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Brasil. METODOLOGIA Relatório Consumo Ético no Brasil Relatório Compras Públicas Sustentáveis no Brasil Grupos Focais - 87 participantes Pesquisa Quantitativa

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METODOLOGIA Relatório Consumo Ético no BrasilRelatório Compras Públicas Sustentáveis no Brasil Grupos Focais - 87 participantesPesquisa Quantitativa - Akatu

Gênero

Feminino 4

Masculino 2

Mistos 10

Total 16

Regiões

Sudeste 8

Centro-oeste 2

Nordeste 3

Sul 3

Total 16

Classes

Média/alta 8

Baixa 4

Indiferente 4

Total 16

Grupo Focal com pequenos agricultores – SC

Faixa Etária

Terceira idade

1

Adultos 10

Jovens adultos

4

Adolescentes 1

Total 16

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Consumo Ético

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• A maioria dos entrevistados conhecem as expressões sem saberem explicar o que significam.

• Consumo ético é expressão difundida e sim consumo consciente.

• Os melhor informados sobre o significado das expressões são grupos de pequenos agricultores e militantes.

• Mais frequentes associações de idéias ao consumo consciente:

• consumir menos; • economizar água, energia e dinheiro;• ser honesto e correto nas atitudes; • zelar pela saúde e pela qualidade de vida; • escolher produtos sem agrotóxicos; • fazer reciclagem.

Consumo Ético

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• As classes de renda mais alta dominam o discurso sobre o cuidado com o meio ambiente, mas o discurso não corresponde a suas práticas cotidianas de estilo de vida.

• As classes de renda mais baixa não dominam tal discurso mas suas práticas cotidianas são mais afinadas com um estilo de vida sustentável, mas não por uma escolha de “consumo consciente” e sim pela imposição das circunstâncias e da necessidade:

• consomem menos por não disporem de renda para consumir mais,

• compram mais produtos orgânicos de produção caseira não como uma livre escolha, mas como imposição das circunstâncias e necessidades,

• dentro dos limites de suas possibilidades de escolha (com o preço mais baixo como determinante principal) buscam consumir produtos com maior durabilidade e sem grande apego a marcas.

Discurso e práticas somente aparecem “colados” no caso dos grupos militantes (independentemente do nível de renda) e dos pequenos produtores da agricultura familiar.

Aparente paradoxo 1

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• Para a maioria dos entrevistados o “consumo consciente” não é padrão norteador do estilo de vida das pessoas comuns, tampouco acreditam (em clara oposição aos grupos de militantes e pequenos agricultores familiares) que tal estilo de vida seja possível para a sociedade como um todo.

• No entanto acham que está é uma opção de vida virtuosa da parte dos grupos que a praticam:

“Acho que é difícil você pesar isso na hora, talvez você não pense nisso na hora, depois você pode até pensar, você sabe que é prejudicial ao meio ambiente, mas quando você está comprando não vai pensar”.

“Então, eu acho que eu, eventualmente, posso fazer isso lembrando do que foi associado aquela marca, mas não que eu vá escolher todas as minhas compras baseada nisso. Isso acontece eventualmente”.

Aparente paradoxo 2

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•Eventos de ampla divulgação na mídia encontram forte ressonância em meio aos posicionamentos dos entrevistados, tais como:

• o “caso Zarah” (denúncia e punição pelo exploração indigna de trabalhadores clandestinos) e

• a prescrição do uso de sacolas plásticas nos supermercados.

“Eu considero, por exemplo, farmácia, bolsinha não me dão mais, eu boto no bolso. Que muitas vezes você vai no supermercado e se é muito pesado botam duas sacolas, não bota só uma. Não precisa sacola, é mais lixo”. “O negócio do plástico pra mim também é importante. Eu evito, assim, usar de carregar, sacolinhas plásticas. No meu carro sempre tem três ou quatro, praquelas feiras de agricultura familiar”.

“É, eu tenho as sacolinhas separadas. Me pergunta se eu levo? “

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• Os critérios decisivos para as compras da maioria dos entrevistados são preço e qualidade (mesmo as classes de nível de renda mais alto indicam o preço como fundamental).

• O nível de conhecimento dos entrevistados sobre informações sócio-ambientais relativas aos produtos e serviços que adquirem é reconhecidamente precário.

• Há forte desconfiança com relação às certificações de produtos e serviços:

“Às vezes você tem critérios de certificação que não permitem que o pequeno produtor ... por uma série de razões … não obtêm a certificação e isso não quer dizer que ele não atenda aos outros critérios“

“Acho que tem que pesquisar mais a fundo, certificação eu não acredito”.

“ A certificação como uma forma de expropriação também...”

“Se você pagar, eu certifico”.

Critérios de decisão

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Compras Públicas Sustentáveis

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• A maioria dos entrevistados valoriza a importância da pequena empresa. como fornecedora, ao mesmo tempo em que receiam que ela possa ter desempenho precário:

“Mas tem serviços que pequenas empresas não estariam aptas para atender”.

“A única coisa que eu penso é o seguinte: uma empresa pequena vai suportar a demanda?”

“Eu iria na família, eu acharia mais confiável a família. Eu sei que poderia muito bem me enganar, a família podia não ter um controle de qualidade... Mas a princípio...”

Aparente paradoxo 3

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A maioria dos entrevistados não acredita que pessoas comuns possam influenciar as compras públicas. As principais razões apontadas para isso são corrupção e tráfico de influências, resultando em processos decisórios opacos:

“Se eu tô comprando uma coisa que é pública e eu sou o gestor público, eu tenho que dar publicidade ao quanto eu paguei naquela coisa.”

“Favorecimento talvez sim, além de propina. Vamos supor que a prefeitura compre alguma coisa pra terceira idade, a terceira idade poderia decidir se quer comprar ou não”. “O cara compra aquilo que ele acha que tem que comprar, sem saber o interesse do coletivo. E por outro lado o povo também não se organiza”.

“Não, porque já tem muita coisa tentando influenciar, tem protesto... Não muda. O prefeito não vai deixar de comprar porque um grupo fez um tal protesto e falou que aquilo destrói o meio ambiente. Eles vão comprar o que estiver bom na visão deles, o que der mais lucro pra eles, no caso...”

O maior desafio

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• R$ 25,8 milhões em bens e serviços com critérios sustentáveis;• computadores – 39% / papel 16,4% / ar condicionado 15,7%• 99% por pregão eletrônico;• micro e pequenas empresas continuam a aumentar sua participação nas compras sustentáveis, chegando a 55% do valor investido em 2012.(SECOM, 2012)

http://www.comprasnet.gov.br/ajuda/03_-_Compras_Sustentaveis.pdf

Nos 9 primeiros meses de 2012 as CPS crescem 194% em comparação a

2011;

Dados da Secretaria de Comunicação da Presidência da República do Brasil indicam tendência de aumento nas compras públicas sustentáveis

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Tal tendência tem apoio em iniciativas político-institucionais, tais como:

• Secretaria Nacional de Economia Solidária (2003)• Política Nacional de Mudança do Clima (2008)• Lei 11.947 (2009) - princípio de refeições saudáveis no sistema de merenda• Instrução Normativa 01 (2010) - recomendações internacionais da Comissão Européia para aspectos ambientais: eficiência energética, consumo de água reduzido, utilização de energias renováveis, gestão de resíduos, biodegradabilidade e rastreabilidade;• Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010)• Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis – PPCS (2011).

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Thank You, Gracias, Obrigada!

Para relatórios completos e outras informações:

http://sustainablechoices.info