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Página 2 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 3

MMeessaa ddaa AAsssseemmbblleeiiaa GGeerraall

PRESIDENTE Dr. José Joaquim Marques Chaparro

VICE PRESIDENTE Eng. António Moita Pós de Mina

SECRETÁRIO Sr. Manuel Luis da Rosa Narra

SECRETÁRIO Sr. Francisco António Galinha Orelha

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTE Sr. José Artur Palma Estrela

VICE PRESIDENTE Dr. Amílcar António Bengla Mourão

VICE PRESIDENTE Sr. José António Aboim Madeira

VOGAL Sr. João Maria Fontes Ilhéu

VOGAL Eng. Nelson José Carraça Figueira

SUPLENTE

SUPLENTE Eng. Afonso Manuel Garrido Palhete

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE Prof. Henrique Zarcos Rodrigues Guerreiro

VOGAL Sr. Manuel Mendes Garrido

VOGAL Sr. Fernando Nuno Pinto Correia Garcia

VOGAL Sr. José Joaquim Maltez Piedade

VOGAL Dr. Bernardino António Bengalinha Pinto

SUPLENTES

SUPLENTE Prof. Dr. António João Coelho de Sousa

SUPLENTE Dr. Baltazar Cachola Borges

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Página 4 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Índice

1 Convocatória Assembleia Geral Ordinária ............................................................................... 5

2 Mensagem do Conselho de Administração ............................................................................ 7

3 Enquadramento Macroeconómico ......................................................................................... 8

3.1 Economia Mundial .......................................................................................................... 8

3.2 Economia Portuguesa ................................................................................................... 10

3.3 Mercados Financeiros.................................................................................................... 15

3.4 Evolução e Perspetivas do Mercado Bancário ................................................................ 21

3.5 Crédito Agrícola: Evolução Recente ............................................................................... 25

3.5.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) ............................. 25

3.5.2 Outros fatores Revelantes ..................................................................................... 31

4 Indicadores de Gestão da CCAM do Guadiana Interior ........................................................ 35

5 Desenvolvimento e Evolução da Actividade da CCAM do Guadiana Interior ......................... 36

5.1 Auditoria Interna ........................................................................................................... 36

5.2 Compliance .................................................................................................................. 38

5.3 Função Gestão de Riscos ............................................................................................... 39

5.4 Departamento de Serviços Administrativos e Jurídicos ................................................... 39

5.5 Área de Gestão e Risco de Crédito ................................................................................ 40

5.6 Área de Recuperação de Crédito ................................................................................... 41

5.7 Área Comercial ............................................................................................................. 41

5.7.1 Serviço de Apoio Técnico Agrário .......................................................................... 46

6 Estrutura e Prática de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana

Interior, CRL .................................................................................................................................. 48

7 Proposta do Conselho de Administração para Aplicação do Saldo da Conta de Resultados

Transitados ................................................................................................................................... 62

8 Demonstrações Financeiras e Anexo ..................................................................................... 64

9 Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal ...................................................................... 122

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 5

1 Convocatória Assembleia Geral Ordinária

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Página 6 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 7

2 Mensagem do Conselho de Administração

Apesar das transformações, sem limite, a nível da Comunidade Europeia, as raízes históricas do

Crédito Agrícola continuam a fazer sentido.

Assim, e no que respeita ao processo de Banca Social, continuamos a praticar e a desenvolver esse

desígnio, ao lado das Instituições de solidariedade, junto das atividades escolares, apoiando a

economia local, a inovação empresarial numa parceria financeira, técnica e de consultoria, próximo

das pessoas, integrando as comunidades no seu pulsar, nos dilemas do dia-a-dia, “Junto Somos

mais Fortes.”

Já no aspeto formal, não é fácil entender a publicação de normas vinculativas a países tão distintos

na sua realidade económica, geográfica, climática de práticas culturais, amarrando e subjugando

regiões menos favorecidas, a normas globais desajustadas da dimensão nos mais variados setores.

Contudo, não pretendemos refugiarmo-nos nos nossos sentimentos justos, temos de tentar, a todo

o custo, a adaptação aos princípios e regras estabelecidas de âmbito global.

Foi nesse contexto, que vivemos o ano de 2014, com maiores ou menores dificuldades, encarámos

os desafios, com o mesmo entusiasmo e interesse na defesa da Instituição que servimos.

Entretanto, como é devido, cumprimos ao longo do ano, todas as ações e tarefas correntes da

atividade normal da caixa e fomos dando satisfação às solicitações e necessidades dos nossos

cooperantes e Clientes. Ao mesmo tempo, fomos cimentando as iniciativas locais, em especial o

Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Empresarial, já com provas dadas no terreno, e também no

negócio internacional onde vimos a reforçar a cooperação com a Caixa Central.

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Página 8 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

3 Enquadramento Macroeconómico

3.1 Economia Mundial

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no update do

World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia mundial em 2014

manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%.

As projeções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas tenha

crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A zona Euro registou

um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014.

Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um aumento face

aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores que foram revistos em

baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam a materialização de

vários riscos, com destaque para o abrandamento das economias emergentes (caso de China, Brasil

e Rússia) e para a acentuação das tensões geopolíticas. Nas economias mais avançadas, a

recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos, no forte desempenho do Reino Unido e

na ténue retoma da zona Euro.

O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do petróleo1, mas

será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento resultante das fracas

expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas das economias emergentes e

desenvolvidas.

Variação anual do PIB (em percentagem)

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7%

Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4%

Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3%

Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4%

Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8%

Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7%

Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0%

China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%

Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5%

Brasil 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5%

Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3%

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015

Evolução Económica Mundial

1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica-se não apenas pela redução da procura (especialmente dos países emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em manter os níveis de produção apesar do consistente aumento de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade futura de produção do sector petrolífero.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 9

A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona Euro e do

Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do esperado e as expectativas de

crescimento estão alicerçadas na redução dos custos energéticos, na política monetária (já

amplamente refletida nos mercados financeiros e nas taxas de juro), na política fiscal mais neutral e

na recente depreciação da moeda.

Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será igualmente

influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das negociações, entre a

Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de resgate do país e o pagamento ou

refinanciamento da dívida2 contraída junto do BCE e do FMI.

A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma desaceleração nos

principais indicadores económicos. A vontade das autoridades chinesas em favorecer o consumo

em detrimento do investimento, no sentido de reduzir o excesso de produção, significa que a

elevada dívida das empresas não pode continuar a ser sistematicamente financiada, sendo de

esperar que, no decurso de 2015, as autoridades procurem reduzir as vulnerabilidades geradas pelo

rápido crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais na Ásia emergente.

A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a anexação da

Crimeia) têm afetado a confiança e o desempenho da economia da Rússia e têm levado à

depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das expectativas de crescimento das

economias do grupo de Estados Independentes da Common Wealth e da Europa.

1,8%1,5%

-0,6%

9,3%

2,8%

-0,7%

1,4%

7,7%

2,2%

-0,5%

1,6%

7,8%

2,4%

0,8%0,1%

7,4%

3,6%

1,2%0,6%

6,8%

3,3%

1,4%0,8%

6,3%

Estados Unidos Zona Euro Japão China

Evolução Económica Internacional

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015

2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros equivalentes a 169% do PIB grego.

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Página 10 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Após um primeiro trimestre de contração, em 2014, os Estados Unidos conseguiram registar um

crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de desemprego via criação líquida de

empregos que, conjugados com os factos observados noutras regiões do globo, conduziram a uma

apreciação do dólar. As projeções para 2015 e 2016 apontam para crescimentos anuais acima dos

3,0%, com a procura interna sustentada na redução dos custos energéticos, no ajustamento fiscal

mais moderado, sendo expectável, no entanto, um aumento progressivo das taxas de juro no

decorrer do ano pela Fed.

Nos mercados financeiros internacionais são perspetivados riscos de alteração do clima de

investimento e é esperada a ocorrência de períodos de volatilidade e de alteração dos fluxos de

capitais, podendo estes eventos virem a surpreender a atividade das maiores economias e a

suspender ou alterar o percurso expectável de normalização da política monetária americana.

3.2 Economia Portuguesa

Após uma estabilização do nível de atividade nos três primeiros trimestres de 2014, as projeções

mais atuais apontam para uma trajetória de recuperação gradual iniciada em 2013. O produto

interno bruto deverá registar um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014 e perspetiva-se um

crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6% para 2016, o que se traduz numa expectativa de

evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da zona Euro.

A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo comportamento das

exportações e pela recuperação da procura interna que, a concretizarem-se, permitirão manter os

excedentes da balança corrente e de capital. Muito embora tenha vindo a ser efetuada uma

afetação de recursos aos sectores transacionáveis e produtivos, a redução da alavancagem dos

sectores público e privado, a evolução demográfica no país aliada aos movimentos de emigração de

mão-de-obra qualificada, os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o reduzido

dinamismo dos principais parceiros comerciais na Europa (e.g. França) e nos PALOP (e.g. Angola)

continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no futuro.

Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para abrandamento do

crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a Rússia.

Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores próximos de

zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação económica abaixo do esperado

em países como a França, a Itália e a Alemanha.

Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da política monetária

expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de dívida soberana e,

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 11

recentemente, pela redução do preço do petróleo e da cotação do euro em dólares. No entanto,

esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a reverter o peso dos países não europeus

nos seus mercados exportadores.

-1,3%

-3,2%

-1,4%

0,9%1,5% 1,6%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual PIB

Fonte: Boletim Económico BdP

Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola3 e a

imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de mitigação do impacto

cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de protecionismo à produção local.

Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem

recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3

normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente substituídas em Setembro de

2014.

-3,3%

-5,4%

-1,4%

2,2% 2,1% 1,3%

-5,1%-4,8%

-1,9% -0,5% -0,5%

0,5%

-10,5%

-14,3%

-6,3%

2,2%4,2% 3,5%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Procura Interna

Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF)

Fonte: Boletim Económico BdP

3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.

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Página 12 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2% embora a

sua evolução permaneça condicionada pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das

empresas. Por seu lado, a procura interna total registou um crescimento de 2,3% no mesmo

período. Observou-se uma menor redução do investimento em habitação, que no entanto ainda

representa cerca de 30% do valor registado no ano 2000.

A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajetória de redução

registada desde 2009 que implicou uma contração deste agregado em cerca de 30%. Em 2014, a

diminuição do investimento em construção terá sido mais do que compensada por um crescimento

assinalável das componentes relativas ao material de transporte e às máquinas e equipamentos, à

semelhança do que vinha sendo observado desde o final de 2013.

O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013, registou

um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela necessidade de

consolidação orçamental.

O crescimento das importações refletiu a já referida evolução das rubricas da procura global com

maior conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de transporte e em máquinas e

bens de equipamento e o consumo de bens duradouros.

Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de

reorientação para os sectores transacionáveis, incluindo investimento em bens com elevado

conteúdo importado, refletindo-se na variação de existências e no investimento empresarial cujo

crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação da atividade, dada a

necessidade de repor níveis médios de stocks, após períodos de redução ou de menor manutenção

dos bens de capital sujeitos a depreciação.

6,9%

3,2%

6,4%

2,6%4,2%

5,0%

-5,3%-6,6%

3,6%

6,3%

3,1%4,7%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa∆ % anual Sector Externo

Exportações ImportaçõesFonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento de 6,3%, o

que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao registado em 2013, resultando

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 13

numa relativa estabilidade deste indicador no período 2011-2014. Excluindo os bens energéticos,

os preços das importações diminuíram em 2013 e 2014.

As exportações cresceram de forma moderada, refletindo contributos semelhantes entre a

componente de bens e a de serviços e refletindo um menor contributo para o crescimento do PIB

comparativamente com a realidade dos últimos anos. As projeções para as exportações de bens e

serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma taxa de inflação

negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do preço do petróleo.

No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial negativo de preços foi generalizado às

principais componentes do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), exceto os bens

energéticos.

De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9% do PIB nos

primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais resultantes, entre outros,

das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP, o défice neste período foi de 3,9%, o

que compara com um défice de 4,4% registado no período homólogo de 2013, igualmente

excluindo os efeitos pontuais, neste caso associados à reclassificação do aumento de capital no

Banif.

Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um aumento de 3,3%,

refletindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais de 1/3 explicada pelo aumento

dos impostos diretos4). A despesa também registou um aumento, embora bastante mais moderado

(+1,2%), fundamentalmente resultante do crescimento das despesas com pessoal e com prestações

sociais.

A Direcção Geral do Orçamento prevê que o défice das administrações públicas até Novembro

tenha ascendido a 6.420 milhões de euros, continuando a situar-se significativamente abaixo do

observado no período homólogo de 2013 (9.186 milhões de euros).

As últimas estimativas apontam para um défice orçamental de 7.074 milhões de euros no final de

2014 e um défice orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8% do PIB.

4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução remuneratória aplicável aos funcionários públicos e do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão fiscal e à fraude.

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Página 14 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de euros no mês de Novembro, o que se

traduz numa subida de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o registado no mês anterior.

O rácio da dívida pública na ótica de Maastricht subiu para 131,4% do PIB no final do 3º trimestre,

registando um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no trimestre anterior.

Deste modo, o cumprimento do rácio da dívida previsto pelo Ministério das Finanças para o final de

2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de dívida no último trimestre de 2014 em 5,1

mil milhões de euros. Apesar da quebra verificada em Novembro, prevê-se que, em 2014, o rácio

ainda tenha ficado acima da meta estabelecida. Além do valor nominal da dívida, a magnitude

desse desvio dependerá do PIB nominal que o Conselho de Finanças Públicas estima ficar abaixo da

previsão do Ministério das Finanças.

Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de 2008, o Tesouro português emitiu

dívida com prazo superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de obrigações com

maturidade a 15 anos) num momento em que o interesse de investidores por dívida pública dos

países periféricos da zona Euro colocava os juros em níveis historicamente baixos.

No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar 3.750 milhões de euros em bilhetes de

tesouro no mercado, estimando o lançamento de emissões mensais entre os 1.000 e os 1.250

milhões de euros. Durante o ano de 2015, a agência de gestão da tesouraria e da dívida pública

prevê obter um montante entre 12 e 14 mil milhões de euros através da emissão bruta de

obrigações do tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões. O montante das necessidades de

financiamento líquidas do Estado em 2015 situa-se em cerca de 11 mil milhões de euros.

Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública têm registado uma trajetória

descendente desde Outubro de 2014, situando-se a taxa média mensal de rentabilidade das

obrigações do tesouro português (OT) e com maturidade residual de 10 anos, em Janeiro de 2015,

nos 2,49% (que comparam com os 6,24% registados em Janeiro de 2013).

Evolução dos Spreads da Dívidas (a 10 anos) de Países da Periferia face à Dívida Alemã

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3

Evolução dos Spreads dos 10 anos face à Alemanha

Spread Espanha-Alemanha Spread Itália-Alemanha Spread Portugal-Alemanha

Spread Grécia-Alemanha Spread Irlanda-Alemanha

Fonte: DF / Caixa Central com base em informação Bloomberg

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total aumentou 2,1% no

3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6% no conjunto do ano

2013. O emprego privado por conta de outrem está a recuperar de forma consistente com a

evolução da atividade económica, complementado com o acréscimo de volume de emprego gerado

por políticas ativas de emprego, donde se destacam os estágios profissionais comparticipados pelo

Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o aumento de estágios profissionais no último ano

terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para o crescimento homólogo do emprego privado por conta

de outrem, registado no 3º trimestre de 2014.

É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as insolvências de

empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308), embora estes

valores possam estar ligeiramente influenciados pela instabilidade da plataforma Citius (Ministério

da Justiça). Este facto demonstra que o ajustamento do tecido empresarial português está, na sua

maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a Novembro de 2014, foram criadas 32.257

empresas em Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas constituídas no ano passado

(esta dinâmica é assinalável se se recordar que o ano iniciou com uma redução homóloga de 22%).

3.3 Mercados Financeiros

Para além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada por um

prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente, poderá conduzir

mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o objetivo de assegurar o

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Página 16 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o objetivo de assegurar a manutenção de um

nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado nos últimos meses a tomar

medidas relevantes, nomeadamente:

• Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado

direcionadas (ORPA direcionadas), operações que, de acordo com o Boletim de Agosto do

Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo com condições atrativas

durante um período de até quatro anos a todos os bancos que cumpram determinados

referenciais aplicáveis aos empréstimos que disponibilizam à economia real”;

• Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada (Asset-

Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objetivo de permitir a

flexibilização do balanço das instituições financeiras;

• Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da taxa de

referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa de depósito para os

-0,20%; e

• Alargamento do programa de compras de ativos em grande escala para emissões de

dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências soberanas e instituições

europeias (medida lançada em 2015).

O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do financiamento à

economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna, nível de emprego e

inflação, e não apenas a uma valorização pouco consequente dos ativos financeiros (ações e

obrigações).

A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de ativos que

incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros por mês, foi vista como o

último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação para os níveis assumidos pelo mandato

do BCE.

Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos efeitos práticos

da adoção de uma política monetária agressiva não acompanhada por uma alteração da política

orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada pelo crescimento e menos pelos

níveis dos défices orçamentais dos diversos países.

Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos países da

zona Euro apresentaram uma trajetória descendente, tendo sido atingidos sucessivos níveis

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 17

mínimos históricos. No entanto, é importante distinguir a performance das yields dos países do

centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performance dos países periféricos5 –

Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito (“spread”) existente entre

estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos).

Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma alteração do

sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos prevalecentes na zona Euro,

associada nomeadamente a resultados das eleições legislativas a realizar em muitos países, entre

eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino Unido, divergências políticas internas na zona Euro ou

confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do Syriza, partido que se apresenta como de

esquerda radical, nas eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o primeiro sinal de que

muitos eleitorados se encontram saturados com a presente situação da União Europeia e que não

deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso confronto entre visões antagónicas de

organização e condução da política comum europeia.

Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de taxas, adotada

pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam que as taxas Euribor

se deverão manter em níveis mínimos históricos nos próximos trimestres. A manutenção das taxas

Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições financeiras que, no contexto nacional,

ainda possuem uma parte significativa da sua carteira de crédito indexada a este indexante

(situação particularmente relevante no caso do crédito à habitação contratado antes da início da

crise financeira).

5 A melhoria do risco percecionado pelo mercado permitiu, por exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa emissão de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de 2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30 anos) e que as yields da dívida pública nacional se encontrassem no final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações de dívida pública de Espanha e de Itália registaram uma apreciação considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos seus spreads face à dívida alemã para os 1,32% e 1,11%, quando estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%, respetivamente.

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Página 18 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Também os mercados acionistas têm beneficiado da melhoria da confiança e muito particularmente

dos elevados níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores registados em 2010, o SP

500, o Nikkei e o DAX registam subidas de 65%, 71% e 42% (em 2014, estes índices registaram

variações de 13%, 7% e 3% respetivamente). Por sua vez, o IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram

evoluções mais modestas, registando crescimentos de 4% e 12%, respetivamente. O índice

português, PSI-20, desvalorizou-se em 37% durante este período.

Esta evolução, muito condicionada pela severidade da contração da economia nacional verificada

entre 2011 e 2013, foi mais recentemente afetada pela crise registada no Grupo Espírito Santo.

Efetivamente, em Maio de 2014, o índice PSI-20 situava-se nos 7,115 pontos (acumulando uma

descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao final de 2014 uma queda de 27% para o nível

de 4.802 pontos.

A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do PSI-20,

consequências negativas diretas – BES, ESFG e PT – e consequências indiretas, associadas a um

contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda deste grupo financeiro teria sobre a

economia considerando uma redução do crédito agregado, o impacto sobre a situação financeira

dos credores afetados e a perda de confiança dos mercados internacionais relativamente à real

condição do sistema financeiro nacional.

Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas das

principais moedas mundiais. A desvalorização do Euro está diretamente relacionada com as

expectativas do mercado acerca da política monetária e do crescimento e desenvolvimento da

economia europeia em relação às restantes economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a

adotar, em contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED, medidas extraordinárias de

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 19

combate à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da zona Euro, o Euro (€)

perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra Esterlina, tendo-se no entanto

mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen Japonês. A tendência de

desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das pressões deflacionistas e da

divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes.

As perspetivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que esse é

também, embora não expresso, um dos objetivos da política europeia de modo a permitir importar

alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona Euro e a dinamizar as

exportações.

No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio atingido

um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida pública soberana

por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas na Grécia.

Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e pelo Banco

Nacional Suíço, de abandonar o seu objetivo de manutenção de um câmbio mínimo de 1,20

Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização do Franco Suíço face ao Euro.

No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação de projeções económicas que indiciam

um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados, a International Energy

Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global de petróleo em 2015 com efeitos

sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no final de 2013 o preço do barril era de 110,8

USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A tendência de diminuição do preço por

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Página 20 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

barril estendeu-se ao início do ano de 2015, chegando o barril a ser transacionado por apenas 45

USD.

Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores de que a

Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo do que inicialmente

antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se em aproximadamente 1,5%. No

entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos na zona Euro assim como do escalar das

pressões políticas extremistas e da insegurança nos mercados, em 2015, o ouro iniciou o ano a

apreciar cerca de 8%.

Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de 15%, para

em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do governo dos

Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à escala global e para o aumento

do nível de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de milho e de soja,

negociados na principal bolsa de futuros, também registam um desempenho negativo em 2014,

apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço destes bens agrícolas está

também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas perspectivas de aumento de

consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de futuros MFAO, da qual o Grupo Crédito

Agrícola através da Caixa Central é membro, registou uma valorização significativa durante 2014,

tendo atingido o valor de 2.600 euros por tonelada de azeite.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 21

3.4 Evolução e Perspetivas do Mercado Bancário

A turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com destaque

para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades nos investimentos e

ativos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante a necessidade de reforçar os níveis

de fundos próprios para acomodar perdas efetivas e potenciais geradas. Com recurso ao plano de

recapitalização da banca promovido pelo Estado português, em 2012 e no montante de 7,8 mil

milhões de euros, os bancos em situações de maior fragilidade em termos de rácios de capital ou

solvabilidade puderam reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No

final do 3º trimestre de 2014 (excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o ativo total

situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, enquanto o rácio CET 1

resultante do agregado dos bancos atingiu os 12,6%.

Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir exposições de

liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu para níveis mínimos

desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais de reforço de capital, ainda que em

condições adversas que se adensam desde 2012 e que geram pressão nas contas de exploração e

nos fundos próprios dos bancos, nomeadamente devido à manutenção das taxas diretoras em

níveis historicamente baixos, à crescente acumulação de volumes de crédito vencido difíceis de

recuperar e à ainda reduzida atividade e procura no mercado imobiliário a impossibilitar a redução

das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse direta ou indireta dos bancos.

Inevitavelmente, a atividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela envolvente

macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de endividamento da

economia portuguesa, que afeta de forma transversal todos os agentes económicos e que provoca

uma significativa contração do negócio bancário.

O ativo total do sistema bancário português (excluindo o Novo Banco) era de 374 mil milhões de

euros a Setembro de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros registados em Junho

de 2014 (se excluirmos o BES). Face ao trimestre homólogo de 2013, verificou-se uma significativa

redução dos ativos justificados pela redução da carteira de crédito concedido.

Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao desempenho do sector traduzem-se, em larga

medida, na fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando comparada com a respetiva

situação líquida (ou valor contabilístico das ações).

Desde meados de 2011 que os principais agregados de crédito registam taxas de variação anuais

negativas, consequência de uma acentuada quebra no rendimento disponível das famílias e dos

elevados níveis de desemprego e, no caso das empresas, da erosão de rentabilidade nas empresas,

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Página 22 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

provocada por quebras de margem e pelo muitas vezes insustentável peso da dívida na estrutura

dos balanços, fator particularmente crítico nas micro e pequenas empresas.

Taxa de variação anual

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2

Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7

Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9

Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8

Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1

AGREGADOS DE CRÉDITO

A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflete a redução do

crédito concedido pelo sistema bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado crescimento dos

depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma crescente, procuram aumentar os níveis

de poupança através de soluções de aforro e de gestão de tesouraria.

Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa negativa de

variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (de -3,1%), bem como da taxa

de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras públicas que não consolidam nas

administrações públicas de -17,6%.

No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para aquisição de

habitação foi de -3,8% e do crédito para consumo e outros fins foi de -7,1%.

A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário atingiu os

+2,4%, tendo no caso dos depósitos de particulares alcançado apenas +0,5%.

A qualidade do crédito6 continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência do

aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de outros ativos) e do consequente

esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de imparidades para crédito do

sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito bruto que compara com

os 6,2% registados em 2013 (incluindo o BES).

O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de

incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0%7. No que se refere ao crédito vencido de

empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento, com os sectores de

6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não financeiras, 17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação. 7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 23

atividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as atividades imobiliárias a

registarem volumes de crédito vencido persistentes.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8

Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7

2013Regiões

2009 2010 2011 2012

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8

Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Tipologia2009 2010 2011 2012 2013

A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas também

a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal com exceção

da região dos Açores. Se compararmos os níveis de incumprimento atuais com os que se

observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa e do Algarve, o crédito

vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões, mais do que duplicou.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0

Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2

Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9

Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0

Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4

Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5

Regiões2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do crédito

concedido, revela a mesma tendência de agravamento, com o aumento do crédito vencido a

verificar-se independentemente do montante de crédito concedido. Apesar de se manter a

tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas exposições até 100.000 euros, o

agravamento verificado nos escalões de montante mais elevado tem vindo a aumentar de

intensidade nos últimos anos, tendo sido significativo em 2014.

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Página 24 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

< 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,7

20.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,1

50.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4

100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9

200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4

400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,1

1.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4

> 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4

Intervalos em euros2009 2010 2011 2012 2013

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR ESCALÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e equiparados

com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início de 2012. O processo de

desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por parte das famílias, tem

permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a remuneração dos depósitos sem

colocar em causa os seus níveis de liquidez.

No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações ativas registaram variações

divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas a

reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no 1º semestre seguida de uma

descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a registar uma descida.

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61

Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96

Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43

Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17

Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura

TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 25

3.5 Crédito Agrícola: Evolução Recente

3.5.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.451 457.014 -437 -0,1%

Juros e encargos similares 206.794 208.789 1.995 1,0%

Margem Financeira 250.657 248.225 -2.432 1,0%

Comissões líquidas 131.599 128.522 -3.076 -2,3%

Result. de op. financeiras 78.779 171.767 92.987 118,0%

Outros 11.611 5.864 -5.746 49,5%

Produto Bancário 472.645 554.378 81.733 17,3%

Custos de estrutura 302.356 300.475 -1.882 -0,6%

Custos de pessoal 163.962 164.986 1.024 0,6%

Gastos gerais administrativos 123.604 121.298 -2.307 -1,9%

Amortizações 14.790 14.190 -599 -4,1%

Provisões e imparidades 150.025 211.106 61.081 40,7%

Resultado antes de impostos 20.264 42.797 22.533 111,2%

Impostos, após correc. e diferidos 18.758 18.268 -490 -2,6%

Resultado Líquido 1.506 24.529 23.023 1528,4%

2013 2014Variação

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 463.470 501.641 38.171 8,2%

Crédito a Clientes (líquido) 7.491.909 7.299.095 -192.814 -2,6%

Crédito a Clientes (bruto) 8.198.573 8.147.371 -51.202 -0,6%

Imparidades 706.663 848.275 141.612 20,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.907.810 4.277.446 369.637 9,5%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 400.990 437.489 36.499 9,1%

Outros Activos 704.738 762.845 58.106 8,2%

Total Activo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.362.912 1.116.382 -246.530 -18,1%

Recursos de Clientes 10.209.731 10.620.337 410.605 4,0%

Outros Passivos Subordinados 133.404 142.534 9.130 6,8%

Outros Passivos 156.998 234.655 77.657 49,5%

Total Passivo 11.863.045 12.113.908 250.863 2,1%

Capitais Próprios 1.105.873 1.164.609 58.736 5,3%

Total do Capital Próprio + Passivo 12.968.918 13.278.517 309.599 2,4%

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO

2013 2014Variação

Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam, por um

lado, uma elevada retração da procura de crédito por parte das famílias e das empresas com

projetos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com as necessidades do serviço da dívida) e,

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Página 26 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

por outro lado, um elevado nível de endividamento das empresas e famílias, a generalidade da

banca portuguesa voltou a apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos.

O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da atividade inferior à generalidade dos

bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23 milhões de euros face a 2013

(24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14

Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1

Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6

SICAM (Consolidado) 9,7 25,1 13,3 24,5

Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding, à

continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com o

objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez detidos pelo SICAM, através de

mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se vieram a revelar

determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e

consequentemente para os resultados líquidos apresentados. Em sentido inverso, registou-se um

reforço extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente 101 milhões de euros,

decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de euros na Caixa Central, o que

originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido do SICAM para os 126%.

É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não obstante uma sã e

prudente política de constituição / reforço de provisões e imparidades, que aumentaram em 2014

para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que

originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em

31 de Dezembro de 2014.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 27

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 318 251 248 -2 -1%

Comissões líquidas 130 132 129 -3 -2%

Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116%

Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39%

Margem Complementar 147 222 306 84 38%

Produto Bancário 465 473 554 82 17%

Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de euros em

2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de:

1. Quebra registada na concessão de crédito;

2. Níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor);

3. Redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e

4. Crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das taxas de

remuneração dos depósitos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração dos recursos

das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem

financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora se verifique uma redução destes custos (-

0,24 p.p. em termos médios durante o ano de 2014) como forma de iniciar a convergência para as

taxas de mercado.

É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015, o que

implicará desafios acrescidos de rentabilidade para o SICAM e consequentemente para o Grupo

Crédito Agrícola.

A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças aos resultados

obtidos com a gestão dinâmica da tesouraria do SICAM acima mencionada, eles próprios também

possíveis devido a factos não recorrentes como sejam a política acomodatícia prosseguida pelo

Banco Central Europeu e confirmada já em Janeiro de 2015.

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Página 28 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos de

investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o conjunto do SICAM

reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à quebra do crédito (gerador de

um volume significativo de comissões).

Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo passado de 473

milhões de euros em 2013 para 554 milhões de euros em 2014.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 252 106 4 12 375

Caixa Central -5 23 166 185 181

SICAM (Consolidado) 248 129 171 306 554

Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo estes

reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos gerais

administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013 para 121 milhões de euros em

2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do esforço de

contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar, porém, que

algumas categorias de custos foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que terão particular

reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que serve de indexante em contratos ao

abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 29

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%

Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%

Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%

Amortizações 15 15 14 -1 -4%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros (+1%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 99 106 166 59 56%

Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8%

Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. -

Provisões/Imparidades do Exercício

É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014, aumentaram

para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que

originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em

2014, salvaguardando a cobertura de resultados de eventuais cenários negativos no futuro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1%

Evolução da carteira de crédito

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total do SICAM

que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em 2014. O

crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de outros activos, dada a incapacidade

de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

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CA Guadiana Interior

Página 30 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

13.027

13.748

12.969

13.279

2011(reexpresso)

2012 2013 2014

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%),

contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de

imparidades do exercício (+20%).

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Imparidades 649 707 848 142 20,0%

Crédito líquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%

Crédito a clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital registou um

aumento de 59 milhões de euros.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171

Caixa Central 6.001 5.702 298

SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013, se

reduziu de 80,1% para 76,7%, está atualmente situado num nível bastante baixo quando

comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada e excluindo o Novo Banco,

registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente para uma adequada

remuneração dos fundos próprios.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 31

8.365 8.199 8.147

10.178 10.234 10.620

82,2%

80,1%

76,7%

69,0%

74,0%

79,0%

84,0%

89,0%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2012 2013 2014

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)

Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao nível de

recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%

Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

3.5.2 Outros fatores Revelantes

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola tem vindo

a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem realizada pela

Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã, com o

objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos bancos portugueses, veio confirmar que,

a seguir ao banco do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª instituição em que os portugueses mais

confiam.

A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade bancária e seguradora, tem vindo a ser

regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria financeira e

seguradora. A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista Exame

a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de colheitas em

Portugal.

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Página 32 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora vida em 2012.

A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de activos, oferece diversos fundos de

investimento com desempenho acima do mercado e mais do que duplicou os montantes sob

gestão e a quota de mercado nos fundos de investimento mobiliário, em 2014.

O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com 236 balcões

em funcionamento.

Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma evolução positiva

(+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação da quota de mercado. O número

de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014, atingindo os 79 milhões de

transacções (i.e. mais de 4.500 transacções mensais por equipamento).

Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de débito (-0,2% face aos +3,5% do

mercado) e de cartões de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -4,2% do mercado), o que se

traduziu numa perda de quota de mercado em quantidade de cartões (de 8,1% para 7,8% nos

cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos cartões de crédito). Não obstante, no mesmo período,

verificou-se um aumento do número de transacções de cartões (+5,4% para os 91,7 milhões de

transacções), assim como, um aumento do volume de transacções (+ 5,6% para os 4.781 milhões

de euros).

Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o número de adesões activas nas empresas

ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile, as adesões

ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de 79%.

O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito Agrícola, o

que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de visitantes únicos que

totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).

No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional através da

relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas ambições e

projectos financeiros, com uma oferta universal de serviços financeiros e de protecção e, no

decurso da recessão económica e das crises de dívidas soberanas e do mercado imobiliário,

demonstrando uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e solvabilidade) ímpares.

Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às empresas, suas

clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para a competitividade e

crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e mediante proposta do Crédito

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 33

Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30 no ano transacto) e PME Excelência (15

empresas versus 2 no ano transacto) com referência à situação financeira de 2013.

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “I

Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e Cooperativas de todas as

regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões vitivinícolas do país, inscreveram-se 175

produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos propostos a concurso. As provas cegas e a

atribuição destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal Agro, Feira Internacional das

Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram

revelados numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José

Diogo Albuquerque.

O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente o SISAB,

AGRO, Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal, Portugal Agro (vide

figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com um espaço

Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta direccionada de produtos e serviços

em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo Crédito Agrícola reforça o

seu papel activo no desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua cultura e das suas

tradições.

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CA Guadiana Interior

Página 34 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens Agricultores de

Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação agrícola e de agronegócios), a

Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur, estando em curso a

formalização de um conjunto adicional de importantes protocolos (e.g. ADRAL, Energie).

No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas comercialmente soluções

de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para não residentes, super

crédito pessoal), soluções (bundles) dedicados a empresas e famílias, soluções de tesouraria para

empresas e empresários, soluções de micro-crédito com garantia do Fundo Europeu de

Investimento, entre outros.

No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias iniciativas

do CA que contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma cultura de inovação nos

sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo, incentivando e premiando

projectos que serão casos de sucesso nacional como sejam:

o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e Floresta” que

contou com 133 projectos concorrentes dos quais foram seleccionados 12 projectos

finalistas; e

a implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro Comunitário, de

um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano, cobriram as todas as

regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos Açores e contaram com a presença

de centenas de empresários, agricultores e entidades do sector primário e agro-industrial.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 35

4 Indicadores de Gestão da CCAM do Guadiana Interior

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CA Guadiana Interior

Página 36 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

dezembro 14 dezembro 13Variação

(%)

Rácio Crédito Vencido 5,95% 6,09% -2,42%

Rácio Crédito Vencido (Aviso 6/99) = Crédito Vencido Líquido / Crédito Total Líquido 1,93% 2,30% -16,07%

Rácio Crédito Vencido +90 dias 5,83% 5,89% -1,04%

Crédito em Risco (Inst rução 22/2011):

Rácio de Crédito em Risco 10,05% 7,53% 33,60%

Rácio de Crédito com Incumprimento 6,10% 5,97% 2,19%

Rácio de Cobertura de Crédito em Risco 44,58% 53,68% -16,95%

Rácio de Cobertura de Crédito com Incumprimento 73,48% 67,68% 8,57%

Rácio de Incumprimento Líquido 1,74% 2,05% -15,44%

Rácio de Cobertura de Provisões 75,64% 66,53% 13,69%

Rácio de Eficiência 91,25% 90,98% 0,29%

Rácios de Produt ividade:

Activo Líquido por Empregado € 2.755.418 € 2.886.896 -4,55%

Produto Bancário por Empregado € 83.962 € 82.168 2,18%

Rácio Comissões Líquidas / Produto Bancário 31,55% 34,31% -8,04%

Rácio de Transformação 77,81% 77,62% 0,25%

Rácios de Rendibilidade:

Rendibilidade Bruta do Activo 0,27% 0,26% 0,01%

Rendibilidade Bruta dos Capitais Próprios 4,45% 4,16% 0,29%

Rendibilidade do Activo (ROA) -0,29% 0,04% -0,33%

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) -4,84% 0,59% -5,43%

Rácios de Est rutura:

Fundos Próprios Totais 15.747.837 14.592.104 7,92%

Rácios de Solvabilidade:

Common equity tier 1 9,02% ---------- --------

Tier 1 9,12% 10,42% -12,48%

Tier 2 1,25% 0,90% 38,50%

Total 10,37% 9,95% 4,19%

RÁCIOS

5 Desenvolvimento e Evolução da Actividade da CCAM do Guadiana Interior

5.1 Auditoria Interna

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 37

Resultante da estrutura organizacional da CCAM do Guadiana Interior, a Auditoria Interna, através

duma atuação preventiva e corretiva, contribui para a redução do risco global da instituição. Neste

sentido, e durante o ano de 2014, ocorreram diversas ações de controlo que incidiram sobre a

atividade da CCAM, por um lado, as que resultaram do cumprimento do Plano Anual de Auditoria,

e por outro, as que resultaram de factos despoletados no âmbito de outros trabalhos e cujas

características evidenciavam tendências de risco para o Sistema de Controlo Interno (SCI).

Enquanto função consultiva dos órgãos de gestão da CCAM, assumiu a responsabilidade de dotar

o Conselho de Administração de meios de controlo, mediante a identificação dos pontos fracos da

organização, executando diversas tarefas, e emitindo avaliações sustentadas no diagnóstico das

situações. Através de reuniões mensais, dotou ainda o Órgão de Fiscalização de informação

essencial à emissão de pareceres no decurso das suas funções e competências.

Para além destes aspetos foram ainda assegurados contactos permanentes com entidades

externas, nomeadamente através de:

Comunicações e justificações ao Departamento de Fiscalização, Orientação e

Acompanhamento – DFOA;

Acompanhamento e apoio ao Técnico do DFOA;

Elaboração do relatório de Controlo Interno da CCAM, a enviar à Caixa Central com

posterior envio ao Banco de Portugal;

Cumprimento das instruções relativas aos Órgãos Sociais, com informação ao DFOA;

Acompanhamento dos ROC’s, prestando todo o apoio e informações necessárias à

certificação legal das contas e analise à estrutura e funcionamento da Caixa;

Esclarecimentos, e justificações junto do Banco de Portugal;

Os trabalhos e ações de controlo efetuados foram baseados em:

i) Auditorias Comuns no SICAM

ii) Controlos Comuns no SICAM

iii) Auditorias Especificas

iv) Controlos/Monitorização

v) Ocorrências mais relevantes e com Risco para a CCAM

vi)Investigação e Prevenção da Fraude

vii) Outras situações de risco

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CA Guadiana Interior

Página 38 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

viii) Avaliação do Ambiente de Controlo e do Sistema de Gestão de Riscos.

A atividade desenvolvida durante o último ano incluiu ainda o constante apoio pedagógico a todos

os Balcões e Serviços, no sentido de introduzir ações preventivas e corretivas, contribuindo assim

para a melhoria do sistema de controlo interno.

5.2 Compliance

Na garantia da confiança nos processos, na transparência dos procedimentos, e da ética

profissional, através do cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a estrutura

organizacional da CCAM tem implementada a Função Compliance, e conta com os Compliance

Monitors.

O cumprimento das regras internas e estatutárias, das regras de conduta e de relacionamento com

clientes, das orientações dos órgãos sociais, a gestão da relação com as entidades reguladoras e de

supervisão e de orientação da Caixa Central, assim como a ajustamento de processos e

procedimentos internos para satisfazer requisitos legais ou regulamentares, têm constituído o

centro da atividade da Função Compliance na CCAM.

Tem sido ainda prioridade da Função Compliance da CCAM analisar as recomendações do DCIG da

Caixa Central, e em função dessa análise, dar seguimento às solicitações apresentadas,

encaminhando, com os esclarecimentos adicionais necessários, para os colaboradores diretamente

envolvidos no processo de melhoria em causa.

Para além destes aspetos foi ainda assegurado:

Acompanhamento, preparação, e organização de processos no âmbito das solicitações da

inspeção comportamental efetuada pelo BdP;

Monitorização permanente e reportes, decorrente da prevenção do branqueamento de

capitais e financiamento do terrorismo;

Proteção dos consumidores;

Conflito de interesses;

Gestão de reclamações;

Esclarecimentos aos Colaboradores em relação aos assuntos reguladores, promovendo

continuamente a cultura de Compliance na organização.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 39

5.3 Função Gestão de Riscos

As obrigações regulamentares a que estão sujeitas as instituições de crédito, em matéria de

controlo interno e de gestão de riscos, estão definidas no Aviso n.º 5 do Banco de Portugal.

O regime prudencial do Banco de Portugal impõe a adoção de sistemas e procedimentos

adequados para a identificação e medição de todos os riscos que permitam conciliar o montante de

capital interno com o seu perfil de risco, a sua estratégia e plano de negócios, de modo a garantir a

existência de Fundos Próprios suficientes para compensar os efeitos adversos de todos os riscos

inerentes à atividade desenvolvida.

A Função Gestão de Riscos, enquanto função autónoma e independente, foi desenvolvida no

Crédito Agrícola durante o 2º Semestre de 2011, em cumprimento das exigências do Aviso n.º

5/2008 do BdP, tendo como principais funções:

Assegurar a aplicação efetiva do sistema de gestão de riscos, através do acompanhamento

contínuo da sua adequação e eficácia, bem como a conformidade e eficiência das medidas

tomadas para corrigir eventuais deficiências de sistema;

Prestar acompanhamento permanente ao Conselho de Administração;

Propor normas, politica internas e procedimentos internos para minimizar os riscos específicos;

Monitorar as variáveis de risco de acordo com as metodologias definidas.

Neste contexto, e reconhecendo as limitações de processos e meios técnicos inerentes à correta

avaliação de todos os riscos da atividade desenvolvida, pretendemos sobretudo incrementar uma

cultura de risco desenvolvida através de políticas formalizadas e formação dos colaboradores

adequadas às suas responsabilidades. Procuramos assim, garantir a consciência e a competência

necessárias ao desempenho do seu papel na gestão de riscos da atividade bancária, tendo a noção

clara que esta responsabilidade não esta confinada a especialistas ou às funções de controlo, mas

antes que tem inicio na atividade diária.

5.4 Departamento de Serviços Administrativos e Jurídicos

Este Departamento, durante o ano de 2014, garantiu todas as diligências associadas ao processo

social e administrativo da CCAM, prestando todo o apoio e assessoria jurídica à Administração, aos

Colaboradores, e demais Serviços da Caixa, constituindo um auxiliador de apoio técnico jurídico nas

relações com as diversas repartições públicas e outras entidades.

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CA Guadiana Interior

Página 40 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Manteve e promoveu a actualização do dossier permanente da CCAM, particularmente no que

respeita a diligências junto do Banco de Portugal, das Conservatórias, da Administração Fiscal, bem

como toda a documentação e legislação associada ao RGICSF, Código Cooperativo, Regime

Jurídico, Código das Sociedades Comerciais, e Estatutos em vigor.

Nos processos relacionados com escrituras, contratos, procurações, relações laborais, gestão de

penhoras, e na logística dos processos de crédito a enviar para contencioso, manteve um papel

activo e dinamizador no bom funcionamento destas matérias.

5.5 Área de Gestão e Risco de Crédito

Durante o exercício de 2014, foram sujeitas a análise de risco de crédito as propostas de

crédito que foram enviadas à Área de Gestão e Risco de Crédito com essa finalidade.

Foram rececionados, e analisados quanto à formalização, os contratos de crédito

elaborados nas agências da CCAM do Guadiana Interior, primando pelo rigor no

cumprimento das exigências normativas e regulamentares que norteiam a atividade,

mitigando o risco operacional.

Os contratos de aditamento aos contratos de crédito, os quais, a fim de resolver ou

prevenir situações de incumprimento, foram sujeitos a alterações, de acordo com a

capacidade dos seus mutuários, foram elaborados na Área de Gestão e Risco de Crédito,

que contou com a colaboração do Departamento de Serviços Administrativos e Jurídicos

sempre que foi sentida a necessidade de análise jurídica aos mesmos.

Efetuou-se o acompanhamento dos procedimentos instituídos pelo Decreto-Lei n.º

227/2012 quanto ao Plano de Acão para o Risco de Incumprimento, verificando e

alertando para a necessidade de análise dos indícios de degradação de capacidade

financeira dos mutuários apontados no collectionsBox

Foram atribuídas ou revistas as notações de Rating interno a clientes “Empresa” que

foram solicitadas pela estrutura comercial (agências), compreendendo cada uma a análise

à respetiva empresa, tanto do ponto de vista qualitativo (com base no questionário

preenchido nas agências) como quantitativo com a análise às contas e verificação de

outras informações disponíveis.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 41

Foram elaboradas as declarações de distrates de hipoteca solicitadas, e emitidas as

garantias bancárias pedidas pelos nossos clientes, com todos os procedimentos

administrativos e de processamento inerentes.

Foram processados dentro do período estabelecido normativamente todos as operações

consideradas corretamente formalizadas.

No final de cada mês, foram retiradas do processo de cliente todas as operações

liquidadas e foram as mesmas arquivadas nas respetivas pastas de crédito liquidado.

Manteve-se a consulta à CRC do Banco de Portugal, sempre que solicitado pela estrutura

comercial e com a necessária autorização dos clientes visados.

Foram prestadas todas as informações e esclarecimentos solicitados, quer internamente

pelos Serviços e Estrutura Administrativa, quer externamente pelas entidades do Grupo

CA ou de Supervisão e Auditoria.

A Área de Gestão e Risco de Crédito manteve-se atenta às alterações legais e estruturais

verificadas durante o período em referência.

5.6 Área de Recuperação de Crédito

A Gestão do crédito vencido em 2014, foi uma tarefa bastante árdua e delicada pelo reflexo da

conjuntura do país, obrigando a uma actuação adequada à realidade de cada situação,

privilegiando a negociação de pré-contencioso, utilizando a via judicial como último recurso.

Para tanto, foi dinamizada a participação dos vários colaboradores ligados ao crédito, numa

conjunção de esforços para o atingir dos melhores resultados de recuperação do crédito vencido.

5.7 Área Comercial

No que concerne à Área Comercial, e com base nos constrangimentos que caracterizaram a

situação do mercado bancário, 2014 ficou marcado pelo aumento pela necessidade de

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CA Guadiana Interior

Página 42 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

dinamização dos produtos e serviços com maior impacto na margem complementar de modo a

atenuar o impacto do esmagamento da margem financeira no produto bancário.

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos mantiveram a

tendência descendente de 2012. A queda continua das taxas diretoras e o excesso de liquidez no

mercado têm contribuído para reduzir progressivamente os custos com a remuneração dos

depósitos sem colocar em causa os níveis de liquidez. Mesmo assim, o CA do Guadiana Interior

terminou 2014 com uma variação de 0,66%no total de Recursos de Clientes.

Como alternativa, os produtos fora de balanço que apresentam uma rendibilidade muito superior

às tradicionais aplicações, tiveram uma variação de 58% na CA Gest, 54% na Square Asset

Management e 18,22% nos Seguros de Capitalização da CA Vida. Com este esforço estratégico, a

área comercial conseguiu melhorar a Margem Financeira, canalizando esforço financeiro para

produtos for do balanço, concretizando paralelamente os objetivos das empresas do grupo e atingir

o extra-comissionamento.

Perante o cenário de queda da remuneração da Caixa Central às Caixas Agrícolas (- 29,45%), e a

revisão em baixa das operações ativas em curso, por pressão do mercado (acréscimo de apenas

1,84% dos juros recebidos sobre as mesmas), foi possível aumentar em 10% a Margem Financeira

muito através da boa gestão das taxas das operações passivas (-27,51% de juros pagos a Clientes).

Por outro lado, os limites à cobrança de algumas comissões, imposto pelos Órgãos de Supervisão,

contribuíram, na sua maioria, para uma quebra da Margem Complementar (-6,04%).

O ano de 2014 foi igualmente caracterizado pela forte aposta nas Empresas, com a concretização e

desenvolvimento de vários negócios que totalizaram aproximadamente 7 milhões de euros,

correspondendo a cerca de 50% do volume de crédito novo concedido.

À semelhança dos anos anteriores, continuámos com a estratégia de rentabilização da Base de

Dados da CCAM do Guadiana Interior, através de acções de cross-selling e up-selling em todas as

vertentes de negócio do Grupo Crédito Agrícola. A oferta do Crédito Agrícola encontra-se

alicerçada na oferta disponibilizada pelas Empresas do Grupo, no que se refere à actividade

seguradora vida e não vida e à gestão de activos (e.g. fundos de investimento mobiliário e

imobiliário, fundos de pensões).

O Plano de Acção Comercial aceite pela nossa Caixa tinha como objectivo dinamizar as áreas de

negócio estratégicas, de modo a atingirmos os objectivos a que nos havíamos proposto para 2014.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 43

Para uniformizar os procedimentos e corrigir alguns eventuais desvios nos objectivos anuais,

realizaram-se Reuniões Técnicas e Comerciais consoante as necessidades sentidas. Para além do

esclarecimento das obrigações decorrentes da entrada em vigor dos diversos normativos legais,

realizaram-se mais acções de Formação na Área de Seguros (Ramos Reais e Ramo Vida), refresh aos

produtos do Crédito Agrícola.

A atividade Seguradora continua a ter uma importância crucial não só na questão de fidelização

dos nossos Clientes, como também nas garantias de protecção ao crédito que é concedido por

parte da Caixa. Por outro lado, e a par de outros produtos e serviços não bancários, ganhou muito

peso a nível do comissionamento e, consequentemente, do peso da Margem Complementar no

Produto Bancário.

Desta forma, e à semelhança dos anos anteriores, a CCAM do Guadiana Interior continuou a

incentivar em 2014 o cross-selling com produtos das Empresas Associadas, quer na Área dos

Ramos Reais, quer na Área dos Ramos Vida. Para tal, foram realizadas diversas campanhas com o

objectivo de aumentar o grau de capitação e o grau de penetração nos Clientes da CCAM do

Guadiana Interior.

De destacar igualmente a constante preocupação com a formação dos quadros da CCAM

Guadiana Interior, quer os adjudicados à Área dos Seguros como também aqueles que se

encontram no front-office. O Serviço de Apoio Técnico Agrário, assim como os Prospectores

comerciais da CCAM do Guadiana Interior, foram acompanhados no sentido de rentabilizarem o

contacto privilegiado que têm com os nossos Clientes, satisfazendo com qualidade as necessidades

dos mesmos.

No que concerne à vertente cultural e desportiva, fizemos questão durante o ano 2014 de

continuar a apoiar as principais iniciativas locais, especialmente aquelas que tinham como objectivo

uma maior divulgação da região e dos nossos costumes.

Continuamos a presença nas principais Feiras e Eventos da Região, com Stands adequados para

cada tipo de evento o que nos capacita para responder às inúmeras solicitações para estar junto da

nossa população.

Todas estas acções tiveram como objectivo final a afirmação do Crédito Agrícola como um banco

cooperativo que valoriza a sustentabilidade e a responsabilidade social e que está vocacionado para

o desenvolvimento regional baseado na proximidade aos seus clientes, o que se traduz na sua nova

assinatura: “O Banco nacional com pronúncia local”.

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Página 44 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Evolução da Atividade Creditícia

A evolução que a carteira de crédito registou durante o ano de 2014 espelha o efeito da política da

CCAM do Guadiana Interior, em apostar na revitalização da economia apoiando o investimento das

empresas.

Deste modo, verificou-se um aumento de 1,11% no crédito total face ao ano transato, depois de 4

anos a decrescer. Os créditos efetuados foram criteriosamente analisados e devidamente

acompanhados com seguros de vida e não vida. Só assim, com critérios bastante exigentes em

termos de análise de risco, como a nível de garantias, com salvaguarda do bem hipotecado em

caso de sinistro e para fidelizar o Cliente à nossa Instituição, conseguimos reforçar a saúde da nossa

carteira de crédito.

Crédito Vencido – Estrutura

Ao nível do crédito vencido, à semelhança do ano anterior e contrariando a tendência natural do

mercado em situação de crise, volta-se a registar um ligeiro decréscimo do valor global e dos

índices de crédito vencido. Situando-se estes valores de acordo com as crescentes dificuldades de

solvência e de liquidez por parte dos particulares e das empresas, no atual contexto de recessão

económica, fortemente agravado pelas medidas de austeridade, que afetam de modo

particularmente direto alguns sectores de atividade, mas cujos efeitos se repercutem sobre a quase

generalidade dos sectores.

É expectável que esta situação não possa ser revertida a curto prazo em consequência da queda da

procura interna, tanto a nível do consumo como a nível do investimento. No entanto, é de realçar

que, apesar do rácio do crédito vencido se situar nos 5,95%, o nível de cobertura de provisões está

a ser devidamente acompanhado, atingindo os 75,64%.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 45

A CCAM do Guadiana Interior continuou a desenvolver, através da Área de Recuperação de

Crédito, um esforço para controlar o Crédito Vencido. Este trabalho, aliado ao rigor na concessão

de crédito, resultou num ligeiro decréscimo de 1,33% do Crédito Vencido.

Evolução dos Recursos – Estrutura dos Depósitos

No que respeita aos depósitos, à semelhança dos anos anteriores, foi também um ano de

agressividade comercial no que concerne a captação de recursos, dada a necessidade de liquidez

dos maiores bancos do mercado.

A estratégia da CCAM do Guadiana Interior foi o de não acompanhar determinadas situações que

colocassem em risco a nossa estabilidade, mas reter as situações que são importantes para os bons

rácios da Caixa Agrícola. Desta forma, verifica-se um ligeiro acréscimo de 0,86%, no total de

Depósitos, face a 2013.

À semelhança do ano 2013, as variações dos Recursos, verificam-se no aumento dos depósitos à

ordem (+ 7,54%), contrapondo com o decréscimo dos Depósitos a Prazo (- 2,51%), e das

Poupanças (- 0,80%).

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CA Guadiana Interior

Página 46 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Em termos de estrutura dos Depósitos, registam-se as seguintes alterações face a 2013: os

Depósitos a Prazo diminuíram o seu peso de 48,49% para 46,87%, no total dos recursos, os

Depósitos à Ordem registaram um aumento, de 29,87% para 31,84% e as Poupanças uma

redução, de 21,64% para 21,28%.

5.7.1 Serviço de Apoio Técnico Agrário

De acordo com os objetivos estabelecidos no Plano de Atividades e Orçamento para 2014, o

Serviço de Apoio Técnico Agrário cumpriu as suas obrigações no âmbito de:

Informação – Realização de Colóquios, informação diária de notícias e legislação, facultando

documentação sempre que solicitada;

Apoio na Tramitação de Candidaturas - Pedido Único de Ajudas – PU 2014 e todos os outros

processos acessórios, nomeadamente IB (Identificação de Beneficiário), Transferências de

Direitos Animais, Transferências de Direitos RPU, Declaração de Mudança de Pastagens,

Candidaturas ao Prémio Complementar ao Leite de Ovelha;

Apoio diário on line ao Sistema Nacional de Identificação e Registo de Animais (SNIRA) –

através dos Postos de Atendimento (PA) nos balcões de Alcáçovas, Moura, Viana do Alentejo,

Vidigueira e Serpa e Posto Informático (PI) no balcão de Moura, emissão de documentação

inerente ao cumprimento de todas as regras comunitárias e nacionais relativas ao Bem-Estar

Animal e Saúde Pública;

Avaliações Imobiliárias para efeitos de concessão de crédito ou elaboração de projetos;

Atendimento permanente das Salas de Parcelário;

Participação em Projeto de Formação coordenado pela CONFAGRI – INOVAGRI

Apoio ao Crédito com elaboração de Cálculos de Subsídios e Pareceres Técnicos.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 47

Elaboração de Projetos de Investimento – PRODER – Plano de Desenvolvimento Rural que

tem como principais vertentes:

Modernização e Capacitação das Empresas

Investimentos de Pequena Dimensão

Instalação de Jovens Agricultores.

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CA Guadiana Interior

Página 48 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

6 Estrutura e Prática de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, CRL

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, CRL adota o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração,

Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas (art.º n.º 278º CSC).

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral,

para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e dois

Secretários.

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

ROC

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 49

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Dr. José Joaquim Marques Chaparro

Vice-Presidente: Eng. António Moita Pós de Mina

Secretário: Manuel Luis da Rosa Narra

Secretário: Francisco António Galinha Orelha

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o Revisor Oficial de

Contas, Administradores, Gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho

Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos;

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo

de três e de um suplente.

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CA Guadiana Interior

Página 50 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Atualmente o Conselho de Administração da CCAM do Guadiana Interior é composto por cinco

membros, um Presidente, dois Vice-Presidentes, dois Vogais e um Suplente, com mandato para o

triénio 2013/2015.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: José Artur Palma Estrela

Vice-Presidente: Dr. Amílcar António Bengla Mourão

Vice-Presidente: José António Aboim Madeira

Vogal: João Maria Fontes Ilhéu

Vogal: Eng.º Nelson José Carraça Figueira

Suplente: Eng.º Afonso Manuel Garrido Palhete

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em

especial e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de

atividades e de orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior;

Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não

pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um total de

63 reuniões em 2014.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 51

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da

seguinte forma:

Presidente: José Artur Palma Estrela

Pelouro – Coordenação e Controlo da CCAM – Comercial e Recursos Humanos

Gabinete de Auditoria e Controlo Interno

Compliance

Função Gestão de Riscos

Área Comercial e Marketing

Gestão de Recursos Humanos

Vice-Presidente: Amílcar António Bengla Mourão

Pelouro – Suporte Transversal e Património

Contabilidade – Estatística e Reporting

Operações

Gestão Financeira e Tesouraria

Fiscalidade

Logística e Património

Vice-Presidente: José António Aboim Madeira

Pelouro – Risco e Recuperação de Crédito

Gestão e Risco de Crédito

Recuperação de Crédito Vencido

Contencioso

Vogal : João Maria Fontes Ilhéu

Pelouro – Administrativo e Jurídico

Serviços Administrativos e Jurídicos

Dossier Permanente

Registo Social – Capital – Predial

Secretariado

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CA Guadiana Interior

Página 52 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Vogal: Nelson José Carraça Figueira

Pelouro – SATA’s

Serviço Apoio Técnico Agrário

Desenvolvimento Comercial no âmbito dos SATA’s

Formação e informação técnica

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de

Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de Plano de

Atividade e Orçamento e sobre o Relatório e Contas.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal deve ser composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

O Conselho Fiscal da CCAM do Guadiana Interior é composto por um Presidente, quatro Vogais, e

dois Suplentes.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Henrique Zarcos Rodrigues Guerreiro

Vogal: Manuel Mendes Garrido

Vogal: Fernando Nuno Pinto Correia Garcia

Vogal: José Joaquim Maltez Piedade

Vogal: Dr. Bernardino António Bengalinha Pinto

Suplente: Prof. Dr. António João Coelho de Sousa

Suplente: Dr. Baltazar Cachola Borges

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por mês, tendo realizado, em 2014, um total de

12 reuniões.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 53

5.2. Revisor Oficial de Conta

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para

o cargo:

Efetivo: Diz, Silva & Duarte, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por José

Joaquim Afonso Diz

Suplente: Joaquim Santos Silva

6. Política de remuneração

A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

6.1. A Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da

Caixa Agrícola para o ano de 2014 foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária reunida em 19 de

Dezembro de 2013, em cumprimento do disposto Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, e do

Decreto-Lei n.º 88/2011, de 20 de Julho.

6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi aprovada pelos

Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO

GUADIANA INTERIOR, CRL PARA O ANO DE 2014

Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº 104/2007, de 3 de Abril, na

redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 88/2011, de 20 de Julho, e do Aviso n.º 10/2011 do

Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

DO GUADIANA INTERIOR, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a

política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA

AGRÍCOLA para o ano de 2014.

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2014 siga os seguintes princípios orientadores:

1. PRINCÍPIOS GERAIS

Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de Remuneração dos

Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Guadiana Interior, CRL foi definida e elaborada de modo a refletir adequada e proporcionalmente a

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CA Guadiana Interior

Página 54 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da

atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau

de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A Política de Remuneração reflete, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e

a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à

atuação da dita Instituição e também o carácter acessório e complementar de outras atividades

económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de funções nos seus Órgãos de

Administração e de Fiscalização, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas

vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores

da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com

as que são auferidas no resto do Sector Bancário.

Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Guadiana Interior, CRL todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto-Lei nº

104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem

a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais

normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade inserido no corpo do Ponto 24 do

Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la

periodicamente, pelo menos uma vez por ano;

b) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de

Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o

desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de

uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do

Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos Administradores

executivos, tem em atenção o carácter economicamente acessório e complementar de outras

atividades económicas de que se reveste habitualmente o exercício de funções nos Órgãos de

Administração e de Fiscalização;

c) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio cooperativo

da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em primeira linha avaliado

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 55

pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede de eleições para os Órgãos

Sociais, não podendo estes manter-se em funções contra a vontade expressa dos Associados, bem

como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das suas competências legais e estatutárias,

refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros

critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da

relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros

sobre o andamento dos negócios sociais.

3. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, integra apenas uma componente fixa, não existindo qualquer

componente variável, e consiste no abono, a cada um dos membros do Conselho Fiscal, bem como

ainda aos membros da Mesa da Assembleia Geral, de uma senha de presença por reunião

realizada, de valor unitário equivalente a 10% do nível 18 da Tabela do ACT.

4. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

4.A - REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros do Conselho de Administração, tendo em consideração a natureza

da composição desse Órgão Social, integra apenas uma componente fixa, não existindo qualquer

componente variável, e distribuída da seguinte forma:

a) Ao Presidente do Conselho de Administração será abonado catorze vezes ao ano o valor

equivalente a 51% do nível 18 da Tabela do ACT.

b) A cada um dos restantes membros do Conselho de Administração, isto é, Vice-Presidentes, e

Vogais, será abonado catorze vezes ao ano, 44% do nível acima referido.

c) Deixam de vigorar as regras estabelecidas quanto a incentivos – aos quais a Administração

entendeu, por ora, abdicar.

Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

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CA Guadiana Interior

Página 56 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

a) Os órgãos competentes para a avaliação do desempenho individual dos Administradores

Executivos são a Assembleia Geral;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que

são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

f) Não foram atribuídos quaisquer prémios anuais aos Administradores Executivos, pelo que é

inaplicável a alínea h), parte inicial, do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

g) Não foram atribuídos quaisquer outros benefícios não pecuniários aos Administradores

Executivos, pelo que é inaplicável a alínea h), parte final, do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

h) Os Administradores executivos não terão em caso algum direito a auferir uma remuneração sob

a forma de participação nos lucros, pelo que é inaplicável a alínea i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº

10/2011.

i) No exercício de 2013 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

l) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações

pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

m) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada;

n) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como

remuneração.

o) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os

efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração

4.B - REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A CCAM só tem membros executivos no Conselho de Administração.

5. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 57

No exercício de 2013 e 2014, o detalhe das remunerações pagas aos membros dos órgãos de

administração e de fiscalização é o seguinte:

31-12-2014

31-12-2013

31-12-2014

31-12-2013

Conselho de Administração:

Presidente

19.443

19.443

-

-

Vice-Presidente

-

4.793

-

-

Vice-Presidente

16.774

11.982

-

-

Vice-Presidente

16.774

16.774

-

-

Vogal

16.774

16.774

-

-

Vogal

16.774

16.774

-

-

86.541

86.541

-

-

Conselho Fiscal:

Presidente

2.995

3.540

-

-

Vogal

-

-

-

-

Vogal

3.268

2.723

-

-

Vogal

2.995

3.268

-

-

Vogal

1.634

2.995

-

-

Vogal

0

817

-

-

10.892

13.343

-

-

Assembleia Geral:

Presidente

545

545

-

-

Vice-Presidente

272

545

-

-

Secretário

-

-

-

-

Secretário

545

545

-

-

1.362

1.634

-

-

Revisor Oficial de Contas:

Serviços de Auditoria

13.680

13.680

-

-

- Caso o pagamento de parte da remuneração, tenha sido diferido, montantes que ainda não

foram pagos – inaplicável;

- Caso o pagamento de parte da remuneração tenha sido diferido, montantes da remuneração

diferida que sejam devidos, que tenham sido pagos ou que tenham sido reduzidos devido a

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CA Guadiana Interior

Página 58 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos respetivos titulares –

inaplicável;

- “Número de novas contratações” efetuadas em 2014 – inaplicável;

- Montante dos pagamentos que tenham sido efetuados ou sejam devidos anualmente em virtude

da cessação antecipada de funções, número dos beneficiários de tais pagamentos e montante do

maior pagamento efetuado a uma pessoa individual – inaplicável.

Política de Remuneração dos Colaboradores

da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior CRL – 2014

Nos termos da Carta-Circular 2/2010 do BdP, e do Aviso n.º 10/2011 do BdP, o Conselho de

Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo do Guadiana Interior, CRL, aprovou em

10/01/2014 a Politica de Remuneração para os seus Colaboradores, sendo posteriormente alterada

em 01/08/2014, nas seguintes condições:

1. A remuneração dos Colaboradores previstas no Aviso 5/2008, de 1 de Julho, do Banco de

Portugal, envolvidos na realização de tarefas associadas às Funções de Controlo,

nomeadamente os Colaboradores que exercem funções de ‘’Compliance’’, Gestão de

Riscos, e Auditoria Interna, inclui uma base exclusivamente fixa em função da prossecução

dos objetivos associados às respetivas funções, não sendo atribuída qualquer remuneração

variável em função da avaliação do desempenho financeiro da área de negócio em que

este desenvolve as suas funções de controlo.

2. A remuneração dos Colaboradores abrangidos pelo n.º 3 do Aviso n.º 10/2011 do BdP,

nomeadamente os Colaboradores que possuem acesso regular a informação privilegiada e

participam nas decisões sobre gestão negocial da instituição desempenham funções com

responsabilidade na assunção de riscos por conta da instituição ou dos seus clientes, com

impacto material no perfil de risco da instituição, considerando aqui as Coordenações

Comercial, Área de Atividade de Suporte, Serviços Administrativos e Jurídicos, e Área de

Gestão e Risco de Crédito, incluem exclusivamente uma base fixa em função da

prossecução dos objetivos associados às respetivas funções, e ainda por uma remuneração

variável de desempenho associada à alienação de imóveis recebidos pela CCAM em

recuperação de crédito.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 59

3. A remuneração dos restantes Colaboradores da Instituição, independentemente da função,

é constituída por uma base fixa, e por uma remuneração variável de desempenho

associada à alienação de imóveis recebidos pela CCAM em recuperação de crédito.

4. O prémio de desempenho pela venda de imóveis recebidos em recuperação de crédito

corresponde a 2,50% do valor da transação, e será atribuído individualmente e em

dinheiro ao Colaborador que promover a venda.

5. Foi ainda deliberado pelo Conselho de Administração a atribuição de incentivos variáveis,

de acordo com o grau de concretização por Agência, dos seguintes objetivos:

Acão Comercial Crédito

Dinamização do Crédito ao Consumo e Crédito ao Investimento

Cartões de Crédito –Classic, Contacto e CA Mulher

Incentivo: Um fim de semana no Algarve para 2 pessoas

(prémio para todos os colaboradores das respectivas agencias que concretizem os

objectivos propostos - crédito – cartões de crédito)

Acão Comercial CA Seguros

Dinamização de Seguros de Ramos Reais – CA Acidentes Pessoais, Ca Habitação, e CA

Saúde.

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CA Guadiana Interior

Página 60 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Incentivo: Um fim de semana no Algarve para 2 pessoas

(prémio para todos os colaboradores das respectivas agencias que concretizem os

objectivos propostos em todos os ramos – Ac. Pessoais, Habitação, e Saúde)

Acão Comercial CA Vida

Dinamização Capitalização – CA Omega 5, Ca Omega 8; Ca Poupança Ativa, Ca

Universitário, Ca PPR

Incentivo: Um vale de € 50,00 em compras nas lojas SONAE

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 61

(prémio para todos os colaboradores das respectivas agencias que concretizem os

objectivos propostos em capitalização)

6. A remuneração fixa dos Colaboradores é enquadrada nas funções executadas, nível de

responsabilidade e antiguidades, em conformidade com o ACT em vigor para as

Instituições de Crédito.

6.5 Remunerações pagas

No exercício de 2013 e 2014, o detalhe das remunerações pagas aos colaboradores que exercem

funções de controlo, previstas no Aviso nº 5/2008, do Banco de Portugal, bem como aos

colaboradores que possuem um acesso regular a informação privilegiada e participam nas decisões

sobre gestão e estratégia negocial da instituição desempenham funções com responsabilidade na

assunção de riscos por conta da instituição ou dos seus clientes, com impacto material no perfil de

risco da instituição, de acordo com o Aviso n.º 10/2011 do BdP, é o seguinte:

Remuneração Fixa

Remuneração Variável

31-12-2014

31-12-2013

31-12-2014

31-12-2013

Colaboradores:

Função Auditoria Interna/Compliance/Gestão Riscos 36.003

33.059

-

-

Coord. Área Actividades Suporte

80.377

69.265

-

-

Coord. Área Gestão Risco Crédito

52.779

42.236

-

-

Coord. Comercial*

38.123

36.334

-

-

Coord. Dep. Serviços Administrativos e Jurídicos

84.791

69.843

-

-

Coord. Área Recuperação Crédito

72.257

70.853

-

-

364.331

321.589

-

-

* Exerce também Função Compliance

- Remuneração diferida não paga, de forma agregada – inaplicável;

- Montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objeto de reduções

resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos titulares

– inaplicável;

- Número de novas contratações efetuadas no ano a que a informação respeita –

inaplicável;

- Montante dos pagamentos efetuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão

antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores, número de beneficiários desses

pagamentos e o maior pagamento atribuído a um Colaborador individual – inaplicável.

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CA Guadiana Interior

Página 62 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

7 Proposta do Conselho de Administração para Aplicação do Saldo da Conta de Resultados Transitados

O Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, C.R.L.,

nos termos dos Estatutos, do Código Cooperativo e demais legislação em vigor, vem propor à

Digníssima Assembleia que o saldo negativo da conta de Resultados Transitados, no montante de €

716.244,18 (setecentos e dezasseis mil, duzentos e quarenta e quatro euros e dezoito cêntimos),

cujo saldo incluí o resultado líquido negativo do exercício de 2014, no valor de € 663.430,09, o

resultado negativo das diferenças resultantes da alteração de políticas contabilísticas, no valor de €

61.393,99 e o excedente das reservas de reavaliação dos imóveis de serviço próprio, no valor de €

8.579,90, se mantenha em Resultados Transitados até posterior cobertura.

Com a aprovação das anteriores propostas e após as respetivas movimentações, a estrutura dos

Recursos Próprios da CCAM apresentará a seguinte composição:

1 . R ese r va L ega l € 3 .264 .000 ,00

2 . Rese r va pa r a Educaç ão e Fo rmaç ão Coopera t i va € 0 ,00

3 . Rese r va pa r a Mutua l i smo € 47 .750 ,00

4 . Rese r va de Reava l i a ção - imóve i s s e r v i ço p róp r io € 320 .080 ,38

5 . Rese r va de Reava l i a ção - Fundo Pen sões – Ganhos e

Pe rdas A tua r i a i s

- € 18 .295 ,00

6 . Rese r va de Reava l i a ç ão – A t i vo s F i nance i ro s d i spon í ve i s pa ra

venda

€ 1 ,89

7 . Rese r va E spec i a l € 1 ,90

8 . Rese r va pa r a Remune ração do s T í t u l o s de Cap i t a l € 103 ,48

9 . Cap i t a l Soc i a l € 10 .802 .320 ,00

10 . I n s t rumen to s Rep resen ta t i vo s de C ap i t a l c om na tu rez a

de Pas s i vo

€ 152 .300 ,00

11 . Resu l t ados T r an s i t ados - € 716 .244 ,18

Para efeitos de registo do Capital Social, conforme instruções do Banco de Portugal, esse montante

deve compreender a totalidade dos títulos de capital subscritos e realizados pelos associados que se

encontrem reconhecidos nas rubricas contabilísticas “Capital” e “Instrumentos Representativos de

Capital com natureza de passivo”. Desta forma, tendo a rubrica de Capital, o valor de €

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 63

10.802.320,00 e a rubrica de Instrumentos Representativos de Capital com natureza de passivo, o

valor de € 152.300,00, o montante do Capital Social, para efeitos de registo, é de €

10.954.620,00.

Moura, 26 de Fevereiro de 2015

O Conselho de Administração

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CA Guadiana Interior

Página 64 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

8 Demonstrações Financeiras e Anexo

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 65

RUBRICA Notas 2014 2013

Juros e rendimentos similares 37 7.357.291 7.941.578

Juros e encargos similares 38 (2.646.584) (3.673.633)

Margem financeira 4.710.708 4.267.945

Rendimentos de instrumentos de capital 39 11.903 11.901

Rendimentos de serviços e comissões 40 2.511.649 2.675.603

Encargos com serviços e comissões 41 (312.995) (335.705)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados42 - -

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 - -

Resultados de reavaliação cambial 44 9.017 1.953

Resultados de alienação de outros activos 45 28.142 (108.699)

Outros resultados de exploração 46 10.428 306.960

Produto bancário 6.968.851 6.819.960

Custos com pessoal 47 (3.720.785) (3.625.567)

Gastos gerais administrativos 48 (2.395.351) (2.338.627)

Amortizações do exercício 17 e 18 (242.671) (240.924)

Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (22.463) (979)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (782.775) 283.818

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - -

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (456.662) (591.905)

Resultado antes de impostos (651.856) 305.775

Impostos

correntes 20 (33.724) (68.990)

diferidos 20 22.150 (149.983)

Resultado líquido do exercício (663.430) 86.802

O Técnico Oficial de Contas

Carlos Manuel Cardoso Cavalheiro José Artur Palma Estrela

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO GUADIANA INTERIOR, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

O Conselho de Administração

Nelson José Carraça Figueira

Amílcar António Bengla Mourão

José António Aboim Madeira

João Maria Fontes Ilhéu

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

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CA Guadiana Interior

Página 66 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 67

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

2014 2013

Resultado individual (663.430) 86.802

Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 2 -

Impacto fiscal - -

Transferência para resultados por alienação - -

Impacto fiscal - -

Reserva de Reavaliação - Fundo de Pensões - Ganhos e Perdas Actuariais 121.647 (139.942)

Reserva de Reavaliação - Imóveis de Serviço Próprio (8.580) (8.580)

Pensões - regime transitório (61.394) (61.394)

Outros movimentos - -

Total Outro rendimento integral do exercício 51.675 (209.916)

Rendimento integral individual (611.755) (123.114)

O Técnico Oficial de Contas

Carlos Manuel Cardoso Cavalheiro

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO GUADIANA INTERIOR, C.R.L.

O Conselho de Administração

José Artur Palma Estrela

Amílcar António Bengla Mourão

José António Aboim Madeira

João Maria Fontes Ilhéu

Nelson José Carraça Figueira

Page 68: CA Guadiana Interior - · PDF filePRESIDENTE Prof. Henrique Zarcos Rodrigues Guerreiro ... VOGAL Dr. Bernardino António Bengalinha Pinto ... um aumento progressivo das taxas de juro

CA Guadiana Interior

Página 68 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

31-12-2014 31-12-2013

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 9.868.941 10.617.181

Pagamentos de juros e comissões (2.959.579) (4.009.337)

Pagamentos ao pessoal e fornecedores (6.106.881) (5.940.836)

Contribuições para o fundo de pensões (9.255) (23.358)

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (11.575) (218.973)

Resultados cambiais e outros resultados operacionais 9.017 1.953

Recuperação de créditos incobráveis 147.902 224.148

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional (137.475) 82.813

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 801.096 733.590

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito (10.490.021) (2.852.854)

Activos financeiros detidos para negociação - -

Activos financeiros disponíveis para venda (844.390) 1.963

Créditos a clientes 1.761.751 (855.379)

Derivados de cobertura - -

Activos não correntes detidos para venda (1.228.180) 4.621.760

Outros activos 142.023 (804.038)

(10.658.817) 111.452

Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação - -

Recursos de instituições de crédito (10.735.381) 4.970.767

Recursos de clientes e outros empréstimos 1.352.713 (5.908.674)

Derivados de cobertura - -

Passivos não correntes detidos para venda - -

Outros passivos (1.502.749) 180.219

(10.885.417) (757.688)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento

Impostos pagos - -

Caixa líquida das actividades operacionais 574.496 (135.550)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Variação de activos tangíveis e intangíveis 567.379 101.061

Recebimento de dividendos (11.903) (11.901)

Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 844.000 -

Caixa líquida das actividades de investimento 1.399.476 89.160

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento de capital 108.270 84.375

Diminuição de capital (552.675) (64.375)

Pagamento de dividendos - -

Variação de passivos subordinados 1.027.128 1.904

Reservas 31.030 (373.811)

Caixa líquida das actividades de financiamento 613.753 (351.907)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (211.227) (576.617)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.707.288 4.283.905

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 3.496.061 3.707.288

O Técnico Oficial de Contas

Carlos Manuel Cardoso Cavalheiro

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO GUADIANA INTERIOR, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013

(Montantes expressos em Euros)

O Conselho de Administração

José Artur Palma Estrela

Amílcar António Bengla Mourão

José António Aboim Madeira

João Maria Fontes Ilhéu

Nelson José Carraça Figueira

Page 69: CA Guadiana Interior - · PDF filePRESIDENTE Prof. Henrique Zarcos Rodrigues Guerreiro ... VOGAL Dr. Bernardino António Bengalinha Pinto ... um aumento progressivo das taxas de juro

CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 69

1. NOTA INTRODUTÓRIA

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, C.R.L., resulta da fusão entre a CCAM de

Moura, constituída por alvará de 31 de Julho de 1915, a CCAM de Serpa, constituída por escritura

pública lavrada em 6 de Maio de 1911, e a CCAM de Vidigueira e Cuba, a qual resultou da fusão

por incorporação da CCAM de Vidigueira e da CCAM de Cuba, conforme escritura realizada em 2

de Fevereiro de 1989.

Em conformidade com a escritura de fusão por incorporação em 11 de Junho de 1997, adota a

denominação de Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, Cooperativa de

Responsabilidade Limitada, adiante apenas designada por “Caixa Agrícola”, tem a sua sede na Rua

das Terçarias, em Moura, concelho de Moura, distrito de Beja e a sua duração é indeterminada.

Por escritura pública de 18 de Setembro de 2001, a CCAM do Guadiana Interior, procedeu à fusão

por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcáçovas e Viana do Alentejo, a qual

tinha resultado da fusão por incorporação, em 18 de Outubro de 1995, da CCAM de Viana do

Alentejo, constituída por ata de 14 de Setembro de 1911, e da CCAM de Alcáçovas, constituída

por escritura pública lavrada a 25 de Junho de 1911.

A Caixa Agrícola desenvolve atualmente, como âmbito de ação, a sua atividade nos concelhos de

Moura, Serpa, Vidigueira, Cuba, Viana do Alentejo e Alvito, sendo a cobertura feita através de uma

rede de 12 balcões interligados entre si e os Serviços Centrais, os quais funcionam na sede.

A Caixa Agrícola é uma instituição de crédito sob a forma de cooperativa de responsabilidade

limitada que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo

(RJCAM), aprovado pelo Decreto-Lei nº 24/91, de 11 de Janeiro, e alterado por vários diplomas

subsequentes, tendo obtido autorização para a prática de operações de crédito com não associados

nos limites e condições previstos no Aviso nº 6/99 e na Instrução n.º 31/99 atualizada pela Instrução

n.º 34/2000, do Banco de Portugal (BdP).

A Caixa Agrícola faz parte do SICAM, que através da Caixa Central lhe garante, em sua

representação, a ligação aos diferentes operadores de mercado.

As notas cujos números não são indicados neste Anexo não têm aplicação por inexistência ou

imaterialidade dos valores a reportar.

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2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa Agrícola foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de

acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA),

nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº

9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE)

nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o

ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº

1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e

contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser

reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os

proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de

operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um

mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber

deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos

créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime,

sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no

Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do

Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº

3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades

representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo

deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 –

Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 71

extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias resultantes são

registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para

diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do

IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº

12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do

impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2006, decorrente da

transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de

amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011, com exceção da

parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às

responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano

de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013. Posteriormente o Aviso nº

7/2008 de 14 de Outubro, veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados

por mais 3 anos.

2.2. Comparabilidade da informação

Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo

bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de

Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em

conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

Em 2007 a Caixa Agrícola apresentou pela primeira vez as suas demonstrações

financeiras de acordo com as NCA.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa Agrícola adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em

relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos

e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do

momento do seu pagamento ou recebimento.

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Página 72 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

b) Transações em moeda estrangeira

Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e

moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado

pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no

período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transações em divisas têm

na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a

prazo são registadas na posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa Agrícola exerce controlo sobre a

gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa

Agrícola exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência

significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a

20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e

operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a

mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto

de análises de perdas por imparidade.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não

monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica

da data da transação, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor

nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é

objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os

proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais,

segundo o método da taxa efetiva, quando se trate de operações que produzam

fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável,

as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes

aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo

do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 73

de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com

o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados

aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do

momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são

registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de

juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das

operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e

riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as

alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005,

de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são

constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As

percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de

garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data

de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a

créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de

capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras

responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados

créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e

juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

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Página 74 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

. Estarem em incumprimento há mais de:

. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco

anos mas inferior a dez anos;

. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a

dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para

efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas

taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a

classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as

operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total,

acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com

base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer

face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou

operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o

imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos

reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de

2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como

custo.

A Caixa Agrícola classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital

ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com

prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de

crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa Agrícola abate ao ativo os créditos considerados

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 75

incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual

recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na

rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros ativos e passivos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo

com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e

dívida, que não sejam classificados como ativos financeiros detidos para

negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter

até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo

justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem

registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do

justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de

justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por

imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou

perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em

resultados do período.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças

entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são

calculados de acordo com o método da taxa efetiva e registados em resultados

na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em

resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este

critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício

em que é deliberada a sua distribuição.

ii) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são

registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados

num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias

de ativos financeiros.

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Página 76 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

No reconhecimento inicial estes ativos são valorizados pelo justo valor,

deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos

os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequente, estes

ativos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas

por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite

calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das

operações. A taxa efetiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os

fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data

do reconhecimento inicial.

iii) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de

crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao

justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de

transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o

Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi

regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou

reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o

mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na

Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii)

promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das

referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo (SICAM).

iv) Imparidade em ativos financeiros

A Caixa Agrícola efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros

com exceção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido

na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos

financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de

resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa

situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos

títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 77

existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo

financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das

perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido

é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O

montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de

resultados.

No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor

do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na

reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e

reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de

rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique

uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido

após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a

títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais

mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por

imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de

rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores

variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de

imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para

resultados.

f) Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa Agrícola para o desenvolvimento da sua

atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos

diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do

período de vida útil estimado do bem:

Anos de

vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

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Página 78 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Equipamento informático e de escritório 3 a 8

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em

edifícios que não sejam propriedade da Caixa Agrícola, são amortizadas em prazo

compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006

foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que

corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei,

decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a

40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite

como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos

diferidos passivos.

Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por

imparidade.

g) Ativos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento

ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das atividades da

Caixa Agrícola. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido

de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao

longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

h) Ativos tangíveis disponíveis para venda

Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados

como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço

venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que

um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado

o cumprimento dos seguintes requisitos:

A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual;

Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um

ano após a classificação do ativo nesta rubrica.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 79

Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de

aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor

destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não

sendo sujeitos a amortizações.

i) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais

de crédito, de acordo com o Aviso 3/95 do Banco de Portugal (Nota 30).

j) Benefícios de empregados

A Caixa Agrícola subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o

sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a

pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os

empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa

Agrícola com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no

pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa Agrícola integra o Fundo de

Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos

de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade

efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência

ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii)

com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do

cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no

Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a

natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da CA Vida -

Companhia de Seguros, S.A..

De acordo com os estatutos da Caixa Agrícola, os membros dos seus órgãos sociais

não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a

partir das seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira,

considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões,

assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de

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Página 80 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é

posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é

esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e

total;

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é

anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta

última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e

diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma

por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a

reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes

efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante

diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou

feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração

do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa Agrícola regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de

Pensões que é estimada pela CA Vida - Companhia de Seguros, S.A. para cada

entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de

financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões

em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das

responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece

um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de

responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19.

Posteriormente o Aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro, veio permitir que esse período

transitório fosse dilatado por mais 3 anos, entre 8 e 10 anos relativamente à

cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19.

k) Impostos sobre os lucros

A Caixa Agrícola é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal

consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

(Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos

correntes e os impostos diferidos.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 81

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual

difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável

resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas

serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em

períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre

o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na

determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as

diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são

registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis

futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias

dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos

nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e

passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o

lucro tributável;

Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por

empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa Agrícola tenha a

possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não

venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa

estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem

às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos

resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram

tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da

reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o

correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio,

não afetando o resultado do exercício.

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Página 82 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Caixa:

Moedas nacionais 1.497.145 1.453.834

Moedas estrangeiras 123.919 93.528

1.621.064 1.547.362

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem (Caixa Central) 1.270.848 1.438.994

Cheques a cobrar 603.643 720.664

Outras disponibilidades - -

1.874.490 2.159.658

Juros a receber (Depósitos na Caixa Central) 507 268

1.874.997 2.159.926

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida (Caixa Central) - 844.583

Instrumentos de capital 2.407 2.215

2.407 846.797

Por forma a reforçar o capital da Caixa Central, foi convertida a divida subordinada perpétua

subscrita pelas Caixas Agrícolas em capital da Caixa Central. Deste modo, o montante de €

844.000, subscrito por esta Caixa Agrícola em instrumentos de dívida da Caixa Central, foi

liquidado no ano 2014 e subscritos títulos de capital da Caixa Central, em igual montante.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 83

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

Em outras instituições de crédito:

Depósitos (Aplicações na Caixa Central):

DP Aplicação Direitos Adicionais de Crédito - 11.956.000

Outros Depósitos 45.417.572 43.921.977

45.417.572 55.877.977

Juros a receber 252.745 282.360

45.670.317 56.160.337

Por intermédio da Instrução nº 28/2013, de 21 de Novembro, o Banco de Portugal veio alterar

as regras referentes à utilização de direitos de crédito adicionais elegíveis para garantia de

operações de refinanciamento, introduzida em 2012 como medida de carácter temporário.

Esta alteração surgiu na sequência da decisão, tomada em 18/07/2013, pelo Conselho do

BCE, de efetuar uma revisão do seu quadro de controlo de risco no âmbito dos ativos de

garantia aceites para efeitos das operações de crédito do Eurosistema.

Deste modo, a Caixa Central, ainda no final do ano 2013, procedeu à desmobilização dos

portefólios de empréstimos bancários que foram entregues ao Banco de Portugal como

garantia de financiamento. Na sequência desta desmobilização, no seu vencimento

subsequente (em 01/01/2014), foi também desmobilizado o Depósito a Prazo constituído pela

Caixa Central junto da Caixa Agrícola para transferência dos financiamentos obtidos junto do

Eurosistema (DP Aplicação Direitos Adicionais de Crédito) e os Depósitos a Prazo constituído

pela Caixa Agrícola junto da Caixa Central para aplicação dessa liquidez.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de

crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses - 11.956.000

Entre três meses e um ano 44.446.972 43.305.557

Entre um ano e três anos - 616.420

Entre três e cinco anos - -

Mais de cinco anos 970.600 -

45.417.572 55.877.977

Juros a receber 252.745 282.360

45.670.317 56.160.337

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Página 84 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Crédito interno

Médio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 379.542 411.106

Empréstimos à habitação regime geral 53.521.816 54.130.458

Outros empréstimos 80.486.629 78.830.592

Curto prazo

Outros créditos

Cartão crédito 871.412 888.186

Outros créditos 8.904.107 7.850.622

Créditos em conta corrente

Clientes 5.487.026 5.565.500

Empresas do grupo - -

Desconto

Clientes 218.322 311.363

Empresas do grupo - -

Descobertos em depósitos à ordem

Empresas do grupo - -

Outros residentes 205.162 177.036

150.074.015 148.164.863

Crédito ao exterior

Médio e longo prazo

Empréstimos à habitação regime geral 153.754 158.739

Curto prazo

Outros créditos

Descobertos dep.ordem - não residentes 7 -

Cartão crédito 636 867

Créditos em conta corrente - -

Outros créditos a clientes 106.866 123.584

261.263 283.190

Juros a receber 994.230 979.102

Comissões associadas ao custo amortizado:

Despesas com encargo diferido - -

Receitas com rendimento diferido (491.322) (476.510)

(491.322) (476.510)

Total crédito não vencido 150.838.186 148.950.646

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 9.354.512 9.471.574

Juros vencidos 148.108 159.175

Total crédito e juros vencidos 9.502.620 9.630.749

160.340.806 158.581.395

Provisões

Para crédito e juros vencidos (6.577.644) (6.167.603)

Para crédito de cobrança duvidosa (609.778) (239.383)

(7.187.422) (6.406.986)

153.153.384 152.174.408

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 85

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa Agrícola dispõe em 31 de

Dezembro de 2014 e 2013 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de €

1.389.171,87 e €1.366.709,02, respetivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota

30).

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte

estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 2.724.974 3.156.381

Entre três meses e um ano 7.565.445 6.393.100

Entre um ano e cinco anos 14.906.922 14.371.800

Mais de cinco anos 124.715.233 124.129.020

Indeterminada 10.428.232 10.531.094

160.340.806 158.581.395

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 13.466.148 14.699.105

Equipamento 229.882 196.963

Outros 237.492 237.492

13.933.522 15.133.560

Imparidade:

Imóveis (1.270.097) (1.071.753)

Equipamento (77.535) (29.223)

Outros (237.492) -

(1.585.124) (1.100.976)

12.348.397 14.032.584

O aumento registado na rubrica de Imparidade – Outros, está relacionado com a não realização

atempada de uma escritura de partilha de herança, cujo quinhão hereditário foi adjudicado à Caixa

Agrícola, em 2013, nos termos do disposto no artigo 875º do Código do Processo Civil. Fazendo fé

na sua concretização efetiva, no pressuposto da informação dos nossos Advogados, foi

considerado sensato, até à materialização da partilha, proceder ao reconhecimento da respetiva

imparidade, em 2014, no valor de €237.492.

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Página 86 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e 2013 pode ser apresentado da

seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 14.699.105 (1.071.753) 1.908.752 (3.141.709) - (237.788) 39.444 13.466.148 (1.270.097) 12.196.051

Equipamento 196.963 (29.223) 34.200 (1.281) - (48.312) - 229.882 (77.535) 152.347

Outros 237.492 - - - - (237.492) - 237.492 (237.492) -

15.133.560 (1.100.976) 1.942.952 (3.142.990) - (523.592) 39.444 13.933.522 (1.585.124) 12.348.397

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 10.442.105 (538.058) 5.567.337 (1.310.337) 26.371 (656.981) 96.914 14.699.105 (1.071.753) 13.627.352

Equipamento 195.682 (29.223) 1.281 - - - - 196.963 (29.223) 167.740

Outros - - 237.492 - - - - 237.492 - 237.492

10.637.787 (567.281) 5.806.110 (1.310.337) 26.371 (656.981) 96.914 15.133.560 (1.100.976) 14.032.584

31-12-2013 31-12-2014

31-12-2012 31-12-2013

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 87

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros ativos tangíveis” durante os exercícios de 2014

e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 1.121.530 - - 123.487 - - - - - 1.245.017

Edif icios 4.457.946 (1.493.494) - 370.461 - (94.627) - - - 3.240.286

Outros 1.542.897 (290.895) - - - (32.338) - - - 1.219.664

Obras em imóveis arrendados 10.521 (10.521) - - - - - 10.521 (10.521) -

Outros imóveis - - - - - - - - - -

7.132.894 (1.794.911) - 493.948 - (126.965) - 10.521 (10.521) 5.704.967

Equipamento:

Mobiliário e material 580.336 (556.227) - 2.993 - (7.622) - - - 19.480

Máquinas e ferramentas 892.892 (889.102) - 6.707 - (8.886) - 122.345 (122.345) 1.611

Equipamento informático 1.271.318 (1.237.270) - 414 - (31.090) - 957.773 (957.773) 3.372

Instalações interiores 678.160 (658.138) - - - (4.288) - 10 (10) 15.734

Material de transporte 478.831 (292.948) - 30.000 - (24.407) - - - 191.477

Equipamento de segurança 255.067 (239.251) - - - (5.562) - - - 10.255

Outro equipamento 302.182 (290.947) - 33.317 - (33.852) - 13.540 (13.540) 10.700

4.458.786 (4.163.883) - 73.431 - (115.707) - 1.093.668 (1.093.668) 252.627

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação f inanceira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

Património Artístico 40.478 - - - - - - - - 40.478

Activos tangíveis em curso 19.383 - - - - - - - - 19.383

11.651.542 (5.958.793) - 567.379 - (242.671) - 1.104.190 (1.104.190) 6.017.456

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 1.061.587 - - - 59.944 - - - - 1.121.530

Edif icios 4.517.889 (1.417.131) - - (59.944) (88.453) - 12.089 - 2.964.451

Outros 1.542.897 (258.557) - - - (32.338) - - - 1.252.002

Obras em imóveis arrendados 10.521 (10.521) - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - -

7.132.894 (1.686.209) - - - (120.790) - 12.089 - 5.337.984

Equipamento:

Mobiliário e material 578.014 (535.550) - 2.322 - (20.677) - - - 24.109

Máquinas e ferramentas 895.775 (888.255) - - - (3.731) - 2.884 (2.884) 3.790

Equipamento informático 1.236.295 (1.233.657) - 35.023 - (3.613) - - - 34.048

Instalações interiores 677.304 (642.114) - 856 - (16.025) - - - 20.022

Material de transporte 493.745 (292.980) - 29.635 - (31.793) - 31.825 (44.548) 185.884

Equipamento de segurança 255.067 (227.731) - - - (11.520) - - - 15.816

Outro equipamento 278.046 (258.811) - 24.776 - (32.776) - 640 (640) 11.235

4.414.245 (4.079.098) - 92.612 - (120.133) - 35.348 (48.071) 294.903

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação f inanceira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

Património Artístico 40.478 - - - - - - - - 40.478

Activos tangíveis em curso 19.383 - - - - - - - - 19.383

11.607.001 (5.765.307) - 92.612 - (240.924) - 47.437 (48.071) 5.692.748

31-12-2013

31-12-2012

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Página 88 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Ativos intangíveis” durante os exercícios de 2014 e

2013 foi o seguinte:

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 552.788 (552.788) - - - - - 62.042 (62.042) -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

552.788 (552.788) - - - - - 62.042 (62.042) -

31-12-2013

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 552.788 (552.788) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

552.788 (552.788) - - - - - - - -

31-12-2013

31-12-2012

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor de

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2013

CA INFORMÁTICA, SA INFORMÁTICA LISBOA 0,47% 31.502 31.502

CA SEGUROS, SA SEGUROS LISBOA 0,00% 50 50

CA VIDA, SA SEGUROS LISBOA 1,82% 272.754 272.754

FENACAM, FCRL COOPERATIVO LISBOA 0,01% 60 60

CCCAM FINANCEIRO LISBOA 1,24% 3.749.305 2.905.305

4.053.671 3.209.671

O aumento na participação financeira na Caixa Central, no valor de € 844.000, em 2014, está

relacionado com a nota explicativa dada no ponto 9.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 89

Os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras*, em 31 de Dezembro de

2014, destas empresas, podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado

Empresa líquido líquida líquido

CA INFORMÁTICA, SA 21.697.337 6.621.974 314.140

CA SEGUROS, SA 191.845.453 42.341.431 3.394.131

CA VIDA, SA 1.756.573.536 81.186.832 4.059.390

FENACAM, FCRL 7.690.521 5.279.851 91.220

CCCAM 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035

* Os dados são provisórios, pois não foram ainda auditados, à data da elaboração do anexo às

contas.

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014

e 2013, eram os seguintes:

31-12-2014 31-12-2013

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.120.264 1.228.017

Por prejuízos fiscais reportáveis 246.271 120.669

1.366.536 1.348.686

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias (40.324) (44.625)

1.326.211 1.304.061

Activos por impostos correntes

Pagamentos por conta - -

Outros - -

Imposto sobre o rendimento a recuperar - 16.083

- 16.083

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 30.737 -

30.737 16.083

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Página 90 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2014 e

2013 foi o seguinte:

2014

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2013 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2014

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 108.245 - (11.808) - - 96.437

. Encargos com saúde - - - - - -

. Provisões não aceites fiscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa - - - - - -

Provisões para crédito vencido 896.464 - (67.587) - - 828.877

Provisões para riscos gerais de crédito 165.222 - (8.073) - - 157.149

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para outras aplicações - - - - - -

Provisões para imparidade 18.381 - (6.015) - - 12.366

. Pensões

Reformas antecipadas - - - - - -

Ganhos e perdas actuariais 33.922 - (33.922) - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (44.625) - 4.301 - - (40.324)

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis 120.669 - 125.602 - - 246.271

. Benefícios fiscais 5.783 - 19.651 - - 25.435

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

-

1.304.061 - 22.150 - - 1.326.211

2013

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2012 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2013

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 128.638 - (20.393) - - 108.245

. Encargos com saúde - - - - - -

. Provisões não aceites f iscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa - - - - - -

Provisões para crédito vencido 1.175.082 - (278.619) - - 896.464

Provisões para riscos gerais de crédito 179.142 - (13.920) - - 165.222

Provisão para aplicações f inanceiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para outras aplicações - - - - - -

Provisões para imparidade 13.436 - 4.944 - - 18.381

. Pensões

Reformas antecipadas - - - - - -

Ganhos e perdas actuariais - - 33.922 - - 33.922

Contribuição efectuada - - - - - -

. Reavaliação de imobilizado não aceite f iscalmente (49.358) - 4.733 - - (44.625)

. Reavaliação de instrumentos f inanceiros derivados - - - - - -

. Valias f iscais - - - - - -

. Prejuízos f iscais reportáveis 7.104 - 113.565 - - 120.669

. Benefícios f iscais - - 5.783 - - 5.783

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

-

1.454.045 - (149.983) - - 1.304.061

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 91

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal,

medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes

de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2014 31-12-2013

Impostos correntes

Imposto sobre o lucro do exercício (estimativa) 33.713 32.168

Correcções de impostos de exercícios anteriores 11 36.822

33.724 68.990

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias 103.452 263.549

Prejuízos fiscais reportáveis (125.602) (113.565)

(22.150) 149.983

Total de impostos reconhecidos em resultados 11.575 218.973

Resultado antes de impostos (651.856) 305.775

Carga fiscal -1,78% 71,61%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as

declarações fiscais da Caixa Agrícola relativas aos anos de 2011 a 2014 poderão vir ainda a ser

sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa Agrícola, não é previsível que

ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de

Dezembro de 2014.

No cálculo do imposto corrente, do exercício de 2013 (IRC), há que atender ao benefício do

Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei nº 49/2013, de 16 de Julho.

Este benefício consiste na dedução à coleta do IRC do montante correspondente a 20% das

despesas de investimento em ativos afetos à exploração (despesas elegíveis em ativos

adquiridos em estado novo e que entrem em funcionamento ou utilização até ao final do

período de tributação que se inicie em ou após 1 de Janeiro de 2014) efetuadas entre 1 de

Junho de 2013 e 31 de Dezembro de 2013 (com o limite de 70% da coleta do exercício).

Neste âmbito, foram realizadas despesas elegíveis (46 computadores novos - postos de

trabalho, os quais entraram em funcionamento em Março de 2014), no referido período, no

montante de € 28.916,98, o que permitirá beneficiar de uma dedução à coleta do IRC no

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Página 92 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

valor de € 5.783,40, em períodos futuros, uma vez que no presente período a Caixa Agrícola

apurou prejuízo fiscal.

Adicionalmente, a Caixa Agrícola é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas

(Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime

aplicável, o ACE não apura coleta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus

membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à

coleta apurada pelos respetivos membros.

O benefício fiscal respeitante ao investimento efetuado pelo ACE, imputável a esta Caixa

Agrícola é de € 19.651,39.

A Caixa Agrícola ainda não obteve este benefício fiscal, por não ter apurado coleta.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2014 e

2013 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa de

imposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos (651.856) 305.775

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 0,00% - 0,00% -

Diferenças permanentes

Resultado da Liquidação 0,00% - 1,41% 4.316

Tributações autónomas (5,17%) 33.713 9,11% 27.852

Imposto corrente sobre o lucro do exercício 33.713 32.168

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 3,40% (22.150) 49,05% 149.983

Custo com imposto do exercício (1,77%) 11.563 59,57% 182.152

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 11 36.822

Impostos sobre os lucros (1,78%) 11.575 71,61% 218.973

31-12-2014 31-12-2013

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 93

21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros activos

Ouro 653 653

Outros metais preciosos 12.972 12.972

Sector Público Administrativo

Graduação de Créditos - a receber 148.034 73.934

Reembolsos Pedidos - IMT 80.952 87.780

Bonificações a receber 10.371 11.284

Outros devedores diversos 1.221.722 1.275.373

Devedores Diversos 866.028 857.086

Despesas Crédito em Contencioso 9.222 2.829

Outros Adiantamentos 33.192 89.193

Devedores Diversos - Emp.Grupo 313.279 326.265

1.474.705 1.461.996

Rendimentos a receber

Outros 9.270 8.259

9.270 8.259

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões 119.801 181.195

Seguros 25.586 25.693

Fornecedores 555 499

CA Informática 6.478 10.132

152.420 217.519

Valores a regularizar

Operações activas a regularizar

Rejeitados D.O. - A débito 335 489

ATM - Caixa automático 1.412.815 1.143.775

ATM - a regularizar - 475

PSC - Conta para o futuro 76.877 153.655

1.490.028 1.298.393

3.126.423 2.986.167

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos (534.921) (562.407)

(534.921) (562.407)

2.591.502 2.423.759

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Página 94 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Depósitos a prazo (Caixa Central) - 844.000

Depósitos a prazo TLTRO (Caixa Central) 2.066.661 -

Direitos Adicionais de Crédito (Caixa Central) - 11.956.000

2.066.661 12.800.000

Juros a pagar:

Descobertos de disponibilidades (Caixa Central) 411 1.254

Depósitos a prazo (Caixa Central) - 766

Depósitos a prazo TLTRO (Caixa Central) 149

Direitos Adicionais de Crédito (Caixa Central) - 581

560 2.601

2.067.221 12.802.601

Os saldos existentes em 2013 referentes à rubrica de Depósito a Prazo-CCCAM no valor de

€844.000, acrescidos de € 766 de juros a pagar, bem como à rubrica de DP-Direitos

Adicionais de Crédito-CCCAM com um valor de € 11.956.000, acrescido de € 581 de juros

a pagar, foram integralmente liquidados. Conforme explicado nos pontos 9 e 10,

respetivamente.

Depósitos a prazo TLTRO: Linha de refinanciamento do BCE ao SICAM, com o objetivo de

incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento.

As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018 e são remuneradas a uma

taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com

reembolso antecipado obrigatório em Setembro de 2016 caso a evolução do crédito

elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE.

As Caixas Agrícolas terão acesso a esta linha de financiamento por intermédio de

operações com a Caixa Central, através das quais serão efetuadas transferências de fundos

de acordo com o crédito concedido por cada CCAM e com um limite inicialmente

estabelecido de acordo com o Ponderador de Carteira de Crédito Total (PCCT) de cada

uma.

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 95

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Depósitos

À ordem 65.415.203 60.827.658

A prazo 96.282.057 98.760.714

De poupança 43.722.082 44.075.096

Outros recursos de clientes - -

Cheques e ordens a pagar 24.787 77.572

Outros - -

205.444.129 203.741.040

Juros a pagar 870.789 1.221.166

206.314.918 204.962.206

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros

empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 125.411.671 122.785.854

Entre três meses e um ano 78.327.540 78.186.840

Entre um ano e três anos 1.171.608 2.103.639

Entre três e cinco anos 329.871 514.020

Mais de cinco anos 203.439 150.687

205.444.129 203.741.040

Juros a pagar 870.789 1.221.166

206.314.918 204.962.206

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CA Guadiana Interior

Página 96 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa Agrícola durante os exercícios

de 2014 e 2013 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 239.383 512.262 (141.867) - - 609.778

- Crédito e juros vencidos 6.167.603 3.516.085 (3.103.705) (2.339) - 6.577.644

- Risco-país - - - - - -

6.406.986 4.028.347 (3.245.572) (2.339) - 7.187.422

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 1.366.709 143.517 (121.054) - - 1.389.172

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Riscos bancários gerais - - - - - -

1.366.709 143.517 (121.054) - - 1.389.172

Imparidade:

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -

- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 1.100.976 523.592 (39.444) - - 1.585.124

Outros activos tangíveis - - - - - -

Outros activos 562.407 43.647 (71.133) - - 534.921

1.663.383 567.240 (110.578) - - 2.120.046

9.437.079 4.739.104 (3.477.204) (2.339) - 10.696.640

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2012 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2013

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 277.448 371.231 (409.296) - - 239.383

- Crédito e juros vencidos 6.419.398 4.633.330 (4.879.083) (6.042) - 6.167.603

- Risco-país - - - - - -

6.696.847 5.004.561 (5.288.379) (6.042) - 6.406.986

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 1.365.730 130.942 (129.962) - - 1.366.709

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Riscos bancários gerais - - - - - -

1.365.730 130.942 (129.962) - - 1.366.709

Imparidade:

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -

- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 567.281 656.981 (96.914) (26.371) - 1.100.976

Outros activos tangíveis - - - - - -

Outros activos 530.569 44.587 (12.748) - - 562.407

1.097.850 701.567 (109.662) (26.371) - 1.663.383

9.160.426 5.837.069 (5.528.004) (32.413) - 9.437.079

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 97

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo:

Outros instrumentos

Emitidos 152.300 1.022.100

152.300 1.022.100

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros passivos subordinados:

Emitidos 2.890.440 1.881.140

Juros a pagar 29.067 11.240

2.919.507 1.892.380

Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração

residual do saldo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, analisa-se como segue:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses - -

Entre três meses e um ano 1.881.140 -

Entre um ano e três anos - 1.881.140

Entre três e cinco anos 1.009.300 -

Mais de cinco anos - -

2.890.440 1.881.140

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CA Guadiana Interior

Página 98 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Movimento anual dos Instrumentos Representativos de Capital e de Outros Empréstimos

Subordinados:

T axa de

Valo r D ata de Juro em

N úmero de no minal vencimento vigo r em D ata de Saldo em Saldo em

D escrição o brigaçõ es M o eda unitário do s juro s 31-12-2014 vencimento 31-12-2013 Emissõ es 31-12-2014

Capital Especial 2002 214.530 Euro 5,00 31-dez 1.022.100 869.800 - 152.300

1.022.100 869.800 - 152.300

Tit.Investimento/2010-1ªE 376.228 Euro 5,00 01-abr 2,3840% 01-10-2015 1.881.140 - - 1.881.140

Tit.Investimento/2014-1ªE 201.860 Euro 5,00 28-jan 4,0000% 28-07-2019 - - 1.009.300 1.009.300

1.881.140 - 1.009.300 2.890.440

2.903.240 869.800 1.009.300 3.042.740

R eembo lso s

33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Credores e outros recursos

Recursos diversos 149.732 97.908

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 177.365 180.782

Contribuições para a Segurança Social 63.094 63.246

Imposto sobre o Valor Acrescentado 3.045 6.123

Tributos para as Autarquias Locais 20.509 19.044

Cobranças por conta de terceiros 4.447 4.328

Contribuições para outros sistemas de saúde 12.661 12.861

Credores diversos

Fornecedores 94.355 161.697

Outros credores 35.499 52.032

560.707 598.021

Encargos a pagar

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 525.867 462.399

Prémio de antiguidade 432.067 446.556

Por gastos gerais administrativos 7.593 7.518

965.527 916.473

Responsabilidades com Pensões

Valor Patrimonial do Fundo de Pensões (1.280.385) (1.209.895)

Responsabilidades Totais 1.320.268 1.360.986

39.883 151.091

Receitas com rendimento diferido

Rendas 1.080 180

Comissões sobre garantias prestadas 12.715 13.973

13.795 14.153

Valores a regularizar

Outras operações a regularizar

Operações passivas a regularizar 2.123 431.802

Caixa 3.336 3.320

Transferências electrónicas 1.528 1.570

Compensação 155.003 220.307

Meios electrónicos de pagamento 343.125 407.880

Transferências SEPA - 600

Operações a regularizar 804 -

505.920 1.065.479

2.085.832 2.745.218

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 99

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se

registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2014 31-12-2013

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 3.916.637 5.227.349

Outros passivos eventuais 4.047.532 4.418.451

Garantias reais ao BdP - Direitos Adicionais de Crédito - 73.311.461

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 8.451.661 7.548.031

Compromissos revogáveis 4.703.373 4.955.665

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 25.833 60.459

Valores recebidos para cobrança 182.806 222.322

21.327.842 95.743.738

Conforme explicado no ponto 10, a Caixa Central procedeu à desmobilização dos portefólios

de empréstimos bancários que foram entregues ao Banco de Portugal como garantia de

financiamento. Desta forma, em 2014, foi desreconhecido da respetiva rubrica

extrapatrimonial, o montante de €73.311.461, relacionado com essas garantias.

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a estrutura do capital social da Caixa Agrícola, em

relação ao número de títulos, é a seguinte:

- Títulos de Capital por incorporação de

reservas - CCAM Guadiana Interior, CRL 8.311.375 5 1.662.275 76,94% 8.311.665 5 1.662.333 73,90%

- Títulos de capital ordinário - Associados 2.490.945 5 498.189 23,06% 2.935.060 5 587.012 26,10%

10.802.320 2.160.464 100,00% 11.246.725 2.249.345 100,00%

31-12-2014 31-12-2013

Valor

Valor

nominal

unitário

Nº de

Títulos% Valor

Valor

nominal

unitário

Nº de

Títulos%

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CA Guadiana Interior

Página 100 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem

para a aquisição de ações próprias.

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO

EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a

seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Reservas de reavaliação:

Reservas de reavaliação do imobilizado 320.080 328.660

Reservas de reavaliação - Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais -18.295 -139.942

De activos financeiros disponíveis para venda 2 -

301.787 188.718

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 3.264.000 3.257.000

Reserva especial 2 1

Reserva para formação e educação cooperativa - a) - b)

Reserva para mutualismo 47.750 47.400

Reserva para remuneração de títulos de capital em exercícios seguintes 103 2.692

Resultados transitados (52.814) (52.814)

3.259.041 3.254.279

Lucro do exercício (663.430) 86.802

2.897.398 3.529.799

a) No exercício de 2014, foi utilizado o saldo da Reserva para Formação e Educação

Cooperativa, conforme aprovado na Assembleia-Geral, do dia 22 de Dezembro de 2014,

anulando uma parte dos gastos com formação, no montante de € 600,00.

b) No exercício de 2013, foi utilizado o saldo da Reserva para Formação e Educação

Cooperativa, conforme aprovado na Assembleia-Geral, do dia 19 de Dezembro de 2013,

anulando uma parte dos gastos com formação, no montante de € 10.400,00.

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado

pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa Agrícola constitui um fundo de

reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos

resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma

fração não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 101

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar

o capital.

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 3.581 5.177

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 1.071.782 1.768.253

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 18.943 34.437

Empréstimos 1.921.233 1.717.157

Créditos em conta corrente 301.213 290.313

Descobertos em depósitos à ordem 37.018 45.407

Cartão de Crédito 113 175

Particulares

Habitação

Outros créditos 963.288 958.879

Consumo

Cartão de Crédito 171.393 187.670

Outros créditos 679.977 636.588

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 4.385 3.041

Empréstimos 1.710.269 1.703.028

Créditos em conta corrente 112.736 118.528

Descobertos em depósitos à ordem 54.104 59.850

Crédito externo

Particulares

Habitação

Outros créditos 2.177 2.296

Consumo

Outros créditos 1.005 1.659

Outras finalidades

Empréstimos 2.464 3.044

Créditos em conta corrente 1.325 1.770

Descobertos em depósitos à ordem 6 12

Juros de crédito vencido 292.227 396.467

Juros Títulos de Investimento Subordinados (Caixa Central) 2.223 7.828

Outros juros e rendimentos similares 5.831 -

7.357.291 7.941.578

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Página 102 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país (Caixa Central) 32.813 122.001

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 2.543.621 3.508.911

Juros de passivos financeiros de negociação

Juros de passivos subordinados 70.149 42.720

2.646.584 3.673.633

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais/coligadas 11.903 11.901

11.903 11.901

11.903 11.901

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 103

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Por garantias prestadas

Garantias e avales 116.850 118.403

116.850 118.403

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 122.634 119.707

122.634 119.707

Por serviços prestados

Cobrança de valores 1.379 1.772

Transferência de valores 50.816 56.267

Gestão de cartões 718 878

Anuidades 140.431 146.189

Operações de crédito

Outras operações de crédito

Abertura e Utilização 90.853 103.134

Processamento 173.240 133.983

Estudo 48.394 42.081

Outras 149.215 257.404

Outros serviços prestados

Aluguer de cofres e outro equipamento 600 450

Registos e distrates 5.775 6.375

Deslocação a conservatória 100 200

Cartões 450.042 489.448

Comissões de intebancárias 1.145 471

Comissões de intermediação 29.036 32.193

Colocação e comercialização 474.944 449.326

Outros 8.235 8.515

1.624.922 1.728.687

Outras comissões recebidas

Gestão de Conta de D.O. 317.330 294.551

Cheques 156.972 161.443

Extracto 2ª vias 1.293 1.533

Mora ou Contencioso 138.890 223.755

Moeda Estrangeira 3.998 4.076

Emissão de Caderneta 126 154

Outras 28.635 23.295

647.244 708.806

2.511.649 2.675.603

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Página 104 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Por garantias recebidas 812 812

Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 3.468 6.409

Cobrança de valores 570 701

Outros

Transferências de valores 68.578 59.614

Cartões 216.035 238.903

Outros serviços bancários 23.516 29.192

Comissões interbancárias 8 24

Outras comissões pagas 9 51

312.995 335.705

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Operações cambiais à vista 9.017 1.953

9.017 1.953

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Resultados em activos não financeiros

Outros activos tangíveis - (9.083)

Activos não correntes detidos para venda 28.142 (99.616)

28.142 (108.699)

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 105

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesas 36.758 26.177

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 147.902 224.148

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 202.983 375.403

Rendimentos da prestação de serviços diversos 33.275 40.299

Rendas de imóveis 4.810 180

Cessão de exploração de imóveis 1.216 -

Sobras de Caixa 3.330 1.390

Redução responsabilidades Prémio Antiguidade 14.489 42.189

Participação no resultado do seguro - IAS19 17.591 17.045

Outros 6.786 19.306

469.140 746.137

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos 38.525 60.688

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo 111.381 150.082

Contribuições para o Fundo de Resolução 8.445 8.747

Multas e penalidades legais 160 -

Outros encargos e gastos operacionais 244.272 179.364

402.783 398.881

Outros impostos

Impostos indirectos

Imposto do selo 70 -

Imposto sobre transportes rodoviários 1.809 1.471

Taxas 1.994 1.327

Contribuição sobre o sector bancário 32.012 18.454

Impostos directos

Imposto municipal sobre imóveis 20.044 19.044

55.929 40.295

10.428 306.960

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Página 106 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Salários e vencimentos:

Órgãos de Gestão e Fiscalização 95.589 105.580

Empregados 2.807.067 2.691.434

Encargos sociais obrigatórios:

Fundos de Pensões 28.030 44.537

Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social 593.787 571.850

SAMS 129.591 125.517

Outros encargos sociais obrigatórios:

Seguros de Acidentes de Trabalho 17.231 18.439

Complemento de subsídio de doença 3.375 5.401

Serviços de Higiene e Saúde no Trabalho 5.911 7.510

Outros custos com pessoal:

Indemnizações contratuais - 25.353

Contribuições para associações de empregados 29.000 25.000

Fundo Formação C.A.M. 11.188 4.943 a)

Fundo de Garantia de Compensação de Trabalho 15 4

Outros - -

3.720.785 3.625.567

a) No exercício de 2013, foi utilizada uma parte da Reserva para Formação e Educação

Cooperativa, conforme aprovado na Assembleia-Geral, do dia 19 de Dezembro de 2013,

anulando uma parte dos gastos com o Fundo de Formação, no montante de € 5.968,67.

O número médio de colaboradores da Caixa Agrícola em 2014 e 2013 apresenta a seguinte

composição:

2014 2013

Órgãos de Gestão e Fiscalização 10 10

Chefias e gerência 18 18

Quadros técnicos 12 11

Administrativos 52 53

Outros 1 1

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 107

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 131.847 145.699

Material de consumo corrente 30.668 30.570

Publicações 1.693 882

Material de higiene e limpeza 7.777 5.949

Outros fornecimentos de terceiros 14.689 16.926

186.675 200.025

Com serviços:

Rendas e alugueres 34.923 25.280

Comunicações 183.081 230.292

Deslocações, estadas e representação 33.476 33.535

Publicidade e edição de publicações 93.820 112.514

Conservação e reparação 94.099 75.227

Transportes 85.661 87.728

Formação de pessoal 2.230 a) - b)

Seguros 76.041 70.314

Serviços especializados:

Avenças e honorários 287.465 251.297

Judiciais contencioso e notariado 46.069 39.034

Informática 744.227 721.530

Segurança e vigilância 11.060 12.001

Limpeza 65.599 72.507

Bancos de dados 4.479 4.145

Outros serviços especializados:

Consultores e auditores externos 25.906 27.032

Tratamento de valores 2.439 2.985

Serviços SIBS 166.600 147.289

Avaliadores externos 34.069 36.749

Compensação 18.589 20.657

Serviços de suporte ao negócio 74.268 67.576

Outros serviços de terceiros 97.826 99.309

Gastos gerais administ.-exerc.ant. 26.749 1.605

2.208.676 2.138.602

2.395.351 2.338.627

a) No exercício de 2014, foi utilizado o saldo da Reserva para Formação e Educação

Cooperativa, conforme aprovado na Assembleia-Geral, do dia 22 de Dezembro de 2014,

anulando uma parte dos gastos com formação de pessoal, no montante de € 600,00.

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CA Guadiana Interior

Página 108 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

b) No exercício de 2013, foi utilizada uma parte da Reserva para Formação e Educação

Cooperativa, conforme aprovado na Assembleia-Geral, do dia 19 de Dezembro de 2013,

anulando os gastos com formação de pessoal, no montante de € 4.431,33.

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa Agrícola consolida com as

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem

os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras

empresas do

Grupo

Total Associadas Coligadas

Outras

empresas

do Grupo

Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.874.997 1.874.997 - - 2.159.926 2.159.926

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - 844.583 844.583

Aplicações em instituições de crédito - - 45.670.317 45.670.317 - - 56.160.337 56.160.337

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - 1.231.319 3.800.822 5.032.141 - 1.435.413 2.957.308 4.392.721

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 2.067.221 2.067.221 - - 12.802.601 12.802.601

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - 49.113 7.527 56.639 - 67.888 8.162 76.050

Custos:

Juros e encargos similares - - 32.813 32.813 - - 122.001 122.001

Encargos com serviços e comissões - - 145.237 145.237 - - 151.018 151.018

Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 1.235.803 2.774 1.238.578 - 1.202.819 408 1.203.228

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 1.075.363 1.075.363 - - 1.781.258 1.781.258

Rendimentos de instrumentos de capital - 11.903 - 11.903 - 11.901 - 11.901

Rendimentos de serviços e comissões - 469.331 45.879 515.210 - 442.613 44.718 487.331

Outros resultados de exploração - 99 756 855 - - 2.783 2.783

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais - - 4.047.532 4.047.532 - - 4.418.451 4.418.451

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

2014 2013

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 109

Coligadas: CA Seguros, SA; CA Vida, SA; Fenacam, FCRL; CA Informática, SA; CA Serviços, ACE; CA

Gest, SA.

Outras Empresas do Grupo: Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL.

As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de

mercado nas respetivas datas.

50. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da CCAM do Guadiana

Interior, CRL, relativas a empregados no ativo e aos já reformados, foram efetuados estudos

atuariais pela Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A..

Em PCSB, a CCAM do Guadiana Interior apenas registava as seguintes transações relacionadas

com os benefícios aos empregados:

Custo com a entrega da contribuição anual ao Fundo de Pensões;

Custo com o prémio de antiguidade no momento do pagamento, numa base de caixa;

Custo com SAMS no momento do pagamento, numa base de caixa.

De acordo com os pressupostos e critérios definidos no PCSB, os ativos do Fundo de Pensões

encontravam-se excedentários face às responsabilidades que lhes estão associadas.

De acordo com a IAS 19, os pressupostos atuariais de cálculo das responsabilidades com o

complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a

adoção das NCA’s, verifica-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela

de responsabilidades não cobertas pela quota-parte do valor dos ativos do Fundo.

Adicionalmente, com o IAS 19, surge a necessidade de registar como passivo as

responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos

com o SAMS.

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à

“IAS 19 -Benefícios dos empregados”, foram registadas no ano de 2007 duas situações, a

saber:

O valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006, e

O montante correspondente ao custo do ano com pensões, encargos de saúde pós-

emprego (SAMS) e prémio de antiguidade.

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CA Guadiana Interior

Página 110 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Registo do impacto de adoção das NCA’s a 1/01/2007

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da Caixa

Agrícola, com referência a 31 de Dezembro de 2008 e de 2007, foram os seguintes:

31/12/2008 31/12/2007

Pressupostos financeiros:

Taxa de desconto 5,5% 5,25%

Taxa de rendimento 4,5% 4,5%

Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 3% 3%

Taxa de crescimento das pensões 2% 2%

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90

Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80

Idade de reforma 65 65

Método de avaliação “Projected Unit

Credit”

“Projected

Unit Credit”

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à

“IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos

ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor atual das responsabilidades com complementos de Pensões

de Reforma, Prémio de Antiguidade e SAMS e respetivas coberturas, em NCA’s foram as

seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 339.109

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CA Guadiana Interior

Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 111

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 113.589

A.2.1. Tábua de mortalidade 40.357

A.2.2. Pressupostos financeiros 73.232

A.3. Responsabilidades IAS 19 452.698

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 399.274

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 53.424

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 448.291

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 140.308

B. Total 588.599

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 408.987

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 408.987

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades

decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005

pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações

uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de

responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser

reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais

até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro,

as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido

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CA Guadiana Interior

Página 112 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de

Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de

Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um

período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da Caixa Agrícola prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como

permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos

impactos da adoção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em

resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a diferir Data limite de

diferimento

A.2.1. Alteração da tábua de mortalidade 34.592 9 anos 2016

A.2.2. Alteração dos pressupostos financeiros 58.586 7 anos 2014

A.2.3. Excesso de cobertura em PCSB 48.132 7 anos 2014

B. Encargos com saúde (SAMS) 504.513 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados:

Anos a

31-12-2007 diferir 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Acréscimo de responsabilidades com pensões:

- Alteração da tábua de mortalidade 34.592 9 3.844 3.844 3.844 3.844 3.844 3.844 3.844 3.844 3.844

- Alteração de pressupostos financeiros 58.586 7 8.369 8.369 8.369 8.369 8.369 8.369 8.369 - -

- Excesso de cobertura em PCSB 48.132 7 6.876 6.876 6.876 6.876 6.876 6.876 6.876 - -

141.310 19.089 19.089 19.089 19.089 19.089 19.089 19.089 3.844 3.844

Benefícios de assistência médica (SAMS) 504.513 9 56.057 56.057 56.057 56.057 56.057 56.057 56.057 56.057 56.057

645.823 75.146 75.146 75.146 75.146 75.146 75.146 75.146 59.901 59.901

Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de

Antiguidade a 31/12/2014

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 113

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades, com referência a

31 de Dezembro de 2014 e de 2013, foram os seguintes:

31/12/2014 31/12/2013

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90

Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80

Idade de reforma (**) 65

Método de avaliação “Projected Unit

Credit”

“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:

Taxa de desconto (*) (*)

Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:

- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,46%

- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 3,25% 4,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,75% 4,00%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,25% 3,50%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o

pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de

saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados

e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2014

F.2014 Valor atual das Responsabilidades por serviços passados 1.320.268

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 808.359

F.2 Com licenças sem vencimento 0

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 511.910

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Página 114 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência é o que a seguir se

apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 32.443

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 4.698

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais -121.647

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados -222.927

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

101.280

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -84.507

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões foi o seguinte:

A.4.2013 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2013 1.209.895

H.1 (+) Contribuições efetuadas 27.886

H.1.1 Pela CCAM GUADIANA INTERIOR 0

H.1.2 Pelos empregados 27.886

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 108.966

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 18.776

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 17.591

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 48.067

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 48.067

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 17.109

H.7.2014 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 1.280.385

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014

(H.7.2014 – A.4.2013) 70.491

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 115

O movimento ocorrido, durante o exercício de 2014, relativo ao valor atual das responsabilidades por

serviços passados foi o seguinte:

F.2013 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 1.360.986

G.1 (+) Custo do serviço corrente 32.443

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 4.557

H.1.2 Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 27.886

G.2 (+) Custo dos juros 50.570

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades -58.553

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 48.067

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 48.067

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 17.109

F.2014 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2014 1.320.268

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 – F.2013) -40.717

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso

4/2005 do Banco de Portugal e de acordo com o ISP, era o seguinte:

F.2014 Valor atual das responsabilidades com serviços passados 1.320.268

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2012 (Aviso 7/2008) 116.277

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 1.167.720

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 110

A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de

2014, era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 909.644

I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 141

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Página 116 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19

Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012,

foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2014, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no

exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2013 Desvios atuariais por amortizar em 31-12-2013 -139.942

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2014 – Ganhos e perdas atuariais 121.647

RI.2014 Desvios atuariais por amortizar em 31-12-2014 -18.295

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade

futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2013

N.1.2013 Com trabalhadores no ativo 440.811

N.2.2013 Com licenças sem vencimento 5.745

N.2013 Total 446.556

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

N.1.2014 Com trabalhadores no ativo 432.067

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 0

N.2014 Total 432.067

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo -8.744

O.2. Com licenças sem vencimento -5.745

O. Total -14.489

51. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, C.R.L., está inscrita no Instituto de

Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º,

alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a atividade de

intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente,

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Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014 Página 117

a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se

dedica ao exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito

Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da atividade de

seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a Caixa Agrícola efetua a venda de contratos de

seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no

encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da Caixa Agrícola.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a

Caixa Agrícola recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em

Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a Caixa Agrícola e as

referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na

Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de

remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão

reconhecidas como um ativo no Balanço, na rubrica de Outros Ativos. À data de emissão das

presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31

de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela

Caixa Agrícola nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2012 2013 2014 % por Origem 2014

Ramos Não Vida CA Seguros 236.536,21 254.851,28 293.953,88 62,63%

Ramo Vida CA Vida 144.532,04 186.250,46 173.375,16 36,94%

Fundos de Pensões CA Vida 540,59 1.511,45 2.001,92 0,43%

Total 381.608,84 442.613,19 469.330,96 100,00%

A Caixa Agrícola não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a

movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há

qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de

seguros exercida pela Caixa Agrícola.

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Página 118 Relatório e Contas, Relatório Anual e Parecer do Conselho Fiscal 2014

52. FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIOS PRUDENCIAIS

No exercício de 2014, a Instrução nº 23/2007, do Banco de Portugal, foi descontinuada,

dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes

Common Reporting (COREP), aplicando as regras Capital Requirements Directive (CRD IV) e

Capital Requirements Regulation (CRR), Regulamento (U.E.) nº 575/2013, tendo-se, obtido os

seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:

Em euros 2011 2012 2013 2014

Fundos Próprios totais 17.022.904 15.527.605 14.592.104 15.747.837

Common equity tier 1* --- --- --- 13.697.990

Tier 1* 15.002.112 14.281.101 14.152.977 13.850.290

Tier 2 2.241.593 1.730.884 1.322.772 1.897.547

Posição em risco de activos e equivalentes 242.851.925 248.329.279 246.666.964 239.693.271

Requisitos de fundos próprios 145.413.639 141.926.695 146.650.731 151.897.333

Crédito 129.434.556 125.664.288 130.754.071 136.710.264

Operacional 15.979.083 16.262.407 15.896.660 15.187.069

CVA --- --- --- 0 ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* --- --- --- 9,0%

Tier 1 * 10,3% 10,8% 10,4% 9,1% -1,3 P.P

Tier 2 1,5% 1,2% 0,9% 1,2% 0,3 P.P

Total* 11,7% 10,9% 10,0% 10,4% 0,4 P.P

* Incorporando o resultado l íquido do exercício.

---

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são ca lculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, do BdP, após o que são apl icadas as

regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

43,5%

-2,8%

3,6%

4,6%

-4,5%

Δ 13/14

7,9%

---

-2,1%

Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola

apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução nº 23/2007, do

Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação.

O Técnico Oficial de

Contas

O Conselho de Administração

Carlos Manuel Cardoso Cavalheiro

José Artur Palma Estrela

Amílcar António Bengla Mourão

José António Aboim Madeira

Nelson José Carraça Figueira

João Maria Fontes Ilhéu

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