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CADERNO DE ENCARGOS CLAUSULAS TÉCNICAS ESPECIAIS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ECOCENTRO VALORIZAÇÃO AMBIENTAL Zona Industrial de Cedrim - Sever do Vouga Câmara Municipal de Sever do Vouga

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CADERNO DE ENCARGOS – CLAUSULAS TÉCNICAS ESPECIAIS

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

ECOCENTRO – VALORIZAÇÃO AMBIENTAL

Zona Industrial de Cedrim - Sever do Vouga

Câmara Municipal de Sever do Vouga

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CADERNO DE ENCARGOS

ÍNDICE

CLÁUSULAS ADMINISTRATIVAS 1. Responsabilidades, seguros e licenças 2. Trabalhos complementares

3. Ensaios

4. Execução dos trabalhos

5. Qualidade dos trabalhos

6. Acompanhamento Arqueológico

7. Livro de registo de obra

8. Preparação e planeamento dos trabalhos

9. Vazadouros

10. Critério de medição dos trabalhos

11. Auto de medição

12. Revisão de preços

13. Receção e liquidação da obra

14. Prazo de garantia da obra

15. Receção definitiva

16. Outros encargos do empreiteiro

CLÁUSULAS TÉCNICAS

1. Materiais 1.1. Características dos materiais 1.2. Aprovação dos materiais 1.3. Depósito de materiais 1.4. Rejeição de materiais 2. Instalações do estaleiro 3. Implantação da obra

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CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS DOS TRABALHOS DE

CONSTRUÇÃO CIVIL

1. Movimento de Terras

1.1 limpeza e desmatação 1.2 decapagem 1.3 terraplanagem 1.4. Abertura de caboucos 1.5. Transporte de terras

2. Fundações

2.1. Sapatas 2.2. Enrocamentos 2.3. Massames armados 3. Estruturas

3.1 Composição e controlo

3.2 Moldes

3.3 Colocação das armaduras passivas

3.4 Cimbres, cavaletes e andaimes 4. Alvenarias

4.1. Aspetos gerais 4.2. Argamassas de assentamento 4.3. Alvenarias de tijolo 4.4. Descrição das alvenarias de paredes exteriores em tijolo 4.5. Descrição das alvenarias simples 4.6. Tolerâncias dimensionais

5. Cantarias 5.1. Fornecimento e aplicação 5.2. Protecção das cantarias 5.3. Qualidade das peças e dos trabalhos 5.4. Assentamento 6. Coberturas 6.1. Aspectos gerais e de pormenorização 6.2. Fornecimento e execução dos trabalhos 6.3. Qualidade dos trabalhos

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7. Revestimento de Paredes 7.1. Aspectos gerais 7.2. Emboço e reboco 7.3. Revestimentos cerâmicos 7.4. Revestimentos pétreos 7.5. Fornecimento e execução dos trabalhos 8. Revestimento de Tectos e Tectos Falsos 8.1. Aspetos gerais 8.2. Tolerâncias dimensionais 8.3. Fornecimento e execução de trabalhos 9. Revestimento de Pavimentos, Rodapés e Degraus 9.1. Aspetos gerais 9.2. Tolerâncias dimensionais 9.3. Revestimentos de massas espessas 9.4. Fornecimento e execução dos trabalhos 10. Impermeabilizações e Isolamentos 10.1. Aspetos gerais 10.2. Fornecimento e execução dos trabalhos 11. Carpintarias 11.1. Aspetos gerais 11.2. Pormenorização 11.3 Protótipos 11.4. Qualidade dos trabalhos 11.5. Tratamentos imunizadores 11.6. Assentamento e fixações 11.7. Tolerâncias dimensionais 11.8. Fornecimento e execução dos trabalhos 12. Alumínios 12.1. Aspetos gerais 12.2. Qualidade dos trabalhos 12.3. Assentamento e fixações

12.4. Descrição das janelas e portas exteriores - fornecimento e execução dos

trabalhos

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13. Vidros

13.1. Aspectos gerais

13.2. Tolerâncias dimensionais

13.3. Qualidade dos trabalhos

13.4. Descrição do vidro

13.5. Espelhos e chapa acrílica 15. Pinturas 15.1. Aspectos gerais 15.2. Execução dos trabalhos 15.3. Pinturas sobre revestimentos alcalinos 15.4. Pinturas sobre madeira 15.5. Pinturas sobre metais 15.6. Pinturas sobre paredes e tectos 16. Instalação de Redes de Águas

16.1- Ensaios e experiências 16.2- Traçados definitivos e esquemas 16.3 - Garantias e assistência técnica 16.4 - Aprovação dos materiais 16.5 - Casos omissos 16.6 Rede geral de abastecimento de água (consumo doméstico)

17. Redes de Esgotos e Águas Pluvias

17.1 Verificações e ensaios 17.2 Traçados definitivos e esquemas 17.3 Garantia e assistência técnica 17.4 Casos omissos 17.5 Rede de esgotos domésticos 17.6 Rede de esgotos pluviais

18. Equipamento Sanitário 18.1. Aspetos gerais 18.2. Especificações gerais 18.3. Fornecimento e execução dos trabalhos 18.4. Acessórios 19. Instalações e Mecânicas 19.1. Aspetos gerais 19.2. Objetivos

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19.3. Canalizações elétricas 19.4. Circuitos de iluminação 19.5. Circuitos de tomadas para usos gerais e especiais 19.6. Sistemas de proteção 19.8. Fornecimento e execução dos trabalhos 20. Pavimentos 20.1. Materiais de leito do pavimento 20.2. Sub-bases 20.3. Bases em Tout-venant 20.4. Execução de macadames 20.5. Revestimentos superficiais betuminosos 21. Pinturas de pavimentos 21.1. Marcas Rodoviárias (sinalização horizontal) 21.2. Lotes, amostras e ensaios 21.3. Sinalização Vertical 22. Considerações finais

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CLÁUSULAS ADMINISTRATIVAS

1 RESPONSABILIDADE, SEGUROS E LICENÇAS

O Empreiteiro assume toda a responsabilidade derivada da execução destes trabalhos, e que são previstas pelos regulamentos portugueses. O Empreiteiro suportará, ainda por sua conta, as consequências de eventuais acidentes nos estaleiros (tais como, danos devidos a trabalhadores da obra, roubos e estragos por incêndios ou por intempéries bem como os encargos de licenças e seguros que efetuar). A direção e fiscalização dos trabalhos ou fornecimento, serão exercidos pelo Dono da Obra, ou por intermédio dos seus delegados nomeados para o efeito, os quais se designam, abreviadamente, por "Fiscalização". Contudo, a acção da Fiscalização em nada diminui a responsabilidade do adjudicatário, no que se refere à boa execução dos trabalhos.

2 TRABALHOS NORMAIS E COMPLEMENTARES

O Empreiteiro deverá apresentar a proposta de custo total da execução da respetiva obra de acordo com as peças desenhadas do projeto de arquitetura (desenho para a obra), os projetos das especialidades e o presente caderno de encargos. Juntamente deverá o Empreiteiro apresentar o prazo de conclusão da obra, a calendarização dos trabalhos (cronograma), organizada segundo as diferentes fases da obra, coordenadas com as respetivas especialidades (Rede de águas, esgotos, ventilações, rede telefónica, eletricidade e instalações diversas, etc..). O Empreiteiro deverá apresentar juntamente com a sua proposta a designação dos trabalhos necessários à execução da obra, mencionando as respetivas quantidades (Medições), os seus preços unitários e preços finais para cada um dos referidos trabalhos (orçamento descriminado). Todos os materiais e trabalhos não indicados nos desenhos e peças escritas do projeto, mas indispensáveis ao desenvolvimento dos que o constituem, fazem parte da empreitada. Em caso de divergência entre os elementos que constituem o projeto, deverá, o empreiteiro, solicitar ao do dono da obra, antes da apresentação da sua proposta, os elementos julgados necessários. Caso não o faça, o Empreiteiro, não poderá invocar para a realização dos trabalhos quaisquer prazos ou pagamentos adicionais. O Empreiteiro deverá apresentar com a sua proposta, as medições e preços de eventuais trabalhos não pormenorizados mas julgados necessários.

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Durante o período de preparação da Obra, e sempre antes de iniciar quaisquer trabalhos, o Empreiteiro deve assinalar e quantificar todos os trabalhos que julgue úteis para o desenvolvimento da empreitada, e que não constem dos documentos da empreitada. As eventuais alterações posteriores, resultantes de modificações decididas pelo Dono da Obra ou Fiscalização, serão calculadas no regime de trabalhos a mais ou a menos.

3 ENSAIOS

O Empreiteiro é obrigado a realizar todos os ensaios previstos neste caderno de encargos ou exigidos nos regulamentos em vigor, e constituem encargo do Empreiteiro. Havendo dúvidas sobre a qualidade dos trabalhos, o dono da obra poderá exigir a realização de ensaios não previstos, acordando com o Empreiteiro os critérios de decisão a adoptar. Neste caso, quando os resultados dos ensaios não sejam satisfatórios, as despesas com os ensaios e reparação das deficiências serão encargo do Empreiteiro sendo, caso contrário, por conta do Dono da Obra.

4 EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

A obra deve ser executada em perfeita conformidade com o Projeto, com este caderno de encargos e demais condições técnicas contratualmente estipuladas, de modo a assegurar-se as características de resistência, durabilidade, funcionalidade e qualidade especificadas. Quando este caderno de encargos não defina as técnicas construtivas a adoptar, fica o Empreiteiro obrigado a seguir, no que seja aplicável aos trabalhos a realizar, os regulamentos, normas, especificações. documentos de homologação e códigos em vigor, bem como as instruções de fabricantes e entidade detentoras de patentes.

5 QUALIDADE DOS TRABALHOS

a) Os trabalhos que constituem a presente empreitada deverão ser executados de acordo com as melhores regras de Arte de Construir, obedecendo aos Regulamentos e Normas em vigor, aos Documentos de Homologação, ao disposto neste Caderno de Encargos, e às indicações do Projeto Geral, Edição da Casa da Moeda sob o nº 424, com as adaptações decorrentes dos regulamentos e legislação em vigor. b) Excetua-se o que em contrário ou em complemento das referidas cláusulas for definido neste Caderno de Encargos.

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c) Considera-se em cada trabalho, a menos que exista referência expressa em contrário, o fornecimento e aplicação de todos os materiais e trabalhos inerentes, de acordo com o referido neste caderno de encargos e demais peças que constituem este projeto, e em conformidade com as regras de boa arte. d) Sempre que para um determinado trabalho nada se especifique, o mesmo deverá ser executado de acordo com as boas regras de execução e os materiais e acessórios a utilizar deverão estar homologados e corresponder à melhor qualidade disponível no mercado nacional. O Empreiteiro deverá apresentar, com a sua proposta, catálogos e documentação técnica relativa aos processos e materiais que pretende aplicar. e) No presente Caderno de Encargos utiliza-se a seguinte terminologia: Material: Substância fornecida à obra sem forma directamente aplicável, nem com adaptação simples, ou ainda sem forma própria definida (ex. madeira, cimento, pedra em bruto). Produto: Qualquer substância produzida industrialmente, mas necessitando de ser trabalhada na sua forma para ser colocada (ex. chapas de fibrocimento, mantas de feltro, papel para paredes), ou devendo juntar-se a materiais e outros produtos e, por determinadas operações, constituir elementos de construção (ex. chapas, tubos, tijolos, mosaicos). Componente: Produto já disponível no mercado, ou produzido especialmente, e que funciona como unidade mínima indivisível para a montagem de um elemento de construção (ex. aro, bite, interruptor, torneira, ventiloconvector). Elemento de Construção: Parte de um edifício que desempenha uma determinada função, independentemente do tipo de edifício, e que resulta geralmente da montagem ou junção de produtos e/ou componentes (ex. janela, revestimento de pavimento, parede de alvenaria, cobertura). Sistema: Conjunto de componentes e/ou produtos afins formando diversos elementos de construção que se conjugam, constituindo partes da construção ou sistemas funcionais (ex. sistema de divisórias, sistema de iluminação). Materiais: De um modo geral e para facilidade de linguagem, refere-se, conforme os pontos e situações abordadas, ao conjunto de materiais, produtos, componentes, acessórios, etc.

6 ACOMPANHAMENTO ARQUEOLÓGICO

6.1 Todos os trabalhos que impliquem movimentos de terras, deverão cumprir o

disposto na Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, ou seja deverão ser

acompanhados por arqueólogo credenciado, devendo esses serviços ser

contratados pelo Empre i te i r o .

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6.2 Todas as despesas do acompanhamento arqueológico, serão pagas pelo

Empreiteiro. Caso não exista um artigo no mapa de quantidades de trabalho que

refira este trabalho, considera-se que os custos deste acompanhamento deverão

ser incluídos nos custos de estaleiro apresentados na proposta.

6.3 Os trabalhos de reconhecimento de vestígios osteológicos humanos, quando

previstos, deverão incluir a escavação de minimização de impacte, através de

procedimentos de registo com recurso a metodologias de campo adequadas para a

aquisição de informação, suscetíveis de auferir em campo, que compõem a

análise paleoantropológica / paleobiológica (dados de antropologia funerária,

paleodemografia, paleomorfologia e paleopatologia), e posterior execução de

exumação dos vestígios e elaboração de relatório técnico-científico, para

avaliação da entidade competente que tutela os trabalhos arqueológicos e/ou o

património.

Os trabalhos de campo deverão ser planeados considerando a especificidade do

contexto de escavação e os objetivos da intervenção, definindo-se uma estratégia

de trabalho que potencie a recuperação de informação arqueológica sobre o

contexto que se pretenderá caracterizar, nomeadamente a recuperação integral do

esqueleto identificado.

Para além disso, a estratégia a definir terá não só como objetivo minimizar o

impacte da empreitada, mas também da própria intervenção de arqueologia, que

deverá ser conduzida de modo a perturbar o mínimo possível contextos

preservados a cota inferior àquela necessária à escavação do enterramento

identificado e para além da área necessária à sua execução e à implantação da

infraestrutura prevista para o local.

Assim, a metodologia de trabalho a preconizar deverá implicar a adoção da

seguinte metodologia de trabalho:

• delimitação e registo dos locais de sepultura, em momento anterior à escavação

dos restos osteológicos e em momento posterior à sua remoção integral;

• decapagem cuidada, por meios manuais e com recurso a instrumentos

adequados – colherins, tecos, agulhas, pincéis – de todos vestígios

osteológicos, deixando, durante todo este processo e até ao levantamento final

do esqueleto, todas as peças ósseas in situ;

• registo de informações relativas aos enterramentos, à morfologia das

sepulturas e aos esqueletos dos inumados em ficha de antropologia (fig.03);

• fotografia individual geral e de pormenor, como evidências de patologias, espólio

associado ou alterações tafonómicas;

• registo e medição de alguns ossos importantes para a caracterização

morfométrica dos indivíduos;

• levantamento antropológico individualizado de todas as peças osteológicas,

atribuindo-lhes um número de ordem, descrevendo-as (tipo de osso;

lateralidade; estado de conservação; patologias; e, quando relevante e

possível, indícios de diagnose sexual e de determinação da faixa etária dos

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indivíduos a que pertencem) e embalando-as separadamente em sacos

devidamente etiquetados;

• tratamento informático dos registos de campo, limpeza e marcação do material;

• análise dos restos osteológicos humanos segundo as metodologias da

Antropologia do Esqueleto: inventário do material osteológico; estudo de

alterações tafonómicas; determinação do número mínimo de indivíduos (no

caso de ossários); análise dos parâmetros paleodemográficos: estimativa da

idade; diagnose sexual; cálculos morfológicos métricos (estatura e robustez) e

análise das características não métricas; análise paleopatológica: patologia oral

e relação com a dieta; patologia traumática; patologia degenerativa articular e

não articular; patologia infecciosa, entre outras; preenchimento de ficha de

laboratório; e registo fotográfico de aspetos particulares das peças osteológicas.

7 LIVRO DE REGISTO DE OBRA

O empreiteiro deverá fornecer o livro de obra, estando este valor incluído, onde

serão registados mensalmente todas as atividades da obra. O livro de obra deve

estar sempre em obra, durante a duração da mesma, para que qualquer entidade

possa efetuar registos, em caso de visita ou vistoria. Serão registadas todas as

alterações e reportados para outros documentos, arquivados em pastas próprias

na posse da Fiscalização, como faxes, cartas, comunicações de obra, atas de

reunião, entre outros, com similar efeito em conformidade e grau de importância

equivalente.

Após a receção provisória da obra deverá ser efetuado o fecho do livro de registo

de obra e o mesmo deverá ser entregue ao Dono de Obra que o arquivará no

dossier da obra.

8 PREPARAÇÃO E PLANEAMENTO DOS TRABALHOS

8.1. Desenhos e elementos de projeto a apresentar pelo Empreiteiro:

8.1.2. O projeto a considerar para a realização da empreitada será o patenteado

nas peças do procedimento, salvaguardadas as adaptações decorrentes das

metodologias propostas pelo Empreiteiro e a adaptação às condições reais que

podem ser reconhecidas no local da obra;

8.1.2. Compete ao Empreiteiro a elaboração dos desenhos de construção e dos

pormenores de execução inerentes à preparação da execução da obra, bem como

dos desenhos correspondentes às alterações surgidas e aprovadas no decorrer da

mesma;

8.1.3.Todos os desenhos de preparação e construção devem ser submetidos à

aprovação da Fiscalização e elaborados em tempo útil que não comprometa o

plano de trabalhos aprovado. Caso se venham a verificar atrasos no plano de

trabalhos devido ao não cumprimento do atrás referido, o Empreiteiro obriga-se a

recuperar os atrasos verificados;

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8.2. Atuação e colaboração técnica do Empreiteiro

8.2.1. Competirá ao Empreiteiro o estudo dos pormenores técnicos de natureza

corrente, ou em falta, bem como a apresentação das respetivas propostas de

solução com antecedência bastante que permita à Fiscalização apreciá-las

atempadamente, sem prejuízo para o andamento dos trabalhos;

8.2.2. Competirá, em particular, ao Empreiteiro, designadamente:

– De um modo geral, colaborar no estudo dos problemas técnicos que se

depararem no decurso da execução das obras;

– Efetuar, com suficiente antecipação o estudo ou comprovação, das

características dos solos a empregar nas diferentes fases da empreitada;

– Efetuar a prospeção de níveis freáticos ou alterações de linhas de água,

onde se revele necessário;

– Efetuar o estudo e propor soluções para os problemas de drenagens que se

manifestem no decurso dos trabalhos.

8.2.3. Se o Empreiteiro entender que a solução ou conceção técnica do projeto não

é a mais adequada, por razões de segurança do trabalho, de solidez ou duração

exigidas para as obras, deverá apresentar, antecipadamente, a sua discordância

ou a sua reserva. Não o fazendo, entender-se-á que concordou com a mesma,

assumindo as inerentes responsabilidades;

8.2.4. No caso de ser suscitada discordância ou reserva, referida na cláusula

anterior, será encargo do Empreiteiro a apresentação de estudo tecnicamente

fundamentado;

8.2.5. No caso de haver demora ou atrasos provenientes da falta de

cumprimento das obrigações definidas nas cláusulas 8.3.1 a 8.3.3, o

Empreiteiro, não só assumirá a responsabilidade das consequências daí

decorrentes, como incorrerá nas penalidades previstas no presente caderno de

encargos;

8.2.6. O Empreiteiro é responsável pelas deficiências que se verifiquem em

consequência da não realização ou da errada interpretação dos estudos e

observações que lhe compete efetuar, nos termos das cláusulas 8.3.1 a 8.3.4.;

8.3.Ensaios

8.3.1. A receção de materiais e elementos de construção será feita com base

na verificação de que satisfazem as características especificadas no projeto, no

caderno de encargos ou nas cláusulas técnicas e especificações;

8.3.2.A divisão em lotes será efetuada de acordo com as condições especiais

relativas a cada material ou elemento. Quando aquelas condições forem

omissas, a divisão em lotes será feita por origens, tipos e, eventualmente,

datas de entrada na obra;

8.3.3.Todos os ensaios a realizar ou estipulados nas normas, regulamentos ou

legislação específica em vigor, são considerados obrigatórios e constituem

encargo do Empreiteiro, salvo nas exceções especificamente estipuladas;

8.3.4.Competirá ao Empreiteiro efetuar o controlo de qualidade, quer nos materiais

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a utilizar, quer do trabalho executado. Para o efeito, deverá submeter à aprovação

da Fiscalização um laboratório dotado de instalações apropriadas, do

equipamento de ensaio certificado necessário e, bem assim, de um quadro

de pessoal reconhecidamente experiente e em número suficiente para a execução

de todos os ensaios e verificações indispensáveis ao completo controlo dos

trabalhos;

8.3.5.O Empreiteiro antes do início dos trabalhos, proporá à Fiscalização, um plano

de controlo, visando assegurar a uniformidade de qualidade:

- dos materiais empregues;

- dos meios de fabrico e de colocação;

- dos resultados finais.

8.3.6.De todos os ensaios efetuados, serão fornecidos à Fiscalização, no dia

seguinte ao da sua realização, cópias das respetivas fichas de registo;

8.4.Planeamento dos trabalhos

8.4.1.Para a elaboração do plano de trabalhos da Empreitada deverá o Empreiteiro

ter em consideração:

- A utilização do software do tipo “MS Project”;

- Descrição das atividades de acordo com o Mapa de Quantidades de

Trabalho, com divisão por trabalhos ou zonas de intervenção;

- A informação seguinte para cada atividade: duração, data de início, data de

fim e precedências;

- Identificação do caminho crítico;

- A unidade de tempo a utilizar será a semanal;

- Incluir, também, as atividades de: assinatura de contrato, consignação,

ensaios, entrega de telas finais e receção provisória.

A Fiscalização poderá solicitar informação adicional ou mais pormenorização no

plano de trabalhos.

8.4.2.Para a elaboração do plano de mão-de-obra, equipamento e cronograma

financeiro da Empreitada deverá o Empreiteiro ter em consideração:

- A utilização do software do tipo “Excel”;

- A unidade de tempo a utilizar será a semanal, para o plano de mão-de-obra e

equipamento, e mensal, para o cronograma financeiro;

8.4.3.Quando se justificar poderá ser solicitado planeamentos dos trabalhos

específicos de determinadas zonas ou trabalhos;

8.4.4.Quando, por ventura, se verifique a necessidade de trabalhos adicionais, cuja

natureza não tenha sido considerada no Orçamento aprovado da obra, e para os

quais, portanto, não tenham sido aprovados preços unitários, o Empreiteiro

proporá os preços que julgue adequados, antes da execução, justificando

cuidadosamente a sua proposta.

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9 VAZADOUROS

Os materiais sobrantes provenientes das escavações, limpezas, desmatações,

remoções de vegetação, demolições e entulhos devem ser depositados em locais

devidamente licenciados, de acordo com Legislação aplicável. A obtenção dos

vazadouros necessários será da responsabilidade do Empreiteiro

independentemente da distância ao local da obra. Terá também de ser cumprido o

plano de prevenção e gestão de resíduos de construção.

10 CRITÉRIO DE MEDIÇÃO DOS TRABALHOS

As unidades e os critérios gerais a seguir na medição para efeito de pagamento ao

Empreiteiro são os indicados na Lista de Preços da Empreitada e/ou de acordo com

as regras de medições do LNEC.

No que respeita à parte de construção civil, as quantidades de trabalho, tendo em

vista a realização de pagamentos, são medidas:

a) no geral, a partir dos desenhos do Projeto;

b) a partir dos desenhos do Projeto e do levantamento topográfico do terreno;

c) a partir dos elementos da obra, quando assim se especifique na lista de

preços unitários, ou tenham sido introduzidas alterações ao projeto aprovadas pelo

Dono da Obra.

Em caso algum a ocorrência de diferenças, ainda que significativas, entre as

quantidades de trabalho previstas e as verificadas durante a execução da

Empreitada poderá servir de base para a alteração dos correspondentes custos

unitários fixados na Lista de Preços.

Aplicar-se-ão os critérios gerais estipulados nas Cláusulas Gerais sempre que

ocorram trabalhos a mais de natureza diferente dos previstos ou que se verifiquem

omissões nas Cláusulas Técnicas, com a necessária aprovação prévia do Dono da

Obra.

As dúvidas de interpretação e os erros ou omissões que o Empreiteiro considerar

que existem quanto aos critérios de medição do projeto deverão ser apresentados

ao Dono da Obra na fase de concurso, na proposta base do concorrente.

Os pagamentos dos trabalhos, dos materiais, da mão-de-obra e da mobilização de

equipamento eventualmente não discriminados na Lista de Preços, mas necessários

à execução da Empreitada, deverão ser incluídos nos preços dos trabalhos

discriminados na Lista de Preços aos quais se consideram agregados, bem como

restantes custos indiretos da empreitada.

11 AUTO DE MEDIÇÃO

11.1 Generalidades

Os critérios de medição a adotar serão os indicados nos elementos que constituem

as peças do procedimento. Quando não estiver definido o critério de medição de

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determinado trabalho deverá o mesmo ser acordado, previamente à execução da

medição, entre Fiscalização e Empreiteiro e registado em ata de reunião de obra.

Antes da elaboração do primeiro auto de medição, o modo de faturação da rubrica

“estaleiro” será acordada entre Fiscalização e Empreiteiro;

11.2 Procedimento

Para a elaboração do auto de medição mensal deverá ser cumprido o seguinte

procedimento:

- Execução das medições mensais dos trabalhos, com o preenchimento de

folhas tipo a fornecer pela Fiscalização, e assinadas pelos representantes da

Fiscalização e Empreiteiro.

- Elaboração de plantas com a implantação dos trabalhos medidos, e assinadas

pelos representantes pela Fiscalização e Empre i te i ro .

- Elaboração do auto de medição pela Fiscalização, o qual terá de ser

assinado pelos representantes do Dono de Obra, Fiscalização e Empreiteiro.

11.3 Preço de trabalhos novos

Sem prejuízo do disposto no artigo 373º do CCP, quando se verificar a necessidade

de realização de trabalhos novos, para os quais não existem preços unitários

contratuais, os preços para a sua realização serão determinados de acordo com a

seguinte ordem de preferência:

a) Fixação do preço a aplicar, em cada caso, com base nos preços unitários

contratuais para trabalhos semelhantes, mediante acordo entre o dono da

obra e o empreiteiro;

b) Fixação de um preço novo a acordar entre o dono da obra e empreiteiro,

tendo como base os pressupostos de cálculo dos preços unitários

contratuais, atendendo à especificidade do trabalho, ao prazo de execução

e ao seu enquadramento na programação da empreitada;

c) Não havendo acordo na fixação dos preços novos, o empreiteiro não

poderá utilizar esse argumento para não realizar ou atrasar a execução de

quaisquer trabalhos, sendo esses remunerados, provisoriamente, com base

na contraproposta do dono da obra, efetuando-se, se for caso disso, a

correspondente correção, acrescida, no que respeita aos preços, dos juros de

mora devidos, logo que haja acordo ou determinação judicial ou arbitral

sobre a matéria.

12 REVISÃO DE PREÇOS

A revisão de preços da presente empreitada será realizada por fórmula polinomial,

de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 6/2004, de 6 de janeiro, na parte que

lhe for aplicável.

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A fórmula de revisão de preços a adotar será:

1. Edifício – F02

2. Movimentos de terras e pavimentações – F17

3. Rede de águas e esgotos – F21

13 RECEPÇÃO E LIQUIDAÇÃO DA OBRA

Receção provisória

Para a receção provisória da obra será necessário que:

- A obra esteja totalmente concluída e em condições de ser aceite, ou seja, a obra

estar executada conforme definido nas peças do procedimento;

- Elaboração e entrega pelo Empreiteiro das telas finais (peças desenhadas

finais como construído) de acordo com a especificação técnica da CM Sever do

Vouga e sua aprovação pelo Dono de Obra;

- Entrega de todos os manuais dos equipamentos instalados;

- Conclusão e aceitação de todos os ensaios necessários elaborar para o bom

funcionamento da obra;

- Desmontagem integral do estaleiro e reposição das condições iniciais;

- Remover do local dos trabalhos todos os restos de materiais de construção,

entulhos, equipamentos e andaimes;

- Conclusão de todos os processos de licenciamentos das instalações e a

obtenção de todas as licenças e certificados necessários para assegurar o início

da exploração das instalações (sendo estas um encargo do empreiteiro).

Nas vistorias a efetuar à obra deverá estar presente o Empreiteiro (diretor técnico e

um representante do Empreiteiro com plenos conhecimentos da obra), a

Fiscalização e o Dono de Obra.

14 PRAZO DE GARANTIA DA OBRA

Durante o prazo de garantia da obra o Empreiteiro é obrigado a executar,

imediatamente e a expensas suas, as substituições de materiais e equipamentos e

a executar todos os trabalhos de reparação que sejam indispensáveis para

assegurar a perfeição e o uso normal da obra nas condições previstas. Excetuam-

se as substituições ou trabalhos de conservação e reparação que derivem do uso

normal das obras ou dos equipamentos, ou de desgaste e depreciação normais

consequentes das suas utilizações para os fins a que se destinam.

Sempre que haja lugar à execução de trabalhos conforme indicado na alínea

anterior o prazo de garantia será protelado pelo tempo necessário para que sejam

satisfeitas as garantias de funcionamento.

Se o Empreiteiro não cumprir com a execução de qualquer trabalho exigido pelo

Dono de Obra ou um seu representante durante o prazo de garantia, terá o Dono

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de Obra direito de mandar executar os trabalhos, com imputação de custos ao

Empreiteiro, no âmbito das garantias bancárias da Empreitada.

15 RECEÇÃO DEFINITIVA

Findo o prazo de garantia da obra, em relação à totalidade ou a cada uma das

partes da obra, será efetuada nova vistoria, com a presença de um representante

do Empreiteiro e do Dono de Obra. Verificando-se nas vistorias não haver

deficiências, que a obra se encontra a funcionar em condições satisfatórias e que

nada de anormal tenha ocorrido durante o período de garantia, será efetuada a

receção definitiva da obra, em relação à totalidade ou a cada uma das partes da

obra.

Caso se verifiquem deficiências, tanto em termos do funcionamento dos

equipamentos, como das redes e órgãos instalados, deteriorações, indícios de

ruína, falta de solidez ou deficiência nos automatismos da responsabilidade do

Empreiteiro, a obra não será recebida definitivamente. Será fixado um prazo para o

Empreiteiro proceder a execução das correções das deficiências apontadas, findo o

qual se procederá a nova vistoria.

16 OUTROS ENCARGOS DO EMPREITEIRO

Salvo disposição em contrário deste Caderno de Encargos, correrão por conta do

empreiteiro, que se considerará, para o efeito, o único r e s p o n s á v e l :

- As indemnizações devidas a terceiros pela constituição de servidões provisórias

ou pela ocupação temporária de prédios particulares necessários aos trabalhos de

instalação de redes de distribuição ou drenagem de águas, para além da faixa

necessária para acesso de pessoal, materiais e máquinas, normalmente de 10

metros ou outra inferior comprovadamente suficiente para o efeito;

- Todas as indemnizações devidas a terceiros por prejuízos resultantes de

rebentamentos de explosivos, levantamento de pó ou vibração de equipamento

utilizados na execução dos trabalhos;

- A construção e manutenção das vias de circulação em obra dentro dos limites da

empreitada em condições que permitam, também, a circulação dos equipamentos e

trânsito do(s) empreiteiro(s) das restantes empreitadas, compatibilizados de forma

a não haver prejuízos mútuos;

- A manutenção e reparação de todas as vias de comunicação públicas ou privadas

que hajam sido comprovadamente afetadas em consequência dos trabalhos de

construção das obras ou da circulação de máquinas ou de veículos com

transportes de materiais para fornecimentos da obra, incluindo subempreiteiros ou

fornecedores da mesma;

- Todas as operações de limpeza final da obra, bem como as de limpeza de todas

as vias por onde tenha circulado o tráfego da obra durante a execução dos

trabalhos;

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- O empreiteiro é o único responsável por todos os acidentes ou danos, quer

pessoais quer materiais, que os trabalhos de execução da obra ou ação dos seus

agentes ou operários, subempreiteiros, tarefeiros, fornecedores e montadores

possam causar, tanto ao pessoal como a terceiros e aos de outras empresas que

trabalhem na mesma obra, bem como ao dono da obra e seus representantes;

Para os efeitos da alínea anterior, deverá o empreiteiro apresentar à

fiscalização, nos termos fixados neste processo de concurso, o Plano de

Segurança e Saúde, a que refere o art.º 11º do Decreto-Lei n.º 273/2003, de 29

de outubro e, bem assim, indicar-lhe todos os elementos imprescindíveis à

comunicação prévia a que se refere o art.º 15º do mesmo diploma legal.

Constituem ainda encargos do empreiteiro as seguintes obrigações:

- Efetuar todas as diligências junto das entidades responsáveis pelos serviços

afetados, quer públicos, quer privados, bem como as consultas, estudos, projetos e

trabalhos, que se revelarem necessários, de modo a que sejam aprovados e

executados a tempo de garantir que a empreitada decorra em conformidade com o

programa de trabalhos. É, igualmente, obrigação do empreiteiro efetuar todas as

diligências junto das empresas concessionárias de serviços públicos e entidades

competentes, de modo a que os ramais de ligação dos respetivos serviços sejam

concluídos e licenciados em tempo oportuno;

- O empreiteiro será o único a suportar o encargo de todos os acidentes, danos

e estragos ou descaminhos causados a terceiros, por si, seus subempreiteiros,

tarefeiros, fornecedores e montadores, durante a execução do Contrato, assim

como de faltas, destruições ou deteriorações na obra ocasionadas,

especialmente por roubo, má intenção, incêndios, exposições às intempéries,

águas de qualquer natureza, tempestades, cheias, fenómenos atmosféricos

devido a atuação inadequada na execução dos trabalhos ou falta de proteção;

- O Empreiteiro é responsável pelas indemnizações e reparação dos prejuízos que,

nos termos das alíneas b) possam legitimamente ser exigidas ao dono da obra;

- O empreiteiro compromete-se a responder, pelo dono da obra, em todas as ações

em que este seja demandado judicialmente por terceiros, em relação a prejuízos

causados por atos do empreiteiro, sendo este totalmente responsável pelos danos

morais e materiais que advenham do resultado do processo;

- O empreiteiro obriga-se a garantir a segurança dos trabalhadores, assim como

das pessoas empregadas, a qualquer título, ou daquelas que, sendo estranhas ao

estaleiro, aí se encontrem, a seu convite ou do dono da obra;

- O empreiteiro deverá ter em consideração condicionamentos, instruções ou

indicações que eventualmente venham a ser definidos pelas autoridades

competentes no que se relaciona à área da sua jurisdição, e que estejam incluídas

na área da obra.

- Instalações provisórias:

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. As instalações provisórias destinadas ao funcionamento dos serviços exigidos

pela execução da empreitada devem obedecer ao disposto neste caderno de

encargos e ser submetidas à aprovação da fiscalização;

. O uso de qualquer local ou parte da obra para alguma das instalações provisórias

dependerá de autorização da fiscalização;

. Aquela autorização não dispensa o empreiteiro de tomar todas as medidas

adequadas a evitar a danificação da parte da obra utilizada.

O Empreiteiro terá ainda a seu cargo e incluído na proposta de preço, para além

do estipulado em todas as restantes cláusulas deste Caderno de Encargos, mais

o seguinte:

- Os fornecimentos e embalagens;

- Os transportes desde a origem ao local de implantação, incluindo cargas e

descargas;

-As eventuais despesas de seguros, importação e alfândegas;

- As taxas e impostos em vigor;

- Os desenhos e as instruções de montagem;

- As referências e etiquetas e a sua clara e adequada montagem nos locais

correspondentes;

- O adestramento do pessoal de exploração designado pelo Dono da Obra, sobre o

funcionamento e manutenção das instalações e dos equipamentos;

- A elaboração dos Manuais de Instruções de Funcionamento e Manutenção das

instalações e dos equipamentos;

- As proteções anticorrosivas e pinturas de acabamento de todos os

equipamentos e superfícies metálicas, mesmo que não especificamente indicadas

no projeto;

- As despesas com a realização dos ensaios, considerando-se abrangidas por

esta disposição as visitas às instalações fabris;

- A implementação de medidas mitigadoras de impactes ambientais em todas as

frentes de trabalho e locais de intervenção;

- O fornecimento das peças de reserva;

- As telas finais.

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CLÁUSULAS TÉCNICAS

1 MATERIAIS

1.1 CARATERÍSTICAS DOS MATERIAIS a) Todos os materiais a empregar na obra serão da melhor qualidade disponível, terão as dimensões, formas e demais características definidas no projeto e deverão satisfazer as condições exigidas pelos fins a que se destinam. Obedecerão aos Regulamentos em vigor, às normas Portuguesas, Documentos de Homologação, Especificações do LNEC ou em vigor na CEE e especificações deste Caderno de Encargoss; b) Os materiais a empregar na obra terão que ser fornecidos em embalagens de origem devidamente etiquetadas, de forma a certificar a autenticidade da sua origem. O empreiteiro deve fornecer à Fiscalização cópias de todos os documentos dos fornecedores, documentos técnicos, desenhos, encomendas, etc., para certificação das especificações do Projeto ou outras aprovadas. c) A Fiscalização poderá aprovar materiais e processos de construção diferentes dos especificados no Projeto, desde que não apresentem níveis de desempenho, qualidade e robustez inferiores aos definidos e não tenham alteração para mais no preço, devendo de facto, dar prévio conhecimento ao Projetista, assumindo perante o Dono da Obra toda a responsabilidade sempre que o não faça. d) O facto de a Fiscalização aprovar o emprego de materiais e processos de construção diferentes dos previstos em Projeto não isenta o Empreiteiro de responsabilidade quando se verifique deficiente comportamento. 1.2. APROVAÇÃO DOS MATERIAIS a) O Empreiteiro submeterá à aprovação da Fiscalização amostras de todos os materiais, produtos, a empregar na Obra, acompanhadas de toda a documentação técnica pertinente. b) O Empreiteiro apresentará todas as amostras e/ou documentos técnicos devidamente etiquetados com numeração sequencial e data de apresentação, mantendo permanentemente atualizado ficheiro em cuja cópia a Fiscalização rubricará a sua decisão de aprovação ou rejeição. c) As amostras e/ou documentos rejeitados serão retirados da obra e os aprovados, após colocação de etiqueta de aprovação deverão ser guardados em sala que o Empreiteiro deve preparar e equipar com estantes adequadas às amostras que forem sendo aprovadas. d) As amostras aprovadas constituirão padrão definidor dos critérios de aceitação. e) Os materiais e produtos não poderão ser aplicados, nem os elementos e componentes poderão ser assentes em obra, sem a prévia aceitação da Fiscalização, que aplicará as penalidades que achar convenientes, sempre que se verifique o incumprimento deste ponto.

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f) A apresentação das amostras deverá ser feita, preferencialmente, no período de preparação da obra, não devendo, de qualquer modo, ser apresentadas com menos de trinta dias em relação ao início previsto para a sua aplicação na Obra. g) A aprovação ou rejeição dos Materiais deve ter lugar nos dez dias subsequentes à data. 1.3. DEPÓSITOS DE MATERIAIS a) O Empreiteiro deverá ter sempre em depósito as quantidades de Materiais necessários para garantir a laboração normal dos trabalhos durante um período não inferior a 5 (cinco) dias. b) Os Materiais deverão ser arrumados em lotes de maneira que se distingam facilmente. c) O Empreiteiro deverá manter um registo actualizado, que poderá ser o Livro de Obra, de todos os Materiais entrados na obra, onde constem os seguintes elementos: identificação da obra, designação dos Materiais, proveniência, quantidade, data de entrada na Obra, decisão da recepção e visto da Fiscalização. d) Os Materiais que tiverem de ser guardados em Obra serão acondicionados de modo a que não se percam os seus componentes, não se deteriorem nem deteriorem as construções já executadas. 1.4. REJEIÇÃO DE MATERIAIS a) Todos os materiais, elementos e componentes, etc., que não satisfaçam as condições estabelecidas no Caderno de Encargos ou Desenhos, nas Ordens de Serviço da Fiscalização, ou não tenham sido submetido à aprovação da Fiscalização, serão rejeitados e considerados como não fornecidos. b) No prazo de três dias a contar da data da notificação da rejeição deverá o Empreiteiro remover por sua conta aqueles Materiais para fora do local da obra. Se não for no prazo marcado poderá ser a remoção executada pela Fiscalização ou Dono da Obra, por conta do Empreiteiro, que não terá direito a qualquer indemnização pelo extravio ou outra aplicação que seja dada aos Materiais removidos.

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c) É interdita a aplicação de Materiais com defeitos não detectados na amostra, bem como de Materiais diferentes da amostra, salvo se para tal houver aceitação por escrito da Fiscalização. d) A substituição de materiais, componentes, elementos ou processos de construção previamente aprovados será punida, sendo o Empreiteiro responsável pelas despesas resultantes dos procedimentos e penalidades adoptados pela Fiscalização.

2 INSTALAÇÕES DO ESTALEIRO

- As instalações do estaleiro deverão ser montadas de modo a que ocupem apenas o espaço necessário. O empreiteiro deverá, no prazo de 15 dias a contar da adjudicação, submeter à apreciação e aprovação da Fiscalização o plano de montagem do Estaleiro com indicação da localização das diferentes instalações e equipamento mecânico. A montagem do estaleiro só poderá iniciar-se depois da aprovação do plano de montagem. - O empreiteiro obriga-se a ter em bom estado de asseio a zona da obra e locais de estaleiro. Obriga-se ainda a demolir todas as edificações provisórias que construir quando a Fiscalização o determinar. - Compete ao empreiteiro proceder às ligações necessárias para dotar o estaleiro e a zona da obra com água e energia elétrica. A Fiscalização indicará os locais em que poderão ser feitas as tomadas de água e de energia. - Todo o equipamento, maquinaria, utensílios para preparação, transporte, elevação e colocação em obra dos materiais e ferramentas para a execução dos trabalhos, estão incluídas no estaleiro a instalar pelo empreiteiro. Para além das referências ao estaleiro efetuadas no caderno de encargos –

condições gerais e no plano de segurança e saúde da fase de projeto apresentam-

se de seguida algumas situações que terão de ser atendidas no estaleiro da obra:

Disposições gerais:

A localização do estaleiro e a obtenção dos terrenos a ocupar são da

responsabilidade do Empreiteiro.

O Empreiteiro deverá apresentar à aprovação do Dono de Obra o projeto de

estaleiro antes da sua implementação.

A vigilância e segurança de toda a obra, incluindo estaleiro, são da

responsabilidade do Empreiteiro no período de duração total da obra.

Após a conclusão da obra, o Empreiteiro deverá demolir as instalações, obras e

vedações provisórias e os seus restos serão removidos e depositados em locais

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que respeitem a legislação em vigor. As zonas de realização dos trabalhos

devem ficar perfeitamente limpas e regularizadas.

Todas as operações indicadas nas alíneas anteriores são da responsabilidade

e por conta do Empreiteiro.

Vedação e identificação da obra

É da responsabilidade e por conta do Empreiteiro a vedação da área de estaleiro

indicada no projeto de estaleiro aprovado pelo Dono de Obra, sendo o tipo de

vedação indicada pelo Dono da Obra, a qual poderá ser de chapa metálica opaca

ou de rede fixa em postes, conforme o local de estaleiro.

Será encargo do Empreiteiro o fornecimento, aplicação, remoção e transporte de

painéis de identificação da obra, em local a definir pela Fiscalização, e em número

de 2 unidades. Neste caso os painéis serão do modelo a fornecer pelo Dono da

Obra;

O Empreiteiro deverá assegurar que todas as frentes de trabalho e todos os

locais intervencionados, devem ser corretamente identificados de modo a ser

percetível que a empreitada é promovida pelo Dono da Obra, utilizando os

painéis e placas previstas.

Acessibilidades

O Empreiteiro deve construir e manter em bom estado de utilização todos os

acessos à obra e ao estaleiro e repor as condições iniciais após a conclusão dos

trabalhos.

O Empreiteiro é responsável por assegurar a livre circulação pedonal em

condições de segurança na zona da obra e do estaleiro.

O Empreiteiro deverá assegurar a correta iluminação das zonas envolventes às

frentes de obra e estaleiros.

Instalações do Estaleiro

Dependendo do tipo de obra, o Empreiteiro deve assegurar ao nível da obra os

seguintes meios e atividades, indicando no plano de estaleiro as respetivas

instalações e utilizando, para o efeito, módulos pré-fabricados, metálicos.

Escritórios locais

. Escritório, com as áreas necessárias ao desenvolvimento da atividade

administrativa, do apoio técnico à execução da obra e do atendimento de

trabalhadores, de fornecedores, de visitantes e de entidades de inspeção com

competência no sector;

. Instalações para a Fiscalização do Dono da Obra, cuja utilização é reservada ao

respetivo pessoal, de acordo com o estipulado no contrato. Nada sendo referido no

contrato, as instalações devem, no mínimo, ser compostas por um gabinete, uma

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sala de reunião e um WC, devidamente equipados, incluindo iluminação, tomadas e

telefone, dispondo da área mínima de 16m2, internet, computador e impressora

(fornecimento de material mensalmente, como papel e tinteiros e café), máquina de

café e ar condicionado. Quer o tipo de instalação, quer o tipo de mobiliário deve ser

sujeito à aprovação do Dono da Obra juntamente com o plano de es ta le i ro ;

. No valor de estaleiro estão incluídos os custos de fornecimento de rede de internet

e telefone.

. Instalações sociais

Os Empreiteiros têm de dispor no estaleiro de instalações reservadas a refeitório,

vestiários, chuveiros e sanitários, em obediência às condições mínimas

estabelecidas no Plano de Segurança e Saúde. Não é permitido tomar refeições

fora dos locais previstos para o efeito. É proibida a instalação de dormitórios;

. Serviços de Segurança e Saúde

As obrigações legais de vigilância da saúde dos trabalhadores, bem como da

organização das atividades de prevenção de riscos exigem que os Empreiteiros

disponham localmente de serviços de segurança e saúde permanentes. Os

trabalhos da empreitada devem ter o acompanhamento de um técnico de

segurança com certificado de aptidão profissional respeitando o prescrito pelo

PSS.

O Empreiteiro deve comunicar ao Dono da Obra a sua opção por organizar

localmente serviços próprios ou utilizar os serviços comuns de segurança e

saúde.

O Empreiteiro deverá submeter à aprovação do Dono da Obra o plano de

instalação destes serviços, incluindo informação relativa a equipamentos e

pessoal, salvo se optar pela utilização dos serviços comuns já anteriormente

aprovados pelo Dono da Obra.

O Empreiteiro terá de dispor na obra de equipamento para primeiros socorros, em

perfeito estado de utilização, adequado ao número de trabalhadores na sua obra.

O Empreiteiro deverá ter permanentemente em obra um colaborador com

formação em primeiros socorros.

Devem ser construídas instalações sanitárias destinadas ao pessoal do

Empreiteiro. Devendo o Empreiteiro manter as instalações sanitárias em boas

condições de serviço, incluindo abastecimento e água e esgoto, de acordo com a

legislação em vigor;

Ambiente no Estaleiro

Limpeza e resíduos

O estaleiro deve ser mantido limpo e arrumado. A remoção de entulhos e outros

materiais relacionados com a obra é da responsabilidade do Empreiteiro, que

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deverá informar, para o efeito, o Dono da Obra sobre os locais de depósito e

legalidade da operação.

Todos os produtos resultantes de demolições, ou outros, que por consequência

terão de ser transportados para o exterior, a sua entrega deverá ser a entidades

ou empresas devidamente autorizadas para procederem a qualquer das

operações de valorização ou eliminação. O destino final destes, (ex. aterro

sanitário), deverá ser devidamente autorizado pelas autoridades competentes para

receber o tipo de resíduos em causa. Será encargo do Empreiteiro certificar-se

que as entidades às quais procederá à entrega dos resíduos, se encontram

devidamente licenciadas para receber o tipo de resíduos em causa, tendo em

conta o seu grau de perigosidade, e fornecer ao Dono da Obra os respetivos

comprovativos.

Os montes de detritos ou terras de empréstimo presentes no Estaleiro devem ser

devidamente acondicionados. As áreas de empréstimo, devidamente localizadas,

deverão ser objeto de autorização legal a ser entregue ao Dono da Obra, após a

sua utilização, deverão ser sujeitas a modelação e integração paisagística.

O Empreiteiro deverá dispor, em locais fixos espalhados pela obra de recipientes

adequados à correta deposição/acondicionamento de resíduos

biodegradáveis/orgânicos e outros lixos de utilização corrente gerados no

Estaleiro, e promover a sua recolha diária e transporte a destino final adequado,

por intermédio dos serviços municipalizados ou outra entidade devidamente

licenciada.

A remoção de entulhos e outros materiais para vazadouros deverá ser feita

regularmente para evitar a sua aglomeração no estaleiro.

No final da obra, os locais utilizados pelo Empreiteiro como apoio à sua obra

têm que ficar livres de quaisquer instalações, equipamentos, materiais ou

resíduos de qualquer espécie, devendo o Empreiteiro retirá-los logo que se

tornem definitivamente desnecessários. Estes locais (estaleiros, acessos

temporários e atividades de construção) deverão ser recuperados e integrados

paisagisticamente, após a realização das obras.

Os veículos e equipamentos móveis devem circular em estado de limpeza

suficiente para que não larguem nas estradas e acessos de estaleiro, barros ou

outros resíduos. Para o efeito, deverá ser instalada uma bacia de retenção de

rodados à saída do estaleiro da obra, deve assegurar-se o bom estado de

circulação da zona de entrada e saída do estaleiro da obra, sendo da

responsabilidade do Empreiteiro a colocação de um piso que previna a criação

aglomeração de lamas. O empreiteiro será o responsável pela remoção das lamas

e encaminhamento das mesmas para operador licenciado.

O Empreiteiro deve ser responsável pela limpeza regular dos acessos e da área

afeta à obra, no sentido de evitar a acumulação de poeiras, quer por ação do

vento quer por ação da circulação de maquinaria e veículos afetos às obras.

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Deverá ser garantido um sistema adequado de recolha de resíduos privilegie a

adoção da recolha seletiva. Os locais de armazenagem dos resíduos produzidos

em obra deverão ter zonas diferenciadas para diferentes tipos de resíduos,

delimitadas e identificadas por tipo de resíduo. Para o caso específico dos óleos

usados e outros resíduos perigosos, o seu local de armazenamento deverá ser

impermeabilizado e coberto;

Ruído

O Empreiteiro obriga-se a eliminar o risco de exposição ao ruído sem prejuízo

das limitações à emissão sonora e, se não for possível, a fornecer aos

trabalhadores, dispositivos de proteção individual adequados (proteções de

ouvido).

As atividades mais ruidosas devem ser programadas por forma a serem realizadas

no período diurno, de acordo com o Regulamento Geral do Ruído.

O Empreiteiro deverá garantir o cumprimento do Regulamento Geral de Ruído e,

sempre que possível, prever a insonorização das máquinas afetas à obra.

O Empreiteiro deverá ainda informar a população residente na envolvente

relativamente à ocorrência de atividades geradoras de maiores níveis de ruído;

Poluição

E proibido queimar e enterrar resíduos sólidos, bem como despejar, no estaleiro

ou cursos de águas líquidos contaminados.

Todo e qualquer resíduo deve ser encaminhado para os locais de recolha

adequados.

O trabalho em pedra ou outros materiais que possa produzir poeiras deve ser

efetuado com injeção líquida na zona de emissão ou, não sendo possível, obriga

a que o trabalhador use proteção individual adequada.

O Empreiteiro obriga-se, ainda, a manter a área onde irá intervir (zonas de

estaleiros, frentes de trabalhos, zonas envolventes e acessos que possam ser

afetados pelas obras) convenientemente regada por forma a evitar o

levantamento de poeiras. As atividades geradoras de poeiras deverão prever

sistemas de controlo de emissões, como o caso de central de betão.

O transporte de materiais de e para o estaleiro, deve ser efectuado em corretas

condições de acondicionamento por forma a minimizar a libertação de poeiras ou

outros materiais.

O Empreiteiro deve comunicar imediatamente ao Dono da Obra a ocorrência de

situações de contaminação química ou radioativa que se detete no ar, na água ou

no solo.

O Empreiteiro deverá prever uma área impermeabilizada destinada à execução

das operações de abastecimento de combustível e manutenção de equipamento;

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Qualidade da água

Deverá ser projetado, sempre que necessário, um sistema para as águas residuais

e outro para drenagem das águas pluviais, na área do estaleiro e zonas afetas à

obra, o qual permita o seu encaminhamento para os coletores mais próximos, ao

qual poderá estar ou não associada uma caixa de retenção de areias, se

necessária. O Empreiteiro deverá obter as autorizações necessárias para a

descarga de águas residuais no meio hídrico ou nos coletores.

O Empreiteiro deverá criar uma área própria para a descarga das águas

resultantes da lavagem das betoneiras, devendo os resíduos ser posteriormente

removidos e depositados em local adequado.

Deverá ser assegurada a limpeza de todos os elementos de drenagem afetados

nas zonas adjacentes às obras, de modo a evitar problemas de obstrução.

O Empreiteiro deverá prever um programa de controlo de vazamentos e de

derramamento de óleos, lubrificantes e solventes. Estes devem ser recolhidos e

encaminhados para destino final adequado;

Explosivos

É proibido a utilização de explosivos, salvo quando devidamente autorizados pela

entidade competente e pelo Dono da Obra.

Sem prejuízo das medidas de segurança adequadas, cada situação de utilização

de explosivos deve ser previamente comunicada, por escrito, ao Dono da Obra;

Relatório de Segurança do Empreiteiro

O Empreiteiro deverá apresentar, mensalmente, ao Dono da Obra os relatórios de

segurança indicados no PSS.

3. IMPLANTAÇÃO DA OBRA A implantação de toda a obra é feita de harmonia com as indicações do projeto e a partir de pontos principais bem definidos; é da inteira responsabilidade do empreiteiro a demarcação e implantação da obra com topógrafo, de forma correta, de todos os trabalhos a executar. Na escolha dos pontos principais dever-se-á ter em atenção o desenvolvimento da obra e os movimentos de terras necessários de forma a todas as implantações a executar em obra se poderem relacionar aos pontos principais inicialmente tomados.

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CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS DOS TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

1. MOVIMENTO DE TERRAS

Será necessário modificar a configuração do terreno, por forma a ajustá-lo às

necessidades da construção que se vai realizar.

Para conseguir o nível de terreno a partir do qual queremos edificar, será necessário

executar os trabalhos a seguir indicados.

1.1 LIMPEZA E DESMATAÇÃO

A desmatação deverá ser feita exclusivamente nas áreas sujeitas a terraplenagem,

sendo absolutamente necessário limitar a destruição do coberto vegetal à faixa

estritamente indispensável à construção da estrada. A desmatação, compreende

ainda o desenraizamento, transporte a vazadouro ou descacilhamento dos materiais

lenhosos provenientes desta operação.

1.2 DECAPAGEM No início dos trabalhos de movimentação de terras, proceder-se-á à decapagem e

transporte a vazadouro de toda a terra viva decapada.

A decapagem incidirá sobre os solos mais ricos em matéria orgânica, numa

espessura variável de acordo com o projeto e com as características do terreno,

compreendendo apenas a “terra viva”, isto é, a camada onde se desenvolve o

sistema radicular das plantas. Toda a “terra viva” decapada deverá ser armazenada

em pargas no estaleiro, para reutilização. Estas pargas não deverão ser

compactadas nem ter uma altura superior a 1,5m, devendo ainda proceder-se à sua

valorização por via de uma sementeira, a incorporar na terra viva por meio de

enterramento, preferencialmente na fase de floração. Os locais de armazenamento

da “terra viva” deverão ser propostos pelo Adjudicatário e previamente aprovados

pela Fiscalização.

1.3 TERRAPLANAGEM Terraplanagem geral para implantação do edifício. DESMONTE Segundo a natureza do terreno e o seu grau de compacidade, o nivelamento será efetuado com o auxílio de meios mecânicos. As terras provenientes da ação de desmonte serão utilizadas para efetuar os aterros necessários, a parte não utilizada destas terras deverão ser levadas para o vazadouro, sendo esta ação controlada pela fiscalização.

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O modo de executar as escavações é de livre escolha do empreiteiro, devendo porém permitir o bom andamento dos trabalhos, e não prejudicar as condições de segurança de pessoas ou equipamento devendo ser submetido, nas suas fases principais, à aprovação da Fiscalização. As frentes de trabalho, valas e poços, deverão ser convenientemente escoradas e entivadas, sempre que a natureza do terreno e altura de escavação assim o exigir. Devem ser tomadas as precauções, de modo a evitar-se o remeximento ou decomposição do terreno em que se apoiem as estruturas. Para tal e sempre que as suas características o aconselhem, procurar-se-á reduzir ao mínimo o intervalo de tempo entre a escavação e a betonagem, utilizar entivações de rigidez suficiente e conduzir os trabalhos da drenagem de modo a impedir-se o afluxo de água às paredes de escavação. ATERROS 1.3.1. Antes do início da construção dos aterros, a superfície do terreno em que os mesmos irão assentar deverá ser limpa de vegetação, devendo ainda ser retirada a camada de terra vegetal numa espessura a indicar pela fiscalização.

1.3.2. A zona de ligação com os aterros já existentes deverá ser tratada após a desmatação e desenraizamento, por forma a que fique delimitada por planos verticais e horizontais, em degrau, sobre os quais assentará o novo aterro. 1.3.3. As terras empregues nos aterros deverão ser limpas, e livres de raízes e de outros materiais que possam prejudicar uma perfeita consolidação. 1.3.4. Os aterros serão convenientemente executados de modo a evitar o seu posterior assentamento. Considera-se da responsabilidade do empreiteiro todos os eventuais danos de pavimentos, canalizações e outros, derivados do assentamento dos respectivos aterros. 1.3.5. A compactação deve ser feita mecanicamente, com adição de águas, sempre que tal se torne necessário, para atingir o teor de água conveniente, e por camada de espessura não superior a 20 cm. No aterro de volumes muito pequenos e adjacentes a peças da estrutura, admite-se excecionalmente que seja realizado por meios não mecânicos mas igualmente eficientes. Deverão ser tomadas especiais preocupações nos pontos pouco acessíveis ao equipamento de compactação. 1.3.6. Devem ser atingidos regularmente baridades secas iguais ou superiores a 95% do máximo ensaio da Proctor Normal. Devem ser efetuados 30 ensaios por camada de 1.00m.

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1.3.7. Não será permitida a execução dos aterros em que se verifiquem teores de humidade inadequados ou incompatíveis com a possibilidade de compactação pelo equipamento de serviço. 1.4. ABERTURA DE CABOUCOS 1.4.1. As escavações para abertura dos caboucos para as sapatas e maciços de encabeçamento serão feitas pelos processos que o empreiteiro entender utilizar desde que aceite pela fiscalização. 1.4.2. Os caboucos, serão escavados até à profundidade indicada nos desenhos de construção, (ver projeto de Estruturas). A escavação será sempre completada por um cuidadoso saneamento das paredes e soleiras dos caboucos. 1.4.3. As escavações, serão conduzidas devidamente entivadas e, caso necessário, ao abrigo de ensecadeiras igualmente entivadas. Neste último caso, o tipo de ensecadeira a utilizar deverá previamente ser aprovado pela fiscalização. As entivações, deverão garantir a completa segurança do pessoal contra os desmoronamentos, e deverão ainda assegurar a correcta execução das operações de betonagem, procedendo-se para isso aos escoramentos e drenagens que foram necessários. 1.4.4. As operações de bombagem, caso sejam necessárias, serão conduzidas com cuidado, para que não seja modificado o arranjo intergranular das formações do substracto e, se efectuadas durante as betonagens, deverão ser conduzidas com cuidado ainda mais rigoroso, para não haver arrastamento da leitada do betão. 1.4.5. As escavações, serão executadas com observância rigorosa da implantação, da forma, e das demais características geométricas indicadas nos desenhos de construção (ver projeto de Estruturas). 1.4.6. Os produtos das escavações, serão removidos para local apropriado, que a fiscalização poderá fixar, e serão regularizados no depósito. 1.4.7. No preço unitário das escavações, são considerados incluídos todos os trabalhos inerentes à sua completa execução, tais como entivações, escoramentos, esgotos e drenagens, ou quaisquer outros, mesmo que subsidiários, ficando bem esclarecido que o empreiteiro se inteirou no local, antes da elaboração da proposta, de todas as particularidades do trabalho, e ainda que nenhum direito de indemnização lhe assiste, no caso de as condições de execução se revelarem diversas das que previra, a não ser que haja modificação do tipo de fundação indicado no projeto. 1.5. TRANSPORTE DE TERRAS A presente empreitada incluirá a baldeação, carga, remoção e transporte dos produtos escavados. A forma de transporte será feita através dos meios necessários e suficientes que englobam desde o transporte através do carrinho de mão até ao veículo pesado.

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2. FUNDAÇÕES 2.1. SAPATAS 2.1.1. As fundações deverão ser executadas de acordo com o prescrito no Projeto de Estrutura. 2.1.2. Em todos os caboucos, tanto das sapatas como das vigas de fundações, será executada uma camada de betão de limpeza, ou de selagem se necessário, conforme se indica nos desenhos de construção com cerca de 0,10 m de espessura. A escavação a efetuar, deverá pois contar com a altura correspondente a esse betão. 2.1.3. Da superfície superior do betão de regularização, ou de selagem, será retirada toda a goma depositada até aparecer a parte sã do betão, e só depois se colocará a armadura da sapata em aço A500. 2.1.4. As sapatas serão fundidas contra as paredes laterais dos caboucos, deixando embebidas nelas as armaduras dos elementos estruturais de elevação a que digam respeito. 2.1.5. A betonagem das sapatas deverá ser contínua. 2.1.6. Todo o betão será vibrado com vibradores para a massa, tendo-se cuidado de os não encostar às armaduras, para que a vibração se não transmita ao betão que já iniciou o processo de presa. 2.2. ENROCAMENTOS 2.2.1. Os enrocamentos serão realizados com pedra limpa e rija, com dimensões entre 50 e 100mm, assente sobre terreno compactado (atrás mencionado), e serão compactados mecanicamente. Terão uma espessura mínima de 0,20m. 2.2.2. Sobre os enrocamentos aplicar-se-á sempre uma camada de massame não armado de argamassa hidráulica, com 0.05m de espessura, com desempeno e alisamento adequado, de modo que a película de polietileno (filme plástico) não venha a ficar danificada com a posterior execução do massame armado. Deverá estar previsto também a possibilidade de utilização, nos pisos térreos a utilização de uma tela de impermeabilização com cerca de 3Kg/m2 . 2.3. Massames Armados Os massames terão 0.15m de espessura, serão realizados com betão 20/25 e malha "Tipo Sol" CQ30, com recobrimento de 0.05m garantidos por espaçadores de argamassa com distribuição e dimensões de modo que não danifiquem a película de polietileno.

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3. ESTRUTURAS 3.4 Composição e Controlo

3.4.1 Tipos de betões a empregar

Os betões a utilizar são dos tipos, classes e qualidades indicadas nos desenhos de

construção e repetidos nas descrições do Mapa de Medições, a saber:

Tipo I - Betão C12/15 - com a dosagem mínima de ligante de 250kg/m3 de

betão colocado em obra.

Tipo II - Betão C20/25 - com a dosagem mínima de ligante de 300kg/m3 de

betão colocado em obra.

Tipo III - Betão C25/30 - com a dosagem mínima de ligante de 350kg/m3 de

betão colocado em obra.

Na composição dos betões poderão ser utilizados adições de tipo aprovado pela

fiscalização, mas constituindo sempre encargo do empreiteiro.

Em tudo o que disser respeito a composição, fabrico e colocação em obra dos

betões e as restantes operações complementares, segue-se o estabelecido na

Norma NP ENV 206 e no R.E.B.A.P.

A composição do betão, isto é, as dosagens de cimento, inertes e água (e das

adições e adjuvantes quando utilizados) deve ser selecionada de maneira a

satisfazer os critérios de comportamento para o betão fresco e para o betão

endurecido, incluindo a consistência, densidade, resistência, durabilidade e proteção

das armaduras contra a corrosão. A composição do betão deve permitir obter uma

trabalhabilidade compatível com o método de construção a utilizar. A composição

deve ser estudada de modo a minimizar a possibilidade de segregação e exsudação

do betão fresco.

3.4.2 Composição dos betões

O betão deve ter uma composição tal que, depois da compactação tenha uma

estrutura fechada, i.e., quando compactado de acordo com a norma NP 1383 -

Betões. Preparação de provetes para ensaios de compressão e flexão, o teor de ar,

que deve ser determinado de acordo com a especificação LNEC E 387 - Betões.

Caracterização de vazios por métodos microscópicos, em volume, não deve exceder

3 % para os inertes com máxima dimensão 16 mm e 4 % para os inertes com

máxima dimensão < 16 mm, não incluindo o ar introduzido e os poros dos inertes.

3.4.2.1 Tipos de cimento, dosagem de cimento e razão água/cimento

O tipo de cimento deve ser escolhido tendo em conta a utilização do betão (simples,

armado ou pré-esforçado), o desenvolvimento de calor pelo betão na estrutura, as

dimensões desta e as condições ambientais a que está exposta devendo seguir-se o

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apresentado na especificação LNEC E 378 - Betões. Guia para a utilização de

ligantes hidráulicos.

As classes de exposição ambiental, relacionadas com os mecanismos de

deterioração do betão pela ação do ambiente que podem ser divididas em dois

grupos:

os que provocam a corrosão das armaduras e acabam por romper o betão destas

(carbonatação e ação dos cloretos da água do mar ou de alguns sais

descongelantes);

os que provocam a deterioração do próprio betão (ação dos ciclos de gelo e degelo

e ação dos sulfatos e de outros ambientes quimicamente agressivos);

Apresentam-se nos quadros seguintes:

Classes de Exposição Ambiental relacionadas com a Deterioração do Betão

por Corrosão das Armaduras

Ação de

Classes de

Exposição

Descrição de Ambientes Tipo

Carbonatação EC 1 Ambientes secos (raramente húmidos), com HR < 45 %, como no

interior de edifícios ou outras estruturas em ambiente seco;

EC 2 Ambientes húmidos (raramente secos) com HR > 85 % como em

partes de estruturas de retenção de água ou em fundações;

EC 3 Ambientes com humidade moderada (45% < HR < 85%), como o

betão protegido das chuvas e não sujeito a condensação

EC 4 Ambientes com ciclo de molhagem/secagem, como o betão em

contacto com água (da chuva, por exemplo) ou sujeito a

condensação

Cloretos ECI 1 Ambientes das zonas costeiras marítimas (até cerca de 1 km da

linha da costa nas zonas de falésia, ou até alguns quilómetros em

costas marítimas baixas ou ao longo dos rios, junto à foz) ou

resultantes da utilização de sais à base de cloretos; em geral o

transporte dos iões cloreto para o interior do betão de

recobrimento faz-se por difusão;

ECI 2 Zonas imersas de estruturas portuárias, em que o transporte dos

iões se faz preferencialmente por difusão e por diferença de

pressão;

ECI 3 Ambiente nas zonas de maré (ou em zonas microclimáticas das

estruturas onde a acção do vento as molhe ou humedeça

frequentemente) ou resultante do uso de sais à base de cloretos,

com ciclos de secagem e molhagem, em que o transporte dos

iões se faz preferencialmente por difusão e por sucção capilar.

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Classes de Exposição Ambiental relacionadas com a Acão do Gelo/Desgelo

Ação do

Classes de

Exposição

Descrição do Ambiente

Gelo/desgelo EG 1 ambiente em que poucos (ou nenhuns) ciclos de

gelo/desgelo ocorrem e em que a temperatura média do mês

mais frio, em vários anos, é inferior a – 5º C, mas sem

aplicação de sais descongelantes

EG 2 Idem, com aplicação de sais descongelantes,

nomeadamente à base de cloretos

Classes de Exposição Ambiental relacionadas com Agressividade Química

Elementos agressivos

Classes de Exposição

Documento

Normativo

EQ 1 EQ 2 EQ 3

SO4++

na água (mg/l) 200-600 600-3000 3000-6000 NP 413

SO4++

total no solo

(mg/kg)

2000-3000 3000-12000 12000-24000 LNEC E 202

PH 6.5-5.5 5.5-4.5 4.5-4.0 NP 411

CO2 agressivo na água

expresso em carbonato

de cálcio (mg/l)

35-90

91-200

> 200

NP 1416

NH4+ (mg/l) 15-30 30-60 60-100 NP 730

Mg++

na água (mg/l) 300-1000 1000-3000 > 3000 NP 507

Para definir a classe de exposição basta a presença de um dos elementos

agressivos indicados; quando dois ou mais elementos agressivos estão presentes na

mesma classe aplicam-se as exigências da classe imediatamente superior e, se

estão em classes diferentes, aplicam-se as da mais severa.

A mínima dosagem de cimento e a máxima razão água/cimento dependem das

condições ambientais e das exigências relativas ao betão de recobrimento das

armaduras. Para betões fabricados com inertes de máxima dimensão32 mm (C 32)

elas devem ser escolhidas a partir dos quadros seguintes; para outra dimensão D

em mm, a dosagem CD (em Kg / m3 de betão) de acordo com o quadro:

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Dosagens de Ligante, Razões Água/Ligante e Classes de Resistência do Betão,

em Função das Classes de Exposição Ambiental

Fatores de

Corrosão das

Armaduras

Carbonatação

Acção dos cloretos

Classes de

Exposição

Ambiental

EC1 EC 2 EC 3 EC 4 ECI 1 ECI 2 ECI 3

Mínima Dosagem

de

Ligante C32 (kg/m3)

260 280 300 320 340 320 360

Máxima razão

Água / ligante

0.65 0.60 0.60 0.55 0.45 0.50 0.45

Classe de

Resistência

Mínima do Betão

C 20/25 C 25/30 C 28/35 C

28/35*

C 32/40* C 28/35* C 35/45

Recobrimento

Mínimo da

Armadura (mm)

20

25

40

40

45

Dosagens de Ligante, Razões Água/Ligante e Classes de Resistência do Betão,

em Função das Classes de Exposição Ambiental

Factores de Deterioração do

Betão

Acção de

Gelo/desgelo

Acção de Ambientes

Quimicamente Agressivos

Classes de Exposição Ambiental EG 1 EG 4 EQ 1 EQ 2 EQ 3

Mínima Dosagem de Ligante C32

(kg/m3

)

300 340 340 360 380

Máxima Razão Água / Ligante 0.50 0.45 0.45 0.45 0.40

Classes de Resistência Mínima

do Betão

C

28/35*

C

32/40*

C

32/40*

C 35/45 C 40/50

Estas classes foram introduzidas para que as classes de resistência do betão, em

cubos de 15 cm, diferissem de 5 Mpa.

No caso do betão ser pré-esforçado e devido a maior sensibilidade à corrosão das

armaduras, resultante da sua pequena secção e das elevadas tensões de tracção

instaladas, recomendam-se aumentos de dosagem do cimento de 30 Kg/m3 em

relação aos indicados e classes de resistência imediatamente superiores às

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indicadas ou, em alternativa, aumento do recobrimento das baínhas do pré-esforço

(ou do fio do pré-esforço) de 50 %.

Teor de cloretos de betão

O teor de iões cloreto do betão não deve exceder os valores especificados no

Quadro

Teor Máximo de Cloretos do Betão

Betão Cl- por massa de cimento

Betão simples 1 %

Betão armado 0,4 %

Betão pré-

esforçado

0,2 %

Consistência durante a betonagem

A consistência deve ser tal que o betão fresco seja trabalhável sem segregação e

possa ser totalmente compactado nas condições existentes no local. Para assegurar

uma compactação adequada do betão moldado in situ, recomenda-se que a

consistência do betão no momento da colocação seja da classe de abaixamento S3

ou da classe de espalhamento F3 (classes de consistência definidas na ISO 4103), a

não ser que sejam tomadas outras medidas. Para a determinação da consistência

do betão fresco, devem seguir-se as Normas Portuguesas: NP 87 – Consistência do

betão. Ensaio de espalhamento e a Especificação LNEC E 228 – Betão.

Determinação da trabalhabilidade Vêbê.

Ensaios prévios: Composição dos betões

Os ensaios prévios deverão incidir sobre a granulometria dos inertes, tipo de

cimento, dosagem de cimento, razão água-cimento e, eventualmente, adições e

adjuvantes, bem como a sua consistência e resistência. Sempre que variem os tipos

de betão, cimento, inertes, água, adições e adjuvantes e processos de betonagem,

deverão de novo realizar-se estes ensaios.

Antes de empregar qualquer tipo de betão deverá ser efetuado o estudo da sua

composição a fim de determinar a dosagem mais conveniente. Este estudo deverá

ser presente à apreciação da fiscalização pelo menos com 30 dias de antecedência

da betonagem do primeiro elemento da obra em que esse betão seja aplicado.

O empreiteiro entregará à fiscalização amostras dos inertes que pretende utilizar e

considerados nos estudos dos betões, para que em qualquer momento seja possível

a comprovação das suas qualidades e características.

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É exigida a permanência na obra de um técnico qualificado para, em laboratório,

devida e adequadamente equipado e aferido, efetuar os ensaios requeridos com a

necessária frequência. Sempre que a fiscalização assim o exija os ensaios poderão

ser feitos em laboratório oficial.

A recolha de amostras para ensaios prévios, e os que se realizarem durante a

betonagem, deverá ser feita em provetes cúbicos, de acordo com a Regulamentação

portuguesa. O empreiteiro deverá organizar um registo compilador de todos os

ensaios de provetes.

i ) Os provetes serão executados de acordo com as instruções da fiscalização,

em moldes metálicos, devendo apresentar faces perfeitamente desempenadas.

Serão transportados para o laboratório de ensaio devidamente acondicionados e por

forma a não se deteriorarem.

Deverão ser feitos a partir de uma amassadura destinada a aplicação em obra no

caso de ensaio durante a betonagem, sendo aquela designada pela fiscalização que

assistirá ao seu fabrico.

Todos os provetes serão numerados a seguir - seja qual for o betão a que digam

respeito - gravando-se neles não só o número de ordem, mas também a designação

da característica do respetivo betão, a obra e a data de fabrico.

A conservação dos provetes durante o endurecimento obedecerá ao que for

determinado pela fiscalização, de acordo com as condições climatéricas existentes.

ii ) Do registo compilador deverão constar os seguintes elementos:

a) Número de provete

b) Data de fabrico

c) Data de ensaio

d) Idade

e) Tipo, qualidade e classe do betão do provete

f) Quantidade de cada categoria do inerte

g) Dosagem do ligante e sua marca

h) Quantidade de água de amassadura

i) Razão água/ligante

j) Local do emprego do betão de onde foi retirada a massa de fabrico do

provete

k) Resistências obtidas nos ensaios

l) Resistências médias à compressão em laboratório (fcm) calculadas de

acordo com o critério definido em 0.

m) Peso do provete

n) Observações

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iii ) Para os ensaios prévios proceder-se-á ao fabrico de 6 séries distintas de 3

provetes a ensaiar segundo os métodos normalizados.

A partir dos valores obtidos calcula-se o valor da resistência média, em laboratório, à

compressão (fcm), como adiante se descreve.

Além dos estudos de composição dos betões referidos no artº. 0, o empreiteiro

obriga-se a efetuar, quando exigido nas Condições Particulares deste Caderno de

Encargos, o estudo das seguintes características: resistência à compressão aos 1, 3,

7, 28 e 90 dias, determinação do módulo de elasticidade, retração e fluência.

O valor da resistência média à compressão em laboratório (fcm), com margem

suficiente para que seja de esperar que, com a dispersão que a execução da obra

introduz, a resistência à compressão característica real da obra (fest) ultrapasse

também a do projeto. Para tal, retirar-se-ão de 6 amassaduras diferentes, 3 provetes

de cada, que serão ensaiados à rotura.

Os resultados destes ensaios serão ordenados de forma crescente:

X1 < X2 < X3

Terá que se verificar a seguinte relação: a soma do primeiro (X1) e segundo (X2)

resultados, deduzida do valor do terceiro (X3), deverá ser maior ou igual à

resistência do projeto (Fck):

X1 + X2 - X3 > Fck

A consistência do betão, a ensaiar pelo método do cone de ABRAMS, será a mais

seca possível, embora adequada ao processo de colocação em obra do mesmo.

Para os betões colocados em obra por processos correntes, sem bombagem, essa

consistência não deverá exceder 5 cm.

No caso do processo de execução ser por bombagem ou equivalente, pode admitir-

se um betão de consistência fluída, mas nunca excedendo 15 cm.

Ensaios de controlo do betão durante as betonagens

Para efeito do controlo durante a execução da betonagem a obra será dividida nas

partes que se indicam no quadro seguinte:

Tipo de elementos estruturais

Limite Superior Lineares Planos Grandes maciços

Volume 100 m3 200 m3 500 m3

Superfície 500 m² 500 m²

Nº. amassaduras 100 100 100

Tempo betonagem 2

semanas

2

semanas

1 semana

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O controlo será feito para partes sucessivas da obra, inferiores cada uma ao menor

dos limites acima referidos.

O controlo de cada parte será efetuado separadamente, segundo os seguintes

critérios:

- número de amostras inferior a 6

A conformidade é verificada quando se consideram 3 amostras, cujas resistências

são X1, X2, X3. A resistência de uma amostra deve ser o resultado de um provete ou

a média dos resultados, quando se moldam dois ou mais provetes, de uma amostra.

À resistência da amostra, em MPa, deve satisfazer as seguintes condições:

3 fck + 5, em que 3 é a média das amostras e fck é a

resistência característica à compressão

especificada para o betão no projeto

Xmin fck - 1, sendo Xmin o menor valor das 3 amostras

- número de amostras igual ou superior a 6

Sendo X1, X2, …Xn, as resistências das n amostras, considera-se que a

conformidade é verificada quando são satisfeitas as seguintes condições:

n fck + , sendo Xn a resistência média do conjunto de

amostras

Xmin fck – k, sendo Xmin o menor valor do conjunto de

amostras

em que,

é o desvio padrão das resistências do conjunto de amostras

e K - são os valores indicados no quadro seguinte de acordo com o

número n de amostras de conjunto

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Valores de e K

n K

6 1.87 3

7 1.77 3

8 1.72 3

9 1.67 3

10 1.62 4

11 1.58 4

12 1.55 4

13 1.52 4

14 1.50 4

15 1.48 4

Ensaios de informação do betão

Os ensaios de informação do betão são os realizados sobre peças já betonadas,com

vista a conhecer a resistência real do betão. Realizar-se-ão sempre que a

fiscalização o entenda necessário, nomeadamente:

quando um betão haja sido posto em obra em más condições

ambientes (temperatura, etc.).

fixar o momento de descofragem ou descimbramento de uma peça.

fixar a data de aplicação de pré-esforço de uma peça.

Os ensaios de informação realizar-se-ão sobre provetes fabricados de forma

análoga à que se indica anteriormente.

Estes provetes serão fabricados com o mesmo betão utilizado na peça a betonar e

conservados posteriormente, não em água, mas em condições que se assemelham,

tanto quanto possível, àquelas em que irá ficar o betão da referida peça.

O ensaio destes provetes far-se-á de forma análoga à indicada nos ensaios de

controlo de betão.

Os encargos provenientes dos estudos e ensaios (de composição, controlo e

informação), bem como todas as despesas a eles inerentes, consideram-se incluídos

nos preços unitários de betão.

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Preparação dos Betões

Os betões deverão ser fabricados em Central Automática, com componentes

doseados ponderalmente, obedecendo às condições indicadas anteriormente, de

acordo com as disposições legais em vigor e, sendo respeitado o artº 9 da Norma

NP ENV 206.

O fabrico dos betões deverá ser feito em conformidade com a composição

estabelecida e aprovada, utilizando técnicas e equipamentos adequados à obtenção

das características pretendidas.

O teor de humidade dos inertes deverá ser conhecido sistematicamente para, caso

necessário, se corrigir o volume de água de amassadura.

Os dispositivos de dosagem ponderal dos componentes do betão que equipem a

Central deverão estar aferidos com tolerâncias de 1% para o cimento, e de 2%

para os inertes, efetuando-se controlos mensais destes valores.

Caso se utilizem camiões betoneiras, estes poderão ser carregados quer com

mistura seca quer com betão acabado, desde que a composição seja corrigida em

cada um dos casos.

No caso de serem utilizados estes camiões betoneiras, a velocidade do tambor não

será superior a 4 r.p.m.; a velocidade das paletas deverá estar compreendida entre 4

e 16 r.p.m., e a velocidade de agitação nunca inferior a 6 r.p.m.

O enchimento dos camiões betoneiras não deverá ultrapassar 60% do seu volume

teórico para betão amassado e 80% desse volume para mistura seca.

A descarga do betão de um camião betoneira terá de se efetuar, no máximo, uma

hora e meia após a sua carga.

A verificação da consistência do betão deverá ser efetuada à saída da Central (ou

camião betoneira) pelo método do cone de ABRAMS, devendo obedecer aos valores

indicados no art. 0.

Salvo em tempo frio, a temperatura da água de amassadura não deverá ultrapassar

40C.

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3.4.3 Colocação do Betão

3.4.3.1 Betonagem

As operações de betonagem deverão obedecer ao prescrito no Regulamento de

Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado e na Norma NP ENV 206, atendendo

ainda ao indicado neste Caderno de Encargos.

O transporte do betão para as diferentes partes da obra deverá ser feito por

processos que não facilitem a segregação, e a colocação em obra será feita por

vibração mecânica até que a água da amassadura reflua à superfície.

Em betonagem de pilares, logo após concluída a mesma, deverá retirar-se a calda

superficial, a fim de assegurar uma boa superfície de ligação com a betonagem

seguinte.

Em caso algum se permitirá a colocação em obra de um betão que tenha iniciado a

presa.

Nenhuma betonagem será iniciada sem o prévio acordo da fiscalização.

O intervalo de tempo entre a amassadura e o fim da vibração do betão não deverá

exceder meia hora no tempo quente, e uma hora no tempo frio, podendo ainda estas

tolerâncias ser diminuídas quando as circunstâncias o aconselharem.

Cada troço de elemento da construção previsto no respetivo plano de execução

deverá ser betonado de maneira contínua.

A descarga de betão em queda livre nunca será superior a 1.5 metros. No caso de

descarga pneumática a extremidade de mangueira não deverá estar a mais de 3.00

metros do local a betonar e o volume de betão em cada descarga não será superior

a 200 litros.

A colocação em obra do betão submerso deverá obedecer a processos técnicos

aprovados pela fiscalização, nomeadamente a utilização de tubos de fundo

basculante.

No caso do betão utilizado em peças pré-esforçadas este não será nunca

descarregado diretamente para as bainhas, para evitar a sua deslocação. Não se

betonará nenhuma peça de betão armado sem autorização da fiscalização, que

verificará previamente a posição das armaduras, bainhas, ancoragens e outros

elementos. A betonagem de cada elemento deverá imperativamente obedecer ao

plano de betonagem previamente estabelecido, que só poderá ser alterado pela

fiscalização.

A vibração será feita com vibradores de frequência inferior a 6000 ciclos por minuto,

e deve estender-se a toda a massa a betonar, evitando segregações. Em nenhum

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caso se deve usar o vibrador para o espalhamento horizontal da massa. Deverá

evitar-se o contacto de vibradores com as armaduras ativas ou passivas a fim de

não serem danificadas as bainhas, nem prejudicada a aderência das armaduras

passivas nas zonas em que o betão já está em começo de presa.

Os betões estruturais não deverão ser colocados em obra com temperaturas

ambiente inferiores a 4C. Caso seja absolutamente necessário betonar a

temperaturas inferiores deverá aquecer-se os inertes, mas nunca o cimento. De um

modo geral, não serão permitidas betonagens com temperaturas ambiente

superiores a 40C, a não ser que se adotem medidas apropriadas, aprovadas pela

fiscalização.

As juntas de betonagem só serão realizadas de acordo com o previsto no plano de

execução da respetiva peça, podendo, excecionalmente, a fiscalização autorizar a

execução de juntas de betonagem não previstas naquele plano.

As posições de juntas de construção deverão ter a prévia autorização da

Fiscalização. Nas juntas de betonagem, as faces de betão devem ser tornadas

rugosas, de modo que os inertes grossos de betão fiquem descobertos até uma

profundidade de 6mm. Esta operação deverá ser feita ainda com o betão não

endurecido, aspergindo com água a superfície e removendo a pasta em excesso por

meio de ligeira escovadela. Antes da colocação do novo betão a superfície da junta

deve ser abundantemente lavada, de forma a que sejam removidas todas as

partículas soltas; deve remover-se o excesso de água para que a superfície se

encontre apenas humedecida quando da colocação do betão novo. A acrescentar a

estes procedimentos, nas peças mais importantes, poderá a Fiscalização obrigar a

ser aplicado um ligante com base em resina epóxi, sobre a superfície tratada e

imediatamente antes da colocação do betão novo, respeitando o “pot-life” do

produto.

O empreiteiro será inteiramente responsável pela estanquidade do betão armado em

caves, túneis, trincheiras, tanques, poços e fossas. Deverá reduzir-se ao mínimo o

número de juntas de betonagem: as paredes deverão ser construídas em panos

verticais tão altos quanto possível, desde que sejam tomadas medidas necessárias à

eliminação da segregação dos inertes e ao conveniente escoramento das cofragens;

as juntas de construção das paredes e das lajes deverão ser desencontradas.

Todas as juntas de betonagem, quer horizontais, quer verticais, nos elementos onde

é necessário garantir a estanquidade do betão, deverão ter instaladas barras de

estanquidade tipo Lâminas Sika. As barras de estanquidade deverão ser contínuas

em todo o desenvolvimento da junta, fazendo-se a união dos dois topos de acordo

com instruções do fabricante. No caso de cruzamentos ou remates de mais de uma

junta é obrigatória a utilização de peças em +, T ou L. As juntas serão rematadas,

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nas superfícies dos elementos em betão, com rasgos de 12mm x 12mm, quando

solicitado, com mastique de poliuretano, tipo Sikaflex da Sika.

Se uma interrupção de betonagem conduzir a uma junta mal orientada, o betão será

demolido na extensão necessária por forma a conseguir-se uma junta

convenientemente orientada; mas antes de se recomeçar a betonagem, e se o betão

anterior já tiver começado a fazer presa, a superfície da junta deverá ser

cuidadosamente tratada e limpa por forma a que não fiquem nela inertes com

possibilidade de se destacar. A superfície assim tratada deverá ser molhada a fim de

que o betão seja convenientemente humedecido, não se recomeçando a betonagem

enquanto a água escorrer ou estiver acumulada.

Todas as arestas de intersecção de superfícies de betão serão obrigatoriamente

chanfradas a 45, com 2 cm de lado.

3.4.3.2 Cura do betão

A cura do betão implicará manter as suas superfícies húmidas durante pelo menos 3

dias, sendo este prazo alargado em caso de tempo excecionalmente quente e seco,

ou por decisão da fiscalização. Os processos utilizados não deverão afetar a

qualidade do betão, e a água empregue deverá satisfazer o prescrito no artigo 1.3.3

deste Caderno de Encargos.

A cura atrás referida poderá ser substituída por proteção das superfícies com

recobrimentos plásticos ou outros tratamentos adequados, sempre que tais métodos

- especialmente no caso de massas secas - não ofereçam as garantias necessárias

para reter a humidade inicial do betão na sua primeira fase de endurecimento.

Em geral, o processo de cura do betão deve prolongar-se até que se tenha

alcançado uma resistência de 70% do valor de projeto.

3.4.3.3 Desmoldagem

A desmoldagem deverá ser feita nos prazos prescritos na legislação, Normas e

Regulamentos, a menos que a fiscalização entenda alterá-los, embora sempre com

o acordo do projetista, no caso de elementos estruturais.

Todos os diferentes elementos que constituem as cofragens devem ser retirados

sem produzir choques nem estremecimentos na estrutura, tomando-se as

precauções necessárias para tal. As operações anteriores não poderão realizar-se

sem que o betão da peça em questão tenha atingido a resistência necessária para

suportar, com segurança e sem excessivas deformações, os esforços a que vai ficar

submetida.

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Nas peças mais importantes deverão realizar-se os ensaios de informação referidos

para se conhecer a resistência real do betão e assim se poder fixar

convenientemente a data da descofragem.

No caso de peças em betão pré-esforçado, e antes da aplicação deste, deverão

retirar-se costaneiros ou outros elementos de sustentação do molde que possam

introduzir qualquer coação no pré-esforço. Nestas peças, a desmoldagem deverá ser

feita de acordo com o programa previsto no projeto de aplicação do pré-esforço.

3.4.4 Ensaios de Carga

Quando se verificar uma situação correspondente à definida anteriormente ou a

execução não tiver sido realizado dentro das tolerâncias fixadas ou normalmente

admitidas, a fiscalização poderá exigir do empreiteiro a realização de ensaios de

carga. As condições preconizadas para o ensaio de carga, a duração do ensaio,

ciclos sucessivos de carga e descarga e as medições a efetuar, serão objeto de um

programa pormenorizado, o qual será estabelecido de acordo com a fiscalização. As

despesas com a realização do ensaio de carga são da conta do empreiteiro, não

tendo o mesmo direito a receber qualquer indemnização.

As sobrecargas a aplicar não deverão exceder as sobrecargas características

adotadas no projeto.

Se a prova se realizar com cargas fixas evitar-se-ão choques ou vibrações que

possam afetar desfavoravelmente o elemento que se ensaia. As cargas serão

dispostas de tal modo que se não produzam efeitos de arco ou abóbada suscetíveis

de transmitir diretamente aos apoios uma parte da carga aplicada.

No ensaios de cargas móveis, a velocidade de carga deverá ser tanto quanto

possível igual à velocidade prevista para a exploração.

O ensaio será considerado satisfatório no elemento ensaiado quando se verificarem

as duas condições seguinte:

a) as flechas medidas não excedem os valores calculados com base nos

resultados sobre os módulos de elasticidade dos betões;

b) as flechas residuais devem ser suficientemente pequenas (tendo em linha de

conta a duração da aplicação da carga), por forma a que o comportamento se

possa considerar elástico. Esta condição deverá ser satisfeita, quer a seguir ao

primeiro carregamento quer nos seguintes, se os houver.

3.5 MOLDES

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Os moldes para betão deverão obedecer às Normas e Regulamentos em vigor, e ao

que se prescrever nas Condições Particulares deste Caderno de Encargos.

Os moldes serão metálicos ou de madeira, em contraplacado ou em tábuas. Neste

último caso serão de pinho, utilizando-se exclusivamente na sua confeção tábuas de

largura constante, aplainadas, tiradas de linha e sembladas a meia madeira, para

não permitir a fuga da calda de cimento através das juntas, e conferindo às

superfícies um acabamento perfeitamente regular. As tábuas deverão ter espessura

uniforme com o mínimo de 2.5cm, para evitar a utilização de cunhas e calços, e os

seus quadros não deverão ficar afastados mais de 0.50m.

No caso de emprego do contraplacado marítimo de madeira, convirá que a

superfície seja tratada por forma a facilitar a desmoldagem, e permitir maiores

reaplicações; a espessura mínima a adotar não deverá ser inferior a 2cm.

Admite-se o emprego de tábuas de solho de pinho sem sambladura em cofragens

exigindo menores cuidados.

Todas as superfícies dos moldes deverão ser pintadas ou protegidas antes da

colocação das armaduras, com produto apropriado previamente aceite pela

fiscalização, para evitar a aderência do betão, prejudicial ao seu bom aspeto.

Se as superfícies de betonagem não ficarem perfeitas poderá admitir-se,

excecionalmente, a sua correção, se não houver perigo para a resistência, e se o

defeito for facilmente suprimido por reboco, ou por forma que a fiscalização

determinar, sempre à custa do empreiteiro.

O empreiteiro obriga-se a estudar cuidadosamente a estereotomia dos moldes das

superfícies vistas, submetendo os estudos à apreciação da fiscalização, que poderá

impor a sua alteração, tanto para satisfazer os requisitos de forma, exigidos pelo

aspeto geral da obra, como por razões de estabilidade. O estudo aqui estipulado

conterá indicações de pormenor relativas à disposição das juntas, das emendas, das

pregações, as dimensões e disposições das tábuas, etc., tendo em vista conseguir

um agradável aspeto estético.

No contraventamento dos moldes ou na sua fixação, utilizar-se-ão peças

troncocónicas de plástico, para o efeito existentes no mercado, devendo a sua

localização obedecer a uma distribuição geométrica que confira um aspeto cuidado.

O empreiteiro submeterá ainda à fiscalização, o projeto dos restantes moldes a

utilizar, incluindo a verificação da sua estabilidade.

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Os moldes, tal como as suas uniões, deverão possuir resistência e rigidez

suficientes para resistir, sem assentamentos ou deformações prejudiciais, a todas as

ações que sobre eles possam ocorrer.

No caso de moldes para peças de betão pré-esforçado, é essencial que aquelas

permitam as deformações das peças betonadas e resistam adequadamente à

redistribuição de cargas resultantes do pré-esforço e a transmissão deste betão. Em

particular, devem permitir o encurtamento das peças, resultante do pré-esforço, bem

como oferecerem suficiente rigidez na zona das ancoragens durante a aplicação

daquele.

Caso se verifique o emprego de cofragens deslizantes, estas deverão obedecer às

prescrições do fabricante, e sempre que se verifique - por motivos de força maior -

um interrupção da betonagem, esta não poderá recomeçar sem a autorização da

fiscalização, que ordenará as providências que entenda necessárias. Ainda no caso

das cofragens deslizantes, todo e qualquer empenamento das superfícies que a

fiscalização entenda não aceitar, terá de ser reparado a expensas do empreiteiro.

A reaplicação dos moldes carece de prévia aprovação da fiscalização, que, para a

dar, poderá exigir do empreiteiro as reparações que a seu juízo forem tidas por

convenientes.

As madeiras a empregar devem ser bem cerneiras, não ardidas, sem nós vidiosos, isentas de caruncho, fendas ou falhas que possam comprometer a sua resistência. Devem ser de primeira escolha, isto é, seleccionadas por forma a que, mesmo os pequenos defeitos (nós, fendas, etc.) não ocorram com grande frequência nem com grandes dimensões, nem em zonas das peças em que venham a instalar-se as maiores tensões. Serão executados os ensaios necessários para comprovação das características indicadas e dos valores dos módulos de elasticidade.

3.6 COLOCAÇÃO DAS ARMADURAS PASSIVAS

As armaduras terão as secções previstas no projeto e serão colocadas

rigorosamente conforme os desenhos indicam, devendo atar-se de forma eficaz,

para que se não desloquem durante as diferentes fases de execução dos trabalhos.

Utilizar-se-ão pequenos calços prefabricados, de argamassa ou microbetão, para

manter os afastamentos das armaduras dos moldes, os quais possuirão arames de

fixação.

A dobragem das armaduras deverá ser feita a frio, com máquinas apropriadas e os

diâmetros interiores mínimos dessas curvaturas deverão obedecer às seguintes

condições qualquer que seja o tipo de aço empregue - A400 NR e A400 ER:

-varões de 0 < 18 - 50

-varões de 18 < 0 < 32 - 80

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-varões de 32 < 0 < 42 - 120

para ganchos, cotovelos, laços, estribos e cintas.

Para dobragens das armaduras em geral, o diâmetro mínimo será de 20 podendo

ser reduzido para 15 quando o recobrimento lateral da dobra for de 5cm ou 3.

Quando se trata de armaduras de aço macio e o diâmetro dos varões for igual ou

superior a 25mm, pode admitir-se, excecionalmente, a dobragem a quente, desde

que se não atinjam temperaturas superiores a 800C (correspondente ao aço rubro),

e que se garanta arrefecimento lento.

À exceção do aço macio, não se admite o emprego de varões que tenham sido

desdobrados.

A distância livre entre dois varões consecutivos - salvo quando estejam em contacto

- será igual ou superior ao maior dos três valores seguintes:

maior diâmetro dos varões ou ao diâmetro equivalente dos seus

agrupamentos

2 centímetros

seis quintos do diâmetro máximo de 85% dos inertes

Quando se utilizarem varões de aço nervurado admite-se a sua colocação em

contacto uns com os outros, num máximo de 2 no sentido horizontal e de 3 no

vertical.

3.6.1 Recobrimentos

Para as armadura passivas o recobrimento mínimo seguirá o disposto no

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado e as indicações da

Especificação LNEC E378 - Betão. Guia para a utilização de ligantes hidráulicos.

No caso de estruturas sujeitas a ambientes agressivos, o recobrimento mínimo será

de

3cm em peças a revestir;

5cm se os paramentos da peça ficarem sujeitos a intempéries ou em

contacto permanente com a água;

5cm nas partes curvas dos varões.

O recobrimento máximo será de 5cm e poderá ser aumentado no caso de peças

enterradas ou betonadas por meio de técnicas especiais.

No respeitante às dimensões e características de sobreposição, ganchos, curvas,

laços e estribos, seguir-se-á o estipulado no REBAP.

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Os ganchos, ligações e sobreposições, estão incluídos no respetivo preço unitário

contratual, pelo que o empreiteiro não tem o direito a reclamar quantidades de

trabalho por esse efeito.

Para efeito de determinação do trabalho realizado, na medição das armaduras não

se incluirá a dobragem e montagem, as sobreposições, soldagens ou qualquer outro

sistema de união, as ataduras e os ganchos, os quais estão considerados no preço

unitário contratual, e o peso será calculado pela aplicação das tabelas de pesos de

varões de aço para betão armado, correntemente utilizada

3.4 CIMBRES, CAVALETES E ANDAIMES O empreiteiro submeterá à prévia aprovação da fiscalização, o projeto das estruturas de sustentação dos moldes de betonagem execução da obra segundo o processo indicado nos desenhos de construção. É obrigação do empreiteiro o fornecimento e montagem de todas as estruturas auxiliares necessárias ao bom andamento e adequada execução das obras, bem como de todas as plataformas e passadiços para o pessoal, satisfazendo em tudo as normas em vigor, nomeadamente no que respeita à segurança. Todos os materiais empregues no cavalete, andaimes e outras estruturas de moldagem, serão pertença do empreiteiro, uma vez finda a sua utilização. 4 - ALVENARIAS 4.1. ASPECTOS GERAIS Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a alvenarias, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos. 4.2. ALVENARIAS DE BETÃO ARMADO O betão armado será aplicado na execução das paredes de betão à vista, conforme já foi citado na rubrica referente à Estrutura. Na sua execução serão utilizadas necessariamente cofragens metálicas ou similares aprovadas pela Fiscalização, sendo aplicável, neste caso, tudo o que o que foi descrito no capitulo sobre estruturas. As superfícies em betão armado aparente deverão ser protegidas em obra, para posterior tratamento com pintura antifúngica incolor. 4.3. DESCRIÇÃO DAS ALVENARIAS DE PAREDES EXTERIORES EM BLOCO TÉRMICO As paredes exteriores de alvenaria de bloco térmico com 25 cm espessura, constituída por blocos de betão leve de agregados de argila expandida, serão assentes com argamassa pré-doseada.

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O bloco deverá apresentar-se limpo e livre de gorduras. O assentamento deverá ser realizado contrafiado, com o cuidado de deixar as duas faces da parede regulares. O bloco é assente sem argamassa nas juntas verticais e argamassado nas juntas, horizontais, com espessuras entre 10 a 15 mm, preferencialmente com argamassa pré-doseada, ou em alternativa com uma argamassa bastarda, com um traço volumétrico aproximado de (1; ½; 8), (cimento; cal hidráulica; areia). Caso as condições atmosféricas se encontrem com humidade reduzida, os blocos deverão ser ligeiramente humedecidos. A abertura dos roços, deverá ser efectuada de preferência com abre-roços eléctrico, reduzindo ao mínimo as dimensões e o nº de septos afectados. 4.4. DESCRIÇÃO DAS ALVENARIAS INTERIORES DE TIJOLO Todas as paredes interiores de alvenaria a construir, serão em tijolo furado de boa qualidade, sendo a sua espessura, indicada em planta. Os tijolos deverão ter textura homogénea, serem isentos de quaisquer corpos estranhos, terem formas e dimensões regulares e uniformes, terem cor uniforme, apresentarem fractura de grão fino e compacto e não absorverem água em 24 h, em quantidade de mais de 1/5 do seu volume. Na construção das paredes não serão deixados furos de tijolos à vista. Deixar-se-ão tacos para fixação de guarnecimento das portas interiores e deverão ser executados roços, depois tapados, para as canalizações, sempre que necessário e consoante discriminação no projecto da especialidade. Antes da aplicação, os tijolos serão regados abundantemente, a fim de evitar a absorção de água, necessária à presa da argamassa e permitir uma boa aderência dos elementos construtivos. Na execução das alvenarias de tijolo ter-se-á o cuidado de nunca empregar tijolos que não estejam bem molhados no momento da aplicação. Quando se interrompa o trabalho, não se deverá assentar nenhuma fiada sem ter molhado bem a precedente. As paredes em tosco ficarão perfeitamente desempenadas e aprumadas, e a argamassa deverá envolver toda a periferia do tijolo. As fiadas deverão ficar horizontais e a espessura da argamassa de assentamento deverá ser uniforme. Estender-se-á a argamassa em camada mais espessas do que o necessário, a fim de que, comprimidas contra as juntas e leitos, a argamassa ressuma por todos os lados. A ligação dos panos de tijolo à estrutura de betão armado, deverá ser feita por forma

a que antes de se assentarem os tijolos, as superfícies de betão serem

convenientemente aferroadas. Deverão deixar-se pontas de ferro embebidas na

estrutura, para ligação à alvenaria de tijolo.

As vergas dos vãos a abrir nestas paredes serão executadas em betão armado.

- As paredes interiores em tijolo de 30x20x11 cm, serão assentes em argamassa de

cimento e areia ao traço 1:5, com espessura final de 15 cm.

- As paredes interiores em tijolo de 0.30x0.20x0.007. serão assentes em argamassa

de cimento e areia ao traço 1:5, com espessura final de 10 cm.

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As argamassas de assentamento das alvenarias serão realizadas com Cimento

Portland Normal (CPN) e areia, ao traço 1:5 ou ao traço 1:0.5:5 de cimento CPN, cal

aérea e areia. A sua aplicação deve respeitar sempre as indicações do fabricante e

deverão estar adequados aos diferentes tipos de trabalho. A espessura dos leitos e

juntas não deverá ser superior a 0.01 m.

4.5. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS

Na execução das alvenarias deve ter-se em conta que os paramentos em geral,

depois de acabados, terão de observar as tolerâncias máximas seguintes:

- Espessura da camada de revestimento: 15mm

- Implantação e cotas principais: 5mm

- Desvios de esquadria: 10mm

- Verticalidade: 4mm na altura de um andar

- Desempenamento: 1mm em relação a régua de 0.20m e 2mm em relação a régua

de 2.00m.

4.6. TRABALHOS ACESSÓRIOS

Além do que consta das alíneas anteriores, será para executar pelo tudo o mais que,

embora não descrito por simples omissão, seja desta especialidade e se torne

indispensável para o perfeito acabamento da obra

5. CANTARIAS

5.1. ASPECTOS GERAIS

Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a

cantarias, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos

trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos.

5.2. DESCRIÇÃO DAS CANTARIAS

Todas as cantarias a relizar serão em pedra azul de valverde amaciada com 3 cm de

espessura, em soleiras, peitoris e ombreiras, de acordo com o funcionamento das

janelas e portas.

5.2. PROTECÇÃO DAS CANTARIAS

As cantarias deverão ser cuidadosamente resguardadas com madeira e linhadas de

estopa embebida em gesso durante a execução da obra, para que não sofram

quaisquer danos. Estes, a verificarem-se, e qualquer que tenha sido a origem, serão

da exclusiva responsabilidade do Empreiteiro.

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5.3. QUALIDADE DAS PEÇAS E DOS TRABALHOS

- As peças que se destinem ao mesmo local devem ser obtidas de blocos que

permitam manter uniformidade de aspecto e cor.

- Não serão aceites peças com riscados de serra ou de discos no acabamento

amaciado ou brunido de cantarias.

- Quando é especificado um determinado acabamento para uma peça tal significa

que, salvo expressa indicação em contrário, esse acabamento se aplica a todas as

faces visíveis da peça.

- O mármore será de primeira escolha, com nenhumas ou muito poucas manchas

de cor. Essas manchas só poderão ter o aspecto de veios, cuja orientação

preponderante deverá ser mantida de umas peças para as outras, segundo

orientação da Fiscalização.

- Todas as soleiras e peitoris deverão ter batentes, canais e drenos de acordo com o

funcionamento, comprimento das respectivas janelas e portas (ver Mapa de Vaõs) e

lacrimal na sua face inferior.

- As soleira cujo comprimento seja inferior a 2,0 m serão realizadas numa peça

única.

5.4. ASSENTAMENTO

- Antes de se assentar a cantaria, começar-se-á por picar a argamassa da camada

inferior para tornar desigual a superfície de assentamento. Limpar-se-á em seguida

a parte a cobrir com a cantaria e depois de a humedecer convenientemente,

estender-se-á sobre ela uma camada de argamassa com a espessura conveniente,

após o que se colocará a pedra de cantaria, devidamente limpa e humedecida e de

nível sobre o leito assim formado, batendo-se com um maço de madeira de modo a

fazer ressumar a argamassa.

- Quando o assentamento for húmido a base de assentamento será rugosa e deverá,

no momento de assentamento da cantaria, ter pelo menos 30 dias de feita e estar

limpa de leitanças, poeiras, ou outras impurezas. As peças devem ficar assentes

sem chochos. O Empreiteiro substituirá todas as peças em que se verifique, por

simples toque, a existência de chochos, e as que se partirem no período de garantia

da obra.

- O assentamento de cantarias em pavimentos será realizado com argamassa de

cimento CPN ao traço 1:3

5.5. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS

A tolerância das dimensões das peças a aplicar em revestimentos será de mais ou

menos 0,5mm, podendo, em casos especiais e caso a fiscalização aprove, atingir o

valor de mais ou menos 1,0mm. A tolerância na espessura das peças será de mais

ou menos 2mm. As peças poderão apresentar uma flecha inferior a 1/500 da medida

do seu lado maior. A falta de esquadria dos lados das peças não deverá ser superior

a 0,5mm.

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5.5. TRABALHOS ACESSÓRIOS

Além do que consta das alíneas anteriores, será para executar pelo empreiteiro tudo

o mais que, embora não descrito por simples omissão, seja desta especialidade e se

torne indispensável para o perfeito acabamento da obra

6. COBERTURAS

6.1. ASPECTOS GERAIS E DE PORMENORIZAÇÃO

Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativo a

coberturas e seus isolamentos e impermeabilizações, incluindo o fornecimento e

aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos

e caderno de encargos.

- Quando o Empreiteiro pretenda complementar os pormenores ou propôr

alterações, deverá submete-las à aprovação da Fiscalização pelo menos um mês

antes do início dos trabalhos.

- O Empreiteiro obriga-se a submeter à aprovação da Fiscalização uma

pormenorização de execução em obra dos sistemas de impermeabilização, à escala

1:5, complementar dos DCs, referindo todas as situações singulares como

sobreposições, remates, furações por tubos, etc.

6.2. DESCRIÇÃO DA COBERTURA

A Cobertura do edifício é Plana, não acessível.

A pendente terá no mínimo 1,5%, e será executada em betão leve. Será feita uma

regularização necessária para colocação de telas, com aplicação de argamassa de

cimento e areia ao traço 1:3, com adição de hidrófugo, nas percentagens indicadas

pelo fabricante, sendo de realçar que todas as superfícies a impermeabilizar deverão

apresentar-se devidamente regularizadas, com ângulos boleados, sem rugosidade e

isentas de gorduras e partículas soltas. O sistema de impermeabilização será feito

com a aplicação de membranas impermeabilizantes duplas do tipo “ESTERDAN 30P

+ 40P”, elastomeras da “DANOSA” ou equivalentes. Na dobra dos paramentos

verticais, o acabamento da manta impermeabilizante deverá ser mineralizado. A

execução do isolamento térmico será feito com placas rígidas de espuma de

poliestireno extrudido do tipo “DANOPREN XPS TR”, ou equivalente, com 6cm de

espessura com rebordo emalhetado para sobreposição lateral, pousadas sobre

manta geotextil de 125 g/m2. O acabamento final de proteção pesada será feito com

brita 20/30 numa espessura aproximada de 80mm, sobre manta geotextil de 125

g/m2.

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6.3. QUALIDADE DOS TRABALHOS

6.3.1. Sempre que não estejam especificadas inclinações, todas as superfícies horizontais a impermeabilizar terão inclinação mínima de 1,5%. 6.3.2. O sistema impermeabilizante é constituído por camada de forma para criação de pendente em betonilha com inertes leves (argila expandida) desempenada à régua e talochada para receber impermeabilização. 6.3.3. A betonilha de regularização sob telas terá sempre um enchimento em 1/2 cana na transição da superfície horizontal para a vertical, de forma a evitar o rasgamento das telas. 6.3.4. Os remates das telas de impermeabilização com os elementos verticais, como platibandas, e outros, não referidos na pormenorização, devem ser submetidos à aprovação da Fiscalização. 6.3.5. Em todas as situações de remates de telas de impermeabilização com ralos, tubos ladrões, chaminés, o Empreiteiro deve prever o fornecimento e colocação de peças de remate em chapa de zinco nº14, com diâmetros adequados aos das tubagens definidas nos Projectos Técnicos. Incluem-se as eventuais selagens com mastique.

6.4. TRABALHOS ACESSÓRIOS

Além do que consta das alíneas anteriores, será para executar pelo empreiteiro tudo o mais que, embora não descrito por simples omissão, seja desta especialidade e se torne indispensável para o perfeito acabamento da obra. 7. REVESTIMENTO DE PAREDES 7.1. ASPECTOS GERIAS Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projeto relativos a revestimentos de paredes, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos. 7.2. REVESTIMENTO DE PAREDES EXTERIORES O Revestimento das paredes superiores do edifício será feito com painéis de chapa

perfilada do tipo PerfilNorte ref. P9-111-25 na cor 3000, ou equivalente, montado

sobre perfis verticais, incluido perfis de remate e demais acessórios necessários a

uma correcta impermeabilização, nomeadamente: elementos para a formação de

aberturas e juntas, cantos, remates, encontros, sobreposições, perdas e acessórios

de fixação oculta e estanquidade, respeitando as indicações do fabricante para

sobreposições, tudo para um bom acabamento. Inclui assentamento de isolamento

térmico formado por espuma rígida de poliuretano projectado de 60mm de

espessura mínima, 35 kg/m³ de densidade mínima, aplicado através de projecção

mecânica.

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Os painéis serão fixados à estrutura com madres e bandejas devendo garantir-se a

sua total uniformidade de superfície. Será verificado que a estrutura portante se

apresenta aprumada, plana e horizontal.

Nas viragens de superfície deverá aplicar-se perfis de remate com o mesmo

acabamento e cor. A fixação à estrutura secundária é efectuada através de

parafusos zincados ou parafusos de inox, autoroscantes ou auto-perfurantes.

Estes trabalhos deverão ser coordenados com os trabalhos de serralharia e

isolamento de paredes, conforme desenhos de pormenor.

Antes de qualquer instalação, deve realizar-se o desenho de pormenor para

estabelecer a localização dos elementos da estrutura secundária, e uma análise

quantitativa precisa dos painéis: sentido da colocação, largura do entre-eixo,

comprimento dos painéis e largura da separação entre painéis.

O traçado, montagem, fixação e regulação das cantoneiras, e colocação do

isolamento, deve ser realizado conforme as recomendações do fabricante.

7.2. REVESTIMENTO DE PAREDES INTERIORES 7.2.1 REBOCO Antes de se proceder ao reboco, as paredes que se devem revestir serão limpas,

tirando-se toda a argamassa que esteja desagregada ou pouco aderente e serão

lavadas e bem desempenadas, para o que se farão os encasques necessários.

Sobre os parâmetros assim preparados, assentar-se-á à colher a argamassa do

reboco em uma ou mais camadas de maneira a ficar de espessura uniforme,

homogénea, de superfície regular e sem fendas.

Os rebocos terão qualidade, dosagem e espessura fixadas no projeto.

Os rebocos hidrófugos, quando não se especifique em contrário, poderão ser

executados mediante a adição de 5% em peso de "diatomite" em relação "dosagem"

de cimento adoptado.

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho de reboco em paredes

interiores mencionam-se, como merecendo referência especial, as seguintes:

os encasques, quando necessários, serão realizados com a argamassa usada

no assentamento das alvenarias;

o emboço e o reboco serão executados em argamassa de cimento e areia ao

traço 1:4;

o emboço e o reboco terão uma espessura adequada para que todos os

paramentos fiquem lisos e desempenados, com espessura nunca inferior a 2

cm;

o reboco deverá ficar perfeitamente plano e regularizado, sem asperezas de

modo a que possa receber, querendo-se, apenas caiação ou pintura como

acabamento final;

as alhetas de remate serão executadas da forma indicada nos desenhos ou

como indicado pelo Dono da Obra.

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Qualquer que seja o produto ou processo empregue este será sempre submetido à

aprovação da fiscalização.

7.2.2. REVESTIMENTOS CERÂMICOS Fornecimento e assentamento de lambris de azulejos de dimensão 0,15x0,15 de cor

branca, nas instalações sanitárias até 2.10m com alheta superior.

O assentamento dos azulejos deverá ser feito com guias de modo a poder garantir o

alinhamento da sua colocação.

Os azulejos, depois de bem molhados, serão assentes de modo a ficarem bem

ligados à parede por meio de argamassa e por forma a apresentarem uma superfície

bastante lisa. As suas juntas deverão ficar bem desempenadas e a sua largura não

poderá ultrapassar 1mm.

Como se trata de lambris, o assentamento deverá ser feito por forma a que o

parâmetro superior da parede ressalte 0,05m em relação ao paramento do azulejo.

Concluído o assentamento, as juntas dos azulejos serão refechadas com cimento

branco e os revestimentos serão cuidadosamente limpos.

Os ângulos reentrantes e salientes das paredes a revestir levarão, salvo

especificações em contrário, azulejos de meia cana, côncavos ou convexos.

No caso da largura do pano ou do lambrim não corresponder a um número certo de

azulejos, os cortes serão feitos de um único lado, escolhendo-se, quando possível, o

lado mais escondido.

7.3. TRABALHOS ACESSÓRIOS

Além do que consta das alíneas anteriores, será para executar pelo empreiteiro tudo

o mais que, embora não descrito por simples omissão, seja desta especialidade e se

torne indispensável para o perfeito acabamento da obra.

8. REVESTIMENTO DE TETOS E TETOS FALSOS 8.1. ASPETOS GERAIS Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projeto relativos a

revestimentos de tectos, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais

com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos.

8.2. TETOS FALSOS CONTÍNUOS SUSPENSO Serão colocados tetos falsos em gesso cartonado de 13mm de espessura, no

segundo piso. A estrutura de apoio será metálica e será suspensa por tirantes

também metálicos. A fixação dos tirantes à laje deverá garantir uma perfeita

amarração e estes serem em número suficiente para garantir a indeformabilidade da

superfície do teto, devendo o processo a utilizar ser aprovado pela fiscalização. A

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execução do engradado deverá ser convenientemente estudada para não colidir

com os elementos de iluminação a aplicar. A colocação dos painéis apenas será feita

após a finalização de todas as especialidades que usam o espaço técnico falso. O

teto depois de executado constituirá uma superfície contínua, sem fissuras, ressaltos

bruscos, concavidades ou convexidades acentuadas, não se notando as zonas de

refechamento das juntas. Em termos de acabamentos, a superfície deve estar pronta

para pintar, sendo necessário passar pelo menos duas demão de massa apropriada

nas uniões e parafusos de fixação dos painéis. Inclui colocação de alheta oculta na

união parede / teto. Em zonas húmidas, como as instalações sanitárias, o gesso

cartonado a utilizar será hidrofugo.

A montagem, o modo de execução e o tratamento das juntas deverá satisfazer as

indicações do fabricante.

Estes trabalhos deverão ser coordenados com os trabalhos de isolamento de tetos,

conforme desenhos de pormenor.

8.3.TETOS FALSOS CONTÍNUOS DIRETOS Serão colocados tetos falsos em gesso cartonado de 13mm de espessura com

ancoragens directas, cuja estrutura portante é fixada directamente à laje. O suporte

deve-se encontrar correctamente nivelado e sem irregularidades. (inferiores a 10 mm

no plano do suporte) de forma a não dificultar o nivelamento dos perfis que

compõem a estrutura portante. As fixações ao suporte não deverão distar mais de

600 mm entre si. As fixações em cada perfil ómega devem ser duplas (nas duas

abas) e desfasadas. O teto depois de executado constituirá uma superfície contínua,

sem fissuras, ressaltos bruscos, concavidades ou convexidades acentuadas, não se

notando as zonas de refechamento das juntas. Em termos de acabamentos, a

superfície deve estar pronta para pintar, sendo necessário passar pelo menos duas

demão de massa apropriada nas uniões e parafusos de fixação dos painéis. Inclui

colocação de alheta oculta na união parede / teto. Em zonas húmidas, como as

instalações sanitárias, o gesso cartonado a utilizar será hidrofugo.

A montagem, o modo de execução e o tratamento das juntas deverá satisfazer as

indicações do fabricante.

Estes trabalhos deverão ser coordenados com os trabalhos de isolamento de tetos,

conforme desenhos de pormenor.

8.4. TETOS REVESTIDOS A REBOCO Execução de reboco à base de gesso e cal do tipo FASSA BORTOLO ZF 12.

Antes de se proceder à aplicação do reboco, o suporte deve estar limpo de poeiras,

sujidade, eflorescências salinas, etc. Eventuais vestígios de óleos, gorduras, ceras,

etc. devem ser removidas previamente. Aplica-se numa única camada até

espessuras de 20-30 mm até obter uma superfície plana. Depois do endurecimento

(aprox. 2 horas) o material deve ser nivelado. Inclui-se a realização de alheta de

remate com as paredes. Este trabalho deverá seguir as indicações do fabricante.

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8.5. TRABALHOS ACESSÓRIOS

Além do que consta das alíneas anteriores, será para executar pelo tudo o mais que,

embora não descrito por simples omissão, seja desta especialidade e se torne

indispensável para o perfeito acabamento da obra

9. REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS, RODAPÉS E DEGRAUS 9.1. ASPECTOS GERAIS Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projeto relativos a

revestimentos de pavimentos, rodapés e degraus, incluindo o fornecimento e

aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos

e cadernos de encargos.

9.2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS Antes dos acabamentos finais todas as superfícies a revestir deverão ser

regularizadas com argamassa de cimento e areia devidamente cirandada, ao traço

1:3, com a espessura necessária de acordo com o material de revestimento previsto,

bem sarrafada á régua e regularizada à talocha, podendo ou não ser acabada á

colher. Betonilha de regularização executada em betão leve. O acabamento e

rugosidade da superfície será de acordo com o tipo de material de revestimento a

aplicar e indicado pelo fabricante.

Os pavimentos a revestir a ladrilhos cerâmicos depois de acabados terão de

observar as tolerâncias máximas seguintes:

- Nivelamento: 5mm com a régua de 2.0m; afastamentos frequentes 2mm;

- Entre peças: 1,5 e 3mm

- Juntas: junta mínima (entre 1,5 e 3 mm)

9.3. PAVIMENTO EM ELEMENTOS CERÂMICOs 60X60CM Fornecimento e assentamento de ladrilho 60x60cm, retificado, em grés cerâmico

assentes, colocado sobre suporte de pavimento através de cimento cola, de

utilização exclusiva para interiores. Amassar o cimento cola com 6 a 6,5 litros de

água limpa por saco de 25 kg, com misturador elétrico lento (500 rpm), até obter

uma massa homogénea. Estender o produto sobre o suporte em panos pequenos e

regularizar a espessura com uma talocha denteada. Se necessário, efetuar colagem

dupla das peças. Colocar as peças e pressioná-las até conseguir o nivelamento dos

sulcos. Comprovar periodicamente a pegajosidade da cola, levantando a peça

previamente colada.

Para betumação das juntas entre peças utilizar argamassa tipo WEBER.COLOR

ART, ou equivalente, com a mesma tonalidade das peças. A espessura máxima das

juntas deverá ser entre 1,5 e 3 mm. Amassar de preferência com um misturador

elétrico lento e dentro do balde (1 l de água por saco de 5 kg). Aplicar o produto na

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diagonal em relação às juntas, com a ajuda de uma talocha adequada. Preencher

completamente as juntas. Limpar o excedente da argamassa com a talocha

9.4. RODAPÈS EM ELEMENTOS CERÂMICOs 60X10CM Fornecimento e assentamento de rodapé cerâmico de 60x10cm retificado, assente

com cimento cola de utilização exclusiva para interiores tipo WEBER.COL FERMA,

ou equivalente e enchimento das juntas com argamassa tipo WEBER.COLOR ART,

ou equivalente com a mesma tonalidade das peças.

Antes da sua aplicação deve ser verificado que o pavimento se encontra colocado.

Após ser colocado deve ficar plano e perfeitamente aderido ao paramento.

9.5. DEGRAUS Fornecimento e colocação de revestimento de degraus com elementos cerêmicos da

mesma serie do pavimento. Escada com 17 degraus de 110 cm de largura, com

peças de grés porcelânico, natural retificado, com rodapé de escada, tudo assente

com cimento cola de utilização exclusiva para interiores tipo WEBER.COL FERMA,

ou equivalente e enchimento das juntas com argamassa tipo WEBER.COLOR ART,

ou equivalente com a mesma tonalidade das peças

O rodapé será colocado sobre degraus previamente executados.

9.6. TRABALHOS ACESSÓRIOS

Além do que consta das alíneas anteriores, será para executar pelo tudo o mais que,

embora não descrito por simples omissão, seja desta especialidade e se torne

indispensável para o perfeito acabamento da obra

10. IMPERMEABILIZAÇÕES E ISOLAMENTOS 10.1. ASPETOS GERAIS Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projeto relativos a impermeabilizações e isolamentos, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos. 10.2. IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO DA LAJE DE COBERTURA Todas a superfície a impermeabilizar deverão apresentar-se devidamente

regularizada, com ângulos boleados, sem rugosidade e isenta de gorduras e

partículas soltas. O sistema de impermeabilização será feito com a aplicação de

membranas impermeabilizantes duplas do tipo “ESTERDAN 30P + 40P”,

elastomeras da “DANOSA” ou equivalentes. Na dobra dos paramentos verticais, o

acabamento da manta impermeabilizante deverá ser mineralizado. Reregar-se-á

previamente a superfície com asfalto e sobre esta será colada a quente a primeira

camada de tela. Far-se-á segunda rega asfáltica, sobre a qual será colada, também

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a quente, uma nova tela betuminosa. A execução do isolamento térmico será feito

com placas rígidas de espuma de poliestireno extrudido do tipo “DANOPREN XPS

TR”, ou equivalente, com 6cm de espessura com rebordo emalhetado para

sobreposição lateral, pousadas sobre manta geotextil de 125 g/m2. O acabamento

final de proteção pesada será feito com brita 20/30 numa espessura aproximada de

80mm, sobre manta geotextil de 125 g/m2.

IMPERMEABILIZAÇÃO DE MUROS DE SUPORTE A fim de evitar a acção capilar da humidade do solo, serão as superfícies da

construção em contacto com o solo, isolados por meio de hidrófugo de eficácia

comprovada. Os materiais a empregar na sua execução devem ter uma acção

durável, não susceptíveis de fissurarem e impedindo a elevação da humidade acima

desta camada hidrófuga. Salvo indicação em contrário do Projecto, a camada

hidrófuga será constituída por feltro asfáltico, em folha dupla, apanhando o

encabeçamento da fundação das paredes e dobrando, pelo menos, 10 cm. As duas

folhas serão ligadas por uma camada de betume, aplicada a quente, que será

polvilhada de areia fina.

A drenagem dos muros de suporte será feita com utilização de tubos “GEODRENO”

com 110 mm de diâmetro, incluindo brita envolvida com manta “GEOTEXTIL”,

caixas de visita e coletores em PVC até a caixa pluvial mais próxima.

10.2. IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO DO PAVIMENTO TÉRREO Serão impermeabilizados com revestimento hidrófugo todos os pavimentos térreos.

A manta de impermeabilização dobrará, nas concordâncias com as paredes, em pelo

menos 25 cm. A argamassa hidrófuga será apertada à colher bem queimada, com a

espessura mínima de 1 cm, sendo depois chapiscada para conferir aderência aos

revestimentos seguintes. 06. Na composição de argamassa aplicar-se-á hidrófugo

líquido de 1ª qualidade, de marca e qualidade comprovada e na percentagem a

indicar pela firma fornecedora. 07. A argamassa de cimento e areia será ao traço de

1:2, em volume.

11. CARPINTARIAS 11.1. ASPECTOS GERAIS Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projeto relativos às

carpintarias de armários, e aplicação de portas prontas, incluindo o fornecimento e

aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, nomeadamente as

ferragens e dispositivos de manobra necessários para o seu perfeito funcionamento,

conforme desenhos, cadernos de encargos, e indicações dos fabricantes.

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11.2. ARMÁRIOS Todos os armários serão executados em MDF e terão acabamento lacado, serão

construídos segundo os preceitos técnicos e as indicações fornecidas no Projeto de

Arquitetura.

As madeiras serão bem aparelhadas, sem bornes, não sendo permitidas quaisquer

emendas que prejudiquem o comportamento das peças ou o seu aspecto. As

samblagens das diversas peças componentes das esquadrias, couceiras e ginásios,

deverão ficar absolutamente justas em relação ás respigas e furos, quer estas

vazem totalmente as couceiras, quer não. Em ambos os casos as respigas deverão

ser colocadas com colas á base de resinas, bem como as cunhas de reforço a

colocar em conjunto com as mencionadas respigas. Os aglomerados de madeira a

empregar, serão sempre folheados e orlados. Deverá ser dada a máxima atenção ás

folgas de assentamento, pelo que as frinchas de contorno deverão, tanto quanto

possível, ser reduzidas ao mínimo. Antes (faces de encosto) e logo após o

assentamento deve ser aplicada uma demão de tapa poros, de modo a evitar a

penetração de sujidade nos seus poros. Na fixação de alizares, aros e

guarnecimentos para ficar á vista, serão tomadas disposições para evitar que fiquem

á vista as cabeças dos pregos ou parafusos de fixação. As ferragens a aplicar serão

em inox conforme o indicado no mapa de acabamentos.

As dimensões devem ser confirmadas no local por forma a atingir-se o bom

funcionamento pretendido;

Serão rejeitados e mandados substituir os móveis que apresentarem defeitos de

construção ou forem feitos com madeira de má qualidade;

Durante o prazo de garantia, o Empreiteiro é obrigado a executar todos os trabalhos

necessários para as partes amovíveis (portas, prateleiras) dos móveis funcionem

perfeitamente, bem como a reparar todas as juntas que abrirem, substituindo por

outros elementos, se tanto se julgar necessário, sendo também da conta do

Empreiteiro o novo assentamento, em virtude de tais reparações;

11.3. PORTAS PRONTAS As portas interiores e aros serão do tipo PORTARO da VICAIMA ou equivalente,

lacadas a branco, com dimensões conforme o indicado no Mapa de Vãos do Projeto

de Arquitetura, e serão construídas de acordo com indicações do fabricante.

11.4. TRABALHOS ACESSÓRIOS

Além do que consta das alíneas anteriores, será para executar pelo tudo o mais que,

embora não descrito por simples omissão, seja desta especialidade e se torne

indispensável para o perfeito acabamento da obra

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12. ALUMÍNIOS

12.2

12.1. ASPECTOS GERAIS

Fornecimento e montagem de portas e caixilharias de alumínio lacado de acordo

com o especificado no Mapa de Vãos do Projeto de Arquitetura, incluindo vidros,

ferragens, fechaduras e todos os trabalhos e fornecimentos necessários a um

perfeito acabamento. Os perfis caixilharia deverão estar preparados para receberem

vidros duplos (4+16+4 ). 12.2. QUALIDADE DOS TRABALHOS

a) Todo o material de alumínio a empregar será de primeira qualidade,

completamente isento de defeitos.

b) Os perfis de alumínio não poderão ter uma espessura inferior a 2mm, e a sua

c) composição será pelo menos a correspondente à liga (Al + Mg + Si), nas

seguintes proporções: Mg = 0,4 a 0,8% / Si = 0,35 a 7% / Al = restantes

Conforme a norma DIN 1725, sendo a sua dureza superior à "F22".

12.3. ASSENTAMENTO E FIXAÇÕES

a) Todas as vedações de encontro às ombreiras, peitoris e padieiras, serão

realizadas com produto apropriado a aprovar pela Fiscalização.

b) A fixação dos vidros deverá ser feita de preferência com perfis apropriados de

borracha, independentes ou não de bites, que mantenham as características

elásticas pelo menos por 5 anos e garanta uma boa vedação.

c) O sistema de fixação deverá envolver pelos dois lados os bordos de fixação dos

vidros.

d) Os caixilhos móveis das janelas e portas de alumínio lacado levarão em todo o

perímetro, tiras de feltro, com o fim de vedar a entrada do ar e amortecer as

pancadas ou outro material indicado pelo fornecedor e aceite pela fiscalização.

13. VIDROS 13.1. ASPECTOS GERAIS

Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projeto relativos a

colocação de vidros, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com

todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos.

13.2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS

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Tolerâncias máximas:

- Dimensionais - +0 e -2 mm ou +0 e -3 mm

- Planimétricas - 2% ou 3%

- Dureza -6 e 7 da escala de MOHS

- Coeficiente de transmissão térmica -4,9 Kcal/m2.h.ºC

Resistência aos choques térmicos:

- Vidros sem entalhes ou furações - diferencial de temperatura = 300ºC

- Vidros com entalhes ou furações - diferencial de temperatura = 240ºC

13.3. QUALIDADE DOS TRABALHOS

a) Utilizar-se-ão vidros duplos, completos, com todos os materiais e trabalhos

inerentes.

b) A fixação dos vidros deverá ser feita de preferência com perfis apropriados de

borracha, independentes ou não de bites, que mantenha as características

elásticas pelo menos por 5 anos e garanta uma boa vedação.

c) O sistema de fixação deverá envolver pelos dois lados os bordos de fixação

dos vidros.

d) Não é permitida a aplicação de vidros fendidos riscados, imperfeitamente

cortados, com medidas insuficientes ou qualquer outro defeito.

e) O empreiteiro terá de substituir, à sua custa, todos os vidros que, até ao fim

da construção, venham a sofrer dano.

f) O assentamento será executado de acordo com os pormenores das

caixilharias escolhidas e com as folgas necessárias para evitar que estalem. 13.4. ESPELHOS

Fornecimento e aplicação Espelhos para casas de banho, completos, com todos os

materiais e trabalhos inerentes. Tratam-se de espelhos em meio cristal de 6mm,

colocados directamente à parede, rematado com mastike. O plano dos espelhos

deve coincidir com o dos revestimentos das paredes.

14. PINTURAS

14.1. ASPECTOS GERAIS

a) Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projeto relativos a pinturas, envernizamentos, enceramentos e outros acabamentos de película fina, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos.

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b) As pinturas e envernizamentos, ou outros acabamentos finais não referidos nos trabalhos deste capítulo, fazem parte da empreitada, tendo sido incluídos com as respetivas carpintarias, serralharias, alumínios, revestimentos de madeira, etc.

c) O Empreiteiro deverá tomar as precauções necessárias para assegurar a proteção das superfícies que possam ser atacadas, manchadas ou alteradas pela realização dos acabamentos. O Empreiteiro deve submeter à aprovação da Fiscalização, no período de preparação da execução da obra, as medidas que pretende adotar para atingir este objetivo tal como as técnicas de execução das pinturas e outras.

d) As tintas, pigmentos, betumes, vernizes, etc., devem dar entrada na Obra em embalagens de origem, seladas, e só poderão ser abertas quando da sua utilização e com conhecimento da Fiscalização. O Empreiteiro deve submeter à aprovação da Fiscalização a marca das tintas que pretende utilizar, devendo apresentar toda a documentação técnica que prove e garanta as respetivas características.

14.2. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

14.2.1. Condições Comuns

a) O Empreiteiro, com base nos esquemas de pintura definidos neste capítulo, deverá submeter à aprovação da Fiscalização todos os esquemas específicos desta Obra, onde conste o tipo de preparação da base, a referência e características técnicas dos produtos, o número de demãos, tempos de secagem, etc. Os produtos a aplicar devem estar homologados.

As subcapas e produtos de tratamento serão sempre compatíveis com os acabamentos, devendo ser os recomendados pelos fabricantes das tintas.

b) As bases de aplicação devem ser cuidadosamente limpas de poeiras, substâncias gordurosas, manchas e de todos os resíduos resultantes da realização de trabalhos anteriores.

c) O teor de humidade e o acabamento das bases, e as condições de temperatura e higrométricas do meio ambiente devem satisfazer as prescrições de aplicação do fabricante, uma vez aprovadas pela Fiscalização.

d) As deficiências da base de aplicação, fissuras, cavidades, irregularidades, e outras, devem ser reparadas quer com o mesmo material do revestimento quer com produtos de isolamento e de barramento adequados às pinturas a aplicar. O Empreiteiro, antes do início destes trabalhos deve, obrigatoriamente, submeter à aprovação da Fiscalização as soluções que pretende executar.

e) Antes de iniciar a execução de acabamentos, o Empreiteiro deve proceder à verificação do estado das superfícies a acabar, e propor à Fiscalização a solução de

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qualquer problema que eventualmente dificulte a obtenção de uma boa qualidade na sua execução (humidade, alcalinidade ou qualquer outra particularidade).

f) As demãos terão tonalidades ligeiramente diferentes que, em regra, vão de menos claro ao mais claro. O Empreiteiro deve preparar, de acordo com as indicações da Fiscalização, as amostras necessárias para fixação das tonalidades e texturas definitivas das superfícies aparentes.

g) As superfícies acabadas devem apresentar uma coloração uniforme e regular. A correcção das deficiências das superfícies pintadas - bolhas, manchas, fissuras e outras - só será iniciada depois do Empreiteiro ter apresentado à aprovação da Fiscalização as medidas necessárias à sua eliminação. Em princípio as correcções de deficiências em zonas localizadas obriga a repintura de toda a superfície.

h)As operações de pintura e envernizamentos devem ser realizadas em compartimentos previamente limpos de todas as poeiras, e ao abrigo de correntes de ar.

14.3. PINTURAS SOBRE REVESTIMENTOS ALCALINOS

a) As argamassas, betões e estuques a pintar devem, em regra, ter sido concluídas trinta dias antes do início das pinturas, devendo ser previamente preparadas com uma demão de primário anti-alcalino, o qual, em locais húmidos como cozinhas e casas de banho, deverá ser também anti-fungos.

b) Sempre que o prazo seja inferior a trinta dias deverá o Empreiteiro aplicar uma demão de primário anti-alcalino adequado ao tempo de execução dos suportes.

c) Quando as superfícies se apresentarem porosas deve ser aplicado um primário adequado, bastante penetrante e aglutinante.

d) Nas superfícies de pavimentos que se apresentem revestidas com "leitada de cimento", esta camada deve ser retirada por decapagem por jacto abrasivo ou por ataque com solução ácida adequada.

e) Havendo necessidade de recorrer à aplicação de massas de barramento a fim de se obterem as tolerâncias dimensionais especificadas, o Empreiteiro deve submetê--las a aprovação da Fiscalização.

f) As pinturas em paredes e tetos devem, em regra, ser realizadas antes do assentamento dos pavimentos.

g) Salvo indicação explícita em contrário nas especificações dos trabalhos, a execução da pintura deve obedecer ao seguinte esquema: Esquema de pintura: - 1 demão de primário - 2 demãos de acabamento Preparação das superfícies:

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Devem deixar-se curar todas as superfícies a pintar, reparando-se defeitos e fissuras superficiais. Devem remover-se todos os vestígios de gorduras, poeiras, fungos ou outros contaminantes. 14.4. PINTURAS SOBRE PAREDES 14.4.1. Pintura sobre reboco Nas pinturas sobre rebocos de cimento há que contar com a alta alcalinidade do cimento que não só produz, durante o endurecimento, quantidade apreciáveis de hidróxido de cálcio, mas contém óxidos alcalinos de sódio e potássio que misturados com a água dão soda e potassa cáustica de agressividade química poderosa. Há, portanto, que contar com os perigos apontados para o estuque e ainda com as ocorrências de saponificações. Devido à tendência de fendilhações das argamassas de cimento, recorre-se, a fim de manter a integridade do reboco, à adição de cal ao cimento, em proporções variáveis. No geral, devido à dificuldade de adesão das tintas às superfícies lisas de reboco de cimento, as superfícies a pintar devem ser de reboco areado ou roscone. Na preparação de superfície, a primeira operação consiste em libertar a parede de areias mal ligadas à massa, por escovagem com escova rija ou um taco de madeira. Depois da escovagem, desengordura-se por meio de uma lavagem com água e detergente, seguida de nova lavagem com água simples. Deve-se deixar secar a superfície durante dois ou três dias, a fim de reduzir o perigo de saponificação. Nas reparações necessárias de efectuar, os remendos serão de composição idêntica à massa originalmente empregue. As fendas serão alargadas antes de se proceder à sua preparação. Segue-se o isolamento da superfície com o emprego de primários anti-alcalinos. 14.4.2. Pintura a tinta plástica em paredes e tectos exteriores (três demãos). - 1 demão de isolamento Ref.020-040 da Robbialac. - 2 demãos de Robbiflex ou mais se necessário até ficar perfeitamente branco. 14.4.3. Pintura a tinta em paredes e tectos interiores com três demãos ou mais se necessário até ficar perfeitamente branco. 14.4.4. Pintura a tinta de água com tratamento anti-fungos sobre paredes e tectos interiores das instalações sanitárias e cozinhas, com todos os materiais e trabalhos inerentes.

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14.5. PINTURAS SOBRE FERRO Os elementos em ferro serão metalizados/ galvanizados a zinco, em oficina, antes de levarem o acabamento final. Depois da superfície limpa, esta é submetida a um pré-tratamento com objectivo de melhorar a adesão do primário, através da aplicação de condicionador. Poderá ser aplicado à trincha ou à pistola, em camada delgada, segundo as indicações do fornecedor. Dá-se depois uma demão de primário anticorrosivo, cuja aplicação será feita à trincha. O primário deve ser aplicado em duas demãos e demão adicional nos pontos críticos como ângulos vivos.Será aplicado o esmalte indicado no Projecto. 14.6. PINTURAS SOBRE GESSO CARTONADO Em painéis de gesso cartonado, depois de devidamente colmatados, e betumados e barrados, serão aplicadas pinturas dos tipos previstos em Projecto, com um mínimo de duas demãos. 15. REDE DE ÁGUAS A descrição dos trabalhos e das condições técnicas não é exaustiva, cabendo

sempre ao Adjudicatário a responsabilidade de executar todos os pormenores e

tarefas preparatórios ou acessórios correntes necessários ao completo e eficaz

funcionamento das redes.

Além do que é especificado para cada artigo, são ainda aplicáveis a toda a obra as

seguintes condições e exigências gerais (cujo custo deve ser considerado na

composição dos preços, da lista de preços unitários) :

15.1- ENSAIOS E EXPERIÊNCIAS

Depois de montada toda a tubagem e acessórios respetivos, as redes de água fria e

de água quente deverão ser submetidas a ensaios hidráulicos comprovativos da sua

resistência e estanquidade.

As instalações serão submetidas durante 24 h a um ensaio de pressão hidráulica

igual a uma vez e meia a pressão máxima a que possam estar submetidas, num

mínimo de 10 Kg/cm2, sem que se verifique qualquer queda de pressão, devendo,

durante este ensaio, todos os órgãos de ligação manter-se destapados.

Na rede de água quente será feita uma circulação com água à temperatura de 50/60

°C, com a duração de 72 horas.

Para a realização de tal operação o Adjudicatário instalará, se necessário, uma

caldeira, uma eletrobomba e demais equipamentos, por forma a garantir as

condições de circulação e temperatura acima referidas.

Concluídos todos os trabalhos de montagem de equipamentos, e em data a definir

pela Fiscalização, colocar-se-ão em funcionamento durante seis dias, as redes de

águas quentes e frias, para se verificar o comportamento de toda a instalação.

Na realização dos ensaios serão tomadas todas as medidas preventivas para que

qualquer acidente que ocorra na canalização ou equipamento não venha deteriorar

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os restantes trabalhos em curso.

15.2- TRAÇADOS DEFINITIVOS E ESQUEMAS

Findas as montagens compete ao Adjudicatário entregar à Fiscalização e ao Dono

da Obra plantas atualizadas em papel, com os traçados definitivos de todas as

instalações efetuadas, além de quatro cópias em papel, o empreiteiro deverá

entregar o mesmo número de CD´s com as peças desenhadas em dwg, editável.

Independentemente deverá executar e afixar em local a definir pela Fiscalização da

Obra, painéis esquemáticos onde as diferentes tubagens serão identificadas pelas

suas cores e todos os circuitos terão uma numeração adequada.

15.3 - GARANTIAS E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O Adjudicatário obriga-se, durante o prazo de garantia, a reparar, afinar ou substituir

quaisquer tubos, peças ou órgãos nos quais se reconheçam defeitos de construção

ou de montagem.

Por outro lado o Adjudicatário compromete-se a prestar gratuitamente toda a

assistência técnica julgada conveniente, bem como a fazer, também gratuitamente,

durante o mesmo prazo a conservação de todas as instalações, devendo atender

prontamente a toda e qualquer reclamação de mau funcionamento.

Durante o período de garantia, pelo menos de três em três meses, deverá o

Adjudicatário efetuar, através de pessoal especializado, inspeções, afinações e

reparações a todas as instalações executadas e, apresentar relatório em duplicado

do seu resultado, na sede do Adjudicante ou seu representante.

A receção definitiva só terá lugar depois do Adjudicatário ter entregue a totalidade

dos relatórios correspondentes ao período de garantia das instalações.

15.4 - APROVAÇÃO DOS MATERIAIS

Todos os materiais sujeitos a homologação deverão ser apresentados com os

respetivos Documentos de Homologação emitidos pelo LNEC ou entidade

acreditada.

15.5 - CASOS OMISSOS

No que este Caderno de Encargos for omisso, observar-se-ão as regras de boa

técnica, assim como as respetivas disposições regulamentares em vigor. Nessas

situações, o Adjudicatário sujeitará sempre as suas opções à aprovação da

Fiscalização.

15.6 - REDE GERAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (consumo doméstico)

15.6.1 - Assentamento de canalizações (trabalhos acessórios)

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Abertura e tapamento de roços

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Abertura e tapamento de todos os roços necessários à canalização e respetivos

acessórios;

b) Reposição de massames, betonilhas, mosaicos, azulejos, mármores, madeiras

etc., que tenham de se levantar e repor, salvo quando esteja previsto, em artigo

distinto deste, a substituição total do revestimento durante os trabalhos de

recuperação;

c) O controle e posterior recuperação das alterações da coesão da parede (fissuras

e desagregação) nas proximidades dos roços, originadas pela execução destes.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) O Adjudicatário procederá à marcação dos traçados da tubagem de acordo com o

Projeto e com as indicações da Fiscalização, assinalando convenientemente os

locais dos eixos das tubagens.

b) Seguidamente a Fiscalização apreciará os traçados feitos, que poderá aprovar ou

não, mandando então proceder às necessárias rectificações;

c) Depois da marcação dos traçados estar aprovada o Adjudicatário poderá dar

inicio à abertura dos roços, furos, etc.;

d) O tapamento dos roços, furos, etc., só poderá ser feito depois de verificados os

diâmetros de toda a tubagem;

e) É expressamente vedada a mutilação, roço ou furação de elementos estruturais

da construção, nomeadamente, vigas, pilares, paredes de betão armado, vigas de

madeira, perfis metálicos ou outros;

f) Os roços em paredes resistentes de alvenaria de pedra serão regulares, com a

profundidade mínima necessária para a instalação das tubagens e posterior

revestimento;

g) A abertura dos roços poderá ser executada por meios mecânicos que deverão

ser de fraca potência e não induzir vibrações acentuadas na parede;

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h) Os roços não verticais, a executar em paredes de alvenaria resistente terão que

ser previamente aprovados pela Fiscalização, ouvido o Projetista de estabilidade.

Em caso de aprovação devem ser tomadas todas as medidas para minimizar a

redução da resistência estrutural das paredes;

i) a abertura dos roços terá dimensões compatíveis com a posterior reposição dos

revestimentos (rebocos, etc) em espessuras que não sejam suscetíveis de

fissuração, nomeadamente sobre tubagens de água quente.

Abertura e tapamento de valas

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Escavação das valas para assentamento das tubagens.

b) Tapamento das valas após o assentamento, verificação e ensaio das tubagens;

c) Remoção dos produtos sobrantes a vazadouro;

d) Fornecimento e colocação de eventuais terras de empréstimo para tapamento

das valas quando os produtos de escavação forem inadequados a esta função por

insalubridade ou dificuldade de compactação;

e) Reposição de eventuais revestimentos dos pisos, quando não for prevista a sua

substituição global em artigo distinto deste.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Depois dos respetivos traçados serem aprovados pela Fiscalização, serão

abertas no pavimento as valas onde assentarão as tubagens;

b) As escavações para abertura das valas serão executadas até às cotas

necessárias de modo a poder fazer-se o assentamento das canalizações de acordo

com o projeto e segundo as determinações da Fiscalização da Obra;

c) O modo de atacar as escavações e de remover os produtos dessas escavações

será do arbítrio do Adjudicatário, que executará à sua conta os eventuais trabalhos

de enxugo das valas durante a sua abertura e assentamento das canalizações;

d) O aterro das valas será executado por camadas de 0,20 m de espessura, com

solo selecionado, devidamente compactadas com maços de cunha, de forma a

acompanhar todo o perímetro exterior da conduta e cobrir esta numa espessura de

0,20 m, contada a partir da geratriz superior do extradorso. O aterro da parte

superior das valas será feito por camadas de espessura não superior a 0,30 m,

devidamente compactadas com maços mecânicos. Para além de 0,80 m acima do

extradorso da conduta, a trincheira será cheia com produtos da vala, por camadas

não superiores a 0,30 m de espessura, e será compactada com pilões de peso não

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superior a 15 Kg ou por meio mecânico equivalente. As últimas camadas serão

suficientemente compactadas manual ou mecanicamente;

e) O armazenamento temporário de produtos de escavação só será permitido

quando estes se destinarem ao posterior tapamento da vala e mediante proteção

com lona ou plástico que evite a produção de poeiras.

Tubagem em PVC rígido

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Fornecimento e assentamento da tubagem de PVC RÍGIDO da classe de

resistência de 10 Kg/cm2 na rede de água fria, nos troços indicados no projeto;

b) Fornecimento e aplicação de curvas, derivações, reduções, terminais, tampas e

demais acessórios necessários para a obtenção dos traçados e à execução de

todas as ligações previstas no projeto, nomeadamente ao contador e aos ramais de

abastecimento do serviço de incêndios;

c) Execução das juntas de dilatação previstas no projeto;

d) Fornecimento e colocação de todos os acessórios de assentamento e fixação

(braçadeiras, escápulas, etc) eventualmente necessários;

e) A realização das verificações e ensaios previstos no presente caderno de

encargos. Todos os ensaios que sejam necessários para comprovar a qualidade dos

materiais ou do funcionamento da própria rede, serão de conta do Adjudicatário.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) A tubagem de PVC rígido deve ser da classe 10, nas redes de abastecimento de

água.

b) Os órgãos de ligação, quando em PVC, terão espessura de parede igual ou

superior à do respetivo tubo.

c) Estes órgãos de ligação poderão ser de marca distinta da da tubagem desde que

sejam igualmente homologados pelo LNEC.

d) A escolha de tubos e acessórios será sempre sujeita à prévia aprovação da

Fiscalização.

e) É absolutamente interdita a dobragem dos tubos quer a quente, quer a frio. Todas

as curvas deverão ser obtidas pela aplicação de acessórios adequados;

f) Na montagem ou colagem não poderão ser utilizados, lubrificantes, solventes,

colas ou quaisquer outros produtos que prejudiquem as características químicas ou

físicas do PVC.

g) As tubagens só poderão ser tapadas ou revestidas depois de concluídos todos os

ensaios previstos e a Fiscalização ter considerado satisfatórios os seus resultados.

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h) Antes do início dos trabalhos, o Adjudicatário deve confirmar junto da Fiscalização

quais as tubagens à vista, embebidas, enterradas e em caleira técnica de acordo

com a informação do projeto (nomeadamente a Memória Descritiva). Serão da

inteira responsabilidade do Adjudicatário os erros que decorram da não realização

da confirmação referida.

15.6.2 - Tubagem em AÇO INOX

Tubagem de água fria

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Fornecimento e assentamento da tubagem de aço inox para a rede de

abastecimento de água nos diâmetros e traçados indicados no projeto;

b) Fornecimento e aplicação de curvas, derivações, reduções, terminais, tampas e

demais acessórios necessários para a obtenção dos traçados e à execução das

ligações aos dispositivos de consumo e às diversas válvulas e equipamentos;

c) Execução das juntas de dilatação previstas no projeto;

d) Fornecimento e colocação de todos os acessórios de assentamento e fixação

(braçadeiras, escápulas, etc) destinados ao suporte das canalizações quando

circulam em caleira técnica ou à vista;

e) A realização das verificações e ensaios previstos no presente caderno de

encargos. Todos os ensaios que sejam necessários para comprovar a qualidade dos

materiais ou do funcionamento da própria rede, serão de conta do Adjudicatário.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) A tubagem de aço inox, respeitando, no mínimo o nível de qualidade definido pela

norma AISI-304 e, apesar de ser utilizada para pressões não superiores a 6 kgf/cm2

deverá ter características de fabrico para permitir uma pressão mínima de trabalho

de 50 kgf/cm2;

b) Os órgãos de ligação serão de compressão com anel de esmagamento,

devidamente homologados e com reconhecida compatibilidade com as tubagens de

aço inox;

c) As ligações por soldadura não serão permitidas, excepto por acordo escrito entre

o Adjudicatário e o Dono da Obra, assumindo o primeiro a garantia das instalações

por um prazo de 5 anos; a eventual soldadura obrigará à utilização de acessórios

adequados, soldadura capilar com liga de estanho/prata aprovada pelo fabricante

dos tubos e acessórios e a um rigoroso controlo da qualidade de execução;

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d) Na utilização de acessórios de compressão serão substituídos os anéis de

compressão sempre que, durante a execução da obra, as operações de aperta e

desaperto ponham em causa a sua integridade e consequente estanquidade da

ligação;

e) Antes da colocação dos acessórios de compressão deve ser garantida a limpeza

das superfícies, a esquadria do corte dos tubos e a inexistência de rebarbas;

f) Os acessórios de compressão devem ser aplicados segundo as indicações do

fabricante, garantindo, nomeadamente, que os tubos a ligar fazem batente no corpo

do acessório e que o número de voltas de aperto corresponde ao definido em

catálogo, de acordo com a normalização aplicável. O cumprimento destas regras

não iliba o adjudicatário da responsabilidade por eventual deficiência de

funcionamento das ligações;

h) As tubagens à vista ou em caleira técnica, serão fixadas aos paramentos por

escápulas ou braçadeiras do mesmo material da tubagem. As braçadeiras deverão

permitir a livre dilatação da tubagem, excepto nos pontos fixos, quando existirem;

i) As braçadeiras serão isoladas das respectivas canalizações, por juntas de

qualquer material adequado, nomeadamente juntas de borracha, evitando-se deste

modo a transmissão de ruídos às paredes da construção. As distâncias entre

braçadeiras ou quaisquer outros tipos de apoio variam com os respetivos diâmetros

mas não deverão ser superiores aos valores definidos no seguinte quadro:

Diâmetro exterior

(mm)

12 15 18 22 28 35 42 54

Distância máxima entre

apoios (mm)

1210 1320 1450 1560 1740 1950 2140 2360

Tubagem de água quente e isolamento térmico de tubagens

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) fornecimento e colocação de isolamento alveolar sintético em toda a tubagem de

água quente;

b) Fornecimento e colocação de colas, e outros produtos complementares para

fixação e remate dos isolamentos.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Nas tubagens à vista ou em caleira técnica o isolamento deverá ter 2 cm de

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espessura; a tubagem embebida nas paredes terá isolamento com 1 cm de

espessura;

b) O isolante das tubagens será tipo SH/ARMAFLEX (Armstrong) em coquilhas

flexíveis de espuma elastomérica de cor cinzenta, ou tipo TUBOLIT (Armstrong) em

coquilhas de polietileno, ou produto equivalente, a sujeitar à aprovação da

Fiscalização. Não serão admitidos materiais hidrófilos, putrescíveis, corrosivos ou

propícios ao desenvolvimento de micro-organisamos.

c) Devem ser integralmente respeitadas as indicações do fabricante na aplicação do

isolamento adotado;

d) Todos os produtos complementares a utilizar (colas, etc) serão compatíveis com o

isolamento e a tubagem.

Torneiras e válvulas de serviço

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço destes artigos todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

1.4 Fornecimento e montagem das seguintes válvulas:

1.4.1 - Válvula geral de corte (sem manípulo) - no início do ramal de introdução e

antes do contador para manobra exclusiva da entidade distribuidora;

1.4.2 - Válvulas de corte (esfera) - nas restantes situações indicadas no projeto (à

entrada das redes parciais, no seccionamento das instalações sanitárias, entrada e

saída do esquentador, etc.)

1.4.3 - Válvulas de retenção - nos locais indicados no projeto.

b) Todos os acessórios e trabalhos necessários à completa vedação e eficaz

funcionamento das válvulas.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) as torneiras e válvulas deverão ter as seguintes características:

- Válvulas de corte de cunha ou globo (com corpo, sede e obturador em

bronze e anilha de fibra) de acordo com a NP-45, com pistão fixo para

montagem em caixa metálica, com diâmetro igual ao da tubagem em que se

inserem.

- Válvulas de corte (esfera) - de corte rápido e vedação perfeita, com

diâmetro igual ao da tubagem em que se inserem.

- Válvulas de retenção - com o corpo sede e obturador em bronze e de tipo

adequado à atenuação de golpes de ariete.

b) O Adjudicatário deve apresentar declaração do representante do material

(torneiras e acessórios) quer seja nacional ou estrangeiro, prontificando-se a

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substituir, durante um periodo de 5 anos, todas as torneiras que o adjudicante

considere de funcionamento deficiente, substituição essa que deverá ser efetuada

no prazo máximo de um mês.

c) A montagem das válvulas e torneiras deverá ser feita de modo a que a sua

desmontagem, em caso de avaria, seja fácil.

d) Todas as válvulas a instalar no exterior localizar-se-ão em caixas metálicas

de pequena dimensão, com porta, a embutir nas paredes ou muros.

e) Todas as torneiras e válvulas devem respeitar a normalização portuguesa

em vigor.

15.6.3 Caixa metálica com porta para embutir (para contador, coletores e

válvulas)

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Abertura do nicho para inserir a caixa metálica, com remoção dos produtos da

demolição a vazadouro;

b) Fornecimento e instalação de caixa metálica de embutir na parede para alojar

contadores, coletores e/ou válvulas;

c) Fornecimento e instalação de todos os acessórios (porta, fecho, dobradiças, etc)

d) Pintura com duas de mãos de primário e acabamento a esmalte em cor a definir

pela Fiscalização.

e) Reparação e remate de paredes e revestimentos danificados para execução dos

trabalhos.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) As caixas terão porta e aro lisos em metal, devidamente protegidos contra a

corrosão e pintados;

b) As caixas terão a dimensão necessária para alojar os acessórios a que se

destinam e o seu modelo, cor e localização devem ser previamente sujeitos à

aprovação da Fiscalização que, por seu turno, consultará o Projetista.

c) As caixas terão a dimensão necessária para alojar os contadores, colectores ou

válvulas a que se destinam.

d) Na abertura dos nichos serão respeitadas as indicações do projeto de

estabilidade, realizando-se, se necessário pequeno lintel na face superior dos

mesmos.

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16 REDE DE ESGOTOS E ÁGUAS PLUVIAIS

A descrição dos trabalhos e das condições técnicas não é exaustiva, cabendo

sempre ao adjudicatário a responsabilidade de executar todos os pormenores e

tarefas preparatórios ou acessórios correntes necessários ao completo e eficaz

funcionamento das redes.

Além do que é especificado para cada artigo, são ainda aplicáveis a toda a obra as

seguintes condições e exigências gerais (cujo custo deve estar compreendido nos

artigos da lista de preços unitários).

16.1- VERIFICAÇÕES E ENSAIOS

Depois de montada toda a tubagem e acessórios respetivos, as redes de esgotos

deverão ser submetidas a ensaios hidráulicos comprovativos da sua resistência e

estanquidade, nomeadamente:

Verificação da existência ou não de corpos estranhos ou sobras de cimento no interior

das canalizações. Esta verificação deverá ser feita com o auxílio de escova.

Verificação da resistência à pressão da água, antes do tapamento das valas. Para

isso toda a rede será cheia de água á pressão máxima de 5 mca, colocando-se por

cima das caixas de visita sacos de areia ou outro qualquer material pesado.

Todas as juntas deverão resistir perfeitamente à pressão da água, devendo ser todas

elas examinadas cuidadosamente. As juntas que estiverem vazando deverão ser

assinaladas para serem refeitas, depois de esvaziada a canalização. Se esta situação

se verificar terá que repetir-se o ensaio até que todas as juntas deem garantia de

estanquidade.

Este ensaio hidráulico deverá ser feito para todas as canalizações, independente-

mente do material que as constitui.

16.2- TRAÇADOS DEFINITIVOS E ESQUEMAS

Findas as montagens compete ao Adjudicatário entregar à Fiscalização e ao Dono

da Obra plantas atualizadas em papel, com os traçados definitivos de todas as

instalações efetuadas, além de quatro cópias em papel, o empreiteiro deverá

entregar o mesmo número de CD´s com as peças desenhadas em dwg, editável.

Independentemente deverá executar e afixar em local a definir pela Fiscalização da

Obra, painéis esquemáticos onde as diferentes tubagens serão identificadas pelas

suas cores e todos os circuitos terão uma numeração adequada.

16.3- GARANTIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O adjudicatário obriga-se, durante o prazo de garantia, a reparar, afinar ou substituir

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quaisquer tubos, peças ou órgãos nos quais se reconheçam defeitos de construção

ou de montagem.

Por outro lado o Adjudicatário compromete-se a prestar gratuitamente toda a

assistência técnica julgada conveniente, bem como a fazer, também gratuitamente,

durante o mesmo prazo a conservação de todas as instalações, devendo atender

prontamente a toda e qualquer reclamação de mau funcionamento.

Durante o período de garantia, pelo menos de três em três meses, deverá o

Adjudicatário efetuar, através de pessoal especializado, inspeções, afinações e

reparações a todas as instalações executadas e, apresentar relatório em duplicado do

seu resultado, na sede do adjudicante ou seu representante.

A receção definitiva só terá lugar depois do adjudicatário ter entregue a totalidade dos

relatórios correspondentes ao período de garantia das instalações.

16.4- CASOS OMISSOS

No que este Caderno de Encargos for omisso, observar-se-ão as regras de boa

técnica, assim como as respetivas disposições regulamentares em vigor. Nessas

situações, o Adjudicatário sujeitará sempre as suas opções à aprovação da

Fiscalização.

16.5 - REDE DE ESGOTOS DOMÉSTICOS

16.5.1 Assentamento de canalizações (trabalhos acessórios):

Abertura e tapamento de roços

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Abertura e tapamento de todos os roços necessários à canalização e respetivos

acessórios;

b) Reposição de massames, betonilhas, mosaicos, azulejos, mármores, madeiras

etc., que tenham de se levantar e repor, salvo quando esteja previsto, em artigo

distinto deste, a substituição total do revestimento durante os trabalhos de

recuperação;

c) O controle e posterior recuperação das alterações da coesão da parede (fissuras e

desagregação) nas proximidades dos roços, originadas pela execução destes.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) O Adjudicatário procederá à marcação dos traçados da tubagem de acordo com o

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Projeto e com as indicações da Fiscalização, assinalando convenientemente os

locais dos eixos das tubagens.

b) Seguidamente a Fiscalização apreciará os traçados feitos, que poderá aprovar ou

não, mandando então proceder às necessárias retificações;

c) Depois da marcação dos traçados estar aprovada o Adjudicatário poderá dar

inicio à abertura dos roços, furos, etc.;

d) O tapamento dos roços, furos, etc., só poderá ser feito depois de verificados os

diâmetros de toda a tubagem;

e) É expressamente vedada a mutilação, roço ou furação de elementos estruturais

da construção, nomeadamente, vigas, pilares, paredes de betão armado, vigas de

madeira, perfis metálicos ou outros;

f) Os roços em paredes resistentes serão regulares, com a profundidade mínima

necessária para a instalação das tubagens e posterior revestimento;

g) A abertura dos roços poderá ser executada por meios mecânicos que deverão

ser de fraca potência e não induzir vibrações acentuadas na parede;

h) Os roços não verticais, a executar em paredes de alvenaria resistente e em

tabiques madeira, terão que ser previamente aprovados pela Fiscalização, ouvido o

Projetista de estabilidade. Em caso de aprovação devem ser tomadas todas as

medidas para minimizar a redução da resistência estrutural das paredes.

Abertura e tapamento de valas

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Escavação das valas para assentamento das tubagens;

b) Tapamento das valas após o assentamento, verificação e ensaio das

tubagens;

c) Remoção dos produtos sobrantes a vazadouro;

d) Fornecimento e colocação de eventuais terras de empréstimo para

tapamento das valas quando os produtos de escavação forem inadequados a esta

função por insalubridade ou dificuldade de compactação;

e) Reposição de eventuais revestimentos dos pisos, quando não for prevista a

sua substituição global em artigo distinto deste.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Depois dos respetivos traçados serem aprovados pela Fiscalização, serão abertas

no pavimento as valas onde assentarão as tubagens;

b) As escavações para abertura das valas serão executadas até às cotas necessárias

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de modo a poder fazer-se o assentamento das canalizações de acordo com o projeto

e segundo as determinações da Fiscalização da Obra;

c) A metodologia das escavações e de remoção dos produtos dessas escavações

será do arbítrio do Adjudicatário, que executará à sua conta os eventuais trabalhos de

enxugo das valas durante a sua abertura e assentamento das canalizações;

d) O aterro das valas será executado por camadas de 0,20 m de espessura, com solo

selecionado, devidamente compactadas com maços de cunha, de forma a

acompanhar todo o perímetro exterior da conduta e cobrir esta numa espessura de

0,20 m, contada a partir da geratriz superior do extradorso. O aterro da parte superior

das valas será feito por camadas de espessura não superior a 0,30 m, devidamente

compactadas com maços mecânicos. Para além de 0,80 m acima do extradorso da

conduta, a trincheira será cheia com produtos da vala, por camadas não superiores a

0,30 m de espessura, e será compactada com pilões de peso não superior a 15 Kg ou

por meio mecânico equivalente. As últimas camadas serão suficientemente

compactadas manual ou mecanicamente;

e) O armazenamento temporário de produtos de escavação só será permitido quando

estes se destinarem ao posterior tapamento da vala.

Tubagem em PVC

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço destes artigos parcelares todos os trabalhos

e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de

entre os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Fornecimento e colocação da tubagem de esgotos domésticos em PVC RÍGIDO

de 6Kg/cm2 nos diâmetros, traçados e inclinações indicados no projeto;

b) Fornecimento e colocação da tubagem de ventilação dos esgotos em PVC

RÍGIDO de 4Kg/cm2 nos diâmetros e traçados indicados no projeto;

c) Fornecimento e aplicação de curvas, tês, uniões, forquilhas, canhões, curvas e

golas de sanita, derivações e reduções necessários à execução da rede, bem como

anéis de neoprene na ligação dos tubos;

d) Execução de todas as ligações necessárias aos aparelhos de descarga (incluindo

sanitas), sifões, caixas de pavimento e visita, tubos de queda e demais acessórios

da rede;

e) Fornecimento e colocação de bocas de limpeza, e respetiva tampa, na base dos

tubos de queda e nos locais indicados no projeto;

f) Assentamento das tubagens em roços, em vala, em teto falso ou à vista e

atravessamento dos elementos construtivos, fornecendo e executando em cada

caso os materiais ou acessórios de assentamento e fixação;

g) Fornecimento e colocação de chaminés de ventilação, de modelo a sujeitar à

aprovação da Fiscalização, e execução dos trabalhos necessários para o

atravessamento da cobertura e respetiva estanquidade;

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h) A realização das verificações e ensaios previstos no presente caderno de encargos.

Todos os ensaios que sejam necessários para comprovar a qualidade dos materiais

ou do funcionamento da própria rede, serão de conta do Adjudicatário.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Só serão admitidos tubos de PVC rígido das classes de pressão acima definidas

devidamente homologados pelo LNEC;

b) Os diversos acessórios serão da mesma qualidade dos tubos e também deverão

ser homologados;

c) A escolha de tubos e acessórios será sempre sujeita à prévia aprovação da

Fiscalização, nomeadamente no que respeita à espessura da parede do tubo;

d) É absolutamente interdita a dobragem dos tubos quer a quente quer a frio. Todas

as curvas deverão ser obtidas pela aplicação de acessórios apropriados;

e) Na montagem das tubagens não poderão ser utilizados lubrificantes ou outros

produtos que prejudiquem as características químicas ou físicas do PVC;

f) O anel de neoprene dos tubos deve garantir a total estanquidade das ligações e

permitir as contrações e dilatações das tubagens;

g) As bocas de limpeza terão o mesmo diâmetro do tubo e quando forem

dissimuladas pelo revestimento das paredes deverão ser claramente assinaladas;

h) Assentamento da tubagem em pisos térreos:

h.1) A tubagem dos pisos térreos é essencialmente constituída por ramais de

ligação que estabelecem as ligações dos tubos de queda às caixas de visita ou

das caixas de visita entre si, e ramais de descarga das instalações sanitárias do

Rés-do-Chão;

h.2) O assentamento das tubagens que constituem os ramais será executado

em roços ou valas com largura suficiente para a realização dos trabalhos, tendo

em atenção a profundidade a atingir;

h.3) A soleira da vala será recoberta, sempre que necessário, com uma camada

de areia, de 0,20 m de espessura, devidamente compactada;

h.4) As tubagens deverão apoiar-se sobre o fundo da vala em todo o seu

comprimento, e o seu encaixe deverá fazer-se sem as forçar e de forma que

cada troço, compreendido entre caixas consecutivas, fique perfeitamente

retilíneo, devendo respeitar-se as inclinações constantes do projeto;

h.5) Toda a rede, antes do tapamento de roços e valas, será ensaiada mediante

o seu enchimento com água, até à altura permitida pelas caixas, durante um

período de 24 horas, refazendo-se as juntas ou substituindo-se os elementos da

rede que não forem perfeitamente estanques;

h.6) As ligações à rede geral serão feitas pela caixa de ramal de ligação a criar

junto à via pública, de acordo com o projeto e as indicações da entidade

responsável pelo saneamento público;

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i) Apesar de os roços ou valas só poderem ser tapados após as verificações e

ensaios, também previstos neste caderno de encargos, o assentamento das

canalizações deve ser suficientemente eficaz para lhes garantir a estabilidade

mecânica necessária para a realização dos ensaios e a rigorosa conservação

dos traçados e inclinações.

16.5.2 Acessórios

Sifões de garrafa

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) O fornecimento e instalação em todos os lavatórios, bidés - e outros

aparelhos sanitários indicados em projeto - de sifões de garrafa em latão

cromado com diâmetro igual a 1 1/4", com fecho hídrico de 50 mm;

b) Todos os acessórios de adaptação aos aparelhos sanitários incluindo as

respetivas válvulas e tubagens de descarga.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Os sifões devem possuir superfícies interiores lisas que não favoreçam a

deposição sucessiva de resíduos.

b) A fixação dos sifões deve ser executada de modo a garantir a total

estanquidade à àgua e aos gases;

c) Os sifões devem ficar acessíveis e permitir a sua fácil abertura para limpeza

e desobstrução.

Sifões de cachimbo para caixas de pavimento

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Fornecimento, instalação de cachimbos em PVC rígido nas entradas das

caixas de pavimento relativas a banheiras, chuveiros e máquinas de lavar.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Deve respeitar-se, na parte aplicável, o artigo relativo a “Tubagem em PVC”;

b) Os cachimbos serão da mesma qualidade que os demais acessórios

utilizados na rede;

c) Os cachimbos deverão ter o mesmo diâmetro que as tubagens que lhe estão

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a montante e permitir um encaixe adequado, de modo a não serem deslocados da

sua posição com as descargas dos aparelhos sanitários.

d) Os cachimbos devem garantir um fecho hídrico de 50 mm.

Caixas de pavimento em PVC

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Fornecimento, instalação e ligação das caixas de pavimento - de passagem -

em PVC com diâmetro mínimo de 110 mm, incluindo respetivas tampas.

b) Fornecimento de todos os acessórios necessários ao seu correto

funcionamento: tampas, vedantes, golas de ajuste de altura, etc.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) As caixas devem ser em PVC rígido de qualidade igual ou superior à da

tubagem;

b) As tampas, que ficarão à vista, serão em latão cromado de enroscar no

corpo da caixa ou gola de ajuste de altura;

c) As tampas devem ser estanques aos líquidos e aos cheiros mas devem de

fácil abertura para permitir a limpeza e desobstrução; no caso de constituírem ralo

de pavimento a tampa deve ser perfurada e a estanquidade aos gases garantida

pelo fecho hídrico do sifão respetivo;

d) Após o acabamento final do revestimento dos pisos, as tampas devem ficar

perfeitamente niveladas com este; os remates aos bordos da tampa serão perfeitos

e não deverão impedir a sua abertura;

e) Durante a execução serão tomadas as medidas necessárias para não sujar

o interior das caixas, nem deteriorar as respetivas tampas.

Sifões de pavimento em PVC para lavagem de piso

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Fornecimento, instalação e ligação de sifões de pavimento - para lavagem

de piso - em PVC com diâmetro mínimo de 125 mm, incluindo respetivas tampas,

sifões e dispositivos de retenção de areias.

b) Fornecimento de todos os acessórios necessários ao seu correto

funcionamento: tampas, vedantes, golas de ajuste de altura, etc.

Condições técnicas:

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Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Deve atender-se, na parte aplicável, ao artigo “Caixas de pavimento em PVC - de

passagem “ e ao artigo “Sifões de garrafa”.

Caixas de visita / câmaras de inspecção

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Escavação necessária à construção da caixa e remoção a vazadouro dos

produtos escavados sobrantes;

b) Fornecimento dos materiais necessários à execução das caixas de visita,

respetiva soleira e apoio para a tampa;

c) Execução de caixas de visita com as dimensões e características indicadas

no projeto, incluindo soleira, apoio para a tampa e ligação às tubagens confinantes;

d) Fornecimento e colocação das tampas metálicas das diversas caixas, de

modelo próprio para receber revestimento idêntico ao do pavimento confinante (quer

no exterior, quer no interior dos edifícios), incluindo dispositivos de vedação com

calha de óleo;

e) Fornecimento e colocação de degraus encastrados na parede (dispositivos

de acesso), quando a profundidade das caixas for superior a 1,70 m;

f) Reposição dos revestimentos dos pavimentos confinantes sempre que essa

tarefa não esteja incluída em artigo distinto deste por estar prevista a substituição

integral dos referidos revestimentos.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) As paredes das caixas terão a espessura mínima de 0.15m e serão em

betão ou alvenaria de tijolo assente com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5.

As caixas circulares podem também ser constituídas por anéis de betão pré-

fabricados.

b) As paredes das caixas serão revestidas com reboco hidráulico hidrofugado,

de 600 kg de cimento por m3, com espessura mínima de 1.5 cm;

c) O fundo das caixas será em massame de betão de 250 Kg de cimento por

m3, com 0.10m de espessura mínima abaixo das caleiras;

d) O fundo das caixas será rebocado, formando caleiras de circulação e ligação

aos eixos dos tubos que nela se inserem, contrariando qualquer deposição de

resíduos. Os cantos serão boleados;

e) As tampas serão em ferro fundido e deverão receber revestimento idêntico

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ao do piso circundante, salvo nos casos expressamente indicados no projeto, sem

que isso as impeça de abrir em caso de obstrução grave das tubagens.

f) As tampas serão, em geral assentes sobre as paredes das caixas, através de aro

próprio;

g) As tampas da rede de esgotos domésticos deverão ser vedadas com dispositivo

especial, sendo a vedação assegurada com caleira de óleo, a fim de evitar a

libertação de quaisquer gases e cheiros;

h) As tampas devem ficar perfeitamente niveladas com o acabamento final do

pavimento.

16.6 REDE DE ESGOTOS PLUVIAIS

16.6.1 Assentamento de canalizações (trabalhos acessórios):

Abertura e tapamento de valas

Descrição do artigo

Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre

os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

a) Escavação das valas para assentamento das tubagens;

b) Tapamento das valas após o assentamento, verificação e ensaio das

tubagens;

c) Remoção dos produtos sobrantes a vazadouro;

d) Fornecimento e colocação de eventuais terras de empréstimo para

tapamento das valas quando os produtos de escavação forem inadequados a esta

função por insalubridade ou dificuldade de compactação;

e) Reposição de eventuais revestimentos dos pisos, quando não for prevista a

sua substituição global em artigo distinto deste.

Condições técnicas:

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se, como merecendo referência especial as seguintes:

a) Depois dos respetivos traçados serem aprovados pela Fiscalização, serão abertas

no pavimento as valas onde assentarão as tubagens;

b) As escavações para abertura das valas serão executadas até às cotas necessárias

de modo a poder fazer-se o assentamento das canalizações de acordo com o projeto

e segundo as determinações da Fiscalização da Obra;

c) A metodologia das escavações e de remoção dos produtos dessas escavações

será do arbítrio do Adjudicatário, que executará à sua conta os eventuais trabalhos de

enxugo das valas durante a sua abertura e assentamento das canalizações;

d) O aterro das valas será executado por camadas de 0,20 m de espessura, com solo

selecionado, devidamente compactadas com maços de cunha, de forma a

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acompanhar todo o perímetro exterior da conduta e cobrir esta numa espessura de

0,20 m, contada a partir da geratriz superior do extradorso. O aterro da parte superior

das valas será feito por camadas de espessura não superior a 0,30 m, devidamente

compactadas com maços mecânicos. Para além de 0,80 m acima do extradorso da

conduta, a trincheira será cheia com produtos da vala, por camadas não superiores a

0,30 m de espessura, e será compactada com pilões de peso não superior a 15 Kg ou

por meio mecânico equivalente. As últimas camadas serão suficientemente

compactadas manual ou mecanicamente;

e) O armazenamento temporário de produtos de escavação só será permitido quando

estes se destinarem ao posterior tapamento da vala.

Tubagem em PVC

DISPOSIÇÕES GERIAS

Os tubos e acessórios de PVC rígido serão de boa qualidade, homogéneos, de bom acabamento, sem fendas ou bolhas, e deverão satisfazer o prescrito na especificação E-293 do LNEC, no que respeita às características e condições de receção.

O comprimento nominal dos tubos, dado pela distância entre as extremidades, que tenham ou não campânula, deve ser de 3,00 m ou 6,00 m. Nos casos de tubos com campânula admitem-se comprimentos inferiores a 3,00 m, desde que múltiplos de 0,5 m. Os desvios máximos admissíveis do comprimento em relação ao valor nominal são de + 10 mm e - 5 mm para tubos de até 1,0 m de comprimento superior.

Os tubos quando ensaiados segundo a especificação E-288 LNEC não deverão apresentar a variação de comprimento superior a 5% nem fissuras, cavidades ou bolhas.

A resistência ao choque dos tubos a 0º C efectuada de acordo com a especificação E-289 LNEC não deve conduzir à fissuração de mais de 5% dos provetes ensaiados.

TUBOS E ACESSÓRIOS DE PVC RÍGIDO

Os diâmetros exteriores máximos e mínimos admissíveis e as espessuras das paredes dos tubos são os indicados na especificação E-293 LNEC.

A resistência dos tubos à acetona, ácido sulfúrico e pressão interior de longa duração e curta duração, determinada de acordo com os ensaios referidos na especificação E-293 LNEC, deve conduzir às características aí referidas.

As uniões quando ensaiadas segundo a especificação E-277 LNEC devem suportar, sem perca de estanquidade, a pressão de 2 bar, durante 30 minutos.

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OS ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À ACETONA E AO ÁCIDO SULFÚRICO SERÃO

REALIZADOS CONFORME AS NP

A tubagem a utilizar no escoamento de drenagens será o PVC com perfil corrugado

de parede maciça, da classe de rigidez circunferencial especifica SN8 (8 kN/m2).

Serão de boa qualidade, homogéneos, de bom acabamento, sem fendas ou bolhas,

e deverão obedecer a todas as normas e especificações existentes, estarem

homologados e sujeitos a ensaios de recepção.

Os diâmetros exteriores máximos e mínimos admissíveis e as espessuras das

paredes dos tubos são os indicados no documento de homologação do LNEC.

Os tubos de PVC corrugado devem ser sujeitos aos ensaios referidos no documento

de homologação do LNEC devendo respeitar os valores aí indicados para cada uma

das características ensaiadas.

Juntamente com as suas propostas, os concorrentes indicarão:

- Tipo e dimensionamento dos tubos;

- Nome do fabricante;

- Cálculo justificativo detalhado dos tubos realçando a pressão de serviço, a

carga do aterro,

- As sobrecargas rolantes, acções de natureza hidrostática e as deformações

dos tubos;

- Ensaios;

- Modo de transporte e condicionamento dos tubos desde a fábrica aos locais

das obras.

Na ligação das tubagens ao betão de câmaras enterradas, face à fraca aderência entre os materiais, a superfície do tubo a embeber deve ser previamente revestida com uma camada de cola para PVC ou PPSN8 e polvilhada em seguida com areia fina e seca. Após a secagem, a aderência da argamassa é completa, resultando assim uma boa estanquidade.

Tubagem em PVC

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A tubagem a utilizar no escoamento de drenagens será o PP com perfil corrugado de parede maciça, da classe de rigidez circunferencial especifica SN8 (8 kN/m2).

Serão de boa qualidade, homogéneos, de bom acabamento, sem fendas ou bolhas,

e deverão obedecer a todas as normas e especificações existentes, estarem

homologados e sujeitos a ensaios de receção.

Os diâmetros exteriores máximos e mínimos admissíveis e as espessuras das

paredes dos tubos são os indicados no documento de homologação do LNEC.

Os tubos de PP corrugado devem ser sujeitos aos ensaios referidos no documento

de homologação do LNEC devendo respeitar os valores aí indicados para cada uma

das características ensaiadas.

Juntamente com as suas propostas, os concorrentes indicarão:

- Tipo e dimensionamento dos tubos;

- Nome do fabricante;

- Cálculo justificativo detalhado dos tubos realçando a pressão de serviço, a

carga do aterro,

- As sobrecargas rolantes, ações de natureza hidrostática e as deformações

dos tubos;

- Ensaios;

- Modo de transporte e condicionamento dos tubos desde a fábrica aos locais

das obras.

Na ligação das tubagens ao betão de câmaras enterradas, face à fraca aderência

entre os materiais, a superfície do tubo a embeber deve ser previamente revestida

com uma camada de cola para PVC e polvilhada em seguida com areia fina e seca.

Após a secagem, a aderência da argamassa é completa, resultando assim uma boa

estanquidade.

16.7. Caixas de visita / câmaras de inspeção

NOTA: Nestes artigos são válidas as exigências do artigo correspondentes da rede

de esgotos domésticos.

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17. EQUIPAMENTO SANITÁRIO 17.1. ASPECTOS GERAIS Ao Empreiteiro compete a execução dos diversos trabalhos que constituem este capítulo, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos os trabalhos inerentes, conforme caderno de encargos. 18.2. ESPECIFICAÇÕES GERAIS a) Todo o equipamento deve ficar em boas condições de funcionamento. b) Todos os aparelhos deverão ficar aptos a receber sifão individual, embebido ou à vista, conforme as respectivas especificações nos projetos das Redes de Fluidos. c) Todos os aparelhos serão assentes e fixados de modo a ficarem horizontais, estáveis, apoiados em toda a base de assentamento e assegurado-se a sua vedação perfeita. d) As louças sanitárias devem respeitar as seguintes qualidades: d1) Devem apresentar-se sem rachas, fendas, amolgadelas ou outros defeitos similares. d2) As suas cores e texturas devem ser uniformes, homogéneas de peça para peça. 18.4. ACESSÓRIOS 18.4.1. Faz parte da empreitada o fornecimento e montagem de suportes para rolos de papel higiénico, toalheiros e porta piassabas em todas as casas de banho, e de saboneteiras, toalheiros e cabides nos compartimentos de duche. O empreiteiro deverá apresentar oportunamente amostras ( em louças e metálicas ) para escolha destes acessórios pela Fiscalização. a) Tampas de sanita b) Porta rolos c) Porta piassaba d) Saboneteira e) Toalheiros f) Varões em alumínio para cortina em tecido branco g) Suportes extensíveis para chuveiro - "rampa de chuveiro". 18.4.2. A ventilação das instalações sanitárias far-se-á conforme indicado nos pormenores do projeto de esgotos doméstico, incluindo o fornecimento e colocação das grelhas de ventilação.

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18. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E MECÂNICAS 18.1. ASPECTOS GERAIS 18.1.1. A instalação elétrica e mecânica deverá ser executada de acordo com o projeto da especialidade aprovado, conforme indicações prestadas pela memória descritiva e justificativa, bem como pelas peças desenhadas que constituem o referido projeto. 18.1.2. O projeto da especialidade foi concebido de acordo com a arquitetura e a construção civil de modo a assegurar a sua perfeita conjugação; qualquer incompatibilidade ou deficiência na integração, notada pelo empreiteiro, deverá ser comunicada à Fiscalização para que sejam tomadas as medidas necessárias à resolução do problema. 19.1.3. Ao empreiteiro compete a execução dos diversos trabalhos que constituem este capítulo, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos os trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos. 18.2. OBJECTIVOS As instalações, de acordo com o projeto da especialidade, deverão considerar : - Quadros elétricos parciais - Rede de distribuição de energia elétrica em baixa tensão - Circuitos de iluminação geral de emergência, exterior e das áreas envolventes - Circuitos de tomadas - Rede de terras - Sistema de proteção contra descargas atmosféricas - Instalações telefónicas - Sistema de intercomunicadores - Proteção passiva contra incêndios 18.3. CANALIZAÇÕES ELÉCTRICAS 19.3.1. As canalizações elétricas serão na generalidade efetuadas embebidas ou ocultas, dependendo fundamentalmente do tipo de construção e da utilização prevista. Nas zonas técnicas serão efetuadas à vista. As canalizações ocultas quando estabelecidas nos tetos falsos porventura existentes, ou em espaços ocos verticais serão devidamente identificados, fixadas por braçadeiras de modo a ficarem independentes dos elementos dos elementos desmontáveis dos tetos. Os aparelhos de comando da iluminação, as botoneiras, as tomadas de corrente e as caixas terminais terão: caixas, espelhos e discos também em material não condutor. Todos eles serão previstos para a intensidade nominal da proteção do respetivo circuito.

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Em todos os circuitos as caixas de derivação e de passagem deverão ter dimensões mínimas de 80x80 mm. As caixas de aparelhagem a utilizar nos circuitos de tomadas, quando embebidas, deverão ser de duplo fundo sempre que haja necessidade de servirem também de caixas de passagem e de derivação. Em algumas zonas e sempre que se justifique, serão previstos caminhos de cabos embebidos no pavimento constituído por calhas plásticas, com três canais independentes, a fim de facilitar a implantação futura de equipamento. 18.4 CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO Esta instalação destina-se a obter uma iluminação artificial nas diversas zonas, de acordo com as exigências do serviço ou do fim a que se destinam. No dimensionamento da iluminação geral e normal de trabalho serão considerados os seguintes fatores:

- níveis de iluminação e de encandeamento compatíveis com as exigências da ocupação, entrando em linha de conta com o factor de luz diurna do local, e com a localização geográfica deste;

- temperatura de cor da fonte luminosa de maneira que o índice de

restituição cromática da mesma, permita um bom nível de conforto visual, bem como realçar os diversos componentes arquitetónicos existentes;

- afastamento dos aparelhos de iluminação entre si de maneira a se obter

uniformidade na distribuição da luz artificial, tendo-se presente a altura a que ficarão colocadas e a modulação dos tetos.

Os níveis luminotécnicos serão estabelecidos em função da natureza do trabalho ou da ocupação de cada compartimento por forma a proporcionar uma perfeita utilização de iluminação projetada, dum modo geral serão considerados:

- zonas de passagem, de estar, onde os trabalhos a realizar não exigem

grande aplicação da vista, níveis de ordem dos 150 a 250 Lux; Para fazer face aos níveis luminosos indicados e tendo em vista a exposição mais económica da instalação em função da sua utilização, preconiza-se o emprego de lâmpadas led. 19.4. CIRCUITO DE TOMADAS PARA USOS GERAIS E ESPECIAIS. Os circuitos serão estabelecidos conforme descritos na memória do projeto da especialidade a partir dos quadros elétricos de forma a permitir uma distribuição equilibrada das cargas. 18.5 SISTEMA DE PROTECÇÃO

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O complexo disporá de terra de proteção regulamentar, constituída por um anel de cobre em torno das fundações, além das terras de serviço, para-raios, bem como as prescritas no RITA. 18.6 FORNECIMENTO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS 18.7.1. A instalação elétrica deverá ser executada de acordo com o projeto aprovado, levando quadros de coluna e serviços comuns caso assim esteja especificado no projeto. 18.7.2. Abertura e tapamento de roços e restantes trabalhos de construção civil de apoio à instalação são encargo do empreiteiro, quando não previstos no mapa de quantidade de trabalhos. 18.7.3. Todas as tomadas e pontos de Luz devem ser munidas de proteção à terra. Devem ser tidas em consideração as especificações do projeto.

19 TERRAPLENAGENS

19.1 Materiais para o Leito do Pavimento

Entende-se por Leito do Pavimento a última “camada(s)” da terraplenagem que se

destina essencialmente a conferir e uniformizar, as condições de suporte do

pavimento e que faz parte integrante da sua fundação.

Por razões construtivas o Leito do Pavimento pode ser constituído por uma ou várias

camadas, ou ainda resultar, no caso de escavações, apenas de trabalhos ao nível da

plataforma onde assenta o pavimento.

A execução desta camada, que é obrigatória, visa ainda atingir objetivos de curto e

longo prazo que se referem em seguida:

Objetivos a curto prazo:

- nivelar a plataforma de modo a permitir a execução do pavimento;

- garantir uma capacidade de suporte suficiente, para, independentemente das

condições meteorológicas, permitir uma correta execução do pavimento,

designadamente no que se refere à compactação e à regularidade das camadas;

- proteger os solos da plataforma face às intempéries;

- garantir boas condições de traficabilidade aos veículos de aprovisionamento dos

materiais utilizados na construção da primeira camada do pavimento.

Objetivos a longo prazo:

- homogeneização e manutenção da capacidade de suporte da fundação,

independentemente das flutuações do estado hídrico dos solos ocorrentes ao nível

da plataforma.

A superfície da camada onde assenta o Leito do Pavimento deve ser lisa, uniforme,

isenta de fendas, ondulações ou material solto, não podendo em qualquer ponto

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apresentar diferenças superiores a 2,5 cm em relação aos perfis transversais e

longitudinal.

É na camada subjacente ao Leito do Pavimento (nos aterros PSA) que se efetua a

transição da inclinação transversal da plataforma da terraplenagem (6%) para a

inclinação transversal de 2,5% do pavimento em reta, por forma a que a camada de

leito do pavimento tenha espessura constante e igual à definida no projeto.

A compactação relativa, referida ao ensaio Proctor Modificado, não deve ser inferior

a 95% em toda a área e espessura da camada, e o teor em água não poderá diferir

mais de 15% do teor ótimo obtido no ensaio de referência.

Em zonas de escavação, quando os materiais ocorrentes satisfizerem às

especificações definidas em 2.1.1 há que proceder da seguinte forma:

- se, após conclusão da escavação, se verificar que, àquela cota as condições “in

situ” não satisfazem às exigências de compactação e teor em água, dever-se-á

proceder à escarificação da plataforma até uma profundidade de 0,40 m,

procedendo-se depois à sua humidificação ou arejamento, se necessário, e

compactação, de modo a obter 95% em relação ao Proctor Modificado. Outros

procedimentos para redução do teor em água deverão ser previamente aprovados

pela Fiscalização. Esta plataforma deverá também ser regularizada de forma a

obter-se uma inclinação transversal de 2,5%;

Sempre que antes de ser executado o Leito do Pavimento se observe, nas

escavações, que a plataforma onde irá ser construído não se apresenta

convenientemente estabilizada devido à existência de manchas de maus solos

suscetíveis de comprometer a prestação do pavimento, deverão os mesmos ser

saneados na extensão e profundidade necessárias, (não superior a 0,60 m) e

substituídos por materiais adequados, aprovados pela fiscalização. Os materiais de

enchimento deverão ser compactados por camadas de espessura não superior a

1.00m, com recurso a meios adequados às dimensões da zona saneada e por forma

a obter-se uma compactação relativa superior a 95%, quando referida ao ensaio

Proctor Modificado (este valor será verificado com 30 ensaios por camada, sendo

este encargo responsabilidade do empreiteiro).

Se os materiais ocorrentes àquelas cotas forem materiais rochosos, há que

promover a limpeza adequada da plataforma e a execução de uma camada com

espessura média de 0,15 m com materiais satisfazendo as exigências da

fiscalização e do presente caderno de encargos..

O reperfilamento da superfície do leito do pavimento no extradorso das curvas com

sobreelevação será construído com materiais granulares com características de sub-

base de forma faseada de modo a que a espessura a compactar não exceda os 0,20

m, e deve ser efetuado previamente à construção da primeira camada do pavimento.

Não será ainda permitida a colocação de materiais para a camada de base ou sub-

base, nem poderá ser iniciada a sua construção, sem que estejam efetuados todos

os trabalhos relativos ao Leito do Pavimento e ainda aos trabalhos de drenagem

transversal e subterrânea previstos no projeto e que interessem ao troço em causa.

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MATERIAIS GRANULARES BRITADOS

Estes materiais devem ser constituídos pelo produto de britagem de material

explorado em formações homogéneas e ser isento de argilas, de matéria orgânica

ou de quaisquer outras substâncias nocivas. Deverão obedecer ainda às seguintes

prescrições:

A granulometria, de tipo contínuo, 0/31,5mm da categoria GB e deve integrar-se, em

princípio, no seguinte fuso:

Dimensão dos

Referência

peneiros de Unid. Fuso granulométrico

Normativa

referência

40 100

31,5 D 80-99

22,4 -

16 A 63-77

8

EN 13285

B 43-60

6,3

-

5,6

NP EN mm

-

4 C 30-52

2 933-2 E 23-40

1 F 14-35

0,5 G 10-30

0,25 -

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0,125 -

0,063 2-7

Resistência à fragmentação/esmagamento LA40 a)

a) LA50 em granitos

Resistência ao atrito MDE 50

Forma das partículas FI35

Percentagem de partículas esmagadas C90/3

Teor de finos f7

Quantidade de finos (se % de material passado no peneiro 0,063 mm > 3%)

Equivalente de areia SE ≥ 35*

*Se SE ≤ 35 o valor de Azul de metileno MB ≤ 2,5

19.2. SUB-BASES

CARATERÍSTICAS DOS MATERIAIS

Os materiais a aplicar devem ser constituídos por saibros de boa qualidade, isentos

de matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias que prejudiquem a

homogeneidade devendo obedecer às características indicadas na correspondente

especificação.

Preparação do leito

Antes do início dos trabalhos de execução da sub-base, deverá a superfície da

fundação estar limpa de vegetação, detritos orgânicos, rochas e escombros;

A camada superficial do leito será em seguida, se necessário, escarificada numa

profundidade de 20 cm e recompactada a teor em humidade conveniente. A

compactação relativa, referida ao ensaio AASHO modificado não deve ser inferior a

95% em toda a área do leito;

A superfície sobre a qual irá ser assente a sub-base deverá ser lisa, desempenada e

ajustar-se aos perfis longitudinal e transversal estabelecidos no projeto, não sendo

admitidas diferenças em relação às cotas de projeto superiores a 2,5 cm quando se

assente uma régua de 5 m sobre ela;

A superfície do leito deverá ser firme, devendo as superfícies brandas encontradas

ser corrigidas antes do início da construção da sub-base, a fim, de se tornarem

estáveis;

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Não será permitida a construção da sub-base sobre uma superfície de solo cujo teor

em humidade seja 10% superior ao teor óptimo para esse solo e sem que estejam

efetuados todos os trabalhos de drenagem previstos no projeto ou julgados con-

venientes pela Fiscalização e que interessem ao troço a iniciar.

Espalhamento

No espalhamento do material deve utilizar-se moto-niveladora ou outro equipamento

similar de modo a que a superfície da camada se mantenha aproximadamente com

a forma definitiva. O espalhamento deve ser feito regularmente e de modo a que

toda a camada seja perfeitamente homogénea;

Se durante o espalhamento se formarem rodeiras, vincos ou qualquer outro tipo de

marca inconveniente que não possa facilmente ser eliminada por cilindramento, deve

proceder-se à escarificação e homogeneização da mistura e regularização da

superfície.

Compactação

A "compactação relativa", referida ao ensaio AASHO modificado não deve ser

inferior a 95% em toda a área e espessuras tratadas.

Se na operação de compactação o material não tiver a humidade necessária, terá

que proceder-se a uma distribuição uniforme de água, empregando-se carros

tanques de pressão cujo jato deverá, se possível, cobrir a largura total da área

tratada. A distribuição de água, organizar-se-á de modo a que se faça de forma

rápida e contínua.

A compactação deve ser feita dos lados para o centro nas retas e curvas sem

sobreelevação, e do intradorso para o extradorso nas curvas com sobreelevação.

Regularidade

A superfície da camada deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou

material solto não podendo, em qualquer ponto, apresentar diferenças superiores a

2,5 cm em relação aos perfis longitudinal e transversal estabelecidos, quando se

assente uma régua de 5 m sobre ela.

Espessura da sub-base

A espessura total da sub-base é a indicada nos desenhos sendo de 0,20 m a

espessura máxima de cada camada. No caso de, após o cilindramento, se obter

uma espessura inferior à fixada, não será permitida a construção de outra camada

delgada a fim de se obter a espessura projetada. Em princípio proceder-se-á à

escarificação da camada e só depois à sua recarga e cilindramento. No entanto, se a

Fiscalização julgar conveniente, poderá aceitar que a compensação da espessura

seja realizada pelo aumento de espessura da camada seguinte. Em nenhum caso a

espessura de uma camada deverá ser inferior a 0,10 m, depois da compactação.

19.3 BASES EM "TOUT-VENANT"

Preparação do leito da base

Compactação relativa

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A superfície onde irá ser executada a base (sub-base ou fundação) deverá ser

compactada numa espessura de 0,20 m até ser atingido o valor de 95% do ensaio

de compactação pesada, salvo indicação em contrário constante do Projeto ou das

Condições Técnicas Especiais.

Conformidade dos perfis

A superfície deve ajustar-se estritamente aos perfis longitudinal e transversal

indicados no Projeto.

Regularidade da superfície

Não será permitida a construção de bases sobre superfícies que apresentem

depressões superiores a 1 cm quando verificadas com uma régua de 3 m.

Se o espalhamento dos materiais da base não for feito imediatamente à preparação

do leito, ficando portanto esta superfície exposta à ação dos elementos exteriores

durante algum tempo, haverá que verificar de novo, antes do espalhamento, se a

mesma se encontra em condições de receber a camada de base.

A base deverá ser executada por camadas de espessura não inferior a 10 cm nem

superior a 20 cm, após a compactação.

Teor da humidade

O teor de humidade da sub-base (ou da fundação) quando do espalhamento dos

materiais constituintes da base, não deverá diferir mais de 10% do teor ótimo de

humidade, referido ao ensaio de compactação pesada.

Drenagem

A descarga e espalhamento dos agregados constituintes da base só poderá fazer-se

depois da conclusão de todos os trabalhos de drenagem previstos no troço em

construção.

Execução da camada de base

Generalidades

Em todas as fases de execução deve haver o máximo cuidado em evitar segregação

de materiais, não sendo permitidas bolsadas de materiais finos ou grossos.

Quando as bermas forem executadas com o mesmo tipo de material utilizado na

base, a sua colocação deve ser simultânea.

Para facilidade de execução e controle da camada de base, colocar-se-ão estacas

de nivelamento afastadas 1,50 a 2,00 m dos bordos da zona do trabalho, e

distanciadas longitudinalmente de 50 m no máximo, de forma a definir as cotas da

camada depois de compactada.

Para guia dos operadores das máquinas colocar-se-ão, também, estacas nos limites

laterais da zona de trabalho, distanciadas longitudinalmente de cerca de 2,50 m.

Espalhamento e regularização dos materiais

O espalhamento dos materiais será executado por processos mecânicos -

"SPREADER BOX", ou outro aprovado pela fiscalização - de maneira uniforme e uma

espessura tal que após a compactação se atinja o valor previsto no projeto.

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Não será permitida a descarga dos agregados para montes que obriguem a novo

manuseamento.

A superfície superior da camada será regularizada e desempenada por meio de

moto-niveladora, removendo-se ou ajuntando-se material, conforme for necessário,

de forma a corrigir todas as irregularidades.

O espalhamento não deverá levar avanço muito grande sobre o cilindramento.

Proceder-se-á às operações de rega necessárias para manter o teor de humidade

dentro dos limites indicados em 4.4 da presente cláusula.

Compactação

Após a regularização da camada, esta deverá ser compactada a toda a sua largura.

Deverá ser verificado o teor de humidade da camada, antes da compactação,

corrigindo-se quando necessário por meio de rega ou arejamento por forma a obter o

teor ótimo de humidade referido ao ensaio de compactação pesada.

Os cilindros a utilizar deverão ser de peso superior a 10 t, sendo de aconselhar a

utilização de cilindros vibradores, principalmente para camadas de grande

espessura. Poderão também utilizar-se cilindros de pneus desde que transmitam

uma carga superior a 55 kg/cm de largura de rasto.

O cilindramento deve ser iniciado pelas faixas laterais e prosseguir gradualmente até

ao centro, e de modo a que as rodas traseiras cubram uniformemente, em cada

passagem, pelo menos metade da largura do seu rasto da passagem anterior.

Nos troços em curva o cilindramento deve ser iniciado pela zona interior da curva.

A primeira passagem do cilindro em qualquer faixa deverá ser feita a velocidade

reduzida (30 m/min).

A compactação deverá ser feita até que não se note ondulação na superfície da

camada diante do cilindro, até 95 a 100% de compactidade relativa.

O movimento dos camiões e outros equipamentos de transporte deve ser regulado

de forma a evitar a formação de rodeiras e distribuição desigual da compactação por

eles provocada.

Nos pontos inacessíveis aos cilindros, o material será apiloado com maços manuais,

de peso não inferior a 25 kg e base não superior a 625 cm2.

Juntas de construção

O trabalho deverá ser conduzido de modo a evitar juntas de construção quer

longitudinais quer transversais.

No fim de cada dia de trabalho deverá ficar por compactar uma faixa de 0,5 m de

largura ao longo do contorno que separa a área construída daquela em que vão

prosseguir os trabalhos.

Verificações finais

A superfície da camada deve ficar dura, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou

material solto, devendo ajustar-se estritamente aos perfis longitudinal e transversal

estabelecidos.

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Não serão admitidas irregularidades da superfície superiores a 1 cm de profundidade

quando verificadas com régua de 3 m.

Sempre que a superfície apresente irregularidades que necessitem correção,

proceder-se-á à escarificação das zonas afetadas e à sua reconstrução nas

condições atrás especificadas.

Uma vez terminada a construção da base, esta deve secar completamente antes de

serem iniciados outros trabalhos.

19.4. EXECUÇÃO DE MACADAMES

Objetivo

Fixação das características a que deve obedecer a execução de macadames por

semi-penetração betuminosa em pavimentos rodoviários, utilizando como

aglutinante: betume asfáltico, betume fluidificado ou emulsão betuminosa.

Definições

Macadame - Camada de pavimento, fortemente comprimida, essencialmente

constituída por pedra britada aglutinada. Pode ser de vários tipos, conforme a

natureza do aglutinante;

Macadame por semi-penetração betuminosa - Camada de pavimento constituída

por agregado de granulometria conveniente, sobre o qual, depois de cilindrado é

feita uma rega superficial betuminosa, imediatamente seguida do espalhamento de

areia ou gravilha e de novo cilindramento. O aglutinante não atinge toda a espessura

da camada.

Execução da semi-penetração betuminosa

Preparação da caixa

Alteamento das Bermas:

A fim de se obter uma superfície de apoio necessária, para suportar o impulso do

empedrado da semi-penetração, deverá proceder-se previamente ao alteamento e

compactação das bermas constituídas por solos devidamente selecionados.

As faces laterais interiores das bermas deverão em seguida ser cortadas

verticalmente e bem alinhadas de modo a definir bem os limites da caixa.

O alteamento das bermas pode ser dispensado desde que a largura da camada da

perda espalhada seja aumentada de modo que permita o conveniente cilindramento

da parte da camada destinada ao pavimento.

Regularização do Fundo da Caixa:

A superfície do pavimento sobre o qual se deseja construir a semi-penetração, deve

ser preparada de modo a apresentar-se bem consolidada, regularizada e limpa de

materiais estranhos, como lama, materiais orgânicos, etc..

Espalhamento e compactação do agregado-base

Espalhamento

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Estando a caixa preparada como atrás indicado, proceder-se-á, em toda a largura da

estrada, ao espalhamento do agregado de maneira uniforme e sem segregação,

com a espessura tal que, depois do trabalho da semi-penetração concluído, ela seja

igual à determinada no projeto.

O espalhamento deve ser feito de preferência mecanicamente. No caso de

espalhamento manual, os veículos de carga não deverão descarregar o agregado no

local onde se vai executar a semi-penetração nem onde ele se possa sujar.

Compactação

Depois de bem regularizado o agregado, executa-se a sua compressão por meio de

um cilindro de rasto liso de 8 a 10 toneladas ou equivalente, de modo a obter uma

superfície relativamente estável e bem desempenhada transversal e

longitudinalmente. Este cilindramento pode ser auxiliado, quando necessário, por

meio de pequenas e frequentes regas. Neste caso, porém, é necessário abrir

sangrias nas bermas, convenientemente dispostas e espaçadas, para saída das

águas.

Espalhamento do aglutinante

Equipamento para Espalhamento

O espalhamento do aglutinante deve ser feito mecanicamente e de modo a não

alterar a estabilidade da camada do agregado.

A escolha do equipamento, é em função da natureza e extensão do trabalho a

executar, sendo, de preferência, empregues tanques espalhadores para trabalhos

cuja extensão seja igual ou superior a 2 km.

Tanto as caldeiras como os tanques espalhadores, devem ser munidos de

termómetro e manómetro. Os distribuidores mecânicos ou veículos que os rebocam,

devem ser equipados com indicadores de velocidade independentes dos

velocímetros dos veículos.

Condições de Espalhamento

O espalhamento do aglutinante deverá fazer-se logo que o agregado se encontre

devidamente cilindrado e convenientemente enxuto na metade superior da camada,

no caso de se terem utilizado as regas, e de modo a obter-se uma taxa uniforme e

igual à prevista.

A temperatura do aglutinante durante o espalhamento deverá ser a seguinte:

Betumes asfálticos

160 a 180 C

Betumes fluidificados

95 a 125 C

Emulsões betuminosas

temperatura ambiente

Os betumes asfálticos e os betumes fluidificados não devem ser aplicados quando a

temperatura ambiente for inferior a 15 C ou quando a temperatura do pavimento for

inferior a 25 C.

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As emulsões betuminosas não devem ser aplicadas com temperaturas ambientes

inferiores a 10 C ou superiores a 40 C.

Juntas de Trabalho

Deve haver o máximo cuidado na execução das juntas de ligação do espalhamento,

de forma a não haver falha nem sobreposição do aglutinante.

Regularidade Transversal

A quantidade de aglutinante colhido dentro da largura efetiva em qualquer faixa de

superfície com 5 cm de largura efetiva , em mais de 15%. Define-se largura efetiva

como a largura da superfície onde se faz o espalhamento menos 15 cm de cada

lado.

A quantidade de aglutinante colhido nos 15 cm exteriores à largura efetiva , não

deve ser inferior a 50% nem superior a 100% da média obtida na largura efetiva .

Regularidade Longitudinal

A distribuição do aglutinante não pode variar longitudinalmente mais do que 10%.

Espalhamento do agregado de recobrimento

Logo que o aglutinante tenha penetrado suficientemente no empedrado, mas de

modo a que esteja ainda quente, no caso de betume asfáltico e betume fluidificado,

ou antes da rotura, no caso de emulsões betuminosas, procede-se ao

espalhamento, de preferência mecânico, do agregado de recobrimento, de maneira

uniforme, e de acordo com a taxa projetada.

Este agregado deverá preencher completamente os intervalos das pedras superiores

e cobrir toda a superfície do aglutinante à vista.

O espalhamento mecânico deve ser executado com espalhadores que deixem cair o

agregado, verticalmente, distribuindo-o uniformemente segundo a taxa prevista. Nas

zonas em que o agregado não fique convenientemente distribuído, deve-se proceder

à sua regularização manual.

O espalhamento manual deve ser executado com pás, em lanços largos, por forma a

cobrir uniformemente toda a superfície. Seguidamente deve proceder-se à

regularização com vassouras, de forma a obter-se uma superfície sem falhas e sem

sobreposição dos elementos do agregado.

Compactação final

Imediatamente a seguir ao espalhamento deste agregado, executa-se a sua

compressão com um cilindro de rasto liso de 6 a 8 toneladas ou equivalente. A

operação do cilindramento deve prosseguir até se obter uma superfície unida,

estável e bem desempenada de acordo com o perfil transversal-tipo projetado.

Não deverá de modo nenhum notar-se esmagamento do agregado havendo portanto

a maior vantagem em se utilizar nesta operação, sempre que possível, um cilindro

de pneus. Durante a operação do cilindramento deverão cobrir-se, com agregado de

recobrimento, todos os pontos em que o aglutinante tende a refluir.

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Este cilindramento deverá ser repetido pelo menos durante os três dias seguintes

após a sua execução nas horas de mais elevada temperatura ambiente.

Verificação final

A superfície final deve apresentar-se uniforme, sem ondulações, ou aglutinante em

excesso e ajustar-se aos perfis longitudinal e transversal estabelecidos. Não deve

apresentar depressões superiores a 0,01 m, quando verificado com régua de 3 m.

Abertura ao tráfego

A circulação de veículos, logo após a execução da semi-penetração, só será

permitida desde que não se note qualquer deformação no pavimento. A circulação

deverá mesmo assim ser condicionada à velocidade máxima de 30 km/h durante um

período mínimo de 3 dias, o qual será aumentado quando a temperatura ambiente

for elevada.

No caso de terem sido empregues betumes fluidificados ou emulsões betuminosas a

circulação deverá ser proibida por um período tanto maior quanto maior for o tráfego

previsto, em número e peso dos veículos.

19.5. REVESTIMENTOS SUPERFICIAIS BETUMINOSOS

Definições

Revestimento superficial - Camada de desgaste de um pavimento, obtida por

espalhamento de um aglutinante imediatamente coberto por um agregado de

dimensões apropriadas (areia ou gravilha) e destinada a impermeabilizar o

pavimento e a segurar os elementos do agregado;

Revestimento superficial betuminoso - Revestimento superficial em que o

aglutinante é betuminoso;

Revestimento superficial simples - Revestimento superficial obtido por uma única

aplicação de aglutinante seguida do espalhamento do agregado;

Revestimento superficial múltiplo (duplo, triplo, etc.) - Revestimento superficial

obtido pelo espalhamento alternado do aglutinante e do agregado, por várias vezes;

Revestimento superficial de recarga - Revestimento superficial executado sobre

outro já gasto ou deteriorado;

Revestimento superficial anti-deslizante (ou Anti-derrapante) - Revestimento

superficial com características especiais de forma a impedir o deslizamento dos

veículos;

Revestimento superficial de selagem - Revestimento superficial executado sobre

um pavimento de textura aberta para reduzir a sua permeabilidade.

Execução do revestimento superficial betuminoso

Preparação da superfície

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Impregnação preliminar - As superfícies a revestir, quando não estejam

betuminadas, devem sofrer um tratamento de impregnação preliminar.

Antes desta operação, a superfície deve ser bem limpa de sujidades ou detritos.

O aglutinante a utilizar para a impregnação será o betume fluidificado M 5/15,

aplicado a uma taxa compreendido entre 1,3 e 2,7 kg/m2, o qual deverá satisfazer

ao indicado na Especificação do LNEC E-98, "Betumes fluidificados para

pavimentação - Características e receção".

A taxa de aplicação mais conveniente é aquela que corresponde à máxima

quantidade de aglutinante que, sob as condições atmosféricas existentes na altura

da impregnação, pode ser absorvida pela base no período de 24 horas. Sempre que

possível, deve fazer-se a determinação experimental desta taxa.

Quando o aglutinante não for completamente absorvido pela base, deve espalhar-se

um agregado fino que permita fixar todo o aglutinante em excesso.

Obtém-se por vezes maiores penetrações do aglutinante de impregnação se a

superfície tiver uma certa humidade. Assim, se a base secar de tal forma que

produza pó, deverá ser humedecida antes de se dar início à impregnação.

A temperatura ambiente, à sombra, no momento de aplicação de aglutinante de

impregnação, não deve ser inferior a 10 C;

Limpeza - Qualquer que seja a natureza da superfície a revestir, ela deve

apresentar-se, antes da aplicação do aglutinante, livre de sujidades, detritos e de

poeiras, que devem ser retiradas para local onde não seja possível voltarem a

depositar-se sobre a superfície a revestir.

Se a primeira camada do revestimento for executada sobre macadame ordinário,

caso em que pode admitir-se que o revestimento betuminoso seja feito diretamente

sobre o macadame, este, depois de limpo, deve apresentar a aparência de um

mosaico em que as arestas da brita estejam a descoberto, sem contudo se

desagregar. Deve assim apresentar uma certa rugosidade que, no entanto, não con-

vém que seja superior à dimensão máxima do agregado a aplicar.

Em regiões em que haja a temer a congelação da água do pavimento, e não seja

possível fazer a impregnação, é necessário que a limpeza seja mais perfeita, não

sendo de admitir que o aglutinante fique em contacto com o saibro do pavimento.

No caso de revestimentos executados sobre superfícies betuminadas, em especial

quando estes foram de execução recente, deve haver cuidado em retirar do

pavimento o agregado solto. Devem remover-se os cordões resultantes da

acumulação do agregado, que porventura se tenham formado.

Espalhamento do aglutinante

Equipamento de espalhamento - O espalhamento do aglutinante deve, de

preferência, ser efectuado mecanicamente, com barra de espalhamento adaptada a

caldeiras ou tanques espalhadores, ou manualmente, com uma lança de

espalhamento. Tanto as caldeiras como os tanques espalhadores devem ser mu-

nidos de termómetro e manómetro.

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A escolha do equipamento para espalhamento é em função da natureza e extensão

do trabalho a executar, sendo empregados, de preferência, tanques espalhadores

para trabalhos cuja extensão seja igual ou superior a 10 km.

Os distribuidores mecânicos, ou os veículos que os rebocam, devem ser equipados

com os meios adequados de forma a ser conhecida a sua velocidade quando se

desloquem na estrada. Os indicadores de velocidade devem ser independentes dos

velocímetros normais dos veículos.

Condições de espalhamento - O espalhamento de aglutinante sobre bases

impregnadas não deve ser feito antes de decorridas 24 horas após a impregnação,

devendo a superfície de aplicação encontrar-se completamente seca.

A temperatura de espalhamento do aglutinante deve estar compreendida entre 15 e

18 C.

Não será permitida a aplicação do aglutinante quando a temperatura ambiente for

inferior a 15 C, ou quando a temperatura do pavimento for inferior a 25 C.

Juntas de construção - A quantidade de aglutinante colhido dentro da largura

efetiva , em qualquer faixa da superfície com 5 cm de largura, não deve diferir da

média obtida em toda a largura efetiva , em mais do que 15%.

Define-se largura efetiva com a largura da superfície espalhada menos 15 cm de

cada lado.

A quantidade de aglutinante colhido nos 15 cm exteriores à largura efetiva não

deve ser inferior a 50% nem superior a 100% da média obtida na largura efetiva .

Regularidade longitudinal - A distribuição não pode variar longitudinalmente mais

do que 10%.

Espalhamento e compactação do agregado

Espalhamento mecânico - Deve-se utilizar o espalhamento mecânico do agregado,

sempre que o espalhamento do aglutinante também seja feito mecanicamente. Este

deve ser efectuado logo em seguida ao do aglutinante.

Os espalhamentos devem deixar cair o agregado verticalmente, distribuindo-o

uniformemente segundo a taxa prevista. Nas zonas em que o agregado não fique

conveniente distribuído, proceder-se-á à sua regularização, manualmente;

Espalhamento manual - O espalhamento manual do agregado será efectuado logo

em seguida ao espalhamento do aglutinante, com o auxílio de pás, e em lanços

largos, por forma a cobrir uniformemente toda a superfície. Seguidamente, deve

proceder-se à regularização com vassouras dos elementos do agregado;

Compactação - A compactação deve efetuar-se logo após o espalhamento do

agregado. A fim de evitar o seu esmagamento, há vantagem no emprego de cilindros

de pneus, cuja velocidade não deve exceder 10 km/h. Admite-se o emprego de

cilindros de rasto liso, não vibradores, com peso adequado à resistência do agre-

gado, mas nunca superior a 8 toneladas. Neste caso, a velocidade não deve ser

superior a 4 km/h e o cilindramento deve terminar logo que se comece a notar

esmagamento do agregado.

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A operação de cilindramento deve prosseguir até que o agregado esteja

convenientemente estabilizado.

Verificação e ensaios

A superfície final deve apresentar-se uniforme, sem zonas de refluimento de betume,

sem ondulações, não sendo de admitir irregularidades superiores a 0,003 m quando

se assentar sobre ela uma régua de 3 m.

A verificação das características dos agregados será efetuada por ensaios

realizados de acordo com as seguintes Especificações do LNEC:

E-232-"Agregados - Amostragem para pavimentação";

E-233-"Agregados - Análise granulométrica";

E-236-"Agregados - Determinação de quantidade de torrões argilosos em agregados

naturais";

E-237-"Agregados - Ensaios de desgaste pela máquina de LOS ANGELES".

A verificação das características e receção dos aglutinantes será realizada de acordo

com as Especificações do LNEC a seguir indicadas:

E-80-"Betumes asfálticos para pavimentação - Características e receção";

E-98-"Betumes fluidificados para pavimentação - Características e receção".

20. EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA

20.1 MARCAS RODOVIÁRIAS (SINALIZAÇÃO HORIZONTAL)

20.1 - MATERIAL TERMOPLÁSTICO DE APLICAÇÃO A QUENTE

20.1.1 - PRÉ-MARCAÇÃO

A pré-marcação é obrigatória, não sendo permitido o início da marcação sem que

aquela tenha sido revista e aprovada pela Fiscalização.

Sempre que seja possível apoiar mecanicamente a marcação de uma linha na pré-

marcação de outra que lhe seja paralela, a pré-marcação da primeira pode ser

dispensada (caso da marcação de guias apoiadas na pré-marcação do eixo).

A pré-marcação pode ser executada pelos processos:

a) - Manual

Por meio de um cordel suficientemente esticado e ajustado ao desenvolvimento das

respetivas marcas, ao longo do qual, por intermédio de um pincel ou outro meio

auxiliar apropriado, se executa a piquetagem por pontos, por pequenos traços ou por

linha contínua fina, ou recorrendo a pintura de referência ou contornos (quando há

lugar à utilização de moldes).

b) - Mecânica

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Não dispensando a pré-marcação manual, sobre a qual ele se apoia, o processo

mecânico é utilizado a partir da máquina de marcação, mediante utilização de um

braço com ponteiro de pintura que, à direita e à esquerda, executa a piquetagem.

A pré-marcação deve prever, no pavimento a marcar, a definição de:

a) - Nas linhas longitudinais

- Piquetagem;

- Indicação dos limites das zonas com diferentes relações traço/espaço;

- Indicação dos limites das zonas de linhas contínuas.

b) - Nas marcas diversas

- Pintura de referência, para implantação dos moldes de execução.

20.1.2 - PREPARAÇÃO DA SUPERFICIE

A superfície que vai ser marcada deve apresentar-se seca e livre de sujidades,

detritos e poeiras.

O Empreiteiro será responsável pelo insucesso das pinturas causado por deficiente

preparação da superfície.

Se se tratar de um pavimento velho e polido, deverá ser utilizado um aparelho com

características adesivas adequadas ao caso em presença, a fim de se garantir uma

aderência conveniente das marcas.

20.1.3 - MARCAÇÃO EXPERIMENTAL

Para verificação da uniformidade da marcação das linhas longitudinais, quanto a

dimensão, largura, homogeneidade de aplicação do produto e das pérolas de vidro e

ainda para se regular o equipamento de aplicação (velocidade de avanço, pressão

de ar nos bicos e no compressor, temperatura) deverá ser feita uma marcação

experimental, fora da zona da obra e em local a definir pela Fiscalização, tanto

quanto possível, com características semelhantes de superfície.

A passagem à marcação definitiva dependerá do parecer da Fiscalização em face

dos resultados obtidos, quer em observação diurna, quer noturna (retroreflexão).

20.1.4 - MARCAÇÃO

20.1.4.1 - Aprovação da pré-marcação

A marcação não poderá ser iniciada sem que a Fiscalização tenha aprovado a pré-

marcação, como já foi referido.

1.4.2 - Processo de marcação

Para execução das marcas rodoviárias (marcação) devem ser utilizados, para

aplicação de material termoplástico, os seguintes processos:

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a) - Manual (por

moldagem) A utilizar na

execução de:

- Marcas transversais e barras em zonas mortas;

- Setas (de seleção, de desvio e outras);

- Símbolos (sinais e outros);

- Inscrições (números e letras).

As marcas rodoviárias serão executadas em sobreespessura por colagem gravítica e

espalhamento manual com emprego de moldes. A espessura seca do material

aplicado deve apresentar um valor entre 2,5 e 3,0 mm.

A temperatura de aplicação deve situar-se entre 165ºC e 190ºC e o tempo de

secagem (ausência de pegajosidade resistente à passagem de veículos) não deve

ultrapassar 2 a 3 minutos.

As caldeiras de aquecimento devem estar munidas de dispositivos de agitação

mecânica, para se evitar a segregação dos diversos constituintes.

A utilização de sistemas de pré-aquecimento da superfície a marcar não é permitida,

por princípio, a menos que a Fiscalização o reconheça como indispensável.

b) - Mecânica (spray)

A utilizar na execução de Marcas longitudinais;

Deve ser concretizado com o emprego de máquinas móveis com dispositivos

manuais e automáticos de aplicação do material termoplástico pulverizado (spray) e

de projecção simultânea, sobre a superfície do material, de esferas de vidro.

A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor uniforme não

inferior a 1,5 mm.

A temperatura de aplicação deve situar-se entre 200ºC e 220ºC e o tempo de

secagem não deve ultrapassar os 40 segundos, para as espessuras previstas.

A taxa de projeção de esferas de vidro deve estar compreendida entre 400 e 500

g/m2.

21.1.5 - APROVAÇÃO DAS MARCAS

As marcas que não se apresentem nas condições exigidas (geométricas, de

constituição ou de eficácia), serão rejeitadas e como tal removidas, podendo,

contudo, ser repetida a execução, se houver da parte do Empreiteiro a garantia de

uma retificação conveniente e suscetível de ser aceite pela Fiscalização.

A remoção deve ser efetuada no prazo de 3 dias a contar da data de notificação da

rejeição, pelo que o Empreiteiro, se o não fizer nesse prazo, ficará sujeito aos

encargos resultantes da remoção que a Fiscalização mande executar por terceiros.

21.2 - LOTES, AMOSTRAS E ENSAIOS

a) - Durante a execução dos trabalhos, e sempre que o entender, a Fiscalização

reserva-se o direito de tomar amostras e mandar proceder às análises e ensaios que

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julgar convenientes para verificação das características dos materiais utilizados. As

amostras serão, em geral, tomadas em triplicado, e levarão as indicações

necessárias à sua identificação.

b) - As análises e ensaios necessários poderão vir a ser executados pelas entidades

que o dono da obra entender adequadas, por conta do Adjudicatário.

21.3 Sinalização Vertical

21.3.1 - ARMAZENAMENTO DOS SINAIS

Todos os sinais e seus componentes deverão ser armazenados em local fechado,

limpo e arejado.

21.3.2 - MONTAGEM DOS SINAIS

Os dispositivos de fixação dos painéis de sinalização nos seus suportes (prumos),

devem permitir o seu posicionamento definitivo por deslocamento horizontal e

vertical dos seus pontos de fixação.

A sequência seguida na montagem será a que melhor se adapte à natureza e

localização do sinal, sendo recomendada a seguinte: montagem dos perfilados, ou

chapas, nos suportes, mediante aperto suave; verificação e acerto posicional com

aperto definitivo.

21.3.3 - LOCALIZAÇÃO DOS SINAIS

A localização dos sinais será a indicada nos desenhos. Serão permitidos ligeiros

ajustes de posicionamento para melhor adaptação a condicionalismos locais, não

podendo, contudo, ser comprometidas as posições relativas de sinais aplicados em

interligação e cujo posicionamento esteja diretamente relacionado com as marcas

rodoviárias do pavimento adjacente.

21.3.4 - IMPLANTAÇÃO TRANSVERSAL DOS SINAIS

Os sinais são implantados do lado direito, no sentido de tráfego a que respeitam, no

limite exterior da berma em secção corrente.

Em ilhas, separadores materializados e passeios, os sinais são implantados com um

afastamento mínimo de 0,50 m ao limite da faixa de rodagem.

Os sinais são implantados de molde que a sua superfície realize, com a linha da

faixa de rodagem, um ângulo de 100º, medido pelo tardoz dos mesmos.

21.3.5 - IMPLANTAÇÃO VERTICAL DOS SINAIS

Deverão ser respeitados os esquemas de implantação indicados nos documentos

normativos dO IEP, sobre sinalização vertical, que estiverem em vigor; em qualquer

caso deverá a Fiscalização, em tempo oportuno, obter a ratificação da Direção dos

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Serviços de Conservação relativamente à implementação do esquema projetado,

face à eventual conveniência em executar a sinalização em moldes renovados.

Os sinais de média dimensão, designadamente os sinais direcionais, um grupo que

pertence ao Sistema Informativo, deverão ser colocados a 2,20 m do solo (para a

base da seta mais baixa) e possuir os afastamentos entre setas indicados nos

documentos normativos dO IEP.

A localização do poste único deverá ser tal que se encontre o mais recolhido

possível em relação aos sentidos de tráfego e às vias envolventes sem obviar,

contudo, os critérios de visibilidade essenciais à leitura das indicações constantes

dos mesmos sinais.

Serão encastrados num maciço cúbico de betão C16/20 com 0,5 m de aresta, a uma

profundidade que permita um recobrimento na base do prumo de 0,10 m.

21.3.6 - ESCAVAÇÕES PARA MACIÇOS DE FUNDAÇÃO DE SINAIS

Os caboucos para os maciços de fundação serão, em princípio, levados até à

profundidade indicada nos desenhos de execução, podendo no entanto, de acordo

com a Fiscalização, a fundação ser alterada de acordo com as condições reais

reveladas.

A escavação será completada por um saneamento cuidado das soleiras e paredes

dos caboucos, de modo a que no final estas superfícies se apresentem

completamente limpas e isentas de materiais soltos, não podendo iniciar-se a

betonagem sem autorização expressa da Fiscalização.

As escavações serão conduzidas para que fique salvaguardada a completa

segurança do pessoal contra desmoronamentos ou outros perigos e assegurada a

correcta execução das operações de betonagem, procedendo-se, para isso, às

entivações e escoramentos que a Fiscalização reconheça necessários.

Nos preços contratuais encontram-se incluídos todos os trabalhos relativos à sua

completa execução, tais como: elevação, remoção, carga, transporte a vazadouro, a

depósito e vice-versa, entivações, esgotos, compactação, regularização e

percentagens de empolamento ou quaisquer outros trabalhos subsidiários

necessários à segurança do pessoal e à correta execução das operações de

betonagem, ficando bem esclarecido que o Adjudicatário se inteirou no local, antes

da elaboração da sua proposta, de todas as particularidades do trabalho e que

nenhum direito a indemnização lhe assiste no caso das condições de execução se

revelarem diferentes das que inicialmente previra.

Para efeitos de medição, o volume a considerar será obtido a partir dos perfis

teóricos da escavação.

Todos os materiais e equipamentos não especificados e que tenham emprego na

obra deverão satisfazer as condições técnicas de resistência e segurança impostas

por regulamentos que lhes digam respeito, ou ter características que satisfaçam às

boas normas construtivas.

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A Fiscalização poderá exigir que sejam submetidos a ensaios para a sua verificação,

reservando-se o direito de indicar para cada caso as condições a que devem

satisfazer, tendo em conta o fim que se destinam e as condições de trabalho a que

vão ficar sujeitos.

Deverão ainda todos os materiais satisfazer as características constantes das

Especificações, Documentos de Homologação e Circulares de Informação Técnica

emitidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Não existindo normalização nacional, os materiais deverão obedecer a normas

internacionais ou Eurocódigos em vigor.

21. Revestimento Vegetal

Preparação do terreno

Para se proceder ao revestimento vegetal há que preparar o terreno, o que consiste

na execução das várias operações, na seguinte ordem:

- Pequena modelação do terreno;

- Mobilização, mecânica ou manual até 0,20 m de profundidade (cava ou lavoura)

em toda a superfície do terreno, seguida de escarificação, gradagem ou recava até

0,10 m de profundidade nos taludes e restantes áreas a recobrir com terra vegetal;

- Despedrega, ou escolha e retirada de pedras e materiais estranhos ao trabalho,

incluindo troncos de árvores e entulhos, com dimensões superiores a 0,06 m nos

0,15 m superficiais;

- Espalhamento quando necessário de terra vegetal, mecânica ou manualmente, de

modo a formar uma camada superficial com aproximadamente 0,15 m de espessura

nas zonas de talude e 0,30 m nas restantes zonas a semear e a plantar;

- Regularização prévia, efetuada mecânica ou manualmente;

- Fertilização química e orgânica.

Modelação Final do Terreno

Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa execução da

limpeza e preparação final do solo.

Considera-se como trabalho de modelação final um terreno apto a plantar e semear,

em que o solo se encontre com as condições ótimas de composição pretendida e

com uma superfície regular, de acordo com cotas de projeto.

Espalhamento de terra vegetal

Refere-se este capítulo ao fornecimento e incorporação de terra vegetal em todas as

áreas a plantar e nas covas para plantação de árvores, palmeiras, cicadáceas e

arbustos.

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Composto de plantação

Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários à obtenção de um

composto de plantação para enchimento de covas ou espalhamento em camada

superficial do solo. De entre os diversos trabalhos e fornecimentos destacam-se os

seguintes:

Transporte, deposição e armazenamento de volumes de composto de plantação;

Melhoramentos de granulometria, composição química ou matéria orgânica;

Análise à quantidade do solo existente e do composto de plantação, por lotes e a

pedido da fiscalização.

Plantações e Transplantações

Inclui a preparação para transplantação, fornecimento ou remoção,

transporte/transladação, descarga e acondicionamento de árvores, implantação do

projeto, abertura de covas, execução de plantações, enchimento com terra vegetal e

adubação, incluindo rega após plantação e manutenção até à Receção Definitiva.

Em todas as plantações o Empreiteiro deverá respeitar escrupulosamente os

respetivos planos, não sendo permitidas quaisquer substituições de espécies sem

prévia autorização da Fiscalização. Esta operação compreende a piquetagem do

projeto, cava geral, todos os fornecimentos de material vegetal, abertura de covas

(só para árvores, palmeiras, cicadáceas e arbustos), plantação, tutoragem,

amarração e rega e a manutenção até à Receção Definitiva.

O trabalho de plantação e de transplantação iniciar-se-ão apenas após finalização

dos trabalhos de preparação de infraestruturas na sua totalidade ou na parte relativa,

e após reunião preparatória com a Fiscalização, para aprovação do plano de

trabalho. Os trabalhos deverão decorrer em condições atmosféricas favoráveis, sem

excesso de calor ou frio.

22. CONSIDERAÇÕES FINAIS Rejeição de materiais ou obras mal executadas poderão ser rejeitadas. Antes de se proceder ao assentamento de qualquer material o adjudicatário deverá apresentá-los para aprovação. Mesmo que determinados materiais tenham sido aceites pela a fiscalização em obra isso não isenta o adjudicatário da obrigatoriedade de demolição dos trabalhos feitos, se for constatado que os referidos materiais não se comportam adequadamente uma vez assentes em obra. Trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos, que forem necessários para o cumprimento da presente empreitada, serão executados com perfeição e

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solidez, tendo em vista os regulamentos, normas e demais legislação em vigor, as indicações do projeto e as instruções da fiscalização. DISPOSIÇÕES EXECUTIVAS FINAIS. Depois de terminada a obra o empreiteiro é obrigado a remover do local, no prazo de 30 dias a contar do auto de receção provisório, os restos dos materiais, entulhos, equipamentos , andaimes e tudo o mais que tenha servido para a execução dos trabalhos. Dentro do prazo fixado atrás, o empreiteiro procederá, ainda, e de sua conta também, ao desmonte do estaleiro e obras auxiliares de construção e à limpeza e regularização das zonas dos trabalhos e dos estaleiros. Se o empreiteiro não cumprir o estipulado nos parágrafos anteriores mandar-se-á proceder à custa daquele aos referidos trabalhos finais em falta, não assistindo ao empreiteiro o direito a qualquer indemnização pelo extravio ou outra aplicação que for dado aos materiais , equipamentos ou elementos removidos. O Empreiteiro poderá solicitar por escrito ao serviço fiscalizador a prorrogação do prazo fixado atrás com a correspondente suspensão, por igual tempo, do disposto no parágrafo anterior, mas a prorrogação só será concedida por motivo plenamente justificado. justificado o prazo fixado se mostrar manifestamente insuficiente e desde que o empreiteiro não tenha interrompido as remoções, desmontes, limpezas e regularizações especificas.

TUDO O QUE FOR OMISSO DEVERÁ SER ESCLARECIDO COM A FISCALIZAÇÃO EM TEMPO COMPATÍVEL COM O PROGRAMA DE TRABALHO PROPOSTO PELO EMPREITEIRO.