8
B r a s i l C o l ô n i a d e P o r t u g a l 1 5 3 0 1 8 1 5 B a n d e i r a B r a s ã o C o n t i n e n t e A m é r i c a d o S u l C a p i t a l S a l v a d o r ( 1 5 4 9 1 7 6 3 ) R i o d e J a n e i r o ( 1 7 6 3 1 8 1 5 ) L í n g u a o f i c i a l P o r t u g u ê s R e l i g i ã o C a t o l i c i s m o G o v e r n o M o n a r q u i a a b s o l u t a H i s t ó r i a 2 2 d e a b r i l d e 1 5 3 0 F i m d o p e r í o d o p r é - c o l o n i a l , i n i c i a d o e m 1 5 0 1 , u m a n o a p ó s a d e s c o b e r t a d o t e r r i t ó r i o p e l o s p o r t u g u e s e s , e m 1 5 0 0 , t e r r i t ó r i o , e s t e , q u e , p o s t e r i o r m e n t e , v i r i a a s e r c h a m a d o d e B r a s i l . 1 7 0 7 - 1 7 0 9 G u e r r a d o s E m b o a b a s 1 7 8 9 I n c o n f i d ê n c i a M i n e i r a B r a s i l C o l ô n i a O r i g e m : W i k i p é d i a , a e n c i c l o p é d i a l i v r e . B r a s i l C o l ô n i a o u B r a s i l c o l o n i a l f o i o p e r í o d o c o l o n i a l b r a s i l e i r o d a f o r m a d e f i n i d a p e l a h i s t o r i o g r a f i a , e m q u e o t e r r i t ó r i o b r a s i l e i r o e r a e m u m a c o l ô n i a d o i m p é r i o u l t r a m a r i n o p o r t u g u ê s . F o i m a r c a d o p e l o i n í c i o d o p o v o a m e n t o ( f i m d o p e r í o d o p r é - c o l o n i a l b r a s i l e i r o , e m 1 5 3 0 ) e n ã o d o d e s c o b r i m e n t o d o B r a s i l p e l o s p o r t u g u e s e s , s e e s t e n d e n d o a t é a s u a e l e v a ç ã o a r e i n o u n i d o c o m P o r t u g a l , e m 1 8 1 5 . A n t e s d o d e s c o b r i m e n t o p e l o s e u r o p e u s - a l c a n ç a d o p o r u m a e x p e d i ç ã o p o r t u g u e s a - , e m 1 5 0 0 , o t e r r i t ó r i o q u e h o j e é c h a m a d o d e B r a s i l e r a h a b i t a d o p o r i n d í g e n a s . A e c o n o m i a d o p e r í o d o c o l o n i a l b r a s i l e i r o f o i c a r a c t e r i z a d a p e l o t r i p é m o n o c u l t u r a , l a t i f ú n d i o e m ã o d e o b r a e s c r a v a , e , a p e s a r d a s g r a n d e s d i f e r e n ç a s r e g i o n a i s , m a n t e v e - s e , n o p e r í o d o c o l o n i a l , a u n i d a d e l i n g u í s t i c a , t e n d o s e f o r m a d o , n e s s a é p o c a , o p o v o b r a s i l e i r o , j u n ç ã o e m i s c i g e n a ç ã o d e e u r o p e u s , a f r i c a n o s e a m e r í n d i o s , f o r m a n d o u m a c u l t u r a a u t ó c t o n e c a r a c t e r í s t i c a . E m c o n t r a s t e c o m a s f r a g m e n t a d a s p o s s e s s õ e s e s p a n h o l a s v i z i n h a s , a c o l ó n i a p o r t u g u e s a , c o n s t r u í d a n a A m é r i c a d o S u l , m a n t e v e a s u a u n i d a d e e i n t e g r i d a d e t e r r i t o r i a l e l i n g u í s t i c a m e s m o a p ó s a i n d e p e n d ê n c i a , d a n d o o r i g e m a o m a i o r p a í s d a r e g i ã o . Í n d i c e 1 H i s t ó r i a 1 . 1 C a p i t a n i a s H e r e d i t á r i a s 1 . 2 A f a s e d o a ç ú c a r e a s c a p i t a n i a s h e r e d i t á r i a s - s é c u l o s X V I e X V I I 1 . 2 . 1 A d m i n i s t r a ç ã o c o l o n i a l 1 . 2 . 2 A e c o n o m i a a ç u c a r e i r a 1 . 2 . 3 A s o c i e d a d e c o l o n i a l 1 . 2 . 4 A l i m e n t a ç ã o n o B r a s i l C o l ô n i a 1 . 2 . 5 I n v a s õ e s f r a n c e s a s d o B r a s i l 1 . 2 . 6 I n v a s õ e s h o l a n d e s a s d o B r a s i l 1 . 2 . 7 E x p a n s ã o t e r r i t o r i a l : b a n d e i r a s e b a n d e i r a n t e s 1 . 3 O s é c u l o d o o u r o : s é c u l o X V I I I 1 . 4 I d e n t i d a d e e n a c i o n a l i d a d e 1 . 4 . 1 R e v o l t a s c o l o n i a i s e c o n f l i t o s 2 A r t e C o l o n i a l 3 V e r t a m b é m 4 N o t a s e r e f e r ê n c i a s 4 . 1 N o t a s 4 . 2 R e f e r ê n c i a s 1 n o t a 1

Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Brasil

Colônia de Portugal

1530 – 1815 →

Bandeira Brasão

Continente América do Sul

Capital Salvador (1549–1763)

Rio de Janeiro (1763–

1815)

Língua oficial Português

Religião Catolicismo

Governo Monarquia absoluta

História • 22 de abril de 1530 Fim do período pré-

colonial, iniciado em

1501, um ano após a

descoberta do território

pelos portugueses, em

1500, território, este,

que, posteriormente,

viria a ser chamado deBrasil.

• 1707 - 1709 Guerra dos Emboabas

• 1789 Inconfidência Mineira

Brasil ColôniaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Brasil Colônia ou Brasil colonial foi o período colonial brasileiro daforma definida pela historiografia, em que o território brasileiro era emuma colônia do império ultramarino português. Foi marcado pelo iníciodo povoamento (fim do período pré-colonial brasileiro, em 1530) enão do descobrimento do Brasil pelos portugueses, se estendendo atéa sua elevação a reino unido com Portugal, em 1815.

Antes do descobrimento pelos europeus - alcançado por umaexpedição portuguesa -, em 1500, o território que hoje é chamado deBrasil era habitado por indígenas.

A economia do período colonial brasileiro foi caracterizada pelo tripémonocultura, latifúndio e mão de obra escrava, e, apesar das grandesdiferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a unidadelinguística, tendo se formado, nessa época, o povo brasileiro, junção emiscigenação de europeus, africanos e ameríndios, formando umacultura autóctone característica.

Em contraste com as fragmentadas possessões espanholas vizinhas, acolónia portuguesa, construída na América do Sul, manteve a suaunidade e integridade territorial e linguística mesmo após aindependência, dando origem ao maior país da região.

Índice

1 História1.1 Capitanias Hereditárias1.2 A fase do açúcar e as capitanias hereditárias -séculos XVI e XVII

1.2.1 Administração colonial1.2.2 A economia açucareira1.2.3 A sociedade colonial1.2.4 Alimentação no Brasil Colônia1.2.5 Invasões francesas do Brasil1.2.6 Invasões holandesas do Brasil1.2.7 Expansão territorial: bandeiras ebandeirantes

1.3 O século do ouro: século XVIII1.4 Identidade e nacionalidade

1.4.1 Revoltas coloniais e conflitos2 Arte Colonial3 Ver também4 Notas e referências

4.1 Notas4.2 Referências

1

nota 1

Page 2: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

• 1789 Inconfidência Mineira

• 1794 Conjuração Carioca

• 1807 Transferência da corte

portuguesa para o Brasil

• 1815 Criação do Reino Unido

de Portugal, Brasil e

Algarves

Moeda Réis

Desembarque de Pedro ÁlvaresCabral em Porto Seguro em 1500.Óleo sobre tela de Oscar Pereira daSilva (1904)

História do Brasil

Este artigo faz parte de uma série

Portal Brasil

Fundação de São Vicente, porBenedito Calixto.

História

De 1500 a 1530, quando oterritório ainda era chamadoTerra de Santa Cruz, ocontato dos portugueses coma terra limitou-se aexpedições rápidas paracoleta e transporte de pau-brasil e também de patrulha.É a partir de 1531, devido àameaça francesa, que a nova colônia passará a ser povoada, durante aexpedição de Martim Afonso de Sousa. Em 1532, é fundada a vila de SãoVicente.

Capitanias Hereditárias

Prevendo a possível invasão do território por potências rivais, a Coroaportuguesa lança mão de um instituto já utilizado na ilha da Madeira: acapitania.

A instalação das primeiras capitanias no litoral nordeste brasileiro traz consigouma consequência trágica: os conflitos com os índios do litoral que - se atéentão foram aliados de trabalho, neste momento passam a ser um entrave,uma vez que disputavam com os recém chegados o acesso às melhoresterras. Destes conflitos entre portugueses e índios o saldo é a mortandadeindígena causada por conflitos armados ou por epidemias diversas.

A fase do açúcar e as capitanias hereditárias - séculosXVI e XVII

1

Era pré-cabralina [Expandir]

Colônia [Expandir]

Reino Unido com Portugal [Expandir]

Império [Expandir]

Primeira República [Expandir]

Era Vargas [Expandir]

Segunda República [Expandir]

Regime militar [Expandir]

Nova República [Expandir]

Constituições [Expandir]

Listagens [Expandir]

Temáticas [Expandir]

Page 3: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Um engenho de cana-de-açúcar emPernambuco colonial, pelo pintorneerlandês Frans Post (século XVII).

O açúcar era um produto de grande aceitação na Europa, onde alcançava grande valor de venda. Após as experiênciaspositivas de cultivo na região Nordeste do Brasil, já que a cana se adaptou bem ao clima e ao solo, teve início o plantioem larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento doBrasil.

Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em capitanias hereditárias. O território foi dividido emquinze faixas de terras doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra, mas ficavam encarregados depovoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar.

Em geral, o sistema fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques deindígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco, que focaram no cultivo da cana-de-açúcar, foram asúnicas que apresentaram resultados, graças aos investimentos do rei e de empresários.

Administração colonial

Após a tentativa fracassada de estabelecer as capitanias hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil umGoverno-Geral como forma de centralizar a administração, tendo mais controle da colônia. As capitanias hereditáriasfracassadas foram transformadas em capitanias gerais.

O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, que recebeu a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar aprodução agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.

Também começavam a existir câmaras municipais, órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricosproprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.

As instituições municipais eram compostas por um alcaide que tinha funções administrativas e judiciais, juizes ordinários,vereadores, almotacés e os "homens bons". As juntas do povo decidiam sobre diversos assuntos da Capitania.

A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país. Além disso,Salvador como cidade litorânea, exercia grande papel na facilitação de envio dos produtos canavieiros à Europa, viaNavios. Posteriormente com a ascensão de outras regiões econômicas, outros estados coloniais foram criados, Estado doMaranhão e Piauí e o Estado do Grão-Pará e Rio Negro, com capitais respectivamente em São Luís e Belém. Destaforma, administrativamente o território colonial do Brasil dispôs de três capitais até 1775: Salvador (alternadamente com oRio de Janeiro) no Estado do Brasil; São Luís no Estado do Maranhão e Piauí; e Belém no Estado do Grão-Pará e RioNegro.

A economia açucareira

A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenhoera um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava amão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda doaçúcar para o mercado europeu. Além do açúcar, destacou-se, também, aprodução de tabaco e de algodão.

As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandesfazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava evisando o comércio exterior .

O Brasil se tornou o maior produtor de açúcar nos séculos XVI e XVII. Asprincipais regiões açucareiras eram Pernambuco, Bahia, parte do Rio de Janeiroe São Vicente (São Paulo) .

O pacto colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil (colônia) sópodia fazer comércio com a metrópole, não devendo concorrer com produtos produzidos lá. Logo, o Brasil não podiaproduzir nada que a metrópole produzisse.

2

3

4

5

6

Page 4: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

O monopólio comercial foi, de certa forma, imposto pelo governo da Inglaterra a Portugal, com o objetivo de garantirmercado aos comerciantes ingleses. A Inglaterra havia feito uma aliança com Portugal, oferecendo apoio militar em meio auma guerra pela sucessão da Coroa Espanhola e ajuda diplomática a Portugal, em troca, os portugueses abriam seusportos a manufaturas britânicas, já que Portugal não tinha grandes indústrias. Nessa época, Portugal e suas colônias,inclusive o Brasil, foram abastecidas com tais produtos. Portugal se beneficiava do monopólio, mas o país era dependentecomercialmente da Inglaterra. O Tratado de Methuen foi uma das alianças luso-britânicas.

A colônia vendia metais, produtos tropicais e subtropicais a preços baixos, estabelecidos pela metrópole, e compravadela produtos manufaturados e escravos a preços bem mais altos, garantindo assim o lucro de Portugal em qualquer dastransações.

A sociedade colonial

A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderespolíticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por pessoaslivres (feitores, capatazes, padres, militares, comerciantes e artesãos) e funcionários públicos. E na base da sociedadeestavam os escravos, de origem africana, tratados como simples mercadorias e responsáveis por quase todo trabalhodesenvolvido na colônia.

Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucospoderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos .

A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. Oconforto da casa grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dosescravos).

Alimentação no Brasil Colônia

Os portugueses que vieram para o Brasil tiveram que alterar seus hábitos alimentares. O trigo, por exemplo, foi substituídopela farinha de mandioca, o mais importante alimento da colônia. A mandioca, de origem indígena, foi adotada no Brasilpor africanos e portugueses, sendo usada para fazer bolos, sopas, beijus ou simplesmente para se comer misturada aoaçúcar. Além da farinha, no engenho também se consumiam: carne-seca, milho, rapadura, arroz, feijão e condimentoscomo pimenta e azeite de dendê. As verduras, as frutas, a manteiga e os queijos eram raros e só entravam naalimentação dos ricos. Mas não faltavam doces, que eram consumidos em grande quantidade, tanto no campo como nascidades.

Alimentação diferente experimentaram os moradores de Recife e Olinda durante a invasão holandesa (1624-1625 e1630-1654), uma vez que vinha da Holanda o toucinho, manteiga, azeite, vinho, aguardente, peixe seco, bacalhau, trigo,carne salgada, fava, ervilha, cevada e feijão. Tanto nas casas mais humildes como nas dos senhores de engenho, asrefeições eram feitas utilizando a mão, devido à ausência de garfo, este só começando a integrar o dia a dia a partir oséculo XIX. Outro costume de todas as classes era o de comer sentado no chão.

As bebidas alcoólicas consumidas eram principalmente a bagaceira e o vinho, trazidos de Portugal. Nos engenhos deaçúcar logo foi descoberto o vinho de cana, ou seja, o caldo de cana fermentado, muito apreciado pelos escravos. Naprimeira metade do século XVII descobriu-se que os subprodutos da produção do açúcar, o melaço e as espumas,misturados com água fermentavam e podiam ser destilados obtendo-se a cachaça. Ela também podia ser fabricada com ovinho de cana. Devido ao baixo preço e facilidade de produção, aos poucos foi caindo no gosto da população, ao menosentre os escravos e as pessoas de baixo poder aquisitivo. Com o tempo, as classes abastadas foram paulatinamentetambém adotando a cachaça .

Invasões francesas do Brasil

Os franceses, liderados por Napoleão Bonaparte invadiram Portugal, fazendo com que a Coroa Portuguesa viesse para oBrasil. Quando D. João VI chegou no Brasil, trouxe diversas melhorias ao país, causando a revolta do Porto. A revoltana cidade do Porto (Portugal) queria tirar o poder de D. João VI, transferir esse poder para uma assembleia de

7

8

9

10

11

12

13

14

Page 5: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Vista de Ouro Preto, em MinasGerais, uma das principais cidades doCiclo do Ouro.

representantes eleitos pelo povo (corte), escrever uma constituição e anular as medidas de D. João VI em relação aoBrasil.

Invasões holandesas do Brasil

Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de neerlandeses. Interessados nocomércio de açúcar, os neerlandeses implantaram um governo no território. Sob o comando de Maurício de Nassau,permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversas obras em Recife, modernizando a cidade .

Expansão territorial: bandeiras e bandeirantes

Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do tratado de Tordesilhas. Osbandeirantes penetravam no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foramos bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Evolução territorial do Brasil Colônia:

1534Capitanias hereditárias

1573Dois estados

1709Expansão além do

Tratado de Tordesilhas

1789No momento da

Inconfidência Mineira

O século do ouro: século XVIII

Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou deorganizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que ocomércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar oquinto do ouro, imposto equivalente a um quinto (20%) de todo o ouro quefosse encontrado no Brasil. Esse imposto era cobrado nas casas de fundição,responsáveis por fundir o ouro; dessa forma, a cobrança dos impostos era maisrigorosa.

A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas(Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocaram uma verdadeira "corrida doouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados devárias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para odia.

Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentoumuito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantesartistas plásticos do Brasil: o Aleijadinho.

Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalhona região aurífera.

Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, e impedir a evasão fiscal e o contrabando de ouro, a capital dopaís foi transferida para o Rio de Janeiro.

15

16

Page 6: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Identidade e nacionalidade

Os naturais do Brasil eram portugueses; diferenciavam-se dos ameríndios e dos escravos que não tinham direitos decidadania. Nesta época o vocábulo "brasileiro" designava apenas o nome dos comerciantes de pau brasil. Só depois daindependência do Brasil se pode diferenciar brasileiros e portugueses, visto que é um anacronismo chamar brasileiro aquem morreu português antes da independência. Distinguia-se o cidadão português natural do Brasil dos outrosportugueses da metrópole e províncias ultramarinas (português de Angola, português de Macau, português de Goa, etc)designando-o de Português do Brasil, Luso Americano ou pelo nome da cidade de nascimento. A partir doséculo XVII o termo "reinóis" era usado popularmente no Brasil para designar os portugueses nascidos em Portugal e osdistinguir daqueles nascidos no Brasil. Dentro do Brasil podiam-se diferenciar os cidadãos em nível regional, por exemploos pernambucanos dos baianos, no entanto a nível nacional e a nível internacional eram todos conhecidos comoportugueses. Os escravos davam o nome de "mazombo" aos filhos de portugueses nascidos no Brasil, e mais tarde aqualquer europeu.

Revoltas coloniais e conflitos

Em função da exploração exagerada da metrópole, ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:

Entrincheiramento de Iguape: A força portuguesa, liderados por Pero de Góis, ao desembarcar na barra deIcapara, em Iguape, foram recebidos sob o fogo da artilharia, sendo desbaratada. Na retirada, os sobreviventesforam surpreendidos pelas forças espanholas emboscadas na foz da barra do Icapara, onde os remanescentespereceram, sendo gravemente ferido o seu capitão Pero de Góis, por um tiro de arcabuz.Guerra dos Emboabas: os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas queencontraram; Entraram em choque com os imigrantes portugueses que estavam explorando o ouro das minas.Guerra de Iguape: Ocorreu entre os anos de 1534 e 1536, na região de São Vicente, São Paulo. Ruy Garcia deMoschera e o "Bacharel de Cananeia", aliados aos espanhóis, embarcaram em um navio francês, capturado emCananeia e atacaram a vila de São Vicente, que saquearam e incendiaram, deixando-a praticamente destruída,matando dois terços dos seus habitantes.Guerra dos Mascates: que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco.Guerras Guaraníticas: espanhóis e portugueses (apoiados pelos ingleses) entram em conflito com os índios guaraniscatequizados pelos jesuítas, de 1751 a 1758.Revolta de Felipe dos Santos: ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com acobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Felipe dos Santos Freire foi preso e condenado à morte pelacoroa portuguesa.Revolta de Beckman: Ocorreu em fevereiro de 1684, no estado do Maranhão, liderado pelos irmãos Manuel eTomas Beckman, apenas reivindicando melhorias na administração colonial, o governo português reprimiuviolentamente o movimento.Inconfidência Mineira (1789): liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros eram contra a execução daDerrama e o domínio português. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.Conjuração Baiana (1798): Também conhecida como "Revolta dos Alfaiates". Revolta de caráter emancipacionistaocorrida na então Capitania da Bahia. Foi punida duramente pela Coroa de Portugal.

Arte Colonial

Ver também

Império PortuguêsCronologia do Brasil Colonial

Notas e referências

Notas

17

18

Page 7: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

1. ↑ A periodização da história do Brasil pode variar. Para alguns autores, o período colonial compreende o intervalo de 1530a 1815. No entanto, para outros, ele pode abranger o intervalo de 1500 a 1808, ou de 1500 a 1822, por exempo.

Referências

1. ↑ Cancian, Renato. Período Pré-Colonial (http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/periodo-pre-colonial-pau-brasil-

capitanias-hereditarias-e-governo-geral.jhtm). Página visitada em 3 de janeiro de 2012.2. ↑ VIDAL, Laurent. Capitais sonhadas, capitais abandonadas Considerações sobre a mobilidade das capitais nas Américas

(séculos XVIII - XX) (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-90742011000100002&script=sci_arttext). Scielo Brasil.3. ↑ Ciclo da Cana-de-açúcar (http://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/). InfoEscola.4. ↑ O Ciclo do Açúcar (http://marfaber.vilabol.uol.com.br/brasil/acucar.htm). Marfaber.5. ↑ Ciclo do açucar (http://www.mundovestibular.com.br/articles/4518/1/CICLO-DO-ACUCAR/Paacutegina1.html). Mundo

vestibular.6. ↑ Ciclos Econômicos no Brasil (http://amigonerd.net/trabalho/92-ciclos-economicos-no-brasil). Portal Amigo Nerd.7. ↑ Cana e trabalho escravo sustentaram o Brasil colônia (http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/economia-colonial-

cana-e-trabalho-escravo-sustentaram-o-brasil-colonia.jhtm). UOL Educação.8. ↑ Sociedade Colonial (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/brasil-colonia/sociedade-colonial.php). Portal São

Francisco.9. ↑ Sociedade Colonial Brasileira (http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/sociedade-colonial-brasileira). Cola da

web.10. ↑ SCHWARTZ, Stuart. Burocracia e sociedade no Brasil colonial: O Tribunal Superior da Bahia e seus desembargadores,

1609-1751 (http://www.companhiadasletras.com.br/trechos/12372.pdf). Companhia das letras.11. ↑ A feijoada foi criada pelos escravos (http://super.abril.com.br/alimentacao/feijoada-foi-criada-pelos-escravos-

622358.shtml). Super Interessante.12. ↑ Lima, Cláudia. Tachos e panelas: historiografia da alimentação brasileira. Recife: Ed. da autora, 1999. 2ª Ed. 310p. ISBN

859010321813. ↑ Cavalcante, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 978858819362814. ↑ Invasões Francesas no Brasil (http://www.infoescola.com/historia/invasoes-francesas-no-brasil/). InfoEscola.15. ↑ Invasões Holandesas no Brasil (http://www.infoescola.com/historia/invasoes-holandesas-no-brasil/). InfoEscola.16. ↑ Entradas e Bandeiras (http://www.brasilescola.com/historiab/entradas-bandeiras.htm). Brasil Escola.17. ↑ Apostila de atualidades

(http://www.colegiocursodesafio.com.br/v2/material/APOSTILA%20DE%20ATUALIDADES.pdf). Colégio/Curso desafio.18. ↑ RIBEIRO, Gladys Sabina.. Desenlaces no Brasil pós-colonial: a construção de uma identidade nacional e a Comissão

Mista Brasil - Portugal para o reconhecimento da Independência.

(http://www.historia.uff.br/artigos/ribeiro_desenlaces.pdf). Universidade Federal Fluminese.

BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do ExércitoEditora, 1958. 368 p.Fausto, Boris - História do Brasil. 12 edição. São Paulo, SP: EDUSP: Editora da Universidade de São Paulo,2006. ISBN 85-314-0240-9.Donato, Hernâni. Dicionário das batalhas brasileiras. São Paulo: Ibrasa, 1987.BUENO, Eduardo. Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999.288 p. il. ISBN 85-7302-252-3A construção do Brasil. Editora Vera Cruz (http://www.nossahistoria.net/default.aspx?pagid=LRICVKTI)1824 - A Primeira Constituição Brasileira Constituição Política do Império do Brasil

(http://www2.uol.com.br/linguaportuguesa/valeoescrito/ve_constituicao.htm)Diálogos das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão

(http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/autores/ambrosiofernandesbrandao/dialogos/dialogos_texto.html)(BibliotecaVirtual do Estudante de Língua Portuguesa)Pimenta, João Paulo Garrido. Portugueses, americanos, brasileiros: identidades políticas na crise do Antigo

Regime luso-americano. Almanack braziliense, nº03, 2006(http://www.almanack.usp.br/PDFS/3/03_artigos_2.pdf)O município no Brasil-Colônia (http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1060)A incidência do ISS no local da prestação (http://jusvi.com/artigos/1088)YOUNG, Ernesto G. Subsídios para a História de Iguape e seus Fundadores. Revista do IHGSP, vol VII, SãoPaulo, 1902 pp. 286–298.

a b

a

Page 8: Brasil Colônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Precedido por

Período pré-colonialBrasil colonial

1530 - 1815Sucedido por

Reino Unido de Portugal, Brasil eAlgarves

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Brasil_Colônia&oldid=35484118"Categorias: Estados extintos da América do Sul Estados coloniais extintos Colonização da AméricaHistória do Brasil Colonial Império Português

Esta página foi modificada pela última vez à(s) 21h06min de 21 de abril de 2013.Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Partilha nos Mesmos Termos 3.0 não Adaptada (CCBY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Consulte as condições de uso para mais detalhes.