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Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º Ano IX • Edição 2010 • Maceió, quarta-feira, 20 de dezembro de 2017 https://www2.tjal.jus.br/cdje Caderno 2 JURISDICIONAL - PRIMEIRO GRAU Presidente: Otávio Leão Praxedes TRIBUNAL DE JUSTIÇA Capital Varas Cíveis da Capital 1ª Vara Cível da Capital - Intimação de Advogados JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA CAPITAL JUIZ(A) DE DIREITO PEDRO IVENS SIMÕES DE FRANÇA ESCRIVÃ(O) JUDICIAL IRENE BEATRIZ PESSOA FRANCO EDITAL DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADOS RELAÇÃO Nº 0678/2017 ADV: MANUELA MOTTA MOURA DA FONTE (OAB 20397/PE), ALLYSON SOUSA DE FARIAS (OAB 8763/AL) - Processo 0704521- 88.2015.8.02.0001 (apensado ao processo 0704521-88.2015.8.02.0001) - Procedimento Ordinário - Interpretação / Revisão de Contrato - AUTOR: JOSE SEBASTIAO DE MEDEIROS - RÉU: Banco Volkswagen S/A - JOSÉ SEBASTIÃO DE MEDEIROS ajuizou, com base na legislação que entendeu pertinente, AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO, em face do BANCO VOLKSWAGEN S/A, ambos qualificados às fls. 01 dos autos. As partes acostaram aos presentes autos requerimento (fls. 314/316) no qual formularam pedido de homologação judicial da transação realizada quanto ao objeto da lide, acostando, para tanto, o competente instrumento particular de acordo. Pactuaram que: a) Como forma de quitação integral do contrato nº 33599280 objeto desta demanda, o autor deverá pagar a quantia de R$ 13.000,00 (treze mil reais), mediante boleto bancário enviado pelo requerido ao requerente no email lucianomatias508@gmail. Com/[email protected] com vencimento para 06 de novembro de 2017; b) O desconto concedido pela instituição financeira requerida, por mera liberalidade, destina-se única e taõ somente a proporcionar que o requerente efetue a quitação do contrato, não importando, tal composição, em novação da dívida; C) Após o efetivo cumprimento das obrigações acima discriminadas o requerente renuncia a qualquer direito oriundo da referida ação, nada mais podendo pleitear, em qualquer juízo, grau de jurisdição ou entidade de defesa do consumidor, que tenha por objeto os mesmos fatos, causa de pedir e pedidos desta ação, principais e acessórios; D) Após o cumprimento total do acordo, o requerido compromete-se a proceder com a exclusão definitiva do débito existente em nome do requerente, inclusive procedendo com as baixas das restrições perante os órgãos de proteção ao crédito. A baixa do gravame do bem garantia do contrato será realizada pelo requerido junto ao Sistema Nacional de Gravames no período de 30 (trinta) dias úteis, sempre após o cumprimento total do acordo. Nada mais podendo pleitear, em qualquer juízo ou grau de jurisdição, que tenha por objeto o referido débito; e) Havendo protesto relativamente às parcelas ora pagas, obriga-se a requerente ou seu procurador a retirar na filial da Instituição Financeira a Carta de Anuência, mediante assinatura de protocolo próprio, bem como providenciar, às suas expensas, a baixa no cartório respectivo; f) A autora declara, por fim, que não está demandando em processos contra o Banco Volkswagen S/A ou compromete-se, caso haja algum processo contra o mesmo, a pleitear a imediata desistência/extinção, assim como renuncia a qualquer direito advindo de suas decisões, em qualquer juízo ou tribunal, ou mesmo no PROCON, no que tange ao contrato objeto da presente ação, isso em face das concessões do presente acordo; g) As partes que subscrevem o acordo darão plena, geral e irrevogável quitação à demanda. Ademais, advirta-se que, acerca da expedição de ofício ao DETRAN/AL a fim de retirada de qualquer restrição, caberá a parte que o formulou e deu causa. Destarte, por nada ter ordenado este Juízo referido a este assunto, fica encarregada a parte autora do cumprimento de tal feito. No que pertine ao pagamento das despesas processuais, deverão ser arcados pelo autor. Quanto aos honorários advocatícios, cada parte arcará com seus respectivos patronos. Por fim, ambas as partes renunciaram ao prazo recursal desta sentença homologatória, segundo o artigo 225 do NCPC. Estando o requerimento devidamente assinado pelas partes e seus respectivos procuradores, torna-se possível a homologação requerida, tendo em vista a expressa manifestação de composição amigável declarada nos autos. Assim é que homologo por sentença, para que produza os seus jurídicos e legais efeitos, o acordo realizado entre as partes, julgando EXTINTO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO o presente processo nº 0704521-88.2015.8.02.0001 nos exatos termos do art. 487, inciso III, b, do Novo Código de Processo Civil. Expeça-se o competente alvará liberatório da quantia consignada na Conta Judicial de nº 4.600.118.144.408, com as devidas atualizações até a data do levantamento, em favor de um dos patronos do autor, Dr. Allyson Sousa de Farias, OAB/AL nº 8.763. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Maceió,11 de dezembro de 2017. Pedro Jorge Melro Cansanção Juiz de Direito ADV: BRUNA RAFAELLE LINS LIBERAL (OAB 12775/AL), FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA MACIEL (OAB 4690/AL), JOSÉ EDSON A. DA SILVA (OAB 2160/AL), ROSANGELA TENORIO DA SILVA RODRIGUES (OAB 14010/AL) - Processo 0710628- 80.2017.8.02.0001 - Execução de Título Extrajudicial - Espécies de Contratos - EXEQUENTE: Fernando Maciel Sociedade Individual de Advocacia - EXECUTADO: Associação de Cabos e Soldados da Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas e outro - Autos nº: 0710628-80.2017.8.02.0001 Ação: Execução de Título Extrajudicial Exequente: Fernando Maciel Sociedade Individual de Advocacia Executado: Associação de Cabos e Soldados da Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas e outro DESPACHO Vistos etc. A executada às fls. 101 dos autos requer a este juízo que seja revogada a decisão de bloqueio de valores de repasse por meio da SEPLAG a ela e que os valores executados sejam bloqueados em conta corrente ali por ela ofertada. Às fls. 102/103 dos autos o exequente impugna este requerimento da executada sob a afirmação que a matéria resta transitada em julgado (a)

Caderno 2 JURISDICIONAL - PRIMEIRO GRAU · As partes acostaram aos presentes autos requerimento (fl s. 314/316) no qual formularam pedido de homologação judicial da transação

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Publicao Ofi cial do Tribunal de Justia do Estado de Alagoas - Lei Federal n 11.419/06, art. 4

Ano IX Edio 2010 Macei, quarta-feira, 20 de dezembro de 2017 https://www2.tjal.jus.br/cdje

Caderno 2JURISDICIONAL - PRIMEIRO GRAU

Presidente:

Otvio Leo Praxedes

TRIBUNAL DE JUSTIA

Capital

Varas Cveis da Capital

1 Vara Cvel da Capital - Intimao de Advogados

JUZO DE DIREITO DA 1 VARA CVEL DA CAPITALJUIZ(A) DE DIREITO PEDRO IVENS SIMES DE FRANAESCRIV(O) JUDICIAL IRENE BEATRIZ PESSOA FRANCOEDITAL DE INTIMAO DE ADVOGADOS

RELAO N 0678/2017ADV: MANUELA MOTTA MOURA DA FONTE (OAB 20397/PE), ALLYSON SOUSA DE FARIAS (OAB 8763/AL) - Processo 0704521-

88.2015.8.02.0001 (apensado ao processo 0704521-88.2015.8.02.0001) - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTOR: JOSE SEBASTIAO DE MEDEIROS - RU: Banco Volkswagen S/A - JOS SEBASTIO DE MEDEIROS ajuizou, com base na legislao que entendeu pertinente, AO REVISIONAL DE CONTRATO, em face do BANCO VOLKSWAGEN S/A, ambos qualifi cados s fl s. 01 dos autos. As partes acostaram aos presentes autos requerimento (fl s. 314/316) no qual formularam pedido de homologao judicial da transao realizada quanto ao objeto da lide, acostando, para tanto, o competente instrumento particular de acordo. Pactuaram que: a) Como forma de quitao integral do contrato n 33599280 objeto desta demanda, o autor dever pagar a quantia de R$ 13.000,00 (treze mil reais), mediante boleto bancrio enviado pelo requerido ao requerente no email [email protected]/[email protected] com vencimento para 06 de novembro de 2017; b) O desconto concedido pela instituio fi nanceira requerida, por mera liberalidade, destina-se nica e ta somente a proporcionar que o requerente efetue a quitao do contrato, no importando, tal composio, em novao da dvida; C) Aps o efetivo cumprimento das obrigaes acima discriminadas o requerente renuncia a qualquer direito oriundo da referida ao, nada mais podendo pleitear, em qualquer juzo, grau de jurisdio ou entidade de defesa do consumidor, que tenha por objeto os mesmos fatos, causa de pedir e pedidos desta ao, principais e acessrios; D) Aps o cumprimento total do acordo, o requerido compromete-se a proceder com a excluso defi nitiva do dbito existente em nome do requerente, inclusive procedendo com as baixas das restries perante os rgos de proteo ao crdito. A baixa do gravame do bem garantia do contrato ser realizada pelo requerido junto ao Sistema Nacional de Gravames no perodo de 30 (trinta) dias teis, sempre aps o cumprimento total do acordo. Nada mais podendo pleitear, em qualquer juzo ou grau de jurisdio, que tenha por objeto o referido dbito; e) Havendo protesto relativamente s parcelas ora pagas, obriga-se a requerente ou seu procurador a retirar na fi lial da Instituio Financeira a Carta de Anuncia, mediante assinatura de protocolo prprio, bem como providenciar, s suas expensas, a baixa no cartrio respectivo; f) A autora declara, por fi m, que no est demandando em processos contra o Banco Volkswagen S/A ou compromete-se, caso haja algum processo contra o mesmo, a pleitear a imediata desistncia/extino, assim como renuncia a qualquer direito advindo de suas decises, em qualquer juzo ou tribunal, ou mesmo no PROCON, no que tange ao contrato objeto da presente ao, isso em face das concesses do presente acordo; g) As partes que subscrevem o acordo daro plena, geral e irrevogvel quitao demanda. Ademais, advirta-se que, acerca da expedio de ofcio ao DETRAN/AL a fi m de retirada de qualquer restrio, caber a parte que o formulou e deu causa. Destarte, por nada ter ordenado este Juzo referido a este assunto, fi ca encarregada a parte autora do cumprimento de tal feito. No que pertine ao pagamento das despesas processuais, devero ser arcados pelo autor. Quanto aos honorrios advocatcios, cada parte arcar com seus respectivos patronos. Por fi m, ambas as partes renunciaram ao prazo recursal desta sentena homologatria, segundo o artigo 225 do NCPC. Estando o requerimento devidamente assinado pelas partes e seus respectivos procuradores, torna-se possvel a homologao requerida, tendo em vista a expressa manifestao de composio amigvel declarada nos autos. Assim que homologo por sentena, para que produza os seus jurdicos e legais efeitos, o acordo realizado entre as partes, julgando EXTINTO COM RESOLUO DO MRITO o presente processo n 0704521-88.2015.8.02.0001 nos exatos termos do art. 487, inciso III, b, do Novo Cdigo de Processo Civil. Expea-se o competente alvar liberatrio da quantia consignada na Conta Judicial de n 4.600.118.144.408, com as devidas atualizaes at a data do levantamento, em favor de um dos patronos do autor, Dr. Allyson Sousa de Farias, OAB/AL n 8.763. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Macei,11 de dezembro de 2017. Pedro Jorge Melro Cansano Juiz de Direito

ADV: BRUNA RAFAELLE LINS LIBERAL (OAB 12775/AL), FERNANDO ANTNIO BARBOSA MACIEL (OAB 4690/AL), JOS EDSON A. DA SILVA (OAB 2160/AL), ROSANGELA TENORIO DA SILVA RODRIGUES (OAB 14010/AL) - Processo 0710628-80.2017.8.02.0001 - Execuo de Ttulo Extrajudicial - Espcies de Contratos - EXEQUENTE: Fernando Maciel Sociedade Individual de Advocacia - EXECUTADO: Associao de Cabos e Soldados da Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas e outro - Autos n: 0710628-80.2017.8.02.0001 Ao: Execuo de Ttulo Extrajudicial Exequente: Fernando Maciel Sociedade Individual de Advocacia Executado: Associao de Cabos e Soldados da Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas e outro DESPACHO Vistos etc. A executada s fl s. 101 dos autos requer a este juzo que seja revogada a deciso de bloqueio de valores de repasse por meio da SEPLAG a ela e que os valores executados sejam bloqueados em conta corrente ali por ela ofertada. s fl s. 102/103 dos autos o exequente impugna este requerimento da executada sob a afi rmao que a matria resta transitada em julgado

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e preclusa bem como que o prprio Egrgio Tribunal de Justia de Alagoas atravs de agravo de instrumento, em despacho do relator determinou a manuteno do bloqueio do valor incontroverso (R$. 69.553,00). Outrossim o exequente s fl s. 104/105 e 106 dos autos informa que at agora a SEPLAG somente deu cumprimento ao bloqueio de R$.22.000,00 do valor incontroverso, no tendo procedido o bloqueio do restante, e pede para tambm ser expedido ofi cio ao AL PREVIDENCIA para que dos repasses dos aposentados para a executada tambm sejam realizados os bloqueios e repasses a este juzo. Requer tambm seja liberado em seu favor os R$. 22.000,00 bloqueados. Passo a decidir e sanear. De pronto deve ser indeferido o requerimento de fl s. 101 dos autos da executada posto que, com todo o respeito, somente vem comprovar sua m-f processual e falta de vontade de colaborar com o juzo para o justo deslinde do feito. O bloqueio nos repasses a serem feitos pelo Estado de Alagoas executada j matria decidida por este juzo, contra a qual inclusive a executada j aforou o devido agravo de instrumento, tendo inclusive o Eminente Desembargador Relator, ali em deciso liminar mantido em parte a deciso deste juzo determinando a manuteno do bloqueio e repasse dos valores incontroversos (como se v no SAJ no agravo de instrumento nmero 0804406-10.2017.8.02.0000) Poderia, se realmente estivesse querendo agir corretamente, a parte executada ter depositado em juzo o valor incontroverso, o que at agora no o fez. Ademais, a ordem deste juzo foi para que o Estado de Alagoas atravs da SEPLAG fi zesse a reteno e os repasses dos valores a este juzo auferidos pela parte exequente em deciso fi nal dos processos envolvidos nesta lide. Tal deciso ora deve ser extendida tambm ao AL PREVIDENCIA pelos mesmos fundamentos quanto a SEPLAG. Assim, de forma a sanear esta fase de cumprimento da deciso, DETERMINO: 1) Seja expedido o devido alvar em favor do exequente dos valores at agora descontados e repassados a este juzo pela SEPLAG; 2) Que a executada deposite em juzo no prazo de 48h (quarenta e oito horas) a contar de sua intimao o valor incontroverso (descontando-se o valor j bloqueado e repassado pela SEPLAG a este Juzo) sob pena de multa diria no valor R$. 5.000,00 cinco mil reais. 3) Caso no haja o depsito do valor incontroverso pela executada no prazo acima determinado, seja expedido ofi cio ao AL PREVIDENCIA nos mesmos termos do que fora expedido SEPLAG para o devido bloqueio dos valores incontroversos e repasse a este juzo, descontando-se os valores por ventura j repassados pela SEPLAG. Cumpra-se. Macei , 18 de dezembro de 2017. Pedro Jorge Melro Cansano Juiz de Direito

ADV: FERNANDO LUZ PEREIRA (OAB 9343A/AL), MOISS BATISTA DE SOUZA (OAB 7190A/AL), ADRIANA MARIA MARQUES REIS COSTA (OAB 4449/AL) - Processo 0724749-55.2013.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTOR: JOS FRANCISCO DA HORA - RU: Banco Itacard S/A - Autos n: 0710628-80.2017.8.02.0001 Ao: Execuo de Ttulo Extrajudicial Exequente: Fernando Maciel Sociedade Individual de Advocacia Executado: Associao de Cabos e Soldados da Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas e outro DESPACHO Vistos etc. A executada s fl s. 101 dos autos requer a este juzo que seja revogada a deciso de bloqueio de valores de repasse por meio da SEPLAG a ela e que os valores executados sejam bloqueados em conta corrente ali por ela ofertada. s fl s. 102/103 dos autos o exequente impugna este requerimento da executada sob a afi rmao que a matria resta transitada em julgado e preclusa bem como que o prprio Egrgio Tribunal de Justia de Alagoas atravs de agravo de instrumento, em despacho do relator determinou a manuteno do bloqueio do valor incontroverso (R$. 69.553,00). Outrossim o exequente s fl s. 104/105 e 106 dos autos informa que at agora a SEPLAG somente deu cumprimento ao bloqueio de R$.22.000,00 do valor incontroverso, no tendo procedido o bloqueio do restante, e pede para tambm ser expedido ofi cio ao AL PREVIDENCIA para que dos repasses dos aposentados para a executada tambm sejam realizados os bloqueios e repasses a este juzo. Requer tambm seja liberado em seu favor os R$. 22.000,00 bloqueados. Passo a decidir e sanear. De pronto deve ser indeferido o requerimento de fl s. 101 dos autos da executada posto que, com todo o respeito, somente vem comprovar sua m-f processual e falta de vontade de colaborar com o juzo para o justo deslinde do feito. O bloqueio nos repasses a serem feitos pelo Estado de Alagoas executada j matria decidida por este juzo, contra a qual inclusive a executada j aforou o devido agravo de instrumento, tendo inclusive o Eminente Desembargador Relator, ali em deciso liminar mantido em parte a deciso deste juzo determinando a manuteno do bloqueio e repasse dos valores incontroversos (como se v no SAJ no agravo de instrumento nmero 0804406-10.2017.8.02.0000) Poderia, se realmente estivesse querendo agir corretamente, a parte executada ter depositado em juzo o valor incontroverso, o que at agora no o fez. Ademais, a ordem deste juzo foi para que o Estado de Alagoas atravs da SEPLAG fi zesse a reteno e os repasses dos valores a este juzo auferidos pela parte exequente em deciso fi nal dos processos envolvidos nesta lide. Tal deciso ora deve ser extendida tambm ao AL PREVIDENCIA pelos mesmos fundamentos quanto a SEPLAG. Assim, de forma a sanear esta fase de cumprimento da deciso, DETERMINO: 1) Seja expedido o devido alvar em favor do exequente dos valores at agora descontados e repassados a este juzo pela SEPLAG; 2) Que a executada deposite em juzo no prazo de 48h (quarenta e oito horas) a contar de sua intimao o valor incontroverso (descontando-se o valor j bloqueado e repassado pela SEPLAG a este Juzo) sob pena de multa diria no valor R$. 5.000,00 cinco mil reais. 3) Caso no haja o depsito do valor incontroverso pela executada no prazo acima determinado, seja expedido ofi cio ao AL PREVIDENCIA nos mesmos termos do que fora expedido SEPLAG para o devido bloqueio dos valores incontroversos e repasse a este juzo, descontando-se os valores por ventura j repassados pela SEPLAG. Cumpra-se. Macei , 18 de dezembro de 2017. Pedro Jorge Melro Cansano Juiz de Direito

ADV: SIQUEIRA CASTRO ADVOGADOS (OAB 25210/AL), GUSTAVO GONALVES GOMES (OAB 266894A/SP), ALLYSON SOUSA DE FARIAS (OAB 8763/AL) - Processo 0725357-19.2014.8.02.0001/01 (apensado ao processo 0725357-19.2014.8.02.0001) - Embargos de Declarao - Interpretao / Reviso de Contrato - EMBARGANTE: Banco Santander Leasing S/A Arrendamento Mercantil - EMBARGADO: L DOS SANTOS GONCALVES COSTA - ME - Autos n 0725357-19.2014.8.02.0001/01 Ao: Embargos de Declarao Embargante: Banco Santander Leasing S/A Arrendamento Mercantil Tipo Completo da Parte Passiva Principal \\>: Nome da Parte Passiva Principal \\> DECISO Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAO, opostos sentena de fl s. 222/223 dos autos, atravs do qual o ru-embargante, BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., que o mesmo fez meno existncia de omisso quanto a no fi xao de honorrios advocatcios em desfavor do autor-embargado, vez que fora a sentena extinta sem o julgamento do mrito. Requereu, ao fi nal, a procedncia dos presentes embargos de declarao, com o suprimento da omisso indicada. Intimado o Embargado o mesmo se posicionou sobre o presente feito, requerendo a improcedncia dos embargos. Vieram-me os autos conclusos. Sucintamente, o relatrio. FUNDAMENTO E DECIDO. Os presentes embargos no procedem. Isto porque no h que se falar, in casu, em existncia de contradio e obscuridade na sentena capaz de ensejar a modifi cao da mesma pela oposio deste embargos. que, como se pode verifi car, a sentena prolatada no apresenta nenhuma omisso, posto que no caso em tela a extino do processo deu-se sem resoluo de mrito, em razo de acordo extrajudicial pactuado entre as partes. Sendo assim, e ante os argumentos acima expostos, recebo os embargos, porque tempestivos, NEGANDO-LHE PROVIMENTO quanto ao mrito, no sentido de manter inalterada a deciso embargada de fl s. 222/223 dos autos, em razo de inexistir omisso a ser sanada, posto que no cabvel a fi xao de honorrios tendo em vista ter sido extinto o feito sem o julgamento do mrito. Ademais, determino a expedio de alvar, consoante determinado na sentena de fl s. 222/223, independentemente do trnsito em julgado da mesma. Intimaes devidas. Macei,15 de dezembro de 2017. Pedro Jorge Melro Cansano Juiz de Direito

ADV: MARIA DO SOCORRO VAZ TORRES (OAB 3788A/AL), ALLYSON SOUSA DE FARIAS (OAB 8763/AL) - Processo 0727488-93.2016.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTORA: Maria do Socorro de Oliveira Nobre - RU: Banco Bradesco Financiamentos S/A - Chamo o feito ordem; Defi ro o pedido de dispensa do prazo recursal constante s fl s. 198 dos autos; D-se cumprimento ao dispositivo da sentena, com a expedio do competente alvar liberatrio na forma como determinado.

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Macei(AL), 15 de dezembro de 2017. Pedro Jorge Melro Cansano Juiz de Direito

Adriana Maria Marques Reis Costa (OAB 4449/AL)Allyson Sousa de Farias (OAB 8763/AL)Bruna Rafaelle Lins Liberal (OAB 12775/AL)Fernando Antnio Barbosa Maciel (OAB 4690/AL)Fernando Luz Pereira (OAB 9343A/AL)Gustavo Gonalves Gomes (OAB 266894A/SP)Jos Edson A. da Silva (OAB 2160/AL)Manuela Motta Moura da Fonte (OAB 20397/PE)Maria do Socorro Vaz Torres (OAB 3788A/AL)Moiss Batista de Souza (OAB 7190A/AL)Rosangela Tenorio da Silva Rodrigues (OAB 14010/AL)Siqueira Castro Advogados (OAB 25210/AL)

4 Vara Cvel da Capital - Intimao de Advogados

JUZO DE DIREITO DA 4 VARA CVEL DA CAPITALJUIZ(A) DE DIREITO AYRTON DE LUNA TENRIOESCRIV(O) JUDICIAL MARCELO RODRIGO FALCO VIEIRAEDITAL DE INTIMAO DE ADVOGADOS

RELAO N 0527/2017ADV: ANA PAULA LIMA DE LIRA (OAB 4888/AL), ANTNIO JOS DE VASCONCELOS SARMENTO (OAB 4870/AL), TERESA

CRISTINA CORDEIRO MOREIRA TORRES (OAB 4982/AL) - Processo 0007083-34.2003.8.02.0001 (001.03.007083-0) - Procedimento Sumrio - Adjudicao Compulsria - AUTOR: Jos Maurcio Laurindo Maux Lessa - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi cam as partes demandadas intimadas, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciarem o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 498,43, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: JOS FERREIRA JNIOR (OAB 5247/AL), FLVIA DE ALBUQUERQUE LIRA (OAB 24521/PE), JOS CAVALCANTE DE RANGEL MOREIRA (OAB 9466/PE), MICHELLE KARINE SALGUEIRO TEIXEIRA (OAB 6422/AL) - Processo 0029053-80.2009.8.02.0001 (apensado ao processo 0024477-44.2009.8.02.0001) (001.09.029053-5) - Busca e Apreenso em Alienao Fiduciria - Obrigao de Entregar - AUTORA: .Aymor Crdito Financiamento e Investimento S/A e outro - RU: Carlos Antonio Alves da Silva - SENTENATrata-se de Ao de Busca e Apreenso com pedido de liminar formulada por AYMOR CRDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A em face de CARLOS ANTNIO ALVES DA SILVA, pelos motivos elencados na inicial.No decorrer da lide, a parte autora foi intimada para promover a andamento do feito, sob pena de extino. No entanto, a autora no foi localizada no endereo indicado na inicial, constando mudou-se no AR juntado s fl s.79.Cumpre consignar que incube parte autora informar o endereo correto na petio inicial e mant-lo atualizado, presumindo-se vlida as intimaes dirigidas ao endereo constante nos autos. Assim, o desleixo, o esquecimento, o desprezo do processo daquele que movimentou a mquina judiciria faz presumir o desaparecimento do interesse processual, que condio para o exerccio regular do direito de agir. nesse sentido que vem se manifestando a doutrina e pontuando a jurisprudncia.PROCESSUAL CIVIL. EXECUO DE PRESTAO ALIMENTCIA. EXTINO DO PROCESSO. ABANDONO DA CAUSA. MUDANA DE ENDEREO SEM COMUNICAO AO JUZO. SENTENA MANTIDA. 1. obrigao das partes manter o endereo atualizado nos autos, consistindo a falta disto, sobretudo em relao parte autora, em ausncia de pressuposto de constituio e de desenvolvimento vlido do processo. 2. A parte que muda de endereo sem comunicar ao juzo, impossibilitando sua intimao para promover o andamento do feito, deve arcar com o nus da sua desdia, qual seja, a extino do feito por abandono da causa (art. 267, inc. III, do Cdigo de Processo Civil de 1973). Apelao cvel desprovida. (TJ-DF 20020310090956 - Segredo de Justia 0012889-40.2002.8.07.0003, Relator: HECTOR VALVERDE SANTANNA, Data de Julgamento: 15/06/2016, 6 TURMA CVEL, Data de Publicao: Publicado no DJE : 21/06/2016 . Pg.: 330/373)A inrcia das partes diante dos deveres e nus processuais, acarretando a paralisao do processo, faz presumir desistncia da pretenso tutela jurisdicional. Equivale ao desaparecimento do interesse, que condio para o regular exerccio do direito de ao (THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - vol. 2. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1985, p. 335).No obstante o abalizado entendimento de desistncia presumida, entendo que as hipteses que melhor se amoldam so o abandono processual e a ausncia de desenvolvimento vlido e regular do processo, esculpidos, respectivamente, no art. 485, III e IV do CPC.Prescreve o artigo 485, III, do Cdigo de Processo Civil que se extingue o processo sem resoluo do mrito quando o autor abandona o processo por mais de 30 (trinta) dias. O inciso IV do retromencionado artigo dispe que a ausncia de pressupostos de constituio e de desenvolvimento vlido e regular do processo tambm causa para extino sem resoluo do mrito.Haja vista a quantidade de processos hoje existente no Judicirio, no possvel permitir o acmulo de lides processuais em que a parte autora no apresente interesse no andamento do feito. Assim, ante a inrcia da parte Requerente, declaro EXTINTA a presente ao, nos termos do art. 485, III e IV, do Cdigo de Processo Civil.Custas pela parte autora, se houver. Com o decurso do prazo e trnsito em julgado da sentena, arquive-se o processo com as cautelas de praxe.Publique. Registre-se. Intime-se.Macei, 14 de dezembro de 2017.Ayrton de Luna TenrioJuiz de Direito

ADV: ANITA MIRANDA GAMELEIRA (OAB 2500AL), DAVI BELTRO CAVALCANTI PORTELA (OAB 7633/AL), PAULO ROBERTO FREITAS DE ALBUQUERQUE (OAB 00003076AL) - Processo 0078401-38.2007.8.02.0001 (001.07.078401-0) - Procedimento Ordinrio - Indenizao por Dano Moral - AUTORA: OSANA GOES MAZONI - LITSPASSIV: Fundao Educacional Jayme de Altavila - FEJAL - R: Betania Marinho Reis Branco da Silva - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi cam as partes intimadas, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciarem o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 184,21, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: GUSTAVO FERREIRA GOMES (OAB 5865/AL), RODRIGO DA COSTA BARBOSA (OAB 5997/AL), BARTYRA MOREIRA DE FARIAS BRAGA HOLANDA (OAB 6591/AL), DELSON LYRA DA FONSECA (OAB 7390/AL), FERNANDO ANTNIO JAMBO MUNIZ FALCO (OAB 5589/AL), SAVIO LCIO AZEVEDO MARTINS (OAB 5074/AL) - Processo 0700328-69.2011.8.02.0001 - Procedimento Sumrio - Dano Moral - AUTORA: Amlia Adriana de Carvalho Campelo - RU: Adriano Soares da Costa e outros - ATO ORDINATRIOEm

Publicao Ofi cial do Tribunal de Justia do Estado de Alagoas - Lei Federal n 11.419/06, art. 4

Disponibilizao: quarta-feira, 20 de dezembro de 2017 Dirio Ofi cial Poder Judicirio - Caderno Jurisdicional - Primeiro Grau Macei, Ano IX - Edio 2010 4

cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi ca a parte r intimada, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciar o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 579,08, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: LUDMILA TENRIO BARRETO (OAB 14877/AL), AURORA DAYANNE MARTINS DA SILVA (OAB 14212/AL), RAFAEL PORDEUS COSTA LIMA FILHO (OAB 3432/CE), HAILKA MARIANA BERNARDINO BARBOSA (OAB 15176/AL) - Processo 0700528-66.2017.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTORA: Waldirene Alves dos Santos - R: .Aymor Crdito Financiamento e Investimento S/A - SENTENAAjuizada a demanda pela parte autora acima referida, o procedimento seguiu seu curso natural, quando ento foram realizados atos processuais visando impulsionar o feito concluso com o julgamento do mrito.No entanto, antes da manifestao do Estado-Juiz no sentido de acolher ou rejeitar pretenso deduzida na inicial, a parte autora peticionou formulando pedido de desistncia da ao tendo em vista no possuir mais interesse no presente feito. No essencial, o relatrio.O pedido de desistncia formulado pela parte autora, manifestado de forma expressa, no encontra obstculo algum no sistema processual, tendo em vista que a parte r manifestou concordncia com o pedido diante de fl s.136.Diante das razes expostas, dando por encerrada esta etapa do procedimento, HOMOLOGO O PEDIDO DE DESISTNCIA FORMULADO PELA PARTE AUTORA, para que possa produzir todos os seus efeitos legais e jurdicos, julgando extinto o processo sem a resoluo do mrito, nos termos do artigo art. 485, VIII do CPC. Sem custas por ser a autora benefi ciria da assistncia judiciria gratuita. Sem condenao em honorrios advocatcios.Certifi cado o trnsito em julgado, arquive-se o processo. Publique-se. Arquive-se. Intime-se. Macei,18 de dezembro de 2017.Ayrton de Luna Tenrio Juiz de Direito

ADV: FELIPE DE CASTRO FIGUEIRDO (OAB 7526/AL) - Processo 0700922-15.2013.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Perdas e Danos - AUTOR: Companhia de Abastecimento Dgua e Saneamento do Estado de Alagoas - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi ca a parte r intimada, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciar o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 526,42, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: FELIPE ANDRES ACEVEDO IBAEZ (OAB 206339/SP) - Processo 0700981-37.2012.8.02.0001 (apensado ao processo 0703488-05.2011.8.02.0001) - Busca e Apreenso em Alienao Fiduciria - Alienao Fiduciria - AUTORA: .Aymor Crdito Financiamento e Investimento S/A e outro - SENTENAAjuizada a demanda pela parte autora acima referida, o procedimento seguiu seu curso natural com a realizao da citao da parte r, quando ento foram realizados atos processuais visando impulsionar o feito concluso com o julgamento do mrito.No entanto, antes da manifestao do Estado-juiz no sentido de acolher ou rejeitar pretenso deduzida na inicial, as partes formularam acordo extrajudicial, motivo pelo qual a parte autora afi rma no possuir mais interesse em prosseguir com a presente ao.No essencial, o relatrio.Dispe o art. 493 do CPC, que: Se, depois da propositura da ao, algum fato constitutivo, modifi cativo ou extintivo do direito infl uir no julgamento do mrito, caber ao juiz tom-lo em considerao, de ofcio ou a requerimento da parte, no momento de proferir a deciso. No presente caso, o interesse de agir da impetrante, uma das condies da ao, deixou de existir. Assim, a tutela jurisdicional, nos termos em que foi proposta, mostra-se desnecessria, pelo que se impe o reconhecimento da perda do objeto. No h, portanto, razo plausvel para que se d prosseguimento ao feito, j que inexiste qualquer resistncia e por conseguinte lide, e tampouco outra questo a ser decidida. Assim, uma deciso de mrito no importaria qualquer resultado necessrio ou til. Destarte, apresenta-se o fenmeno da carncia de ao superveniente, por falta do interesse de agir, a impor a pura e simples extino do processo sem julgamento do mrito. Ante o exposto, julgo EXTINTO O PROCESSO sem resoluo do mrito, com fulcro no artigo 485, VI, do Cdigo de Processo Civil, tendo em vista a perda do objeto da ao, para que produza seus efeitos legais.Sem custas, sem condenao em honorrios.Certifi cado o trnsito em julgado, arquive-se o processo.Publique-se. Registre-se. Intime-se.Macei,

ADV: RODRIGO ALVES O. DOS SANTOS XAVIER (OAB 10545/AL) - Processo 0701897-03.2014.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Obrigao de Fazer / No Fazer - AUTORA: NEIARI SANTOS RESENDE e outros - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi ca a parte r intimada, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciar o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 214,63, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: WELLINGTON BARBOSA PITOMBEIRA JNIOR (OAB 10899/AL), ANTNIO BRAZ DA SILVA (OAB 8736A/AL) - Processo 0704420-51.2015.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTOR: LEVI MANOEL DA SILVA - RU: Cia Itauleasing de Arrendamento Mercantil - SENTENATrata-se de Ao de Revisional de Contrato Bancrio com pedido de liminar formulada por Levi Manoel da Silva em face de Cia Itauleasing de Arrendamento Mercantil, pelos motivos elencados na inicial.No decorrer da lide, a parte autora foi intimada para promover a andamento do feito, sob pena de extino. No entanto, o autor no foi localizado no endereo indicado na inicial, constando mudou-se no AR juntado s fl s.141.Cumpre consignar que incube parte autora informar o endereo correto na petio inicial e mant-lo atualizado, presumindo-se vlida as intimaes dirigidas ao endereo constante nos autos. Assim, o desleixo, o esquecimento, o desprezo do processo daquele que movimentou a mquina judiciria faz presumir o desaparecimento do interesse processual, que condio para o exerccio regular do direito de agir. nesse sentido que vem se manifestando a doutrina e pontuando a jurisprudncia.PROCESSUAL CIVIL. EXECUO DE PRESTAO ALIMENTCIA. EXTINO DO PROCESSO. ABANDONO DA CAUSA. MUDANA DE ENDEREO SEM COMUNICAO AO JUZO. SENTENA MANTIDA. 1. obrigao das partes manter o endereo atualizado nos autos, consistindo a falta disto, sobretudo em relao parte autora, em ausncia de pressuposto de constituio e de desenvolvimento vlido do processo. 2. A parte que muda de endereo sem comunicar ao juzo, impossibilitando sua intimao para promover o andamento do feito, deve arcar com o nus da sua desdia, qual seja, a extino do feito por abandono da causa (art. 267, inc. III, do Cdigo de Processo Civil de 1973). Apelao cvel desprovida. (TJ-DF 20020310090956 - Segredo de Justia 0012889-40.2002.8.07.0003, Relator: HECTOR VALVERDE SANTANNA, Data de Julgamento: 15/06/2016, 6 TURMA CVEL, Data de Publicao: Publicado no DJE : 21/06/2016 . Pg.: 330/373)A inrcia das partes diante dos deveres e nus processuais, acarretando a paralisao do processo, faz presumir desistncia da pretenso tutela jurisdicional. Equivale ao desaparecimento do interesse, que condio para o regular exerccio do direito de ao (THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - vol. 2. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1985, p. 335).No obstante o abalizado entendimento de desistncia presumida, entendo que as hipteses que melhor se amoldam so o abandono processual e a ausncia de desenvolvimento vlido e regular do processo, esculpidos, respectivamente, no art. 485, III e IV do CPC.Prescreve o artigo 485, III, do Cdigo de Processo Civil que se extingue o processo sem resoluo do mrito quando o autor abandona o processo por mais de 30 (trinta) dias. O inciso IV do retromencionado artigo dispe que a ausncia de pressupostos de constituio e de desenvolvimento vlido e regular do processo tambm causa para extino sem resoluo do mrito.Haja vista a quantidade de processos hoje existente no Judicirio, no possvel permitir o acmulo de lides processuais em que a parte autora no apresente interesse no andamento do feito. Assim, ante a inrcia da parte Requerente, declaro EXTINTA a presente ao, nos termos do art. 485, III e IV, do Cdigo de Processo Civil.Custas pela

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parte autora, se houver. Com o decurso do prazo e trnsito em julgado da sentena, arquive-se o processo com as cautelas de praxe.Publique. Registre-se. Intime-se.Macei, 14 de dezembro de 2017.Ayrton de Luna TenrioJuiz de Direito

ADV: PAULO SRGIO BASTOS DA SILVA JNIOR (OAB 8112/AL), ROMEU DE OLIVEIRA E SILVA JNIOR (OAB 144186/SP) - Processo 0705698-92.2012.8.02.0001 - Consignao em Pagamento - Pagamento em Consignao - AUTOR: COMERCIAL DOS PARAFUSOS - RU: BOAINAIN INDUSTRIA E COMRCIO LTDA - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi cam as partes intimadas, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciarem o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 468,96, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: MAURCIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (OAB 10083A/AL), FABIANO ALVIM DOS ANJOS (OAB 7935/AL) - Processo 0706470-21.2013.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Assuno de Dvida - AUTOR: BANCO ITA S/A - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi ca a parte r intimada, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciar o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 17,72, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: GUSTAVO RIBEIRO DE ALMEIDA (OAB 8783/AL), FELIPE ANDRES ACEVEDO IBAEZ (OAB 206339/SP), JOO ARTUR ANDION, ANA CAROLINA MOURA DE MELO (OAB 12936/AL) - Processo 0706882-15.2014.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTOR: BENCIO LOURENO DOS SANTOS - RU: Banco Panamericano S/A - SENTENATrata-se de AO REVISIONAL DE CONTRATO COM PEDIDO DE LIMINAR proposta por BENCIO LOURENO DOS SANTOS, devidamente qualifi cado na inicial, em face de BANCO PANAMERICANO S/A, igualmente qualifi cado.Aduz a parte autora em sua pea inicial que fi rmou um Contrato de Financiamento com o Ru, tendo por objeto um veculo GM/CELTA, 4 portas, Fab/Mod. 2004/2004, Cor Branca, 5P/70CV, Chassi 9BGRD48X04G160135, Placa MVE-8921. Aduz, ainda, que encontra-se sem condies de adimplir com as prestaes avenadas devido aos encargos abusivos e ilegais impostos pelo ru. Por fi m, informa que o referido contrato consistia no pagamento de 60 (sessenta) prestaes no valor de R$ 496,89 (quatrocentos e noventa e seis reais e oitenta e nove Centavos), tendo quitado 30 (trinta) destas parcelas, totalizando a importncia quitada de R$ 14.906,70 (quatorze mil, novecentos e seis reais e setenta centavos). Sustenta que no contrato existem clusulas abusivas, tendo o Ru agido em abuso de poder econmico, aplicando capitalizao mensal de juros, correo monetria cumulada com comisso de permanncia, juros moratrios e remuneratrios acima do limite legal, da taxa de abertura de crdito. Assim, requereu liminarmente, que fosse concedida a permanncia do carro com o autor, o depsito do valor incontroverso, alm de liminar para que no seja colocado o nome do autor na SERASA e no SPC.Colacionou documentos de fl s.20/50.Deciso concedendo a antecipao dos efeitos da tutela, mantendo a posse do bem, mediante o depsito do valor integral de cada parcela (fl s.51/53).Regularmente citado, o Banco ru apresentou contestao (fl s.56/73), pugnando pela improcedncia da ao. Junta documentos (fl s.74/83).Oferecida a chance da parte autora se manifestar, esta apresentou rplica, s fl s.91/102, sustentando que parte demandada no apresentou o contrato pactuado entre a partes, pugnando pela procedncia da ao. o relatrio. Fundamento e Decido.Do julgamento antecipado da lide:O processo suporta o julgamento no estado em que se encontra, conforme o que preceitua o art. 355, Inciso I, do Cdigo de Processo Civil de 2015, sendo desnecessria a produo de prova em audincia para formar o convencimento deste Magistrado.Da desnecessidade de realizao de percia contbil.Da mesma forma, mostra-se desnecessria a produo de prova pericial contbil, requerida pela parte demandante, haja vista que a pretenso do autor diz respeito to somente a discutir a legalidade das clusulas contratuais, ou seja, matria eminentemente de direito. Nesse sentido, colaciono os seguintes precedentes:AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO REVISIONAL DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE EQUIPAMENTOS E INSUMOS. PROVA PERICIAL E TESTEMUNHAL. Pedido de reviso das clusulas do contrato de compra e venda de equipamentos e insumos, que dispensa a produo de prova pericial e testemunhal. AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO. (Agravo de Instrumento N 70032610677, Dcima Primeira Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Bayard Ney de Freitas Barcellos, Julgado em 05/05/2010)AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGOCIOS JURIDICOS BANCARIOS. AO REVISIONAL DE CONTRATO. PERICIA CONTABIL. DESNECESSIDADE. O Juiz o destinatrio da prova, incumbindo a ele, mediante a anlise do quadro probatrio existente nos autos, avaliar quais as provas so necessrias instruo do processo e indeferir as diligncias inteis ou meramente protelatrias. NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. (Agravo N 70059349514, Vigsima Quarta Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS, Relator: Altair de Lemos Junior, Julgado em 28/05/2014)Ante o exposto, INDEFIRO o requerimento de realizao de prova pericial contbil, formulado pela parte demandante.Da preliminar de aplicao da lei 12.810/2013:Alegou a parte r em sua pea contestatria que e a lei 12.810/2013 acrescentou ao Cdigo de Processo Civil o artigo 285-B que determina que nos litgios que tenham por objeto prestaes decorrentes de emprstimo, fi nanciamento ou arrendamento mercantil, o autor dever discriminar na petio inicial, dentre as obrigaes contratuais, aquelas que pretende controverter, quantifi cando o valor incontroverso. Assim, requereu a extino do feito, por se tratar de requisito indispensvel exordial. Contudo, entendo que no h fundamento tal preliminar. Isso porque o autor apresentou, s fl s. 24, a tabela contendo as parcelas contratadas e o valor que entende como incontroverso, motivo pelo qual no se pode falar em inpcia da inicial com a consequente extino do feito, devendo a presente preliminar ser afastada.Da aplicabilidade do Cdigo de Defesa do ConsumidorSegundo dispe o Cdigo de Defesa do Consumidor, em seu artigo 3, 2, a empresa que realiza atividade remunerada, ainda que de natureza bancria ou de crdito, considerada fornecedora de servio. A disposio legal clara e no mais se discute nos Tribunais se os contratos com instituies fi nanceiras esto sob a gide da proteo da Lei 8.078/90.Tal entendimento, a propsito, j restou consolidado com a edio da Smula n 297, do Superior Tribunal de Justia, no sentido de que O Cdigo de Defesa do Consumidor aplicvel s instituies fi nanceiras. Assim, no resta dvida quanto aplicao da legislao consumerista ao presente caso.Do apontamento das clusulas abusivas:A Smula 381 do Superior Tribunal de Justia enuncia que vedado ao julgador conhecer, de ofcio, da abusividade das clusulas nos contratos bancrios. Portanto, fi ca defi nido que um suposto abuso em contratos bancrios deve ser demonstrado cabalmente, no sendo possvel que o julgador reconhea a irregularidade por iniciativa prpria.No caso em apreo, apenas sero analisadas as clusulas referentes: aos juros remuneratrios, os juros moratrios, capitalizao mensal de juros, a comisso de permanncia cumulada com correo monetria, multa moratria, taxa de abertura de crdito, gravame eletrnico, a tarifa bancria (boleto bancrio) e a repetio do indbito.Dos juros remuneratriosOs juros remuneratrios, que so aqueles que tm por escopo a remunerao do capital mutuado, de ordinrio, incidem sobre o perodo de normalidade do contrato, ou seja, de regra, vige no caso de pontualidade.A Smula n 596 do Supremo Tribunal Federal enuncia: as disposies do Decreto n 22.626/33 no se aplicam s taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas operaes realizadas por instituies pblicas ou privadas que integram o Sistema Financeiro Nacional.A Emenda Constitucional n 40, de 29 de maio de 2003, revogou o dispositivo constitucional constante do ento 3 do artigo 192 da Constituio da Repblica, que restringia os juros reais a 12% ao ano no Sistema Financeiro Nacional e que, inclusive, segundo orientao da Suprema Corte no era autoaplicvel.Por este motivo, tem entendido a jurisprudncia majoritria que no h um limitador a priori para a taxa de juros remuneratrios, pactuada ou imposta nos contratos bancrios, seja ele a taxa SELIC ou os 12% antes insertos na CF/88 ou outro qualquer. A aplicao do CDC protege o consumidor da taxa abusiva, ou seja, excessivamente onerosa, como aquela que excede

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exageradamente os parmetros utilizados no mercado. Mas no estabelece ndice ou critrio prefi xado, por isso utiliza-se os ndices mdios de mercado.Como visto, os juros remuneratrios, para o perodo da normalidade, no apresentam limitaes legais ou constitucionais, mas devem ser revisados judicialmente quando manifestamente abusivos. O abuso, segundo macia jurisprudncia, aquele que exorbita, em muito e signifi cativamente, da mdia dos juros de mercado, verbis:AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO BANCRIO. AO REVISIONAL. JUROS REMUNERATRIOS. LIMITAO AFASTADA. COMISSO DE PERMANNCIA.LICITUDE DA COBRANA.1. A alterao da taxa de juros remuneratrios pactuada em mtuo bancrio depende da demonstrao cabal de sua abusividade em relao taxa mdia do mercado. (...).3. Agravo regimental provido para conhecer do agravo de instrumento e conhecer em parte do recurso especial e dar-lhe provimento.(AgRg no Ag 1018134/SE, Rel. Ministro JOO OTVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 04/05/2010, DJe 17/05/2010). (grifei).CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.CONTRATO BANCRIO. JUROS REMUNERATRIOS. LEI DE USURA. LIMITAO.INEXISTNCIA. QUESTO PACIFICADA. ART. 543-C, DO CPC. RESP 1.061.530/RS. IMPROVIMENTO. MANIFESTA IMPROCEDNCIA. MULTA. ART.557, 2, DO CPC. (AgRg no Ag 1088672/MT, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 13/04/2010, DJe 10/05/2010). (grifei).Contudo, no caso dos autos, diante da ausncia de juntada do contrato, no h como averiguar se os juros contratados so abusivos ou no. Dessa feita, os juros remuneratrios devem ser limitados taxa mdia de juros do mercado fi xada pelo BACEN na data da contratao, ou, caso apresentado o contrato em sede de liquidao, a taxa do contrato, se esta for mais vantajosa ao consumidor.Da capitalizao dos JurosPara os contratos anteriores a 31 de maro de 2000, nos termos do que dispe a Smula n 121 do STF - vedada a capitalizao de juros, ainda que expressamente convencionada - somente se admitindo a capitalizao anual dos juros, exceto no caso de cdulas de crdito rural, comercial e industrial, pois a legislao aplicvel a estas admite, desde sempre, o pacto de capitalizao, nos termos da Smula n 93 do STJ.A Medida Provisria n 1.963-17, de 31 de maro de 2000, reeditada at a Medida Provisria n 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, em vigor pelo artigo 2 da Emenda Constitucional n 32, de 11 de setembro de 2001 permite a capitalizao mensal para os contratos celebrados sob sua vigncia.Em mbito jurisprudencial, o C. STJ era no sentido de permitir a incidncia da capitalizao dos juros, desde que houvesse clusula contratual expressa e clara, de modo a garantir que o fi nanciado tivesse conhecimento inequvoco do que estaria contratando.Atualmente, fi rmou-se na Corte Superior o entendimento de que a mera divergncia numrica entre as taxas de juros remuneratrios anuais e o duodcuplo da taxa mensal sufi ciente para caracterizar a expressa contratao de capitalizao.Nesse sentido:DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AO REVISIONAL. HARMONIA ENTRE O ACRDO RECORRIDO E A JURISPRUDNCIA DO STJ.1. A divergncia entre as taxas de juros anual e o duodcuplo da taxa mensal, previstas numericamente no contrato, sufi ciente para caracterizar a expressa contratao de capitalizao.2. Agravo no provido. (STJ, 3 Turma, AgRg no Ag em REsp n. 357.980/DF, Min. Rel. Nancy Andrighi, julgado em 24.09.2013)No caso em lia, como o contrato no foi juntado aos autos pelo ru, torna-se invivel a anlise da capitalizao, devendo ser afastada, pois apenas assim o direito de informao prescrito pelo Cdigo de Defesa do Consumidor, em seu art. 6, inciso III restar preservado.Da comisso de permanncia cumulada com demais encargosA comisso de permanncia, como instrumento de atualizao do saldo devido, pode ser cobrada apenas aps o vencimento da prestao, quando confi gurada a mora do devedor, desde que expressamente pactuada, inacumulvel com outros consectrios de mora (juros moratrios stricto sensu, multa moratria e correo monetria).Na hiptese, o contrato no foi acostado aos autos. Portanto, no h notcia dos termos em que a comisso de permanncia foi contratada ou se, de fato, houve contratao do encargo, razo por que fi ca afastada a possibilidade de sua cobrana.Encargos moratriosCom relao aos encargos moratrios, diante do afastamento da comisso de permanncia, entendo que os juros devem ser fi xados em 1% ao ms, nos termos do artigo 406 do Cdigo Civil c/c artigo 161, 1, do Cdigo Tributrio Nacional, e a multa dever ser fi xada no patamar de 2% sobre o dbito em atraso, com base no art. 52, 1, do CDC.Da Taxa de Emisso de BoletoA cobrana da tarifa de emisso de boleto representa vantagem exagerada das instituies fi nanceiras em face dos consumidores, bem como viola o disposto nos arts. 39, V, e 51, 1, I e III, do CDC.A ilegalidade da sua cobrana assente na jurisprudncia, veja-se:APELAO CVEL. PROCESSO CIVIL. AO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VECULO C/C REPETIO DE INDBITO. APLICABILIDADE DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. POSSIBILIDADE DE REVISO DE CLUSULAS ABUSIVAS. INVERSO DO NUS DA PROVA. AUSNCIA DE COMPROVAO DO ALEGADO E DO CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES PELOS APELANTES. NO CONHECIMENTO DA PRELIMARES. RELATIVIZAO DO PRINCPIO DO PACTA SUNT SERVANDA. PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA. NO INCIDNCIA DA COMISSO DE PERMANNCIA. CAPITALIZAO DE JUROS. ILEGALIDADE DE COBRANA DE TAC E TEC. TAXA DE JUROS REMUNERATRIOS E MORATRIOS. MANUTENO DA MULTA DIRIA FIXADA. HONORRIOS ADVOCATCIOS REDUZIDOS. RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO EM PARTE. UNANIMIDADE. (TJ/AL, 2 Cmara Cvel, Apelao n. 2011.002199-8, Des. Rel. Elisabeth Carvalho Nascimento, julgado em 28.06.2011)CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVOS REGIMENTAIS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA. LIMITAO (12% A.A). LEI DE USURA (DECRETO N. 22.626/1933). NO INCIDNCIA. APLICAO DA LEI N. 4.595/1964. DISCIPLINAMENTO LEGISLATIVO POSTERIOR. SMULA N. 596-STF. INEXISTNCIA DE ONEROSIDADE EXCESSIVA. ABUSIVIDADE. APLICAO DO CDC. MATRIA DE DIREITO. ENCARGOS INDEVIDAMENTE COBRADOS. DESCARACTERIZAO DA MORA. TEMAS PACIFICADOS. (...). III. A descaracterizao da mora ocorre pela cobrana de encargos indevidos, como, no caso concreto, as tarifas de emisso de carn, de abertura de crdito e a bancria, entendimento amparado na jurisprudncia pacifi cada na 2 Seo do STJ, nos termos do EREsp n. 163.884/RS, Rel. p/ acrdo Min. Ruy Rosado de Aguiar, e REsp n. 713.329/RS, Rel. p/ acrdo Min. Carlos Alberto Menezes Direito. IV. Agravos improvidos. (AgRg no REsp 899.287/RS, Rel. Ministro Aldir Passarinho Junior, 4 Turma, julgado em 01/03/2007, DJ 07/05/2007).Assim, fi ca expurgada a cobrana desta taxa, porquanto ao consumidor no pode ser imposto o pagamento de servio (emisso do boleto) que de responsabilidade da instituio fi nanceira.Da Taxa de Abertura de CrditoA cobrana da tarifa de abertura de crdito apresenta-se abusiva, porquanto inexistente contraprestao de servio ao consumidor a justifi car a sua exigncia. Na prtica, as instituies fi nanceiras esto transferindo, indevidamente, o eventual custo administrativo da contratao parte aderente, implicando violao ao disposto no art. 51, IV do Cdigo de Defesa do Consumidor.Destaca-se que a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia, da mesma forma, reconhece a abusividade da cobrana da referida tarifa:.CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO DE CDULA DE CRDITO BANCRIO. MORA DESCARACTERIZADA. MANUTENO DE POSSE. TEMAS PACIFICADOS. AGRAVO IMPROVIDO.I. A descaracterizao da mora ocorre pela cobrana de encargos indevidos, como, no caso concreto, a cobrana da taxa de abertura de crdito, entendimento amparado na jurisprudncia pacifi cada na 2 Seo do STJ, nos termos do EREsp n. 163.884/RS, Rel. p/ acrdo Min. Ruy Rosado de Aguiar, e REsp n. 713.329/RS, Rel. p/ acrdo Min. Carlos Alberto Menezes Direito.II. Presente esse pressuposto, no possvel retirar do agravado a posse do bem.III. Agravo improvido. (AgRg no REsp 985679/RS, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 06/11/2007, DJ 10/12/2007, p. 397)Nesse diapaso, resta manifesta a nulidade da cobrana da referida taxa.Da compensao e da repetio do indbitoApurada eventual existncia de saldo devedor em sede de liquidao, devem ser compensados os pagamentos a maior feitos no curso da contratualidade. Caso se verifi que que o dbito est quitado, devem ser devolvidos os valores eventualmente pagos a maior, na forma simples, corrigidos pelo INP-C desde o desembolso, com juros legais desde a citao.DispositivoEm face do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos formulados na AO REVISIONAL DE CONTRATO proposta por: BENCIO LOURENO DOS SANTOS, contra BANCO PANAMERICANO S/A, extinguindo o processo com resoluo de

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mrito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015, para o fi m de:a) limitar os juros remuneratrios taxa mdia de mercado fi xada pelo BACEN na data da contratao ou caso apresentado o contrato em sede de liquidao, a taxa do contrato, se esta for menor;b) afastar a capitalizao de juros em qualquer periodicidade;c) vedar a cobrana da comisso de permanncia, incidindo no perodo de inadimplncia juros moratrios de 1% ao ms e multa de 2% sobre o valor em atraso.d) decotar do contrato a cobrana da Tarifa de Abertura de Crdito e Taxa de Emisso de Carn/boleto, nos termos da fundamentao supra;e) autorizar a repetio do indbito na forma simples e a compensao de valores, apurados em liquidao, com o propsito de pagar o contrato.Por fi m, diante do maior decaimento da parte r, com fulcro no art. 86, pargrafo nico do CPC/2015, CONDENO a parte r em custas e honorrios advocatcios, os quais fi xo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do 2, do art. 85, do CPC/2015. Os honorrios devero ser corrigidos pelo INP-C, a partir da data da sentena.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Macei,

ADV: PAULO HENRIQUE DOS SANTOS NASCIMENTO (OAB 10003/AL) - Processo 0706924-64.2014.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTOR: MAURICIO SANTOS - SENTENATrata-se de AO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C PEDIDO LIMINAR E CONSIGNAO EM PAGAMENTO proposta por MAURICIO SANTOS, devidamente qualifi cado na inicial, em face de BANCO VOLKSVAGEM, igualmente qualifi cado.Narra a inicial que o demandante fi rmou junto o Ru contrato de fi nanciamento que tem por objeto do veculo automotor tipo passeio, marca VOLKSWAGEM, modelo Gol, ano 2011/modelo 2012, placa OHC3129, por meio do qual assumiu uma dvida a ser paga em 60 (sessenta) parcelas de R$850,45 (oitocentos e cinqenta reais e quarenta e cinco centavos).Sustenta que no contrato existem clusulas abusivas, tendo o Ru agido em abuso de poder econmico, aplicando capitalizao mensal de juros, correo monetria cumulada com comisso de permanncia, juros moratrios e remuneratrios acima do limite legal, da taxa de abertura de crdito, tarifa de emisso de boleto. Alega, ainda, que no lhe fora dada oportunidade de tomar conhecimento do contedo contratual.Colacionou documentos de fl s.18/29.Deciso concedendo a antecipao dos efeitos da tutela, mantendo a posse do bem, mediante o depsito do valor integral (fl s.32/34).Devidamente Citado, o ru deixou transcorrer in albis o prazo, sem apresentar qualquer defesa, consoante certido de fl s.41. o relatrio. Fundamento e Decido.Do julgamento antecipado da lide:O processo suporta o julgamento no estado em que se encontra, conforme o que preceitua o art. 355, Inciso I, do Cdigo de Processo Civil de 2015, sendo desnecessria a produo de prova em audincia para formar o convencimento deste Magistrado.Inicialmente, faz-se necessrio reconhecer a confi gurao da revelia na presente ao, haja vista que o Ru deixou de apresentar sua Contestao no prazo legal, apesar de devidamente citado, nos termos do Art. 344, do CPC/2015, que assim dispe:Art. 344. Se o ru no contestar a ao, ser considerado revel e presumir-se-o verdadeiras as alegaes de fato formuladas pelo autor.Na espcie, compulsando os autos do presente processo, v-se que elementos de persuaso j existem para a outorga da prestao jurisdicional requerida, posto que as provas documentais carreadas aos autos j deram ensejo formao do livre convencimento deste Magistrado, sendo desnecessria, portanto, a produo de novas provas, pois, como j mencionado, existem nos autos elementos de convico sufi cientes, de fatos e de direito, que autorizam o julgamento da ao.Conforme ditames do art. 344 do Cdigo de Processo Civil, posto estar diante da revelia do ru sero presumidos verdadeiros os fatos alegados pelo autor. Entretanto, no basta a simples ausncia de contestao para formar o convencimento do magistrado, devendo o autor, porm, provar os fatos constitutivos narrados na inicial. Da aplicabilidade do Cdigo de Defesa do ConsumidorSegundo dispe o Cdigo de Defesa do Consumidor, em seu artigo 3, 2, a empresa que realiza atividade remunerada, ainda que de natureza bancria ou de crdito, considerada fornecedora de servio. A disposio legal clara e no mais se discute nos Tribunais se os contratos com instituies fi nanceiras esto sob a gide da proteo da Lei 8.078/90.Tal entendimento, a propsito, j restou consolidado com a edio da Smula n 297, do Superior Tribunal de Justia, no sentido de que O Cdigo de Defesa do Consumidor aplicvel s instituies fi nanceiras. Assim, no resta dvida quanto aplicao da legislao consumerista ao presente caso.Do apontamento das clusulas abusivas:A Smula 381 do Superior Tribunal de Justia enuncia que vedado ao julgador conhecer, de ofcio, da abusividade das clusulas nos contratos bancrios. Portanto, fi ca defi nido que um suposto abuso em contratos bancrios deve ser demonstrado cabalmente, no sendo possvel que o julgador reconhea a irregularidade por iniciativa prpria.No caso em apreo, apenas sero analisadas as clusulas referentes: aos juros remuneratrios, os juros moratrios, capitalizao mensal de juros, a comisso de permanncia cumulada com correo monetria, multa moratria, IOF, taxa de abertura de crdito, tarifa de emisso de boleto e a repetio do indbito.Dos juros remuneratriosOs juros remuneratrios, que so aqueles que tm por escopo a remunerao do capital mutuado, de ordinrio, incidem sobre o perodo de normalidade do contrato, ou seja, de regra, vige no caso de pontualidade.A Smula n 596 do Supremo Tribunal Federal enuncia: as disposies do Decreto n 22.626/33 no se aplicam s taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas operaes realizadas por instituies pblicas ou privadas que integram o Sistema Financeiro Nacional.A Emenda Constitucional n 40, de 29 de maio de 2003, revogou o dispositivo constitucional constante do ento 3 do artigo 192 da Constituio da Repblica, que restringia os juros reais a 12% ao ano no Sistema Financeiro Nacional e que, inclusive, segundo orientao da Suprema Corte no era autoaplicvel. Por este motivo, tem entendido a jurisprudncia majoritria que no h um limitador a priori para a taxa de juros remuneratrios, pactuada ou imposta nos contratos bancrios, seja ele a taxa SELIC ou os 12% antes insertos na CF/88 ou outro qualquer. A aplicao do CDC protege o consumidor da taxa abusiva, ou seja, excessivamente onerosa, como aquela que excede exageradamente os parmetros utilizados no mercado. Mas no estabelece ndice ou critrio prefi xado, por isso utiliza-se os ndices mdios de mercado.Como visto, os juros remuneratrios, para o perodo da normalidade, no apresentam limitaes legais ou constitucionais, mas devem ser revisados judicialmente quando manifestamente abusivos. O abuso, segundo macia jurisprudncia, aquele que exorbita, em muito e signifi cativamente, da mdia dos juros de mercado, verbis:AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO BANCRIO. AO REVISIONAL. JUROS REMUNERATRIOS. LIMITAO AFASTADA. COMISSO DE PERMANNCIA.LICITUDE DA COBRANA.1. A alterao da taxa de juros remuneratrios pactuada em mtuo bancrio depende da demonstrao cabal de sua abusividade em relao taxa mdia do mercado. (...).3. Agravo regimental provido para conhecer do agravo de instrumento e conhecer em parte do recurso especial e dar-lhe provimento.(AgRg no Ag 1018134/SE, Rel. Ministro JOO OTVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 04/05/2010, DJe 17/05/2010). (grifei).CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.CONTRATO BANCRIO. JUROS REMUNERATRIOS. LEI DE USURA. LIMITAO.INEXISTNCIA. QUESTO PACIFICADA. ART. 543-C, DO CPC. RESP 1.061.530/RS. IMPROVIMENTO. MANIFESTA IMPROCEDNCIA. MULTA. ART.557, 2, DO CPC. (AgRg no Ag 1088672/MT, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 13/04/2010, DJe 10/05/2010). (grifei).Contudo, no caso dos autos, diante da revelia operada e da consequente ausncia de juntada do contrato, no h como averiguar se os juros contratados so abusivos ou no. Dessa feita, os juros remuneratrios devem ser limitados taxa mdia de juros do mercado fi xada pelo BACEN na data da contratao, ou, caso apresentado o contrato em sede de liquidao, a taxa do contrato, se esta for mais vantajosa ao consumidor.Da capitalizao dos JurosPara os contratos anteriores a 31 de maro de 2000, nos termos do que dispe a Smula n 121 do STF - vedada a capitalizao de juros, ainda que expressamente convencionada - somente se admitindo a capitalizao anual dos juros, exceto no caso de cdulas de crdito rural, comercial e industrial, pois a legislao aplicvel a estas admite, desde sempre, o pacto de capitalizao, nos termos da Smula n 93 do STJ.A Medida Provisria n 1.963-17, de 31 de maro de 2000, reeditada at a Medida Provisria n 2.170-36, de 23 de agosto de 2001, em vigor pelo artigo 2 da Emenda Constitucional n 32, de 11 de setembro de 2001 permite a capitalizao mensal para os contratos celebrados sob sua vigncia.Em mbito jurisprudencial, o C. STJ era no sentido de permitir a incidncia da capitalizao dos juros, desde que houvesse clusula contratual expressa e clara, de modo a garantir que o fi nanciado tivesse conhecimento

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inequvoco do que estaria contratando.Atualmente, fi rmou-se na Corte Superior o entendimento de que a mera divergncia numrica entre as taxas de juros remuneratrios anuais e o duodcuplo da taxa mensal sufi ciente para caracterizar a expressa contratao de capitalizao.Nesse sentido:DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AO REVISIONAL. HARMONIA ENTRE O ACRDO RECORRIDO E A JURISPRUDNCIA DO STJ.1. A divergncia entre as taxas de juros anual e o duodcuplo da taxa mensal, previstas numericamente no contrato, sufi ciente para caracterizar a expressa contratao de capitalizao.2. Agravo no provido. (STJ, 3 Turma, AgRg no Ag em REsp n. 357.980/DF, Min. Rel. Nancy Andrighi, julgado em 24.09.2013)No caso em lia, o contrato posterior Medida Provisria em referncia, uma vez que a contratao ocorreu em 2008. Contudo, como o contrato no foi juntado aos autos pelo ru, ante a revelia, torna-se invivel a anlise da capitalizao, devendo ser afastada, pois apenas assim o direito de informao prescrito pelo Cdigo de Defesa do Consumidor, em seu art. 6, inciso III restar preservado.Da comisso de permanncia cumulada com demais encargosA comisso de permanncia, como instrumento de atualizao do saldo devido, pode ser cobrada apenas aps o vencimento da prestao, quando confi gurada a mora do devedor, desde que expressamente pactuada, inacumulvel com outros consectrios de mora (juros moratrios stricto sensu, multa moratria e correo monetria).Na hiptese, o contrato no foi acostado aos autos e a revelia foi decretada ante a ausncia de contestao. Portanto, no h notcia dos termos em que a comisso de permanncia foi contratada ou se, de fato, houve contratao do encargo, razo por que fi ca afastada a possibilidade de sua cobrana.Encargos moratriosCom relao aos encargos moratrios, diante do afastamento da comisso de permanncia, entendo que os juros devem ser fi xados em 1% ao ms, nos termos do artigo 406 do Cdigo Civil c/c artigo 161, 1, do Cdigo Tributrio Nacional, e a multa dever ser fi xada no patamar de 2% sobre o dbito em atraso, com base no art. 52, 1, do CDC.Da Taxa de Emisso de BoletoA cobrana da tarifa de emisso de boleto representa vantagem exagerada das instituies fi nanceiras em face dos consumidores, bem como viola o disposto nos arts. 39, V, e 51, 1, I e III, do CDC. A ilegalidade da sua cobrana assente na jurisprudncia, veja-se:APELAO CVEL. PROCESSO CIVIL. AO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VECULO C/C REPETIO DE INDBITO. APLICABILIDADE DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. POSSIBILIDADE DE REVISO DE CLUSULAS ABUSIVAS. INVERSO DO NUS DA PROVA. AUSNCIA DE COMPROVAO DO ALEGADO E DO CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES PELOS APELANTES. NO CONHECIMENTO DA PRELIMARES. RELATIVIZAO DO PRINCPIO DO PACTA SUNT SERVANDA. PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA. NO INCIDNCIA DA COMISSO DE PERMANNCIA. CAPITALIZAO DE JUROS. ILEGALIDADE DE COBRANA DE TAC E TEC. TAXA DE JUROS REMUNERATRIOS E MORATRIOS. MANUTENO DA MULTA DIRIA FIXADA. HONORRIOS ADVOCATCIOS REDUZIDOS. RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO EM PARTE. UNANIMIDADE. (TJ/AL, 2 Cmara Cvel, Apelao n. 2011.002199-8, Des. Rel. Elisabeth Carvalho Nascimento, julgado em 28.06.2011)CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVOS REGIMENTAIS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA. LIMITAO (12% A.A). LEI DE USURA (DECRETO N. 22.626/1933). NO INCIDNCIA. APLICAO DA LEI N. 4.595/1964. DISCIPLINAMENTO LEGISLATIVO POSTERIOR. SMULA N. 596-STF. INEXISTNCIA DE ONEROSIDADE EXCESSIVA. ABUSIVIDADE. APLICAO DO CDC. MATRIA DE DIREITO. ENCARGOS INDEVIDAMENTE COBRADOS. DESCARACTERIZAO DA MORA. TEMAS PACIFICADOS. (...). III. A descaracterizao da mora ocorre pela cobrana de encargos indevidos, como, no caso concreto, as tarifas de emisso de carn, de abertura de crdito e a bancria, entendimento amparado na jurisprudncia pacifi cada na 2 Seo do STJ, nos termos do EREsp n. 163.884/RS, Rel. p/ acrdo Min. Ruy Rosado de Aguiar, e REsp n. 713.329/RS, Rel. p/ acrdo Min. Carlos Alberto Menezes Direito. IV. Agravos improvidos. (AgRg no REsp 899.287/RS, Rel. Ministro Aldir Passarinho Junior, 4 Turma, julgado em 01/03/2007, DJ 07/05/2007). Assim, fi ca expurgada a cobrana desta taxa, porquanto ao consumidor no pode ser imposto o pagamento de servio (emisso do boleto) que de responsabilidade da instituio fi nanceira.Da Taxa de Abertura de CrditoA cobrana da tarifa de abertura de crdito apresenta-se abusiva, porquanto inexistente contraprestao de servio ao consumidor a justifi car a sua exigncia. Na prtica, as instituies fi nanceiras esto transferindo, indevidamente, o eventual custo administrativo da contratao parte aderente, implicando violao ao disposto no art. 51, IV do Cdigo de Defesa do Consumidor.Destaca-se que a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia, da mesma forma, reconhece a abusividade da cobrana da referida tarifa:.CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO DE CDULA DE CRDITO BANCRIO. MORA DESCARACTERIZADA. MANUTENO DE POSSE. TEMAS PACIFICADOS. AGRAVO IMPROVIDO.I. A descaracterizao da mora ocorre pela cobrana de encargos indevidos, como, no caso concreto, a cobrana da taxa de abertura de crdito, entendimento amparado na jurisprudncia pacifi cada na 2 Seo do STJ, nos termos do EREsp n. 163.884/RS, Rel. p/ acrdo Min. Ruy Rosado de Aguiar, e REsp n. 713.329/RS, Rel. p/ acrdo Min. Carlos Alberto Menezes Direito.II. Presente esse pressuposto, no possvel retirar do agravado a posse do bem.III. Agravo improvido. (AgRg no REsp 985679/RS, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 06/11/2007, DJ 10/12/2007, p. 397)Nesse diapaso, resta manifesta a nulidade da cobrana da referida taxa.Da cobrana do IOFCom relao ao IOF, o STJ, ao julgar o REsp n 1.251.331/RS, fi rmou entendimento de que no h abusividade no fi nanciamento do imposto, o qual se sujeita aos mesmos encargos contratuais da avena. Dessa forma, fi ca mantida a cobrana do IOF nos moldes como contratado.Da compensao e da repetio do indbitoApurada eventual existncia de saldo devedor em sede de liquidao, devem ser compensados os pagamentos a maior feitos no curso da contratualidade. Caso se verifi que que o dbito est quitado, devem ser devolvidos os valores eventualmente pagos a maior, na forma simples, corrigidos pelo INP-C desde o desembolso, com juros legais desde a citao.III- DispositivoEm face do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos formulados na AO REVISIONAL DE CONTRATO proposta por: MAURICIO SANTOS, contra BANCO VOLKSWAGEM, extinguindo o processo com resoluo de mrito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015, para o fi m de:a) Limitar os juros remuneratrios taxa mdia de mercado fi xada pelo BACEN na data da contratao ou caso apresentado o contrato em sede de liquidao, a taxa do contrato, se esta for menor;b) Afastar a capitalizao de juros em qualquer periodicidade;c) Vedar a cobrana da comisso de permanncia, incidindo no perodo de inadimplncia juros moratrios de 1% ao ms e multa de 2% sobre o valor em atraso.d) decotar do contrato a cobrana da Tarifa de Abertura de Crdito e taxa de emisso de Carn/boleto, nos termos da fundamentao supra;e) manter a forma de cobrana do IOF nos moldes da contratao;f) Autorizar a repetio do indbito na forma simples e a compensao de valores, apurados em liquidao, com o propsito de pagar o contrato.Por fi m, diante do maior decaimento da parte r, com fulcro no art. 86, pargrafo nico do CPC/2015, CONDENO a parte r em custas e honorrios advocatcios, os quais fi xo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do 2, do art. 85, do CPC/2015. Os honorrios devero ser corrigidos pelo INP-C, a partir da data da sentena.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Macei,

ADV: FELIPE COSTA DA FONSECA GOMES (OAB 10183/AL) - Processo 0710149-63.2012.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Perdas e Danos - REQUERENTE: MECATOOL ATELIER DE PEAS TCNICAS DE PRECISO LTDA EPP - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi ca a parte r intimada, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 15 (quinze) dias, providenciar o recolhimento das custas processuais, no valor de R$ 182,59, sob pena de expedio de certido ao FUNJURIS (Resoluo TJ/AL n 19/2007) para inscrio na dvida ativa estadual, aps o que ser arquivado o processo. Macei, 15 de dezembro de 2017Marcelo Rodrigo Falco VieiraAnalista Judicirio

ADV: DIOGO DOS SANTOS FERREIRA (OAB 11404/AL), FLVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA (OAB 109730/MG) - Processo 0710184-81.2016.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Limitao de Juros - AUTOR: Romualdo Correia Lins - RU: Banco BMG S/A - SENTENATrata-se de Ao de Declarao de Inexistncia de Dbito c/c Indenizao por Danos Morais com Pedido de Liminar proposta

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por ROMUALDO CORREIA LINS, devidamente qualifi cada na inicial, em face de BANCO BMG S/A, igualmente qualifi cado.Alega o requerente que, em agosto de 2013, fi rmou com a parte r um emprstimo consignado em folha de pagamento no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), o qual seria depositado diretamente em sua conta corrente, e que o pagamento do emprstimo seria realizado atravs de descontos diretamente em seu contracheque. Que o Autor achou estranho o fato de constar no seu contracheque a rubrica 604 00 com nmero 1/1, como se aquela fosse a nica parcela a ser paga, porm, os descontos em sua folha de pagamento tm registros desde setembro de 2013, e nos ltimos meses apresenta um aumento gradativo nos valores que so descontados. Aduz que at maro de 2016 j tinha sido descontado (sob a rubrica BMG Carto) um valor total de R$ 10.418,79 (dez mil, quatrocentos e dezoito reais e setenta e nove centavos) o qual muito superior ao total do crdito que a parte R alega ter sido utilizado por ela (R$ 4.000,00) e, ainda assim, os descontos continuavam acontecendo normalmente em sua folha de pagamento. Em contato com o banco Ru para entender a situao, ocasio em que o Autor foi informado que os valores descontados em sua folha de pagamento eram referentes ao valor mnimo da fatura do carto de crdito BMG, o qual possua um saldo devedor de mais de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). O Autor tentou por diversas vezes solucionar amigavelmente a questo, contudo, no obteve xito.Requereu, em sede de tutela provisria de urgncia, que a empresa r se abstenha de continuar realizando os descontos na folha de pagamento da parte autora, referente ao Banco BMG S/A - CARTO, com a rbica Cdigo 604-00, bem como se abstenha de realizar a inscrio do nome do requerente nos rgos de proteo ao crdito. No mrito, requereu a declarao de inexistncia do dbito, a condenao da r na repetio de indbito em dobro, a nulidade do contrato de carto de crdito e a condenao da r ao pagamento de indenizao ttulo de danos morais.Com a inicial, vieram os documentos de fl s.33/41.Em deciso de fl s.44/47 fora deferida a tutela antecipada requerida.Regularmente citada, a parte r apresentou sua pea contestatria s fl s.54/77, bem como juntou documentos s fl s.82/168.Aos 23 de janeiro de 2017, fora realizada audincia, mas a conciliao no restou possvel.Instado a se manifestar, o autor apresentou sua rplica s fl s.177/185, reiterando os fatos e fundamentos da exordial. o essencial a relatar. Fundamento e decido.Do julgamento antecipado da lide:O processo suporta o julgamento no estado em que se encontra, conforme o que preceitua o art. 355, Inciso I, do Cdigo de Processo Civil de 2015, sendo desnecessria a produo de prova em audincia para formar o convencimento deste Magistrado.Da aplicabilidade do Cdigo de Defesa do Consumidor:Segundo dispe o Cdigo de Defesa do Consumidor, em seu artigo 3, 2, a empresa que realiza atividade remunerada, ainda que de natureza bancria ou de crdito, considerada fornecedora de servio. A disposio legal clara e no mais se discute nos Tribunais se os contratos com instituies fi nanceiras esto sob a gide da proteo da Lei 8.078/90.Tal entendimento, a propsito, j restou consolidado com a edio da Smula n 297, do Superior Tribunal de Justia, no sentido de que O Cdigo de Defesa do Consumidor aplicvel s instituies fi nanceiras. Assim, no resta dvida quanto aplicao da legislao consumerista ao presente caso.Do mrito:Conforme exposto alhures, a legislao consumerista aplicvel ao presente feito. No obstante, na deciso de fl s.44/47, fora decidido pela inverso do nus da prova, motivo pelo qual cabia R o nus de comprovar a regularidade da contratao.Nesse trilhar, convm esclarecer que o contrato constante s fl s.163/164 trata-se de contrato de carto de crdito, com descontos mensais consignados em folha de pagamento, modalidade essa diversa dos contratos de carto de crdito habituais. Isso porque fi cou estabelecido no mesmo, no item IV (Caractersticas do Carto de Crdito BMG CARD) que h um valor mnimo consignado para pagamento mensal da fatura, que no presente feito de R$ 336,18 (trezentos e trinta e seis reais e dezoito centavos), ou seja, sendo pagamento mnimo, no h assim prazo para terminar.A legislao consumerista clara neste ponto. De forma precisa, o art. 6, III, do CDC estabelece que direito bsico do consumidor a informao clara, adequada, com especifi cao correta, visando preserva-lo nos negcios jurdicos submetidos ao crivo da norma consumerista. No obstante, convm destacar um dos princpios fundamentais do direito privado, que o da boa-f objetiva, cuja funo estabelecer um padro tico de conduta para as partes nas relaes obrigacionais, oriundo do art. 422 do Cdigo Civil/02.Vale destacar que ainda que o autor tenha utilizado, mesmo que minimamente, o carto de crdito ofertado, convm ressaltar que a dvida inicialmente contrada mensalmente refi nanciada, acrescendo-se juros e demais encargos moratrios e remuneratrios, restando evidente a modalidade contratual onerosa e lesiva ao consumidor a qual o autor fora submetido. Posto que mesmo com os descontos mensais em seus proventos, a dvida aumenta de forma progressiva, conforme pode se observar s fl s.116/152.A obscuridade do contrato tambm merece ser ressaltada. Isso porque, ao compulsar detido o instrumento contratual celebrado entre as partes, verifi quei que as clusulas estabelecidas no mesmo no esclareceram que o contrato se tratava de uma modalidade diferenciada de emprstimo, junto carto de crdito consignado. Uma espcie de venda casada, expressamente vedada pelo Cdigo de Defesa do Consumidor em seu art. 39, I, o qual destaco, in verbis:Art. 39. vedado ao fornecedor de produtos ou servios, dentre outras prticas abusivas: (Redao dada pela Lei n 8.884, de 11.6.1994)I - condicionar o fornecimento de produto ou de servio ao fornecimento de outro produto ou servio, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;Se no bastasse a prtica da chamada venda casada, posto que o emprstimo consignado estaria condicionado um carto de crdito tambm consignado, a r no especifi ca a soma total a pagar, mostrando um total confronto com as normas do Cdigo de Defesa do Consumidor, por obrigar o consumidor a pagar um valor mnimo mensal, ainda que no utilize o aludido carto de crdito.Destaco alguns julgados de nossa jurisprudncia ptria que confi rmam a natureza hbrida da modalidade contratual constante dos autos:APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE NULIDADE E MODIFICAO DE CLUSULAS CONTRATUAIS. SERVIDOR PBLICO. CARTO DE CRDITO CONSIGNADO. CONTRATO DE NATUREZA HBRIDA. APLICAO DO CDC. PRINCPIOS DA TRANSPARNCIA E INFORMAO. VIOLAO. ASTREINTES. QUANTUM. MANUTENO. SENTENA MANTIDA. 1. A relao jurdica fi rmada entre a instituio fi nanceira requerida e a parte autora de consumo, incidindo as disposies do CDC. 2. Os contratos fi rmados devem observar os princpios da informao e da transparncia, nos termos dos artigos 4 e 6 do CDC; na hiptese, constata-se omisso das principais caractersticas da operao, em afronta aos princpios em destaque, devendo as clusulas contratuais serem interpretadas de maneira mais favorvel ao consumidor (art. 47, CDC). 3. consumidora, no momento da contratao, no foi dada cincia da real natureza do negcio, modalidade contratual que combina duas operaes distintas, o emprstimo consignado e o carto de crdito. 4. Mantido o valor da multa diria aplicada, por possuir a fi nalidade coercitiva sobre o Apelante/R. quanto apresentao da planilha com o valor atualizado da dvida, considerando as delimitaes lanadas na sentena recorrida. Apelao cvel conhecida e desprovida. (TJGO, Apelao Cvel 200412-05.2014.8.09.0074, Rel. Des. Olavo Junqueira de Andrade, 5 Cmara Cvel, julgado em 07/07/2016, DJe 2069 de 15/07/2016, g.).APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C RESCISO CONTRATUAL E REPETIO DE INDBITO. CARTO DE CRDITO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL. ABUSIVIDADE E ONEROSIDADE EXCESSIVA. DESCONTO SOMENTE DO MNIMO DA FATURA MENSAL. () 1. A espcie de contrato condizente ao carto de crdito consignado em folha de pagamento, ao que se observa no caso concreto, com prestaes sem nmero ou prazo determinado, com desconto apenas do mnimo do valor da fatura mensal efetuado direto da folha de pagamento do servidor pblico, com aplicao de juros remuneratrios exorbitantes, alm de outros encargos, fazendo o banco ru, na sequncia, um refi nanciamento do restante do valor total devido, todo ms, modalidade que externa manifesta abusividade por parte da instituio fi nanceira, lucro exagerado e onerosidade excessiva ao consumidor, na medida em que a quitao do dbito nunca acontece. 2. De acordo com a Circular n 3549/11 do BACEN, os cartes de crdito consignado equiparam-se as demais operaes de crditos consignados propriamente ditos. 3. No constando da fi cha cadastral, trazida aos autos pelo banco apelado, o percentual de juros remuneratrios contratados, deve ser aplicada a taxa mdia de mercado referente s operaes de emprstimo pessoal consignado, segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil. () 7. Apelo conhecido e provido. Sentena reformada. (TJGO, Apelao Cvel

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479994-31.2014.8.09.0087, Rel. Des. Kisleu Dias Maciel Filho, 4 Cmara Cvel, julgado em 07/07/2016, DJe 2070 de 18/07/2016, g.).No obstante, o art. 46 do mesmo diploma legal estabelece que os contratos que regulam as relaes de consumo no obrigaro os consumidores, se no lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prvio de seu contedo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a difi cultar a compreenso de seu sentido e alcance. Ou seja, a partir do momento em que no consta de forma expressa no contrato fi rmado entre as partes o prazo inicial e fi nal para o fi m dos descontos na folha de pagamento, quantidade de parcelas e o valor total de pagamento em razo do acrscimo de juros, resta caracterizado e evidenciado o defeito na prestao do servio e a abusividade em sua cobrana. Destaco que, segundo Geraldo de Faria Marins da Costa, o dever de informao do fornecedor, expressamente delimitado no estatuto consumerista, por meio dos arts. 6, III; 31; 37, 1; 38 e 67, consiste numa obrigao acessria, instrumental da prestao contratual principal.DIREITO DO CONSUMIDOR. AO REVISIONAL DE CONTRATO DE CARTO DE CRDITO CONSIGNADO (MISTO DE CONTRATO DE CARTO DE CRDITO E CONTRATO DE EMPRSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO). SERVIDOR PBLICO DO ESTADO DE GOIS. JUROS REMUNERATRIOS. ANATOCISMO NO CONTRATADO.1. o Art. 6, III, do cdigo de defesa do consumidor, aplicvel aos contratos bancrios, inclusive por fora do verbete n. 297 da smula do superior tribunal de justia, impe instituio bancria o dever de informar o consumidor sobre todas as caractersticas importantes a respeito do fi nanciamento, para que possa contratar sabendo exatamente o que est pagando e o modo como pagar. 2. o art. 46 do cdc dispe igualmente que tem que ser dada ao consumidor a oportunidade de tomar conhecimento prvio do contedo do contrato. j o art. 47 prescreve quotas clusulas contratuais sero interpretadas de maneira mais favorvel ao consumidorquot. 3. no caso, a leitura do termo de adeso entabulado entre as partes no deixa dvida sobre a natureza jurdica hbrida da avena, que engloba elementos de contrato de carto de crdito com emprstimo consignado, no que toca inclusive ao pagamento mnimo da fatura, respeitado o limite da margem consignvel do servidor, e ao fi nanciamento do restante do saldo devedor, com incidncia de juros e de encargos contratuais. ademais, no provou o autor no ter tido prvio acesso ao aludido documento quando da contratao. ao revs, as folhas do termo de adeso foram por ele devidamente rubricadas. no h aqui, portanto, qualquer violao ao direito informao do recorrente, consequentemente, no h maltrato aos artigos 46 e 47 do cdc. a natureza peculiar da avena em exame clara e no deixa espao para questionamentos a respeito da forma de pagamento do crdito eventualmente utilizado pelo autor. 4. no possvel transmudar a natureza jurdica do contrato entabulado entre partes. primeiro, porque no houve violao ao direito de informao do recorrente. segundo, porque, ante a natureza peculiar da avena, no crvel convert-la em emprstimo consignado. 5. no possvel equiparar o contrato sub judice a emprstimo consignado em folha de pagamento. logo, no calha por esse argumento a reduo dos juros remuneratrios. 6. o contrato de carto de crdito encerra operao de crdito rotativo, cujas taxas de juros remuneratrios so fl utuantes. segundo a lio arnaldo rizzardo, quotquanto ao cliente, compete ao banco que explora o sistema abrir o crdito rotativo at a quantia estipulada e funcionar como caixa pagador dos desembolsos realizados pelo usurio atravs do carto de crditoquot (in contratos - rio de janeiro: forense, 2005, p. 1.370). dizer, quando o consumidor no paga o valor integral da fatura, ou seja, quando opta pelo pagamento rotativo do dbito, autoriza a administradora do carto de crdito a captar recursos no mercado fi nanceiro, razo pela qual fi ca obrigado a arcar com os juros remuneratrios incidentes sobre o montante fi nanciado (...) (TJ-DF - APC: 20120410013256 DF 0001285-30.2012.8.07.0004, Relator: WALDIR LENCIO LOPES JNIOR, Data de Julgamento: 07/05/2014, 2 Turma Cvel, Data de Publicao: Publicado no DJE : 15/05/2014 . Pg.: 148).Faz-se mister reconhecer que a R objetivamente responsvel pelos danos causados Autora, consoante a regra contida do art. 14, caput, do Cdigo de Defesa do Consumidor. Assim, reveste-se de razo a parte autora com relao ao pedido de indenizao ttulo de danos materiais, motivo pelo qual impe-se a restituio em dobro da importncia descontada indevidamente, nos termos do artigo 42 do Cdigo de Defesa do Consumidor, que assim dispe, in verbis:Art. 42. Na cobrana de dbitos, o consumidor inadimplente no ser exposto a ridculo, nem ser submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaa.Pargrafo nico. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de engano justifi cvel.Urge mencionar, que o dano moral, na espcie, in re ipsa, que dispensa prova de maiores refl exos, patrimoniais ou morais. O dever de indenizar decorre simplesmente da falha do servio prestado.A jurisprudncia j se consolidou no sentido de que, na concepo moderna da reparao do dano moral, prevalece a orientao de que a responsabilizao do agente se opera por fora do simples fato da violao, de modo a tornar-se desnecessria a prova do prejuzo concreto.Como se trata de algo imaterial ou ideal, a prova do dano moral no pode ser feita por meio dos mesmos meios utilizados para a comprovao do dano material. Por outras palavras, o dano moral est nsito na ilicitude do ato praticado, decorrente da gravidade do ilcito em si, sendo desnecessria sua efetiva demonstrao, ou seja, como j sublinhado: o dano moral existe in re ipsa (STJ REsp n 608.918/RS).Nesse sentido:APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO CUMULADA COM INDENIZAO POR DANOS MORAIS POR ATO ILCITO, REPETIO DE INDBITO E PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA. DESCONTOS CONTNUOS EM FOLHA DE PAGAMENTO, REFERENTES S PARCELAS DE EMPRSTIMO DO CONTRATO DE CARTO DE CRDITO.COBRANA A MAIOR. ILEGALIDADE. I - ldima a pretenso da parte autora em que seja declarada a nulidade da cobrana a partir dos descontos indevidos realizados em sua folha de pagamento, oriundos de valores disponibilizados por meio do contrato de carto de crdito. II - Impe-se a restituio em dobro da importncia descontada indevidamente (artigo 42 do Cdigo de Defesa do Consumidor), bem como indenizao por dano moral, independentemente de prova da leso sofrida (in re ipsa), mxime quando a requerida no se desincumbe do nus de que lhe compete (artigo 333, II, do Cdigo de Processo Civil). III - Mantida a sentena que condenou o banco a ressarcir a autora, bem como fi xou a indenizao em R$ 8.000,00 (oito mil reais). RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO, APELACAO CIVEL 240878-53.2013.8.09.0049, Rel. DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ, 6A CAMARA CIVEL, julgado em 25/08/2015, DJe 1861 de 02/09/2015).No tocante ao quantum devido pelo dano moral, malgrado a difi culdade da apurao de seu valor pela subjetividade do bem jurdico tutelado, esse deve equivaler a valor expressivo para o violador, para desestimular a prtica futura de tal procedimento, conforme professa nossa doutrina tradicional:(...)a indenizao por danos morais deve traduzir-se em montante que represente advertncia ao lesante sociedade de que se no se aceita o comportamento assumido, ou o evento lesivo advindo. Consubstancia-se, portanto, em importncia compatvel com o vulto dos interesses em confl ito, refl etindo-se, de modo expressivo, no patrimnio do lesante, a fi m de que se sinta, efetivamente, a resposta da ordem jurdica aos efeitos do resultado lesivo produzido. Deve, pois, ser quantia economicamente signifi cativa, em razo das potencialidades do patrimnio do lesante. Ora, em momento em que crises de valores e de perspectivas assolam a humanidade, fazendo recrudescer as diferentes formas de violncia, esse posicionamento constitui slida barreira jurdica a atitudes ou condutas incondizentes com os padres mdios da sociedade. De fato, a exacerbao da sano pecuniria frmula que atende s graves consequncias que de atentados moralidade individual ou social podem advir. Mister se faz que imperem o respeito humano e a considerao social, como elementos necessrios para a vida em comunidade. (CARLOS ALBERTO BITTAR, in Reparao Civil Por Danos Morais, Ed. Revista dos Tribunais, pg. 220/221).Atenta a essa difi culdade, a Doutrina tem procurado fi xar alguns pontos que auxiliem o julgador a, de forma objetiva, tanto quanto possvel, se desincumba de tal mister.H consenso em que o valor da indenizao: a) no deve concorrer para o enriquecimento sem causa daquele em favor do qual for fi xada; b) h de tomar em conta a situao patrimonial daquele que deva indenizar; c) deve proporcionar alguma satisfao ao favorecimento em contraprestao dor suportada; d) deve aprestar-se para produzir um certo efeito didtico, para que em situao assim, sejam mais cautelosos na defl agrao de medidas como a que est a ser objeto de exame nestes autos.Nesse sentido, entendo razovel a fi xao da importncia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a ttulo de

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Danos Morais, para evitar o enriquecimento ilcito. Entendo que este valor cumpre a fi nalidade de compensar o autor pelo dano irreparvel que se manifesta nas cobranas interminveis, que diminui o salrio do mesmo, que deixou de usufruir de seus proventos, na aplicao do seu bem estar e de sua famlia.Dispositivo:Ex positis, observada a argumentao acima perfi lhada e, no mais que nos autos constam, JULGO PROCEDENTE A AO, com fulcro no art. 487, I, do CPC/2015, para:A) declarar a inexistncia de dbito, devendo ser extinguidos os descontos indevidos na folha de pagamento da demandante sob a rubrica 604 00 BMG - CARTO;b) condenar o ru a restituir em dobro o valor descontado indevidamente, com base nas fi chas fi nanceiras de fl s.37/40, no valor de R$ 20.837,58 (vinte mil oitocentos e trinta e sete reais e cinquenta e oito centavos), com juros de 1% ao ms e correo monetria pela INPC, ambos a contar da data do fato danoso;c) condenar o ru ao pagamento de indenizao por danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), com juros de 1% ao ms, a partir do evento danoso, e correo monetria desde a data de arbitramento, com base nas Smulas 54 e 362 do Superior Tribunal de Justia.Condeno, ainda a parte r em custas e honorrios advocatcios, os quais fi xo em 20% (vinte por cento) do valor da condenao, nos termos do 2, do art. 85, do CPC/2015, a ser atualizado at o efetivo adimplemento.Publique-se. Registre-se. Intime-se.Macei, 18 de dezembro de 2017.Ayrton de Luna TenrioJuiz de Direito

ADV: DENYS BLINDER (OAB 12853A/AL), RAFAEL SGANZERLA DURAND (OAB 10132A/AL) - Processo 0710212-49.2016.8.02.0001 - Liquidao por Artigos - Expurgos Infl acionrios / Planos Econmicos - AUTOR: Incpp - Instituto Nacional dos Investidores Em Caderneta de Poupanca e Previdencia - RU: Banco do Brasil S A - DECISORealizada penhora on-line, as partes se manifestaram acerca do bloqueio.A parte executada veio aos autos, mais uma vez, discutir matria j decidida, tanto na ao coletiva que gerou o ttulo que se pretende executar quanto nos autos desse processo. Dessa maneira, por no trazer motivos consistentes que justifi quem a impugnao penhora, deixo de acolher os argumentos da parte executada.Tendo isso em vista, determino a expedio de alvar em favor da exequente, na forma requerida s fl s. 692-693.Publique-se.Macei , 14 de dezembro de 2017.Ayrton de Luna Tenrio Juiz de Direito

ADV: ADRIANA MARIA MARQUES REIS COSTA (OAB 4449/AL) - Processo 0710735-03.2012.8.02.0001 - Procedimento Ordinrio - Interpretao / Reviso de Contrato - AUTOR: WALTER BEZERRA LEMOS - ATO ORDINATRIOEm cumprimento ao disposto no artigo 2., V, do Provimento n. 13/2009, da Corregedoria Geral da Justia do Estado de Alagoas, fi ca a