68

Brasil Rotário - Outubro de 2006

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição nº 1.012 da revista Brasil Rotário. Outubro de 2006.

Citation preview

Page 1: Brasil Rotário - Outubro de 2006
Page 2: Brasil Rotário - Outubro de 2006
Page 3: Brasil Rotário - Outubro de 2006

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal

de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.

05 Mensagem do PresidenteWilliam B. Boyd

06 O Rotary de ontem, de hojee de amanhãElmon Geraldo Dinelli

08 Do Rotary que temos ao Rotaryque gostaríamos de terCarlos Enrique Speroni

10 Entrevista: Julio Sorjús,chair da convenção do RI

12 Comer ou não comer?Rebecca Voelker

14 Esporte e qualidade de vidaEunice Chaves

17 Stenhammar louva oserviço na China

18 Razões do sucessoAlberto Bittencourt

22 Irrigação cria muito mais empregosManoel Bomfim Ribeiro

24 Mais espaço para os jovensLindoval de Oliveira

27 O rumo é a educaçãoCarlos Alberto Sardenberg

28 O Rotary é um caminho paraa felicidadeJosé Firmino de Oliveira

29 A força dos ServiçosProfissionaisRemaclo Fischer

30 XXIX Instituto Rotáriodo BrasilNewton Camargo Moraes

36 3º Encontro de Rotarianos dePaíses de Língua PortuguesaGunter Pollack

40 Obesidade e diabetes: duasmarcas do nosso tempoIsaac Benchimol

61 Pedido de subsídio deUS$ 3 mil

SEÇÕES

JULIO SORJÚS e a estátua

de Abraham Lincoln

O ESPORTEreintegrandofísica e socialmente

Pág. 2424242424

NO AUDITÓRIO

do Espro-

Itaguaçu,

um grupo

de rotarianos

ouve o

presidente

do Conselho

Deliberativo

da entidade,

Fernando de

Almeida NobrePág. 1010101010

O CASAL diretordo RI: Lilia e seu

marido, o convocadordo Instituto Rotário

ArchimedesTheodoro, CarlosEnrique Speroni

Pág. 1414141414 Pág. 3030303030

Fo

to A

. Fre

ire

Capa: Foto Keystone

04 Rotarianos que são notícia

20 Mulher

38 Decoração

42 Informática

44 Interact e Rotaract

46 Informe do RI aos rotarianos

47 Livros

48 Distritos em revista

55 Novos CompanheirosPaul Harris

58 Senhoras em ação

59 Relax

60 Coluna do chairman da FR

Os 50 mais

Cartas e recados

Fo

to S

érg

io A

fon

so

Page 4: Brasil Rotário - Outubro de 2006

2 OUTUBRO DE 2006

Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de maiselevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do BrasilÉTICA

GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL 2006-2007CONSELHO DIRETOR2006-2007

ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA

CURADORES DAFUNDAÇÃO ROTÁRIA,2006-07

CHAIRMAN

Luis Vicente Giay

CHAIRMAN-ELEITO

Bhichai Rattakul

VICE-CHAIRMAN

Mark Daniel Maloney

CURADORES

Carolyn E. JonesDong Kurn LeeGlenn E. Estess, Sr.Jayantilal K. ChandeJonathan B. MajiyagbeK.R. RavindranMichael W. AbdallaPeter BundgaardRobert S. ScottRon D. BurtonRudolf HörndlerSakuji Tanaka

PRESIDENTE

William B. Boyd

PRESIDENTE-ELEITO 2007-08

Wilfrid J. Wilkinson

VICE-PRESIDENTE

Jerry L. Hall

TESOUREIRO

Frank N. Goldberg

DIRETORES

Anthony F. de St. DalmasCarlos E. SperoniDonald L. MebusHorst Heiner HellgeIan H. S. RiseleyKjell-Åke ÅkessonKwang Tae KimMasanobu ShigetaMichael K. McGovernMilton O. JonesNoraseth PathmanandÖrsçelik BalkanRaffaele Pallotta d’AcquapendenteRobert A. Stuart, Jr.Yoshimasa Watanabe

DISTRITO 4310José Domingos ZancoRotary Club de Americana-Integração, SP

DISTRITO 4390Carlos Fernandes de Melo FilhoRotary Club de Aracaju-Norte, SE

DISTRITO 4410Pedro Carlos SabadiniRotary Club de Colatina-São Silvano, ES DISTRITO 4420Marcelo Demétrio HaickRotary Club de Santos-Praia, SP

DISTRITO 4430Paulo Eduardo de Barros FonsecaRotary Club de São Paulo-Liberdade, SP

DISTRITO 4440Adão Alonço dos ReisRotary Club de Várzea Grande-Centro, MT

DISTRITO 4470Gener SilvaRotary Club de Araçatuba-Oeste, SP

DISTRITO 4480Beninho DaltoRotary Club de Catanduva, SP

DISTRITO 4490Júlio Jorge D’Albuquerque LóssioRotary Club de Fortaleza-Meireles, CE

DISTRITO 4500José Jorge Indrusiak da RosaRotary Club de João Pessoa, PB

DISTRITO 4510Alonso Campoi Padilha Jr.Rotary Club de Bauru-Norte, SP DISTRITO 4520Domingos SoutoRotary Club de Belo Horizonte-Cidade Jardim, MG

DISTRITO 4530Luiz Gustavo Kuster PradoRotary Club de Brasília-Lago Norte, DF

DISTRITO 4540Nivaldo Donizete AlvesRotary Club de Franca-Imperador, SP

DISTRITO 4550Iracy Pereira SantosRotary Club de Guanambi, BA

DISTRITO 4560Huáscar Soares GomideRotary Club de Itaúna-Cidade Universitária, MG DISTRITO 4570Waldir Nunes RibeiroRotary Club de Nilópolis, RJ DISTRITO 4580José Eduardo MedeirosRotary Club de Juiz de Fora, MG DISTRITO 4590Anthony KasendaRotary Club de Atibaia, SP

DISTRITO 4600Marco Antonio Toledo PizaRotary Club de Aparecida, SP

DISTRITO 4610Clóvis Tharcísio PradaRotary Club de São Paulo-República, SP

DISTRITO 4620Valter ZamurRotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4630Maria da Penha Oliveira SurjusRotary Club de Paranavaí-Moema, PR

DISTRITO 4640Dalva Figueiredo dos Santos RigoniRotary Club de Cascavel-União, PR

DISTRITO 4650Sergio dos Santos CorreaRotary Club de Herman Blumenau, SC

DISTRITO 4651Eloir André KuserRotary Club de Araranguá, SC DISTRITO 4660Jayme Maia PereiraRotary Club de Santa Maria-Sul, RS DISTRITO 4670Ana Glenda Viezzer BrussiusRotary Club de Canela, RS

DISTRITO 4680Antonio Carlos Pereira de SouzaRotary Club de Porto Alegre, RS

DISTRITO 4700Eronilde RibeiroRotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4710Oswaldo Aparecido FavaroRotary Club de Bela Vista do Paraíso, PR

DISTRITO 4720Adélio Mendes dos SantosRotary Club de Ananindeua, PA

DISTRITO 4730Paulo Augusto ZanardiRotary Club de Curitiba-III Milênio, PR

DISTRITO 4740Clara Frida PereiraRotary Club de Otacílio Costa, SC

DISTRITO 4750Joel Rodrigues TeixeiraRotary Club de Niterói-Pendotiba, RJ

DISTRITO 4760Adauto Mansur ArabeRotary Club de Belo Horizonte-Santo Agostinho, MG

DISTRITO 4770Johannes Alphonsus Maria KasbergenRotary Club de Uberaba, MG DISTRITO 4780Antonio PlanellaRotary Club de Livramento, RS

Page 5: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 3

Ano 81 Outubro, 2006 nº 1012

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2005-07Diretoria ExecutivaPresidente: Roberto Petis FernandesVice-Presidente de Operações:Jorge Costa de Barros FrancoVice-Presidente de Administração:Guilherme Arinos Lima Verde deBarroso FrancoVice-Presidente de Finanças:José Maria Meneses dos SantosVice-Presidente de Planejamento/Controle:Ricardo Vieira L. M. GondimVice-Presidente de Marketing:José Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInstitucionais:Carlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente Jurídico:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros Efetivos:Adelia Antonieta VillasAmérico Matheus FlorentinoAntonio HallageFernando A. Quintella RibeiroFernando A. P. MagnusFlávio A. Queiroga MendlovitzJosé Moutinho DuarteMembros Suplentes:Bemvindo Augusto DiasPedro Maes CastellainGerente Executivo:Edson Avellar da Silva

ASSESSORESAbel Mendes Pinheiro JúniorAry Pinto Dâmaso (Publicidade)Cleofas Paes de Santiago (CER)Edson Schettine de Aguiar (Cultural)Eduardo Álvares de S. Soares (Sul)Enrique Ramon Perez Irueta (Traduções)Geraldo Lopes de Oliveira (Especial)Jorge Bragança (Sudeste)José Augusto Bezerra (Nordeste)Valério Figueiredo R. de Souza(Nordeste)Waldenir de Bragança

CONSELHO FISCAL 2006-2007Membros Efetivos:Jorge Manuel R. Monteiro(Coordenador do CF)Antônio Vilardo (Secretário)Haroldo Bezerra da CunhaMembros Suplentes:Dulce Grünewald Lopes de OliveiraGeraldo da Conceição

CONSELHO CONSULTIVOMembros NatosEfetivos:Governadores 2006-07Suplentes:Governadores eleitos 2007-08

CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVOPresidente: Roberto PetisFernandesSecretário: Edson Avellar da SilvaMembros:Lindoval de OliveiraNuno Virgílio NetoLuiz Renato Dantas Coutinho

CONSELHO EDITORIAL CONSULTIVO● Roberto Petis Fernandes● Carlos Henrique de Carvalho Fróes● Carlos Jerônimo da Silva Gueiros● Guilherme Arinos Lima Verde

de Barroso Franco● Jorge Costa de Barros Franco● José Alves Fortes● José Maria Meneses dos Santos● Ricardo Vieira L. M. Gondim

COMISSÃO DE INVESTIMENTOSAmérico Matheus Florentino (Vice-Coordenador)Jorge Costa de Barros FrancoJosé Maria Meneses dos Santos(Coordenador)Roberto Petis Fernandes

DIRETOR RESPONSÁVEL: Roberto Petis Fernandes

EDITOR: Lindoval de Oliveira - Jorn. Prof. Mtb. 3.483/9/144

REDAÇÃO E DEPTO. DE MARKETING: Av. Rio Branco, 125 - 18ºandar - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20040-006 - Tel: (21) 2509-8142;Fax: (21) 2509-8130.

E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]

REDAÇÃO: Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, MariaCristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto eRenata Coré.

DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira

IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro

HOMEPAGE: http://www.brasil-rotario.com.br

* As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própriaRio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2509-8142 / FAX: (21) 2509-8130

E-mail: [email protected]

Archimedes Theodoro(Belo Horizonte-MG)EDRI 1980-82Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

CONSELHO EMÉRITO

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05Carlos Enrique Speroni(Buenos Aires-Argentina)DRI 2005-07

LeiaCARO LEITOR,

É do RC de Brasília-Cruzeiro o autor da matéria decapa desta edição, Manoel Bomfim Ribeiro, umaautoridade em assuntos hídricos. Tomando o gan-

cho do desemprego, ele nos mostra que a agriculturairrigada gera mais empregos e prende o homem à terra.O potencial irrigável do Brasil é de 29 milhões de hec-tares, mas só possuímos 2,8 milhões irrigados. Leia oartigo e reflita sobre os argumentos que ele reuniu.■ Rotariano há 54 anos, o EGD Remaclo Fischer fez, anosso pedido, o registro do tema do mês no calendáriodo RI – Serviços Profissionais.

■ Leitura imperdível, principalmente para os compa-nheiros recém-ingressados: Razões do sucesso, com oEGD de bom texto Alberto Bittencourt analisando osquatro motivos que possibilitaram ao Rotary comple-tar um século de proveitosas atividades sociais.

■ O terceiro registro vem do EPRI Carl-WilhelmStenhammar, que – ao comemorar as oportunidades deserviço com os RCs de Pequim e Xangai – anunciouque o Conselho Diretor do RI indicou Christopher BoBramsen, sócio do RC de Kobenhaven, na Dinamarca,como representante especial para a China.

■ O XXIX Instituto Rotário do Brasil, realizado entre osdias 31 de agosto e 03 de setembro em Atibaia, São Paulo,ocupa oito páginas, com textos do EGD Newton CamargoMoraes e Gunter Pollack. Fotos de Sérgio Afonso.

■ Recomendamos a leitura do magnífico trabalho deEunice Chaves, classificado em terceiro lugar no 13º Con-curso de Monografias para Professores – Esporte e qualida-de de vida. Ela foi muito feliz em focalizar os hábitos dosadolescentes e suas possíveis conseqüências no futuro.

■ Nesta edição você encontra uma interessante entre-vista com Julio Sorjús, chairman da convenção de SaltLake City e que já esteve presente em 22 encontrosanteriores. Justificando a escolha dessa cidade, ele dizque “os convencionais se identificarão com os vastos eilimitados horizontes do estado de Utah” e que a ma-gia do Oeste Americano ainda está presente e viva emSalt Lake City.

■ Como noticiado na edição de setembro, o RI está ofe-recendo um subsídio de até US$ 3 mil para cada clube edistrito para ser empregado na divulgação da imagemda organização em jornais, revistas etc. Você encontrao formulário para a solicitação do subsídio e os proce-dimentos a serem observados a partir da página 61.

■ Muitas outras matérias rotárias, além das seções queimprimem força editorial à BR, vão disputar sua aten-ção. Nos assuntos de interesse geral, destaque para oartigo de Isaac Benchimol, companheiro do RC deCopacabana, no Rio, ocupando-se de dois preocupantesmales da vida moderna: a obesidade e o diabetes.

“Em todas as coisas, o sucesso depende de prepa-ração prévia, e sem essa preparação certamente ha-verá fracasso” – CONFÚCIO

L. O.

Page 6: Brasil Rotário - Outubro de 2006

4 OUTUBRO DE 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Rotarianos que são notícia

CARLOS UMBERTO Gomes,sócio do Rotary Club deAfogados da Ingazeira,PE(D.4500) tomou posse naAcademia Maçônica de Letrasde Olinda. Na foto, ele estáladeado pela filha erotariana, Anna Karla, e pelamulher, Maria de Lourdes,presidente do clube.

COMPANHEIRO DO RotaryClub de João Pessoa,

PB(D.4500), José LoureiroLopes foi homenageado com a

comenda Ordem do MéritoJudiciário do Trabalho –

Epitácio Pessoa. Recentemente,ele também assumiu o cargo

de reitor do Centro Universitá-rio de João Pessoa.

O COMPANHEI-RO EmidioLeitão daCunha, doRotary Club deJoão Pessoa,PB(D.4500), é oatual presidenteda SociedadeBrasileira deFarmacognosia

(o ramo da Farmacologia quetrata das drogas ou substânciasmedicinais antes de serem subme-tidas a qualquer manipulação).

SÓCIOS DO Rotary Club deAnápolis, GO(D.4530), RaimundoNonato e Sultan Falluh receberam

a Medalha Gomes de SouzaRamos, a maior comenda do

Executivo local.

EX-PRESIDEN-TE DO RotaryClub deBangu,RJ(D.4570),JoaquimCavalcantiViana Barbo-sa foi agraci-ado com a

Moção de Aplausos eLouvor pela AssembléiaLegislativa do Estado doRio de Janeiro.

EDWARDSDE Oliveira

Demarco,sócio do

RotaryClub deCampi-

nas-Norte,

SP(D.4590),foi home-nageadopela Real

SociedadePortuguesa

de Beneficência de Campinascomo patrono de uma ala para

internações. O companheiro é ex-presidente e membro vitalício do

conselho deliberativo da entidade.

A COMPANHEIRA ZenaideNarciso Basso, sócia do RotaryClub de Cascavel-Leste,PR(D.4640) é a atual presi-dente da Sociedade deArquitetura e Urbanismo local.

REGINALDODA Luz Pujol,deputadoestadual ecompanheirodo RotaryClub de PortoAlegre-Partenon,

RS(D.4680), assumiu apresidência da Comissãodo Mercosul e AssuntosInternacionais da Assem-bléia Legislativa do RioGrande do Sul. Ele étambém o atual vice-presidente da União deParlamentares doMercosul.

O EGD e sócio do

Rotary Club do Rio

de Janeiro,

RJ(D.4570), Mauro

Ribeiro Viegas, foi

homenageado com a

Medalha ao Mérito e

um diploma pelo

Conselho Federal de

Engenharia, Arquitetu-

ra e Agronomia.

Page 7: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 5

WILLIAM B. BOYD

Presidente 2006-07 do RI

Mensagem do

PresidenteCAROS COMPANHEIROS,

NA REDE

Para ler os pronunciamentos e

notícias do presidente

do RI Bill Boyd, visite sua

página no endereço

www.rotary.org/president/boyd

á alguns anos, John Dean III, advogado da Casa Branca à época deRichard Nixon, fez um discurso na Conferência do Distrito 5670,Kansas, EUA. O tema era Watergate, a Guerra e a Prova Quádru-pla. Ele concluiu com esta declaração: “Quero afirmar, sem medode contradição, que se nós que estávamos envolvidos no

Watergate tivéssemos usado, ainda que ocasionalmente, a Prova Quá-drupla, Watergate não teria existido. Em resumo, a Prova Quádruplafunciona... E funcionará para qualquer outra matéria se a quisermospôr em prática.”

A Prova Quádrupla é uma das marcas do Rotary. Desde que ela foicriada por Herbert J. Taylor, em 1932, sempre se mostrou relevante. Suasquatro perguntas diretas não estão baseadas em considerações cul-turais ou religiosas; ao contrário, elas constituem uma simples re-ceita para o comportamento ético. Elas transcendem fronteiras egerações.

Como rotarianos, deveríamos ter gravada em nossas mentes a ProvaQuádrupla – em cada decisão tomada, ao longo de cada dia. Quandoconsideramos as nossas vidas no trabalho, em casa e na comunidade,temos que levar em conta a nossa condição de rotarianos e a nossaresponsabilidade em sempre dizer a verdade, sermos justos, construirum ambiente de bem-estar e melhores amizades à nossa volta, e sem-pre fazer o melhor para cada pessoa que encontrarmos.

Também devemos deixar sempre claro que não abriremos mão docomportamento ético. Pendurar a Prova Quádrupla numa parede, à vis-ta de todos, serve de mensagem que nós, rotarianos, somos pessoasíntegras, que nos importamos com o próximo.

A Prova Quádrupla resume as decisões éticas a algo que pode serinscrito numa pequena placa. Mas o EPRI Richard Evans simplificou-aainda mais, enfeixando tudo numa só pergunta: “É direito?”. Sobre estareflexão, escreveu: “Grande parte das propostas que são feitas em todoo mundo poderiam ser eliminadas facilmente se a seguinte perguntaprévia fosse feita: ‘É direito?’ Se é, sigamos adiante. Podemos estendera questão para avaliar se é ou não conveniente, se é ou não lucrativa, senós queremos ou não. Mas se não é direito, estaremos perdendo tempoem fazer outras, porque se não está certo, não vale a pena, não importase interessa a alguém ou não.”

Como rotarianos, espero que adotemos esse conselho como válido,o guardemos no coração, e Mostremos o Caminho, fazendo somente oque for correto.

H

Page 8: Brasil Rotário - Outubro de 2006

6 OUTUBRO DE 2006

Ainda nos primórdios da im-plantação da doutrina e dafilosofia rotária, quando sur- giram os primeiros Rotary

Clubs, Paul Harris mantinha um fir-me propósito de selecionar os con-vidados para conhecer os clubes jáexistentes porque confiava no fatode que aqueles sócios em potencialpossuíam os valores imprescindíveisa um rotariano.

A seqüência dessa exigência erao surgimento de novos clubes, cujosquadros sociais eram compostos delíderes de classificações profissionais,donos ou gerentes de seus negócios,homens que estavam disponíveispara o Ideal de Servir em união decompanheirismo.

Buscando sempre os melhores lí-deres em cada segmento profissio-nal, os clubes rotários eram compos-tos por uma verdadeira elite, ou seja,pela nata da sociedade local. Daí aideal aproximação e identidade en-tre liderança e elite. Durante váriasdécadas, os rotarianos representa-vam o que de melhor existia emcada comunidade. Eram exemplareschefes de família, competentes e de-dicados profissionais, homens reco-nhecidos em suas comunidades porsuas condutas ilibadas.

As lideranças eram a elite, masnem sempre por sua posição socialou pelo privilégio de sua situação fi-nanceira. O que mais definia a qua-lidade de um líder era a sua efetivadisponibilidade para atender os pro-blemas da comunidade.

Os rotarianos tinham que serdisponíveis e dotados de valoresconfiáveis, atuando em profissõeshonradas. Com eles, os clubesrotários trabalhavam em avenidasde mão dupla: uma buscando e tra-zendo para análise os problemasexistentes na comunidade, a ou-

Os desafios dos rotarianos ao longo da história

Elmon Geraldo Dinelli*

tra apresentando projetos viáveispara solucioná-los.

É importante afirmar que o rota-riano não necessitava ser rico finan-ceiramente, mas também não po-deria ser carente ou incapaz de pa-gar a mensalidade indispensável àmanutenção do clube, assim comopara participar de algumas iniciati-vas onde o gasto de algum dinheironão criaria graves problemas.

Esse “Rotary de ontem” – quetambém podemos chamar de “oRotary de Paul Harris” – era repre-sentativo e disponível, longe da hon-rosa atividade de filantropia exerci-da por outras instituições ainda exis-tentes no mundo. Aqueles rotaria-nos tinham a capacidade de agir ede resolver problemas por meio dasolidariedade e da sábia participa-ção junto aos poderes financeiros,públicos e particulares. O Rotary eraconfiável em suas iniciativas.

Hoje e amanhãO Rotary de hoje é aquele com oqual estamos vivendo da década de50 até os nossos dias. Por uma coin-

cidência óbvia, também podemoschamá-lo de “o Rotary de Arch C.Klumph”, o perseverante criador daFundação Rotária, iniciada comoassociação em 1917 com a finalida-de de arrecadar e capitalizar recur-sos financeiros para facilitar a solu-ção de problemas básicos em favordas carências das comunidadesmundiais.

Um ser iluminado, Paul Harris –com sabedoria e parcimônia – hiber-nou delicadamente o deslanchar doideal de Arch C. Klumph até a suamorte, em 1947. Paul Harris anteviao risco do êxito de uma instituiçãofinanceira criar tamanha tranqüilida-de para os rotarianos a ponto dedeixá-los acomodados diante da fá-cil solução dos problemas somenteatravés do dinheiro.

De fato, no Rotary de hoje, o quemais temos é uma maioria de asso-ciados a qualquer custo – e cada ummais indisponível que o outro para anecessária prestação de serviços. Sóse pensa em arrecadar cada vezmais, seja pelos sistemas existentesou através da criação de novas insti-tuições que propiciem um maiorpoder financeiro à nossa organiza-ção, criada como prestadora de ser-viços e sem fins lucrativos.

Isto não quer dizer que eu des-conheça a necessidade benéfica quepode ter a disponibilidade financei-ra no atual mundo capitalista, desdeque administrada doutrinariamente– como se costuma dizer, “nos diasatuais nem missa se celebra sem pa-gar”.

E o Rotary de amanhã? Quandofalamos “amanhã”, não estamos fa-lando somente do segundo séculode nossa organização. O Rotary doamanhã é aquele que surge a cadanovo dia após o Centenário. E porque esse zelo tão acentuado? Seri-

“No Rotary de hoje,

o que mais temos

é uma maioria

de associados a

qualquer custo

– e cada um mais

indisponível que

o outro para a

necessária prestação

de serviços”

Page 9: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 7

O que precisa ser feito

am os 100 anos de nossa organiza-ção uma contagem etária de risco?Primeiramente, devemos justificarque só zelamos por aquilo que gos-tamos e que necessita dos nossoscuidados, da nossa vigilância e danossa dedicação. Será que estamosdispensando esses cuidados ao nos-so Rotary, na proporção necessária,em todos os seus segmentos? Somoshoje rotarianos iguais aos nossos pi-

E como melhorar o Rotary deamanhã? Algumas providên-cias saltam aos olhos:

1. Não o deixando continuarenvelhecendo. Basta levantarmosa média da faixa etária de cadaclube dos nossos distritos para fi-carmos preocupados com o nú-mero de idosos indisponíveis.

2. Renovarmos as lideranças emtodas as atividades rotárias, poisninguém pode se perpetuarcomo líder, nem mesmo rotati-vamente em cargos administrati-vos. Aliás, esta é uma determi-nante de nossa sábia organização.

3. Não almejar ou lutar pelo de-sejo de ocupar cargos promo-cionais, usando processos eleito-reiros ou através de grupos privi-legiados. Aguardar que as lide-ranças surjam espontaneamente,por méritos pessoais.

4. Promover um maior interesseem torno dos eventos rotários –seminários de treinamento, con-venções, assembléias – e, subs-tancialmente, das Conferências

oneiros que nos precederam há101 anos, ou pelos menos aos nos-sos antecessores de 50, 30 ou 20anos atrás?

Lamentavelmente, temos quereconhecer que não somos. E a jus-tificativa mais fácil para amenizarnossa omissão é sempre a afirmati-va de que o mundo mudou. Sim, omundo inteiro mudou. Mas seráque Paul Harris não pensava que

Distritais, alternando a participaçãode novas e atrativas lideranças.

5. Reconduzir o Rotary à sua posi-ção de representatividade, atravésda melhoria do sistema de admis-são de novos sócios, incentivando aentrada de associados na faixa etáriaentre 35 e 50 anos.

6. Evitar o surgimento de novas obri-gações financeiras para os RotaryClubs, principalmente com o sur-gimento, em cada país, de institui-ções similares.

7. Exigir de cada líder rotário, emtodos os cargos que envolvam a uti-lização de verbas, que prestem con-tas, em tempo, dos recursos que lhessão confiados.

8. Reformular os colégios de gover-nadores distritais em suas finalida-des, principalmente no que diz res-peito à aproximação com os clubesrotários e no atendimento às suasdificuldades.

9. Tornar o Rotary mais reconhecidopela comunidade mundial, recorren-do, por exemplo, ao Polio Plus, o

maior programa rotário de todosos tempos no Brasil e no mun-do. Os grandes sacrifícios e asgrandes despesas em prol daerradicação da paralisia infantilcaíram no esquecimento detoda a mídia, e ninguém exigeque se faça justiça ao Rotary eao dedicado cientista AlbertSabin. Os programas de vacina-ção são usados exclusivamentepara promoção polít ica eeleitoreira, e nenhuma voz selevanta quanto a essa injustiçae a esse descaso.

10. O Rotary de amanhã tem queser remoçado na sua represen-tatividade para ser atrativo e ven-cer a estagnação do seu quadrosocial, atualmente em torno de1,2 milhão de sócios.

Por sua filosofia e doutrina, oRotary do amanhã será melhorporque ele cabe no infinito.

* O autor é EGD e sócio do RCde Belo Horizonte-Oeste, MG(D.4760).

NINJA

isso iria acontecer? E não foi o pe-ríodo negro de Chicago que o mo-tivou a criar o nosso Rotary? Pen-sando bem, não foi só o mundo quemudou. Será que o homem de hojeé o mesmo em sua solidariedade,em sua participação comunitária eem sua disponibilidade para servir?Atrevo-me a afirmar que, em seusprocedimentos, o homem mudoumais que o mundo.

Page 10: Brasil Rotário - Outubro de 2006

8 OUTUBRO DE 2006

CARLOS ENRIQUE SPERONIColuna do Diretor do

Rotary International

Do Rotary que temos aoRotary que gostaríamos de ter

A história nos mostra que 1905foi um ano de acontecimentosrelevantes para a humanidade,em que surgiram teorias e dou-

trinas que deixariam marcas profundase representaram grandes mudanças:● O nascimento da psicanálise, funda-da pelo neurologista vienense SigmundFreud, e que – assim como os entãorecém-descobertos raios-X permitiramolhar para dentro dos corpos – fez comque as mentes se abrissem, modifican-do a paisagem cultural e psicológica domundo moderno.● A teoria da relatividade, de AlbertEinstein – que veio modificar a lei dagravidade, de Newton – segundo aqual o tempo não é uma coisa absolu-ta, nem seu curso é sempre o mesmo.● O surgimento das primeiras manifes-tações comunistas na Rússia, inspiradaspelo marxismo, do filósofo e economis-ta alemão Karl Marx.

Todas essas idéias nasceram, cres-ceram – modificando-se ou desapa-recendo – ou cederam seus lugares aoutras. O ano de 1905 também apre-sentou outro fato relevante, como re-sultado de uma grande idéia: em 23 de feverei-ro, o advogado norte-americano Paul Percy Harris– que não foi um homem genial, como ele mes-mo confessou com modéstia, mas que teve umaidéia genial – compartilhou com três amigos umpensamento. Era o nascimento do Rotary, hojepresente em quase 170 países, e cuja chegadaaos seis continentes foi se desenvolvendo ao lon-go do século 20:

● 1905, na América: fundação do Rotary Club deChicago, nos EUA● 1911, na Europa: chegada do Rotary a Dublin,na Irlanda● 1919, na Ásia: chegada do Rotary a Manila, nasFilipinas

● 1921, na África e na Oceania: o Rotary é fundadoem Johannesburgo, na África do Sul, e em Melbour-ne, na Austrália● 1997, na Antártida: fundação de um RC em BaseMarambio

Dentro de algum tempo, virão mais países – cujosestudos de extensão já estão em processo de desen-volvimento – o que fará com que o Rotary esteja pre-sente em quase todo o mundo.

Felizmente, aquela idéia de Paul Harris, já cen-tenária, não teve a mesma sorte das teorias e dou-trinas a que me referi no começo do texto. Ao con-trário: com o decorrer do tempo, o rotarismo foi seconsolidando, convertendo-se na realidade que to-dos conhecemos e aceitamos, e na qual encontra-

Rodrigo

Page 11: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 9

mos muitas realidades e esperan-ças, assim como alguns desafios.

Trajetória de sucessosEntre as realidades, devemos reco-nhecer a universalidade e a amplitu-de dos programas rotários, que apre-sentam novos horizontes a quem ossolicitou, e que encontram inspira-ção e soluções para questões diver-sas, dentre as quais se destacam:

● o apoio às crianças em situaçãode risco● ajuda a pessoas com necessida-des especiais● a luta contra a fome e a pobreza● o combate ao analfabetismo, nãose limitando apenas a ensinar a lere escrever, mas também – e mui-to importante – a tratar da inclu-são no competitivo mundotecnológico● a explosão demográfica● a preservação do meio ambiente● e a atenção às novas gerações.

Considerando-se que é nos nos-sos clubes que encontramos a es-sência da família rotária, devere-mos fomentar ainda mais essa at-mosfera de calor, atenção e inte-resse pelos nossos semelhantes, oque não supõe necessariamenteque envolvamos nossos familiares,a não ser que nossos clubes se ma-nifestem perante as comunidadesque integram como unidades fa-miliares fortes e eficazes.

A consolidação da FundaçãoRotária é outro sucesso dessa tra-jetória – e sem dúvida, o mais sig-nificativo – constituindo-se na basedo nosso desenvolvimento, devi-do ao seu potencial de convertero mundo em um lugar melhor parase viver, dentro de um ambientede paz e compreensão.

Entre as esperanças, adquire re-levância (por sua própria trans-cendência) o desejo de se alcançarum mundo sem poliomielite. A vi-são iluminada do Herói da SaúdePública das Américas, e então pre-sidente do RI, Carlos CansecoGonzalez, consolidou um projeto(nascido algum tempo antes) que

demandou e seguirá demandandoainda muito dinheiro – e, mais doque isso, esforços muito vigorosos dafamília rotária para que as criançasde todo o mundo possam ficar livresde um mal que as converte em víti-mas inocentes de um cruel flagelo.

“Adeus pólio, obrigado Rotary”será a emocionada e agradecidaexpressão de todos quando essameta for cumprida, o ponto finalde um pesadelo e o nascimento deuma visão confiante: a de milhõesde crianças livres de próteses eaparelhos ortopédicos, deforma-ções e incapacitações físicas.

Sem dúvida, também se consti-

tuem em esperanças o apoio quedevem receber as novas gerações,com as quais devemos assumir ocompromisso de empreender pro-jetos que tratem de suas necessi-dades fundamentais: saúde, valo-res humanos, educação e desen-volvimento pessoal. Dessa mesmaforma pode ser visto o fato de oFundo Permanente da FundaçãoRotária (que garante a viabilidadeda entidade) ter alcançado o pri-meiro bilhão de dólares. Assim,poderemos atender as metas am-biciosas e vitais que ainda não fo-ram satisfeitas em muitos lugaresdeste mundo – que clamam porelas, mas não as obtêm de seus go-vernos.

Não sejamos

elitistas, e

sim seletivos.

Tratemos de

encontrar

dirigentes

capazes,

tolerantes,

solidários,

sensatos ou,

resumindo,

boas pessoas.

O grande desafioO nosso maior desafio continuasendo o crescimento, para oqual deveremos retomar os ca-minhos abandonados por nossaindiferença ou despreocupação,buscando as pessoas que dispo-nham das qualificações apropri-adas. Não sejamos elitistas, e simseletivos. Tratemos de encontrardirigentes capazes, tolerantes,solidários, sensatos ou, resumin-do, boas pessoas.

Será que essa é uma tarefaimpossível? Certamente não.Um silencioso rotariano dissecom muito acerto: “A fortalezados nossos clubes não vai de-pender de programas de cres-cimento que se apresentemcomo eficazes, de campanhasde publicidade, planos-pilotosque tenham obtido êxito em ou-tros cenários ou mesmo de umaboa dose de sorte. Nossos clu-bes serão fortes quando enten-dermos que devemos utilizartoda a nossa capacidade pesso-al para convencer outros líde-res de que é bom ser rotariano– e, conseqüentemente, nos es-forçarmos para que assim seja”.

Se neste momento questio-nássemos o que falta ao Rotarypara que ele se torne o Rotaryque nós gostaríamos de ter, seráque não encontraríamos umaresposta ao aceitarmos o desafiode que falei anteriormente? Ad-mitindo que o preço da grande-za é a responsabilidade, nossagrandeza – aquele Rotary quedesejaríamos ter e que não estátão longe daquele que temos –nos pede quantidades sensatasde responsabilidade, as mesmasque diariamente usamos em nos-sos afetos, trabalhos e vocações.

São também as mesmas quenós assumimos naquele dia, tãocaro para nossas recordações, emque nosso padrinho nos apresen-tou a este mundo mágico doRotary, com a secreta ilusão deque havíamos compreendido suamensagem e nela basearíamos anossa atuação.

Page 12: Brasil Rotário - Outubro de 2006

Por que os rotarianos devemparticipar da Convenção do RIem Salt Lake City?

Como membros da grande fa-mília rotária, devemos compare-cer, a exemplo do que fazemosnas reuniões com os nossos fami-liares. Os verdadeiros rotarianosdevem se esforçar para ir anual-mente à convenção internacional,uma ocasião em que a famíliarotária torna a se encontrar. Oevento dura pouco tempo, mascada rotariano presente tem aoportunidade de aprender novose interessantes fatos sobre a orga-nização, e adquire a possibilidadede se engajar em outras áreas deserviço, além de ter o privilégio defazer novas amizades e encontrarvelhos companheiros.

Salt Lake City, por outro lado,

Entrevista: Julio Sorjús

O EDRI Julio Sorjús, chairman da convençãode 2007 do RI, que será realizada em Salt Lake City,

nos EUA, fala sobre alguns fatos importantesdesse grande evento internacional

oferece uma nova perspectiva aoencontro de junho do ano que vem.Trata-se de uma grande cidade, lo-calizada no coração dos EUA, ondetudo faz lembrar o Novo Mundo:seus largos horizontes, seu potenci-al para a aventura, exploração enovas conquistas. Sua localizaçãoestratégica proporciona ao visitantea possibilidade de explorar nadamenos do que dez parques nacio-nais! Quem não gostaria de passaralgum tempo na vastidão verde doYellowstone, onde ainda é possívelencontrar animais como o búfalo eo bisão? Quem não é tomado pelaemoção diante da grandeza e damilenar geologia do Grand Canyon,ou da austera beleza do MonteRushmore, de cujas escarpas emer-gem as figuras de heróis norte-ame-ricanos?

O que vai tornar essa conven-ção tão especial?

Cada convenção tem sua própriapersonalidade e dinâmica. O climadepende em grande escala da situa-ção geográfica da cidade escolhida.A atmosfera das reuniões reflete ne-cessariamente o ambiente, seja emuma cidade antiga ou numa metró-pole pesadamente industrial. “A lo-calização faz o destino”, como secostuma dizer. Posso antecipar queo espírito da convenção de Salt LakeCity será um reflexo dos seus esplên-didos arredores. Os convencionais seidentificarão com os vastos e ilimita-dos horizontes do magnífico estadode Utah. A magia do Oeste Ameri-cano ainda está presente e viva emSalt Lake City e nos seus extensos ar-redores. Aqui é o local onde as no-vidades podem acontecer, onde os

1010 OUTUBRO DE 2006

Page 13: Brasil Rotário - Outubro de 2006

de encantos, que oferece múltiplasatrações no campo cultural, restau-rantes de categoria internacional eoportunidades excepcionais aos vi-sitantes de tomar contato com a ma-jestosa natureza local.

De quantas convenções vocêjá participou? Qual a sua lem-brança mais cara de uma conven-ção, e qual a primeira?

Já participei de 22 convenções. Édifícil apontar qual a melhor lem-brança, porque todas elas tiverammuito a oferecer, mas acho que umadas mais impressionantes foi a ceri-mônia de abertura da convenção deCalgary, no Canadá, em 1996. Foiuma inesquecível e magnífica apre-sentação de patinação no gelo, como desfile das bandeiras do mundonuma impecável demonstração degosto e precisão. Por coincidência, aminha primeira lembrança de umaconvenção também está relaciona-da ao Canadá. Foi em 1964, quan-do eu tinha acabado de entrar para

o Rotary e compareci à convençãode Toronto. Fiquei muito emocio-nado com a cerimônia de aber-tura, com as sessões plenárias ecom a esplendorosa cerimônia deencerramento. Fiquei muito im-pressionado com a verdadeira at-mosfera de companheirismo ereceptividade que caracterizaramo evento, que para mim acabourendendo inúmeros projetosconjuntos de serviço e contatosfrutíferos com pessoas do mun-do inteiro.

Você irá a Salt Lake City an-tes da convenção?

Estive lá participando de umareunião no último mês de agos-to, e voltarei para outro encontroem meados de janeiro de 2007,antes da Assembléia Internacional.

mais impossíveis sonhos tornam-sereais. É aqui que começa o VelhoOeste.

E por que os rotarianos deve-riam participar das convenções doRI em geral?

Não podemos nos esquecer queo termo International é parte inte-grante do nome oficial do Rotary.Nas convenções internacionais, te-mos a oportunidade única de nosencontrar com rotarianos de todasas partes do mundo.

Apesar de serem oriundos demuitos dos 168 países que compõemo universo rotário, logo ao chegartodos os convencionais percebemque têm muito em comum. Na qua-lidade de membros da grande famí-lia rotária, é com uma especial emo-ção que descobrimos que aquelesnovos amigos que encontramos pe-los corredores, e talvez na Casa daAmizade, são provenientes de algumpaís distante, mesmo desconhecido,mas compartilham conosco os mes-mos ideais e perspectivas, e que se-rão sempre lembrados com carinho.Cada novo amigo rotariano apresen-ta-se cheio de vontade para estabe-lecer laços mútuos de entendimen-to e de compreensão, especialmen-te neste ano rotário, em que o lemaestabelecido pelo presidente BillBoyd é Mostremos o Caminho.

O que você mais apreciou emSalt Lake City?

São grandes as vantagens da es-colha desta cidade como local daconvenção do RI – e como um pos-to ideal para qualquer outro tipo dereunião, para todo tipo de organi-zação. A maioria dos hotéis de SaltLake City está localizada a uma cur-ta distância do Centro de Conven-ções. O aeroporto está a apenas dezminutos do centro da cidade, que émuito segura e limpa. A vigorosa eco-nomia local reflete a industriosidadedos primitivos desbravadores destametrópole, construída em pleno de-serto. Salt Lake é uma cidade cheia

11BRASIL ROTÁRIO 11

A convenção interna-cional de 2007 será reali-zada entre os dias 17 e 20de junho em Salt LakeCity, nos EUA. Para baixaro formuláro de inscriçõese obter mais informações,acesse <www.rotary.org/events>

“Nas convenções internacionais, é com especialemoção que descobrimos que aqueles novos amigosque encontramos pelos corredores e na Casa daAmizade são provenientes de algum país distante”

Page 14: Brasil Rotário - Outubro de 2006

12 OUTUBRO DE 2006

mbora as notícias sobre omercúrio e outros contami-nantes tenham golpeado osamantes dos pescados, mui-

tos especialistas afirmam que osbenefícios de comer peixe com-pensam os riscos – e que a maio-ria das pessoas acha que ganhacom a adição de mais peixe às suasdietas semanais.

“As pessoas fazem muita con-fusão acerca da questão domercúrio no pescado”, diz Mi-chael Morrissey, diretor do La-boratório de Pesquisas sobreFrutos do Mar da UniversidadeEstadual do Oregon, nos EUA,e professor de ciência e tecno-logia do alimento.

Nos adultos, os altos níveis demercúrio na corrente sangüíneaparecem estar ligados a desor-dens neurológicas, problemascom a visão, doenças cardíacase falência renal. As criançascujas mães tenham ingeridogrande quantidade de mercúrioantes ou durante a gravidez po-dem apresentar dificuldade de

Atualmente, consumir peixes e frutos do mar parecemais um jogo de azar do que um prazer da culinária

Rebecca Voelker*

aprendizado, retardo mental oudanos cerebrais.

Todavia, numa pesquisa que estásendo desenvolvida desde 1989 noarquipélago Seychelles, no Ocea-no Índico, ainda não se encontra-ram evidências desses efeitos ad-versos. Os pesquisadores já estuda-ram mais de 700 crianças cujasmães consumiram cerca de 12 re-feições por semana contendo pei-

xe durante a gravidez. Embora te-nham sido encontradas concentra-ções de mercúrio até dez vezessuperiores à média norte-america-na nas análises de fios de cabelodo grupo pesquisado, o estudo nãoregistrou efeitos maléficos que po-deriam ser atribuídos ao mercúrionas crianças analisadas.

“Se o mercúrio fosse prejudicial

ao feto, nós iríamos reparar”, afir-ma Philip Davidson, pesquisadorchefe do estudo de Seychelles, eprofessor de medicina ambiental naUniversidade de Rochester, emNova York. “Mas os dados analisa-dos ao longo de nove anos não con-firmaram os efeitos adversos nestenível de exposição ao mercúrio.”

Risco versus benefícioEm 2004, em resposta a essa cres-cente preocupação, a FDA – o ór-gão federal norte-americano que seocupa com as questões ligadas aosmedicamentos e à alimentação – ea Agência Norte-Americana de Pro-teção ao Meio Ambiente editaramum comunicado conjunto, afirman-do que as crianças, mães amamen-tando e mulheres que estivessemplanejando a gravidez deveriam evi-tar o consumo de carne de tubarão,peixe-espada, cavala e os peixes deáguas profundas – todos com níveiselevados de mercúrio.

Levando em conta que o consu-mo de frutos do mar pode ser be-néfico ao coração e à saúde em ge-

E

Atualmente, consumir peixes e frutos do mar parecemais um jogo de azar do que um prazer da culinária

Os médicos dizem que o

grande segredo está no

tipo e na quantidade de

peixe que você ingere

Page 15: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 13

ral, o comunicado recomendou queas crianças, as mães em estado degestação e lactantes ingerissem aomenos 350 gramas de peixes e crus-táceos com índices relativamentebaixos de mercúrio, como camarão,atum enlatado, salmão e lampreia.Também foi recomendada a limita-ção do consumo de albacora – umatum de grandes dimensões, quecontém mais mercúrio do que oatum enlatado – a cerca de 170 gra-mas por semana. Além disso, foi pe-dido que as pessoas verificassem osavisos locais e estaduais sobre a se-gurança de consumir peixes oriun-dos de rios, lagos e regatos.

Michael Morrissey diz que umaparte do público mostrou-se receo-sa diante dos riscos em potencial doconsumo de peixe – e não levou emconta as vantagens que a sua ingestãotraz à saúde. “Nos últimos dez anos,a ciência tem mostrado os benefíciosde se comer peixe, em especialaqueles ricos nos ácidos graxosômega-3”, ele diz. A AssociaçãoAmericana de Cardiologia, porexemplo, recomenda que os peixesricos em ômega-3 sejam incluídosno cardápio ao menos duas vezespor semana para reduzir o risco dedoenças cardiovasculares. Um estu-do publicado este ano numa revistanorte-americana dedicada à neuro-logia concluiu que uma dieta rica empeixes do Mediterrâneo é capaz dereduzir o risco de contrair o Mal deAlzheimer. Os estudos mostraramainda que a ingestão de peixe podereduzir a incidência de doenças re-nais, asma, demência e diabetes.

Embora os alimentos contendoômega-3 sejam importantes parauma dieta saudável, os nutricionistasafirmam que sua combinação como ômega-6 (que pode ser encontra-do no milho e nos óleos de girassol,entre outros alimentos) deve sermonitorada. As duas substâncias sãoessenciais à função cerebral, mas agrande concentração de ômega-6pode provocar inflamações crônicas,capazes de serem ligadas às molés-tias cardíacas e ao câncer.

“A dieta dos norte-americanos,por exemplo, é de 14 a 20 vezesmais alta em ômega-6 do que emômega-3”, afirma Helene Koontz,dietista e sócia do RC de BedfordSunrise, EUA (D.7350). “O corretodeveria ser uma dieta cerca de qua-

tro vezes mais rica em ômega-3 queem ômega-6”.

Pesque e escolhaUma outra preocupação relaciona-da à ingestão de peixes e frutos domar é o Bifenil Policlorado (PCB),um composto químico produzidopela ação humana e encontrado emaltas concentrações em alguns tiposde peixe, especialmente os que vi-vem em águas frias. Um exemplotípico é o salmão, conhecido por suaalta concentração de ômega-3 ebaixo teor de mercúrio. Um estudorealizado há dois anos comprovouque os salmões criados em fazen-das comerciais contêm maiores te-ores de PCB do que os que vivemna natureza. “Os salmões de cria-tórios contêm mais ômega-3, mastambém mais PCB“, afirma Koontz,observando que as pessoas precisamavaliar as suas condições de saúdeao escolher o peixe que vão comer.

Quanto peixe você pode comer?

Os especialistas afirmam que as crianças devem evitar o consumode peixes com alto teor de contaminantes, assim como as mulhe-

res grávidas e as que estão planejando engravidar. Estas pessoas deve-riam consumir no mês somente uma refeição de peixes de categoriamédia e uma refeição semanal de peixes de categoria baixa. Os demaisadultos estão liberados para consumir uma refeição mensal de peixescom alto teor de contaminantes, e duas refeições semanais de peixescom baixa categoria.

Mas qual deve ser o tamanho dessas porções? De acordo com aFDA e a Agência Norte-Americana de Proteção ao Meio Ambiente, elasdevem ficar em torno de 170 g. Para o Departamento Norte-Americanode Agricultura, essa porção não deve ultrapassar 85 g.

Veja abaixo alguns exemplos de peixes e frutos do mar que contêmaltos, médios e baixos teores de contaminantes:

Mercúrio● Alto: tubarão, peixes de águas profundas, peixe-es-pada, marlim, cavala e ostras● Médio: garoupa, perca, lúcio, atum (fresco ou en-latado), dourado, peixe-rei, salmão dos Grandes La-gos e truta● Baixo: linguado, hadoque, trutade criatório, caranguejo azul, sal-mão de oceano, camarão, Vieira ebacalhau

PCBs● Alto: lampreia, truta dos Gran-des Lagos, carpa● Médio: salmão de criatório, trutas do tipo rainbow e marrom, perca● Baixo: perca amarela, peixe-lua, peixe-sol e salmão de oceano

“Se você for cardíaco, provavel-mente irá optar por mais ômega-3. Mas se você é mais jovem, deveevitar o PCB.”

Marisa Naujokas, cientista daConsultoria em Saúde Ambiental,uma empresa de consultoria e co-municações em ciências de OakParks, em Illinois, afirma que osconsumidores devem se informarsobre os peixes que contêm maiscontaminantes e escolher com cui-dado os tipos mais adequados à suadieta. “A moderação é o segredode uma alimentação saudável”,garante ela. “Comer atum tododia não é recomendável. Procu-re variar.”

*A autora é uma escr i torafreelancer baseada em Chica-go, e já colaborou com a se-ção de notícias do JAMA – Jor-nal da Associação Médica Nor-te-Americana.

Page 16: Brasil Rotário - Outubro de 2006

Prática regular de exercícios físicos melhora as condições de saúdee ajuda na reintegração social das pessoas com deficiências

Omundo moderno – ondeimperam a televisão, ocomputador e tantas ou-tras facilidades oferecidas

pela tecnologia – nos conduz a umestilo de vida mais passivo e compro-metido com o trabalho. Isto nos dei-xa menos ativos fisicamente, o queacaba por proporcionar situaçõesestressantes. Compensar tais como-dismos é necessário e imprescindí-vel, pois a falta de atividades físicasou a diminuição significativa das ati-vidades nas tarefas diárias acabam seconstituindo ou resultando num fa-tor importante para o desenvolvi-mento de doenças degenerativas.

A promoção da atividade físicajunto ao adolescente é um fator pri-mordial para o desenvolvimento dehábitos saudáveis que podem afas-tar o aparecimento de problemas nafase adulta, como hipertensão arte-rial, altas taxas de colesterol, eleva-do percentual de gordura corporal,diabetes e doenças cardiovasculares.Os exercícios físicos fortalecem osmúsculos, ajudam a regularizar a ati-vidade intestinal, melhoram a quali-dade do sono, a formação e o de-senvolvimento da massa óssea, dãomais disposição e vivacidade para asatividades diárias. Além disso, elesexercem um importante efeitopsicossocial, já que durante a ativi-dade física nosso organismo liberauma substância chamada endorfina,um hormônio que faz parte do sis-tema endócrino, que ajuda a inte-grar e controlar as funções corporais– e, dessa forma, proporciona esta-bilidade interna para o indivíduo. Oshormônios afetam quase todos osaspectos da vida humana, regulamo crescimento, colaboram para quetenhamos uma sensação de bem-estar e relaxamento, ajudam a me-

lhorar a concentração e são funda-mentais em nosso processo de re-tenção de informações.

Neste sentido, por intermédio dasatividades que seus clubes proporcio-nam para a ocupação do tempo li-vre dos adolescentes com atividadesfísicas e esportivas, o Rotary desem-penha um papel importante para oesporte internacional, nacional e co-munitário. Um caminho consagradopara diminuir o consumo de drogase a violência entre os jovens, com-bater as injustiças sociais, o analfa-betismo, a evasão escolar, a prolife-

Monografia premiada○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

14 OUTUBRO DE 2006

Esporte equalidade de vida

ração de doenças e melhorar a apti-dão física, pois o esporte estimula oespírito comunitário frente à exclu-são social, e tantos outros problemasque coexistem em nosso país – e queprecisam ser enfrentados e apoiadospelo poder público e pelo conjuntoda sociedade organizada. O esportepode nos ajudar a encontrar saídase soluções para problemas que vêmcrescendo de forma progressiva, con-tribuindo para a melhoria da quali-dade de vida da comunidade e o for-talecimento dos anseios e dos direi-tos de cidadania.

Saúde e bem-estarAo realizar atividades físicas, exer-

citamos nossos músculos, fazendo-oscontrair. Isto faz com que haja umamaior necessidade de sangue paranutri-los, acelerando o ritmo do cora-ção e da respiração. Com isso, o me-tabolismo é alterado, e todo o corpoentra em ação quando nos movimen-tamos. Estas alterações são benéficase necessárias para um bom funciona-mento orgânico. Muitos benefícios sãoadquiridos através da prática de ativi-dades físicas: a diminuição da ansie-dade melhora a auto-estima, previne

Segundo a

Organização

Mundial da Saúde,

a obesidade pode

ser considerada um

problema grave de

saúde pública em

todo o mundo

O texto que você vai ler a seguir é umaadaptação do trabalho classificado emterceiro lugar no 13o Concurso de Mono-grafias, uma promoção da Brasil Rotárioem parceria com o jornal Folha Dirigidae cujo tema este ano foi “Rotary, a Juventu-de e o Esporte”. A autora é Eunice Chaves,que foi aluna de uma Escola Rotary duran-te a infância. Atualmente ela é professo-ra e leciona no Curso Técnico de Enfer-magem São Francisco de Assis, no Rio.

Page 17: Brasil Rotário - Outubro de 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

a depressão, incrementa a capacida-de de concentração e diminui a mas-sa gorda do corpo.

Segundo a Organização Mundialda Saúde, a obesidade pode ser con-siderada um problema grave de saú-de pública nos países desenvolvidos,e uma epidemia global, cujo aumen-to vem sendo verificado nos paísesem desenvolvimento, especialmen-te na América Latina. A obesidadeinfantil está associada a conseqüên-cias negativas para a saúde da crian-ça e do adolescente, incluindo asdislipidemias (alteração dos índices decolesterol e triglicerídeos), inflama-ções crônicas, aumento da tendên-cia à coagulação sangüínea, disfun-ção endotelial, resistência à insulina(diabetes tipo 2), hipertensão, com-plicações ortopédicas, alguns tipos decâncer, apnéia do sono e estatohe-patite não-alcoólica. Além disso, elatambém pode provocar um quadropsicológico conturbado, com dimi-nuição da auto-estima, depressão edistúrbio da auto-imagem.

Assim como é para os rotarianos,esta preocupação deve ser tambémdos pais e professores, e ser objeto daspolíticas públicas, visto que o cresci-

mento abrupto de peso corporal dascrianças – assim como a incidência docolesterol alto – está acontecendo emnosso país e em nossa comunidade. Aprevalência da obesidade é apontadacomo uma das maiores causas de mor-te no mundo.

O hábito de ficar por muito tem-po assistindo à televisão não requerum grande gasto energético, e geral-mente vem acompanhado por lan-ches ou alimentos de alto valorcalórico. A Associação Norte-Ameri-cana do Coração relata que, em mé-dia, as crianças assistem a 17 horasde televisão por semana – e nessaconta não é considerado o tempoque elas passam jogando video gameou no computador.

Crianças e adultos em riscoÉ cada vez mais comum encon-

trar crianças de dez anos comcolesterol alto, hipertensão e diabe-tes tipo 2, os principais fatores dedoenças cardiovasculares, que levamao aumento da mortalidade e do ris-co de morbidade. As doenças cardio-vasculares constituem a maior causade mortalidade no mundo ociden-tal. Por sua vez, a hipertensão arte-

CERIMÔNIA DE premiação da 16a Olimpíada Especial Fluminense, realizada em 2002, evento promovido pelodistrito 4570 que mobilizou atletas de cerca de 70 instituições

BRASIL ROTÁRIO 15

Monografia premiada

rial, mesmo leve ou moderada, ele-va de modo importante esses riscos.

Até pouco tempo, os altos índi-ces de colesterol eram relacionadosapenas a adultos na faixa etária dos50 anos. Nos últimos anos, porém,o problema está ficando cada vezmais comum entre os adolescentese até mesmo as crianças. Isso vemocorrendo principalmente em fun-ção do alto consumo de alimentosricos em gordura saturada, como éo caso da fast food e dos produtosindustrializados, que elevam as taxasde colesterol no sangue.

O colesterol é um tipo de gorduraproduzida pelo fígado que, entre ou-tras funções, atua na produção dehormônios e da vitamina D. O corpoproduz cerca de 70% da quantidadenecessária de colesterol. O restante éobtido pela ingestão de alimentos deorigem animal, que também são fon-tes de colesterol. No entanto, o consu-mo exagerado desses alimentos e dealimentos ricos em gordura saturada fazcom que haja um excesso dos níveisde colesterol no organismo. O colesterolem excesso adere às paredes das arté-rias, formando placas de gordura queimpedem a passagem do sangue (um

Page 18: Brasil Rotário - Outubro de 2006

processo chamado arteriosclerose), oque aumenta o risco de doenças cardio-vasculares como infarto do coração ouderrame. Todo esse processo ocorregradualmente, sem provocar sintomas,o que explica o descuido da popula-ção em relação a esse problema.

Além das doenças cardiovascula-res, a obesidade é um fator de riscodeterminante para o aparecimentodo diabetes tipo 2. Muita gente pen-sa que o diabetes é uma doença sim-ples, um problema banal de “açúcaralto no sangue”. Mas na verdade, in-felizmente, não é bem assim. O dia-betes mellitus é uma síndromesistêmica, crônica e evolutiva carac-terizada pela alteração no metabo-lismo dos carboidratos, proteínas egorduras, decorrente da falta de in-sulina ou de sua capacidade de agiradequadamente. Se não tratado ebem controlado, com o passar dosanos o diabetes acaba produzindolesões graves e potencialmente fatais,como infarto do miocárdio, derra-me cerebral, cegueira, impotência,neuropatia, úlcera nas pernas e pése até amputações de membros. Poroutro lado, quando bem tratado ebem controlado, todas essas compli-cações crônicas podem ser evitadas,e o paciente diabético pode ter umavida perfeitamente normal.

O exercício físico obriga o organis-mo a utilizar maiores quantidades deglicose, melhorando a relação entreglicose, tecido muscular e insulina. Esseefeito pode levar à redução na admi-nistração de insulina. O diabético quepratica esportes rotineiramente podeter um controle mais estável da doen-ça com doses menores de insulina.

Sem dúvida há uma estreita rela-ção entre a prática esportiva e a ques-tão da saúde. No entanto, não pode-mos tomar o esporte ou o exercíciofísico como “remédio” ou como “ocaminho que nos afasta do médico”.A prática esportiva está diretamenterelacionada a prevenção e ajuda nocontrole de algumas doenças.

Deficientes superando limitesA pessoa deficiente é aquela inca-

paz de assegurar para si mesma, totalou parcialmente, as necessidades deuma vida individual ou social normal.Em decorrência de uma deficiência(congênita ou não) em suas capacida-des físicas ou mentais, elas são tradicio-nalmente discriminadas pela socieda-de. Através de competições especial-mente preparadas para elas, as pesso-as deficientes têm uma oportunidadepara elevar sua auto-estima, direta ouindiretamente, além de provar paratodos os seus valores como atletas e

cidadãs. Através do esporte, o homemdescobre seus limites; e os deficientesfísicos provam que não há limites.

O esporte proporciona a inclusãoe a sociabilização dos portadores dedeficiência por intermédio da culturae da prática de atividades físicas, res-gatando assim o cidadão para o con-vívio social. As pessoas taxadas de in-capacitadas e excluídas das atividadesnormais da sociedade encontram noesporte uma forma de reintegração,provando sua capacidade de realizardiversas atividades físicas. Normalmen-te, o esporte funciona até como umaforma de reentrada no mercado detrabalho, já que a pessoa descobrecomo lidar com suas limitações.

A Associação de Rotarianos deNova Iguaçu, município do GrandeRio, promove a OEF – Olimpíada Es-pecial Fluminense, disputada por atle-tas portadores de deficiências físicase mentais. Transformada em um pro-jeto do distrito 4570, hoje a OEF mo-biliza 1.500 atletas de quase 70 insti-tuições, localizadas em diversos mu-nicípios do Rio. O objetivo da com-petição é desenvolver o intercâmbiodesportivo e social entre os partici-pantes, exaltando a prática esportivacomo instrumento de formação dapersonalidade e fazendo surgir no-vos valores no cenário desportivo mu-nicipal, estadual e nacional.

Em competições assim, os atletasdesenvolvem um sentimento e umavontade de melhorar seu mundo, pro-vando para si mesmos e para a socie-dade que são capazes de encontrarsoluções para suas maiores barreiras.Eles passam a cobrar, especialmentede si mesmos, soluções para as suasmaiores dificuldades. Assim, a integra-ção que o esporte traz para esses por-tadores de limitação física é de muita

importância para os deficientes e aspessoas que se relacionam com eles,permitindo-lhes desenvolver uma me-lhor identidade na sociedade.

A maioria dos portadores de defici-ência pode aproveitar os grandes be-nefícios fisiológicos, psicológicos e soci-ais proporcionados pela prática espor-tiva. Uma minoria consegue chegar aoestrelato e ser um atleta paraolímpico,representando seu país nas competi-ções internacionais. Tendo satisfaçãopessoal e servindo de exemplo paramilhões de deficientes que estão confi-nados em suas residências.

O sucesso na vida em geral e noesporte requer do portador de defici-ência um somatório de motivação, tra-balho, treinamento, sacrifício, incenti-vo e oportunidades. Este sucesso doportador de deficiência leva à sua rea-bilitação no sentido mais amplo dapalavra. Proporcionar a inclusão esociabilização dos portadores de defi-ciência por intermédio da cultura e daprática de atividades físicas resgata ocidadão para o convívio social.

Através do Rotary, os deficientesfísicos puderam aprender com o es-porte valores que realmente sociali-zam, como o privilégio do coletivosobre o individual e o compromissocom a solidariedade e o respeito hu-mano. Dentro da filosofia em quese fundamentam os direitos huma-nos, é evidente que todos os defici-entes físicos devem ter as mesmasoportunidades de aprender e de de-senvolver as suas capacidades paraassim alcançar a independência so-cial e econômica, bem como poderse integrar à vida comunitária. O pro-fessor de educação física deve estarpreparado para promover a auto-aceitação e a confiança que permiti-rão à pessoa deficiente desenvolverhabilidades e talentos que compen-sem a sua deficiência física. Esse pro-fissional deve ser persuadido de quetodas as tentativas são válidas. Essedireito, que se estende a essas pes-soas, vem se constituindo num cons-tante desafio à sociedade e aos seussistemas educacionais deficientes,que necessitam de aprimoramentoe de especialização para atender asnecessidades, permitindo aproveitaradequadamente os recursos dos efei-tos sociais e psicológicos que acom-panham alguns deficientes – e quepodem criar maiores problemas doque a incapacidade física.

O sucesso do portador de defici-ência física eleva sua reabilitação aosentido mais amplo do ditado: “Noesporte adaptado, as conquistas inte-riores do atleta valem mais que milmedalhas de ouro”.

16 OUTUBRO DE 2006

A integração

que o esporte

traz para os

portadores de

limitação física

é de muita

importância para

os deficientes

Page 19: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 17

Entre 21 e 23 de maio, o presidente 2005-06 doRI Carl-Wilhelm Stenhammar comemorou comos Rotary Clubs de Pequim (Beijing) e Xangai o

crescimento das oportunidades de serviço no territó-rio chinês. Por recomendação do Conselho Diretor,Stenhammar indicou um representante especial paraa China em novembro. Christopher Bo Bramsen, doRotary Club de Kobenhaven, Dinamarca (D. 1470) ocu-pará o posto até 30 de junho de 2008. Bramsen éembaixador e chefe do protocolo do ministério doExterior da Dinamarca.

O Rotary vem contribuindo há anos com ações hu-manitárias na China. Só para a erradicação da pólio nopaís foram empregados US$ 22 milhões, e subsídios decerca de US$ 1 milhão foram concedidos através daFundação Rotária, que contribuiu recentemente comUS$ 150 mil para um projeto de Subsídios Equivalentesno distrito 3450 (Hong Kong, Macau e Mongólia) desti-nado à imunização contra a hepatite B no território chi-nês. Em abril, em parceria com o distrito 7250 (Nova York,EUA), foi aprovado um projeto 3-H para o novo clube dePequim no valor de US$ 300 mil, voltado ao tratamen-to de doenças cardíacas congênitas em crianças.

Foi pedido aos Rotary Clubs e distritos que notifi-quem a Divisão de Apoio aos Clubes e Distritos do RIsobre os projetos realizados em território chinês. Oscontatos podem ser feitos com Cliff Chan, gerente dadivisão Ásia-Pacífico, através do telefone 847-866-3260ou do e-mail <[email protected]>

Stenhammarlouva oserviço

na China

BRASIL ROTÁRIO 17

Page 20: Brasil Rotário - Outubro de 2006

18 OUTUBRO DE 2006

ças, deixarem o aconchego de seus lares, o afago eo carinho de suas famílias, o conforto de suas resi-dências, e se lançarem nas mais diversas atividadeshumanitárias, colocando suas energias, seu tempoe dinheiro – muitas vezes com o sacrifício de seuspróprios negócios profissionais – em algo cuja úni-ca remuneração é a consciência tranqüila, a satisfa-ção individual, o sentimento do dever cumprido?Isso só é possível porque o Rotary pratica a filosofiada união, da comunhão entre todos os homens, daintegração da família rotária, da cooperação, dizen-do não ao egoísmo, à competição e à vaidade cega,pura e simples.

Unindo as pessoas através do companheirismo paraprestar melhores serviços, os rotarianos sabem quejuntos podemos fazer muito mais do que sozinhos.Ninguém pode negar a força da união, do coletivo.Unidos, podemos realizar milagres, formando uma

Foram quatro asprincipais razõesque possibilitaram

ao Rotary chegar aos100 anos de existência,celebrar o Centenário elançar-se fortalecido nomundo para conquistarmais um século de su-cessos. A primeira delas:o Rotary é uma organi-zação de voluntários, deprestação de serviços ede amor ao próximo;uma organização dedi-cada a ajudar os po-bres. O Rotary éum clube de ser-viços que congre-ga voluntários do mun-do inteiro interessadosem fazer o bem e traba-lhar em prol dos maisnecessitados, empenha-dos na melhoria de suascondições de vida.

Independente deseus países de origem,de seus credos religiosos,da ideologia política que abracem, de sua raça ou po-sição social, todos os rotarianos são dedicados e con-sagrados ao Ideal de Servir. Não importam o conti-nente, a região ou comunidade: onde houver sofri-mento, fome, guerras, catástrofes e violência, lá esta-rão os rotarianos – propulsores da paz, da solidarieda-de, da compreensão entre os povos e do amor ao pró-ximo – para Dar de Si Antes de Pensar em Si.

Os rotarianos estão nas comunidades mais caren-tes, vendo as necessidades dos excluídos nos locaisonde vivem, estudam e trabalham. É por isso que oRotary chegou aos 100 anos: por ser usina produtorado bem no mundo – e é também por isso que cami-nhamos em direção ao nosso segundo século.

A segunda razão da longevidade do Rotary é ofato de a organização se basear na união e no com-panheirismo. Como podem os homens de bem,em meio a tantos percalços, dificuldades e amea-

EGD analisa os quatro motivos que levaram nossaorganização a completar um século de serviços

Alberto Bittencourt*Ninja

Razões do sucessoRazões do sucesso

Page 21: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 19

sinergia – que é a energia resultante do coletivo, emuito maior que a soma das energias dos seus com-ponentes. É o poder da união que faz o Rotary che-gar aos 100 anos de sucessos e buscar outros 100anos de serviços.

Mudando com o mundoA terceira razão da longevidade de nossa organizaçãoé a sua capacidade de renovação e de adaptação aosnovos tempos. O Rotary não é uma entidade estática:ele evolui, é dinâmico, nunca fica estacionado no mes-mo lugar. O Rotary é um clube que se movimenta, quemuda e se adapta aos novos tempos, às novas idéias, àsmudanças que permeiam a sociedade, tornando-separte dessas mudanças. Por isso ele é chamado de Mo-vimento Rotário. O rotariano é o eixo propulsor quemove a roda denteada sempre que leva ajuda a umacriança, quando proporciona educação e ensino pro-fissionalizante aos jovens, quando tira um menino dasruas, leva apoio e carinho aos idosos, alegria e trata-mento aos enfermos, conforto aos deficientes, fé e es-perança às comunidades mais carentes nos quatros can-tos do mundo.

Certa vez, Paul Harris afirmou: “Este é um mundoque muda, e nós precisamos aprender a mudar comele. A história do Rotary será escrita muitas vezes”.Por isso o Rotary evolui no tempo e no espaço, e porisso também sua história é reescrita a cada três anos,período em que o Conselho de Legislação se reúnepara examinar, discutir e votar os anseios e as mensa-gens de mudança dos rotarianos do mundo inteiro. Acada três anos, os mais de 32 mil Rotary Clubs do mundointeiro têm o direito de submeter ao Conselho de Le-gislação e aos delegados votantes as suas propostas demudança – e também por causa delas nossa organiza-ção chegou aos seus 100 anos.

O Rotary de hoje é muito diferente do de 30 ou40 anos atrás, e as mudanças estão aí, à nossa frente.O ingresso da mulher em nossos quadros sociais é omaior exemplo dessa capacidade de adaptação. Coma entrada de nossa organização na era da internet,tivemos a recuperação virtual e os e-clubs, que mos-tram a vontade de evoluir, de acompanhar e se inse-rir nas mudanças que acontecem na sociedade. OPlano de Liderança Distrital, implantado em 2000, eagora o Plano de Liderança dos Clubes são outrosexemplos da renovação dos conceitos de nossa or-ganização.

A quarta razão da longevidade do Rotary diz res-peito a um valor que não muda nunca, e que nãopode mudar, tem que ser igual hoje ao que era em1905, quando Paul Harris reuniu seus três compa-nheiros e fundou o Rotary naquela Chicago violen-ta, em que ele se sentia sozinho: é o princípio daética. E a ética é um princípio que não pode ter fim.

O Rotary sempre pautou a conduta dos rotaria-nos pelos mais elevados padrões de ética. Tambémpor isso ele chegou aos 100 anos. A ética tem queprevalecer em todas as fases da nossa vida e estarpresente nas nossas relações profissionais, familiarese dentro dos clubes. No Rotary, ela está magistral-mente expressa pela Prova Quádrupla, que não éum código nem um tratado, apenas uma reflexão.Podemos aplicar a Prova Quádrupla em qualquer cir-cunstância, em nosso dia-a-dia, e não apenas nas re-lações profissionais ou no Rotary. O comportamentoético não pode mudar nunca, por isso a ética é umaatitude – e a última das quatro principais razões pe-las quais nossa organização chegou ao seu primeiroséculo de existência.

* O autor é EGD e sócio do RC do Recife-Boa Via-gem, PE(D.4500).“Este é um mundo que muda,

e nós precisamos aprender amudar com ele.A história do Rotary seráescrita muitas vezes”

– PAUL HARRIS

Page 22: Brasil Rotário - Outubro de 2006
Page 23: Brasil Rotário - Outubro de 2006
Page 24: Brasil Rotário - Outubro de 2006

OUTUBRO DE 200622

O lote de terra irrigado gera trabalhopermanente, atividades para a vida toda,de pai para filho, tendo, portanto, um pro-

fundo cunho social.As atividades agrícolas em terras irrigadas carac-

terizam-se pela sua sustentabilidade produtiva, pelasegurança presente e futura do homem que ama-nha a terra. Segurança de vida para si e sua família.

Como exemplo, o Perímetro Bebedouro, emPetrolina, Pernambuco, implantou 2.500 hectaresem 1968 e 38 anos depois continua firme, arran-cando riquezas do ventre da terra, empregandomilhares de pessoas. Lá, como nos demais proje-tos do vale do São Francisco, não há pobreza, nãohá miséria, não há greves nem salários baixos.

O potencial irrigável do Brasil é estimado em29 milhões de hectares, mas só possuímos 2,8 mi-lhões irrigados, menos de 10% dessa grande área.O Japão, um pouco maior que o Maranhão –377.000 km² – formado de ilhas vulcânicas, dis-põe apenas de 14% de terras agricultáveis e pos-sui 3,1 milhões de hectares irrigados, área maiorque os 2,8 milhões do nosso país.

O vale do rio São Francisco dispõe de 3 milhõesde hectares de solos agricultáveis de excelente qua-lidade, já possuindo 330 mil irrigados, 11% da suapotencialidade. Devido à turbinagem das suas águasno sistema energético de Paulo Afonso, só podemosirrigar mais 700 mil hectares de terras em toda suabacia. O vale do rio Parnaíba, com sua grande redede tributários, tem potencialidade disponível parairrigar mais 300 mil hectares.

Nesses dois sistemas hidrográficos que ba-nham boa parte do Semi-Árido brasileiro, pode-mos implantar, sobejamente, um milhão de hec-tares irrigados, áreas que se espalham por seteestados da federação – Minas Gerais, Bahia, Per-nambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí e Maranhão.

Os grandes impactos econômicos geradospela irrigação materializam-se no fantástico de-senvolvimento do pólo Juazeiro–Petrolina, pro-duzindo anualmente 1,7 milhão de toneladas de

Manoel Bomfim Ribeiro*

Uma das grandes soluções para o desemprego que assola o nosso

Brasil, sobretudo na região Nordeste, é, indubitavelmente, a

agricultura irrigada, que difere da construção civil, da indústria

naval e outras atividades temporárias e periódicas que só

oferecem empregos adventícios e com datas predeterminadas.

frutas e outros produtos agrícolas com fatura-mento bruto acima de US$ 450 milhões. É o mi-lagre da água na região mais árida do Brasil.

A irrigação, entretanto, exige água de boa qua-lidade e bons latossolos. E tecnologia de ponta.Se irrigar sem as exigências necessárias, o fra-casso, com certeza, bate à porta.

Para cada projeto implantado há grande conver-gência de novas tecnologias e um mundo de ativida-des: intensa movimentação comercial, máquinas,equipamentos, fertilizantes, veículos de carga, ho-téis, restaurantes, padarias, postos fiscais, escolas,unidades de saúde, ensino básico, centros profissio-nalizantes, hospitais, bancos, cooperativas, rodovi-as, eletrificação rural, vilas, cidades e parques agro-industriais. Esse grande efeito multiplicador geramais de dez empregos por hectare entre diretos eindiretos, promovendo uma expansão de progressosustentável sem precedentes na vida de uma região.

A Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dosVales do São Francisco e do Parnaíba – possui nassuas prateleiras projetos que somam mais de 200.000hectares estudados, detalhados, prontos para se-rem implantados. Isso representa 2 milhões de em-pregos permanentes, absorvendo uma boa parcelado contingente de desempregados do nosso país.

Como dissemos, estes dois vales – São Franciscoe Parnaíba – possuem solo e água compatibiliza-dos para irrigar 1 milhão de hectares, geratriz bá-sica para o problema de 10 milhões de desempre-gados que o presidente Lula tanto deseja resolver.

Um milhão de hectares irrigados custa, para suaimplantação, nunca menos de US$ 5 bilhões,quando bem administrados. É um programa ou-sado, programa para estadista, que o Brasil hámuito não vê – o último ocorreu há 46 anos, a epo-péia da construção de Brasília, no governo JK. Émeta para dois quatriênios. É outra epopéia, obraque consagra um governo neste Brasil de de-sempregados. É o desemprego zero.

* O autor é sócio do RC de Brasília-Cruzeiro, DF(D.4530).

CAPA

Page 25: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 23

Não é a terraque gera

o fruto,mas a água.

Provérbio turcomano

CAPA

Fo

to k

eysto

ne

Page 26: Brasil Rotário - Outubro de 2006

Mais espaçopara os jovens

Foi com a revelação do diálogo acima feitapelo ex-presidente do RC de São Paulo,Floriano Octávio de Godoy, e presidente doEspro – Ensino Social Profissionalizante, em

seu breve discurso, que foram inauguradas asnovas instalações da unidade de Itaguaçu, noNorte do município de São Paulo, em uma regiãomuito pobre.

O que é o EsproÉ uma organização administrada por seis RotaryClubs – tendo à frente o RC de São Paulo, e que

Alunos de escolas da rede pública, com 14 a 16 anos,aprendem uma profissão para enfrentar o futuro

“Certo dia, há dois anos, oinesquecível companheiro doRC de São Paulo, BernardinoPimentel Mendes, me procu-rou e disse:

– Godoy, tenho um terre-no lá no Parque Itaguaçu equero doá-lo para o Espro.

– Ótimo. Então, marque

Ensino○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

conta com a colaboração de cerca de 300 empre-sas – dedicada ao desenvolvimento integral dosadolescentes, mantendo para tanto uma equipemultidisciplinar. Além de assistir e acompanhar seuaproveitamento escolar, o Espro oferece aos jovenseducação profissional, preparando-os para a vidano mercado de trabalho.

Ampliação de ItaguaçuEm 2004, a escola começou a funcionar em um prédiode 400 m2, construído com as doações dos sócios dosRotary Clubs. No dia 18 de agosto deste ano, graças a

dia e hora para irmos lá – res-pondi.

– Que dia e hora você querir? – perguntou o Bernardino.

– É ao contrário, Bernardino:diga o dia melhor para você, queeu e o superintendente do Es-pro, Marinus Van der Molen, es-taremos lá no terreno.

Dois dias depois, Bernardi-no, Marinus e eu estávamos láno terreno de 1.255 m2, junto àAvenida Inajar de Souza, ondeexistia um galpão de obras quefoi esvaziado, pintado e ganhoujanelas, ficando pronto parareceber a primeira turma de 35alunos.”

Lindoval de Oliveira*

24 OUTUBRO DE 2006

O PRÉDIO do Espro-Itaguaçucom sua construção ampliada

Page 27: Brasil Rotário - Outubro de 2006

OS ALUNOS formaram um grande coral para cantar o Hino Nacional Brasileiro

TENDO À sua direita Fernando de Almeida Nobre Neto,presidente do Conselho Deliberativo do Espro, e à es-querda o presidente do RC de São Paulo, PauloMarcondes Torres Filho, o presidente do Espro, FlorianoOctávio de Godoy, saúda os presentes à inauguraçãodas novas instalações da escola

novas doações dos com-panheiros rotarianos, fo-ram acrescentados àque-la área mais 760 m2, fican-do o prédio, portanto,com o total de 1.160 m2.

Os mais de 1.200 jo-vens, de 14 a 16 anos, alu-nos de escolas da rede pú-blica, que estudam pre-sentemente na unidadede Itaguaçu, têm, agora,nove salas de aula, sala deinformática, sala de tele-marketing, escritório mo-delo, biblioteca com espa-ço para a internet – queestá à disposição dos alu-nos – consultório médico,cozinha, auditório e ins-talações de apoio. Apósconcluírem os programasde aprendizagem, os alu-nos são encaminhados àsempresas, onde são remunerados e aprimoram seus co-nhecimentos profissionais.

Encerramento

No auditório que recebia sua primeira platéia, osalunos encenaram um ato teatral mostrando os ris-cos do uso de drogas, seguindo-se uma audição docoral da escola, após a qual, encerrando a cerimô-nia de inauguração, usou da palavra o presidentedo Conselho Deliberativo do Espro, companheiroFernando de Almeida Nobre Neto, agradecendo atodos que participaram da construção: “Dirijo-mea essa equipe fantástica que conseguiu realizar tudoque nós vimos aqui para agradecer o seu empenho;nenhum recurso seria suficiente se não houvesse,além da capacidade, a motivação desse time de pes-soas dedicadas”.

BRASIL ROTÁRIO 25

A SALA de informática e os seus 20 computadores

Fotos: A.Freire

NO ESCRITÓRIO modelo, visitante e recepcionista

Page 28: Brasil Rotário - Outubro de 2006

26 OUTUBRO DE 2006

O céu é o limiteHoje o Espro mantém 13 unidades de ensino e filiaisno Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Além das par-cerias já existentes, entre elas com o Senac, a Facul-dade Novos Horizontes, o Projeto Viver Melhor, asFaculdades Rio Branco, a Fatec – Faculdade deTecnologia Paula Souza, e mais recentemente a Fun-dação Roberto Marinho, outras estão em andamento.Creio que diante de tanto sucesso em tão pouco tem-po de existência, não é exagero dizer que, para o Es-pro, o céu é o limite...

* O autor é jornalista, sócio do RC do Rio de Janeiro,RJ(D.4570) e editor da Brasil Rotário.

OUVINDO AS informações da instrutora Marina: Rafael Ribeiro do Valle, João Gilberto M.M. Campos,Altamiro Ribeiro Dias, Antonio Wadid Haddad, Oswaldo Roberto Campiglia, Fernando da Cruz Lopes, opresidente do RC de São Paulo, Paulo Marcondes Torres Filho, e Ezio Miguel Bonito

SALA DE estudos para operador de telemarketing

VISITANDO A biblioteca: Oswaldo Campiglia, FlávioE. Ferreira de Barros, Ezio Bonito, Floriano O. deGodoy e Fernando Cruz Lopes

JOVENS NA aula sobre o meio ambiente

Page 29: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 27

Carlos Alberto Sardenberg*

Em tempo de eleições nacionais, eisalgumas observações para os eleito-res e eleitoras em suas análises

sociopolíticas. Qual é o maior problemado Brasil? É que o país tem muitos pobres.Quando se consideram o Produto InternoBruto e a renda per capita e, mais ainda, ograu de desenvolvimento das diversas re-giões, o país cai na categoria das nações derenda média. Fica, ainda, com China, Rússiae Índia no grupo dos emergentes com mai-ores possibilidades de alcançar o pleno de-senvolvimento. No seu grupo, o Brasil é oque tem, proporcionalmente, o maior nú-mero de pobres, consequência direta dapior distribuição de renda.

A pobreza é uma questão moral, ób-via e econômica – esta não tão óbvia. Apobreza é, ao mesmo tempo, um sinalde atraso e um fator de atraso. Com umaclasse média encolhida, reduzido poderde consumo e mão-de-obra de pouca qua-lificação, o país tem dificuldade paradeslanchar. Além disso, a pobreza aindaimpõe um fardo à sociedade, que é darassistência aos que ficam para trás. Por-tanto, a prioridade número um do país écombater a pobreza. Mas como?

Respondeu Bolsa Família? Errou. A ma-neira correta, já testada pelo mundo afo-ra, é educação fundamental e média uni-versais, públicas e de boa qualidade. Ouseja, colocar toda criança e todo adoles-cente em boas escolas públicas. Nada con-tra as escolas particulares, que cumpreme cumprirão um importante papel. Mas afunção primordial do Estado é oferecereducação de boa qualidade para todos.Só a escola tira populações inteiras dapobreza.

A Bolsa, a renda doada pelo governo,mesmo diante de condicionantes, melho-ra a vida dos pobres, mas não os retiradessa condição. Na verdade, é um pro-grama sem futuro, pois vai consumir cadavez mais dinheiro, que poderia ser desti-nado à educação e à saúde.

DilemaEis como a coisa se encaminha para um

O rumo é a educaçãoO rumo é a educaçãoO rumo é a educaçãoO rumo é a educaçãoO rumo é a educaçãoO melhor gasto social é na escola

pública para as crianças e adolescentes

dilema: a população aumenta e, se nãose quebra a distribuição de renda atual, onúmero absoluto de pobres também ten-de a aumentar. Portanto, a demanda porBolsa Família cresce igualmente. Ora, arenda doada tira a família da pobreza a-penas enquanto o pagamento é feito.Suspenso o benefício, a família volta à po-breza, de modo que o benefício tende ase perpetuar e crescer sempre.

É claro que se o benefício é condicio-nado à permanência das crianças na es-cola e na frequência de toda família aoposto de saúde, o programa tem um efei-to indireto positivo. Mas de que adiantaráisso se a escola for ruim e o atendimentono posto, precário?

Eis o ponto: o essencial não está naBolsa, mas na escola e no posto de saú-de. E entretanto, o governo já gasta maisna Bolsa (considerados os programas fe-derais, estaduais e municipais) e em ou-tros benefícios assistenciais (como aposen-tadoria rural e pagamentos a idosos e de-ficientes) do que em educação e saúde.

Assim, o país gasta mais no remendo –na assistência que ameniza a penúria – doque nos chamados projetos estruturantes,aqueles que permitem às pessoas escapardefinitivamente da pobreza.

Basta verificar a experiência de paísesque deixaram a pobreza para trás. O per-fil de gastos é claro: um grande caminhãode dinheiro em educação básica, um ca-minhão menor em saúde, outro em infra-estrutura, e o que sobrar em assistência eprevidência públicas.

Exemplos: o Brasil, hoje, gasta 13% doPIB com previdência (incluindo a aposen-tadoria rural), enquanto a China apenas 3%,e o México, 6%. Exemplo interno: o país,neste ano, está gastando quase R$ 20 bi-lhões no Bolsa Família e assistência aos ido-sos e deficientes, contra R$ 8 bilhões emeducação. E do dinheiro da educação, umaparte absurdamente elevada vai para as uni-versidades federais, exatamente o contrá-rio do que fazem os países que estão con-seguindo reduzir a pobreza.

Em resumo: o melhor gasto social éna escola pública para as crianças e ado-lescentes.

Economia○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Deu certo lá foraMas é claro que o país precisa crescerpara oferecer emprego aos jovens queeduca. E o principal obstáculo ao cresci-mento acelerado no Brasil de hoje é oenorme tamanho do Estado, com tudoque vem junto: gasto elevado e ruim(muito em custeio e assistência, poucoem investimento em infra-estrutura eeducação); carga tributária excessiva parapagar isso tudo; e dívida elevada, resul-tado de gastos passados.

Não há como sair disso sem um pro-grama de médio prazo de redução do gastopúblico como proporção do PIB. Isso épura política, pois tal programa precisa sercolocado na lei orçamentária votada peloCongresso.

Portanto, é preciso combinar esse pro-grama de redução no valor absoluto degastos com uma realocação dos recursosdisponíveis, de modo a enviar cada vezmais dinheiro para educação, saúde e infra-estrutura, nessa ordem. A redução de gas-tos exige, de seu lado, uma reforma daprevidência, pois aqui está a maior fontede gasto público.

A reforma tributária, também necessá-ria e com o objetivo de reduzir a carga deimpostos, assim como simplificar o proces-so de apuração e pagamento, seráconsequência da redução do gasto públi-co. Reforma tributária sem cortes nos gas-tos termina em aumento de impostos.

Para coroar um bom programa políti-co, é preciso acrescentar as micro-reformas, aquelas destinadas a melhoraro ambiente de negócios. A reforma tra-balhista, sem dúvida, está nesse grupo,pois é enorme a carga de impostos so-bre o trabalho, mas são necessárias tam-bém aquelas medidas para facilitar a aber-tura e o funcionamento de empresas,para agilizar a Justiça e eliminar as buro-cracias.

Parece pretensão apresentar um progra-ma assim, acabado e definitivo? Mas não é.Trata-se apenas de copiar o que deu certoem outros países. Simples assim.

* O autor é articulista da revista Exame ecomentarista econômico da rádio CBN.

A Bolsa Família melhora a vida dos pobres, mas não os retira dessa condição

Page 30: Brasil Rotário - Outubro de 2006

28 OUTUBRO DE 2006

Identificação○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O Rotary é umcaminho paraa felicidade

José Firmino de Oliveira*

Neste mundo globalizado, extremamente mate-rialista e onde todos estão sempre com pressa,a pergunta mais freqüente feita aos rotarianos

é: “O que vocês buscam no Rotary, e o que se ganhasendo rotariano?”

Na verdade, estas indagações são lógicas e pertinen-tes, como lógicas e pertinentes são as respostas paraelas. O Rotary tem um método singular de recrutamen-to dos seus futuros membros, procurando transmitir-lhesfatos relacionados ao Movimento Rotário, como porexemplo o tamanho da família que compõe nossa or-ganização e qual a sua verdadeira filosofia. No entanto,algumas pessoas ingressam nos seus quadros sem saberao certo porque o fizeram e o que estão buscando, epor essa razão se sentem perdidas no meio dos verda-deiros rotarianos. Assim, acabam não se identificandocom eles e deixam seu Rotary Club.

Felizmente, são muitos os líderes profissionais queingressam no rotarismo e conseguem se identificar comele, alcançando a grande importância dessa centenáriaorganização internacional, o que os leva a se transfor-marem em verdadeiras lideranças no mundo rotário efora dele – para o bem do Rotary e da humanidade.

Solidificação do amorQuanto às perguntas formuladas no começo do texto,há de se reconhecer que cada rotariano tem uma res-posta própria para elas, mas com certeza todas coinci-dentes na medida em que, através do Rotary, se põeem prática o espírito do companheirismo e dovoluntariado. Esse exercício nos dá em troca o enri-

O Rotary é umcaminho paraa felicidade

Ela começa com as

oportunidades de trabalho

voluntário que o rotariano

pode oferecer à comunidade

quecimento pleno de nossa alma e a solidificação ab-soluta do nosso amor. Chega-se assim à conclusão deque não é difícil descobrir que no Rotary buscamos afelicidade da mesma forma como a buscamos por in-termédio de nossa família, dos nossos amigos e com-panheiros, dos nossos estudos e do trabalho.

Para os rotarianos, a felicidade conseguida atravésdo Rotary está materializada na satisfação do sem-tetoque ajudamos a amparar; no prazer de construir emanter o abrigo onde mora um idoso abandonado;na alegria do menino de rua que acabamos de con-quistar; no sorriso das crianças que estudam nas esco-las que edificamos; na recuperação dos enfermos queestão em tratamento nos hospitais e ambulatóriosconstruídos por nós, e nas inúmeras outras ações soci-ais que promovemos. Enfim, a nossa felicidade está nafelicidade daqueles que reencontraram suas vidas eas suas razões de viver graças à ação voluntária de umRotary Club ou de um rotariano.

Todos podem ficar certos de que no Rotary nósbuscamos a verdadeira felicidade e a encontramos nonosso trabalho voluntário, na medida em que desco-brimos que “a vida não é só a busca de resultadosmateriais, mas também uma fonte inesgotável de gran-des e pequenos prazeres”.

Por esta razão, eu convido você, que ainda não érotariano, a vir para o Rotary. Aqui nós o ajudaremos aencontrar a felicidade que você tanto procura. Venhafazer parte dessa grande família mundial de homens emulheres vencedores e junte-se à nossa felicidade.

* O autor é EGD e sócio do RC de Arapiraca, AL(D.4390).

Aqui nós o ajudaremos a encontrar a felicidade que você tanto procura

Ninja

Page 31: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 29

Tema do mês○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Em todas as biografias de Paul Harris e nos re-latos sobre a fundação do Rotary, aparecem –sempre em relevo – o companheirismo e asrelações profissionais, ressaltando o fato de que

ambos são indispensáveis para que sealcance um bom resultado nas açõesque visam o bem-estar das comunida-des às quais servimos.

Diante do êxito de nossa organiza-ção em seu primeiro centenário devida, chegamos à conclusão de que oideal expresso inicialmente foi corre-to, pois hoje a instituição reúne maisde 1,2 milhão de seguidores. São ho-mens e mulheres que, dentro de umsadio companheirismo e na troca deexperiências acumuladas em suas res-pectivas profissões, dedicam-se a fa-zer com que a humanidade seja umasó, destacando o bem-que-rer como o modus vivendi.Homem de larga visão e ele-vado espírito comunitário,Paul Harris viu no compa-nheirismo a chave para es-treitar o melhor entendi-mento entre os homens, ir-mãos que somos de Quemnos criou.

Tudo isso ocorreu emChicago, à época uma cida-de fria onde cada um viviapor si e para si, sem a preo-cupação de estabelecer um

A força dos Serviços Profissionais Com eles, celebramos a essência de nossa organização

Remaclo Fischer*

vínculo de amizade. Com a iniciativa do fundadordo Rotary, os profissionais começaram a se interes-sar uns pelos outros, estabeleceram novas amizadese passaram a se servir mutuamente, proporcionan-

do uma reforma nos cos-tumes da cidade.

Toda vez que celebramosos Serviços Profissionais, ébom lembrarmos que tudoisso foi conquistado com aprática da ética e do nossolema rotário: Dar de Si An-tes De Pensar em Si.

� No calendário do Ro-

tary International, ou-

tubro é o mês dedica-

do aos Serviços Pro-

fissionais, a grande e

motivadora razão da

existência de nossa

organização. A pedido

da BR, o EGD Remaclo

Fischer, rotariano há 54 anos e sócio do RC

de Florianópolis, SC (D.4651) produziu o mag-

nífico texto que apresentamos nesta página.

Ninja/SXU

Page 32: Brasil Rotário - Outubro de 2006

30 OUTUBRO DE 2006

Diversas autoridadesrotárias estiveram pre-sentes, entre elas o ca-sal presidente do Ro-

tary International William BillBoyd e Lorna; o representante doConselho de Curadores da Fun-dação Rotária, EDRI Dong KurnLee, e a mulher, Young; o dire-tor convocador do Instituto,Carlos Enrique Speroni, e a mu-lher, Lilia; os casais ex-diretoresdo RI José Alfredo Pretoni eMagnólia; Archimedes Theodoro– patrono do evento – e Yolanda;Mário de Oliveira Antonino eCelma; Hipólito Ferreira e Mari-

lene; Gerson Gonçalves e Irani;Alceu Antimo Vezozzo; Luiz Coe-lho de Oliveira e Lucilena; além dodiretor eleito 2007-09, ThemístoclesAmérico Caldas Pinho, acompanha-do da mulher, Gilda.

Durante a semana de 28 deagosto a 02 de setembro, foram de-senvolvidas diversas atividades,como o Gets – Seminário de Trei-namento para Governadores Elei-tos 2007-08; o Seminário da Fun-dação Rotária; e o Seminário deDesenvolvimento do Quadro Soci-al, antecedendo o próprio Institu-to. A freqüência registrou a partici-pação de 1030 pessoas, sendo 364

rotarianos (dentre os quais 297EGDs brasileiros), 579 cônjuges econvidados, e outras 87 pessoas.

Reciclagem e reencontroO Instituto Rotário é uma oportu-nidade para a reciclagem de conhe-cimentos, a discussão e o debatesobre como desenvolver projetoscom foco nas ênfases do presiden-te do RI. Ao mesmo tempo, o even-to promove o reencontro de gover-nadores, fortalecendo as amizadese estabelecendo novos relaciona-mentos. Por todos estes motivos, oInstituto Rotário é o momento ide-al para a troca de experiências e

Instituto ArchimDe 31/08 a 0De 31/08 a 0De 31/08 a 0De 31/08 a 0De 31/08 a 0

Newton Camargo Moraes*

Neste ano, o evento rotáriotão esperado pelos compa-nheiros brasileiros aconte-ceu em Atibaia, charmosacidade do estado de SãoPaulo, conhecida por seuexcelente clima, um dosmelhores do Brasil. O Ho-tel Resort Bourbon Atibaiafoi escolhido para sediar oencontro. Com sua estrutu-ra para convenções de altonível, o Bourbon possibili-tou ao distrito 4600 orga-nizar e dirigir um InstitutoRotário que vai ficar na me-mória de todos os partici-pantes.

Page 33: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 31

MESA DE Abertura: EGDEduardo de Barros Pimentel;casal governador do distrito4600 Neusa e Marco Antoniode Toledo Piza; EDRI JoséAlfredo Pretoni; Young Lee eo marido, EDRI Dong KurnLee, curador da FundaçãoRotária; o casal Lilia e CarlosEnrique Speroni, DRI econvocador do Instituto; ocasal presidente do RI, Lornae Bill Boyd; o EPRI LuisVicente Giay e a sua mulher,EGD Célia Giay; o EDRIArchimedes Theodoro,patrono e grande homena-geado do evento;Themistocles A. C. Pinho,diretor indicado do RI; o EGDAntonio de Paiva Diniz,chairman do Instituto deAtibaia, e a mulher, MariaAugusta; o casal governadordo distrito 4590, AnthonyKasenda e Marina; e o EGDCelso Moura

OS GOVERNADORES eleitos 2007-08 posam com o diretor Carlos Speroni e os instrutores

medes Theodoroa 03/09/2006 03/09/2006a 03/09/2006 03/09/2006 03/09/2006

Fotos Sérgio Afonso

Page 34: Brasil Rotário - Outubro de 2006

32 OUTUBRO DE 2006

para vivenciar a força do rota-rismo brasileiro.

Um outro fato que chamoua atenção em Atibaia: em todosos cantos, sentia-se um clima deordem, de harmonia e de sau-dável companheirismo, onde aalegria e o entusiasmo pelos tra-balhos rotários indicavam a bus-ca de mais aprendizado e mui-ta vontade de servir.

Sessão solenede aberturaNa cerimônia de abertura, como salão principal – o Ballroom C– praticamente lotado por cer-ca de 900 pessoas, assistimos àentrada das bandeiras de Brasil,Argentina, Nova Zelândia, Co-réia do Sul e EUA. As bandeirasdos estados brasileiros tambémforam recepcionadas, comple-tando a panóplia num espetácu-lo cívico de bonito visual.

Em seu discurso de abertu-ra, o presidente Bill Boyd res-saltou a importância de os rota-rianos tornarem-se atores (e nãomeros espectadores) de ummundo em transformação. Eledisse que esta é a hora de jun-tos mostrarmos o caminho e de-senvolvermos projetos e açõesdirecionados aos problemasdas comunidades, sejam elesgrandes ou pequenos. Com en-tusiasmo e determinação, é pre-ciso buscarmos parcerias na lutacontra o analfabetismo e a po-breza, e que nos ajudem a pro-mover a saúde e a preservaçãodos recursos hídricos, colabo-rando para a construção de ummundo melhor.

Um fato curioso sobre o lemadeste ano nos foi contado pelopróprio presidente: “Escolherum lema é um grande desafio.O problema é achar algo queseja razoavelmente curto, tradu-zível em todos idiomas do Ro-tary e que não infrinja nenhumdireito autoral. Na primeira ten-tativa, esbarramos em uma mar-ca comercial que usava as mes-mas palavras como slogan – ejá as tinha registradas”, disseBill Boyd. “Para que pudésse-mos usar a frase, nos foram co-brados US$ 65 mil. Nossa res-posta foi não.”

CÔNJUGES DOS governadoreseleitos e as instrutoras

NOITE DO Reencontro: nocentro, em pé, atrás dopresidente do RI, EGDs JoséAlves Fortes e Edson Avellarda Silva

Page 35: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 33

Numa nova rodada de suges-tões, foi realizada a busca do novolema. Daí surgiu o definitivo – Mos-tremos o Caminho – aplicável emtodos os níveis.

NovidadeEnquanto Bill Boyd fazia seu pro-nunciamento, nos dois telões ins-talados no salão principal era pro-jetada a versão em português do dis-curso, em perfeita sincronia com afala do presidente. Um belo traba-lho dos organizadores.

O presidente salientou ainda aimportância da utilização da Pro-va Quádrupla no dia-a-dia dos ro-tarianos. Quanto a isso, ele lem-brou que na Convenção de Chi-cago, no ano passado, o neto deHerbert Taylor (criador da Prova)falou sobre o assunto, contandouma passagem ocorrida com suatia, uma das filhas do avô. Em umareunião, a tia foi questionadapelo então presidente dos EUA,Richard Nixon: “Seu pai deve terlhe dito o que você deveria fa-zer”. Ao que ela respondeu: “Não,ele nunca me disse o que fazer...

O PRESIDENTE Bill

Boyd em seu discurso

de abertura

Ele me mostrou o que fazer.”Bill Boyd citou ainda diversos

exemplos de rotarianos que vêmmostrando o caminho e encon-trando soluções para problemasde suas comunidades. No encer-ramento de sua fala, citou madreTeresa de Calcutá: “O que eufaço você não pode fazer, e o quevocê faz eu não posso fazer... Mascom amor, poderemos juntos fa-zer grandes coisas”, ele disse.“Como rotarianos, ao mostrar-mos o caminho nós fazemos a di-ferença – e juntos somos capa-zes de algo maravilhoso.”

Outro ponto alto foi o exce-lente vídeo motivacional exibidona cerimônia de abertura, e quedeu um colorido todo especial aoevento. Com bonitas imagens, ovídeo analisou as mudanças porque passou a humanidade ao lon-go dos últimos anos e destacou oquanto é importante o ser huma-no assumir seus desafios comcriatividade e ousadia, amandoo próximo na busca de soluçõesque diminuam as diferenças so-ciais que se ampliam cada vezmais e exigem que nos tornemosefetivamente agentes da transfor-mação do mundo.

Deixar de lado a nossa cômo-da posição de espectadores é fun-damental. Com determinação,podemos usar os recursos tecno-lógicos que estão à nossa dispo-sição como ferramentas dessaação – e através de atitudesproativas, fazer acontecer.

Noite do Reencontroe encerramentoSem dúvida, o Instituto Rotário deAtibaia vai ficar marcado na lem-brança de todos que lá estiveramnão somente por sua organiza-ção, pela qualidade técnica dostemas rotários e pela efetiva par-ticipação dos rotarianos nos tra-balhos em grupo, mas tambémpelas atividades sociais e cultu-rais que foram realizadas. A Noi-te do Reencontro, tão esperadapelos governadores como ummomento especial para reverseus colegas de ano rotário, foimarcada pela alegria e a partici-pação, com o companheirismofluindo e as amizades se reno-vando. Uma beleza de noite,

Page 36: Brasil Rotário - Outubro de 2006

34 OUTUBRO DE 2006

cheia de rostos alegres, sorri-sos e abraços aqui e ali, comgrupos de governadores dispu-tando a presença do casal pre-sidente Bill e Lorna para tirarfotografias – e os dois atende-ram a todos, sempre com sim-plicidade e simpatia.

EncerramentoNa plenária de encerramento,assistimos a um momento degrande emoção, quando o patro-no do Instituto, o EDRI Archime-des Theodoro, decano dos Co-légio de Diretores Brasileiros, foià tribuna para fazer seu agrade-cimento. Archimedes começousua fala revelando como se sen-

tiu ao ser informado pelo diretorCarlos Speroni, convocador do Ins-tituto, de que ele havia sido esco-lhido pela comissão organizadorapara ser o patrono do evento. Ar-chimedes Theodoro contou queaquele foi o grande momento desua vida rotária.

Dizendo-se honrado e emocio-nado com a notícia, ele falou quegostaria que todos sentissem umpouco das emoções que viveu.Nesse momento, a coordenação doevento colocou no ar a música“Emoções”, senha para que o ho-menageado, com a voz embargada,entoasse a famosa canção em due-to com o rei Roberto Carlos. A pla-téia foi ao delírio.

Aplausos, sorrisos, lágrimas emuito carinho. Todos procuravamenvolver o homenageado, comoque num grande abraço. O presi-dente Bill Boyd deixou a mesa di-retora e foi à tribuna, onde – abra-çado a Archimedes – dirigiu-lhealgumas palavras de elogio. Umamerecida homenagem ao patronodo XXIX Instituto Rotário do Brasil.

No jantar de encerramento, ou-tra surpresa: com o salão lotado eum impecável serviço de gastro-nomia, o jovem Gil Diniz brindoua todos com seu violão e umbelíssimo repertório de músicasbrasileiras, algumas de sua autoria.Filho do chairman do Instituto deAtibaia, o EGD Antônio de Paiva

BILL BOYD abraça o

EDRI Archimedes

Theodoro, que

recebeu uma

emocionante

homenagem na

plenária de

encerramento

O PRESIDENTE Boyd e

Young Lee não resistiram

à batida do samba e

acabaram entrando no

carnaval de encerramen-

to, realizado pelos casais

de governadores 2006-07

Page 37: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 35

Diniz, e da mulher dele, MariaAugusta, Gil abrilhantou o eventocom sua arte, técnica e voz.

Em seguida, mais uma surpresaestava reservada para a platéia: umgrupo de casais argentinos, Revi-vendo Gardel, adentrou o palcopara uma demonstração de “tangofamília” – diferente de outras apre-sentações de tango.

O principal detalhe era o fato deo grupo ser formado por rotarianoscujos talentos de dançarinos eramdesconhecidos dos demais. Erameles os casais EPRI Luis VicenteGiay e Célia, DRI Carlos EnriqueSperoni e Lilia, e outros três EGDsargentinos que completavam esseanimado e alegre grupo de dança-rinos. Durante a exibição, algunscasais brasileiros se incorporaramao grupo e também demonstraramsuas habilidades, dançando comdesenvoltura o ritmo portenho.

Como o XXIX Instituto Rotário doBrasil também acolheu o 3o Encon-tro de Rotarianos de Países de Lín-gua Portuguesa (leia na próximapágina), tivemos uma apresentaçãoespecial de um Grupo Folclórico daCasa de Portugal de São Paulo, quenos encantou com danças e músi-cas típicas de diversas regiões por-tuguesas num espetáculo de graçae beleza.

Para encerrar a noite, os casaisgovernadores 2006-07, devidamen-te fantasiados – tal como se apresen-taram em San Diego, nos EUA, du-rante a Assembléia Internacional –mostraram no palco a força do sam-ba e do carnaval brasileiro. E arrasa-ram. O ritmo alegre e envolventecontagiou a todos, e até o presidenteBill Boyd não resistiu e aderiu ao gru-po, sendo seguido pelo curador daFundação Rotária, o EDRI Dong KurnLee, e a mulher dele, Young.

Foi uma noite memorável,repleta de surpresas, compa-nheirismo, alegria, sorrisos,abraços e muito carinho, mar-cando o encerramento de maisum Instituto Rotário do Brasil.Um sucesso, sem dúvida – eque já deixou saudades.

*O autor é EGD, sócio do RC deSão José dos Campos-Oeste, SP(D.4600) e foi o diretor de Progra-mas do XXIX Instituto Rotário.

Em Evanston, o comitê

de indicação escolheu

o curador da Funda-

ção Rotária, EDRI

Dong Kurn Lee, para

presidir o Rotary

International em 2008-

09. Ele é sócio do RC

de Seul-Hangang,

Coréia do Sul, e esteve

no Brasil participando

do XXIX Instituto

Rotário, recentemente

realizado em Atibaia,

São Paulo.

Na foto, o futuro

presidente, primeiro à

esquerda, aparece ao

lado do presidente Bill

Boyd, do EDRI Alceu

Vezozzo, do EGD

Nadir Zacarias e do

EPRI Luis Vicente Giay.

INDICADO O PRESIDENTE 2008-09 DO RI

Page 38: Brasil Rotário - Outubro de 2006

36 OUTUBRO DE 2006

3º Encontro de Rotarianos d

Gunter Pollack*

Seguindo o lema criado para oInstituto Rotário de Atibaia –Mostremos o caminho da inte-

gração com os países de língua por-tuguesa – durante o evento ocorreuo 3o Encontro de Rotarianos de Paí-ses de Língua Portuguesa, organiza-do pela CIP/Plop – Comissão Inter-países Brasil-Portugal e demais Paí-ses de Língua Oficial Portuguesa.

Na tarde do dia 31 de agosto, umabreve sessão preliminar foi dedicada àapreciação e discussão de assuntosespecíficos e considerados de últimahora para os trabalhos do dia seguin-te, como as nomeações de novos co-ordenadores distritais e a substituiçãode outros – e ainda a utilização demateriais e meios de divulgação.

Na manhã do dia 1o de setem-bro, a Primeira Sessão Plenária doInstituto Rotário foi desenvolvida emconjunto com o Encontro da CIP/Plop, tendo como objetivo os temase ênfases priorizados mundialmentepor nossa organização e, concomi-tantemente, para a comunidadelusofônica, constituindo-se na “basepara o nosso trabalho em benefíciodos países de língua portuguesa”,como destacou o EGD Eduardo deBarros Pimentel, presidente da CIPe da entidade apoiadora, a Funda-ção de Rotarianos de São Paulo.

Como havia sido programado,representantes diplomáticos de An-gola, Cabo Verde, da CPLP – Comu-nidade de Países de Língua Portugue-sa, do Ministério das Relações Exte-riores do Brasil e da Câmara de Co-mércio Afro-brasileira, que participa-ram do 3o Encontro da CIP/Plop, in-tegraram-se à mesa diretora dos tra-balhos do Instituto.

Pronunciamentos de aberturaApós a emocionante entrada das

bandeiras dos países de língua por-tuguesa e de sua integração àpanóplia, foram ouvidas asinspiradoras palavras do convocador

Evento promovido pelaCIP/Plop foi realizado

durante o Instituto

do Instituto de Atibaia, o DRI CarlosEnrique Speroni. “Este é um tema deenorme transcendência para o rota-rismo dos países de língua portugue-sa e da comunidade mundial. Alme-jamos um mundo onde a capacida-de de ter se resigne diante da pure-za de ser”, afirmou o diretor.

Em sua fala, Eduardo de BarrosPimentel valorizou a oportunidade darealização do Encontro da CIP/Plop noInstituto e as presenças do presidentedo RI, Bill Boyd, do representante daFundação Rotária, o EDRI Dong KurnLee, dos representantes dos países delíngua portuguesa e da própria CPLP.Pimentel agradeceu a Speroni e aochairman do Instituto de Atibaia, EGDAntonio de Paiva Diniz, que abriramas portas do evento para a realizaçãodo Encontro, fazendo com que elefosse o mais abrangente e significativopossível.

Reportando-se aos objetivos al-mejados pela CIP/Plop e aos avan-ços já alcançados, Eduardo de Bar-ros Pimentel disse que é “uma sa-tisfação estarmos trabalhando paraa nossa língua”. “Esta é uma con-tribuição que damos para todos osnossos irmãos de língua portugue-sa”, afirmou.

Em seguida, foram lidas as men-sagens dos embaixadores de Por-tugal, Francisco Seixas da Costa, edo chefe do escritório do Itamaratyem São Paulo, Jadiel Ferreira deOliveira, que estava previsto comopalestrante, e que explicou sua au-sência destacando: “O rotarianopoderá levar a essas comunidadeso exemplo harmonizador do nos-so país em termos sociais, culturaise econômicos”. Em seu lugar, to-mou a palavra o ministro JoãoInácio Oswald Padilha, chefe daDivisão África II do Ministério dasRelações Exteriores brasileiro, queengloba os países africanos de lín-gua portuguesa. Ele ressaltou a im-portância do relacionamento comos países da comunidade lusofôni-ca, “cuja interação é componente

de um processo de reconquista ede manutenção da paz”.

O ponto alto das exposições foi opronunciamento do embaixador JoséTadeu da Costa Soares, secretário-ad-junto da CPLP, organismo internacio-nal que há 10 anos reúne os paísesonde a língua portuguesa é falada.“Nós temos projetos, objetivos e de-safios que são partilhados pelo movi-mento rotário internacional e pelomovimento rotário dos países lusofô-nicos. Estamos dispostos a cooperarinteiramente”, finalizou.

Sessões de trabalhoEncerrada a plenária, a sessão se-

guinte de trabalho do Encontro foirealizada no salão A do HotelBourbon, com a presença de cercade 100 pessoas e a significativa par-ticipação dos coordenadores distritaisda Comissão Interpaíses. Na mesa

1

2

Page 39: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 37

d e Países de Língua Portuguesa

diretora, junto ao presidente Eduar-do Pimentel, estavam o convocadordo Instituto Rotário de Atibaia, DRICarlos Speroni; os representantesdiplomáticos João Inácio, do Minis-tério das Relações Exteriores, e JoséTadeu, da CPLP; o ministro conse-lheiro da Embaixada da Repúblicade Angola, Oliveira Francisco Joa-quim Encoge; o cônsul-geral da Re-pública de Angola, Albertino de Je-sus; além do cônsul-geral honorário

da República de Cabo Verde,Aguinaldo Paulo da Silva Rocha.

A esse seleto grupo de convida-dos somaram-se ainda o presidenteda CIP Portugal-Brasil, Frederico Nas-cimento, e os diretores da CIP Bra-sil-Portugal, os EGDs Octavio LeiteVallejo e Gedson JunqueiraBersanete, que também é coorde-nador regional da Fundação Rotária.

Convidado pelo EGD EduardoPimentel para abrir a sessão,

Speroni ressaltou a importância dotrabalho da CIP numa significativamensagem. “Vocês enriqueceram oprograma do Instituto comtranscendência e envergadura. NoRotary, estamos permanentemen-te tratando de abrir portas paraque os povos se entendam, seinterajam e se aproximem. Isto queaconteceu aqui hoje faz parte deum tema maior do Instituto. Queos resultados sejam o que todos es-peram – e o que de todo coraçãodesejamos”, disse o diretor do RI.

A seguir, todos foram convidadospor Pimentel para assistir a um vídeoespecialmente feito para o Encontro– e que, de certa maneira, substitui-ria sua fala prevista. Contendo de-clarações expressivas e intensas ima-gens, o vídeo aborda os quatro gran-des desafios do Rotary na atualida-de – alfabetização, combate à fome,gerenciamento racional dos recursoshídricos e promoção da saúde – in-centivando a sua percepção e esti-mulando discussões a respeito e aimplementação de soluções. O vídeotermina lembrando a responsabili-dade da sociedade e dos rotarianoscom o tema: “Que possa cada um,a seu tempo, olhar de frente a quemlhe sucederá com o sorriso do devercumprido. Mostremos o caminho!”.

Com o objetivo de promover aintercomunicação entre os participan-tes e produzir subsídios para o me-lhor desempenho da CIP, EduardoPimentel convidou os presentes a semanifestarem. Destaque para as pa-lavras do EGD Frederico Nascimento,do distrito 1970, de Portugal, e presi-dente da CIP Portugal-Brasil. “O quese pretende é justamente isso: aproxi-mar rotarianos através dos clubes paracom isso potencializar projetos em di-versas localidades do mundo”, afir-mou, ao parabenizar seu companhei-ro, o EDG Eduardo Pimentel, pela re-alização do Encontro.

*O autor é sócio do RC São Paulo-Perdizes, (D.4610) e membro doDepto. de Relações Internacionaisda Fundação de Rotarianos de SãoPaulo.

� Para saber mais sobre o 3o Encon-tro de Rotarianos de Países de Lín-gua Portuguesa, acompanhe as pró-ximas edições da Brasil Rotário ouacesse <www.frsp.org/CIP_PLOP>

1 MESA DIRETORA dos trabalhos da sessão vespertina do Encontro

2 A PARTIR da esquerda, o secretário executivo da CIP, Gunter Pollack; osecretário adjunto da CPLP, José Tadeu da Costa Soares; o EGD Eduardode Barros Pimentel, presidente da CIP; e o ministro conselheiro OliveiraFrancisco Joaquim Encoge, da Embaixada de Angola

3 O PRESIDENTE do RI, Bill Boyd (à esquerda) e o EGD Frederico Nascimento(D. 1960), presidente da CIP Portugal-Brasil

4 O MINISTRO João Inácio Oswald Padilha, chefe da Divisão África II doMinistério das Relações Exteriores do Brasil

3 4

Fotos Sérgio Afonso

Page 40: Brasil Rotário - Outubro de 2006

38 OUTUBRO DE 2006

Decoração � Angela Barquete & Cristiane Dornelles○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Espaços pequenos – parte 2Em setembro, explicamos por

que as dimensões das moradi-

as vêm diminuindo em todo o

mundo e mostramos que isso

não precisa ser um problema.

Nesta edição, apresentamos al-

gumas soluções inovadoras para

que você aproveite melhor o

espaço da sua casa

COZINHA COMPACTA equipada com eletro-

domésticos de última geração. Grandes

peças de granito revestem as paredes entre

as bancadas e os armários superiores, facili-

tando a limpeza e deixando a cozinha mais

ampla visualmente

vida moderna é casual. Hoje emdia é mais comum jantarmos ven-do TV ou ouvindo música do quesentarmos em torno de uma lon-

ga mesa num ambiente silencioso e iso-lado de outras atividades. Por que ter umliving formal se, na maioria das vezes, oencontro entre as pessoas acontece emambientes menores, como a cozinha? Damesma forma, ter mais de um ou doisbanheiros pode ser desnecessário, e umespaço extra que muitas pessoas nãopodem pagar.

Espaços menores são mais íntimos eestimulam uma interação maior entreas pessoas que os habitam. Eles provo-cam a imaginação das pessoas e sua ha-bilidade de pensar além do óbvio, aexplorar soluções alternativas e de pas-sar ao largo do pensamento linear co-mum. Um novo estilo de vida contem-porâneo, cheio de criatividade e origi-nalidade, acontece nos espaços peque-nos que tomam a forma de flats, lofts,dúplex, apartamentos e casas.

Soluções inovadoras para espaços li-mitados surgem das mais diversas formas,como móveis multifuncionais, rodízios,áreas partilhadas, mesas portáteis e por-tas deslizantes. O fator tecnológico tam-bém merece destaque, pois ficaram me-nores, mais simples e esteticamente agra-dáveis os equipamentos de som, TV e

demais eletroeletrônicos, além da iluminação.Muitas das soluções abordadas são práticas e melho-

ram o aproveitamento do espaço. Mas e a percepçãosensorial que temos dele?

Faça as escolhas certasVocê pode ter um apartamento repleto de elementosque economizam espaço e mesmo assim continuar sesentindo confinado. Nesse caso, é essencial perceber que

A

Page 41: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 39

Decoração○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ANGELA BARQUETE (sócia do

RC do Rio de Janeiro-Ipanema)

e CRISTIANE DORNELLES

www.transitions-design.com

Tels.: (21) 2259-7348

(21) 2239-3375

QUARTO DE casal: cama

com cabeceira de couro

branco e mesas de cabe-

ceira em laca branca. A

luminária fixada na

parede deixa os tampos

das cabeceiras livres para

objetos pessoais

Móveis multifuncionais, mesasportáteis e portas deslizantessão algumas soluções inovadoras

QUARTO DOS filhos com colchas em jeans para dar um

clima esportivo e armários com portas de correr em espelho

para ampliar o espaço

● O apart hotel mostrado nas fotos é um espaçopequeno, por isso a opção pelo branco off whitenas paredes, pisos, tetos e em grande parte do mo-biliário, feito em couro, cristal ou laca.

a escolha de itens básicos como iluminação, distribuiçãodos móveis e das circulações e a escolha dos materiais éque trará a sensação de uma área bem maior que a exis-tente em termos de metragem quadrada.

Os espaços pequenos podem ser minimalistas ouecléticos, ultracontemporâneos ou clássicos, e vão de-pender do gosto e do estilo de vida do morador. O usoadequado das proporções e o equilíbrio entre praticidadee imaginação é que vão transformar um espaço com sen-sação de confinamento num pequeno espaço urbanobem elaborado e afinado com a vida do morador. Por-tanto, para aqueles que sonham com uma enorme casacom jardim, talvez seja a hora de pensar na relação ne-cessidade X desejo para saber se um espaço grande de-mais é realmente a melhor opção.

Agora é o momento de descobrirmos e explorar-mos o potencial dos espaços pequenos e perceber-mos que a tendência mundial de valorização deles estáinserida num contexto maior, ligado à crise econômi-ca, ao desenvolvimento da tecnologia, uma maiorconsciência ecológica e ao surgimento de núcleos fa-miliares cada vez menores.

Page 42: Brasil Rotário - Outubro de 2006

Isaac Benchimol*

Atualmente, a obesidade e o di-abetes estão entre os proble-mas que mais preocupam asautoridades médicas do pla-

neta. Isto se deve à sua rápida disse-minação e ao fato de terem atingindonúmeros considerados alarmantes. Noano de 2000, as estatísticas aponta-vam a existência de 150 milhões dediabéticos em todo o mundo (90% a95% deles são vítimas do diabetes tipo2), com uma estimativa de que em2020 este número dobre, deixandoo quadro ainda mais assustador.

Para se ter uma idéia do impactoque isso representa nas finanças pú-blicas, podemos citar os números ofi-ciais da doença nos EUA há seis anos:foram gastos US$ 120 bilhões, o equi-valente a 15% do orçamento para asaúde no país. Na Inglaterra, com basetambém em dados oficiais, esses gas-tos chegaram a 8%. Esses números le-varam os especialistas à conclusão deque cada paciente tem um custo anu-al de US$ 3,5 mil para o governo.

No Brasil, a incidência de diabetes

Surge o homemHá mais ou menos 5 milhões de

anos, surgiram o Homo erectus e, emseguida, o Homo sapiens. Organica-mente, a diferença essencial entre elesera o tamanho do cérebro. Enquantoo do primeiro pesava 700 gramas, odo segundo chegava a 900 gramas.A vida média dos dois, porém, erasemelhante, e girava em torno dos12 anos.

Aquele era o início da vida huma-na na Terra. Para se ter uma idéia desua evolução, vamos analisar algunsindicadores de determinados perío-dos. Há aproximadamente 6.000anos, no início da era judaica, o pesodo nosso cérebro ficava em torno de1.300 gramas, enquanto a vida mé-dia dos seres humanos não ultrapas-sava os 15 anos. A população era ba-sicamente nômade e formada porcaçadores e coletores de frutos eraízes silvestres. As principais causas demorte eram as doenças infecciosas,

OBESIDADE

Entenda como aevolução dascondições devida da humani-dade tem levadoao crescimentodesses malesem todo o mundo

tipo 2 no ano de 2002 foi estimadaem 8,7% da população, abaixo aindada registrada nos EUA, que em 2000já atingia 12%. Acredita-se que emtodo o mundo surjam em torno de800 mil novos casos por ano.

Embora se desconheça o númeroglobal, com a obesidade a situação ébastante parecida. Tanto em paísesdesenvolvidos como em outros aindaem fase de desenvolvimento, o pro-blema vem se multiplicando perigosa-mente e atingindo inclusive a popula-ção infanto-juvenil.

Para tentar entender as razões doprogresso dessas enfermidades, é ne-cessário buscar as origens da vida ani-mal e a sua evolução em nosso plane-ta. Há mais ou menos 600 milhões deanos, os vertebrados eram somenteaquáticos. Cerca de 100 milhões deanos mais tarde, surgiram os vertebra-dos terrestres. Devido à necessidadede retenção de sódio e de iodo, queeram abundantes no mar e escassos

na terra, esse período define o apare-cimento dos rudimentos que equiva-lem hoje em dia aos rins e à tireóide.

Mais de 100 milhões de anos de-pois, surgiriam os grandes vertebradosterrestres, entre eles o dinossauro. Háaproximadamente 60 milhões deanos, surgiram indícios dos primeirosmamíferos aquáticos e terrestres.

DUASMARCAS

DO NOSSOTEMPO

A REALIZAÇÃOhabitual deexames deglicemia éfundamentalna prevençãoao diabetes

E DIABETES

40 OUTUBRO DE 2006

Page 43: Brasil Rotário - Outubro de 2006

a fome, o frio e os ataques de animaispredadores.

Há mais ou menos 2.000 mil anos,no início da era cristã, a vida média jáatingia 20 anos. O peso médio do cé-rebro chegava a 1.500 gramas. Surgi-ram as pequenas vilas, a populaçãoera formada ainda por caçadores ecoletores de raízes e frutos, mas tinhainício a agricultura de subsistência. Amorte era causada principalmentepela fome e pelas doenças infecciosas.

Há pouco mais de 100 anos, noinício do século 20, a vida média che-gava a 35 anos. Nesta época, a popu-lação do Brasil era de cerca de 16 mi-lhões de habitantes, sendo que me-nos de 2% tinham escolaridade e 80%viviam no campo. O peso do cérebrojá atingia 1.800 gramas. Assistia-se aosurgimento das pequenas cidades e aofinal da agricultura escrava. As primei-ras causas de morte continuavam sen-do as doenças infecciosas e a fome.Os sobreviventes eram aqueles capa-zes de armazenar rapidamente o ali-mento e gastá-lo lentamente, respon-dendo prontamente às doenças infec-ciosas sem morreram por desnutrição.

Com o aprendizado do uso de fer-ramentas e o desenvolvimento de ou-tras atividades intelectuais, o aumentoprogressivo do peso do cérebro foi umfator de adaptação e de evolução dacivilização. Há meio século, após aSegunda Guerra Mundial, a vida mé-dia subiu para 45 anos. O peso docérebro atingiu 2.000 gramas. Surgi-

am as cidades maiores e tinha início aagricultura mecanizada. A maioria dasmortes continuava a ser causada pordoenças infecciosas.

Os prejuízos do progressoChegamos aos dias atuais com um

quadro heterogêneo. O peso do cé-rebro chega a 2.300 gramas, a vidamédia atinge 85 anos nos países de-senvolvidos e 70 anos nos países emdesenvolvimento, a população se con-centra em grandes cidades, a agricul-tura se mecanizou e a produção in-dustrial se robotizou. As principais con-seqüências dessas alterações foram aoferta ampliada de alimentos, o au-mento da produção de bens (comocarros, geladeiras e elevadores) queamenizam a necessidade de esforço,o surgimento de vacinas preventivas,o desenvolvimento dos antibióticos, apossibilidade de cirurgias sofisticadas edelicadas, mas também o aumento davida sedentária.

Com isso, estima-se que hoje 70%das mortes tenham como causa os dis-túrbios metabólicos como obesidade,diabetes, hipertensão e problemas

ma assintomática e crescem descon-troladamente, valorizamos a importân-cia da prevenção. Para todos os outrosmales existem drogas capazes de inter-romper, reduzir ou mesmo reverter seusefeitos e minimizar os riscos. No casodos acidentes cardiovasculares, o má-ximo que podemos fazer é tratar clíni-ca ou cirurgicamente.

O primeiro sinal da evolução dasíndrome metabólica é o aumentodo peso corporal. Um índice de10% acima do cientificamente dese-jável já deve servir de sinal de alerta.O segundo sinal a ser observado são

cardiovasculares. Somente 20% dapopulação morrem por doenças ma-lignas e o restante, por outras causas.O que nos permite concluir que o mes-mo avanço tecnológico que ao longodo tempo alterou o quadro de morteprovocado pela fome e por doençasinfecciosas nos leva hoje a conviver como risco, cada vez maior, de enfrentarproblemas metabólicos também fatais.

O conforto dos transportes moto-rizados, dos elevadores, das escadasrolantes, dos controles remotos e ou-tras maravilhas da vida moderna esti-mulam o sedentarismo, da mesmaforma que a comodidade da fast food,os recursos de conservação de alimen-tos em geladeiras, a produção indus-trial de refrigerantes, sorvetes e outrosprodutos de sabores atraentes, ricosem gorduras e açúcares, contribuempara a obesidade e o diabetes.

Com isso aumenta a incidência dosproblemas cardiovasculares. Quandoentendemos que eles surgem de for-

as taxas de colesterol total ou do LDLaumentados. Números acima damédia são sempre preocupantes. Apartir daí, podemos chegar à hiper-tensão arterial e ao diabetes, com aperigosa elevação dos níveis de glicosee de colesterol e todos os inconveni-entes que os acompanham.

No estágio da hipertensão arterial,os medicamentos de controle passama ser imprescindíveis e de uso contí-nuo. O quadro, com certeza, jamaisse reverterá. Enfrentar a obesidade, odiabetes, a hipertensão arterial, adislipidemia (alteração dos índices decolesterol e triglicerídeos) e a doençacardiovascular depois de instalados éextremamente difícil, mas evitá-losdepende quase que exclusivamentede dois cuidados básicos: alimentaçãocom moderação e a prática regular deexercícios físicos.

* O autor é endocrinologista e sóciodo RC de Copacabana, RJ(D.4570).

Evitar a obesidadedepende de dois

cuidados básicos:alimentação

com moderação e aprática regular deexercícios físicos

Pa

ulo

Ba

rreto

/Ag

ên

cia

O G

lob

o

BRASIL ROTÁRIO 41

Page 44: Brasil Rotário - Outubro de 2006

42 OUTUBRO DE 2006

Depois de cinco anos, é horada transição: o Windows XP,lançado em 2001, dará espa-

ço a seu sucessor, o Vista, à vendano começo de 2007. A Microsoft,seu fabricante, diz que o sistemaoperacional é seu lançamento maisimportante – e de acordo com omercado atual, pode ser mesmo.

O Windows XP foi um grandeavanço para a computação pessoalpor incorporar a tecnologia mais efi-ciente da família NT do sistemaoperacional, que até 2001 era encon-trada apenas nos programas para es-critório. No entanto, o XP continuoua sina dos softwares da Microsoft,cheios de bugs e falhas de segurança.

Com o Vista, a Microsoft prometeo sistema operacional mais seguro detodos – e o mais bonito. As mudan-ças são grandes, e nesta coluna vouenfatizar algumas das principais.

Nova interfaceO que salta aos olhos, obviamen-

te, é a nova interface Aero. Ela é for-mada por vários níveis de qualida-de, de acordo com o hardware docomputador. Num PC simples, o usu-ário usará a versão Basic e verá pou-ca diferença em relação ao XP. Masse o micro for equipado com umaplaca de vídeo razoável – por exem-plo, com 128 MB de memória – eleterá todo o deleite visual programa-do pela empresa de Bill Gates.

O menu Iniciar recebeu muitasmudanças. Com a busca aprimora-da dos arquivos do computador

Prepare-separa o VistaInterface mais bonita e ferramentas

de segurança são alguns dos

destaques do novo Windows, que

chega às lojas no começo de 2007

(imagine um Google do seu HD), oVista conta com uma caixa de bus-ca na parte inferior do menu. Aodigitar letras do nome de um pro-grama, o sistema apresenta as res-postas em tempo real, sem precisarapertar a tecla Enter. Os programasinstalados também estão dispostosde forma inteligente num menu, enão será mais preciso abrir váriasseções como acontece hoje em dia.

O Windows Explorer,gerenciador de arquivos,também foi bastante alte-rado. Ficou mais fácil en-contrar o caminho de cadaarquivo do micro: a barra

de busca está presente e os detalhesde cada ícone marcado pelo usuá-rio aparecem automaticamente naparte inferior, sem precisar navegarpara outra janela, como acontece noWindows XP. Arquivos multimídiacomo fotos, músicas e imagens po-dem receber notas, com estrelas,para categorizar com eficiência osmais populares e favoritos.

A barra de comando se altera de

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Page 45: Brasil Rotário - Outubro de 2006

acordo com a pasta ou arquivo sele-cionado. No caso de músicas, porexemplo, ela mostra opções paratocá-las, gravá-las num CD e outras.Ícones “vivos” mostram o conteúdode arquivos – fotos, documentos –automaticamente.

Os arquivos também podem seragrupados sob condições escolhidas.Por exemplo: os filmes podem ficarjuntos numa pasta por serem domesmo diretor. A pasta é virtual, esegue o conteúdo descrito nos deta-lhes de cada arquivo.

Visualmente, o Vista é bem maisbonito que o XP. A interface Aero temjanelas translúcidas e destaca a que

está sendo usada pelo micreiro. A açãode minimizar e maximizar as janelastem animações novas e a alternânciaentre elas (através do comando alt +tab) produz um efeito em 3D no qualé possível ver seu conteúdo.

SegurançaEm questão de segurança, o Vista

apresenta o Controle de Conta do Usu-ário. Cada operação perigosa em po-tencial pede antes a autorização dodono da conta em uso. A função é in-teressante, mas pode se tornar um pro-blema pelo número de vezes em querequisita a autorização. Como ela podeser desligada, corre o risco de se tornara novidade menos utilizada do Vista.

O sistema conta com um novofirewall, que controla totalmente osdados que entram e saem para ainternet e ferramentas para monitorararquivos maliciosos que vêm pela Rede.

Em relação à web, o Vista tam-bém traz o Internet Explorer 7, e fi-nalmente oferece um navegador in-teligente e com respeito aos padrõesda internet. Ele apresenta todas asnovidades lançadas pelos concorren-tes nos últimos anos e que estavamausentes nas versões anteriores, comonavegação em abas, bloqueador depop-ups e ferramentas de segurançapara o conteúdo malicioso da web.

O Vista apresenta muitas outrasnovidades, como uma barra lateral querecebe pequenos programas (osgadgets) como relógio, calendário eporta-retrato virtual. Outras adições sãouma ferramenta melhor de backup, ocontrole de acesso ao disco por outrosque não o proprietário do micro e umgerenciamento inteligente de bateria –no caso dos PCs portáteis.

Manter um computadorseguro não é apenasquestão de antivírus: épreciso cuidar do funcio-namento da máquina e daqualidade da energia quea mantém funcionando.

Se a sua casa tem mui-tos picos de luz – aquelesmomentos em que os ele-trodomésticos deixam de fun-cionar por instantes ou aslâmpadas piscam – é essen-cial ter um estabilizador dequalidade ligado entre ocomputador e a tomada. Elegarante o fim da variação decarga da rede elétrica.

Uma função similar a estajá existe na fonte de alimen-tação que fica dentro do ga-binete do computador, mas oestabilizador é uma proteçãoa mais e ainda serve comobarreira em caso de uma des-carga elétrica – ele queima, enão o micro.

A fonte também deve serde marca – TTGI, Seventeame Termaltake são boas pedi-das. Nada de genéricas, quenormalmente anunciam po-tências que não são reais.

O aparelho de no-breaktambém pode ser usado seo consumidor quiser man-ter o micro ligado por algunsminutos em caso de quedade energia. A bateria inter-na do no-break garantetempo suficiente para salvaros documentos em uso edesligar o PC com seguran-ça. O filtro de linha, maisbarato que o no-break e oestabilizador, oferece pou-ca ou nenhuma garantia.

O ideal também é aterrara casa. Com isso você terá agarantia de que as descargasna rede elétrica terminem nosolo, e não dentro dos apa-relhos eletrônicos. O proces-so pode ser complicado emapartamentos, mas simplesde ser feito em casas. Procu-re um eletricista de confiançae faça um orçamento.

Os cuidadosOs cuidadosOs cuidadosOs cuidadosOs cuidados

com a rcom a rcom a rcom a rcom a redeedeedeedeede

elétricaelétricaelétricaelétricaelétrica

BRASIL ROTÁRIO 43

Page 46: Brasil Rotário - Outubro de 2006

44 OUTUBRO DE 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Interact & Rotaract

INTERACTIANOSDAS cidadesde Itu,Itupeva,Indaiatuba,São Manuel,Botucatu eSalto, dodistrito 4310,em SãoPaulo,reuniram-seem umaConferênciaDistrital de

Interact Clubs, tendo como anfitriões jovens dePiracicaba. Na ocasião, foi realizada uma Reunião dePresidentes e Secretários (Represe) e oferecidas umapalestra sobre filosofia e outra de tema “Alavancapara o sucesso”, essa última ministrada pelo governa-dor José Domingos Zanco.

OS ROTARACT Clubs do distrito

4620, em São Paulo, vêm desenvolvendo

diversas ações: o Rotaract Club de Sorocaba-

Manchester fez uma doação para a Fundação

Rotária; o Rotaract Club de Salto de Pirapora trabalhou

na festa da Associação de Amigos de Bairro do Jardim

Teixeira e em outra ocasião, junto com o Instituto Embeleze,

ofereceu cortes de cabelo à população carente; o Rotaract Club

de Piedade tem realizado o projeto Rotaract Fênix, que oferece

semanalmente atividades esportivas a crianças carentes; o

Rotaract Club de Sorocaba-Centenário arrecadou brinquedos

e agasalhos e também distribuiu panfletos sobre a importância

de tornar-se doador de sangue; e o Rotaract Club de Boa

Vista organizou uma tarde de recreação e serviu lanche para as

crianças do Lar Lua Nova.

● ● ●

OS JOVENS do Interact Club de Ribas do Rio Pardo,

MS(D.4470) entregaram chocolates para os alunos do

primeiro segmento do ensino fundamental das

escolas estaduais Dr. João Ponce de Arruda

e Eduardo Batista Amorim.

OS INTEGRANTES do InteractClub de São Paulo-Jaçanã,

SP(D.4430) realizaram oprojeto Visitas Monitoradas aosCorreios, levando 40 alunos da

Escola Municipal de EducaçãoFundamental Octávio Pereira

Lopes à sede dos Correios deJaguaré. As crianças assistiram

a um vídeo institucional,conheceram o Centro de

Tratamento de Cartas e Enco-mendas e viram uma exposição

de selos comemorativos dasCopas do Mundo.

A 16ª Conferência Distrital de RotaractClubs do distrito 4630, realizada nacidade de Goioerê, no Paraná, reuniucerca de 130 rotaractianos. Um dospontos altos do encontro foi a tradicio-nal Feira de Projetos, em que sãoescolhidos os melhores trabalhosrealizados pelos clubes.

O INTERACTClub deJaboticabal,SP(D.4540)coletou caixasde leite para oAsilo SãoVicente dePaula.

Page 47: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 45

CONTABILIDADE – DESPACHANTESLEGALIZAÇÃO DE FIRMAS

Imp. de renda p/Física e JurídicaRua Álvaro Alvim, 31 - 16º andar - CentroFone: (21) 2533-3232 � Fax: (21) 2532-0748Cep: 20031-010 - Rio de Janeiro - RJDireção: Joaquim Silva e José Soares

Escritório

Contábil Nova

Visão Ltda.

Page 48: Brasil Rotário - Outubro de 2006

46 OUTUBRO DE 2006

Informe do

RI aos

rotarianos

Informe do

RI aos

rotarianos

Saúde da FR ganha classificaçãode alto nível

A Charity Navigator, empre-sa norte-americana líder naavaliação de entidades filantró-picas, classificou a FundaçãoRotária com quatro estrelas, asua mais alta graduação. Cria-da para ajudar as pessoas atomarem as melhores decisões na hora de fazer seusdonativos, a Charity Navigator, uma entidade sem finslucrativos, procede a avaliação gratuita de empresas ca-ritativas sediadas nos EUA que recebem ajuda públicade grande vulto (mais de US$ 500 mil). Antes de incluiruma organização na sua lista principal, a Charity Navigatorainda leva em conta a duração da operação e o tipo deatividade.

Atualmente, a empresa está em processo de avalia-ção da eficiência, capacidade organizacional e da saúde

Escritório do RI no BrasilHome page:http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209 São PauloSP – Brasil – CEP 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª,de 8h00 às 17h00

GerenteCelso Fontanelli [email protected]

Quadro Social (Assistênciaaos Governadores deDistrito e aos Clubes)Carlos A. Afonso [email protected]

Supervisor daFundação RotáriaEdilson M. Gushiken [email protected]

Supervisora FinanceiraSueli F. Clemente [email protected]

Encomendas dePublicações, Materiais eProgramas AudiovisuaisElton dos Santos [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horáriode Washington)

A Seu ServiçoA Seu Serviço

Líderes do G8 e o Polio PlusA poliomielite foi um

dos itens da pauta de dis-cussões da recente cúpu-la do G8, o grupo que re-úne os oito países mais in-dustrializados do mundo ea União Européia.

Como parte das suaspreocupações com a saú-de mundial, os chefes deestado do G8 – Alemanha,Canadá, EUA, França,Grã-Bretanha, Itália, Japãoe Rússia – e a União Eu-ropéia emitiram um comu-nicado conjunto, em 16de julho, incentivando osdoadores internacionais(muitos deles governamentais) a aumentar sua contri-buição financeira para terminar a tarefa de livrar o mun-do da poliomielite.

“Lançamos um apelo urgente para a mobilização fi-nanceira e a continuação do trabalho coletivo, contandocom doadores bi e multilaterais para eliminar o déficitprevisto para 2007-08, enquanto prosseguiremos na ta-refa de assegurar os fundos necessários para livrar o pla-neta da paralisia infantil num futuro próximo”, reza a de-claração. A Rússia, anfitriã da cúpula, ocorrida na cidadede São Petersburgo, acrescentou que já havia contribuídocom US$ 8 milhões, mas que anunciava naquela oportu-nidade mais US$ 10 milhões para o programa.

Através de um comunicado, um grupo de agênciasinternacionais de saúde liderado pela OMS – Organiza-ção Mundial da Saúde – aplaudiu a iniciativa: “Ao dar adevida atenção às questões relacionadas à saúde, o G8pretende garantir que as doenças novas ou já existentessejam atacadas com a mais alta prioridade”.

financeira de mais de cinco mil entidades. “Menos deum quarto das empresas que avaliamos receberam aclassificação mais alta, o que demonstra que a Funda-ção Rotária apresenta um desempenho superior à mai-oria das entidades do gênero nos EUA no que diz res-peito à responsabilidade fiscal”, afirmou Trent Stamp,diretor executivo da Charity Navigator, na ocasião doanúncio da classificação.

A graduação de quatro estrelas significa um desem-penho financeiro excepcional; três estrelas querem di-zer bom desempenho; duas estrelas indicam a neces-sidade de melhorar; e uma estrela aponta um desem-penho fraco. Uma organização que não tenha merecidonenhuma classificação é considerada de desempenhoextremamente fraco.

Esse ranking é o resultado da avaliação de sete fa-tores principais. Para cada um deles atribui-se uma notade 0 a 10. Uma classificação quatro estrelas significauma nota global entre 60 e 70. Caso uma organizaçãonão atinja os 25 pontos, não receberá nenhuma estre-la. A Fundação Rotária obteve o total de 60,92 pontos.Para obter mais informações sobre o critério de classi-ficações, acesse <www.charitynavigator.org>

Presença do Rotary no BrasilEm levantamento realizado no mês de agosto pela

Divisão de Suporte a Clubes e Distritos do Rotary Inter-national Brazil Office, verificou-se que hoje em dia exis-tem Rotary Clubs em 1.286 dos 5.514 municípios bra-sileiros, o que corresponde a uma presença de 23,32%.Verificou-se também que 630 municípios possuem maisde 20 mil habitantes, comportando pelo menos um Ro-tary Club – o que representa um potencial de aumentode 12.600 novos sócios.

O levantamento completo e atualizado, por cadaestado brasileiro, poderá ser solicitado ao escritó-rio do RI no Brasil através do correio eletrônico<[email protected]>

Próxima convenção do RI:Salt Lake City, EUA, de 17 a 20de junho de 2007.Locais para as futurasconvenções: Los Angeles,EUA, 2008; Seul, Coréia,2009; Montreal, Canadá,2010; Nova Orleans, EUA,2011; Bangcoc, Tailândia,2012 e Sydney, Austrália,2014.

Page 49: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 47

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Livros

Vale a pena ler

� A VOZ DO ESCRITOR – A. Alvarez – Civilização Brasileira

� O GRITO ROUBADO – Edward Dolnick – Relume Dumará

� COMO SE TORNAR UM LÍDER SERVIDOR – James C. Hunter – Sextante

� GERAÇÕES DE CATIVEIROS – Ira Berlin – Record

� MINHA VIDA ATÉ AGORA – Jane Fonda – Record

Idade do zero

Zeh GustavoEscrituras

Trata-se de umlivro elaborado sobuma perspectivade renovação/ino-vação da matériapoética, conside-rando-se comosua unidade pri-meira a palavra.Sobre e a partir dapalavra há todauma exploração edefinição de novassemânticas que corrompam ou mati-zem sua significação corriqueira. Nes-te sentido, a frase poética desenvolvi-da no conjunto dos poemas buscatambém, igualmente, um efeito deressignificação e de desalojamento dolugar lírico atribuído tradicionalmenteà poesia. Sua sintaxe, assim, combi-na elementos, linguagens e mundosde referência lingüística diversos, demoda a incitar uma nova forma de pro-vocar lirismo e ludismo, por lidar como não-usual. Se a palavra transmuta-se para brinquedo, a frase constitui osuporte ou fase dentro da própria brin-cadeira: o poema.

À procura do amanhã

Antonio Luiz Mendes de AlmeidaQuorum

O autor, com aautoridade obtidaem 47 anos demagistério, há qua-se quatro décadasescreve sobre edu-cação em colunassemanais, sem in-terrupção. A apre-sentação do livro éfeita pelo próprio,que a justifica: “(...)Eu mesmo me in-troduzo ao leitor, dispensando elogiosamistosos de colegas que, por certo, nãoretratariam a verdade.” Mais adiante:“Derramo aqui as minhas angústias, frus-trações, anseios e esperanças de que,um dia, a educação venha a ser tratadacom o respeito devido e erigida comoprioridade fundamental de um país queprecisa arrancar para seu desenvolvi-mento. Jamais conseguimos uma polí-tica correta, perdemo-nos em idas evindas de reformas que se contradi-zem”. E prossegue: “(...) Vivemos aosabor de autoridades sazonais que che-gam ao ministério, salvo exceções, porindicações partidárias, e desco-nhecedoras do tema.”

Os botões de Napoleão

Penny Le Couteur e Jay BurresonJorge Zahar

Será que pode-mos explicar o fra-casso da campa-nha de Napoleãona Rúss ia, em1812, por algotão insignificantequanto um botão?Quando exposto atemperaturas bai-xas, o estanho seesfarela, e todasas fardas dos regi-mentos de Napoleão eram fechadascom botões feitos desse material. A pro-fessora de química Penny e o químicoindustrial Jay fazem uma análise de 17grupos de moléculas que influenciaramo curso da história:● Por causa da química, a colônia NovaAmsterdã tornou-se Nova York.● Um contratempo na limpeza da cozi-nha com um avental de algodão resultouno desenvolvimento dos explosivos mo-dernos e da indústria cinematográfica.● A ânsia dos europeus pela cafeína –um alcalóide que vicia – levou à Revo-lução Chinesa.● Foi um laboratório químico que, embusca de um analgésico potente, crioua heroína.

Ética – Direito, moral e

religião no mundo moderno

Fábio Konder ComparatoCompanhia das Letras

Desde seus primórdios até o requin-tado capitalismo financeiro global quehoje conhecemos, a humanidade expe-rimentou um progresso notável. Masnesse nosso caminhar em direção aofuturo, calcado sobretudo no avançotecnológico e científico, rompemos comvalores do passado e negligenciamos asquestões éticas. Globalizados e desi-guais como nunca, é imperativo paranossa própria sobrevivência que pense-mos num programa de reconstrução éti-ca do mundo: quem somos nós, afinal,e o que faremos com nossa capacida-

de crescente deinterferir na bios-fera e na evoluçãodo gênero huma-no? Em busca derespostas para es-sas questões de-cisivas, este estu-do revisita o siste-ma ético do mun-do antigo, bemcomo o nascimen-to da filosofia e domonoteísmo, responsáveis por suatransformação.

Preces atendidas

Danielle SteelRecord

Faith Madison éa imagem douradada sofisticaçãonova-iorquina: es-belta, loura, rica.Invejada pelas ami-gas, sua vida pare-ce um conto de fa-das. Depois de su-perar uma infânciamarcada pela tra-gédia, ela se casacom o bem-suce-dido investidor fi-nanceiro Alex, com quem tem duas fi-lhas. Confortável no papel de esposa emãe, ela carrega, no entanto, um se-gredo. A morte de seu padrasto, soma-da à síndrome do ninho vazio – as fi-lhas já saíram de casa – vai desenca-dear uma jornada de autoconhecimentoque mudará para sempre sua forma dever o mundo. No funeral, lembrançaspenosas voltam com força total, assimcomo a ligação com Brad Patterson –os dois foram grandes amigos, mas asexigências familiares e a vida profissio-nal os fizeram perder contato.

Brad encontra coragem para tomarum decisão que adiou por muito tem-po. Faith, mais confiante, passa a acre-ditar em si mesma, no direito de reali-zar seus sonhos. Reunindo todas as suasforças, ela finalmente está pronta paradar o passo mais doloroso de todos: di-vidir o segredo que há tanto tempo aassombra.

Page 50: Brasil Rotário - Outubro de 2006

48 OUTUBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 45404540454045404540

AS 52 cidadesin teg ran te sdo d i s t r i to

4540, que abrangeparte dos estadosde São Paulo e Mi-nas Gerais, pode-rão beneficiar-sede uma unidademóvel de saúdepública equipadacom um oftalmos-cópio e um apare-lho capaz de avali-ar a qualidade e aquantidade ósseasa partir dos quatroanos de idade. Ba-tizado de Saúde eEducação Comuni-tária, o projeto foiviabilizado após adoação ao RC deSão Carlos-Norte,SP, de um ônibus da Universidade de São Paulo(USP), reformado pela Transportadora Garcia eAtenas Paulista e equipado pelo Centro de Pes-quisa em Óptica e Fotônica (Cepof) do campusda USP em São Carlos. A parceria incluiu aindaos RCs de Ribeirão Preto-Oeste e Ribeirão Pre-to-Leste, SP, além das empresas Opto Eletrônica,MM Optcs e Climaterium.

Com a unidade móvel, profissionais da áreade saúde do Rotary e pesquisadores do Cepofensinarão à população carente conceitos comoprevenção do câncer de pele, conservação ecuidados com os dentes, e proteção do globoocular, entre outros aspectos de saúde preven-

Unidade móvel de saúdepercorrerá todo o distritoÔnibus doado pela USP atenderá a população de 52 municípios

UNIDADE MÓVEL está equipada com aparelhos de oftalmologia e de prevenção da osteoporose

tiva. Sob a coordenação do pesquisador OdilonIannetta, professor do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto eex-presidente do RC de Ribeirão Preto-Oeste, alu-nos de medicina colaborarão nas pesquisas emosteoporose.

As cidades e instituições interessadas em seratendidas pela unidade móvel estão sendo cadas-tradas pelo RC de São Carlos-Norte, que contarácom o apoio das prefeituras dos municípios parti-cipantes. Inicialmente, o projeto beneficiará o dis-trito 4540, mas o objetivo é permitir que, futura-mente, outras cidades de São Paulo também sejamatendidas.

Page 51: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 49

D.D.D.D.D. 43104310431043104310

RC DE Rondonópolis, MT – Apósuma campanha de doação delivros, os companheiros inaugura-

ram a Biblioteca Rotária Luz e Saber, no CentroComunitário do Bairro Boa Esperança.

RC DESaltinho, SP –O presidenteJosé Luiz deAzevedo e ocompanheiroJairo deAlmeida Costarecepcionaramo inter-cambiado

Renan Sandalo, que passou um ano nos EUA.

D.D.D.D.D. 43904390439043904390

RC DEPalmeira dos

Índios, AL –Os compa-

nheirosorganizaram aCampanha do

Cobertor efizeram a

entrega dasdoações no

Centro de Comunidade Dom Otavio Aguiar.

D.D.D.D.D. 44104410441044104410

RC DEVitória-Oeste, ES –Recebeu paraalmoço umgrupo de IGEdo distrito6900, nosEUA. Emoutras opor-tunidades, oclube tam-

bém entregou cobertores a famílias carentes doMorro São Benedito e doou alimentos para a CrecheNossa Senhora das Graças.

D.D.D.D.D. 44204420442044204420

RC DE Santos, SP– Realizou a

Campanha dePreservação de

Recursos Hídricos,com o objetivo dedivulgar o conceito

de ecologia econscientizar a

população sobre aimportância da

utilização racionalda água. Em umaoutra ocasião, a família rotária local, em parceria com a

Associação de Dependentes Químicos de Santos, promo-veu o 3º Dia da Conscientização Infantil Resistindo às

Tentações, tendo como público-alvo crianças e adolescen-tes entre sete e 15 anos de idade. O evento também

contou com a participação das secretarias municipais deHigiene e Saúde, Cultura, Ação Social, Obras e Planeja-

mento, Educação, Segurança e Comunicação.

D.D.D.D.D. 44304430443044304430RC DE São Paulo-Cantareira, SP – Com oSubsídio Equivalente da

Fundação Rotária – e em parceria com odistrito 6920, nos EUA – o clube entre-gou uma Sprinter de 16 lugares para oCentro Social Nossa Senhora da Penha,instituição que atende a crianças especi-ais. O governador Paulo Eduardo deBarros Fonseca participou da entrega.

D.D.D.D.D. 44404440444044404440

Eduardo Araújo

Page 52: Brasil Rotário - Outubro de 2006

50 OUTUBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 44704470447044704470

D.D.D.D.D. 44804480448044804480

D.D.D.D.D. 44904490449044904490 D.D.D.D.D. 45004500450045004500

RC DE Iguatemi, MS –Recebeu uma doação de20 cadeiras para o Bancode Cadeiras de Rodasmantido pelo clube.

UMA EQUIPEformada pelos

Doutores daAlegria do RC

de Olímpia,SP, Rotaract e

Interact Clubs,com a partici-

pação dogovernador

assistenteSílvio Roberto e das senhoras da Casa da Amizade

do RC de Olímpia-Integração, comemorou o Dia dosPais com os vovôs do Abrigo São José. A família

rotária serviu bolo e refrigerantes para os idosos, eorganizou bingos e trocas de presentes para a

comemoração, animada por música ao vivo.

RC DE Parnaíba, PI – Com o Subsí-dio Equivalente da Fundação Rotária

– e em parceria com o RC de Evanston Lighthouse,EUA (D.6440) – o clube entregou uma unidade deterapia intensiva à Santa Casa de Misericórdia lo-cal. Os equipamentos atenderão aos recém-nasci-dos de alto risco.

RC DO Recife, PE – O presidenteMiguel Doherty e o presidente da

Avenida Pró-Juventude Carlos Afonso represen-taram o clube na homenagem da Escola RotaryAlto do Pascoal ao Dia do Estudante e do Advo-gado. O evento teve a participação dos corposdocente e discente.

RC DE Pederneiras, SP– No Dia do Comercian-

te, homenageou o profissional GelindoZanotto, de 90 anos de idade e aindaem atividade. Na foto, ele aparece la-deado pelo presidente Agnaldo Rosiscae pelo companheiro Laércio Boso.

D.D.D.D.D. 45104510451045104510D.D.D.D.D. 45204520452045204520 RC DE Coronel Fabriciano, MG

– Após a realização de uma rifa ecom a ajuda da Casa da Amizade local, os com-panheiros doaram cortinas e forros blecaute parao asilo Obra Unida Lar dos Idosos, da SociedadeSão Vicente de Paulo.

Page 53: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 51

D.D.D.D.D. 45404540454045404540 RC DE Franca-Sul, SP – Pre-miou com bicicletas os estudan-

tes que venceram o concurso de redaçãopromovido pelo clube, cujo tema foi valoreshumanos. Em uma outra ocasião, os compa-nheiros aproveitaram o Dia do Amigo paradivulgar o RI.

D.D.D.D.D. 45504550455045504550

RC DEItabuna-Sul,BA – Antes de

retornar aseus países

de origem, osintercambiadosKirk Langford,

do Canadá, Christian Cadena, do México,Florian Deitermann, da Alemanha, e LinnéaMolander, da Suécia, foram homenageados

pela Câmara dos Vereadores local com otítulo de Cidadão Itabunense. Na foto, osjovens aparecem acompanhados pelo ex-

presidente Paulo César Fonte Matos.

D.D.D.D.D. 45804580458045804580 RC DE Carangola, MG – Oscompanheiros doaramcobertores ao Lar Evangélico.

D.D.D.D.D. 45904590459045904590RC DE Pirassununga, SP –Por meio de uma parceria com

a prefeitura municipal, o clube alfabetizou 320jovens e adultos pelo método Lighthouse. Osalunos receberam os certificados em cerimôniarealizada no Teatro Municipal Cacilda Becker.

D.D.D.D.D. 46104610461046104610

RC DECotia-GranjaViana, SP –A compa-nheiraLigeiaStivaninliderou umgrupo de

Intercâmbio das Novas Gerações (NGE), formadopelas jornalistas Juliana Martins, Roberta Páffaro eTiciana Magalhães, ao estado do Arizona, nos EUA.Posteriormente, um grupo de NGE do Arizona esteveno Brasil e conheceu o governador do distrito, ClóvisTharcísio Prada, além de localidades do distrito 4590e dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

RC DE SãoPaulo-

Jabaquara,SP – Apoiado

pelaSubprefeitura

de Jabaquara,vem desenvol-

vendo oprojeto Recicla

Rotary, queconsiste no

recolhimento de material reciclável por meio de trêspontos principais de coleta, instalados no Círculo de

Amigos do Menor Patrulheiro Jabaquara, Creche MãeOperária e Projeto Garoto. O clube lançou também o

programa Mão na Roda, que tem como objetivoampliar seu Banco de Cadeiras de Rodas, com acolaboração da Jaguaribe Indústria e Comércio.

Page 54: Brasil Rotário - Outubro de 2006

52 OUTUBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 46304630463046304630

RC DE Tapejara,PR – Num jantarem homenagemao Dia doPanificador,homenageoucom um certifica-do o profissionalLeudes Luiz daSilva.

D.D.D.D.D. 46404640464046404640EM CONJUNTO, compa-nheiros dos RCs deChopinzinho, Palotina e

Curitiba-Portão, PR, esse último dodistrito 4730, prepararam uma feijoadapara 250 pessoas. A renda obtida com aação conjunta foi destinada à Apae dePelotina e à Fundação Rotária.

D.D.D.D.D. 46514651465146514651

D.D.D.D.D. 46604660466046604660

D.D.D.D.D. 46704670467046704670

D.D.D.D.D. 46804680468046804680

OS QUATRO clubes de BalneárioCamboriú, SC, se reuniram em umfórum sobre Segurança da Comunida-

de, que resultou em um documento de 29 itens, comocidadania, segurança no trânsito, presídio e iluminaçãopública, encaminhado a autoridades políticas emilitares locais. Posteriormente ao fórum,os companheiros providenciaram para zeladores deprédios um dia de treinamento para a prevenção eo combate a incêndios.

RC DE São LuizGonzaga, RS – O clube sejuntou ao Corpo de

Bombeiros local em uma campanha paraconseguir um caminhão de combate aincêndio para o município.

RC DE Canela, RS – Recebeu do RI oprêmio por Realizações Significativaspelo Projeto de Coleta de Alimentos –

Natal da Solidariedade, que vem sendo realizadohá três anos. Na foto, o EGD Rubens FernandoClamer dos Santos e o ex-presidente Luiz JosemarPereira da Silva.

RC DEPelotas-

Oeste, RS –Após uma

campanha dedoação, os

companheirosentregaramlivros para o

Grupo EscolarDirceu Moreira, que ainda não possui biblioteca.

Page 55: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 53

D.D.D.D.D. 47004700470047004700

RC DEVeranópolis, RS– Inaugurou seuBanco Ortopédi-co, que funcio-nará nas depen-dências doCírculo Operáriode Veranópolis.

D.D.D.D.D. 47104710471047104710

RC DEJacarezinho,

PR – Oscompanheiros

comemoraramo aniversário

de 70 anos defundação do

clube comuma festivana sede da

Associação Atlética do Banco do Brasil local. Compuse-ram a mesa principal o casal governador Oswaldo

Aparecido Favaro e Zuleica, o casal presidenteAugusto Alberto Foggiato e Cyndi, o casal ex-presi-dente Edmilson Kazumi Imanobu e Liziane, e o EGD

Alexandre Rachid Chueiri. Autoridades civis, militares,eclesiásticas, companheiros do distrito e convidados

estiveram presentes.

D.D.D.D.D. 47304730473047304730

D.D.D.D.D. 47404740474047404740

D.D.D.D.D. 47604760476047604760

D.D.D.D.D. 47204720472047204720RC DE Ananindeua, PA – Lançou o Pro-jeto Cidadão do Futuro de Ananindeuae a 9ª edição das Olimpíadas Estudantis

do município. Com o projeto, o clube pretende contem-plar alunos de oito escolas públicas com atividadeseducativas que promovam formação ética, moral e pro-fissional, como cursos de pequena duração, visitas aempresas e informações sobre os trabalhos e serviçosdesenvolvidos pelo RI. Em cada escola, serão beneficia-dos 30 alunos de 14 a 17 anos de idade. Autoridadespolíticas e rotárias locais, companheiros, professores ediretores das instituições envolvidas, e empresários, entreoutros, participaram do lançamento.

RC DECuritiba-

Avenida dasTorres, PR –Os compa-

nheirosarrecadaram

260 cobertorese os distribuí-

ram para aAssociação dosMoradores doJardim Solitude II e a Associação de Mães Estrela.

RC DE Três Barras-Centro, SC – Juntocom o Hospital Felix da Costa Gomes,realizou uma campanha de arrecadação

de remédios, solicitando que as pessoas doassem parao hospital medicamentos que não utilizam mais.

RC DE BeloHorizonte-

Milionésimo,MG – Os

companheirospresentearam o

intercambiadoSebastienTaylor, da

Bélgica, comuma bandeira

do Estado de Minas Gerais, assinada portodos os sócios do clube e entregue pelo

companheiro Paulo Assis. Em outraocasião, doaram roupas, calçados emantimentos para a Sociedade São

Vicente de Paulo.

Page 56: Brasil Rotário - Outubro de 2006

54 OUTUBRO DE 2006

Como usar a BRPara que os pro-jetos de seu clu-be ou distrito vi-rem notícia naBrasil Rotário, éfundamental queas cartas e e-mails enviados àredação incluamo nome completodo clube, o locale a data onde fo-ram realizadas asações e um breve relato sobre a importância delaspara a comunidade. Não esqueça de informar onome completo dos parceiros – clubes, entidadesou empresas do Brasil ou do exterior – que tenhamparticipado dos projetos.

Para que possamos entrar em contato com vocêno caso de qualquer dúvida, forneça também umtelefone de contato ou e-mail.

Dê preferência às fotos que demonstrem ação.As imagens precisam ser coloridas, ter foco e de-vem estar bem identificadas, trazendo o nome com-pleto de todos os fotografados. Não escreva no ver-so das fotografias, protegendo-as bem ao enviá-laspelo correio. Quando o evento for muito importan-te, uma boa dica é contratar um fotógrafo profissi-onal para fazer a cobertura.

No caso das fotos digitalizadas – enviadas por e-mail, disquete ou CD – é indispensável que elastenham pelo menos 300 DPIs de resolução. Nãopublicamos fotos com resolução inferior a essa.Salve suas imagens em TIF ou JPG e envie anexoscom, no máximo, 1MB.

O nosso e-mail é [email protected] o endereço da revista é Av. Rio Branco, 125 – 18ºandar, CEP: 20040-006, Rio de Janeiro, RJ.

D.D.D.D.D. 47704770477047704770 RC DE Rio Verde, GO – O clube come-morou o Dia dos Pais e o aniversário dacidade com um dia de companheirismo e

um torneio de pesca esportiva. Na foto, o companheiroVadeci Rodrigues Carneiro, que participou da competi-ção, o companheiro Antenor Pedroso da Silva, organizadordo torneio, e o pequeno Fernando. Em uma outra oca-sião, em parceria com o Frigorífico Margen, o RC mante-ve um estande na Exposição Agropecuária de Rio Verde edoou os R$ 8.200 obtidos à Associação Beneficente AndréLuiz, mais conhecida como Lar dos Vovôs.

RC DE Ituiutaba-16 deSetembro, MG – Como Subsídio Equivalenteda Fundação Rotária –e em parceria com oRC de Surprise, EUA(D.5490) – o clube refor-mou o parque infantil doCentro Social Leão XIII,onde também instalouuma sala de informática,uma biblioteca com cer-ca de 250 livros de lite-ratura infanto-juvenil, euma brinquedoteca com

jogos lúdicos e pedagógicos, além de material esportivo.A instituição atende a cerca de 250 crianças e adolescen-tes de três a 16 anos de idade.

D.D.D.D.D. 47804780478047804780 NOVE ROTARY Clubs do Distrito Federal e um de Goiás,junto com a Fundação de Rotarianos de Brasília, promo-veram a 3ª Ação Social do Rotary na Cidade de ÁguasLindas de Goiás. Mais de cem companheiros participa-ram do evento, na Escola Municipal Guairá, com a reali-zação de um total de 1.396 atendimentos. Foram ofere-cidos serviços como exames oftalmológicos e de preven-ção do câncer de mama, medição de colesterol, glicemiae pressão arterial, e cortes de cabelo, entre outros. Tam-bém foram distribuídas cestas básicas e 500 escovas dedente. O Sesi e a prefeitura apoiaram a ação.

RC DE Arcos, MG – A filha do casal governador assisten-te Aristides Beraldo Garcia e Maria Aparecida, Dandara,viajou para cumprir o Programa de Intercâmbio de Jo-vens nas Filipinas.

RC DE SãoFrancisco deAssis, RS – Juntocom a Casa daAmizade local,entregou cadeirasde rodas acrianças carentesda cidade. O EGDJosé PedroBellagamba, opresidente AriMazui e a presi-dente da Casa daAmizade IoneUberti participa-ram da entrega.

D.D.D.D.D. 45304530453045304530

D.D.D.D.D. 45604560456045604560

Page 57: Brasil Rotário - Outubro de 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Novos Companheiros Paul Harris

BRASIL ROTÁRIO 55BRASIL ROTÁRIO 55

Faça sua doação à Fundação Rotária do BrasilFaça sua doação à Fundação Rotária do Brasil

D.D.D.D.D. 43104310431043104310

AGRACIADOS: JOSÉReginaldo Sandalo e

Jairo de AlmeidaCosta Jr., sócios doRC de Saltinho, SP,

com uma safira e umtítulo Paul Harris,respectivamente.

ENTREGUE POR: ex-presidente Edison

Divino Lopes, duranteConferência Distrital.

D.D.D.D.D. 44204420442044204420

AGRACIADO:JOSÉ Fontenelede Sousa Lima,companheiro do

RC de SãoBernardo do

Campo-Norte, SP.ENTREGUE POR:

ex-presidenteFrancisco deAssis Pessoa

Filho e o governador assistente Mauro Hollo.

AGRACIADA:MÁRCIAHelenaTardelliPessoa.ENTREGUEPOR: ex-presidente doRC de SãoBernardo doCampo-Norte,SP, e maridoda agraciada,

Francisco de Assis Pessoa Filho, e pelo governadorassistente Mauro Hollo.

AGRACIADA: MYRTHESSilva, presidente da

Escola de EnfermagemABC.

ENTREGUE POR: ex-presidente do RC de São

Bernardo do Campo-Norte, SP, Francisco de

Assis Pessoa Filho epelo governador assistente

Mauro Hollo.

AGRACIADA:SONIA SadakoAlakaki, supe-rintendente dainstituição Camp-SBC.ENTREGUE POR:ex-presidente doRC de SãoBernardo doCampo-Norte, SP,Francisco deAssis PessoaFilho e pelo

governador assistente Mauro Hollo.

D.D.D.D.D. 44304430443044304430

AGRACIADO: ARMINDOda Mota Moreira, ex-presidente do RC de SãoPaulo-Vila Carrão, SP.ENTREGUE POR:subprefeito de Vila Carrão,Vicente Marques, e pelopresidente do clube,Crisostomo Chagas.

D.D.D.D.D. 44804480448044804480

AGRACIADO: LUIZFernando

Bovolato, compa-nheiro do RC deIlha Solteira, SP.

ENTREGUE POR:governador

assistente AdylesArato Jr.

D.D.D.D.D. 45104510451045104510

AGRACIADO:VALDOMIRO NunesBezerra, presidente doRC de Dracena, SP.ENTREGUE POR: ex-presidente NelsonBuzinaro.

Page 58: Brasil Rotário - Outubro de 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Novos Companheiros Paul Harris

56 OUTUBRO DE 2006

D.D.D.D.D. 45104510451045104510

D.D.D.D.D. 45904590459045904590

AGRACIADA: ALDACalazans Possari,mulher do companheirodo RC de Dracena, SP,Ambrósio João Possari.ENTREGUE POR: ex-presidente da Associa-ção das Senhoras daCasa da AmizadeMaria José Buzinaro.

AGRACIADOS: COMPANHEIRO Nilton Vasconcelos,Milson dos Anjos Fermino, companheiros Osny BuenoGodoy, José Fernando Costa e João MauricioMescoloti, Guilherme Malvezi Caetano de Lima, Már-cia Debieux Soares Neto, Luisa Malvezi Caetano deLima e Vílcio Caetano de Lima, ex-presidente do RC dePresidente Prudente-Leste, SP, na presença do casal EGDJosé Giometi e Lina.

AGRACIADOS:RAUL MarquesFerreira, compa-nheiro do RC deBauru-TerraBranca, SP, EdnaRosana RettPinheiro, ex-presidente daCasa da Amizade,Sandra Valériada Silva Santos,

integrante da Casa da Amizade, Edna Sciuli Castro,ex-presidente da Casa da Amizade, e JehudBortolozzi, presidente do clube.

AGRACIADA: SILVIANascimentoMarcílio, companhei-ra do RC de Águas deLindóia, SP, presente-ada pelo marido, EGDWilson Marcílio.ENTREGUE POR: ex-presidente FernandoIzzat Dadhal.

AGRACIADA:ROSÂNGELA GomesPereira, presidentedo RC de São José doRio Pardo, SP.ENTREGUE POR:governador AnthonyKasenda.

D.D.D.D.D. 46304630463046304630

AGRACIADOS:VALTER CorreaDuarte, compa-nheiro do RC deParaíso do Norte,PR, Adail Curionie Maria de Maio,nas presenças deseus respectivos

cônjuges, Alexandra, Maria Aparecida e José Jaime daSilva Freitas, esse último também rotariano.

D.D.D.D.D. 46514651465146514651AGRACIADO: JOSÉAlberto Noldin, gover-nador assistente e ex-presidente do RC deItajaí-Porta do Vale, SC.ENTREGUE POR:representante dopresidente do RI na 8ªConferência Distrital,EGD Mário Rubens

Zermóglio, EGD Marilene Vargas Souto e presidenteLaurinho Aldemiro Poerner.

AGRACIADO:HENRIQUE

Bagatim, ex-presidente doRC de Itajaí-

Porta do Vale,SC, na compa-

nhia da mulher,Maria Gorete.

ENTREGUEPOR: EGD

Paulo Antônio Constantino, acom-panhado da mulher, Maria da Glória.

Page 59: Brasil Rotário - Outubro de 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Novos Companheiros Paul Harris

BRASIL ROTÁRIO 57

D.D.D.D.D. 46704670467046704670

AGRACIADOS: ROBERTOFrederico Schlabitz eLaerte Mosmann, sóciosdo RC de Parobé, RS.ENTREGUE POR: ex-presidente Luiz Antoniode Souza.

AGRACIADO: EDIRCIBalestro, companheiro

do RC de EstânciaVelha, RS.

ENTREGUE POR: ex-governador assistente

Iedo Fries.

AGRACIADO: LUIZ JosemarPereira da Silva, ex-presi-dente do RC de Canela, RS.

D.D.D.D.D. 46804680468046804680 AGRACIADOS: EGON Evaldo Hir-schmann e Enoz Guilherme Ziebell,

sócios do RC de São Lourenço do Sul, RS, nas presençasdas respectivas mulheres, Marivone e Eci.

D.D.D.D.D. 47304730473047304730AGRACIADOS:

RICARDOGarret e Hécio

Palumbo,sócios do RC deCuritiba-Cristo

Rei, PR, naspresenças docompanheiro

Sergio RobertoAuffinger e sua mulher, Zulma, da governadora eleitaIlma Brandalize, Márcia Garret, Donina Palumbo e do

casal governador Paulo Augusto Zanardi e Luly.

AGRACIADO:FABIANORibas Araújo,ex-presidentedo RC deCuritiba-ÁguaVerde, PR.ENTREGUEPOR: governa-dor PauloAugusto

Zanardi e companheiros do clube.

D.D.D.D.D. 47604760476047604760

AGRACIADO: ALE-XANDRE MachadoColares, companheirodo RC de MontesClaros-Sul, MG.ENTREGUE POR:companheira MônicaSilva Furtado, mulherdo EGD MarcosTeixeira AlmeidaFurtado.

D.D.D.D.D. 46704670467046704670

D.D.D.D.D. 47704770477047704770AGRACIADOS:

COMPANHEIROS DinoelDomiciano, Jaime José da

Silva Jr., AlexandreRodrigues Barbosa, ÂngelaMarina Kefalás Barbosa eElias Azor Fakhouri, todos

com safiras, Fádua BecharaFakhouri e Antonio

Alberto Stacciarini, ambos com título Paul Harris, HélioMassa e o governador Johannes Kasbergen, ambos comsafira. Os companheiros são sócios do RC de Uberaba, MG.

ENTREGUE POR: ex-presidenteMaria Aparecida Rocha Nascimento (sentada).

Page 60: Brasil Rotário - Outubro de 2006

58 OUTUBRO DE 2006

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Senhoras em Ação

APOIADAS PELOS companheiros do clube local, asintegrantes da Associação de Senhoras de Rotari-

anos de Cláudia, MT(D.4440) trabalharam nabarraca Rancho da Amizade durante os cinco dias decomemoração do aniversário do município. Em uma

outra ocasião, as senhoras também prepararam evenderam quitutes juninos, dividindo a renda com a

comunidade São João, onde foi realizada a festa.

AS SENHORAS da Casa daAmizade de Assis-Norte,

SP(D.4510) fizeram umavisita ao Asilo São Vicente dePaula e levaram brindes para

os idosos.

A CASA da Amizade de Taguatinga-Oeste, DF(D.4530) doou um liquidificador

industrial de 15 litros para a creche Maria deNazaré, em Samambaia, no dia em querecebeu a Visita Oficial da Coordenadora

Distrital Patrícia Prado.

EM PARCERIA com a AssistênciaSocial, a Casa da Amizade

de Alto Taquari, MT(D.4770)promove encontros mensais

com idosos, quando sãocomemorados aniversários e

oferecidos lanche e cestasbásicas, além de atividades

como ginástica e dança.

AS INTEGRANTES da Casa daAmizade de Balneário Camboriú,SC(D.4651) ofereceram um lanchepara as crianças acolhidas pelo LarSanta Teresa.

Page 61: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 59

☺ Quando o jovem Zezinhofoi pedir a mão de sua amada emcasamento, o futuro sogro lheperguntou:

– Então, você tem condiçõesde sustentar uma família grande?

– Tenho sim.– Ótimo, somos nove.

☺ – Nossa, Rebeca, quem foique te deixou com esse olhoroxo?

– Foi meu marido.– Ué, mas eu pensei que ele

estivesse viajando!– Pois é, eu também...

☺ – Querido, o que você pre-fere? Uma mulher bonita ou umamulher inteligente?

– Nem uma, nem outra, Sarinha.Você sabe que eu só gosto de

você!

☺ – Há cinco anos meu maridonão sai mais de noite – reclamaa mulher.

– Que exemplo de fidelidade!– Fidelidade? Não, é reuma-

tismo mesmo.

☺ – Por que você não dá empre-go ao Pedro?

– Porque há muitos anos ele foinoivo da minha mulher e rompeuo noivado.

– E daí? Está com ciúme?– Não, é que eu nunca emprego

alguém mais inteligente do que eu!

☺ O irrequieto Antonio foi acu-sado de bigamia e afinal conside-rado inocente pelo júri.

– O senhor é um homem livre,pode voltar para a sua mulher.

– Obrigado, Vossa Excelência,mas para qual delas?

☺ Um milionário pergunta à espo-sa o que ela gostaria de ganhar nasBodas de Prata do casal.

– Você quer um colar de diamantes?– Não.– Uma viagem à Riviera Francesa?– Não.

– Uma Ferrari nova?– Não. Eu quero o divórcio! –

diz a mulher, de supetão.E o marido fala sem perder a classe:– Perdão, querida, mas eu não

estava pensando em gastar tanto.

☺ A mãe de Juca estava grávida, eperguntou a ele o que preferia ga-nhar: um irmãozinho ou umairmãzinha. Juca respondeu:

– Mamãe, se não for pedir mui-to, eu prefiro uma bicicleta.

Colaboração do EGD HertzUderman.

☺ O menino liga para uma clí-nica e pergunta:

– Tem oftalmologista aí?– Tem sim, você quer marcar

uma consulta?– Não, só quero ajudar meu

pai. Hoje de manhã ele disseque a lâmina de barbear deleestá ficando cega...

☺ Depois de algum tempo, osfamiliares começaram a notarque o garoto entrava no banhei-ro para tomar banho mas nunca

lavava a cabeça. Quan-do perguntaram a ele omotivo disso estar acon-tecendo, ele respondeu:

– Ora! Como vocês sãoburros! Não viram que nofrasco de xampu está es-crito para cabelos secos?

☺ O garoto pergun-tou para sua mãe:

– Mãe, por que é quetodo dia a senhora se ba-nha, se arruma e se pinta?

E a mãe responde:– Ah, meu filho, é pra

ficar bonita.E o garoto:– E porque é que a se-

nhora não fica?Extraídas da internet.

Page 62: Brasil Rotário - Outubro de 2006

60 OUTUBRO DE 2006

Coluna do chairman da Fundação Rotária

Desde 1928, o Conselho de Curadoresda Fundação Rotária é responsável peloinvestimento dos fundos e a administra-ção dos programas da entidade. O grupooriginal de cinco curadores foi lideradopor Arch Klumph, o primeiro dos 36 ro-tarianos dos EUA (de um total de 59 detodo o mundo) a presidir o Conselho.

Uma prova da internacionalidade da administração da Fun-dação Rotária é o fato dos 15 atuais curadores serem pro-venientes de 11 países, além do secretário-geral do RI,que também atua como secretário-geral da Fundação.

O Conselho de Curadores se reúne quatro vezes porano. Ao todo, são deliberadas anualmente decisões sobrecerca de 200 tópicos. Numa reunião regular são aprova-das centenas de subsídios, relatórios e planejamentos, ava-liados alguns programas e analisadas questões complexasde finanças e investimentos.

Os curadores cumprem obrigações importantes ine-rentes a uma organização sem fins lucrativos. A FundaçãoRotária é regida pela lei do estado norte-americano deIllinois, e acata os dispositivos das sete associações comidentidade de fundação operantes na Alemanha, Austrá-lia, Brasil, Canadá, Grã-Bretanha, Índia e Japão.

Graças em grande parte à dedicação e talento de seuslíderes, a Fundação Rotária é conhecida no mundo inteiro comoum exemplo sólido de sucesso financeiro e empresarial.

LUIS VICENTE GIAYEPRI e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rotária

UM DOS fundadores do RC de Caçador,SC (D.4740) há 58 anos, o companhei-ro Ernesto Faoro ainda freqüenta as reu-niões do clube, presidido por ele em di-versas ocasiões. Companheiro Paul Harris,na última conferência distrital ele foi ho-menageado por ser o rotariano mais an-tigo ainda em atividade no distrito.

ROTARIANO HÁ 52 anos, o EGD JoséAndré Gosling, sócio do RC de Cruzeiro,SP(D.4600) ostenta a marca de 100%de freqüência. Ao longo de sua trajetó-ria rotária, ele representou o presiden-te do RI em conferência distrital e ocu-pou por seis mandatos o cargo dechairman distrital do Projeto Polio Plus.

Modelo de liderança

Companheiro, se você tem 50 anos de Rotaryou mais, envie sua foto para a Brasil Rotário

● E-mail: [email protected]ço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andarCentro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20040-006

● CORREÇÃO: Na edição passada, não incluímos o nome doEGD Flávio Buzaneli, sócio do RC de Jundiaí-Oeste, SP (D.4590)na relação dos rotarianos brasileiros que atualmente exercem fun-ções de destaque no RI e na Fundação Rotária. O companheiroFlávio Buzaneli é Major Gift Advisor para as Zonas 19A e 20S.

Correspondências re-cebidas pelo presi-

dente da CooperativaEditora Brasil Rotário,Roberto Petis Fernandes:

Amigo Petis,Gostei da sua lavra “Anal-

fabetismo, um mal quetem cura” (edição de julhoda BR). Tenho o mesmopensamento e conceitoseus, pois – como bempregava o saudoso ex-pre-sidente argentino FaustinoSarmiento – a educação deum povo é o alicerce parasua prosperidade.

Parabéns. Ótimo e mui-to apropriado para o mo-mento atual brasileiro.

EDRI Alceu AntimoVezozzo.

� � �

Quero agradecer-lhe e aoConselho Editorial da Bra-sil Rotário a atenção dadaàs matérias que encami-nhamos durante os anosrotários 2004-05 e 2005-06. Com a chegada decada exemplar da revista,a cada dia mais importantepara a atualização dos nos-sos companheiros, é sem-pre um motivo de alegriaver estampadas as notíciasdaquilo que realizamos emnosso distrito.

Não posso deixar de re-conhecer que todos os de-mais distritos rotários bra-sileiros tiveram a mesmaoportunidade de divulga-ção de suas iniciativas, e omérito do fato remonta àssugestões que os governa-dores do Centenário fize-

ram quando estiveram reu-nidos em Florianópolis como Conselho da BR no Insti-tuto Rotário de 2004.

Governadora 2004-05 dodistrito 4550 Elizabeth Ara-újo Cunha.

� � �

O companheiro RobertoParaíso Rocha, da Procu-radoria Geral do Estadodo Rio de Janeiro e só-cio do RC do Rio de Ja-neiro, RJ(D.4570) tem re-cebido muitas manifesta-ções de aplauso por seuexcelente artigo “Advo-cacia no século 21: ma-ravilhas, maravalhas evexames”, publicado naedição de agosto da Bra-sil Rotário, entre as quaisdestacamos:● De Clésio Medeiros, só-cio do RC de Pereira Pas-sos, SP (D.4480): “Fico fe-liz por existirem pessoascomo você, Paraíso, queestão sempre empenhadasem defender a classe dosadvogados e, ademais, mos-trar a importância dos avan-ços da tecnologia que con-tribuem para esse ofíciomilenar”.● Do presidente da seçãodo Rio de Janeiro da OAB– Ordem dos Advogados doBrasil, Octavio AugustoBrandão Gomes;● Da conselheira da OAB,a advogada BernadeteMaria Prestes Fróes;● Dos membros do Tribu-nal de Crítica e Disciplinada OAB, Miriam Halfim eMarcos Halfim.

Cartas & Recados

Page 63: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 61

PEDIDO DE SUBSÍDIO DE US$ 3 MIL○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Formulário e procedimentos paraSubsídio de Relações Públicas em 2006-07

O Conselho Diretor do RI alocou fundos para dar assistência ao trabalho de clubes e distritos refe-

rentes à promoção da imagem pública do Rotary durante o período 2006-07. Essa verba deve ser

usada para a veiculação de anúncios de utilidade pública em TV e rádio, outdoors, faixas, suplementos

de jornal etc., sendo limitada a US$ 3 mil por clube.

1) QUALIFICAÇÕES NECESSÁRIAS:

Todos os clubes podem solicitar o subsídio.

2) PROCEDIMENTOS PARA ENVIO DO PEDIDO

• O presidente da Comissão de Relações Públicas do distrito ou clube deve, juntamente com o

governador ou presidente do clube, avaliar as oportunidades existentes na mídia local para a

divulgação do Rotary e desenvolver um plano de relações públicas.

• O solicitante do subsídio deve ler detalhadamente os termos e condições e enviar o formulário

de pedido, incluindo as seguintes informações:

a. Plano de relações públicas com orçamento geral e cotações dadas pelo veículo divulgador.

b. Termos e Condições do Rotary para a Outorga de Subsídios para Relações Públicas (que você

encontra na última página desta edição) assinado pelo solicitante.

c. Termos e Condições do Rotary para a Outorga de Subsídios para Relações Públicas verificado

e assinado pelo governador do distrito.

O Programa de Subsídios para Relações Públicas tem o objetivo de auxiliar os clubes de todo o

mundo a divulgar localmente o Rotary. Os fundos serão repartidos igualmente por região para assegu-

rar uma divisão justa.

3) PRAZOS PARA ENVIO DO PEDIDO

• Todos os pedidos devem ser recebidos até 31 de outubro de 2006.

• As cartas com as decisões serão enviadas por e-mail até 17 de novembro de 2006.

• Os projetos financiados com subsídios para relações públicas devem ser implementados até 1º

de julho de 2007.

Page 64: Brasil Rotário - Outubro de 2006

62 OUTUBRO DE 2006

4) OS PEDIDOS DE SUBSÍDIOS PARA RELAÇÕES PÚBLICAS TERÃO PRIORIDADEQUANDO:

1. O clube tiver conseguido alguma divulgação gratuita ou obtido doações em espécie.

2. O clube comprometer-se a contribuir com uma parte dos fundos requeridos.

3. O clube já utilizar os anúncios de utilidade pública produzidos pelo RI, e que podem ser encon-

trados em <http://shop.rotary.org/catalog/product_info.php?products_id=388>

Abaixo podem ser vistos alguns exemplos de pedidos aprovados e negados no ano passado.

Exemplos de pedidos aprovados Exemplos de pedidos negados

Outdoors Projetos de construção

Suplemento em jornal ou revista Eventos internos no Rotary Club

Rádio e TV Pedido entregue após o prazo estipulado

Faixas e cartazes Sem a assinatura do governador de distrito

5) PROCEDIMENTOS PARA O PAGAMENTO

Se seu pedido for aprovado, você receberá uma carta comunicando quais partes do projeto foram

aceitas. O clube deverá implementar o projeto, pagar ao órgão divulgador e enviar a seguinte docu-

mentação ao RI para poder receber o reembolso pelas despesas:

1. Prova do projeto realizado (fotos de outdoors, suplemento publicado no jornal etc.)

2. Recibo original do pagamento ao fornecedor

3. Cópia da fatura do fornecedor

4. Formulário com informações do fornecedor (enviado junto com a carta de aprovação)

Atenção: O RI não poderá reembolsar os clubes que não fornecerem os quatro itens listados

acima. O período de processamento do reembolso é de, no mínimo, 15 dias úteis, sendo que as

solicitações devem ser recebidas pelo RI até, no máximo, 1º de junho de 2007.

Envie os pedidos de subsídios e os dados para reembolso via correio, fax ou e-mail para:

ROTARY INTERNATIONAL

Attn: Public Relations Division – PR Grants

1560 Sherman Avenue

Evanston, IL 60201

EUA

Fax: +1 (847) 866-8237

E-mail: [email protected]

Page 65: Brasil Rotário - Outubro de 2006

BRASIL ROTÁRIO 63

Formulário do pedido de Subsídio para Relações Públicas em 2006-07

Informações gerais (digite ou escreva em letra de forma)

Rotary Club: _____________________________________________ País: _____________________

Distrito: __________________ Governador do distrito: ____________________________________

Contato: ________________________________________ Fax: ______________________________

E-mail*: _________________________________________ Telefone: __________________________

*Confira o e-mail fornecido: toda comunicação sobre o pedido

será enviada ao endereço informado acima.

1) Descreva detalhadamente o plano de relações públicas para o qual está solicitando fundos (utilize

folhas adicionais, se precisar).

2) Forneça o nome do(s) veículo(s) divulgador(es) (companhia de outdoors, jornal, estação de rádio

etc.) e o orçamento estimado para cada parte do plano proposto.

3) Foi conseguida alguma divulgação gratuita ou doação em espécie? (Sim ou Não): ____

Em caso afirmativo, o que será doado e qual o valor aproximado? ______________________

Orçamento total para o plano: US$_________________________

Contribuição do clube: US$_________________________

Fundos requisitados: US$__________________________ (no máximo US$ 3 mil)

Consulte a próxima página >>>

Termos e Condições do Rotary para a Outorga de Subsídios para Relações Públicas

Page 66: Brasil Rotário - Outubro de 2006

64 OUTUBRO DE 2006

Termos e Condições do Rotary para a Outorgade Subsídios para Relações Públicas

• Os solicitantes devem utilizar os anúncios de utilidade pública elaborados pelo RI (disponíveis

em CD-ROM em sete idiomas) especificamente para veiculação na mídia. Se forem desenvolvi-

dos materiais locais, estes devem estar em conformidade com as diretrizes do Rotary Internatio-

nal no que diz respeito ao uso dos símbolos rotários. Essas diretrizes estão descritas na página

Guidelines for Rotary Publications do site do RI <http://www.rotary.org/support/prtools/training/

publication.html>

e no Manual de Estilo e Identidade Visual (547-PO), disponível para download em

<http://www.rotary.org/languages/portuguese/newsroom/downloadcenter/index.html>

• Os pedidos serão analisados individualmente. Os distritos e clubes serão notificados sobre a

aprovação ou rejeição do pedido até 15 de dezembro de 2006.

• Os Subsídios de Relações Públicas serão outorgados somente até o valor máximo originalmente

aprovado e constante da carta de aprovação enviada por e-mail. Se o serviço fornecido custar

menos que a quantia aprovada, o Rotary International reembolsará exclusivamente o valor real

das despesas. O RI não é responsável por sanar qualquer dívida acima do montante registrado na

carta de aprovação.

• Os clubes que receberem um Subsídio de Relações Públicas deverão seguir os prazos estipula-

dos para a realização da campanha e o pedido de reembolso.

Atesto que li e concordo com o especificado no Formulário do Pedido de Subsídio para Relações

Públicas em 2006-07 e nos Termos e Condições do Rotary para a Outorga de Subsídios para Relações

Públicas.

A pessoa de contato e o governador de distrito devem assinar abaixo.

Contato (em letra de forma): ______________________________Cargo rotário: _______________

Assinatura: _____________________________________________Data: ______________________

Governador do distrito (em letra de forma): _____________________________________________

Distrito: ___________

Assinatura: _____________________________________________Data: ______________________

Page 67: Brasil Rotário - Outubro de 2006
Page 68: Brasil Rotário - Outubro de 2006