Caderno de Provas CPMG PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA · 2019. 12. 2. · Caderno de Provas CPMG – 50/57 NS PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA Edital Nº. 001/2019 – Prefeituras/Câmara

Caderno de Provas

CPMG – 50/57 NS PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA

Edital Nº. 001/2019 – Prefeituras/Câmara

Municipais do Mato Grande Potiguar/RN Data: ____/____/____

INSTRUÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA

Use apenas caneta esferográfica azul ou preta.

Escreva a data, a sua assinatura e o número de inscrição no espaço indicado nesta capa.

A prova terá duração máxima de 3 (três) horas, incluindo o tempo para responder a todas as questões do Caderno de Provas e preencher as Folhas de Respostas.

Antes de retirar-se definitivamente da sala, entregue as Folhas de Respostas ao fiscal.

O Caderno de Provas só poderá ser levado pelo candidato após decorridas 03h do início da prova.

Este Caderno de Provas contém, respectivamente, 5 (cinco) questões de Didática e 25 (vinte e cinco) questões de Conhecimentos da Língua Portuguesa.

Se o Caderno de Provas contiver alguma imperfeição gráfica que impeça a leitura, comunique isso imediatamente ao Fiscal.

Cada questão de múltipla escolha apresenta apenas uma resposta correta. Para a marcação da alternativa escolhida na Folha de Respostas, pinte completamente o campo correspondente conforme a figura a seguir:

Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno de Provas não serão considerados para efeito de avaliação.

Interpretar as questões faz parte da avaliação; portanto, não é permitido solicitar esclarecimentos aos Fiscais.

O preenchimento das Folhas de Respostas é de sua inteira responsabilidade.

A quantidade de questões objetivas e respectivas pontuações desta prova estão apresentadas a seguir:

Disciplina Número de questões Pontos

Didática 05 questões 20 pontos

Língua Portuguesa 25 questões 80 pontos

Total de questões 30 questões 100 pontos

ASSINATURA DO CANDIDATO: NÚMERO DE INSCRIÇÃO:

_________________________

CONCURSO PÚBLICO – PREFEITURAS MUNICIPAIS DO MATO GRANDE POTIGUAR/RN

EDITAL Nº 001/2019

Concurso Público – Prefeituras Municipais do Mato Grande Potiguar/RN

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QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA – DIDÁTICA – NÍVEL SUPERIOR 01. No trabalho de Vygotski e dos seus seguidores, especialmente Luria e Leontiev, encontra-se a visão de

desenvolvimento e aprendizagem. Com base no pensamento de Vygotski, é correto afirmar que a

aprendizagem

A) parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o nascimento não são essenciais e/ou importantes para o desenvolvimento. As qualidades e capacidades básicas de cada ser humano já se encontrariam basicamente prontas e em sua forma final por ocasião do seu nascimento.

B) é um processo de apropriação que ocorre na relação individuo-meio, e essa relação impulsionará o desenvolvimento humano. A mediação entre o universo social e o universo cultural tem fundamental contribuição no sucesso ou fracasso do aluno.

C) é explicada a partir dos comportamentos observáveis do sujeito. Desprezam-se a análise de outros aspectos da conduta humana como o seu raciocínio, os seus desejos e as suas fantasias, os seus sentimentos.

D) é um processo que resulta das vivências ao longo da vida, em contato com estímulos que reforçam ou punem seus comportamentos anteriores. O comportamento é sempre o resultado de associaçãoes estabelecidas entre algo que provoca e algo que o segue e o mantém.

02. Tratam-se de atividades, métodos, técnicas e modalidades de ensino selecionados com o propósito de

facilitar a aprendizagem. São propriamente os diversos modos de organizar o conjunto de recursos

possíveis e adequados à promoção da aprendizagem. Essa definição refere-se aos

A) objetivos de ensino.

B) processos avaliativos de ensino.

C) procedimentos de ensino.

D) projetos de ensino. 03. No contexto da educação brasileira, temos em vigor a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um

documento que traz as referências para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares,

para a construção de currículos escolares. Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais

definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez

competências gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e

desenvolvimento. Uma das competências definidas na BNCC é

A) utilizar diferentes linguagens – verbal, corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

B) exercitar a curiosidade imagética e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a ficção e a criatividade, para investigar causas, copiar e testar hipóteses, resolver problemas dados (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das áreas de conhecimento afins.

C) compreender, utilizar e copiar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma eficiente, significativa e ética nas práticas escolares, para se comunicar, acessar e disseminar informações, reproduzir conhecimentos, demonstar soluções de problemas.

D) exercitar a apatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a competitividade, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao mérito e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da individualidade, dos princípios morais, dos saberes tradicionais e suas potencialidades.


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04. O planejamento educacional e de ensino são realizados e desenvolvidos em vários e determinados níveis. Considerando os níveis do planejamento educacional e de ensino é correto afirmar que

A) os planos curriculares orienta o planejamento, de maneira sistemática e unitária, da ação escolar. A partir deles, elabora-se o planejamento educacional em nível nacional, determinando a base nacional comum curricular.

B) os planos de escola se situam em um nível bem mais específico e concreto em relação aos outros. Neles, estão previstos as diretrizes da educação nacional, inseridas num contexto histórico, com previsões de realização em longo, médio e curto prazo.

C) o processo de planejamento de curso operacionaliza, por meio de planos setoriais e de ensino, o plano nacional de educação. Como decorrência do planjeamento, têm-se os planos curriculares, que são mais abrangentes e focais.

D) os planos de ensino são meios para dinamizar a educação e o ensino, numa realidade escolar, por meio do processo de ensino. Neles, são trabalhados os componentes fundamentais do currículo escolar. Compreendem os planos de disciplinas, de unidades de ensino, de aula.

05. As técnicas, os procedimentos e os instrumentos de avaliação proporcionam informações específicas

sobre o conteúdo com que se trabalha (conceitos, procedimentos, atitudes) e sobre o processo de ensino e aprendizagem. Considerando a configuração do processo de avaliação da aprendizagem e o que preceitua a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei . nº 9.394/96), é correto afirmar que, para avaliar

A) a aquisição de conteúdos conceituais, a orientação é que se utilizem instrumentos que informem sobre o nível de assimilação desses conteúdos. A avaliação deve se contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

B) o domínio de conteúdos atitudinais e de valores, a orientação é que se utilizem instrumentos que permitam a constatação de que o aluno está adquirindo destreza e domínio de determinadas habilidades, tais como manejar, provar, executar, simular, construir. A avaliação deve ser classificatória e cumulativa, com ênfase nos resultados e nos aspectos quantitativos.

C) o domínio de conteúdos procedimentais, a orientação é que se utilizem instrumentos de observação que permitam apreciar a evolução do aluno em relação aos aspectos comportamentais. A avaliação deve ter a função de classificar, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

D) a aquisição de conteúdos, é importante que o professor utilize o instrumento que mais se aproxime do seu conhecimento. A avaliação deve ser contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos.


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QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA – PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA – NÍVEL SUPERIOR

As questões de 06 a 16 referem-se ao texto a seguir.

TEXTO 1

O reencontro Gabriel Perissé

Estou em busca de uma livraria. Não pode ser livraria virtual. Quero uma livraria com cheiro de livro,

com pilha de livros, com vendedores de livros que saibam exatamente onde os livros estão. Procuro uma livraria no mapa da cidade. Quero folhear livros reais, contemplar capas coloridas, ler

orelhas cheias de promessas, ouvir pessoas pedindo livros que eu não compraria jamais. Quero sentir o peso dos livros. Há livros leves. Há livros que se movem lentamente nas estantes, procurando esconder-se.

Sei que tem gente livrofóbica. A livrofobia é um terrível mal – porque ainda não está devidamente identificada como doença social, como epidemia sem cura previsível. Há pessoas que fogem do livro, que não suportam a luz que ele emite. Há pessoas que têm medo de suas palavras, das metáforas inusitadas, das ironias indecifráveis, dos personagens que falam por conta própria. Na leitura do livrofóbico, todo livro é um livro de terror.

Procuro no mapa a livraria perdida. Deve estar em alguma esquina maldita, vendendo poetas malditos. Os poetas se refugiaram na livraria. Os filósofos que não são youtubers continuam chamando as pessoas que estão dentro da caverna e fora da livraria. A livraria está repleta de fugitivos ilegais, que atravessaram a fronteira proibida. A livraria é um horizonte perdido.

Estou procurando uma livraria faz mais de uma semana. Logo no início das buscas, encontrei uma espécie de livraria, mas não era bem uma livraria. Havia muitos objetos eletrônicos lá dentro. E, entre telonas de TV e celulares, identifiquei tintas para impressora e outros acessórios de informática.

Não desisti. Continuei na demanda da santa livraria. Numa grande avenida, descendo por escadas soturnas, deparei com um local que parecia ser uma autêntica livraria. Mas não. Foi engano. Era uma papelaria em lugar da livraria. Cadernos, agendas, canetas, lápis, grampos, clipes, cartões, cartolinas e até um enorme globo terrestre para decorar a mesa de algum estudioso do nosso planeta.

Onde haverá uma livraria nesta terra bendita? Bendita serás tu, livraria, se eu te encontrar sã e salva. Benditos os frutos de tuas entranhas, os livros. Vou fazer uma oração das antigas, uma promessa ingênua a todos os santos da devoção popular. Minha peregrinação só chegará ao fim quando for o fim do mundo.

Neste mundo vasto mundo, deve existir uma livraria, ainda que minúscula, ainda que reduzida a ruínas, ainda que soterrada pelo analfabetismo funcional avassalador que desafia as escolas, os professores, os editores, os tradutores e os heroicos revisores.

Librarium, ubi es? Onde está você, livraria? Mas o que será mesmo uma livraria, para que eu volte a reconhecê-la no momento exato? Um

depósito de ideias? Um grande sertão no meio do qual surgiu a montanha mágica? Haverá talvez livros na livraria?

Já sei! Tive uma ideia brilhante – digna de um leitor viciado em papel salpicado de letras impressas! Vou pegar um dos livros que estão aqui, na minha biblioteca. Vou levá-lo às ruas, e ele em seguida me levará à livraria.

O livro é farejador de outros livros. Saberá me conduzir ao endereço certo. Localizará os seus semelhantes e sua toca misteriosa. O livro tem instinto aguçado. Tem perspicácia incomparável. Conseguirá identificar o odor característico que os outros livros exalam. Chegarei lá a qualquer momento. Basta ser persistente.

Este livro de faro apurado não me deixará na mão. Hei de encontrar a livraria edênica, onde autores de todos os tipos e estilos convivem em relativa paz, disputando em silêncio o olhar de possíveis leitores. O livro é infalível. A livraria não escapará de sua esperteza.

O tempo corre, mas o livro buscante corre mais. Dentro do livro há esperança de novos livros. Livros a serem descobertos. Ou a serem inventados. Como matrioscas de papel, livros saltam do interior de outros livros. Uma livraria sem fim.

E no final da longa estrada pedregosa, lá está a livraria. Todas as livrarias são convidativas. Todas têm algo de sagrado.

Vou entrar. No escuro, os livros são claros. O livro farejador arruma um espaço para descansar entre seus primos

e irmãos. A livraria enfim reencontrada. Precisaria consultar muitos dicionários para descrevê-la com precisão.


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O que me surpreende, no entanto, é o que passo a relatar. Vejo muitos fantasmas andando por ali. São pacíficos e elegantes. Reconheço alguns. Ali está Saramago, ensaiando novos romances. Mais à frente encontro Clarice, brincando de esconde-esconde consigo mesma. Camões e Dante releem seus versos um para o outro.

Muitos vultos me parecem familiares, mas desconheço quem sejam. Experimento perguntar a uma dessas figuras:

— Quem é você? Em que época viveu? — Sou um escritor desconhecido. Nasci e morri no século XX, mas continuo vivo aqui. — Gostaria de saber mais a seu respeito… Ele não quer conversa, porém. Desaparece subitamente. Eu mesmo começo a achar que sou um

leitor fantasma. Um leitor imortal, que resiste ao sumiço das livrarias. Que continuará procurando.

Educação, Ed. 254, editora Segmento, 2019

06. O texto é marcado pela

A) resignação em relação à busca por um passado áureo das livrarias.

B) descrença na possibilidade de reencontro da livraria idealizada.

C) nostalgia em relação à transformação do perfil das livrarias.

D) atitude do reencontro do leitor com o perfil de livraria idealizado. 07. Considere o excerto.

Onde haverá uma livraria nesta terra bendita? Bendita serás tu, livraria, se eu te encontrar sã e salva. Benditos os frutos de tuas entranhas, os livros. Vou fazer uma oração das antigas, uma promessa ingênua a todos os santos da devoção popular. Minha peregrinação só chegará ao fim quando for o fim do mundo.

Há, nesse excerto,

A) tão somente a voz do autor do texto, descartando-se a possibilidade de relação intertextual.

B) a presença de outra voz, além da voz do autor, por meio da intertextualidade explícita.

C) tão somente a voz do autor do texto, mesclando intertextualidades implícita e explícita.

D) a presença de outra voz, além da voz do autor, por meio da intertextualidade implícita.

08. A retirada do sinal de pontuação que se encontra entre as construções linguísticas A e B causa inversão

do sentido em

A) (A) Mas não. (B) Foi engano.

B) (A) Livros a serem descobertos. (B)Ou a serem inventados.

C) (A) E no final da longa estrada pedregosa, (B) lá está a livraria.

D) (A) No escuro, (B) os livros são claros.


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09. Considere o período a seguir.

Havia muitos objetos eletrônicos lá dentro.

Considerando-se as orientações normativas do português padrão, é correta a substituição da forma verbal em destaque pelo verbo

A) existir, flexionado no plural para concordar com o sujeito.

B) existir, flexionado no singular, porque é impessoal.

C) ter, flexionado no singular, porque é impessoal.

D) ter, flexionado no plural para concordar com o sujeito.

Para responder as questões de 10 a 12, considere o período a seguir.

Há pessoas que [1] fogem do livro, que [2] não suportam a luz que [3] ele emite.

10. Em relação aos vocábulos em destaque, os três elementos linguísticos são

A) conjunções integrantes e introduzem orações substantivas subjetivas.

B) pronomes relativos e introduzem orações adjetivas restritivas.

C) conjunções integrantes e introduzem orações substantivas distintas.

D) pronomes relativos e introduzem orações adjetivas distintas. 11. Em relação aos vocábulos em destaque,

A) [1] e [2] retomam referentes distintos e funcionam como sujeitos das orações.

B) [1] e [3] retomam referentes distintos, mas possuem função sintática idênticas.

C) [1] e [2] retomam o mesmo referente e funcionam como sujeitos das orações.

D) [1] e [3] retomam o mesmo referente, mas possuem função sintática distinta.

12. Em relação às informações implícitas, existem, no período,

A) três pressupostos marcados linguisticamente.

B) três subentendidos marcados linguisticamente.

C) dois subentendidos marcados linguisticamente e um pressuposto sem marcação linguística.

D) dois pressupostos sem marcações linguísticas e um subentendido marcado linguisticamente.


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13. Considere o excerto.

O livro é farejador de outros livros. Saberá me conduzir ao endereço certo. Localizará os seus semelhantes e sua toca misteriosa. O livro tem instinto aguçado. Tem perspicácia incomparável. Conseguirá identificar o odor característico que os outros livros exalam. [...]

São recursos coesivos dominantes nesse trecho

A) a substituição por palavra lexical e a retomada por elipse.

B) a substituição por palavra gramatical e o paralelismo.

C) o paralelismo e a retomada por hiperônimo.

D) o paralelismo e a retomada por elipse. 14. Considere o período.

Neste mundo vasto mundo, deve existir uma livraria, ainda que minúscula, ainda que reduzida a ruínas, ainda que soterrada pelo analfabetismo funcional avassalador que desafia as escolas, os professores, os editores, os tradutores e os heroicos revisores.

A repetição da estrutura em destaque

A) atenua uma crítica às livrarias.

B) ratifica um raciocínio conclusivo.

C) reforça um raciocínio concessivo.

D) explicita uma comparação entre livrarias. 15. Considere o excerto.

Um leitor imortal, que resiste ao sumiço das livrarias. Que continuará procurando.

Sobre esse excerto, considerando as relações sintático-semânticas da língua portuguesa e preservando o sentido, o ponto pode ser substituído

A) por uma vírgula que separará duas orações: uma adjetiva e outra substantiva.

B) pela conjunção “mas”, que estabelecerá uma relação adversativa entre duas orações de valor adjetivo.

C) pela conjunção “e”, que estabelecerá uma relação aditiva entre duas orações de valor adjetivo.

D) por uma vírgula que separará duas orações: uma adverbial e outra substantiva.


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16. Considere o o excerto.

— Quem é você? Em que época viveu? — Sou um escritor desconhecido. Nasci e morri no século XX, mas continuo vivo aqui. — Gostaria de saber mais a seu respeito…

A sequência textual, apresentada nesse trecho, é de ocorrência

A) comum em gêneros como o conto e a crônica.

B) exclusiva em gêneros como o conto e a crônica.

C) exclusiva em gêneros da esfera literária, excetuando-se os poemas, uma vez que são escritos em verso.

D) comum em gêneros da esfera jornalística, excluindo-se os editoriais, uma vez que são escritos em prosa.

As questões de 17 a 20 referem-se ao texto 2.

TEXTO 2

Meu nome é Nani. Eu trabalho no Bankso. Resolvi te escrever porque acho que é exatamente esse contato próximo que nós valorizamos. Em vez de tratarmos as pessoas como números, tratamos como pessoas.

A gente acredita que todo esse tempo os bancos cobraram muito para exigir pouco. Isso não tem nada a ver . E foi aí que criamos algo para pessoas de saco cheio com a burocracia, de tarifas abusivas e de pegar fila no banco.

Por isso fizemos um cartão de crédito fácil de controlar, onde você faz tudo pelo app, e uma conta digital que rende mais do que a poupança, todos os dias.

Se você acha que isso faz sentido para você, é só usar o link ali embaixo para ser nosso cliente. Bjs, Nani

www.bankso/Nani

Texto adaptado para fins didáticos.

17. Esse texto é de uma correspondência enviada por um banco com o propósito de conquistar novos

clientes. Sobre essa correspondência, é correto afirmar:

A) os idealizadores demonstram bom conhecimento interacional, uma vez que fizeram uso de características de um gênero textual de uso familiar, o que se coaduna com o propósito comunicativo.

B) a falta de conhecimento linguístico evidenciada pelo uso concomitante de “te” e “você” para se dirigir ao interlocutor contribui, nessa situação, para a ineficácia do cumprimento do propósito comunicativo.

C) os idealizadores demonstram conhecimento enciclopédico insuficiente, uma vez que fizeram uso de características de um gênero textual inadequado à correspondência comercial, o que prejudica a eficácia do propósito comunicativo.

D) a falta de conhecimento interacional evidenciada pelo uso, sem uniformidade, das primeiras pessoas do singular e do plural contribui, nessa situação, para a ineficácia do cumprimento do propósito comunicativo.


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18. Considerando-se as características apresentadas pela situação de comunicação na qual está inserido o texto veiculado na correspondência, há o entrecruzamento de características

A) dos tipos carta pessoal, correspondência comercial e anúncio publicitário, com a predominância do gênero argumentativo.

B) dos gêneros carta pessoal, correspondência comercial e anúncio publicitário, com a predominância do tipo argumentativo.

C) dos gêneros carta pessoal, correspondência comercial e anúncio publicitário, com a predominância do tipo narrativo.

D) dos tipos carta pessoal, correspondência comercial e anúncio publicitário, com a predominância do gênero narrativo.

19. Coesino é professor de língua portuguesa. Ele foi uma das pessoas que recebeu a correspondência. De

posse do texto, resolveu utilizá-lo em uma atividade de reflexão linguística. O professor solicitou aos alunos que fizessem um levantamento das construções gramaticais consideradas erradas, com o intuito de julgar a eficácia comunicativa do texto. A estratégia de ensino adotada por Coesino revela uma concepção de gramática como

A) conjunto de regras de bom uso da língua, necessárias a uma adequada expressão das ideias, o que caracteriza a primeira concepção de gramática.

B) descrição da estrutura e do funcionamento da língua, objetivando separar construções gramaticais e agramaticais, o que caracteriza a segunda concepção de gramática.

C) conjunto de regras de bom uso da língua e como conjunto de variedades linguísticas utilizadas por uma sociedade, necessárias a uma adequada expressão das ideias, o que caracteriza a terceira concepção de gramática.

D) descrição da estrutura e do funcionamento da língua e como conjunto de variedades linguísticas utilizadas por uma sociedade, necessárias a uma adequada expressão das ideias, o que caracteriza a primeira concepção de gramática.

20. Em relação ao sentido global do texto, um aspecto da coerência textual que pode ser abordado em sala

de aula é

A) a relação entre figura e tema e a coerência no nível da linguagem.

B) a intertextualidade intergenérica e a coerência no nível da linguagem.

C) a intertextualidade intergenérica e a coerência temporal.

D) a relação entre figura e tema e ausência de progressão discursiva.


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As questões de 21 a 26 referem-se ao texto 3.

TEXTO 3

Avenida 10 Babal

Desde o tempo de menino eu brincava

Com ar de sonhador Conheci a natureza Beijando meus pés

O movimento da vila, da rua O ronco do tambor

Em todos os arredores Da avenida 10

Os guaranis festejando a paz

O guerreiro bumbum Éramos todos devotos,

Meninos fiéis Quando não era possível ter sonho

A gente tinha um E ele girava em torno

Da Avenida 10

O movimento do parque O jogo de bola na lama A bandeirinha é o poste

Bom barquinho eu quero passar A lata no carnaval

Pra nós, tudo aquilo era a vida Em meio àquela alegria A bagunça saía a tocar

Minha casa bananeira o jardim

Os meus amigos, eu, Quinho, Élcio, Bonfim, Nelson,

Neguinho e Moisés, Galvão, Fernando, João, Iomar

Todos irmãos Eris Hoje nós somos saudades

Da Avenida 10 21. A sequência textual dominante é marcada, exclusivamente, por verbos organizados numa relação de

A) sucessividade de ações.

B) simultaneidade e estaticidade de ações.

C) simultaneidade de ações.

D) sucessividade e concomitância de ações. 22. São marcas linguísticas caracterizadoras da sequência dominante os verbos flexionados no

A) pretérito imperfeito do indicativo.

B) pretérito perfeito do indicativo.

C) presente do subjuntivo.

D) gerúndio.


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23. Para resgatar integralmente a intenção comunicativa, o leitor precisa acionar, prioritariamente,

A) o conhecimento linguístico.

B) a conotação.

C) a inferência.

D) o conhecimento de mundo.

24. De acordo com o texto,

A) os sonhos do eu-lírico permaneceram, tão somente, enquanto durou a sua infância.

B) o eu-lírico tem uma visão distópica do tempo em que era criança na avenida Dez.

C) a infância do eu-lírico foi constituída de uma miscelânea de sonhos, alegrias e afetos.

D) a avenida Dez em que o eu-lírico viveu na infância era o retrato vivaz de uma metrópole. 25. Cataforina, professora de Língua Portuguesa do 9º ano, solicitou, após os alunos ouvirem a canção, que

identificassem tão somente o emissor, o receptor, a mensagem e o canal do texto Avenida 10. Na atividade proposta, há uma concepção de linguagem como

A) instrumento de comunicação.

B) expressão do pensamento.

C) variação linguística.

D) interação linguística. 26. Depois de realizar a atividade com o texto Avenida 10, Cataforina solicitou para os seus alunos a seguinte

redação:

Produza um texto sobre a sua rua.

Os alunos tiveram muita dificuldade em produzir o texto, e o resultado da produção textual desagradou a professora, porque, segundo ela, os discentes não atenderam ao solicitado e produziram textos de natureza vária. Os alunos tiveram dificuldade em produzir o texto porque, na cena enunciativa proposta, a professora determinou apenas a temática. Para sua atividade ter eficácia, a docente deveria determinar

A) apenas os elementos composicionais do texto a ser produzido.

B) apenas a macroestrutura textual do texto a ser produzido.

C) também o gênero e a sequência textuais do texto a ser produzido.

D) também os coenunciadores virtuais do texto a ser produzido. 27. Os textos 1 e 3, desta avaliação, apresentam traços do gênero

A) crônica, pela linguagem empregada e pela temporalidade dos acontecimentos relatados.

B) conto, pela linguagem empregada e pelo tratamento não ficcional dado aos acontecimentos.

C) crônica, pelo diálogo com uma tese anterior e pela atemporalidade dos acontecimentos relatados.

D) conto, pelo uso frequente da conotação e pelo tratamento não ficcional dado aos acontecimentos.


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28. Os textos 1 e 3, desta avaliação, se aproximam

A) pela escolha do objeto da descrição.

B) pela construção de um discurso saudosista.

C) pelo propósito comunicativo dominante.

D) pelo olhar distópico sobre aspectos da realidade. As questões 29 e 30 referem-se ao excerto reproduzido a seguir. 29. Considere o excerto.

A leitura e o estudo dos textos literários é, em sala de aula, outra instância da escolarização. Não podemos negar que essa escolarização pode acontecer de maneira inadequada quando a escola utiliza um texto literário, deturpando-o, falseando-o, transformando o que é literário em pedagógico. Para se evitar esta inadequação, alguns cuidados devem ser tomados, tais como privilegiar o texto literário e prestar atenção ao escolher um texto do livro didático, pois esse pode estar fragmentado, além do mais já se trata da transposição de um suporte para o outro. Devemos escolher o texto no seu suporte original, ou seja, o livro infantil. Respeitar a integralidade da obra também é importante, pois não podemos retirar ou saltar partes do texto que, por alguma razão, achamos inadequadas para nossos alunos. Colocar a Chapeuzinho Vermelho debaixo da cama por não saber depois explicar o porquê dela sair viva da barriga do lobo não é a solução. Afinal, o texto literário carrega em sua elaboração estética as várias possibilidades de atribuição de sentidos.

Disponível em: <www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40143/1/01d16t08.pdf.> Acesso em: 18 out. 2019

Depreende-se, da leitura do excerto, que, quando o texto literário é transformando em atividade pedagógica, o professor

A) deve optar pela leitura do texto no seu suporte original, porque a mudança de suporte do texto literário altera sobremaneira o seu propósito comunicativo.

B) pode apresentar partes do texto literário aos alunos, desde que explique os motivos dessa alteração.

C) pode optar pela supressão de partes do texto literário, sem alterar a plurissignificação da obra.

D) deve alterar passagens do texto literário, sem alterar o trabalho estético do autor, a fim de adequá-lo ideologicamente à faixa etária dos estudantes.

30. Considere o trecho:

Não podemos negar que essa escolarização pode acontecer de maneira inadequada quando a escola utiliza um texto literário, deturpando-o, falseando-o, transformando o que é literário em pedagógico.

Sobre os termos em destaque, é correto afirmar:

A) exercem função pronominal pessoal do caso reto, função sintática de objeto direto, e seus usos, nesse caso, é uma exigência normativa do português padrão escrito.

B) exercem função pronominal pessoal do caso oblíquo, função sintática de objeto indireto, e seus usos independem da variedade do português que esteja sendo empregada.

C) exercem função pronominal pessoal do caso oblíquo, função sintática de objeto direto, e seus usos, nesse caso, é uma exigência normativa do português padrão escrito.

D) exercem função pronominal pessoal do caso reto, função sintática de objeto indireto, e seus usos dependem da variedade do português que esteja sendo empregada.

http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40143/1/01d16t08.pdf

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