Brilhe

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composição poética própria, exercício de escrita poética.

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Brilhe

BrilheNo corao uma rosa nova...

Na mo uma espada, que nada de herica tinha,

Mas fora forosamente colocada em minha mo...

No a queria. Nunca a quis...

Jamais desejei ferir ningum... Nunca quis ergu-la contra uma alma sequer...

Simplesmente quis que vissem a minha luz

E sorrissem...

E me consolassem das noites em que eu chorei por conta dela

Por temer... Por sentir o receio de no ser aquilo que meus pais gostariam...

Quantas vezes escondi a rosa eterna que fulgurava em mim?

Sufocando suas ptalas nas amarras e nas correntes do meu peito,

Buscando destruir, o que hoje eu vejo... a fonte do que eu sou...

...

Lgrimas cortaram meu rosto.

E meu peito se dilacerou muitas vezes, no pranto copioso do abandono...

Da solido.

Um umbral de existncia cobriu-me.

Mas a rosa ainda estava l.

Perguntei-me se usando a espada que me haviam obrigado a usar

Eu no poderia tira-la de l...

Eu morreria...

Mas pelo menos no mais perturbaria queles que viviam junto a mim.

E o silencio eterno seria a resposta furiosa turba que me envolveu...

Contudo... isso no significaria nada a eles...

Meu silencio seria sua vitria... Poucos chorariam sinceros, e ouviriam a minha resposta...

E no teria sentido tudo o que vivi...

No teria sentido ter respirado por tanto tempo para jogar-me nas trevas mais profundas

E perder-me na inexistncia de um sofrimento...

Ergui meus olhos pro cu e minha fronte s estrelas.

Meu corao vibrou e minha alma refulgiu.

A flor enfim... Desabrochou totalmente e seus espinhos caram do caule.

Eu contei as constelaes que enchiam o firmamento.

E elas me contaram os segredos da sua milenar existncia...

Brilhe, brilhe, brilhe...

Brilhe, brilhe, brilhe, brilhe, brilhe...

Confrangeu-se minha alma...

Meu corpo tremeu.

Meu corao, todavia, estava em paz... mesmo que machucado...

Senti o vento das asas dos anjos...

E eu sabia...

Ele estava comigo.

Guardei a espada na bainha. Ela seria a lembrana da minha luta.

Seria a recordao da minha caminhada marcada pelos acleos da humanidade...

Como tambm o smbolo da minha Redeno.

Estrelas, terra, mar, anjos e cu...

Testemunharam o meu renascer,Testemunharam o romper das correntes que me prendiam a carnia terrena

E a mesquinhez humana...

Anjos, terra, mar , cu e estrelas...

Testemunharam meu corao chorar e o viram verter toda luz

Que meu sentimento pode verter

A fim de que eu pudesse respirar o ar que faz de mim ser o que sou.

pessoa que sentiu as mesmas coisas que eu....