Cabeamento Estruturado - Fundamentos Gerais

Professor Reinaldo VignoliConsultoria e Treinamento em Cabeamento Estruturado

Cabeamento EstruturadoFundamentos


• VIGNOLI CONSULTORIA:

• COLABORADOR DA 9ª Edição DO TDMM / BICSI• CERTIFICAÇÕES: SYSTIMAX, FURUKAWA E AMP

• ENG.° ELETRICISTA (PUC-MG/1994) e ENG.° SEG. DO TRABALHO (FUMEC/1997)

FORMAÇÃO

• MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS PELA FGV (em andamento)

BREVE CURRÍCULO

CONSULTOR DE SISTEMAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

• CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA (UNATEC):PROFESSOR DE PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA FÍSICA DE REDE

• OLITEL TELECOM:CONSULTOR TÉCNICO NA VALLOUREC & MANNESMANN TUBES – V&M DO BRASIL


Cabeamento Estruturado pode ser definido como sendo um meio físico que permite o tráfego de informações utilizando-se um sistema único, seja em cabo metálico e/ou óptico, e atendendo à requisitos das Normas Internacionais (Americanas e Européias) e Nacional, permitindo grande flexibilidade de lay-out, facilidade de gerenciamento, administração e manutenção.

As aplicações possíveis em um sistema de cabeamento estruturado são: voz, dados, imagem e automação. Ou seja:

CONCEITO GERAL

Cabeamento Estruturado não é só para dados!!!


O Cabeamento Estruturado deve atender a determinados requisitos para o seu perfeito funcionamento. Para isso, foram criadas diversas Normas, dentre elas: ANSI/EIA/TIA, ISO/IEC e NBR.

A ANSI/EIA/TIA é de origem americana, a ISO/IEC européia e a NBR ébrasileira (ABNT).

NORMAS APLICÁVEIS

Quando o cabeamento chegou ao Brasil adotou-se, em larga escala, as Normas americanas, as quais ainda são bem aceitas. Porém, a NBR-14565 está atualizada e deverá ser colocada à disposição do público em breve, passando a ser a principal referência em nosso País.


ANSI/EIA/TIA-568-C - Commercial Building Telecommunications Cabling Standards

ANSI/EIA/TIA-569-B - Commercial Building Standard for Telecommunications Pathways and Spaces

ANSI/EIA/TIA-570 - Residential Telecommunications Cabling Standard

ANSI/EIA/TIA-606 - Administration Standard for the Telecommunications Infrastructure of Commercial Buildings

ANSI/EIA/TIA-607 - Commercial Building Grounding and Bonding Requirements for Telecommunications

NBR 14565:2007 - Norma Brasileira para Cabeamento Estruturado(Procedimento Básico para Elaboração de Projetos de Cabeamento de Telecomunicações para Rede Interna Estruturada) e Cabeamento de Telecomunicações para Edifícios Comerciais (que está para ser divulgada ao mercado.

NORMAS APLICÁVEIS


O Cabeamento Estruturado é subdividido em subsistemas, os quais são 7:

SUBSISTEMAS DOCABEAMENTO ESTRUTURADO

SALA DE ENTRADA DE TELECOMUNICAÇÕES

SALA DE EQUIPAMENTOS

ARMÁRIOS ou SALA DE TELECOMUNICAÇÕES

CABEAMENTO SECUNDÁRIO

CABEAMENTO PRIMÁRIO

ÁREA DE TRABALHO

ADMINISTRAÇÃO


SUBSISTEMAS DOCABEAMENTO ESTRUTURADO (cont.)


Também conhecido como Facilidade de Entrada, é o local onde se faz a interface entre o cabeamento externo e o cabeamento interno do edifício; é onde todos os cabos externos chegam, pode ser numa sala específica para esta aplicação ou ocupar parte da Sala de Equipamentos (subsistema a ser visto a seguir).

VEJAMOS AGORA O QUE CONTÉM UMA SET.




PRANCHA DE MADEIRA

BLOCO COOK CROSS CONNECTCX. EMENDA




EXEMPLO DE COMO DEVERIA SER UMA SET



SALA DE EQUIPAMENTOS

Sala de Equipamentos é uma sala que tem a finalidade especial de fornecer espaço e de manter um ambiente operacional adequado para grandes equipamentos de comunicação. As SEQs são destinadas a atender um campus ou um edifício, por isso são normalmente centralizadas, e podem fazer a função de um Armário de Telecomunicações (AT), conforme será visto no próximo subsistema). Deve, ainda, ser um ambiente com controle de acesso (sala segura), possuir climatização, eletricidade estática, umidade e poeira controladas.



EXEMPLO DE UM RACK DE UMASALA DE EQUIPAMENTOS

03 x CPFo MM 4F

(TE) 01 a 12

RA

MA

ISC

P VO

Z

04 x CI50-30P (TE) 01 a 120

DIOSW

(TE) 01 a 3636 x CSU 4P CS

CP DADOS

ESPELHAMENTO



SALA DE TELECOMUNICAÇÕES

Armário de Telecomunicações ou Sala de Telecomunicações diferem das SEQs e instalações de entrada (Entrada de Telecomunicações), pois são geralmente consideradas espaços reservados para atender determinado piso de um edifício (em oposição ao atendimento do campus ou edificação), fornecendo ponto de conexão entre os cabos / caminhos primários e secundários.



EXEMPLO DE UM RACK DE UMSALA DE TELECOMUNICAÇÕESRAMAIS

01xCPFoMM 4F

09 a 12

DIOSW

ESPELHAMENTO

01 a 8181 x CSU 4P

CS

SW



CABEAMENTO SECUNDÁRIO

Entende-se por cabeamento secundário todo elemento relacionado entre a área de trabalho do usuário, dentre eles: tomadas, cabos, blocos, patch-panels etc, até ao armário de telecomunicações (AT).



EXEMPLO DE CABEAMENTO SECUNDÁRIO

TÉRREO

1º PAVTO

2º PAVTO

3º PAVTO

SETSEQ

ST1

ST2

ST3

X

CABOS EXTERNOS

CP

CP

CP

CS

CS

CS

CS


INFRA-ESTRURA APLICADA AO CABEAMENTO SECUNDÁRIO


LEITO ELETROCALHA



ELETRODUTOS CANALETAS PLÁSTICAS




CANALETAS METÁLICAS PARA PISO E PAREDE







PISO ELEVADO




POSTE DECORATIVO




TOTEM




Cabos reconhecidos pelas Normas paraCabeamento Secundário:

Apenas os cabos de pares trançados - 4 e 25 pares de 100 Ω, de 24 a 22 AWG, que atendem aos requisitos da ANSITIAEIA-568-B, os cabos de fibra óptica Multimodo de 50-62,5/125 μm são reconhecidos como cabos para utilização em cabeamento estruturado.



CABEAMENTO PRIMÁRIO (BACKBONE)

Este subsistema propicia a interligação entre Sala de Telecomunicações (STs), instalações de entrada e Salas de Equipamentos, através de cabos de par metálico ou fibra óptica. Normalmente, verifica-se o Backbone em ligações verticais (em prédios), instalações de interligação entre edificações (aplicações de Campus) ou entre as salas de equipamentos e o local de entrada de cabos no prédio.



EXEMPLO DE CABEAMENTO PRIMÁRIO (BACKBONE)

TÉRREO

1º PAVTO

2º PAVTO

3º PAVTO

SETSEQ

ST1

ST2

ST3

X

CABOS EXTERNOS

CP

CP

CP



INFRA-ESTRURA APLICADA AO CABEAMENTO PRIMÁRIO

LEITO ELETROCALHA



INFRA-ESTRURA APLICADA AO CABEAMENTO PRIMÁRIO

ELETRODUTOS



CAMINHOS APLICADOS AO CABEAMENTO PRIMÁRIO

FENDAS E CILINDROS



Cabos reconhecidos pelas Normas paraCabeamento Primário:

Apenas os cabos de pares trançados - 4 e 25 pares de 100 Ω, de 24 a 22 AWG, que atendem aos requisitos da ANSITIAEIA-568-B, os cabos de fibra óptica Multimodo de 50-62,5/125 μm, e Monomodo de 8-9/125 μm são reconhecidos como cabos para utilização em cabeamento estruturado.



ÁREA DE TRABALHO

É a área física de uma edificação onde os usuários normalmente trabalham e interagem com seus equipamentos de telecomunicações. Abrange desde a tomada de parede até do equipamento do usuário. Em outras palavras, ATR é simplesmente uma localização onde termina o sistema de cabeamento secundário, assim fornece acesso ao sistema de cabeamento para os dispositivos dos ocupantes.

Importante: Considerar máximo de 10 m² para cada ATR, com o mínimo de 2 tomadas de telecomunicações (RJ45). A Norma ANSI/EIA/TIA-568-B sugere 3 tomadas.



ÁREA DE TRABALHO

CS



INFRA-ESTRUTURA APLICADA NAS ÁREAS DE TRABALHO

CAIXAS / ESPELHOS PARA TOMADAS RJ45 FÊMEA



VISTA GERAL DE UMA ATR



VISTA GERAL DE UMA ATR



ADMINISTRAÇÃO

A Administração trata da identificação e controle de componentes como: caminhos e espaços de telecomunicações (como: SEQs, STs), aterramento, tubulações, hardwares de terminação, os quais são o suporte básico para a distribuição de toda a informação dentro de um prédio ou campus. A identificação inclui: etiquetas, desenhos, relatórios, ordens de serviço etc.



CONFORME A NORMA NBR-14565 A IDENTIFICAÇÃO DE CABOS DEVE SER:

XX x CWY XXP / FIBRAS

YY a XX XXX a XXX

QTDE DE CABOS

CABO PRIMÁRIO (P), SECUNDÁRIO (S) OU INTERLIGAÇÃO (I)

QTDE DE PARES / FIBRAS

ID. SEQUENCIAL DO PONTO OU PAR

ID. DO PAVIMENTO (DESTINO)

ID. DO PAVIMENTO (OPCIONAL)



CONFORME A NORMA NBR-14565 A IDENTIFICAÇÃO DE PONTOS DEVE SER:

PT XX XXX

ID. SEQUENCIAL DO PONTO

ID. DOS PAVIMENTOS

PONTO DE TELECOMUNICAÇÕES



CONFORME A NORMA NBR-14565 A IDENTIFICAÇÃO DE CABOS ÓPTICOS DEVE SER:

CFo(G) XX XXF

NÚMERO DE FIBRAS

TIPO DE FIBRA (MM ou SM)

CB. FIBRA ÓPTICA (GEL.)


CÓDIGO DE CORES PARA OS CAMPOS DE CONEXÃO

Uso futuroVermelho

Miscelâneas (alarme, segurança etc)Amarelo

Backbone de campus (1.º ou 2. º Níveis)Marrom

Cabeamento SecundárioAzul

Cabeamento primário de 2.º NívelCinza

Cabeamento primário de 1.º NívelBranco

Espelhamento de ativosVioleta

Conexão da rede interna com o PTRVerde

PTRLaranjaIDENTIFICAÇÃOCOR

ADMINISTRAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES



ET SEQ

AT

AT

AT

C

10 U

10 U

10 U

SUBSISTEMAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

12 U

CP

CP

CS

CS

CS

CABO EXTERNO

OPERADORA

ATR

ATR

ATR


CATEGORIAS DE PERFORMANCE

CAT 3 - Esta categoria consiste de cabos e hardwares de conexão especificados até 16 MHz / 10 Mbps. Aplicação: Telefonia

CAT 5 - Esta categoria consiste de cabos e hardwares de conexão especificados até 100 MHz / 100 Mbps a 2 pares, a qual estápraticamente obsoleta, tendo em vista que as aplicações atuais são mais exigentes. Aplicação: LANs Fast Ethernet.

CAT 5e - Esta categoria consiste de cabos e hardwares de conexão especificados até 100 MHz / 100 Mbps a 2 pares, e 1 Gbps a 4 pares. Aplicação: LANs Fast Ethernet e Gigabit Ethernet.

CAT 6 - Esta categoria consiste de cabos e hardwares de conexão especificados até 250 MHz / 1 Gbps. Aplicação: LANs Gigabit Ethernet.

CAT 7 - Esta categoria consiste de cabos e conectores duplamente blindados especificados até 600 MHz / 1 Gbps . Aplicação: LANs Gigabit Ethernet.


TIPOS DE CABOS USADOS EM CABEAMENTO ESTRUTURADO

Cabos reconhecidos pelas Normas paraCabeamento Estruturado:

Apenas os cabos de pares trançados - 4 e 25 pares de 100 Ω, de 24 a 22 AWG, que atendem aos requisitos da ANSITIAEIA-568-B, os cabos de fibra óptica Multimodo de 50-62,5/125 μm, e Monomodo de 8-9/125 μm são reconhecidos como cabos para utilização em cabeamento estruturado.


CABOS

CABOS METÁLICOS

CABO BLINDADO – STP(4 pares - 100 Ω)

reconhecido até Cat.7

CABO NÃO BLINDADO – UTP(4 pares - 100 Ω)

reconhecido até Cat. 6


CABOS METÁLICOS BLINDADOS

STP (SHIELDED TWISTED PAIR) – É UMA NOMENCLATURA GENÉRICA QUE INDICA CABO METÁLICO DE PARES TRANÇADOS BLINDADOS, SEM, ENTRETANTO, INFORMAR O TIPO DE BLINDAGEM APLICADA.

TIPO DE CABOS:

FTP

ScTP

S/STP

F/STP

CABOS


CABOS METÁLICOS BLINDADOS

FTP (FOILED TWISTED PAIR) – UMA ÚNICA BLINDAGEM EXTERNA DO TIPO FOLHA; OS PARES NÃO SÃO BLINDADOS INDIVIDUALMENTE.

ScTP (SCREENED TWISTED PAIR) – UMA ÚNICA BLINDAGEM EXTERNA DO TIPO MALHA; OS PARES NÃO SÃO BLINDADOS INDIVIDUALMENTE.

S/STP (SCREENED SHIELDED TWISTED PAIR) – DUPLA BLINDAGEM; OS PARES SÃO BLINDADOS INDIVIDUALMENTE COM BLINDAGEM DO TIPO FOLHA METÁLICA E TODOS ELES RECEBEM UMA BLINDAGEM GERAL EXTERNA DO TIPO MALHA.

F/STP (FOIL TWISTED PAIR OU FULLY SHIELDED TWISTED PAIR) – IDEM AO S/STP, ONDE A ISO / IEC ADOTA FOIL E A EIA / TIA ADOTA FULLY.

CABOS


PINAGENSEXISTEM DUAS PINAGENS UTILIZADAS ATUALMENTE CONFORME EIA/TIA, E

SÃO UTILIZADAS EM TODO O MUNDO.

A PERFORMANCE DO SISTEMA É A MESMA PARA AMBAS AS PINAGENS.

CABOS


CABOS ÓPTICOS

CABOS

Diâm. da Casca:125 μm

Multimodo 62.5μm Multimodo 50μm Monomodo 8-9μm

Diâmetro dos NDiâmetro dos Núúcleos:cleos:

Acrilato

NúcleoCasca

62.5 50 8-9

COMPONENTES BÁSICOS DA FIBRA ÓPTICA


CABOS ÓPTICOS

CABOS

As fibras ópticas possuem um grande diferencial sobre os cabos metálicos: transmitem luz e não energia elétrica. Com isto, se torna imune às interferências eletromagnéticas. Para que haja transmissão de luz énecessário que os equipamentos possuam emissores de luz, como:

LEDDiodos emissores

de luz

LASER SEMICONDUTORLasers monomodo

LDDiodo laser

VCSELLaser emissores de superfície

de cavidade vertical


“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”

OBRIGADO !

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