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BRASIL, PAÍS MESTIÇO. Final do século XIX: - Contexto nacional: - 1870: Lei do ventre Livre. - 1888: Abolição da escravidão. -1889: Proclamação da República. Contexto internacional: Evolucionismo (“A origem das espécies”, 1859). - PowerPoint PPT Presentation
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BRASIL, PAÍS MESTIÇO
• Final do século XIX:- Contexto nacional:
- 1870: Lei do ventre Livre.
- 1888: Abolição da escravidão.
-1889: Proclamação da República.
– Contexto internacional:
• Evolucionismo (“A origem das espécies”, 1859).– Sociedade com uma linha evolutiva única, humanidade
dividida em etapas.
• Positivismo
• Cientificismo
• A busca por explicações à diversidade humana:
– O conceito de raça introduzido por Georges Cuvier, em inícios do XIX, inaugurou “a idéia da existência de heranças físicas permanentes entre os vários grupos humanos”.
– Do darwinismo biológico ao darwinismo social: o que valia para a natureza, valia para os homens, e as desigualdades sociais e políticas eram vistas como diferenças biológicas e naturais.
– Introdução da idéia de raça na literatura científica no século XIX.
– A ciência como ideologia >> racialismo, o racismo “científico”
Primeiras visões sobre o Brasil Que país será esse?
1) Conde de Gobineau:
- Diplomata francês e um dos maiores teóricos do racismo no século XIX.
- “Ensaio da desigualdade das raças humanas” (1854), bíblia do racismo moderno. Origem das espécies é de 1859.
- Explicação da História a partir do plano biológico e fisiológico.
- Dizia que toda civilização estava fadada à auto-destruição e que essa vinha de dentro, da miscigenação.
- Toda sociedade nasce racialmente pura e, com o tempo, vai se degenerando: o contato é inevitável.
- Ambigüidade: Sociedade, ao virar civilização, vira Estado-Nação e passa a ser conquistador ou conquistado. O contato com outros povos move a história mas cava seu fim.
- Somente a raça branca ou "Ariana", criadora da civilização, possuía as virtudes mais elevadas do homem: honra, amor à liberdade, etc., qualidades que poderiam ser perpetuadas apenas se a raça permanecesse pura.
- Sucesso das instituições depende do sangue do grupo: raça determina os instintos, por isso a política e a economia dependem dela.
- Decadência é inevitável. Degeneração é a perda do valor intrínseco daquele grupo racial.
- Diz que as raças amarelas e negra produzem repulsão e a branca atração. Todas as sub-raças (inclusive os índios) derivam de combinações entre estas.
- Postulava a superioridade da raça branca sobre as demais, e nesta distinguia os povos Arianos, os alemães, representando o povo mais civilizado (Monogenia).
- Sustentou a teoria de que o destino das civilizações é determinado pela composição racial, que os brancos, e em particular as sociedades arianas floresciam desde que ficassem livres dos pretos e amarelos.
- Quanto mais o caráter racial de uma civilização se dilui através da miscigenação, mais provável que ela perca a vitalidade e a criatividade, e mergulhe na corrupção e imoralidade.
- Por outro lado, valoriza a mestiçagem ao dizer que o negro tem valor artístico e. com os amarelos, maior sensualidade. Diz que o problema é que a mestiçagem traz também as coisas “ruins”.
• Veio ao Brasil no final no Império.
• Previu que o país, dado o grau de mestiçagem, extinguir-se-ia em cerca de 200 anos.
“Se em lugar de se reproduzir por ela mesma, a população brasileira estivesse em situação de minorar com vantagem os elementos desgraçados de sua constituição étnica atual, fortificando-os por alianças de valor mais alto com raças européias, então o movimento de destruição observado em suas classes cessaria e daria lugar a um curso totalmente oposto. A raça se levantaria, a saúde pública melhoraria, o temperamento moral se veria recuperado e as modificações mais felizes se introduziriam no estado social de este admirável país”
• Louis de Agassiz
– Zoólogo suíço.
– Poligenista (cada raça vem de uma região geológica).
– Ao contrário de Gobieneau, não vê lado bom na miscigenação e não a vê como inevitabilidade.
– "Aqueles que põem em dúvida os efeitos perniciosos da mistura de raças e são levados, por falsa filantropia, a romper todas as barreiras colocadas entre elas deveriam vir ao Brasil. Não poderá negar a deterioração decorrente da amálgama das raças mais geral aqui do que em qualquer outro país do mundo, e que vai apagando rapidamente as melhores qualidades do branco, do negro e do índio deixando um tipo indefinido, híbrido, deficiente em energia física e mental"."
• Identidade nacional: a questão da mestiçagem vista através do determinismo biológico.
• Contexto de surgimento das Ciências Sociais: Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Oliveira Viana etc.
• Pergunta de fundo: como reverter o atraso brasileiro?
• Paradigma vigente até os anos 1930.
A redenção de cã (Modesto Brocos, 1895)