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Página 1 de 8 Ao Exmo.Sr. PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO ASSESSORIA DE CADASTRO E LICITAÇÃO ACL/DG/DNIT DEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT SAN, Quadra 3, Lote A - Ed.Núcleo dos Transportes, Mezanino Sul- Brasília - DF Ass.: CONCORR~NCIA PÚBLICA EDITAL N° 431/2005 - Contratação de empresas ou consórcios de empresas para a prestação de serviços e atividades inerentes à preservação da integridade e da segurança de trânsito das rodovias federais operadas pelo DNIT, mediante uso de equipamentos e sistemas fixos de pesagem dinamica e sistemas associados de controle de dimensões, velocidade e fuga de veiculos nos Postos de Pesagem de Veiculos (PPV) situados em rodovias federais. Ref: IMPUGNAÇAO DO EDITAL I . i l a- S" ~ i ! 2- :;t i i »- n r- ~ m Prezado Senhor I .- LENC LABORATÓRIO DE ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA, CNPJ n,o ~ 44.239.135/0001-80, estabelecida a Rua Humaitá, 2021, cj. 3, Araraquara, Estado de ~ São Paulo, de acordo com o disposto no subitem 12.6 do Edital n.o 431/2005 e no ~ art.41 da Lei Federal n.O 8.666/93, vem a presença de V.Sa. apresentar sua ~ IMP~GNAÇÃO do Edital de Concorrência n.o 431/2005, pelos motivos relatados a % seguir: ~ ~ 1 Dos Atestados de Capacidade Qualificação Técnica Técnica- subitem "b- do item 14.4 o Edital n.o 431/2005, para efeito da verificação da qualificação técnica dos licitantes, no subitem "b" do item 14.4 exige que a empresa demonstre que possui experiência anterior em sete itens (b.1 a b.7), exigências que podem ser atendidas em até sete atestados distintos, sendo que um mesmo documento poderá atender a mais de um item. q I R.~. 78 - ~ - SIo Pa8)oS" o ~ - (SI ~ - F«Ie: (55X11) 2134.7577 --~

Brasília - DF - dnit.gov.br§ão_edital0431_05-00_6.pdf · Página 4 de 8 de um licitante é fun~ão acenas da sua aualificacão jurídica. fiscal. técnica e econômico-financeira

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AoExmo. Sr.PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃOASSESSORIA DE CADASTRO E LICITAÇÃO ACL/DG/DNITDEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNITSAN, Quadra 3, Lote A - Ed.Núcleo dos Transportes, Mezanino Sul-Brasília - DF

Ass.: CONCORR~NCIA PÚBLICA EDITAL N° 431/2005 - Contratação de empresasou consórcios de empresas para a prestação de serviços e atividades inerentesà preservação da integridade e da segurança de trânsito das rodovias federaisoperadas pelo DNIT, mediante uso de equipamentos e sistemas fixos depesagem dinamica e sistemas associados de controle de dimensões,velocidade e fuga de veiculos nos Postos de Pesagem de Veiculos (PPV)situados em rodovias federais.

Ref: IMPUGNAÇAO DO EDITAL

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Prezado Senhor I

.-LENC LABORATÓRIO DE ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA, CNPJ n,o ~44.239.135/0001-80, estabelecida a Rua Humaitá, 2021, cj. 3, Araraquara, Estado de ~São Paulo, de acordo com o disposto no subitem 12.6 do Edital n.o 431/2005 e no ~art.41 da Lei Federal n.O 8.666/93, vem a presença de V.Sa. apresentar sua ~IMP~GNAÇÃO do Edital de Concorrência n.o 431/2005, pelos motivos relatados a %seguir: ~

~1 Dos Atestados de Capacidade

Qualificação TécnicaTécnica - subitem "b- do item 14.4

o Edital n.o 431/2005, para efeito da verificação da qualificação técnica doslicitantes, no subitem "b" do item 14.4 exige que a empresa demonstre quepossui experiência anterior em sete itens (b.1 a b.7), exigências que podem seratendidas em até sete atestados distintos, sendo que um mesmo documentopoderá atender a mais de um item.

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o subitem "b.1" solicita comprovação de experiência em "fornecimento oulocação de sistemas fixos de pesagem dinâmica, para controle de excesso depeso de veiculos de carga e/ou passageiros".

Por outro lado, a Lei. 8.666/93, no § 32 do art.30, estabelece que "será sempreadmitida a comprovação de aptidão através de certidões ou atestados de obrasou serviços similares de comDlexidade tecnol6aica e oDeracional eQuivalente ousuDerior."

o fornecimento ou locação de sistemas móveis ou Dortáteis de pesagemdinâmica, para controle de excesso de peso de veículos de carga e/oupassageiros, é um "serviço similar de complexidade tecnológica e operacionalequivalente ou superior", conforme prescreve o Estatuto Licitatório.

Na prática, na maioria dos casos de postos operados atualmente, por exemplono DER-SP, os mesmos equipamentos são utilizados nos postos de pesagemcom sistemas fixos ou móveis, pois o que diferencia esses sistemas é que noprimeiro não há deslocamento dos equipamentos entre PPV's, sendo que nosegundo sistema os equipamentos podem ser transportados de um PPV aoutro, conforme a conveniência e a necessidade dos órgãos públicosgerenciadores das rodovias.

A comprovação dessa similaridade aparece no próprio Edital n.o 431/2005, nosubitem "b.2", o qual exige experiência anterior em "operaçao de sistemas depesagem dinâmica, para controle de excesso de peso de veículos de carga e/oupassageiros", sem fazer distinção entre sistemas fixos ou Dortáte/s. Ora,Sr. Presidente, se a experiência necessária para a prestaçao dos serviços é amesma, e se há a exigência de apresentação do fornecedor do equipamentogarantindo o fornecimento dos mesmos, qual a relevância técnica de se exigirda licitante experiência exclusiva no fornecimento de sistemas fixos depesagem dinâmica?

Os sistemas de pesagem dinâmica de veículos de carga, que utilizam a leituradinâmica do peso dos eixos dos veículos para identificação do peso total, têmcomo principio de construção a utilizaçao de células de carga que sãoflexionadas quando cada eixo do veículo passa sobre elas. Esta flexão causauma deformaçao da liga metálica da célula de carga, que é percebida porsensores de alta precisao, denominados Strain-Gages. A leitura dasinformações fornecidas pelos Strain-Gages é calculada na passagem de cadaeixo do veículo de carga, permitindo a exata verificaçao do peso do veículo.

As balanças de pesagem dinâmica de veículos de carga do tipo Fixo ou Móveltêm o mesmo princípio construtivo, pois utilizam as mesmas células de cargacom sensores Strain-Gages para a verificação do peso, portanto têm a mesmaprecisão, capacidade de pesagem, durabilidade e funcionalidades operacionais.Este entendimento é compartilhado pelo INMETRO - Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Qualidade Industrial, uma vez que na relação de

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homologações de Sistemas de Pesagem Dinâmica de Veículos de Carga emitiuportarias homologando balanças de pesagem dinâmica para uso Fixo e Móvel,sendo elas o mesmo equipamento e a homologação apresentada na mesma

portaria.

Em uma avaliação mais detalhada, o órgão tem vantagens ao permitir o uso desistemas móveis de pesagem dinãmica, desde que corretamente fixados einvioláveis, pois além do custo de implantação ser na maioria das vezes inferiorao custo de implantação dos sistemas fixos, inegavelmente os custos demanutenção são também menores. Outro fator preponderante para que sejapermitido o uso de sistemas móveis corretamente fixados e invioláveis é que,em caso de pane ou necessidade de conserto do equipamento, este pode serrapidamente substituído (em questão de minutos) por um sistema back-up deforma a evitar a interrupção da fiscalização, procedimento esteconsideravelmente mais demorado e complexo quando do uso de sistemasfixos.

Assim, impugnamos a exialncia iIeaal do subitem "b.1" do item 14.4 do Editaln.o 431/2005, por fazer exigências exorbitantes e desnecessárias, que frustramo caráter competitivo da licitação e violam os direitos dos licitantes. O DNITdeve excluir a palavra "fixo" do subitem "b.1" para remover a ilegalidade

praticada.

Da Indicação dos Equipamentos - subitens Md" e Me" do item 14.4 - Qualificação

Técnica2

o subitem "d.1" exige que o licitante comprove que .possui ou tem asseguradoo acesso às condições imprescindíveis para o fornecimento, instalação, aferiçãoe manutençao dos equipamentos e sistemas fixos de pesagem dinâmica e dosequipamentos eletrônicos medidores de velocidade do tipo fixo, medianteTermos de Compromisso firmados com fabricantes dos equipamentos, ourepresentante legal". Essa exigência é ilegal, pois colide frontalmente com adeterminação expressa do § 6°, art.30, da lei 8.666/93, que prevê que "asexigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas,equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para ocumprimento do objeto da licitaçao, serão atendidas mediante a apresentaçãode relação explicita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob aspenas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia".

Assim, não há base legal para exigir-se que o licitante comprove dispor dosequipamentos necessários à realização dos serviços objeto da licitação atravésde "Termos de Compromisso" emitidos pelos fabricantes dos equipamentos.

A lei prevê apenas a declaração do licitante, sob as penas cabíveis, vedando aexigência da declaração de terceiros estranhos à Licitação. Não pode ahabilitação de um licitante depender de declarações de terceiros. A habilitacão

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de um licitante é fun~ão acenas da sua aualificacão jurídica. fiscal. técnica eeconômico-financeira. nos termos do Estatuto Licitatório.

o próprio Ed ita I n.o 431/2005 exige, em seu item 14.6, carta da empresalicitante declarando que executará os serviços de acordo com as especificaçõesfornecidas pelo DNIT, as da ABNT, INMETRO e aquelas Complementares eParticulares, dos respectivos projetos às quais alocará todos os equipamentos,pessoal e materiais necessários, e que tomará todas as medidas paraassegurar a qualidade e continuidade dos serviços conforme os parâmetrosespecificados neste Edital, e que executará os serviços de acordo com osprazos estabelecidos no Edital. Esta carta é exatamente a declaracão previstana Lei 8.666/93. dispensando documentos de terceiros.

A Licitação em desenvolvimento pelo DNIT objetiva a contratação de serviços enão o fornecimento de equipamentos. O próprio DNIT irá fornecer partesignificativa dos equipamentos - cujas características técnicas, aliás, não sãodescritas no Edital - necessários à realização dos serviços licitados, o que

comprova, novamente, a desnecessidade de "termo de compromisso" expedidopor meros fornecedores.

Mesmo que fosse suposto que o objeto da presente licitação pudesse configurarum fornecimento de equipamentos ao invés de uma prestação de serviçoscomo de fato é, a exigência de "termo de compromisso" não seria cabível, poisa lei 8.666/93, para estes casos, estabelece no §4° que "nas licitações parafornecimento de bens, a comprovação de aptidão, quando for o caso, será feitaatravés de atestados fornecidos por pessoa juridica de direito público ouprivado", ou seja, os atestados já exigidos pelo DNIT nos subitens "b.1" e "b.3"do item 14.4 do Edital, sem haver margem para exigir-se "termos decompromisso" de terceiros estranhos à relação licitatória.

Deve-se considerar, também, que a lei não permite que a habilitação do licitantedependa de terceiros para evitar que esses terceiros, disfarçadamente,manobrem a licitação, fornecendo declarações de compromisso apenas paradeterminados licitantes em detrimento de outros, enfim, superfaturando efraudando a licitação.

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Essa situação se agrava em função das exigências estabelecidas no item14.4.d.3,e no item 1.12.1.2 do anexo I.A - Termo de Referencia, queestabelecem condições técnicas extremamente limitantes, existindo no mercadoum numero reduzidíssimo de fabricantes com equipamentos/sistemas depesagem dinâmica fixos homologados nas condições estabelecidas no Edital.Estão, portanto, criadas as condições ideais para a fraude na licitação, comELEMENTOS ESTRANHOS A ELA, podendo estes terceiros definirem quemparticipará ou não do certame, mediante a simples recusa de se comprometercom o fornecimento dos sistemas nas condições estabelecidas no Ed ita I àqualquer empresa ou cons6rcio interessado no certame licitat6rio em Questão. /

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o subitem "d.3", deve-se ressaltar, também incide na mesma discriminaçãoilegal e irrelevante do subitem "b.1 ", ao distinguir sistema fixo de pesagemdinâmica do sistema móvel de pesagem dinâmica, quando os dois sistemaspodem utilizar os mesmo equipamentos, desde que atendam as limitações demargem de erro admissivel, valor este constante da própria portaria deaprovação do equipamento. Como exemplo, anexamos a PortariaINMETRO/DIMEL N° 138, de 22 de agosto de 2002, que aprova "SISTEMAPORTATIUFIXO para pesagem dinâmica de eixos de veículos rodoviários",equipamento este sem nenhuma diferença física dos equipamentos portáteis oufixos.

o subitem "e~, além da redação confusa, consolida a ilegal distinção entresistema fixo e portátil de pesagem dinâmica, que, como mostrado acima, podemutilizar os mesmos equipamentos.

Assim, impugnamos as exigências ilegais dos subitens "d.1", "d.2" e "d.3" e "e"do item 14.4 do Edital n.o 431/2005, por serem exigências exorbitantes edesnecessárias, que frustram o caráter competitivo da licitação e violam osdireitos dos licitantes. O DNIT deve excluir os subitens "d.1", "d.2- e "d.3" pararemover a ilegalidade praticada.

3 Da Metodologia de Execução

o item 15 do edital n.o 431/2005 exige a apresentação de Metodologia deExecução "para conferir maior certeza à adequada execuçao do contrato". Essaexigência é ilegal, pois a presente licitação não se refere a servicos Dúblicosessenciais que nao possam ser interrompidos, condição indispensável paraser permitida a apresentação de uma metodologia de execução nos termos do§8° do an.30 da Lei 8.666/93.

A licitação presente, por tratar de serviços especializados de engenharia,combinados com desenvolvimento de serviços de informática deverianecessariamente ser realizada pelo tipo "TÉCNICA E PREÇO", com propostatécnica dotada de critérios objetivos de análise e ponderação adequada entreas propostas técnica e comercial, padrao, aliás, comumente utilizado peloDNIT.

Adicionalmente à ILEGALIDADE cometida ao solicitar a METODOLOGIA DEEXECUçAO, o Edital n.o 431/2005 apresenta a segunda heresia, ou seja,apresenta critérios totalmente subjetivos para a sua análise, o que fere de morteas regras básicas de uma licitaçao pública.

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o edital estabelece que a Metodologia de Execução deve ser composta pordois documentos distintos: o Plano de Metodologia de Execução dos Serviços,por sua vez composto por três relatórios, e o Plano de Metodologia Operacional,formado por sete documentos.

A análise detalhada dos relatórios exigidos para compor o Plano de Metodologiade Execução dos Serviços comprova claramente porque a lei n.o 8.666/93 nãopermite que licitações com objeto do tipo da presente Concorrência possamexigir Metodologia de Execução:

A descrição da situação atual do sistema rodoviário do lote e por região, aidentificação de possíveis rotas de fuga e adequação dos mesmos para asexigências de tráfego nos próximos 2 anos (subitem "C.1"), são temasabsolutamente desnecessários nesta etapa da licitação, pois,necessariamente, o DNIT já estudou estas questões na ocasião daelaboração do Edital da licitação, para escolher os PPVs a serem licitados epara fazer o Termo de Referência (Anexo I - liA"). Se o DNIT não cumpriucom suas obrigações legais no momento correto, não cabe repassá-Iastardiamente aos licitantes.

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A descrição das características, estado de conservação e nível operacionalde cada PPV (subitem "c.1") é uma solicitacão ociosa, pois os licitantes jáforam obrigados a visitar todos os PPV's e a declarar que tomaramconhecimento de todas as informações e das condições locais para ocumprimento das obrigações, objeto da licitação e obtiveram os documentosnecessários à formulação da proposta ( item 14.6 do Edital);

As descrições exigidas nos subitens Mc.2R e Rc.3R também, necessariamente,já deveriam ter sido estudadas pelo DNIT na ocasião da elaboração doEdital da licitação, para escolher os PPV's a serem licitados e para fazer oTermo de Referência (Anexo I - MA"). Se o DNIT não cumpriu com suasobrigações legais no momento correto, não cabe repassá-Ias tardiamenteaos licitantes.

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Também na análise detalhada das descrições exigidas para compor o Plano deMetodologia Operacional aparece nitidamente porque a Lei n.o 8.666/93 nãopermite que licitações com objeto do tipo da presente Concorrência possamexigir Metodologia de Execução. como mostram os exemplos abaixo:

As descrições das atividades, metodologia, seqüência metodológica eresultados a serem alcançados (subitens "d.1.1" e "d.1.2") sãoabsolutamente desnecessários pois estão adequadamente estabelecidos noEdital e no seus Anexos, especialmente no Termo de Referência, nãohavendo nada significativo que possa ser acrescido a tais documentos. ODNIT deve exercer pleno controle dos serviços com base apenas nos seuspróprios documentos;

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o Cronograma Geral dos Serviços, solicitado no subitem -d.1.6., nãoapresentará nenhum significado prático, pois deve seguir o cronogramaestabelecido pelo DNIT no capítulo III do Edital;

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o próprio DNIT não leva essa Metodologia de Execução a sério, pois ao limitaro seu número de páginas (subitens "c" e "d" do item 15.2) e desprezar osdocumentos que excederem tal limitação - subitem 15.2.2, mostra que nãoestá interessado no conteúdo da Metodologia mas apenas na sua forma.Documentos técnicos detalhados não podem ser limitados por número depáginas: devem ter a extensão necessária ao bom desenvolvimento dasquestões técnicas, sua identificação, estudo e solução, numa linguagem clara e

precisa.

Em resumo, o DNIT, com a exigência de Metodologia de Execução. crioucondiçao de habilitaçao ilegal, que pode afastar arbitrariamente - por um meroexcesso de páginas, por exemplo - as propostas que melhor atenderem aointeresse público.

Assim, impugnamos a exigência ~ de Metodologia de Execução, prevista noitem 15.2 do Edital n.o 431/2005, por ser exorbitante e desnecessária, quefrustra o caráter competitivo da licitação e viola os direitos dos licitantes. O DNITdeve excluir inteiramente o item 15 do Edital n.o 431/2005 e adotar o tipo"técnica e preço" para esta licitação, com proposta técnica dotada de critériosobjetivos de análise e ponderação adequada entre as propostas técnica ecomercial, padrão, aliás, comumente utilizado pelo DNIT, e que permitiria umaseleção adequada ao interesse público, possibilitando ao contratação da melhorproposta.para cada lote licitado

Do Julgamento das Metodologias de Execução4

o Edital n.o 431/2005 estabelece no item 19 e seus subitens, e no Anexo II oscritérios de julgamento das Metodologias de Execução apresentadas peloslicitantes. A análise desses critérios mostra que o julgamento das Metodologiasde Execução contraria as disposições da lei 8.666/93, que impõe o julgamento

objetivo.

o julgamento será feito sumariamente com apenas 4 conceitos: "Nãoapresentado" significando O (zero) ponto; "lnsatisfat6rio" representando 3 (três)pontos; "Regular" merecendo 7 (sete) pontos e "Adequado" recebendo 10 (dez)pontos. Por si s6 esses conceitos exceto o de "não apresentado" são subjetivos.e suas descrições (subitem 19.4) são um colar de pérolas de subjetividade quenão pode ser levado a sério.

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Tendo em vista a limitação de páginas da Metodologia de Execução, impostapelos subitens "c" e "d" do item 15.2, não há como alguma Metodologia sejaconsiderada "Adequada", pois para receber esse conceito ela deve apresentar"informações ou proposições além e acima das minimas requeridas, cujaabordagem é feita de maneira aplicável à realidade dos serviços e tecnicamentecompativel com as diretrizes e prescrições contidas neste Edital e seusAnexos", um "exame detalhado, minucioso, demonstrando um conhecimentodiferenciado e abrangente de todos os assuntos, e uma fundamentaçãometodol6gica capaz de garantir a exeqüibilidade e a efetividade da execuçãodos serviços objeto deste Edital e seus Anexos."

Como apresentar "um exame detalhado, minucioso", entre outras questões,com limitação arbitrária de números de páginas??

Essa questão é essencial, pois para ter sua Metodologia aceita o licitante devereceber ao menos 75 (setenta e cinco) pontos - subitem 19.3 do Edital- o quesignifica receber. no mínimo, conceito "Regular" em nove dos dez quesitosanalisados, e conceito "Adequado" em pelo menos um quesito.

Assim, impugnamos o critério de julgamento das Metodologias de Execução,previsto no item 19 do Edital n.o 431/2005, por ser~, subjetivo e exorbitante,que frustra o caráter competitivo da licitação e viola os direitos dos licitantes. ODNIT deve excluir inteiramente o item 19 do Edital n.o 431/2005 e ocorrespondente Anexo 11.

5 ./Conclusão

Face ao todo exposto, r: eremos o acolhimento de nossa impugnação peloseu mérito e tempes' i ade, com a conseqüente reformulação do Edital n.o431/2005 e seus n os, para que sejam sanadas as ilegalidades aquiapontadas, prese a o-se o princípio da legalidade que rege todos os atosadministrativos o i teresse público, bem indisponível.

São Paulo, 17 d:j~eit ~

LENC - LAB. DE ENGENHARIA E CONSUL TORIA L TDACNPJ N° 44.239.135/0001-80S~RGIO MARQUES ASSUMPçAoRG 12.716.947 - CREA 0601350545REPRESENTANTE LEGAL

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