Caderno de Aulas - EXT - 2013

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Caderno de Aulas da equipe 2013 de LPLB do Pré-Vestibular Social (PVS) da Fundação Cecierj.

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  • Pr-Vestibular Social Fundao Cecierj Disciplina: Lngua Portuguesa Tipo de turma: Extensivo (EXT) Ano: 2013

    Caderno de Aulas

    Prezado tutor, Este o Caderno de Aulas da equipe 2013 de LPLB do Pr-Vestibular Social (PVS) da Fundao Cecierj. Ele contm Planos de Aula com instrues detalhadas acerca das aulas a serem ministradas durante o ano. Observe os seguintes fatores:

    (1) O tutor tem liberdade para fazer modificaes no Plano de Aula, mas alteraes substanciais devem ser combinadas previamente com a coordenao e, de modo mais geral, o tutor deve manter contato frequente com a coordenao acerca das atividades desenvolvidas nos polos.

    (2) O tutor jamais deve entrar em sala sem ter lido e repassado previamente a aula (pelo menos, mentalmente). A coordenao est inteiramente disposio por telefone, email ou facebook para esclarecer dvidas sobre teoria ou exerccios, aprofundar assuntos, discutir temas, orientar formas de abordagens, etc.

    (3) Da mesma maneira, a coordenao est disposio para esclarecer, posteriormente, dvidas ou questionamentos que venham a surgir durante as aulas;

    (4) Um dos principais motivos pelos quais fundamental que o tutor se prepare para cada aula, guiando-se pelo roteiro indicado nos Planos de Aula, a dificuldade de gerenciar o tempo extremamente escasso do PVS certamente o maior desafio quando se trata de lecionar nessa instituio.

    Forte abrao, Coordenao de LPLB

  • aula 1 FIGURAS DE LINGUAGEM

    + EXERCCIOS 1. Roteiro da aula 1

    PARTE 1 INTRODUO (em torno de 5 minutos) Discusso inicial geral com o objetivo de esclarecer o conceito de figuras de linguagem, para que ento, em um segundo momento, e depois explicar as figuras uma a uma.

    A discusso introdutria inicial servir para esclarecer a ideia de figuras de linguagem. Fundamentalmente,figuras de linguagem so recursos de estilo que permitem aumentar a expressividade de um texto. O que mais expressivo dizer (por exemplo) "nosso amor uma chama", ou "nosso amor instvel"? As duas frases dizem essencialmente o mesmo. Mas a primeira muito mais expressiva. Para obter essa expressividade, temos disposio recursos de estilo que so chamados de figuras de linguagem. E de onde vem essa maior expressividade alcanada por meio das figuras de linguagem? Simples: do fato de que esses enunciados se afastam das formas usuais de expresso. Quando usamos uma figura de linguagem, empacotamos o enunciado de uma forma no-convencional em vez de dizer Ventou muito de noite, dizemos O vento voa e vai varando a noite; em vez de dizer Eu sou muito sentimental, dizemos Meu corao um balde derramado. Dessa forma, um enunciado que poderia ser apenas banal, sem brilho, convencional, investido de maior expressividade: ao se afastar dos modos usuais de expresso, ele se torna capaz de surpreender. Portanto, o fundamental associar as figuras de linguagem a formas no convencionais de expresso, ressaltando que exatamente essa no convencionalidade que confere, aos enunciados construdos a partir de figuras de linguagem, um valor expressivo especial.

    OBSERVAO 1: No se deve relacionar figura de linguagem com linguagem figurada e sim com expressividade porque nem sempre usamos uma figura de linguagem estamos emitindo em enunciado figurativo (por exemplo, um enunciado como Pedro Pedreiro penseiro esperando o trem, um exemplo clssico de aliterao, no figurativo).

    OBSERVAO 2: No cabe fazer aquela tradicional distino entre figuras de construo, de som, de pensamento e de palavras. Por uma razo simples: se vocs mencionarem essas categorias, os alunos podero perguntar, por exemplo, por que a anttese no uma figura de palavras. E a surgem, de uma s vez, trs problemas: (1) a explicao vai levar tempo; (2) a explicao nunca ser plenamente satisfatria, porque o problema no est com o aluno que no entendeu o problema est nas inconsistncia da prpria diviso tradicional (e, por isso, qualquer explicao s vai deixar o aluno mais confuso e com dvidas na cabea); (3) essa explicao de todo irrelevante para o vestibular, j que nenhuma prova entra nesse mrito da distino dos tipos de figuras em categorias maiores. Portanto, a fim de evitar esses trs problemas, peo que vocs, na aula, simplesmente ignorem aquela diviso. claro que vocs podem, e devem, agrupar as figuras por afinidade na hora da explicao, como ser feito nos roteiros de aula referentes a esse contedo (por exemplo, a metfora junto com a comparao, com a catacrese, com a metonmia e com a personificao; a assonncia junto com a aliterao; etc), mas no til apresentar aquela diviso tradicional.

  • RESUMINDO: A introduo da aula serve para definir a noo de figura de linguagem. Para isso, deve-se, conforme exposto acima, associar esse conceito noo de expressividade e de afastamento em relao linguagem convencional (banal, corriqueira, cotidiana). Por outro lado, NO se deve associar figura de linguagem a linguagem figurativa, assim como no se deve estabelecer a distino tradicional entre figuras de construo, de som, de pensamento e de palavras.

    PARTE 2 APRESENTAO DAS FIGURAS DE LINGUAGEM (cerca de 30 minutos) Para esta aula, foram selecionadas sete figuras de linguagem: metfora, comparao, metonmia, anttese, paradoxo, ironia e elipse. A seleo obedece a um critrio claro e direto: foram as figuras mais cobradas nos ltimos exames de qualificao da Uerj. Deixem claro para os alunos que esse tema extremamente importante para a Uerj, Enem e Cederj e revelem que as figuras selecionadas para esta primeira aula sobre o assunto foram as que mais caram nas provas recentes da Uerj. Isso dever despertar a ateno dos alunos preocupados com esse exame, que so a maioria. Pela mesma razo, deem nfase metfora de longe, a figura mais relevante, a julgar (entre outros critrios) pela frequncia com que aparece nos exames. Portanto, gastem um tempo maior nela, enfatizando bem a sua importncia para o vestibular. As chances de a metfora aparecer na prova da Uerj so significativas e, se isso acontecer, toda essa nfase ter sido vlida, no s para aumentar as chances de o aluno acertar a questo, mas tambm para gerar aquela bem-vinda sensao de bem que meu professor falou isso. Em suma, despendam um tempo maior na metfora, ressaltando sua relevncia para o vestibular. A aula consiste em apresentar as sete figuras selecionadas. No decorrer da apresentao, monte no quadro uma tabela contendo: (i) nome da figura; (ii) definio sumria (e simplificada mesmo); e (iii) exemplo(s). Ver quadro completo na seo 2. Como sempre, os exemplos apresentados so, evidentemente, apenas sugestes.

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 20 minutos) Selecionem exerccios da apostila para resolver com os alunos em sala. Enfatizem, claro, Uerj, Enem e Cederj variando a proporo de acordo com as demandas de cada polo e/ou turma, como sempre. Evidentemente, na maior parte dos polos, dada o fato de que o primeiro vestibular a ser encarado o exame de qualificao Uerj, possvel que valha a pena resolver apenas questes desse exame (pelo menos na maior parte das turmas).

  • 2. Quadro da aula 1 FIGURAS DE LINGUAGEM

    FIGURA DEFINIO EXEMPLO Metfora Analogia implcita

    (sem conectivo) Maria uma flor. Nosso amor uma chama. Meu corao um balde derramado (F. Pessoa)

    Comparao Analogia explcita (com conectivo)

    Maria como uma flor. Nosso amor feito uma chama. Meu corao como um balde derramado.

    Metonmia Substituio de um elemento por outro relacionado

    Estou ouvindo Cartola. (Cartola = msicas do cartola) Onde o Joo est estacionado? (Joo = carro do Joo) Comi trs pratos. (Pratos = contedo dos pratos)

    Anttese

    Aproximao de contrrios

    De repente, o dia virou noite. Ficou dividido entre a felicidade e a melancolia.

    Paradoxo Aproximao de contrrios, gerando uma ideia logicamente impossvel

    Sentiu uma alegria triste. Aquele instante foi eterno.

    Ironia Dizer o contrrio daquilo que se acredita

    Voc deixou o segredo escapar sem querer? Parabns, voc um gnio.

    Elipse

    Omisso de um termo facilmente recupervel

    Sobre a mesa, apenas garrafas vazias (omisso de havia)

  • aula 2

    COESO REFERENCIAL

    1. Roteiro da aula 2

    PARTE 1 INTRODUO (em torno de 15 minutos) Antes de mais nada, preciso explicar o que a coeso referencial. Informar que se trata de uma parte de um fenmeno lingustico mais amplo, conhecido como coeso textual. Para esclarecer o que so a coeso textual e a coeso referencial, usem trs minitextos como exemplos: um sem marcas explcitas de coeso; uma verso do primeiro texto, porm acrescido das marcas de coeso; e um com um elemento anafrico. Sugestes: Exemplo 1 Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. gua. Escova, creme dental, gua, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, gua, cortina, sabonete, gua fria, gua quente, toalha. Exemplo 2 Primeiro, calou os chinelos; em seguida, dirigiu-se ao vaso. Ao terminar, deu descarga. Foi at a pia, lavou o rosto e escovou os dentes. Alm disso, fez a barba e tomou banho. Exemplo 3 Meu pai disse que dormiu bem, mas ele parece cansado.

    Analisem brevemente esses textos, do ponto de vista da coeso. Primeiro, contrastem os exemplos 1 e 2. Mostrem que o primeiro texto composto por vocbulos superficialmente soltos, ou seja, sem encadeamento explcito e nesse ponto que ele se diferencia do exemplo 2, no qual as partes antes soltas, desconectadas, passam a estar explicitamente conectadas ou costuradas por meio de elementos como em seguida, Ao terminar e e. Registrem essa anlise no quadro (ver quadro completo na seo 2). Expliquem que essa conexo ou costura corresponde exatamente ao fenmeno lingustico conhecido como coeso textual. Com isso, vocs tero esclarecido o conceito de coeso textual. Agora, falta explicar o que a coeso referencial. Para isso, recorram ao exemplo 3. Mostrem que, nesse exemplo, a palavra ele retoma (remete, aponta para) um elemento citado anteriormente (Meu pai). Aqui, portanto, assim como no exemplo 2, tambm podemos notar um encadeamento, uma costura ou ligao entre as partes do texto, j que, para interpretar o pronome ele, precisamos necessariamente remeter para uma outra parte do texto. Nesse sentido, como se construssemos uma linha invisvel ligando o pronome ele expresso meu pai. Expliquem que esse fenmeno observado no exemplo 3, no qual uma palavra ou expresso remete ou aponta para outra parte do texto, um tipo especial de coeso conhecido como coeso referencial. As definies de coeso textual e de coeso referencial, bem como as anlises do texto, ficaro registradas no quadro (ver quadro completo na seo 2). Tendo concludo essa etapa, anunciem que o tema da aula ser, precisamente, a coeso referencial.

  • PARTE 2 TIPOS DE COESO REFERENCIAL (em torno de 15 minutos) A esta altura, o aluno j sabe que a coeso referencial um mecanismo por meio do qual uma palavra ou expresso remete para outra parte do texto. Agora, hora de mostrar que existem dois tipos de coeso referencial: a anfora (coeso anafrica) e a catfora (coeso catafrica). A partir da anlise de exemplo, diferenciem os dois tipos. Sugestes: O Joo disse que dormiu bem, mas ele parece cansado. Naquele momento, ele entendeu tudo: as cabeas baixas, os olhares apreensivos, os sorrisos amarelos. A partir dos exemplos, distinguir os dois tipos de coeso referencial: a anfora, em que uma palavra ou expresso aponta para trs (ou seja, retoma um elemento anterior), e a catfora, em que uma palavra ou expresso aponta para frente (ou seja, antecipa um elemento posterior). As definies de anfora e de catfora devem ser registradas no quadro, bem como a anlise dos exemplos (ver quadro completo na seo 2). Ao final, montar no quadro um diagrama com os conceitos aprendidos a fim de fix-los (ver quadro completo na seo 2).

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 25 minutos) Selecionar questes sobre coeso referencial. Nos polos ou turmas onde h muita demanda pela Uerj, recomendo selecionar apenas questes do Exame de Qualificao.

    2. Quadro da aula 2 COESO REFERENCIAL I. Conceitos importantes 1. Coeso textual Fenmeno no qual diferentes partes de um texto so explicitamente conectadas. Exemplo 1 Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. gua. Escova, creme dental, gua, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, gua, cortina, sabonete, gua fria, gua quente, toalha. Exemplo 2 Primeiro, calou os chinelos; em seguida, dirigiu-se ao vaso. Ao terminar, deu descarga. Foi at a pia, lavou o rosto e escovou os dentes. Alm disso, fez a barba e tomou banho.

  • 2. Coeso referencial Tipo de coeso no qual uma palavra ou expresso remete para outro elemento do texto. Exemplo 3 Meu pai disse que dormiu bem, mas ele parece cansado. Sntese: coeso referencial Anfora (aponta para trs) COESO REFERENCIAL Catfora (aponta para frente)

  • aula 3

    TIPOS TEXTUAIS

    1. Roteiro da aula 3

    O objetivo desta aula ensinar os tipos textuais ou modos de organizao do discurso: narrao, descrio, exposio (dissertao expositiva), argumentao (disertao argumentativa) e injuno. Mais especificamente, o objetivo da aula mostrar como diferenciar, na prtica, os textos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e injuntivos.

    PARTE 1 - APRESENTAO TERICA (em torno de 25 minutos) Logo de cara, no comecinho da aula, apelem para o conhecimento prvio dos alunos: informem que a aula vai tratar dos tipos textuais e comentem que que a maioria certamente j ouviu falar de pelos menos trs desses tipos: a narrao, a descrio e a dissertao. Uma boa estratgia para introduzir o ponto da aula perguntar: "quem de vocs saberia ler um texto e, sem medo de erro, dizer se uma narrao, uma descrio ou uma dissertao? precisamente isso que ser ensinado nesta aula: vocs aprendero a diferenciar esses trs tipos de textos, ou seja, a olhar para um texto e classific-lo, por exemplo, como uma narrao, descrio ou dissertao. Chamem a ateno para o fato de que este contedo bastante cobrado nos vestibulares, e em especial na Uerj. Para comeo de conversa, digam que ns trabalharemos com cinco tipos de textos, e no com trs: narrao, descrio, dissertao expositiva (exposio), dissertao argumentativa (argumentao) e injuno. Mas, afinal, como diferenciar cada um desses tipos? De incio, a melhor maneira pensar no objetivo, ou seja, na finalidade de cada tipo de texto. Para ilustrar isso, vocs escrevero no quadro quatro minitextos (ver quadro completo na seo 2). Mas necessrio contextualizar cada um deles. Por exemplo: Joo chega ao trabalho na segunda-feira e seu colega pergunta como fim o fim de semana. A resposta de Joo o texto 1, a ser registrado no quadro: Texto 1: Eu fui quela festa e encontrei a Mariazinha. Em seguida, criem oralmente outras minissituaes e, dentro delas, insiram minitextos, que sero ento registrados no quadro. Sugestes: Texto 2: O apartamento no muito grande, mas pelo menos tem 2 quartos. Texto 3: O cigarro uma droga lcita que contm nicotina e produz sensao de relaxamento. Texto 4: O cigarro deveria ser proibido nos lugares pblicos, pois prejudica a sade dos no-fumantes. Texto 5: No exponha o produto luz solar. fcil notar que, ao produzir cada um desses textos, o enunciador tem um objetivo diferente. No primeiro caso, quem falou pretendia apenas contar uma histria, ou seja, fazer um relato. No segundo caso, o enunciador pretendia dizer como era o apartemento, ou seja, descrev-lo, apresentar suas caractersticas. No terceiro caso, a inteno dar informaes sobre o lcool. No quarto caso, o objetivo, claramente, defender uma opinio,

  • um ponto de vista. No ltimo caso, trata-se de dar uma instruo, ou seja, orientar a respeito de algum procedimento (como fazer, como no fazer). A partir da, s explicar que, para cada uma dessas finalidades, teremos um tipo de texto diferente: respectivamente, narrao, descrio, dissertao expositiva (exposio), dissertao argumentativa (argumentao) e injuno. Chamar ateno para o fato de que o texto argumentativo o que eles estudam durante o ano todo em Redao, por ser, de longe, o mais cobrado nos vestibulares (e o nico cobrado no Enem e Uerj). As informaes do pargrafo anterior finalidade (contar uma histria, apresentar as caractersticas, etc.) e tipo textual (narrao, descrio, etc.) devem ser registradas no quadro-negro (ver quadro completo na seo 2). Preocupem-se em fazer esse registro de uma maneira tal que, no final da explicao dos exemplos, as informaes escritas no quadro possam ser transformadas numa tabela. Terminada a explicao, s recapitular o que foi dito enquanto se desenha propriamente a tabela. Com a tabela pronta, os alunos tero a possibilidade de visualizar a informao central, crucial da aula: os cinco tipos de textos, com respectivos exemplos e as diferenas entre eles (tomando como critrio, para diferenci-los, o objetivo prprio de cada tipo). Digam, portanto, que essa tabela resume o bsico desta aula. Vale a pena, inclusive, repeti-la mais de uma vez, fixando bem os cinco tipos textuais e seus objetivos. Isso dar aos alunos uma sensao de segurana decorrente da percepo de que a matria foi compactada e agora cabe na cabea deles (a rigor, essa compactao facilita, em muito, o processamento da informao adquirida).

    PARTE 2 EXEMPLIFICAO (em torno de 15 minutos) Concluda a apresentao terica bsica, hora de retomar e fixar os conceitos aprendidos por meio da anlise de um texto um pouco mais extenso. Ao mesmo tempo, hora de mostrar que, na vida real, os tipos textuais no costumam aparecer isolados: na maioria das vezes, os textos no so compostos por sequncias de um nico tipo textual, mas por uma combinao de sequncias pertencentes a diferentes tipos. Para ilustrar isso e ao mesmo tempo (e principalmente) retomar e fixar os conceitos j trabalhados, analisem com os alunos o texto Em defesa de Galvo Bueno, que est na pgina 11 do livro 1. Identifiquem as sequncias associadas aos diferentes tipos e justifiquem, com elementos do texto, a classificao das sequncias identificadas. H uma anlise no prprio livro.

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 15 minutos) Selecionar questes da apostila. Usar apenas as questes da Uerj e do Enem. Em polos onde h muita demanda por Uerj, recomendo selecionar apenas questes do Exame de Qualificao dessa universidade.

  • 2. Quadro da aula 3

    As informaes a serem registradas abaixo em dois momentos. Momento 1: depois que as informaes j foram registradas no quadro, mas ainda sem "cara de tabela". Momento 2: j com "cara de tabela". TIPOS TEXTUAIS

    MOMENTO 1 Narrao Eu fui festa e encontrei Mariazinha Contar uma histria,

    fazer um relato Descrio O apartamento no grande, Apresentar caractersticas mas pelo menos tem 2 quartos. Dissertao O cigarro uma droga lcita que contm Transmitir informaes, expositiva nicotina e produz sensao de expor fatos (Exposio) relaxamento. Dissertao O cigarro deve ser proibido nos lugares Defender uma opinio, Argumentativa pblicos, pois prejudica a sade dos um ponto de vista (Argumentao) no-fumantes. Injuno No exponha o produto luz solar Instruir, orientar sobre como proceder

    MOMENTO 2

    TIPO TEXTUAL EXEMPLO FINALIDADE

    Narrao Eu fui festa e encontrei Mariazinha

    Contar uma histria

    Descrio O apartamento no grande, mas pelo menos tem 2 quartos.

    Apresentar caractersticas

    Dissertao expositiva O cigarro uma droga lcita que contm nicotina e produz sensao de relaxamento.

    Transmitir informaes

    Dissertaes argumentativa O cigarro deve ser proibido nos lugares pblicos, pois prejudica a sade dos no-fumantes.

    Defender um ponto de vista.

    Injuno No exponha o produto luz solar

    Instruir, orientar

  • aula 4

    O TEXTO ARGUMENTATIVO (I): ELEMENTOS DA ARGUMENTAO

    1. Roteiro da aula 4 PARTE 1 - INTRODUO (em torno de 5 minutos) sempre altamente recomendvel iniciar a aula retomando conhecimentos anteriores (sejam informaes de aulas anterior, se for possvel, sejam conhecimentos bsicos que se presume que, em algumas medida, os alunos j tragam - nem que seja lembrar vagamente de ter ouvido falar em determinados termos). Nesse caso, iniciem resgatando (mais uma vez, pois ) os cinco tipos textuais. Interagindo com a turma e puxando pela memria dos alunos, listem no quadro os cinco tipos estudados. Mais ou menos assim: Reviso 1 - Narrao 2 - Descrio 3 - Exposio 4 - Argumentao 5 - Injuno Relembrem oralmente, de maneira breve, em que consiste cada tipo. No preciso redigir novamente exemplos no quadro. Basta citar oralmente alguns exemplos enquanto estiverem relembrando e resgatando a definio de cada tipo. Feito isso, destaquem o modo argumentativo e digam que esse modo ser estudado de modo mais aprofundado nesta aula e na prxima, mostrando que o captulo 2 da apostila todo dedicado a ele. Comentem que o modoargumentativo muito cobrado na Uerj, mas tambm aparece com bastante frequncia em outros exames, o Enem e o vestibular Cederj.

    PARTE 2 ELEMENTOS BSICOS DA ARGUMENTAO (cerca de 10 minutos) Depois de lembrar em que consiste um texto argumentativo, hora de informar que toda argumentao deve incluir, necessariamente, dois elementos fundamentais: tese e argumento. Para explic-los, registrem no quadro de 2 a 3 minitextos argumentativos e identifiquem o que tese e qual o argumento. Exemplos: As Olimpadas sero prejudiciais para o Rio de Janeiro (TESE), pois vo gerar corrupo e desvio de dinheiro pblico (ARGUMENTO). Como a poltica brasileira conhecida pela impunidade (ARGUMENTO 1) e o Brasil sediar dois grandes eventos (2) em brev, os prximos anos sero de muita corrupo no pas (TESE). A infncia a melhor fase da vida (TESE). Afinal, quem no gosta de viver sem presso e praticamente sem compromissos (ARGUMENTO)? Lembrem que praticamente todas as redaes do vestibular so argumentativas. E lembrem que a Uerj, em especial, gosta de explorar a estrutura do texto argumentativo.

  • PARTE 3 FIXANDO OS CONCEITOS: UMA QUESTO DE VESTIBULAR (cerca de 15 minutos) Para fixar esses conceitos, h quatro questes que me parecem mais interessantes para serem resolvidas em sala, junto com os alunos: Grupo 1 - questes 1 e 2 e Grupo 2 - questes 1 e 2. Se no der para fazer tudo em 15 minutos, o que provvel, vocs tm liberdade para escolher qual questo ficar (ou quais questes ficaro) de fora.

    PARTE 4 UM NOVO ELEMENTO: A CONTRATESE (no mximo, 15 minutos) Resolvidos os exerccios, retomem a explanao terica lembrando que, at aqui, eles aprenderam que uma argumentao conta com dois elementos bsicos: tese e argumento. A partir da, faam a seguinte discusso: se eu sou A FAVOR de uma determinada uma tese, isso significa, automaticamente, que eu sou CONTRA todos os outros pontos de vista possveis em relao ao mesmo assunto. Por exemplo: se eu defendo a tese de que "o Brasil no deve adotar a pena de morte", ento eu ataco a tese de que "o Brasil deve adotar a pena de morte". Ou ento: se eu me coloco A FAVOR da tese de que "o voto no Brasil deve ser facultativo", ento, necessariamente, eu estou tambm me colocando contra a ideia de que "o Brasil deve manter o atual sistema de voto obrigatrio". A partir da, ensinem o seguinte: num determinado texto argumentativo, se a ideia que eu defendo a minha TESE, a ideia contrria minha (ou seja, a ideia que eu estou atacando, combatendo) ser chamada de CONTRATESE. Para ilustrar, registrem um minitexto argumentativo no quadro. Sugesto:

    Muitos acreditam que as Olimpadas de 2016 sero benficas para o Rio

    [CONTRATESE]. Mas isso uma iluso: elas sero desastrosas para a cidade

    [TESE]. Afinal, o governo ir gastar rios de dinheiro [ARGUMENTO 1] e, para piorar, o

    evento no trar melhorias efetivas para a vida do carioca [ARGUMENTO 2].

    Com isso, esto apresentados os elementos da argumentao. Neste ponto, se houver tempo, montem no quadro uma tabela sintetizando o contedo da aula (ver quadro na seo 2).

    PARTE 5 FIXANDO CONCEITOS: ANLISE DE UM TEXTO (em torno de 10 minutos) Para encerrar a aula com uma sntese do que foi aprendido, fixando os conceitos transmitidos, analisem com os alunos o texto que aparece na segunda coluna da pgina 18 do nosso livro (mdulo 1). Trata-se de uma espcie de verso ampliada do textinho acima sobre as olimpadas. A ideia ser redundante MESMO: eles analisaro um texto parecido com o que acabaram de ver, o que facilitar a percepo dos elementos e ajudar a fixar o contedo, mas no idntico, o que permitir aprender mais alguma coisa. Analisem com a turma e registrem a anlise no quadro: se a TESE desse texto a de que "as Olimpadas de 2016 sero prejudiciais para o Rio", ento a contratese (ou seja, o ponto de vista CONTRRIO ao da tese) a de que "as Olimpadas de 2016 sero benficas para o Rio". Localizem no texto a contratese, sublinhado-a e identificando-a.

  • 2. Quadro da aula 4 O TEXTO ARGUMENTATIVO

    I. REVISO 1 - Narrao 2 - Descrio 3 - Exposio 4 - Argumentao 5 - Injuno II. ELEMENTOS DA ARGUMENTAO 1. Elementos bsicos: tese e argumento Tese: ponto de vista defendido pelo enunciador Argumento: fundamentao da tese Exemplos a) As Olimpadas sero prejudiciais para o Rio de Janeiro (TESE), pois vo gerar corrupo e desvio de dinheiro pblico (ARGUMENTO). b) Como a poltica brasileira conhecida pela impunidade (ARGUMENTO 1) e o Brasil sediar dois grandes eventos em breve (ARGUMENTO 2), os prximos anos sero de muita corrupo no pas (TESE). c) A infncia a melhor fase da vida (TESE). Afinal, quem no gosta de viver sem presso e praticamente sem compromissos (ARGUMENTO)?

    2. Elemento adicional: contratese Contratese: ponto de vista contrrio ao da tese Exemplo Muitos acreditam que as Olimpadas de 2016 sero benficas para o Rio

    [CONTRATESE]. Mas isso uma iluso: elas sero desastrosas para a cidade

    [TESE]. Afinal, o governo ir gastar rios de dinheiro [ARGUMENTO 1] e, para piorar, o

    evento no trar melhorias efetivas para a vida do carioca [ARGUMENTO 2].

  • Sntese: elementos da argumentao

    ELEMENTO DA ARGUMENTAO DEFINIO

    Tese Ponto de vista a ser defendido

    Argumento Fundamentao da tese

    Contratese Ponto de vista contrrio ao da tese

  • aula 5

    O TEXTO ARGUMENTATIVO (II): ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS

    1. Roteiro da aula 5 PARTE 1 - INTRODUO (no mximo, 10 minutos) Relembrar que o tema da aula anterior foi o texto argumentativo e anunciar que esta ser a segunda aula sobre o assunto, de uma srie de trs. Anunciar que esta ser a ltima aulasobre esse assunto. Relembrar, mais uma vez, em que consiste o texto argumentativo. A ttulo de reviso e com o objetivo de relembr-los o que j foi estudado sobre argumentao, registrar no quadro dois exemplos (sugestes abaixo) e analis-lo brevemente mostrando a presena dos elementos fundamentais da argumentao: tese e argumentos. Repare que, estrategicamente, importante que os dois minitextos analisados recorram a estratgias argumentativas diversas; isso no relevante na parte 1, mas ser na parte 2. A pena de morte abominvel e, em pleno sculo 21, j no deveria existir em lugar algum (TESE). De antroplogos a economistas, muitos estudiosos j afirmaram que ela no ajuda a reduzir a criminalidade (ARGUMENTO). A pena de morte abominvel e, em pleno sculo 21, j no deveria existir em lugar algum (TESE). O caso do Canad, que reduziu sua criminalidade depois a pena capital foi abolida, deixa claro que se trata de um instrumento intil (ARGUMENTO). Neste momento, convm deixar os exemplos soltos no quadro, sem ttulo nem nada (ver quadro completo na seo 2). Dessa forma, esses exemplos podero ser aproveitados na segunda parte da aula.

    PARTE 2 ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS (no mximo, 30 minutos) Aproveite os exemplos da introduo. Registre no quadro, acima dos exemplos, o ttulo ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS. Na introduo da aula, voc ter apenas identificado a tese e o argumentos desses minitextos, j que o objetivo, naquele momento, era relembrar o que um texto argumentativo. Depois disso, ao passar para a parte das estratgias argumentativas, retome esses dois textos. Comece mostrando que a semelhana entre eles reside no fato de que ambos trazem uma tese e usam argumentos para sustent-la (por isso mesmo, os dois textos so argumentativos). Mostre que, no entanto, h uma diferena crucial, que tem a ver com o tipo de argumento utilizado. No primeiro caso, evoca-se a autoridade de especialistas ("antroplogos", "economistas", "estudiosos") para reforar o argumento. No segundo caso, recorre-se a um exemplo especfico (a situao do Canad). Conclua, ento, que existem diferentes estratgias que podem ser usadas para argumentar (ou seja, estratgias argumentativas). Por exemplo, eu posso argumentar recorrendo autoridade de um conhecedor do assunto ou citando algum exemplo concreto. Embora, nos dois casos, eu esteja apresentando argumentos, estou usando estratgias argumentativas diferentes em cada um deles: no primeiro, trata-se de um argumento de autoridade; no segundo, a estratgia conhecida como exemplificao.

  • Esse contraste dever dar aos alunos uma ideia do que so estratgias argumentativas ou tipos de argumentos. Neste ponto, coloque o ttulo acima dos exemplos: ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS. Em seguida, registre no quadro a estratgia utilizada em cada um dos casos (ver quadro completo na seo 2). Neste ponto, digam que h outros tipos de argumentos, alm destes dois. Especificamente, informem que sero estudadas, ao todo, seis estratgias argumentativas (ou seja, mais quatro, alm das duas j vistas). A partir da, passem a registrar no quadro pequenos textos, apresentando cada uma das estratgias restantes (veja sugestes de exemplos na seo 2, que traz o quadro completo desta aula). importante analisar cada um deles, destacando (de preferncia, com pilot colorido) a tese e o(s) argumento(s). Nesse momento, passem a analisar especificamente a parte do argumento, a fim de evidenciar para a turma qual tipo de argumento (ou estratgia argumentativa) est presente em cada caso. Ao final da exposio das seis estratgias, montar no quadro uma tabela com uma sntese de cada uma delas e, com isso, revisar brevemente o assunto e fixar os conceitos (ver quadro completo na seo 2).

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 15 minutos) Selecionar questes do grupo 4 da apostila (comea na pgina 30).

    2. Quadro da aula 5 Observao: notar que o quadro da aula 5 continuao do quadro da aula 4. O TEXTO ARGUMENTATIVO

    III. ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS 1. Argumento de autoridade A pena de morte abominvel e, em pleno sculo 21, j no deveria ter sido varrida do planeta (TESE). De antroplogos a economistas, muitos estudiosos j afirmaram que ela no ajuda a reduzir a criminalidade (ARGUMENTO). 2. Exemplificao A pena de morte abominvel e, em pleno sculo 21, j no deveria existir em lugar algum (TESE). O caso do Canad, que reduziu sua criminalidade depois a pena capital foi abolida, deixa claro que se trata de um instrumento intil (ARGUMENTO). 3. Contra-argumentao Muita gente acha que palmadas e belisces so teis na educao das crianas (CONTRATESE), mas a verdade que a violncia apenas gera filhos agressivos e traumatizados (CONTRA-ARGUMENTO).

  • 4. Concesso Embora o aborto seja uma forma de assassinato, legaliz-lo ainda melhor do que submeter as mos a clnicas clandestinas (ARGUMENTO). 5. Reduo ao absurdo Se bater nas crianas as torna adultos melhores (CONTRATESE), proponho que todos comecemos a espancar e a torturar nossos filhos diariamente (REDUO AO ABSURDO). 6. Negao Hoje no falarei contra o aborto (NEGAO). Em vez disso, falarei a favor da vida que deve ser preservada sempre, inclusive quando se trata de um embrio ou feto. Sntese: estratgias argumentativas

    ESTRATGIA ARGUMENTATIVA

    DEFINIO

    Argumento de autoridade Cita especialistas no assunto

    Exemplificao Menciona casos concretos

    Contra-argumentao Refuta / Desmonta um argumento

    contrrio

    Concesso Parece concordar com as ideias do

    opositor, mas em seguida as combate

    Reduo ao absurdo Imagina situaes inverossmeis /

    impossveis

    Negao Diz que no vai fazer o que est fazendo

  • aula 6

    O TEXTO ARGUMENTATIVO (III): MTODOS DE RACIOCNIO

    1. Roteiro da aula 6 PARTE 1 - INTRODUO (menos de 5 minutos) Lembrar que as duas aulas anteriores foram sobre o texto argumentativo. Lembrar o que um texto argumentativo e informar que esta ser a ltima aula sobre esse assunto. Neste ponto, apresentar o tema da aula mtodos de raciocnio e explicar do que se trata. Basicamente, so diferentes caminhos mentais que podemos percorrer a fim de chegar a uma tese. Isso ficar mais clara com os exemplos.

    PARTE 2 APRESENTAO TERICA (no mximo, 25 minutos) Informar que iremos tratar de trs mtodos de raciocnio: deduo (ou mtodo dedutivo), induo (ou mtodo indutivo) e dialtica (ou mtodo dialtico). Vale a pena registrar os nomes no quadro neste momento (ver quadro completo na seo 2). Comecem contrastando a deduo induo. Afinal, para compreend-los, a melhor estratgia , sem dvida, a comparao. Como a deduo e a induo so diametralmente opostas, cabe registrar no quadro dois minitextos que, embora tratem do mesmo tema, recorram a mtodos distintos. Abaixo, seguem sugestes. DEDUO Toda eliminao intencional de uma forma de vida um assassinato. No aborto provocado, elimina-se deliberadamente uma forma de vida. Logo, o aborto uma forma de assassinato. Isso motivo suficiente para no legaliz-lo. INDUO No Brasil, realiza-se mais de 1 milho de abortos clandestinos por ano. Na Colmbia, so cerca de 300 mil. Esses nmeros provam que as leis antiaborto so nocivas, j que colocam as gestantes em situao de risco. Com essa comparao, o par deduo X induo dever ficar mais claro para o aluno. No primeiro caso, parte-se de premissas gerais ("toda eliminao intencional de uma forma de vida corresponde a um assassinato") para se chegar a uma concluso referente a um caso particular, especfico: o caso do aborto ("o aborto um procedimento inaceitvel e deve ser combatido"). No segundo caso, parte-se de dois fatos particulares (o caso especfico do Brasil e, depois, o caso especfico da Colmbia) para se chegar, em seguida, formulao de uma tese geral ("as leis antiaborto so nocivas"). Registrem essa anlise no quadro de maneira a evidenciar esse percurso geral > especfico ou especfico > geral (ver quadro completo na seo 2). Em seguida, hora de passar para o raciocnio dialtico. Explicar que ele se fundamenta em uma oposio: afirma-se uma ideia (tese); em seguida, afirma-se algo que contraria essa

  • primeira ideia (anttese); por fim, desse confronto de ideias, chega a uma conciliao entre elas, que ser a ideia final (sntese). Mostrar isso na prtica por meio de um exemplo. Sugesto: Por ser uma forma de assassinato, o aborto uma prtica abominvel. No entanto, h situaes em que ele permite preservar a vida da gestante. Conclui-se, assim, que o aborto deve ser permitido, mas apenas nos casos em que h risco de vida para a mulher. Mostrem, no exemplo, o movimento prprio do raciocnio dialtico: uma primeira ideia contrria ao aborto (tese), uma segunda ideia favorvel ao aborto (anttese) e uma concluso final que resulta do confronto entre as ideias anteriores e expressa uma conciliao entre elas, ou seja, uma soluo de compromisso (anttese). Assim como nos exemplos anteriores, registrem essa anlise no quadro (ver quadro completo na seo 2). Ao final, montar no quadro uma tabela com a sntese do contedo da aula, aproveitando o momento para revis-lo e fixar os principais conceitos (ver quadro completo na seo 2).

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (no mnimo, 25 minutos) Selecionar questes sobre texto argumentativo. Nos polos ou turmas onde h muita demanda pela Uerj, recomendo selecionar apenas questes do Exame de Qualificao. Como h um tempo razovel para exerccios nesta aula (de preferncia, mais de 25 minutos), sugiro resolver no apenas questes sobre mtodos de raciocnio (Grupo 5, pgina 34), mas tambm questes sobre os outros tpicos relacionados teoria da argumentao e ensinados nas aulas anteriores.

    2. Quadro da aula 6 Observao: notar que o quadro da aula 6 continuao do quadro da aula 5. O TEXTO ARGUMENTATIVO

    IV. MTODOS DE RACIOCNIO 1. Deduo (mtodo dedutivo) Do geral para o particular Toda eliminao intencional de uma forma de vida um assassinato (INFORMAO GERAL). No aborto provocado, elimina-se deliberadamente uma forma de vida (INFORMAO ESPECFICA). Logo, o aborto uma forma de assassinato. Isso motivo suficiente para no legaliz-lo (CONCLUSO ESPECFICA).

  • 2. Induo (mtodo indutivo) Do particular para o geral No Brasil, realiza-se mais de 1 milho de abortos clandestinos por ano (INFORMAO ESPECFICA). Na Colmbia, so cerca de 300 mil (INFORMAO ESPECFICA). Esses nmeros provam que as leis antiaborto so nocivas, j que colocam as gestantes em situao de risco (CONCLUSO GERAL).

    3. Dialtica (mtodo dialtico)

    Tese + anttese = sntese (conciliao de contrrios) Por ser uma forma de assassinato, o aborto uma prtica abominvel (TESE). No entanto, h situaes em que ele permite preservar a vida da gestante (ANTTESE). Conclui-se, assim, que o aborto deve ser permitido, mas apenas nos casos em que h risco de vida para a mulher (SNTESE). Sntese: mtodos de raciocnio

    MTODO DE RACIOCNIO

    DEFINIO

    Deduo Geral > particular

    Induo Particular > geral

    Dialtica Tese + anttese = sntese

  • aula 7

    ESTUDO DO VERBO (I): MARCAS FORMAIS E SEMNTICA DOS MODOS

    1. Roteiro da aula 7

    PARTE 1 INTRODUO (no mximo, 10 minutos) 1. Informar que o tema da aula sero os verbos, citando exemplos de verbos (para o caso de algum aluno no lembrar o que so verbos). 2. Relembrar que os verbos se dividem em modos e que dois desses modos (o indicativo e o subjuntivo) se subdividem em tempos verbais. Fazer no quadro um breve esquema sintetizando os modos verbais e os tempos nos quais esses modos se subdividem (ver quadro completo na seo 2 a tabela est bem tosca, graas minha ignorncia digital, mas vocs sabero reproduzi-la com muito mais dignidade no quadro). Ateno: no o caso de explicar, nesse momento, o que so modos ou tempos verbais, muito menos como reconhec-los. Esse exerccio inicial serve apenas para contextualizar a aula e fazer com que os alunos se recordem de termos que um dia eles j escutaram, na escola. Enfim, para eles comearem a puxar os conceitos pela memria e saberem qual o territrio em que esto prestes a entrar. Quer dizer: basta mesmo dizer (e registrar no quadro) que os verbos se dividem em 3 modos e que, deles, o indicativo se divide em 6 tempos e o subjuntivo, em 3. Desenhem o diagrama no quadro, mas no desenvolvam a explicao ainda. 3. Para ilustrar, coloque no quadro exemplos de frases bem simples, informando quais so os verbos e em que modo e tempo se encontram (ver quadro completo na seo 2). Mas, de novo: apenas informem, para esclarecer, do que voc est falando. Mas no expliquem ainda, no justifiquem as classificaes. apenas a ttulo de ilustrao. Informem que, com a aula, eles aprendero a fazer essas classificaes (tal verbo est no presente do indicativo, aquele outro est no pretrito imperfeito do subjuntivo, etc.)

    PARTE 2 TEMPOS E MODOS VERBAIS: MARCAS FORMAIS (no mx., 25 minutos) Informem que o objetivo da aula, neste primeiro momento, apenas ensin-los a olhar para um verbo e classific-lo quanto ao seu tempo e modo. Ou seja, agora que eles j sabem quais tempos e modos verbais existem, vo aprender a olhar para um verbo e dizer: est no tempo presente do modo indicativo; ou: est no tempo presente do modo subjuntivo; ou: est no tempo futuro do modo indicativo; etc. Para isso, informem que, na maioria dos casos, existe uma marca (uma terminao) que nos conta, nos revela, em qual tempo e modo o verbo est. claro que essas "marcas" so as desinncias modo-temporais. Mas, bvio, no vamos usar esse nome com os alunos. Basta dizer (como est no nosso livro) que quase todos os tempos/modos verbais tm uma marca (como se fosse uma impresso digital) que os caracteriza. Deem algo em torno e dois exemplos, registrando-os no quadro, a ttulo de ilustrao (ver quadro completo na seo 2): por exemplo, -va para o imperfeito do indicativo, -sse para o pretrito imperfeito do subjuntivo, etc. Demonstrem assim, que, sabendo qual a marca de cada tempo/modo verbal, o aluno saber reconhec-los (se ele sabe que -va marca do imperfeito do indicativo, ao bater o olho em "cantava", saber que essa forma est no imperfeito do indicativo; se ele sabe

  • que sse a marca do pretrito imperfeito do subjuntivo, ao bater o olho em cantasse, saber que essa forma est no imperfeito do subjuntivo; etc). Tendo esclarecido a ideia de que marcas formais nos contam em que tempo e modo uma forma verbal est, montem no quadro uma verso resumida de duas das tabelas do captulo 7 da apostila: para o modo indicativo, pg. 74, coluna da direita; para o modo subjuntivo, pg, 75, coluna na esquerda (ver quadro completo na seo 2). Durante o processo, mostrem quais so as marcas associadas a cada tempo/modo, sempre reforando a ideia de que, diante daquela marca, possvel imediatamente concluir em que tempo e modo o verbo est. Ao final do processo, comentem que eles j sabem olhar para um verbo e dizer em que tempo e modo ele est. Havendo tempo, legal fazer alguns testes rpidos: com a tabela no quadro, escrevam algumas formas verbais e peam para os alunos apontarem o modo (ver quadro completo na seo 2). Neste momento, coloquem apenas formas verbais no indicativo e subjuntivo.

    PARTE 3 VALOR SEMNTICO DOS MODOS VERBAIS (em torno de 10 minutos) Passando para a prxima etapa: expliquem que, agora que os alunos j sabem reconhecer o tempo e o modo em que um verbo est flexionado, hora de conhecer os valores semnticos associados a cada tempo e modo verbal. Informem que, nesta aula, falaremos dos valores dos modos verbais os tempos ficaro para a prxima aula. Neste momento, registrem o novo tpico no quadro (ver quadro completo na seo 2). E, antes de mais nada, esclaream que, quando falamos em valor semntico, estamos sempre falando em significado. De maneira que, quando falamos no valor semntico dos modos verbais, estamos nos referindo ao significado ou as ideias que esses modos expressam. A partir da, a ideia ir montando no quadro uma tabela que com os modos verbais, seu valor semntico e respectivos exemplos (ver quadro completo na seo 2). Durante a montagem da tabela e explicao da teoria, marquem nos exemplos as desinncias ensinadas previamente, relembrando que tempo e modo elas exprimem, comprovando, assim, que se trata do modo indicado na tabela. Por exemplo, se estiver explicando que o indicativo exprime um fato certo, real, verdadeiro, e dando um exemplo como ela cantar na festa, sublinhe o r, lembre que, conforme recm-ensinado, essa marca remete para o futuro do indicativo, o que comprova, portanto, que se trata do modo indicativo. Ao tratarem do imperativo, se acharem pertinente, observem que esse modo no foi mencionado na parte anterior da aula, quando foram apresentadas as marcas formas dos tempos e modos. Isso porque, no caso do imperativo, mais fcil identificar o modo pelo ideia que ele expressa (ordem, pedido, conselho, ensinamento, splica, etc.) do que por alguma marca formal (j que elas se confundem com as dos presentes).

    PARTE 4 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 10 minutos) Selecionar questes do grupo 2 do captulo 7, que comea na pgina 77.

  • 2. Quadro da aula 7 ESTUDO DO VERBO I. Tempos e modos verbais

    perfeito Pretrito imperfeito mais-que-perfeito

    MODO INDICATIVO Presente do presente Futuro do pretrito Pretrito imperfeito VERBO MODO SUBJUNTIVO Presente Futuro

    MODO IMPERATIVO

    Exemplos 1. Eu jogarei futebol amanh. [Tempo: presente / Modo: indicativo] 2. Se ele me ouvisse, estaria bem hoje. [Tempo: pretrito imperfeito / Modo: subjuntivo]

    II. Como reconhecer os tempos e modos verbais: as marcas formais 1. Modo indicativo

    TEMPO

    MARCA

    EXEMPLOS

    PRESENTE

    No h Eles nunca acordam cedo. Todos os dias eu durmo tarde.

    PRETRITO PERFEITO

    No h Eles acordaram cedo ontem. Ontem ele dormiu tarde

    PRETRITO IMPERFEITO

    1 conjugao: -VA / -VE 2 e 3 conjugaes: -IA / -IE

    Antigamente, ele acordava cedo. Antigamente, ele dormia tarde.

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO

    -RA /-RE (tonos) Perguntei se ele j fizera o dever. Ele perguntou se ns j fizramos o dever.

    FUTURO DO PRESENTE

    -R / -RE (tnicos) Ele estudar muito. Eu estudarei muito.

  • FUTURO DO PRETRITO

    -RIA / -RIE Voc poderia me ajudar? Ns poderamos ajud-lo.

    2. Modo subjuntivo

    TEMPO

    MARCA

    EXEMPLOS

    PRESENTE

    1 conjugao: -E 2 e 3 conjugaes: -A

    Quero que voc trabalhe. Quero que eles venam.

    PRETRITO IMPERFEITO

    -SSE Se voc deixasse, eu ajudaria. Se ns deixssemos, ele ajudaria .

    FUTURO

    -R Quanto ele chegar, abra a porta. Quando ns chegarmos, abra a porta.

    III. Valores semnticos dos tempos e modos verbais 1. Modos verbais

    MODO

    VALOR SEMNTICO

    EXEMPLOS

    INDICATIVO Fato incerto, hipottico, irreal

    Quero que voc venha. [INCERTO] Se voc vier, no vai se arrepender. [INCERTO] Se eu fosse rico, no trabalharia mais. [IRREAL]

    SUBJUNTIVO Fato certo, real Eu irei festa amanh. [FATO CERTO] Eu fui festa ontem. [FATO CERTO]

    IMPERATIVO Ordem, pedido, splica, conselho, instruo, etc.

    Volte j para c! [ORDEM] Por favor, eu imploro, volte para mim. [SPLICA] Volte para ela, o melhor que voc faz. [CONSELHO]

  • aula 8

    ESTUDO DO VERBO (II): SEMNTICA DOS TEMPOS

    1. Roteiro da aula 8

    PARTE 1 INTRODUO (em torno de 10 minutos) Comear relembrando que a aula passada foi sobre verbos. Lembrem que os verbos se dividem em modos (indicativo, subjuntivo e imperativo), que, por sua vez, se dividem em tempos. Nesses momentos de lembrete da aula anterior, eu costumo refazer no quadro, rapidamente, como rascunho, os esquemas que vo organizando a cabea dos alunos. Mas no preciso fazer com esmero, e digam que eles tambm no precisam copiar, porque j est tudo no quadro. Em seguida, lembrem que vocs estudaram as marcas formais de cada tempo e modo: por exemplo, -va para pretrito imperfeito (tempo) do indicativo (modo), -ria para futuro do pretrito (tempo) do indicativo (modo); -sse para pretrito imperfeito (tempo) do indicativo (modo).. Por fim, comentem que o ltimo tpico estudado foram os valores semnticos dos modos verbais. Lembrando que valor semntico o mesmo que significado, relembrem com a turma, rapidamente, quais so os modos verbais e qual o valor semntico associado a cada um deles. Como eu disse, se quiserem, podem escrever no quadro para relembrar melhor alguns desses pontos; mas, nesse caso, apenas um rascunho, e no h a necessidade de esperar que os alunos copiem, uma vez que tudo isso j est no caderno deles. Por fim, informem que, se a aula passada foi sobre os valores semnticos dos modos verbais, esta ser sobre os valores semnticos dos tempos verbais.

    PARTE 2 EXPOSIO TERICA (no mximo, 30 minutos) Esta parte da aula consiste na montagem de uma verso simplificada da tabela de valores semnticos dos tempos verbais do modo indicativo, que est na pgina 75 da apostila (ver quadro completo na seo 2). Durante a explicao da tabela, ao analisar os exemplos, relembrem as desinncias de cada tempo/modo, remetendo sempre para a aula anterior. Quando se tratar de um tempo com mais de um valor semntico, enfatizem sempre como, morfologicamente, do ponto de vista da flexo, trata-se do mesmo tempo verbal mas sempre chamando ateno para o contraste entre essa manuteno do padro mrfico (flexo) e a diversidade de valores semnticos. Um detalhe fundamental: como vocs podem ver, no esto includos na aula os tempos do modo subjuntivo. Isso porque as chances de aparecer alguma pergunta especfica sobre os valores semnticos de tempos do subjuntivo so muito reduzidas. Diante disso, vale mais apenas usar esse tempo para fixar melhor a matrias por meio da resoluo de mais questes j que se trata de um contedo com um grau de complexidade acima da mdia, no conjunto dos contedos includos no programa do PVS. Se acharem necessrio e/ou se alunos perguntarem, podem explicar a razo para a excluso dos tempos do subjuntivo, mas lembrem que a apostila traz esse contedo sintetizado em uma

  • tabela na pgina 75, de maneira que eles sempre podem ler l e tirar dvidas com vocs ou pelo 0800. Aqui, no tem muito mistrio: o caminho indicar o tempo, listar os valores semnticos potencialmente associados a ele e exemplificar cada valor semntico. A chave para que os alunos entendam, claro, est na anlise/explicao de cada exemplo, que deve deixar bem claro por que aquele exemplo exibe aquele valor semntico relacionado a ele n tabela. Mas vale uma observao: detenham-se mais demoradamente nos tempos presente e futuro do pretrito, e passem mais rapidamente pelos demais tempos verbais. Afinal, aqueles dois so os mais complexos e, por isso mesmo, os que mais tendem a aparecer nas provas de vestibular. Vocs notaro inclusive, na seo 2, que a tabela proposta para ser montada no quadro-negro um pouco simplificada em relao da apostila.

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 15 minutos) Embora a prxima aula seja inteiramente dedicada a questes de vestibular do captulo 7, interessante que sobre tempo para que vocs algumas questes de vestibular sobre semntica dos tempos verbais ao final desta aula. sempre bom que sejam feitos exerccios imediatamente depois da exposio terica, para que o contedo fique mais bem consolidado para os alunos. Os exerccios sobre semntica dos tempos verbais esto no grupo 3, que comea na pg. 80.

    2. Quadro da aula 8 Observao: notar que o quadro da aula 8 continuao do quadro da aula 7. ESTUDO DO VERBO

    2. Tempos verbais do modo indicativo

    TEMPO VERBAL VALORES SEMNTICOS EXEMPLOS

    Presente

    (1) Rotina (2) Futuro (3) Passado (4) Verdade absoluta (5) Fato simultneo ao momento da fala

    (1) Sempre acordo s 6 da manh. (2) Amanh passo na sua casa. (3) Em 1808, a famlia real chega ao Brasil1. (4) A Terra gira em torna do sol. (5) Rafinha chuta a bola... gol!

    1 Tutor: embora esse uso seja referido tradicionalmente como presente histrico, ele est longe de ser

    usado apenas para narrar fatos histricos. Pelo contrrio: ele frequentemente aparece em narrativas cotidianas. Ento, se preferirem, vocs podem optar por (ou mencionar oralmente) exemplos do tipo: Ontem eu estava no nibus indo casa do Joo, quando, de repente, voc no sabe quem me aparece.

  • Pretrito perfeito

    Fato pontual no passado

    Eu joguei futebol ontem.

    Pretrito imperfeito

    Fato que se estende no passado

    Eu jogava futebol todos os dias.

    Pretrito mais-que-perfeito

    Fato passado anterior a outro fato tambm passado.

    O pai chegou ao local onde o acidente acontecera.

    Futuro do presente

    (1) Fato futuro em relao ao momento da fala. (2) Dvida (3) Ordem (equivalente ao imperativo)

    (1) Amanh, eu vencerei o jogo. (2) Ser ele a pessoa certa? (3) No matars.

    Futuro do pretrito

    (1) Fato futuro em relao ao momento da fala. (1) Incerteza; no-comprometimento com o fato ou opinio expressos (3) Dvida Seria ele a pessoa certa? (4) Polidez

    (1) Ele acreditou que chegaria a tempo. (2) Segundo alguns, Joo seria o culpado. (3) Seria ele a pessoa certa? (4) Voc me emprestaria sua caneta?

  • aula 9

    ESTUDO DO VERBO (III): EXERCCIOS

    1. Roteiro da aula 9

    PARTE 1 REVISO (no mximo, 20 minutos) Usem a primeira parte da aula para fazer uma reviso da trajetria percorrida nas duas aulas anteriores no que diz respeito ao estudo do verbo. Relembrem os tpicos estudados, pontuando-os no quadro. So trs tpicos: classificao dos verbos (de acordo com os modos e tempos); marcas formais dos modos e tempos verbais; e, o mais importante, o pice do estudo do verbo, valores semnticos dos tempos e modos verbais. Vocs vo avaliar, para cada turma, a necessidade de fazer uma reviso mais extensa e detalhada, que use os 20 minutos mximos previstos para esta parte da aula e registre novamente boa parte do contedo no quadro, ou apenas uma retomada breve e superficial, que gaste um tempo menos e que apenas pontue os assuntos no quadro, sem necessariamente resgatar todas as explicaes. O ideal, claro, que seja possvel fazer uma reviso mais breve, apenas relembrando quais pontos foram estudados (mas no retomando a maior parte do que j foi dito acerca desses pontos), de modo que sobre mais tempo para os exerccios. Portanto, em princpio, a ideia apenas pontuar os tpicos, para efeito de refrescar a memria dos alunos sobre o que foi falado, mas no reexplicar os assuntos. Em tese, isso se deveria ser possvel, j que cada assunto j foi tratado longamente, e o mais importante deles (semntica dos tempos) na aula mais recente. Mas a gente sabe que, em algumas turmas (sobretudo aquelas cujos alunos tm uma formao anterior mais deficiente, esto h mais tempo sem estudar, etc.), pode ser necessrio ou til aproveitar esse tempo para efetivamente explicar novamente retomar e repetir mesmo alguns pontos. Ou seja, no apenas lembrar o que foi dito, mas efetivamente dizer de novo, com novos exemplos. Em suma, so vocs que vo avaliar cada turma e decidir o que mais produtivo uma reviso que funcione apenas como lembrete de quais pontos foram abordados (e, consequentemente, mais tempo para questes de vestibular), ou uma reviso de fato, com uma segunda explicao de alguns pontos (e, consequentemente menos tempo para questes de vestibular).

    PARTE 2 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 40 minutos) Este o momento mais importante da aula. Selecionem questes do grupo 2 e do grupo 3. Por enquanto, s o grupo 1 fica de fora. Isso porque esse grupo trata da relao entre o verbo e as pessoas do discurso e esse ponto ser abordado depois na aula sobre pronomes. Assim, depois dessa aula, ser possvel resolver exerccios sobre pessoas do discurso envolvendo tanto os pronomes quanto os verbos. E a que entrar o grupo 1 do captulo 7. Para esta aula, valem as orientaes de sempre quando se trata de resolver questes: nada de dar um tempo para deixar os alunos trabalhando sozinhos. Isso eles podem (e devem) fazer

  • em casa, para depois tirar dvidas, seja com o professor ou pelo 0800. O tempo de sala de aula do PVS muito curto para isso. Portanto, preciso resolver as questes coletivamente, guiando a leitura dos enunciados e das alternativas (quando for o caso) ou a formulao das respostas (quando se tratar de questes discursivas). A importncia crucial desta aula no reside apenas no necessidade de fixas e consolidar a matria. H dois outros pontos no menos importantes: (i) familiarizar os alunos com os padres de questes de vestibular (como os contedos so cobrados, qual o formato tpico das questes, quais as diferenas entre as diversas bancas Uerj, Cederj, Enem...); (ii) ensinar o aluno a raciocinar em cima da questes, mostrando como os caminhos que o raciocnio dele deve percorrer para compreender a questo e encontrar a resposta certa (quando for o caso de uma questo objetiva). Por tudo isso, fundamental que vocs faam as questes junto com a turma, aproveitando essa oportunidade para no somente relembrar e fixar reiteradamente o contedo em si, mas tambm: (i) ensinar a ler o enunciado e as alternativas; (ii) chamar a ateno para os modelos ou formatos tpicos de questes, atentando para os padres recorrentes em cada banca, quando for o caso; (iii) mostrar de que maneira os alunos devem raciocinar no mbito daquele contedo, como eles devem compreender diferentes expresses e que estratgias podem usar para, por exemplo, descartar determinada alternativa ou optar por alguma alternativa.

  • aula 10 SEMNTICA DOS CONECTIVOS (I)

    1. Roteiro da aula 10 PARTE 1 INTRODUO (em torno de 10 minutos) Comear anunciando o tema da aula, devidamente registrado no quadro (semntica dos conectivos). A partir dessa expresso, explicar o que significa semntica e o que um conectivo. Explicar que semntica a parte da gramtica que estuda o significado. Por exemplo, quando estudamos que bonito e belo so sinnimos, ou seja, palavras com mesmo significado (ou significado prximo), estamos estudando semntica. Quanto ao conectivo, expliquem que, como o nome deixa claro, trata-se de um elemento que serve para conectar, ou seja, ligar, relacionar palavras ou frases. Registrem no quadro dois exemplos para explicar essa ideia (ver quadro completo na seo 2). Os exemplos que aparecem na seo 2 como sugestes so: Gosto de bolo e Joo chegou e Maria saiu. Mostrem que no possvel dizer Gosto bolo; necessrio haver uma terceira palavra para ligar, conectar a forma verbal gosto com o substantivo bolo. Essa palavra ser o de: Gosto de bolo. Por isso, o de um conectivo: ele faz a conexo entre duas palavras. Mostrem que o mesmo se aplica ao outro exemplo. Em seguida, expliquem que a classe dos conectivos se divide em dois grupos: a preposio e a conjuno. Ao explicar isso, citem alguns exemplos de conjunes (por exemplo, mas, e, porque...) e de preposies (por exemplo, de, com, por...), mas digam que no relevante esclarecer a diferena entre preposies e conjunes. Informem apenas que este aula tratar das preposies e a prxima, das conjunes mas que, aqui, o importante ser saber que ambas pertencem categoria mais ampla dos conectivos, o que significa que ambas tm o papel de conectar, ligar ou relacionar palavras ou frases entre si. Concluda essa breve apresentao do tema da aula, alertar os alunos para o fato de que os vestibulares (principalmente a Uerj, mas tambm, sem dvida, o Enem e o Cederj!) cobram muito frequentemente os valores semnticos dos conectivos. Mostrem que, neste momento, aps a explicao inicial da aula, os alunos j tm condies de entender essa pergunta. Quando a prova de vestibular estiver pedindo o valor semntico de algum conectivo, o que se est pedindo o significado desse conectivo. preciso enfatizar isto bem, deixando claro que algo muitssimo frequente no vestibular: valor semntico = conectivo. As informaes acima devero ser registradas de forma concisa no quadro (ver quadro completo na seo 2).

    PARTE 2 VALORES SEMNTICOS DAS PREPOSIES (em torno de 30 minutos) Feito o anncio e a apresentao do tema da aula, hora de apresentar os valores semnticos das preposies. Esses valores sero apresentados por meio de uma tabela a ser registrada no quadro (ver quadro completo na seo 2). Observem, na tabela, que eu escolhi 5 preposies a serem abordadas nesta aula. A aula consiste, portanto, em ir preenchendo a tabela com as preposies escolhidas, os respectivos valores semnticos e os exemplos que devem, evidentemente, ser explicados

  • oralmente por vocs, de modo a mostrar como o valor semntico indicado se manifesta em cada sentena. Eu gosto de preencher a tabela na seguinte ordem: 1 coluna (a preposio), 3 coluna (os exemplos) e 2 coluna (os valores semnticos). Ou seja, a cada exemplo registrado na tabela, eu sublinho a preposio e discuto com a turma, brevemente, o valor semntico veiculado por ela. S ento preencho o campo "valores semnticos". Isso, claro, no obrigatrio (alguns preferem anunciar de sado o valor semntico e ilustr-lo em seguida com o exemplo correspondente), mas sempre me pareceu uma estratgia mais eficiente.

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 15 minutos) H apenas duas questes na apostila que tratam especfica e exclusivamente de preposies (h algumas que envolvem preposies e conjunes, mas estas ainda no podem ser abordadas, claro): a questo comentada do grupo 1 e a questo 7 tambm do grupo 1. Faam essas duas questes com a turma (comeando pela questo 7, por ser bem mais simples). Em 15 minutos, provvel que no haja tempo para mais nada mesmo. Porm, caso sobre um tempo maior do que 15 minutos para a parte 3 e vocs avaliem que possvel fazer mais questes, comecem por um exerccio breve, simples e direto exerccio de fixao e s depois passem para as questes de vestibular. Para esse exerccio, registrem no quadro algo como 4 ou 5 sentenas simples, sublinhem as preposies e guiam a turma na identificao dos respectivos valores semnticos. Lembrem-se sempre tanto no caso das questes de fixao quanto no caso das questes de vestibular, nesta como em todas as outras aulas de resolver as questes junto com a turma, explicando as sentenas e evidenciando os valores semnticos das preposies presentes nela. Registrem sempre as respostas no quadro, claro.

    2. Quadro da aula 10 SEMNTICA DOS CONECTIVOS I. Introduo

    TEMA DA AULA: Semntica dos conectivos

    1. Semntica: parte da gramtica que estuda o significado

    2. Conectivo

    A) Funo: serve para conectar, ligar palavra ou frases.

    B) Tipos de conectivos: preposio e conjuno

    C) Exemplos: Gosto de bolo.

    Joo saiu e Maria chegou.

  • II. Valores semnticos das preposies

    PREPOSIO VALORES SEMNTICOS

    EXEMPLOS

    DE

    Origem Posse

    Matria Causa

    Assunto

    Vim de So Paulo Gravata de Joo Mesa de Madeira Morreu de frio Falou de futebol

    COM

    Companhia Contedo

    Instrumento Causa

    Saiu com a namorada. Um copo com gua Abriu a porta com a chave. Com a ameaa, todos resolveram trabalhar.

    POR

    Agente Lugar Meio Causa

    A medalha foi conquistada por todos O nibus no passa por essa regio. Recebeu a notcia por telefone. Morreu por no querer lutar.

    PARA

    Destino

    Beneficirio Finalidade

    Consequncia

    No fui para Minas Gerais. Dei o dinheiro para o Z. Gritou para ser ouvida. Basta chover para alagar tudo.

    SEM

    Ausncia Condio

    Um copo sem gua. No vou acusar o Joo sem antes conversar com ele.

  • aula 11 SEMNTICA DOS CONECTIVOS (II) 1. Roteiro da aula 11 PARTE 1 INTRODUO (em torno de 5 minutos) Relembrar que a ltima aula tratou do tema valor semntico dos conectivos. Lembrar rapidamente que (i) conectivos so elementos usados para ligar, ou seja, conectar palavras ou frases; (ii) valor semntico o mesmo que significado (esses dois pontos constituram a introduo da aula anterior, com o objetivo de esclarecer o sentido da expresso valor semntico dos conectivos); e (iii) a classe dos conectivos se divide em preposies e conjunes. Lembrar, por fim, que a aula anterior tratou das preposies. Com isso, anunciar que o foco desta aula so os valores semnticos das conjunes.

    PARTE 2 VALORES SEMNTICOS DAS CONJUNES (em torno de 25 minutos) Retomados os conceitos bsicos, hora de passar para os valores semnticos das conjunes. A aula consiste em preencher uma grande tabela com 3 colunas e 7 linhas (ver quadro completo na seo 2). Essa coluna ser preenchida, preferencialmente, durante a explicao. Minha sugesto aqui anloga quela j apresentada na tabela da aula anterior, sobre os valores semnticos das conjunes. Sugiro preencher primeiro a segunda e a terceira coluna, discutir brevemente com a turma o valor semntico evidenciado nos exemplos de cada linha, fazendo-os enxergar o nexo semntico entre as sentenas e s depois registrar esse valor semntico na primeira coluna. Observao importante: como o foco do vestibular no a metalinguagem (h raros casos em que ela cobrada, mas, repito, no o foco), vocs notaro que eu juntei as concessivas com as adversativas (sob o rtulo contraste, oposio), e as consecutivas com as conclusivas (sob o rtulo duplo (concluso, consequncia). Claro que elas no so a mesma coisa, mas, no contexto do PVS, vale a pena ( produtivo) explorar as semelhanas (que inegavelmente existem) e abstrair as diferenas. OBSERVAES (1) No momento de falar sobre o que consecutivo, quem achar importante pode dar o velho macete: a conjuno que sempre ir exprimir consequncia quando estiver formando par com as palavras to / tanto / tamanho / tal (Correu tanto que desmaiou; Correu to rpido que desmaiou; Correi numa velocidade tamanha que desmaiou; Correi numa velocidade tal que desmaiou). (2) Como veem, muito do que est na apostila foi excludo da aula. Isso normal e vai acontecer sistematicamente, sobretudo no segundo semestre (quando entrarmos na parte de literatura). o resultado natural do fato de que temos mais espao (no livro) do que tempo (em sala de aula). (3) Ao longo da explicao, procurem deixar claro para os alunos que o objetivo desta aula torn-los aptos a olhar para um conectivo e reconhecer qual a contribuio semntica que ele est dando para a sentena.

  • (4) Ao longo da explicao, no deixem de repetir que esse contedo muito frequente em todos os vestibulares (e muito especialmente na Uerj).

    PARTE 3 QUESTES DE VESTIBULAR (em torno de 35 minutos) Selecionem questes do captulo 9 (mdulo 1). Ser interessante se for possvel resolver com os alunos pelo menos uma questo de cada grupo. Dessa maneira, ser possvel evidenciar os dois padres bsicos existentes nos vestibulares de questes sobre valor semntico dos conectivos: questes que pedem para o candidato indicar o valor de um conectivo j apresentado; ou, inversamente, questes que pedem para o candidato usar / apontar o conectivo adequado para ligar dois segmentos.

    2. Quadro da aula 11 Observao: notar que o quadro da aula 11 continuao do quadro da aula 10. SEMNTICA DOS CONECTIVOS

    II. Valores semnticos das conjunes

    VALOR SEMNTICO CONJUNES EXEMPLOS

    CONTRASTE, OPOSIO

    Mas, porm, contudo, embora, ainda que, etc.

    Colocou o despertador, mas no acordou Colocou o despertador, porm no acordou Embora tenha colocado o despertador, no acordou. Ainda que eu coloque o despertador, sei que no vou acordar.

    CONCLUSO,

    CONSEQUNCIA

    Logo, portanto, que, etc.

    Sou seu pai, logo voc deve me obedecer. Sou seu pai, portanto voc deve me obedecer. Joo tem tanto medo do pai que nunca discorda dele.

    CAUSA, EXPLICAO

    Porque, pois, como, uma vez que, visto que, j que, etc.

    Correu porque estava atrasado. Correu, pois estava atrasado. Como estava atrasado, correu.

    FINALIDADE

    Para que, a fim de que

    Gritou para que todos ouvissem. Gritou a fim de que todos ouvissem.

  • CONDIO

    Se, desde que, contanto que

    S ajudarei a Maria se ela tambm me ajudar. Posso at ajudar a Maria, desde que ela tambm me ajude. Posso at ajudar a Maria, contanto que ela tambm me ajude.

    TEMPO

    Quando, logo que, assim que, mal, etc

    Quando ela chegou, eu fui embora. Assim que ela chegou, eu fui embora.

    COMPARAO

    (do) que, quanto, como, etc.

    Desenho melhor (do) que o Joo. Desenho to bem quanto o Joo.

  • aula 12 REVISO PARA UERJ

    1 EXAME DE QUALIFICAO

    PARTE 1 APRESENTAO (em torno de 5 minutos) Informem que esta aula inteiramente dedicada resoluo, junto com a turma, de questo do Exame de Qualificao da Uerj, a ttulo de reviso (o tutor vai guiando a resoluo das questes e incentivando a participao da turma). Informem os tpicos a serem revisados via exerccios e comecem imediatamente os trabalhos.

    PARTE 2 REVISO VIA RESOLUO DE EXERCCIOS (em torno de 5 minutos) Resolver, junto com a turma, os exerccios separados previamente, seguindo a ordem dos tpicos anunciados na Parte 1. O CONTEDO Vocs devero trabalhar questes dos tpicos mais recorrentes no Exame de Qualificao da Uerj. Dentre os assuntos trabalhados, os tpicos mais importantes, em ordem decrescente, so: 1 Figuras de linguagem 2 Valor semnticos dos conectivos 3 O texto argumentativo 4 Valor semntico dos tempos e modos verbais O tutor dever selecionar de 2 a 3 tpicos dentre os temas listados acima, reservando previamente um tempo para cada tpico e ento selecionando as questes da apostila a serem trabalhadas em cada tema. Que critrios utilizar para selecionar os tpicos? A orientao geral a seguinte: metade da aula para tema Figuras de Linguagem (por duas razes: (i) muito frequente; (ii) foi visto apenas l no incio), 1/4 para questes sobre Valor semntico dos conectivos e 1/4 para O texto argumentativo. Esta , reitere-se, a orientao geral. No entanto, h um espao significativo para adaptao realidade de cada polo e mesmo de cada turma. Exemplo: determinada turma teve pouco tempo, por qualque razo, para trabalhar questes sobre Valor semntico dos conectivos; por outro lado, essa mesma turma parece ter fixado muito bem a parte relativa ao tema O texto argumentativo. Neste caso, vale excluir este ltimo tema e usar metade da aula para o tpico 1 e a outra metade para o tpico 2. Outra possibilidade determinada turma ter sentido uma dificuldade excepcionalmente grande com a semntica dos tempos e modos verbais; nesse caso, considerados outros fatores, pode-se separar uma parte, maior ou menor, da aula para esse assunto. Em suma, o tutor deve avaliar a situao de cada turma, levando em conta diversos fatores (rendimento da turma em cada tpico, possveis aulas perdidas ou muito prejudicadas por razes externas, etc.) e, a partir da, selecionar de 2 a 3 tpicos, dentre aqueles listados acima, para revisar nesta aula.

  • Aps selecionar os tpicos e definir o tempo dedicado a cada um, o tutor deve selecionar, dentre as questes ainda no resolvidas da apostila, quantas e quais, dentre de cada tema, sero resolvidas com a turma nesta aula de reviso. A ABORDAGEM Esta uma aula de reviso por meio de exerccios. Estabelecido o CONTEDO da aula, seguem algumas orientaes fundamentais quanto ABORDAGEM: (1) Jamais d um tempo para que o aluno resolva as questes sozinho (ou em grupo, duplas, no importa) primeiro, para s depois entrar com a correo; no temos tempo para isso. O aluno deve resolver questes sozinhos em casa, de modo que o ideal orient-lo na aula anterior para que faa isso (e, neste momento, ele pode contar com a ajuda do 0800; alm disso, muitos tutores se colocam disposio por email, Facebook, Orkut, etc., o que timo). Alguns faro, muitos no faro, mas o fato que a aula no o momento para isso. (2) No se trata, de modo algum, de simplesmente CORRIGIR as questes selecionadas, mas de utiliz-las como ponto de partida para a REVISO dos tpicos escolhidos, retomando conceitos e explicaes e ilustrando-os por meio dos exerccios. Portanto, voc vai levar algum tempo em cada questo. Repito: RESOLVER a questo, explicando cada alternativa e aproveitando para revisar a matria e retomar conceitos, e no simplesmente fazer uma correo sumria do exerccio. A questo aqui ponto de partida e exemplo para a reviso. (3) Ao resolver cada questo, voc deve no apenas retomar/revisar o CONTEDO, mas ensinar o aluno como FAZER UMA QUESTO DE VESTIBULAR (e, mais especificamente, uma questo de 1 fase do vestibular Uerj). Por isso, guie-os na leitura do enunciado, chame a ateno para aspectos recorrentes na Uerj, leia cada alternativa, aponto aspectos da alternativa que servem como pistas, se for o caso; enfim, boa parte da aula ensinar no o contedo, mas meios de resolver questes desse tipo, familiarizando os alunos (mais ainda) com elas;

  • aula 13 ESTUDO DO PRONOME:

    AS PESSOAS DO DISCURSO 1. Roteiro da aula 13

    PARTE 1 INTRODUO (em torno de 5 minutos) Para fazer um gancho com aulas anteriores, comecem falando rapidamente sobre classes de palavras. Listem com os alunos, registrando no quadro, as 10 classes gramaticais do portugus (estou ignorando as palavras denotativas; ver quadro completo na seo 2). O objetivo to-somente lembrar aos alunos o que so (e quais so as) classes gramaticais. Lembrem que ns j estudamos cinco classes: os verbos, as conjunes e preposies (estas duas reunidas sob o rtulo mais geral de conectivos), os adjetivos e advrbios (ambos reunidos sob o rtulo mais geral de modificadores). A partir da, identifiquem o tema da aula: o pronome. Neste ponto, listem no quadro os tipos de pronomes existentes; em seguida, informem quais so aqueles sobre os quais a aula ir tratar, destacando-os: os pronomes pessoais, os pronomes demonstrativos e os pronomes possessivos (ver quadro completo na seo 2).

    PARTE 2 AS PESSOAS DO DISCURSO (em torno de 5 minutos) Digam que, antes de entrar de fato nos pronomes, preciso explicar o sistema de pessoas do discurso: o famoso quem fala, para quem se fala e de quem ou de que se fala. Para isso, simplesmente mostrem quais so os elementos obrigatoriamente presentes numa troca comunicativa, ou seja, as tais pessoas do discurso: tem sempre algum que fala, algum que ouve e um assunto sobre o qual se fala. interessante criar exemplos/situaes envolvendo os prprios alunos. Ateno: a coisa aqui bem direta e objetiva mesmo: basta eles entenderem que, numa situao de comunicao, esto sempre presentes esses trs elementos. E s. O nico objetivo desta parte da aula que isso fique claro. No precisa ainda, portanto, mencionar como esse sistema se codifica gramaticalmente.

    PARTE 3 OS PRONOMES E AS PESSOAS DO DISCURSO (de 25 a 30 minutos) Por que importante entender como se constri uma situao comunicativa? Simples: porque existem determinadas palavras na lngua que servem exatamente para fazer referncia s pessoas do discurso (que, como se viu, so elementos que compem qualquer situao comunicativa). E, claro, essas palavras so precisamente os pronomes pessoais, demonstrativos e possessivos. Neste momento, vocs j podem explicar por que foram especificamente estes os subtipos de pronomes contemplados na aula porque se trata dos subtipos que fazem referncia s pessoas gramaticais.

  • A partir da, vocs devem mostrar de que maneira cada um desses grupos (os pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos) faz referncia s pessoas do discurso. Estratgia: faam no quadro-negro um grande esquema registrando esses trs tipos de pronomes (ver quadro completo na seo 2). Notem que, dentro os pronomes pessoais, o abarcar apenas os retos e os oblquos, mas no os pronomes de tratamento. Em seguida, criem exemplos para mostrar como cada tipo faz referncia s pessoas do discurso. Registrem no quadro um nico exemplo para cada tipo de pronome (ver quadro completo na seo 2). Mas, oralmente, o ideal mencionar vrios exemplos. Eu costumo criar exemplos relacionados prpria situao da aula, apontando para os prprios alunos: Eles no esto me ouvindo; Eu j te expliquei essa matria; Ela no entendeu a tua pergunta; Aqueles alunos ainda no esto me ouvindo; etc. Reitero: o objetivo desses exemplos ir mostrando de que maneira os pronomes apontados no esquema fazem referncia s pessoas do discurso. Por isso, no momento de apresentar e explicar esses exemplos, tenham em mente que a finalidade dessa ir evidenciando para os alunos que:

    (a) os pronomes pessoais (retos e oblquos) simplesmente identificam as pessoas do discurso; (b) os pronomes possessivos tambm se referem s pessoas, mas acrescentam ideia de posse; e (c) os pronomes demonstrativos indicam a localizao das pessoas do discurso no espao e no tempo.

    Se acharem importante e houver tempo, possvel comentar neste momento a ttulo de lembrete que os pronomes possessivos e demonstrativos tambm exercem papel endofrico, ou seja, estabelecendo ligaes internas ao texto. Tenham em mente, porm, que isso no obrigatrio, j que o tema j foi tratado na aula sobre coeso textual. Assim, s faam isso se o tempo estiver a favor e, sobretudo, se a aula tiver corrido bem e os alunos estiverem acompanhando perfeitamente o contedo. Caso contrrio, o mais importante ser dar conta do objetivo efetivamente colocado para esta aula: relacionar os pronomes dinmica da situao extratextual de comunicao (portanto, usos diticos, e no fricos),

    PARTE 4 QUESTES DE VESTIBULAR (entre 10 e 15 minutos) Selecionar questes do captulo 6 (mdulo 1), grupo 1 Os pronomes e as pessoas do discurso (a partir da pgina 64).

    OBS s para os tutores: alguns advrbios podem ter a mesma funo ditica dos pronomes pessoais e, portanto, fazem referncia s pessoas do discurso (ainda que, neste caso, referncia indireta). o caso de itens como aqui, a e l, que so paralelos a eu, tu e ele (ou ao sistema, na prtica j superado, de trs demonstrativos: este, esse, aquele). por isso que o Mattoso Camara Jr. inclui esses advrbios na classe dos pronomes. Mas isso, repito, uma informao parte apenas para vocs, para clarear as coisas. No nada, claro, que deva ser levado para a sala de aula.

  • 2. Quadro da aula 13 ESTUDO DO PRONOME I. Introduo A. As classes de palavras 1. Substantivo 2. Adjetivo Ok 3. Verbo Ok 4. Advrbio Ok 5. Pronome 6. Artigo 7. Numeral 8. Conjuno Ok 9. Preposio Ok 10, Interjeio

    B. Tipos de pronomes 1. Pronome pessoal 2. Pronome possessivo 3. Pronome demonstrativo 4. Pronome relativo 5. Pronome indefinido 6. Pronome interrogativo

    II. As pessoas do discurso F O (falante) (ouvinte)

    A (assunto)

  • III. Os pronomes e as pessoas do discurso

    PRONOMES

    PESSOAIS RETOS

    PRONOMES

    PESSOAIS OBLQUOS

    PRONOMES

    POSSESSIVOS

    PRONOMES

    DEMONSTRATIVOS

    1 pessoa EU ME MEU / MINHA ESTE (A)

    2 pessoa TU TE TEU / TUA ESSE (A)

    3 pessoa ELE (A) O, A, SE, ELE, ELA SEU / SUA AQUELE (A)

    1 pessoa NS NOS NOSSO (A) ESTE (A)

    2 pessoa VS VOS VOSSO (A) ESSE (A)

    3 pessoa ELES (AS) OS, AS, SE, ELES, ELAS SEU / SUA AQUELE (A)

    SG

    PL

  • aula 14 FUNES DA LINGUAGEM

    1. Roteiro da aula 14

    PARTE 1 INTRODUO (em torno de 5 minutos) Para deslanchar a discusso introdutria da aula, chamem a ateno para a expresso funes da linguagem, em especial para a palavra "funo". Quando perguntamos, por exemplo, qual a funo do apagador, estamos perguntando para que serve o apagador. No caso da linguagem, a mesma coisa. Entender quais so as funles da linguagem equivale a entender para que serve a linguagem, para que finalidades ela empregada. No caso do apagador, todos sabemos, ele serve para apagar o quadro; essa sua funo. E com relao linguagem? Para que ela serve? Ou, fazendo a mesma pergunta em outras palavras, qual a funo da linguagem? O ideal seria termos tempo, aqui, para interagir com a turma, ouvir as respostas dos alunos, examin-las, etc. Mas isso no possvel. Dessa forma, o prprio tutor deve conduzir a explicao de forma expositiva, ou pelo menos com uma interao mnima, controlando o tempo. Partam do seguinte ponto: normalmente, a resposta dada seria algo na seguinte linha: "a linguagem serve para comunicar", "a linguagem serve para transmitir informaes", etc. Isso no deixa de fazer sentido. Por exemplo: se olho para o cu e digo "Est chovendo", estou transmitindo uma informao. Se abro a geladeira e digo "A geladeira est vazia", idem. No entanto, essa resposta largamente insuficiente. Por exemplo: quando eu cruzo com algum e digo "Bom dia", estou simplesmente transmitindo uma informao? Certamente no. E quando eu digo "Compre aquele carro", posso dizer que estou meramente transmitindo uma informao? Parece, no mnimo, estranho ou insuficiente. Isso nos leva, ento, a uma concluso. A linguagem no tem apenas uma funo, mas vrias . Transmitir informaes uma delas, mas claramente no a nica (como mostram os exemplos dados). Por isso mesmo, o nome da matria funes da linguagem, no plural. Se concordamos nesse ponto, a pergunta que fica a seguinte: se transmitir informaes apenas uma dentre as funes que a linguagem pode desempenhar, quais so as outras? Em resumo: quais so, afinal de contas, todas as funes da linguagem?

    PARTE 2 OS ELEMENTOS DA COMUNICAO (at 10 minutos) Para responder a pergunta acima, preciso, antes, entender quais so os elementos que esto presentes quando se efetiva uma comunicao. Mesmo que os elementos da comunicao se refiram inclusive comunicao no-verbal, melhor ficarmos apenas nos casos de troca comunicativa verbal e oral. Isso, claro, no caso do PVS, uma vez que o tempo bem curto. Para explicar os elementos da comunicao, til que o tutor coloque no quadro uma pequena fala conversacional tpica (ver quadro completo na seo 2). Por exemplo, digamos que Joo est olhando pela janela enquanto Maria v televiso. Ento, Joo v o Z dentro do bar e relata isso para Maria. Temos ento a seguinte fala: JOO para MARIA: O Z est no bar. A partir desse dilogo, o tutor vai mostrando quais so os elementos que devem estar presentes para que uma determinada troca comunicativa se efetive. Em primeiro lugar, temos que ter pelo menos dois participantes: aquele que fala e aquele que ouve (que, evidentemente,

  • vo trocando de posio ao longo da conversa). Estes so o emissor e o receptor. Conforme o tutor vai comentando cada elemento, j deve registr-lo no quadro na posio correta de modo que, ao final, esteja montado o esquema da comunicao (ver quadro completo na seo 2). Acima ou ao lado do nome do elemento, ele deve indicar (de preferncia com uma cor diferente) quem corresponde a esse elemento no caso do pequeno dilogo acima. Por exemplo, acima da palavra EMISSOR, tutor ir registrar JOO; acima de RECEPTOR, ele ir registrar MARIA; e assim por diante. Em resumo, o tutor ir explicando cada um dos 6 elementos necessrios para que se efetive uma comunicao. Ao explicar cada um, o tutor ir registrar o nome do elemento no quadro na posio correta, e acima desse nome colocar tambm um exemplo, baseado sempre na anlise de um mesmo exemplo (como o caso de Joo, Maria e Z acima).

    PARTE 3 AS FUNES DA LINGUAGEM (no mximo, 30 minutos) Este o momento de retomar a pergunta anterior: para que serve a linguagem? Ou ainda: quais so as funes da linguagem? Como j dissemos, a linguagem pode servir para vrias coisas, ou seja, pode ter vrias funes. E neste momento j d para dizer que cada funo da linguagem corresponde a um elemento da comunicao. Como so 6 elementos da comunicao, teremos 6 funes da linguagem. Antes de seguir adiante, preciso deixar bem clara para o aluno essa ideia de que as funes da linguagem correspondem aos elementos da comunicao. Isso pode ser ilustrado por dois exemplos simples. Sugestes: Exemplo A - JOO para MARIA: A chuva est forte l fora. Exemplo B - JOO para MARIA: No venda seu carro ainda. No primeiro caso, a linguagem est sendo usada para transmitir uma informao sobre um evento externo (o temporal). Por isso, a nfase recai sobre o referente (chuva). E a funo da linguagem predominante chama-se funo referencial. No segundo caso, a linguagem est sendo usada para influenciar as aes do interlocutor (a Maria). Por isso, a nfase recai sobre o receptor. E a funo da linguagem predominante nesses casos chama-se funo conativa (ou apelativa). A partir da comparao entre esses dois exemplos, o tutor comear a montar um quadro com 4 colunas. Coluna 1: A linguagem usada para... Coluna 2: Elemento em destaque. Coluna 3: Funo da linguagem. Coluna 4: Exemplo. (Ver quadro completo na seo 2). Como mostra a seo 2, a coluna quatro, Exemplo, ter apenas um nmero. Assim, enquanto for explicando cada funo, o tutor vai colocando pequenos exemplos no quadro, numerando-os de acordo com a tabela e explicando como cada funo aparece nos exemplos.

    PARTE 4 QUESTES DE VESTIBULAR (de 10 a 15 minutos) Infelizmente, dever sobrar pouco tempo para os exerccios. Por isso, importante que, antes da aula, voc prevejam bem o tempo de que dispem e se programem para no extrapolar, ou pelo menos extrapolar muito pouco, o tempo de cada etapa da aula, para que no fiquemos sem tempo algum para resolver pelo menos um ou outro exerccio com a turma. Selecionem questes de vestibular do captulo 4 (mdulo 1), que comea na pgina 48.

  • 2. Quadro da aula 14 FUNES DA LINGUAGEM I. Os elementos da comunicao Exemplo JOO para MARIA: O Z est no bar. Joo O Z est no bar Maria EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR CANAL: ar CDIGO: lngua portuguesa REFERENTE: elementos externos (Z, bar)

    II. As Funes da Linguagem Exemplo A

    JOO PARA MARIA: A chuva est forte l fora.

    Exemplo B

    JOO PARA MARIA: No venda seu carro ainda.

    A LINGUAGEM USADA PARA...

    ELEMENTO DA COMUNICAO EM DESTAQUE

    FUNO DA LINGUAGEM EXEMPLO

    Transmitir uma informao

    Referente Referencial 1

    Expressar sentimentos ou opinies do falante

    Emissor Emotiva (ou expressiva) 2

    Interferir no comportamento do ouvinte

    Receptor Conativa (ou apelativa) 3

    Tornar o texto mais expressivo

    Mensagem Potica 4

    Testar o canal de comunicao

    Canal Ftica 5

    Falar sobre o prprio cdigo

    Cdigo Metalingustica 6

    1.

    2.

    3.

    4.

    5.

    6.

  • aula 15 PRTICA DE LEITURA (I)

    1. Roteiro da aula 15

    PARTE 1 INTRODUO (cerca de 1 minuto) A ttulo de introduo, apenas informem que esta aula e a prxima sero inteiramente dedicadas famosa interpretao de texto. Expliquem a proposta: ler e interpretar textos que j apareceram nos vestibulares da Uerj e do Cederj (alm do vestibular da UFRJ, que Deus o tenha), resolvendo em seguida questes desses exames referentes ao texto. Informem que, nesta primeira aula de interpretao de texto, ser lido e analisado o texto Recado ao senhor 903 (pgina 117 da apostila), que caiu no vestibular Cederj em 2010.

    Aproveito para explicar para vocs, tutores, como vai se desenrolar o processo mas no incorporem esta explicao introduo da aula, por uma questo de tempo. Seria bom poder explicar a metodologia antes, mas, como no h tempo (esta aula ser bem apertada), deixemos que os alunos percebam na prtica como ser essa metodologia. Como vocs vero, a intepretao se dar em trs etapas:

    na primeira, apenas as primeiras impresses sobre o texto (sobre o que fala o texto? qual o tema central?), junto consideraes mais gerais ( poesia ou prosa? se for um poema, quantas estrofes tem? tem rima? se for prosa, quantos pargrafos? qual o tipo textual? e o gnero textual? etc);

    na segunda, a proposta (1) identificar as ideias bsicas por trs do texto, ou seja, os conceitos-chave que o fundamentam, e (2) mostrar como esses conceitos se distribuem pela superfcie textual. Exemplo hipottico e aleatrio: (1) as ideias bsicas so AMOR e DIO e (2) o amor tratado na primeira estrofe, o dio na segunda e ambos na terceira, que encerra o texto;

    na terceira, sairemos no plano mais global e iremos para o detalhe, para a mincia, destacando passagens e frases especficas; nesses fragmentos, identificaremos os elementos gramaticais, estilsticos e textuais que ajudam a construir o sentido do texto, produzindo os significados identificados nas duas etapas anteriores. Exemplo: figuras de linguagem, tempos verbais, modos verbais, modificadores, pronomes, funes da linguagem, etc. Mostrem, portanto, que essa a hora de retomar e revisar os contedos anteriores, porm agora da perspectiva de uma atividade de leitura ou seja, verificando de que maneira esses elementos ajudam a construir os sentidos do texto.

  • PARTE 2 PRIMEIRA PARTE DA ANLISE (menos de 10 mintos) Comecem pelo Estudo de caso 3 da apostila (pgina 117), que contempla o texto Registrem no quadro o ttulo do texto a ser analisado, leiam o texto em voz alta e passem para a anlise em etapas. Registrem no quadro o incio de cada etapa e pontuem as principais informaes referentes a cada parte da anlise (ver quadro completo na seo 2). Na primeira parte, vale a pena comear perguntando muito brevemente sobre o tema geral do texto. Em seguida, discutam se o texto est escrito em prosa ou em verso. Depois de concluir que um texto em prosa, expliquem que se trata de uma crnica e definam brevemente esse gnero textual (definio informal da apostila: texto em prosa que se caracteriza por tomar como ponto de partida um fato cotidiano aparentemente banal e a partir dele desenvolver reflexes). Atentem ainda para o fato de que esta crnica est escrita em formato de carta (ou bilhete, ou recado como sugere o ttulo , ou qualquer coisa do tipo), endereada a algum. Registrem essas informaes no quadro de forma pontual, em tpicos, e nunca com textos longos (ver quadro completo na seo 2).

    PARTE 3 SEGUNDA PARTE DA ANLISE (entre