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CABEAMENTO DE TELEFONIA FERRAMENTAS BÁSICAS: Chave de fenda, chave Philips, furadeira, brocas diversas para madeira e alvenaria, broca de 8 ou 10 mm para atravessar paredes, multímetro (digital ou analógico), arco de serra,esquadro, trena ou metro, fita passa-fio de nylon para guia, cabo de aço para puxar fios em condutores e dutos, zumbidor, enroladeira, desenroladeira. Algumas ferramentas dispensam apresentação por serem muito comuns, como é o caso das chaves de fenda e alicates. Outras mais específicas serão detalhadas em seguida. Badisco: Uma das mais importantes ferramentas do instalador é o badisco, uma espécie de aparelho telefônico com garras do tipo jacaré na extremidade dos seus fios no lugar da tradicional tomada. Com as novas exigências tecnológicas os badiscos ficaram muito sofisticados. Alguns trazem acoplados ao seu corpo uma campainha, teclas de mute, rediscagem e outras funções. Apesar de tudo isso, a maioria dos instaladores utiliza ferramenta mais barata, que é um badisco feito com um punho e um disco de telefone. Esse badisco pode ser comprado pronto ou construído pelo técnico a partir de um antigo telefone de disco que não está sendo utilizado. A figura a seguir, mostra um esquema simplificado para a construção do badisco. Uma outra boa opção é a utilização de um desses aparelhos telefônicos mais simples que estão em todos os supermercados, e modificá-los ou adaptá-los para o uso como sendo um badisco digital com campainha e teclas de mute, porém por um preço muito acessível. Eu diria que aproximadamente 1/5 do valor de um badisco que ofereça as mesmas condições.

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CABEAMENTO DE TELEFONIA FERRAMENTAS BÁSICAS: Chave de fenda, chave Philips, furadeira, brocas diversas para madeira e alvenaria, broca de 8 ou 10 mm para atravessar paredes, multímetro (digital ou analógico), arco de serra,esquadro, trena ou metro, fita passa-fio de nylon para guia, cabo de aço para puxar fios em condutores e dutos, zumbidor, enroladeira, desenroladeira.

Algumas ferramentas dispensam apresentação por serem muito comuns, como é o caso das chaves de fenda e alicates. Outras mais específicas serão detalhadas em seguida.

Badisco: Uma das mais importantes ferramentas do instalador é o badisco, uma espécie de aparelho telefônico com garras do tipo jacaré na extremidade dos seus fios no lugar da tradicional tomada. Com as novas exigências tecnológicas os badiscos ficaram muito sofisticados. Alguns trazem acoplados ao seu corpo uma campainha, teclas de mute, rediscagem e outras funções. Apesar de tudo isso, a maioria dos instaladores utiliza ferramenta mais barata, que é um badisco feito com um punho e um disco de telefone.

Esse badisco pode ser comprado pronto ou construído pelo técnico a partir de um antigo telefone de disco que não está sendo utilizado.

A figura a seguir, mostra um esquema simplificado para a construção do badisco. Uma outra boa opção é a utilização de um desses aparelhos telefônicos mais simples que estão em todos os supermercados, e modificá-los ou adaptá-los para o uso como sendo um badisco digital com campainha e teclas de mute, porém por um preço muito acessível. Eu diria que aproximadamente 1/5 do valor de um badisco que ofereça as mesmas condições.

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Cabos Externos Os cabos externos, na sua maioria, estão preparados com uma capa de polietileno para isolamento contra ruído e umidade, uma capa de alumínio que, além de garantir a integridade dos pares, ainda funciona como terra e por último os pares telefônicos. Esses cabos estão divididos em diversas classes e categorias que variam conforme a sua aplicação. O cabo mais utilizado é o CTP-APL (observar características na tabela de fios e cabos), que oferece condições bastante seguras para instalações aéreas. Para as instalações subterrâneas existem cabos com características mais apropriadas, que podem ser consultados nos catálogos disponíveis nos sites dos fabricantes. O número de pares pode variar, de acordo com a aplicação e necessidade, de 10 a 2400 pares.

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Nas instalações aéreas o cabo externo deve ser fixado em um cabo de aço, previamente colocado nos postes, que qarante a sua sustentação e é chamado de “cordoalha”. As emendas, que são preparadas com conectores especiais e com tratamento contra umidade, que permitem agilidade, segurança e facilidade na instalação, ou com emenda direta, e nesse caso, depois de feita é isolada e soldada com uma capa de chumbo denominada mufla e por ultimo é pressurizada para que não entre umidade. A identificação do tipo de cabo é feita pelas inscrições gravadas na sua capa externa. Diz-se, por exemplo, CTP-APL 50 30 , em que CTP é o tipo do cabo, APL o tipo de isolamento externo, 50 é a bitola dos condutores e 30 o número de pares. Veja no esquema seguinte denominado "Nomenclatura"

CTP-APL; São condutores de cobre nu, isolados com polietileno ou polipropileno, núcleo enfaixado com material não higroscópico e protegido por uma capa APL (Alumínio Politenado Liso com capa externa de polietileno na cor preta). São indicados e utilizados preferencialmente para instalações aéreas. Veja no esquema como reconhecer o tipo de cabo por meio das inscrições na sua capa externa.

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Cabos Internos Os cabos internos, como o próprio nome diz, foram concebidos para serem utilizados em ambientes internos abrigados do sol e da chuva. Não devem estar próximos a fontes de calor, como fornos, telhas de amianto ou barro, chapa, etc. Estão constituídos por um ou vários pares de condutores e a diferença básica entre o cabo Cl e o CCI é que o Cl tem uma blindagem a mais entre os condutores e a capa externa de PVC, além de um fio de cobre estanhado que continua por toda a extensão do cabo.

Alguns fabricantes colocam talco industrial dentro dos cabos internos para evitar e proteger da umidade. A identificação dos cabos Cl e CCI também é feita pelas inscrições gravadas na sua capa externa. Diz-se, por exemplo, Cl 50 10, em que Cl é o tipo do cabo 50 é a bitola dos condutores e 10 o número de pares.

Cl: São condutores de cobre estanhado, isolados em PVC, núcleo enfaixado com material não higroscópico, fio de continuidade de cobre estanhado (0,60mm), blindagem coletiva com fita de alumínio e capa externa na cor cinza. Estão indicadas para o uso interno em centrais telefônicas e principalmente nas distribuições internas de instalações prediais e demais edificações.

CCI: São dois ou mais condutores de cobre estanhado,isolados em PVC, núcleo enfaixado com material não higroscópico e capa externas de PVC na cor cinza. São indicados para uso interno em edifícios comerciais, industriais e outros. Os CCI de bitola 40 são muito utilizados em instalações de interfones comunitários.

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CÓDIGO DE CORES

Como já vimos anteriormente, os cabos telefônicos podem ser internos ou externos, estão divididos em pares que vão de 02 a 2400 e necessitamos de um par de fios para ligar uma linha, ramal ou terminal telefônico. Dentro do cabo os pares estão ordenados e numerados por meio de um código composto por 10 cores divididas em dois grupos de 5 cores cada um,resultando num total de 25 combinações. As cores do primeiro grupo se mantêm por 5 pares consecutivos e as cores do segundo grupo se repetem a cada 5 pares.

Cada um dos condutores de um par tem uma cor e desta forma as combinações começam a se repetir a partir do 25º par.

Para a utilização do cabo é necessário que seja feita a separação dos pares. Este processo é muito simples, porém muito importante também. A separação dos pares é feita nas duas extremidades do cabo, e se em uma das duas extremidades um ou mais pares não estiverem separados corretamente, o sinal não chegará ao outro lado. Normalmente este tipo de problema demora um pouco para ser detectado pelo técnico ou instalador, principalmente quando se trata de instalações com cabos de muitos pares. Nesse caso a solução é isolar os pares que não funcionam adequadamente e identificá-los para que não sejam mais utilizados.

Separando e Contando os Pares

As sequências de cores se repetem a cada 25 pares. Isto significa que o par 26,51,76, etc. Tem as mesmas cores do par 01; o par 27,52,77, etc. Tem as

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mesmas cores do par 02 e assim sucessivamente por tantos quantos forem os pares do cabo em questão.

As sequências vão sucessivamente se repetindo nesta mesma ordem.

Para facilitar a contagem dos pares, fazemos o seguinte:

De 01 a 25 Utiliza-se a tabela anterior. De 26 a 50 Subtrai-se 25 do número do par e assim obtém-se um número de 01 a 25. Esse número deve ser localizado na tabela. De 51 a 75 Subtrai-se 50 do número do par e assim obtém-se um número de 01 a 25. Esse número deve ser localizado na tabela.

De 76 a 100 Subtrai-se 75 do número do par e assim obtém-se um número de 01 a 25. Esse número deve ser localizado na tabela.

A idéia é muito simples; basta sempre reduzir o número para que ele esteja dentro da faixa do 01 ao 25, e assim localizá-lo na tabela.

A partir do par 100, passamos a trabalhar somente com as dezenas e utilizamos o mesmo raciocínio para os pares de 01 a 100. É bom fazer uso do velho e bom método de decoração e memorizar a seqüência do código de cores até o par 25, assim fica mais rápido para descobrira cor de um par. A tabela abaixo pode ser muito útil para contagem dos pares e principalmente na sua localização e identificação em instalações de prédios e edifícios.

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Exemplos:

Qual a cor do par 80 de um cabo?

80-75 = 05 – Consultando o par na tabela, obtemos Br/Cz

Qual a cor do para 253 de um cabo

53-50 = 03 - A cor do par é Br/Vd

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Fios Fios Externos

Os fios externos estão preparados para serem empregados em instalações aéreas ao ar livre em áreas urbanas e rurais. Encontramos disponíveis no mercado basicamente três tipos de fios externos, sendo o FE 100 mais conhecido como Drops, o FEB sem cabo mensageiro e o FEB-M que tem cabo mensageiro. Os três

são utilizados em situações iguais e têm também preços muito semelhantes, porém pela facilidade no manuseio, atualmente os instaladores estão dando preferência ao Feb sem mensageiro.Existe ainda o FE 160 que tem uma bitola 60% maior que o FE 100.

FE 100: São constituídos por dois condutores de liga de cobre paralelos, isolados com material termoplástico normalmente PVC. São utilizados externamente pelas concessionárias em instalações aéreas, como derivação a partir das caixas de distribuição até as entradas de assinantes. Para as instalações internas, do poste do assinante para dentro, são utilizados para levar a linha telefônica até o primeiro ponto telefônico.

Fios Internos

São utilizados para instalações internas embutidas em tubulações, canaletas ou para ligação nos armários de distribuição e D.G.s.São extremamente sensíveis à umidade, portanto, mesmo que estejam dentro de tubulações, podem apresentar problemas com paredes úmidas.

Fl 2x22 (dois por vinte e dois): É composto por um par de condutores de cobre estanhado, torcidos entre si e isolados com uma capa de PVC de cor cinza.

Como ambos os condutores têm a mesma cor, um deles está diferenciado do outro por um pequeno ressalto na capa de PVC. Está indicado para uso interno na ligação de aparelhos domiciliares, comerciais e instalados em tubulações ou canaletas.

Antigamente, a própria companhia telefônica aconselhava e normalizava a instalação do Fl 2X22 diretamente preso nas paredes ou em rodapés, que é uma outra forma de fixação deste tipo de fio, porém nos dias de hoje em que a qualidade dos serviços está tão evidenciada, não é aconselhável a instalação dos fios diretamente expostos nas paredes e rodapés.

No caso da inexistência da tubulação, deve-se preparar uma tubulação externa ou instalar canaletas para acomodar os fios. Fios aparentes qualificam o trabalho do técnico como sendo medíocre, mesmo que funcionem bem.

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Fio FDG: São condutores de cobre estanhado, isolados com PVC e torcidos entre si. São utilizados para ligações em distribuidores gerais (D.Gs.),quadros de entrada, chicotes de mesas de ligação e equipamentos telefônicos em geral. Seus condutores são coloridos e esse fator ajuda muito na organização dos D.G.s.Para se ter uma idéia, antigamente algumas empresas telefônicas, como a CTBC (Companhia Telefônica da Borda do Campo) no ABC Paulista, utilizavam o fio FDG preto e laranja para ligação de linhas decádicas e o fio FDG branco e verde para linhas multifrequenciais. Bastava uma olhada no D.G. para detectar as linhas multifrequenciais ou decádicas. Nos D.G.s os fios FDG são utilizados para fazer a conexão da rede externa com a rede interna. Esse pequeno trecho de fio utilizado para a conexão da rede é chamado de"Jumper" (lê-se jâmper) que no inglês significa "pulo','e é utilizado no sentido de ponte. A expressão indica um pulo ou ponte de ligação de um ponto da rede ou painel para outro.

Blocos de ligação

BLI – Bloco de ligação interna

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Projeto e instalação O POSTE DO ASSINANTE

Existem vários tipos de poste disponíveis para compra, que podem ser de ferro, galvanizado ou de alvenaria pré-moldado. Os mais utilizados são os de ferro pelo seu baixo custo em relação aos outros dois, e o desejável é que sejam utilizados os postes galvanizados. Ele deve ter diâmetro de 4", e pelo menos 5 mt de altura após instalado. Por ser um produto obrigatório e de grande procura, são encontrados com muita facilidade em casas de material de construção. Quando for utilizado o poste de ferro, é aconselhável que ele receba uma camada de proteção antiferrugem e uma camada de esmalte sintético, para amenizar os efeitos causados pelo sol e pela chuva. O poste, na verdade, é um tubo e tem as extremidades abertas, portanto faz-se necessário colocar-lhe uma proteção na parte de cima para que não entre água e oxide. Essa proteção é encontrada nos mesmos locais em que se compram os postes. A única exigência feita pela companhia telefônica é a instalação do poste. Os equipamentos necessários para instalação da linha telefônica são colocados pêlos próprios instaladores da concessionária telefônica ou empresa por ela autorizada. Estando o poste instalado e equipado, cabe ao assinante decidir o tipo de instalação interna que será utilizada.

CAIXAS INTERNAS

As caixas internas estão divididas em quatro tipos: de entrada ou distribuição geral, de distribuição, de passagem e de saída, e qualquer um desses quatro tipos podeser encontrado nos modelos de embutir (faz parte doimóvel e está embutida na parede) ou de sobrepor (quando não foi prevista a necessidade da caixa e ela foi colocada sobre a parede para não modificar as características do imóvel).

Caixas de Entrada ou Distribuição Geral: As caixas disponíveis no mercado são fabricadas em aço ou alumínio. São projetadas para ter uma ou duas portas com dobradiças e fechaduras. Os dois modelos podem ser utilizados em qualquer tipo de instalação, porém é aconselhável que se dê preferência às caixas de aço para uso interno e em ambientes secos, as de alumínio para uso externo, zona industrial, orla marítima ou locais úmidos.

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DISTRIBUIDOR GERAL DG

Distribuidor Geral (DG) é o local em que estão concentrados os terminais telefônicos, blocos, etc. É do DG, que saem os cabos que fazem a distribuição otimizada da rede telefônica.

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