,paraaresoluçãodedivergênciaseparaoaprimoramentodaprópriaatividade.

Como avaliar?

Basicamente devemos considerar três tipos de indicadores primordiais para avaliarmos o sucesso ou o fracasso de qualquer iniciativa: a eficiên-cia, a eficácia e a efetividade.

• Eficiência:éfazerusoracionaldosrecursosnecessá-riosnaação,como:orçamentofinanceiroprevisto,nú-merodevoluntários,alimentaçãoeentreoutros

• Eficácia:éatingirtodososobjetivosemetaspropostosparaaação

• Efetividades: provocar impacto positivo no públicoalvodaaçãoapartirdoobjetivoproposto.

Para avaliar se os três indicadores acima foram atingidos em uma ação é fundamental considerar e analisar os seguintes quesitos:

• 1. Objetivodaação: deve contribuir para solucionar ou amenizar o problema identificado pela organização. Um ob-jetivo deve ser:

- Verificável: a consecução do objetivo deve ser passível de comprovação;

- Alcançável: o objetivo deve indicar uma situação possível de ser concretizada;

- Realista: a avaliação das condições para realização do ob-jetivo deve ser realista;

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- Específico: o objetivo deve ser claro, bem definido e com-preensível para terceiros;

- Adaptado ao tempo: o objetivo deve poder ser alcançado no tempo previsto.

• 2. Indicadores de sucesso: tendo o objetivo da ação a ser realizada deve-se definir quais serão os indicadores (medidas) de sucesso que comprovarão se os objetivos foram alcançados.

Por exemplos, a lista de presença é um indicador quantita-tivo para comprovar se o objetivo de treinar 40 jovens em informática básica foi atingido.

Outro exemplo é o indicador qualitativo que pode ser o depoimento dos beneficiários ou uma avaliação com este público antes e depois da ação para checar se ocorreram mudanças quanto ao conhecimento, hábitos e comporta-mentos, por exemplo.

O indicador sempre será a medida usada para checar a eficácia e efetividades da ação voluntária.

• 3. Beneficiários: o número de beneficiários previsto na ação foi atingido? Qual foi o grau de satisfação deste público?

• 4. Equipedeapoio: o número de pessoas (voluntários e

equipe da organização) foram suficientes para um atendi-mento de qualidade? Qual o grau de satisfação da equipe?

• 5. Recursofinanceiro:o orçamento previsto para a ação foi suficiente?

• 6. Recursosmateriais: os recursos de apoio à ação, como caneta, folhas, cola, revistas e entre outros foram su-ficientes para um atendimento de qualidade?

• 7. Localdaação: o espaço determinado para a ação foi adequado – tamanho, estrutura?

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

Avaliação da ação Voluntária

Caso você queira acrescentar outras informações que não constam nes-te documento, fique à vontade para incorporar esses dados.

Peça orientação para o coordenador do voluntariado, se necessitar de maiores informações.

Como você analisa a sua atuação como voluntário?

Quais as dificuldades encontradas e como foram superadas?

O que facilita ou facilitou a tua atuação voluntária?

Quais são suas sugestões para a melhoria do nosso voluntariado? E o que devemos manter?

Utilize este espaço para colocar outras informações, ideias ou sugestões

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

6 - Mediação de conflitos

O Coordenador/responsável pelos Voluntários de uma OSC deve estar atento e procurar proporcionar um ambiente harmônico para a equipe, preocupando-se com cada um individualmente e ao mesmo tempo veri-ficando como cada uma dessas individualidades contribui com a perso-nalidade da equipe. Estar atento antes que o conflito aconteça é sempre o melhor remédio. O Coordenador atento percebe os embriões de algum tipo de atrito e evita que a situação se instaure, colocando-se sempre pronto para aconselhar os integrantes da sua equipe. Mas a preocu-pação e o esforço em obter um ambiente de harmonia não significa que não haverá conflitos. E a existência de conflitos não traz, de forma alguma, uma conotação negativa à equipe. Pessoas têm opiniões diver-sas, e é esta diversidade que gera o conflito, mas é esta diversidade, também, que traz riqueza à equipe, pois significa que as pessoas têm diversas formas de ver, conduzir e solucionar uma situação.

Assim, um ambiente salutar tem discordância e conflito; o que às vezes torna a diferença de opiniões perniciosa para a equipe é a forma de resolvê-la. O Coordenador/responsável pelos Voluntários deve ter habili-dade de resolver conflitos e isto significa conhecer técnicas de aconse-lhamento,mediaçãoenegociação.

Vejamos alguns exemplos:

• O aconselhamento - técnica onde o conselheiro procura entender o outro e oferecer oportunidades para que este reflita e veja a situação por outros ângulos. O primeiro passo para se fazer aconse-lhamento é aceitar e valorizar a diversidade. A equipe de voluntários é um mosaico de peças diferentes que integradas formam um conjunto harmonioso.

Adiversidadedeumapartecompletaooutroeenriqueceotodo!

O aconselhamento geralmente é indicado antes de instaurar-se o con-flito. Normalmente nem existem dois lados envolvidos – é a pessoa que começa a se sentir incomodada, descontente, não mais à vontade na instituição. O líder da equipe que tem a capacidade de perceber isso, e é hábil na solução, presta um grande serviço ao seu grupo, evitando

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

a geração de um conflito que sempre é desgastante. Mesmo existindo duas partes envolvidas, quando estiver no início duas sessões de acon-selhamento separadas poderão resolver a questão, sem que uma parte venha a saber o que foi feito com a outra.

•Amediaçãoeanegociação- ocorrem geralmente quando o conflito está instalado. Ela prevê uma série de etapas, onde o media-dor deverá ter paciência em ouvir as duas partes, ora separadas e ora conjuntamente. Procurando entender a questão e oferecer oportunidade para que cada qual reflita sobre outros pontos de vista, o mediador de-verá se empenhar em encontrar soluções conciliatórias que satisfaçam ambas as partes.

O Coordenador/responsável deve ser um “buscador” de seu desenvolvi-mento, do desenvolvimento da organização e dos voluntários, sendo fle-xível, aberto a mudanças e questionando sempre: estou sendo um bom gestor? Estou conseguindo desenvolver os voluntários? Tenho garantido o espaço para que os voluntários se manifestem? Tenho percebido como eles se sentem? Tenho pesquisado sua satisfação em relação ao traba-lho, aos outros voluntários, a equipe da organização, aos beneficiados?

Esses questionamentos devem estar sempre presente e orientar as de-cisões do coordenador. É importante que tudo seja explicado e tratado com transparência dentro da organização, para evitar mal-entendido, re-sistências e oposições.

Exemplos de situações de conflitos:

A.VoluntárioXequipeinterna– o conflito pode surgir por parte do vo-luntário, que não se sente valorizado; que percebe resistência por parte da equipe interna ao seu trabalho ou personalidade; que sente que não tem acesso as mesmas informações que a equipe de funcionários, em

relação a sua atuação.

Por vezes é o funcionário que enxerga o voluntário como uma ameaça ao seu emprego; que sente que o voluntário é mais valorizado ou ouvi-

do do que ele próprio; que sente resistência as sugestões do voluntário, acreditando que a sua forma de executar está correta e não precisa de alterações.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

Cabe ao coordenador ouvir ambas as partes e realizar o aconselhamen-to, para que cada parte enxergue a outra como uma aliada e não como rivais. Ofeedbackémuitoimportantenestemomento,poispermitevalorizarasqualidadesdeambososladoseconduzircomsensibi-lidade,ospontosdedivergências.

AlgunsmeiosparadiminuiraresistênciadosfuncionárioseformarumaequipecomosVoluntários:

• Concentrar a atenção na missão da organização e nos ob-jetivos;

• Fazer da formação de equipes uma prioridade estabelecida;

• Envolver o funcionário e voluntário em todos os aspectos do planejamento, gerência e solução de problemas da co-munidade;

• Criar um clima organizacional que valorize tanto os voluntá-rios quanto o pessoal remunerado;

• Definir claramente as responsabilidades;

• Conhecer a avaliação dos funcionários sobre a atividade de Voluntariado;

• Manter um contato permanente entre os profissionais que trabalham e os voluntários.

B.VoluntáriosXvoluntários– neste caso o conflito acontece entre os voluntários.

A diversidade de personalidades, as experiências anteriores, a posição profissional já exercida pelo voluntário, podem contribuir para que surjam conflitos de opiniões ou comportamentais. Por vezes, aquele que atua em cargos de chefia em seu dia a dia, ou aquele que é mais experiente na atuação voluntária, assumem uma postura de comando perante os outros voluntários, gerando conflitos no grupo.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

NoVoluntariadonãoexistehierarquia,masexisteliderança. E líder é aquele que conduz a equipe de forma homogênea, democrática, dan-do oportunidade para que todos se desenvolvam e participem. Cabeaocoordenadormediaressasituaçãoeproporqueogrupo interajacomoumaequipe,ondetodossãoouvidosepodemexpressarsuaopinião.

O ideal é que o coordenador assuma a liderança e delegue aos volun-tários as funções que são mais apropriadas em relação as suas habili-dades e competências.

C.VoluntáriosXbeneficiários– neste caso o conflito pode estar rela-cionado a percepção que o voluntário tem do beneficiado, em relação a sua atuação, ou a percepção do beneficiado em relação a postura do voluntário.

Por vezes o voluntário interpreta o comportamento do beneficiado como falta de interesse, resistência às mudanças, ou desvalorização do empe-nho do voluntário. Por outro lado, o beneficiado pode interpretar o com-portamento do voluntário como arrogante, com uma postura de “dono da verdade”, que não respeita a opinião alheia. Esses conflitos de rela-

cionamento devem ser administrados pelo coordenador/responsável, que deve procurar conhecer a visão de cada um e promover diferentes olhares sobre a mesma situação.

Cabe ao coordenador conciliar o voluntário e o beneficiado, por meio de feedbacks e conversas. Em caso de impossibilidade de conciliação, pro-mover outras interações, tanto para o voluntário como para o beneficiado.

7 – Avaliação do voluntário

A)AvaliaçãodaOSCpelovoluntário

A avaliação da atividade por parte dos voluntários deve ser feita regu-larmente. Para formalizar a avaliação pode-se pedir aos voluntários que respondam às perguntas de um formulário. Esta avaliação traduz a transparência e o respeito da OSC em relação ao seu Voluntariado e contribui para o processo de melhoria e qualificação da atividade, geran-do satisfação entre funcionários e voluntários que integram a organiza-

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

ção, promovendo um clima organizacional mais positivo, produtivo e com a retenção de talentos para servir à comunidade.

Os resultados dessa avaliação servirão como subsídios para a atividade e para a OSC que poderá corrigir rumos, inovar.

Avaliando a Organização Social

Deem nota de 1 a 5, onde 1 é a nota mínima e 5 a máxima.

CLIMAORGANIZACIONAL

A ONG oferece um ambiente leve e respei-toso para a atuação voluntária.

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

Promove a integração social entre os vo-luntário e equipe de funcionários.

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

Possui espaço físico limpo, bem iluminado e adequado aos beneficiários, voluntários e funcionários.

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

LIDERANÇA

O responsável pelo voluntariado demons-tra capacidade de liderar pessoas e equi-pes, extraindo o melhor de cada talento.

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

O responsável por acompanhar o volun-tariado consegue orientar o voluntário em sua atuação e age rapidamente em caso de conflitos

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

É aberta a ouvir feedback. 1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

BOMHUMOR

As lideranças da ONG demonstram equilí-brio emocional, cultivo de emoções positi-vas e bom humor, tornando a convivência mais harmônica e leve para todos.

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

COMUNICAÇÃOEFETIVA

As lideranças da ONG expressam suas ideias com clareza, de modo que sua men-sagem seja bem compreendida por você e por toda a equipe.

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

GRAUDESATISFAÇÃO

Grau de satisfação com a atividade que de-sempenha como voluntário, nas relações que estabelece e no resultado aos benefi-ciários da ONG.

1 ☐ 2 ☐ 3 ☐ 4 ☐ 5 ☐

MANIFESTEASUAOPINIÃO

Comente sobre a sua participação como voluntário.Sugira sobre o que podemos melhorar e o que devemos manter.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

B)AvaliaçãodoVoluntáriopelaOSC

O processo de avaliação deve ser explicitado e qualquer dúvida ou te-mor esclarecidos.

Quando o voluntário é avaliado deve conhecer previamente os pontos considerados. O formulário de avaliação e uma cópia com seus objetivos e fundamentos deve fazer parte da documentação distribuída nas reu-niões de informação iniciais para que todos saibam o que se espera deles. Quando um voluntário não se adapta a atividade e não parece apto para outro, o melhor é ajudá-lo a perceber isso de modo objetivo, su-gerindo outras organizações ou outro tipo de trabalho voluntário mais apropriado às suas atitudes e capacidades.

Um desempenho ineficiente não é a única razão para afastar um volun-tário da organização.

Existem outras razões de maior peso e importância como:

• Aviolaçãodeinformaçõesconfidenciaissobreosbe-neficiários,

• Umaofensagraveaoutrosvoluntáriosouaosprofis-sionais,

• Tirarproveitodavulnerabilidadedosbeneficiários.

Se após várias tentativas a única saída é pedir que o voluntário se afas-te, é aconselhável um acordo mútuo, se for possível.

Porém, deve-se oferecer ao voluntário outras oportunidades antes de aconselhar o seu afastamento:

• Oferecermaisformação,

• Combinarumperíododeobservaçãoseguidodenovaavaliaçãodeseudesempenho,

• Oferecerarealizaçãodeoutrotipodetarefa.

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

Os voluntários são um importante recurso humano e devemos tentar mantê-los na organização a menos que isto venha a ser prejudicial para os objetivos da ação.

Avaliar é uma condição a gestão da atividade de voluntariado, porque gera conhecimento sobre a ação que se realiza, fornece dados para ve-rificação da efetividade do caminho escolhido e permite aprimoramento e correção de rotas, quando necessário. A prática possibilita verificar a pertinência, consistência, coerência e viabilidade da ação para o objetivo proposto.

Em seguida compartilhamos um modelo sugestivo de avaliação e plano de ação a ser realizado em parceria com o voluntário.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

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AVALIAÇÃODAATUAÇÃOVOLUNTÁRIANAORGANIZAÇÃO

QUALIDADESCONSIDERADASIMPORTANTESPARAOVOLUNTÁRIO-COMPETÊNCIASCOMPORTAMENTAISETÉCNICA

NOMEDAORGANIZAÇÃO:

NOMEDOVOLUNTÁRIO: CPFDOVOLUNTÁRIO:

ATIVIDADEVOLUNTÁRIA: DATADAATIVIDADEVOLUNTÁRIA:

RESPONSÁVELPELAAVALIAÇÃO:

COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO Conceito(1)mínimo

Conceito(5)máximo

NotaAtribuída(1a5)

Evidências Planodeação(conceito1e2)

Planodeação(conceito4e5)

ASSIDUIDADEÉ a frequência, constância de sua visita à organização para o desempenho da atividade voluntária assumida em dias horário pré-estabelecidos com a Organização

Sua assiduidade não atende ao compromis-so dos dias e horários acordado com a Orga-nização na adesão ao seu trabalho voluntário

Cumpre em 100% a frequência nos dias e horários acordados com a Organização no exercício de seu

trabalho voluntário. Obs.: Prevê sua ausência com antecedência

comunicando à organização

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

LIDERANÇA

A capacidade de liderar pessoas e equipes, extraindo o melhor de cada talento para alcance de grandes resul-tados e fazendo com que todas as pessoas consigam

trabalhar em sinergia

Não demonstra liderença em sua

atuação

A liderança é muito evidente em sua atuação

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

AUTOMOTIVAÇÃOA automotivação é a capacidade de manter-se motiva-do mesmo diante das adversidades e desafios que por

ventura o trabalho voluntário venha exigir

Dificuldade em se automotivar

Demonstra alto grau de automotivação

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

TRABALHO EM EQUIPE

Ter habilidades para realizar trabalhos em conjunto, flexibilidade para lidar com diferentes perfis de pessoas

e uma postura colaborativa

Dificuldade em trabalhar em equipe

Muita facilidade para trabalhar em equipe

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Relacionar-se de forma efetiva, garantindo a empa-tia com os colegas e líderes. Possibilita minimizar os

conflitos, estabelecer novos amigos, ganhar seguidores e influência para obter colaboração em seus projetos/

ideias.

Demonstra dificuldadeDemonstra muita facilidade em seus relacionamentos

interpessoais na organização

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

CRIATIVIDADE

Criatividade é a capacidade de inovação para propor soluções, criar oportunidades e ousar fazser diferente. As pessoas criativas conseguem identificar resoluções alternativas para problemas que possam acontecer no âmbito da organização ou na sua atividade voluntária

Demonstra pouca capacidade

Demonstra extrema capacidade criativa no desempenho de sua

atividade voluntária

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

BOM HUMOR

Buscar o equilíbrio emocional, cultivar emoções posi-tivas e ter bom humor,, tornando a convivência mais harmônica e leve para todos. Contribui para o clima

mais favorável na Organização Social

Pouco percebidoMuito percebido em suas

relações durante o trabalho voluntário na organização

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

COMUNICAÇÃO EFETIVA

É usar bem a oratória para expressar suas ideias com clareza, de modo que sua mensagem seja bem com-preendida, pelas pessoas de seu relacionamento na

organização social

Demonstra dificuldade Muita facilidade em se comunicar e se fazer entendido

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

ADAPTABILIDADESer aberto a novos métodos de trabalho e desafios que o trabalho voluntário possa proporcionar. Não resiste a

mudanças positivas.Demonstra dificuldade Muita facilidade em se adaptar

aos novos desafios e mudanças

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

BUSCA PORCONHECIMENTO

Busca contínua por cursos de atualização, novos conhecimentos, aprimoramentos, como também busca

estar bem informado sobre seu campo de atuação e atualidades gerais.

Não demonstra interesse

Busca constantemente se atualizar pelos diversos meio

possíveis

Inserir dois ou mais fatos que evidenciam o

comportamento

O que a Organização fará

para ajudar o voluntário superar essa fragilidade

O que a Organização fará para valorizar esse comportamento e

disseminando-o aos outros volun-tários como modelo inspirador

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

8 – Reconhecimento

Voluntários precisam ser estimulados. O reconhecimento é uma das ma-neiras de estimular o voluntário, valorizar sua atuação, torna-lo inspira-dor. O reconhecimento pode acontecer de várias maneiras e cada OSC deve planejar as ações ou eventos, alinhados a sua atividade.

É importante ter certeza de que a forma de reconhecimento é satisfatória para o voluntário. Somente assim ela causará o efeito desejado. Para saber o que faz sentido para o voluntário, faça uma breve pesquisa entre eles para conhecer o que os motiva.

Oreconhecimentopodeacontecerdasseguintesmaneiras:

• Formal: em eventos especiais, através da entrega de em-blemas ou menções honrosas e demonstrando a importân-cia do Voluntariado.

• Informal: demonstrando aprovação, consideração, aceita-ção como parte de uma equipe.

O reconhecimento pessoal no dia a dia é tão ou mais importante quanto as cerimônias formais. Os voluntários devem ser constantemente reco-nhecidos e a apreciação deve ser verbalizada.

Frases simples - “obrigado pela sua ajuda”; “contamos com você”; “te vejo na semana que vem”; “bom poder contar com você”; “isso não seria possível sem a sua ajuda”; fazem com que o voluntário se sinta útil e necessário à organização, sendo vitais para a manutenção do compro-misso e dedicação.

PararealimentaraMotivação:

• Mostrar ao voluntário que seu esforço e necessário e apre-ciado;

• Ter certeza que os voluntários se sentem livres para falar com os supervisores e coordenadores;

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

• Encorajar os voluntários e dar retorno dos resultados de suas ações sempre que possível;

• Tornar cada atividade o mais interessante possível;

• Evitar parcialidade;

• Não tirar vantagens dos voluntários;

• Fazer com que os voluntários se sintam parte da instituição;

• Valorizar, reconhecer e entusiasmar o trabalho voluntário sempre que for possível;

• Manter com o voluntário o máximo de contato pessoal pos-sível.

Por menor que seja a cerimônia, eventos de reconhecimentos, integração e de celebração causam grandes impactos na mobilização e retenção de voluntários. O ser humano se move pela empatia, pelo significado e pela certeza de que sua atuação é importante para uma causa ou alguém.

As OSC devem sempre valorizar o seu Voluntariado, para que ele se fortaleça e permaneça constante. Pequenas ações podem ser realizadas sem a necessidade de grandes recursos e, muitas vezes podem receber patrocínio da comunidade.

ReconhecercomumCafédaManhãdosVoluntários– com a ajuda da própria comunidade ou com recursos da OSC, um café da manhã especial, dedicado aos voluntários, com a participação de representantes da comunidade, dos bene-ficiados e com o corpo dirigente e conselho da OSC. Essa cerimônia gerará alegria e orgulho na equipe e poderá ser realizada 3 vezes ao ano: no início do ano, como abertura e acolhimento; na metade do ano, para celebrar as conquis-tas até o momento e, ao final do ano, como celebração de um ano de atividades, quando se apresentam os resulta-dos alcançados, destacando a importância do Voluntariado para a missão da organização. Lembrem-se: o conselho da

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

OSC também é formado por voluntários, que devem ser reconhecidos.

Reconhecer comumAlmoçodeConfraternização – com a mesma função do que o café da manhã, o almoço de confraternização contribui para aproximar a equipe de fun-cionários aos voluntários, promovendo maior integração e cordialidade entre eles. Nessa ocasião também poderão ser reconhecidos funcionários, dirigentes e conselheiros, unificando e declarando a importância de cada pessoa que atua na organização, sem distinção de cargo, vínculo ou posição.

ReconhecercomaEntregadeCertificado– anualmente a OSC deve realizar uma cerimônia de entrega de certificado, personalizado, onde conste o nome do voluntário, a ativida-de que realizou, a carga horária e a sua contribuição para a causa/objetivo da Organização. Esta entrega pode aconte-cer no dia 05 de dezembro, Dia Internacional do Voluntário, encerrando os trabalhos do ano. O ideal é que beneficiados entreguem o certificado para cada voluntário.

Outras formas de reconhecimento são: um filme sobre os voluntários, que será apresentado numa cerimônia de encerramento do ano; um pi-quenique coletivo; uma apresentação dos beneficiados dedicada aos vo-luntários; uma carta de agradecimento escrita pelos beneficiados, entre tantas outras possibilidades.

O importante é que o evento/cerimônia seja bem estruturada, com pla-nejamento prévio, data e local acordado, e que seja uma iniciativa da própria OSC.

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

9 – Sessões de aprendizado

Toda atividade de voluntariado deve garantir sessões de aprendizado para quem dele participa. No Voluntariado, essas sessões são muito enriquecedoras e garantem um bom acompanhamento da atividade. O coordenador deve promover essas sessões periodicamente, estabele-cendo uma dinâmica de reflexão e feedback.

As sessões poderão ocorrer mensalmente, ou com outra periocida-de, acordadas entre voluntários, funcionários e coordenação. Reserve pelo menos 1 hora para cada sessão.

Para realizar um bom encontro, o coordenador deve estabelecer algu-mas dinâmicas, tais como: grupos de trabalho, rodas de conversas e apresentações. Cada voluntário deverá preencher um formulário onde possa colocar suas reflexões acerca do que vem realizando, das difi-culdades enfrentadas, dos encaminhamentos que realizou, do que des-cobriu acerca das ações realizadas, sobre si mesmo e sobre todos os outros atores envolvidos.

Sugestão de modelo de Formulário de Aprendizados

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

RoteiroparaReuniõesdeAprendizados

Este roteiro tem o intuito de orientar a reflexão sobre os aprendizados oriundos da prática do voluntariado. Procure responder com calma, ana-lisando todos os aspectos. Reflita como está sendo a sua experiência como voluntário dentro da nossa organização e compartilhe conosco.

Caso você queira acrescentar outras informações que não constam nes-te documento, fique à vontade para incorporar esses dados.

Peça orientação para o coordenador do voluntariado, se necessitar de maiores informações.

Como você analisa a sua atuação como voluntário?

Quais as dificuldades encontradas e como foram superadas?

O que facilita ou facilitou a tua atuação voluntária?

Quais foram os aprendizados adquiridos com esta vivência?

Quais são suas sugestões para a melhoria do nosso voluntariado? E o que devemos manter?

Utilize este espaço para colocar outras informações, ideias ou sugestões

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Competência 03Estruturação do voluntariado na OSCs

Após o preenchimento do seu formulário, os voluntários, em pequenos grupos, deverão realizar uma troca de experiências entre eles e elabo-rarem uma conclusão do grupo a respeito dos aprendizados. Com isso, muitos conhecimentos e aprendizagens podem ser compartilhados e conflitos poderão ser evitados.

Essas sessões servirão de subsídios para que a coordenação da ati-vidade possa corrigir rumos, aprimorar processos e captar dados que servirão de base para um plano de desenvolvimento.

É fundamental que voluntários e funcionários participem desses encon-tros, estreitando as relações entre eles e contribuindo para um clima organizacional mais integrado e colaborativo.

O coordenador deverá conduzir os trabalhos de forma que ao final do processo todos se sintam valorizados e reconhecidos e que possam per-ceber que a evolução de cada um é importante para o sucesso de todos.

Atenção: o coordenador deverá conduzir essas sessões como um mo-mento de aprendizagem e de crescimento coletivo. Caso existam confli-tos sérios não resolvidos, eles aparecerão nesses encontros e poderão gerar mal-estar e discórdias entre os envolvidos. Uma conversa anterior e uma mediação por parte do coordenador evitará que a sessão se trans-forme em uma “lavagem de roupa suja” entre os participantes, gerando um clima de desconforto e de desmotivação.

Estas informações encerram as orientações disponibilizadas neste guia, que tem por objetivo preparar as OSC e suas equipes para a gestão do seu Voluntariado. Acreditamos que quanto mais estruturado for o Volun-tariado da organização, mais eficiente será na promoção de sua missão.

O Voluntariado é a força motriz para o desenvolvimento pessoal, social e econômico, promovendo o conhecimento, a vivência e o compartilha-mento de valores, ideais e sonhos.

“Amentequeseabreaumanovaideia,jamaisvoltaráaoseutamanhooriginal.”

AlbertEinstein

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Competência 03Estruturação

do voluntariado na OSCs

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