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esumo: as briófitas sªo vegetais avasculares que compreendem antóceros, hepÆticas e musgos. Ocorrem nos ambientes terrestre e aquÆtico, principalmente nas regiıes tropicais e subtropicais, e sªo plantas que nªo apresentam flores, frutos e sementes. Sua reproduçªo faz-se vegetativamente atravØs de diferentes partes da planta, assexualmente por esporos, propÆgulos ou gemas e sexualmente por oogamia. Seu histórico de vida apresenta alternância de geraçıes gametofítica n e esporofítica 2n. Atualmente, compreendem trŒs divisıes, a saber: Anthocerotophyta (antóceros), Hepatophyta (hepÆticas) e Bryophyta (musgos). JÆ foram identificadas para o Brasil 3.125 espØcies, das quais 1.166 o foram para o estado de Sªo Paulo. As briófitas crescem em todas as formaçıes vegetais ocorrentes no estado de Sªo Paulo, mas sua maior diversidade foi detectada nas formaçıes de mata atlântica. Os herbÆrios onde estªo depositadas as coleçıes de briófitas sªo: Instituto de Botânica, Departamento de Botânica da Universidade Estadual Paulista campus de Sªo JosØ do Rio Preto, Departamento de Botânica da Universidade Estadual Paulista campus de Rio Claro e Departamento de Botânica da Universidade de Sªo Paulo, sendo a primeira a maior e mais importante, com cerca de 51.300 amostras (briófitas brasileiras e de outros países). O levantamento da flora briofítica ainda Ø parcial e a literatura antiga encontra-se bastante fragmentada e, muitas vezes, desatualizada. Para solucionar esses problemas sugere-se: (1) realizar um programa de coleta intensiva de material em todo o estado; (2) dotar as instituiçıes com melhor infra-estrutura para manter as coleçıes; (3) formar recursos humanos em nível de Mestrado e Doutorado; (4) repatriar coleçıes importantes atualmente depositadas em instituiçıes do exterior; e (5) publicar floras ilustradas, com descriçıes detalhadas, chaves funcionais para identificaçªo e ilustraçıes abundantes. REINO VEGETAL Nœmero de espØcies No mundo: 24.000 No Brasil: 3.125 Estimadas no estado de Sªo Paulo: 1.250 Conhecidas no estado de Sªo Paulo: 1.166 Grego: bryon substantivo masculino: musgo; phyton substantivo masculino: vegetal Nome popular: musgo, briófito(a) BRYOPHYTA BRYOPHYTA Dendroceros sp. Dendroceros sp.

Briolo Gia

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esumo: as briófitas são vegetais avasculares que compreendem antóceros,hepáticas e musgos. Ocorrem nos ambientes terrestre e aquático,principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, e são plantas que nãoapresentam flores, frutos e sementes. Sua reprodução faz-se

vegetativamente através de diferentes partes da planta, assexualmente por esporos,propágulos ou gemas e sexualmente por oogamia. Seu histórico de vida apresentaalternância de gerações gametofítica n e esporofítica 2n. Atualmente, compreendem trêsdivisões, a saber: Anthocerotophyta (antóceros), Hepatophyta (hepáticas) e Bryophyta(musgos). Já foram identificadas para o Brasil 3.125 espécies, das quais 1.166 o foram parao estado de São Paulo. As briófitas crescem em todas as formações vegetais ocorrentes noestado de São Paulo, mas sua maior diversidade foi detectada nas formações de mataatlântica. Os herbários onde estão depositadas as coleções de briófitas são: Instituto deBotânica, Departamento de Botânica da Universidade Estadual Paulista �campus�de São José do Rio Preto, Departamento de Botânica da Universidade Estadual Paulista�campus� de Rio Claro e Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo, sendo aprimeira a maior e mais importante, com cerca de 51.300 amostras (briófitas brasileiras e deoutros países). O levantamento da flora briofítica ainda é parcial e a literatura antigaencontra-se bastante fragmentada e, muitas vezes, desatualizada. Para solucionar essesproblemas sugere-se: (1) realizar um programa de coleta intensiva de material em todo oestado; (2) dotar as instituições com melhor infra-estrutura para manter as coleções;(3) formar recursos humanos em nível de Mestrado e Doutorado; (4) repatriar coleçõesimportantes atualmente depositadas em instituições do exterior; e (5) publicar floras ilustradas,com descrições detalhadas, chaves funcionais para identificação e ilustrações abundantes.

REINO VEGETAL

Número de espéciesNo mundo: 24.000

No Brasil: 3.125Estimadas no estado de São Paulo: 1.250

Conhecidas no estado de São Paulo: 1.166

Grego: bryon � substantivo masculino: musgo;phyton � substantivo masculino: vegetal

Nome popular: musgo, briófito(a)

BRYOPHYTABRYOPHYTA

Dendroceros sp.Dendroceros sp.

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BRIÓFITAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

OLGA YANO

Instituto de Botânica, Seção de Briologia e Pteridologia, Caixa Postal 4005,01061-970 São Paulo, SP.

1. As origens da Briologia no Brasil

O primeiro trabalho a listar material de Hepatophyta (Hepaticae) e Bryophyta (Musci) para o estado de SãoPaulo foi Puiggari (1881), que listou 63 espécies de Bryophyta e quatro de Hepatophyta coletadas em Apiaí,indicando seus respectivos substratos. A seguir, o de Loefgren (1896), que listou as espécies coletadas pelaComissão Geográfica e Geológica de São Paulo nas cidades de São Paulo, Campos de Bocaina, São José doBarreiro, Apiaí, Jundiaí, Itanhaém, São Vicente, Mongaguá, Cubatão e Paranapiacaba (Alto da Serra) e na Serrada Cantareira, totalizando 114 de Bryophyta e 25 de Hepatophyta.

Depois disto, até a década de 60 deste século, existem vários trabalhos esparsos com dados de outrasregiões brasileiras. Em 1969, Kurt G. Hell produziu sua tese de Doutorado sobre hepáticas talosas da cidade deSão Paulo e arredores. Em 1975 O. Yano elaborou sua dissertação de Mestrado sobre as Leucobryaceae doestado de São Paulo. E em 1980, Daniel M. Vital elaborou sua dissertação de Mestrado sobre as Erpodiaceae doBrasil, incluindo dados do estado de São Paulo.

Além disso, entre 1975 a 1980, existem algumas publicações de Yano que referem briófitas para o Brasil(inclusive para o estado de São Paulo).

Os briólogos de São Paulo têm trabalhado em nível de Brasil, isto é, sempre envolvendo o estado noestudo de famílias como as Leucobryaceae, Helicophyllaceae, Rhachitheciaceae, Aytoniaceae, Rhizogoniaceae,Phyllogoniaceae e outras.

Atualmente, já foram documentados para o Brasil 3.125 táxons de briófitas (Anthocerotophyta, Hepatophytae Bryophyta), dos quais 36 são de Anthocerotophyta, 1.125 de Hepatophyta e 964 de Bryophyta, os quais seencontram distribuídos em 450 gêneros (cinco de Anthocerotophyta, 145 Hepatophyta e 300 Bryophyta, e 110famílias (três de Anthocerotophyta, 39 Hepatophyta e 68 Bryophyta).

Do total para o Brasil, foram referidos para o estado de São Paulo 1.156 espécies e 73 variedades que nãoas típicas de suas respectivas espécies, as quais estão distribuídas em 274 gêneros e 82 famílias (três famílias deAnthocerotophyta, 28 Hepatophyta e 51 Bryophyta; quatro gêneros de Anthocerotophyta, 96 de Hepatophytae 174 de Bryophyta; 16 espécies de Anthocerotophyta, 528 Hepatophyta e 612 de Bryophyta; 32 variedades deHepatophyta e 41 de Bryophyta).

2. Estado da arte sobre o conhecimento da biodiversidade das briófitas noestado de São Paulo (porcentagem de táxons conhecidos em relação aototal estimado para o grupo)

No estado de São Paulo, podem ser encontrados os seguintes ecossistemas: áreas urbanas, banhados,campos de altitude, campos rupestres, cerrados �sensu latu�, dunas, ilhas oceânicas e continentais, mata atlântica�sensu strictu�, matas mesófilas semidecíduas, mata ombrófila mista e sistemas agro-silvo-pastoris.

As briófitas �sensu latu� têm grande importância na flora brasileira. Constituem um grupo taxonômico

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O. Yano40

relativamente grande, que se caracteriza por um ciclo de vida com marcada alternância de gerações, das quais agametofítica é a fase duradoura e a esporofítica apenas efêmera, isto é, exatamente o contrário das pteridófitas.O gametófito apresenta estruturas dos tipos filídio, caulídio e rizóide, mas não apresentam feixes vasculares.

Segundo a literatura, já foram documentadas como ocorrendo no estado de São Paulo 1.156 espécies e 73variedades que não são as típicas de suas respectivas espécies, o que corresponde ao redor de 40% do total dasespécies já referidas para o território brasileiro.

As briófitas ocorrem com maior diversidade em regiões de matas úmidas, ainda em porcentagemsignificativamente menor nas matas secas e nas regiões de cerrado.

Por conta da informação oferecida nos respectivos trabalhos, no momento é impossível estimar aporcentagem do total de 1.229 táxons já referidos para o estado de São Paulo que ocorre em cada um dosecossistemas acima.

3. Localização das principais coleções do grupo

3.1. Principais instituições nacionais

a. Instituto de Botânica � Herbário Científico do Estado �Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo� (SP), SãoPaulo, SP.

Neste herbário, encontra-se a principal coleção de briófitas do estado de São Paulo. As amostrasdepositadas são provenientes de coletas de quase todos os ecossistemas de diferentes regiões brasileiras.

A coleção conta com cerca de 51.300 amostras (entre musgos, hepáticas e antóceros). É, provavelmente,o maior herbário brasileiro em briófitas. O Curador da coleção de briófitas é a MS Sandra Regina Visnadi.

b. Universidade Estadual Paulista (UNESP), �campus� de São José do Rio Preto, SP (SJRP).O Herbário da UNESP constitui, principalmente, de materiais da região norte-oriental e ocidental do

estado de São Paulo e do estado de Mato Grosso, em especial da Serra de Ricardo Franco. O acervoconta com ca. 450 amostras de briófitas. É um herbário pequeno, mas significativo para a região norte.Algumas exsicatas têm duplicatas em SP. O Curador da coleção de briófitas é o Dr. Paulo G. Windisch,um pteridólogo.

c. Universidade Estadual Paulista (UNESP), �campus� de Rio Claro, SP (HRCB).A coleção de briófitas nesse herbário provém de coletas efetuadas na cidade de Rio Claro, além de

algumas amostras da região de mata atlântica do núcleo de Picinguaba.O acervo conta com aproximadamente 400 amostras. Não existe especialista cuidando da coleção de

briófitas.

d. Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP (SPF).O herbário é pequeno e pouco significativo, mas todo o material coletado pelo Prof. Dr. Kurt G.

Hell, para sua tese de doutorado, encontra-se aí depositado, principalmente, as hepáticas talosas coletadasna cidade de São Paulo e arredores. O acervo é composto de cerca de 250 amostras.

De maneira geral, as coleções de briófitas depositadas nos herbários do estado de São Paulo carecem de umamelhor organização, de identificação e/ou atualização das identificações já existentes.

3.2. Coleções depositadas no exterior

As coletas realizadas durante o século passado e no início deste século, foram depositadas nos herbáriosdo exterior, principalmente em países da Europa e nas instituições dos Estados Unidos. Estas coleções existentes

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Briófitas do estado de São Paulo 41

são basicamente de materiais-tipos das espécies brasileiras, bem como de coleções importantes do estado de SãoPaulo, cuja vegetação não existe ou está em estágio avançado de degradação.

As principais instituições são:� Museu de História Natural de Paris, França (P);� Royal Botanic Gardens em Kew, Reino Unido (K);� Jardim Botânico de Bruxelas, Bélgica (BR);� Jardim Botânico de Berlim (B) e Museu Botânico de Munique, Alemanha (M);� Jardim Botânico de Nova York, Estados Unidos da América (NY)� Universidade de Michigan, Ann Arbor, Estados Unidos da América (MICH);� Museu de Viena, Áustria (W);� Museu de História Natural de Estocolmo, Suécia (S); e...� Laboratório Botânico de Hattori, Japão (NICH).

4. Infra-estrutura física e nível de informatização dos acervos do grupo noestado de São Paulo

As instituições paulistas mencionadas no item 2 possuem infra-estrutura mínima para acondicionar omaterial coletado (exsicatas). Os materiais são colocados em salas separadas, geralmente em ambientesclimatizados, com ar-condicionado e desumidificador de ar. Os materiais são acondicionados em latas de aço, asquais são organizadas em prateleiras de madeira ou aço. No Instituto de Botânica, o acervo está acondicionadonum sistema de armários deslizantes, adaptados para armazenar briófitas em gavetas, o qual foi adquirido em1996 através da FAPESP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, através do Programa deInfra-estrutura. Esta aquisição resultou na duplicação do espaço útil e na possibilidade de ampliação da coleção.O laboratório da Seção de Briologia e Pteridologia tem material óptico, embora um tanto antigo, com cerca de 30anos de idade. Necessita, portanto, de uma reestruturação geral, com a aquisição de novos equipamentos(estereomicroscópio e microscópio óptico com recursos mais avançados).

Com relação à informatização, em nenhuma instituição os dados referentes às coleções estão informatizados.Para o acervo de briófitas do Instituto de Botânica, em especial, será preciso investir em equipamentos epessoal qualificado. As coleções de briófitas existentes no Brasil carecem, urgentemente, de uma avaliaçãocriteriosa de todas as exsicatas existentes, em busca de atualização de algumas identificações e de identificaçãode muitos materiais em nível de família, gênero e espécies, principalmente, nos centros onde ainda não háespecialista em briófitas.

5. Pessoal especializado atualmente trabalhando no estado de São Paulo

A Tabela 1, a seguir, refere todos os pesquisadores atualmente trabalhando no estado de São Paulo comflorística e taxonomia de briófitas e que têm, portanto, envolvimento direto com a biodiversidade.

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O. Yano42

Tabela 1. Relação dos pesquisadores trabalhando com briófitas no estado de São Paulo e nível de excelênciade cada grupo.

Nível deexcelência

M

MDoutoranda pela

USP sob orientaçãoda Dra. Olga Yano

Mestrado pelaUniversidade Federal

de Pernambuco

M e D

MDoutoranda da

UNESP-Rio Clarosob orientação daDra. Vera LúciaRamos Bononi

Área de atuação e projetoatual no estado

Florística, taxonomia e ecologia

Projeto: em colaboração comSandra Regina Visnadi

Florística e taxonomia

Projeto: A família Metzgeriaceae noBrasil (inclui a família no estadode São Paulo)

Florística e taxonomia

Projeto: Fissindentaceae doestado de São Paulo

Florística e taxonomia

Projeto: O estudo de briófitas noBrasil: Família Polytrichaceae (incluia família no estado de São Paulo)

Florística e taxonomia

Projeto: 1) Levantamento da florabriofítica da Reserva BiológicaExperimental de Moji Guaçu;2) Levantamento da flora briofíticade áreas da mata atlântica;3) Briófitas do Parque Estadual dasFontes do Ipiranga - PEFI.

Local

São Paulo,SP

Rio de Janeiro,RJ

São Paulo,SP

São Paulo,SP

São Paulo,SP

Instituição e cargoque ocupa

IBt- Pesquisadorvisitante

IPJBRJPesquisadora

IBt - Bióloga

IBt-Pesquisadora -efetivo nível VI

IBt-Pesquisadora -efetivo nível II

Pesquisador

Daniel MoreiraVital

Denise Pinheiroda Costa

Patricia Sheyla deAlmeida Sá

Olga Yano *

Sandra ReginaVisnadi *

M = Mestre; D = Doutor; * = Pesquisador vinculado com Instituição Paulista

6. Lista bibliográfica destacando as principais obras, revisões, catálogos,�checklists� etc., bem como a disponibilidade deste material no estado deSão Paulo

Os trabalhos que tratam de briófitas do estado de São Paulo são ainda muito poucos, antigos ou esparsosem trabalhos maiores. A maioria destas obras são encontradas nas bibliotecas particulares dos pesquisadoresOlga Yano e Daniel Moreira Vital. A biblioteca do Instituto de Botânica tem poucas referências. Muitas destasobras foram solicitadas pelo Instituto de Botânica em projetos anteriores à FAPESP, Fundação de Amparo àPesquisa do Estado de São Paulo, através do Programa FAPLIVROS, porém, sem ser atendido.

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Briófitas do estado de São Paulo 43

Buck, W.R. & Ireland, R.R. 1989. Flora Neotropica. Plagiotheciaceae. Monograph 50: 1-22.

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Page 8: Briolo Gia

O. Yano44

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7. Perspectivas para o futuro, caso seja elaborado projeto para estudo daflora de briófitas

Atualmente, os pesquisadores existentes no Brasil estão, num primeiro plano, empenhados em fazerlevantamento florístico do estado em que estão radicados e, conseqüentemente, colaborando para o estudo daflora briofítica do Brasil. Nisto se inclui o estado de São Paulo. Assim, Olga Yano está, primeiramente, empenhadaem fazer o levantamento das espécies de musgos, hepáticas e antóceros referidas para o estado de São Paulo e,em seguida, para o Brasil. Para isso, há necessidade urgente de coletas nos diferentes ecossistemas compreendidosna área do estado para poder concluir sua brioflora e então ampliar para o Brasil. Para esse tipo de atividade, hápremente necessidade de orientação de pós-graduandos em nível de mestrado e doutorado, bem como deestágios de iniciação científica e aperfeiçoamento. No momento, entretanto, existe apenas um especialista (OlgaYano) em briófitas vinculado a instituição de pesquisa do estado de São Paulo e que está envolvido na formaçãode recursos humanos em briologia. Enquanto a massa crítica dos especialistas brasileiros é ainda insipiente, éimprescindível solicitar o envolvimento de especialistas estrangeiros na formação de novos recursos humanose na elaboração de revisões de famílias e gêneros de briófitas.

No momento, o grupo de especialistas brasileiros em briófitas está também empenhado em fazer olevantamento específico do grupo nos estados brasileiros, havendo já concluído ao redor de 50% dos 26estados.

A classificação das Bryopsida utilizada nas Tabelas 2-4, a seguir, foi baseada em Vitt (1984) e algumasmodificações posteriores, das Hepatophyta em Schuster (1984) e das Anthocerothophyta em Hässel-de-Menéndez(1988) e Yano & Gradstein (1997).

8. Referências citadas

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Yano, O. & Gradstein, R.S. 1997. Genera of Hepatics. Göttingen: Universidade de Göttingen. p.1-29.

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Briófitas do estado de São Paulo 45

Tabela 2. Números de famílias, gêneros, espécies e variedades de Anthocerotophyta já documentadospara o estado de São Paulo.

Famílias (3) Gêneros (4) Espécies (16) Variedades (0)

Anthocerotaceae 2 12 �-Dendrocerotaceae 1 3 �-Notothyladaceae 1 1 �-

Tabela 3. Números de famílias, gêneros, espécies e variedades de Hepatophyta já documentados para oestado de São Paulo.

Famílias (28) Gêneros (96) Espécies (528) Variedades (32)

Herbertaceae 1 4 �-Trichocoleaceae 1 5 �-Lepidoziaceae 6 35 1Calypogeiaceae 1 8 �-Paracromastigaceae 2 2 �-Cephaloziaceae 2 5 �-Cephaloziellaceae 3 5 �-Jungermanniaceae 2 4 �-Scapaniaceae 1 1 �-Geocalycaceae 6 23 �-Plagiochilaceae 2 66 8Chonecoleaceae 1 1 �-Balantiopsidaceae 3 7 �-Radulaceae 1 23 �-Porellaceae 1 6 �-Frullaniaceae 1 34 �-Lejeuneaceae 47 226 6Fossombroniaceae 1 2 �-Pelliaceae 1 1 �-Pallaviciniaceae 2 10 2Aneuraceae 2 21 7Metzgeriaceae 1 19 7Monocleaceae 1 2 �-Aytoniaceae 2 2 �-Lunulariaceae 1 1 �-Wiesnerellaceae 1 1 1Marchantiaceae 1 3 �-Ricciaceae 2 11 �-

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O. Yano46

Tabela 4. Números de famílias, gêneros, espécies e variedades de Bryophyta já documentados para oestado de São Paulo.

Famílias (28) Gêneros (96) Espécies (528) Variedades (32)

Sphagnaceae 1 19 11Polytrichaceae 5 9 1Funariaceae 3 6 1Splachnobryaceae 1 1 �-Orthotrichaceae 6 46 1Erpodiaceae 2 7 �-Rhachitheciaceae 1 1 �-Helicophyllaceae 1 1 �-Bryaceae 6 33 1Plagiomniaceae 1 1 �-Mniaceae 1 1 �-Rhizogoniaceae 1 1 �-Bartramiaceae 3 15 1Thuidiaceae 4 11 �-Rigodiaceae 1 1 �-Racopilaceae 1 1 �-Myriniaceae 3 7 1Amblystegiaceae 4 4 �-Brachytheciaceae 5 12 �-Plagiotheciaceae 2 2 �-Stereophyllaceae 2 2 �-Hypnaceae 6 34 1Entodontaceae 2 6 �-Sematophyllaceae 13 46 1Leskeaceae 1 1 �-Fabroniaceae 1 1 �-Cryphaeaceae 2 4 �-Leucodontaceae 3 3 �-Regmatodontaceae 1 1 �-Prionodontaceae 1 1 �-Trachypodaceae 1 1 1Pterobryaceae 8 14 �-Meteoriaceae 12 41 �-Neckeraceae 7 21 1Phyllogoniaceae 1 1 �-Daltoniaceae 4 10 1Hookeriaceae 1 1 1Leucomiaceae 2 2 �-Callicostaceae 12 70 1Adelotheciaceae 1 1 �-Hypopterygiaceae 2 7 �-Buxbaumiaceae 1 1 �-Pottiaceae 16 25 2Calymperaceae 2 11 8Dicranaceae 12 73 3Bruchiaceae 1 4 �-Leucophanaceae 1 1 �-Leucobryaceae 3 19 3Ditrichaceae 1 1 �-Fissidentaceae 1 27 1Ptychomitriaceae 1 3 �-