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CADERNO DE RESUMOS VI ENCONTRO DO CEDAP 16 a 18 de outubro de 2012 Preservação do Patrimônio e Democratização da Memória Obra: Carteira de Identidade; Autor: Rubens Gerchman; Acervo do MAM - Museu de Arte Moderna; Fotógrafo: Rômulo Fialdini; Licenciado por inARTS.com

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CADERNO DE RESUMOS

VI ENCONTRO DO CEDAP 16 a 18 de outubro de 2012

Preservação do Patrimônio e Democratização da Memória

Obra: Carteira de Identidade; Autor: Rubens Gerchman;

Acervo do MAM - Museu de Arte Moderna; Fotógrafo: Rômulo Fialdini; Licenciado por inARTS.com

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CEDAP

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E APOIO À PESQUISA

VI ENCONTRO DO CEDAP

Preservação do Patrimônio e Democratização da Memória

PROGRAMA E RESUMOS

16 a 18/10/2012

Faculdade de Ciências e Letras de Assis UNESP

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Vice-Reitor, no exercício da Reitoria: Prof. Dr. Júlio Cezar Durigan

FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE ASSIS Diretor: Dr. Ivan Esperança Rocha

Vice-Diretora: Drª. Ana Maria Rodrigues de Carvalho

Cedap – Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa Supervisora: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

Vice-Supervisora: Drª. Karina Anhezini

Comissão Organizadora Dr. Álvaro Santos Simões Junior

Drª. Karina Anhezini

Dr. Márcio Roberto Pereira

Profª. Drª. Tania Regina de Luca

Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

Comissão Científica Dr. Áureo Busetto – Departamento de História

Dr. Álvaro Santos Simões Junior – Departamento de Literatura

Drª. Célia Reis Camargo - Departamento de História

Prof. Dr. José Luis Bendicho Beired – Departamento de História

Drª. Karina Anhezini - Departamento de História

Dr. Marcio Roberto Pereira - Departamento de Literatura

Prof. Dr. Paulo Henrique Martinez - Departamento de História

Profª. Drª. Silvia Maria Azevedo - Departamento de Literatura

Profª. Drª. Tania Regina de Luca - Departamento de História

Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva - Departamento de História

Caderno e Programa de Resumo

Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

Drª. Karina Anhezini

Diagramação

Ana Elisa Paziam dos Santos

Secretaria Isabel Mano Neme

Apoio

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP

PAEP/CAPES

FUNDUNESP

Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP

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SUMÁRIO

Apresentação ................................................................. 6

Programação.................................................................. 7

Local e horário dos grupos temáticos ............................ 10

Resumos

Conferências........................................................... 17

Mesas Redondas .................................................... 19

Minicursos ............................................................... 21

Simpósios Temáticos .............................................. 24

Painéis .................................................................... 60

Exposição: A memória da Memória. Os encontros do Cedap e seus significados. 1997, 2000, 2004, 2006, 2009.... ............. 63

Lançamentos de livros ................................................... 64

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Apresentação

Drª. Karina Anhezini Doutora do Departamento de História

Vice- Supervisora do Cedap – UNESP/Assis

O Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP) da Universidade

Estadual Paulista (UNESP – Campus de Assis) realizará entre 16 e 18 de outubro de

2012 o VI Encontro do CEDAP com o tema: “Preservação do Patrimônio e Democratização da Memória”. O objetivo mais geral dessa escolha temática é

fomentar a discussão em torno de questões atuais ou “presentificadas” relativas aos

bens culturais e à memória e suas implicações para as sociedades contemporâneas.

Quais as relações que estabelecemos com o passado? Qual o papel do

arquivamento dos ‘restos’ de passado? É possível aprender com a história? Quais os

usos de passado na contemporaneidade? Qual o papel do testemunho? O que é o

direito à memória? Como estabelecer uma verdade histórica? Essas perguntas nos

localizam teoricamente em um quadro epistemológico que busca desnaturalizar

conceitos e problematizar as apreensões de mundo partilhadas pela coletividade, bem

como, nos situam em um presente marcado por uma busca incessante pela

“preservação” e “reavaliação” do passado.

Motivados pelas discussões em torno da criação da Comissão Nacional da

Verdade que se define com a finalidade “de efetivar o direito à memória e à verdade

histórica e promover a reconciliação nacional”, os organizadores do VI Encontro do

CEDAP pretendem promover um espaço de debate e interlocução em torno das

noções de preservação, patrimônio, democratização, memória e história.

A temática será discutida em conferências, mesas-redondas, minicursos,

Simpósios Temáticos e uma exposição.

As propostas de Simpósios Temáticos devem ser voltadas para o temário geral

do evento ou para temáticas relativas às questões de acervos e fontes em geral.

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PROGRAMAÇÃO DO VI ENCONTRO DO CEDAP

TEMA: Preservação do Patrimônio e Democratização da Memória Período: 16 a 18 de outubro de 2012

Local e horário

16 de outubro – Terça-feira

9h00 Salão de Atos Abertura Oficial do Evento Dr. Ivan Esperança Rocha Diretor da Faculdade de Ciências e Letras – UNESP – Campus de Assis Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva Supervisora do CEDAP

9h30 Conferência de abertura: Democratização da memória ou narrativa oficial: Brasil hoje Prof. Dr. Carlos Fico (UFRJ) Coordenadora: Profª. Drª. Tania Regina de Luca

14h00 -16h00 Minianfiteatro de História Minicursos Arquivos Pessoais e Memória Profª. Drª. Maria Leandra Bizello (UNESP – Marília) Anfiteatro do Cedap Transferências Culturais Profª. Drª. Diana Cooper-Richet

16h00-18h00 Central de Salas de Aula/Prédio I e Cedap Comunicações de pesquisa

20h30 Salão de Atos Mesa redonda: Aprender com a história? Problematizando a preservação e o acesso ao passado Da impossibilidade de não se aprender com a história: reflexões a partir do caso alemão. Prof. Dr. Sérgio da Mata (UFOP) História e Memória nas disputas pela representação do passado recente Prof. Dr. Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG) Coordenadora: Drª. Karina Anhezini

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17 de outubro – Quarta-feira

9h00 Salão de Atos

Mesa- Redonda: Usos do passado e disponibilização de acervos digitais Usos eletrônicos do passado Prof. Dr. Paulo Knauss (UFF- Diretor- Geral do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro) Biblioteca Digital: a construção de uma política institucional Profª. Drª. Tania Regina de Luca (UNESP-Assis) Coordenadora: Drª. Rosane Gazolla Alves Feitosa

14h00-16h00 Minianfiteatro de História Minicursos Arquivos Pessoais e Memória Profª. Drª. Maria Leandra Bizello (UNESP – Marília) Anfiteatro do Cedap Transferências Culturais Profª. Drª. Diana Cooper-Richet

16h00 - 18h00 Central de Salas de Aula/Prédio I e Cedap Comunicações de pesquisa

20h30 Salão de Atos Conferência: Europeana: perspectivas e desafios da digitalização da herança cultural europeia. Prof. Dr. Bernardo (Dov) Winer - (MAKASH - ICT Applications in Education, Culture and Science) Coordenador: Dr. Ivan Esperança Rocha

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18/10/2012 – Quinta-feira

9h00 Salão de Atos Conferência: A Comissão da Verdade e a disputa da memória sobre o período da ditadura Prof. Dr. Reginaldo Benedito Dias (Universidade Estadual de Maringá - UEM) Coordenador: Dr. Márcio Roberto Pereira

14h00 - 18h00 Minicursos Anfiteatro do Cedap Transferências Culturais Profª. Drª. Diana Cooper-Richet

16h00 - 18h00 Central de Salas de Aula/Prédio I e Cedap Comunicações de pesquisa

19h00 Congregação Lançamento de Livros com música ao vivo Paulo Ogeda & Rafael Campo

20h30 Salão de Atos Conferência de encerramento: Paris e as culturas do mundo no século XIX Profª. Drª. Diana Cooper-Richet (Centre d’Histoire Culturelle des Sociétés Contemporaines - Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines) Coordenadora: Drª. Valéria Guimarães

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LOCAL E HORÁRIO DOS GRUPOS TEMÁTICOS

16/10/2012 – Terça-feira 16h00 – 18h00

Sala 11 – Prédio I

Simpósio Temático 1 - Memória e correspondência: relatos, testemunhos e impressões

Coordenador: Dr. Márcio Roberto Pereira 1. Bruno Dias SANTOS. Das Catacumbas (1969-1973): Escrita epistolar e engajamento político de Frei Betto. (Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis). 2. Daniela Mantarro CALLIPO. Le Conservateur Littéraire: bastidores da criação da revista na correspondência de Victor Hugo. (Doutora do Departamento de Letras Modernas - UNESP/Assis). 3. José Luís FÉLIX. A produção linguística do imigrante alemão Erich Fausel. (Doutor do Departamento de Letras Modernas – UNESP/Assis). 4. Kassiana BRAGA. A Senhora Dona da Memória: Autobiografia e a construção da memória em dois livros de Zélia Gattai: “Anarquistas graças a Deus” (1979) e “Um chapéu para a viagem (1982). (Graduanda em História – UNESP/Assis) 5. Victor Hugo FLANDOLI. Colonization in North of Paraná, de Michael Traumann: cosmopolitismo e identidades. (Graduando em História – UEL/Londrina).

Sala 08 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 2 - Imprensa Periódica:

perspectivas e desafios Coordenadores: Profª. Drª. Tania Regina de Luca e Drª.

Valéria Guimarães

1. Fábio da Silva SOUSA. “Pão e Luz”: o periódico A Classe Operária e a construção da memória do comunismo brasileiro. (Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis). 2. Alexandre Andrade da COSTA. Inteligência: um Le Mois brasileiro 1935-1941. (Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis). 3. Celso CARVALHO JR. A Standard Oil e a campanha O Petróleo é Nosso: imprensa, publicidade e interesses políticos. (Doutorando do Programa de História – Unesp/Assis). 4. Ricardo Pires de PAULA; Anna Paulla Artero VILELA. Imprensa e mobilizações coletivas: uma leitura da atuação coletiva de trabalhadores no campo e na cidade na década de 90. (Docente e graduanda da UNESP/Presidente Prudente).

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Salão de Atos – Prédio I Simpósio Temático 3 - Imprensa, Cultura e Memória:

pesquisas em fontes Coordenadores: Profª. Drª. Sílvia Maria Azevedo e Ms.

Ezequiel Gomes da Silva

1. Aline Fernanda Souza de OLIVEIRA. A Biblioteca Michael Traumann: cosmopolitismo e visão de mundo no refúgio – Rolândia 1937-2001. (Graduanda em História – UEL/Londrina) 2. Ana Laura Maria Castilho dos Santos POLOTO; Andressa Somogy de OLIVEIRA; Felipe de Faria QUADRADO; Heloísa Castelli CELESTE; José Paulo Rodrigues CORREA; Júlia Barreiro COMANETTI; Lara Scorsato SAYA; Leonardo Stockler de Medeiros MONNEY; Nathalia Christina CORDEIRO; Pedro Fernandes RUSSO; Vinícius Americano PARONI. A Comissão Nacional da Verdade e a Dialética da Memória. (Graduandos em História da – UNESP/Franca). 3. Ariane Carvalho SOUZA. Cartas e confissões: memórias de uma personagem transgressora. (Mestranda do Programa de História- UNESP/Assis). 4. Alceu João GREGORY. A oposição à ideologia do Nazismo em Aktion, (Doutor do Departamento de Letras Modernas – UNESP/Assis). 5. Camila Soares LÓPEZ. A Revista Literária Mercure de France (1890-1898). (Doutoranda do Programa de Letras – UNESP/Assis). 6. Clara Miguel Asperti NOGUEIRA. Olavo Bilac e Kosmos: os tempos modernos nas páginas de revista. (Doutora pela UNESP/Assis). 7. Claudio Augusto Piloto de OLIVEIRA; Fernando Carmezini MALANGE. Plantas e projetos arquitetônicos do CDPH-UEL. (Graduandos em História – UEL/Londrina)

Sala de Reuniões do Cedap – Prédio do Cedap Simpósio Temático 4 - História Oral: práticas e

perspectivas Coordenadores: Priscila David e Mary Angélica Costa

Tourinho 1. Zélia Lopes da SILVA. Narrativas de mulheres catadoras de Assis/SP: algumas questões. (Livre-Docente do Departamento de História – UNESP/Assis) 2. Ana Luisa LAURIA. Louvor às Almas: narrativas autobiográficas e os percursos da memória na Encomendação de Almas de Santana. (Mestranda do Programa de Literatura e Cultura – UFBA/Bahia). 3. Priscila DAVID. História Oral: Metodologia do Diálogo. (Doutoranda do Programa de História – UNESP/Assis). 4. Washington TOURINHO JÚNIOR. Documento, memória e ensino de História. (Professor do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão e Doutorando do Programa de História UNESP/FCL/Assis)

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5. Felipe Yera BARCHI. Entre forma e conteúdo: Representações do Islã nos livros didáticos. (Mestrando do Programa de História – UNIFESP/Campus de Guarulhos(. 6. Lídia Baumgarten BRAUN. Fontes orais como objeto de pesquisa e estudo. (Doutora pela UNESP/Assis).

Sala 4 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 5 - Fontes e Arquivos Midiáticos:

pesquisa, memória e cidadania Coordenador: Dr. Áureo Busetto

1. Rafael Henrique ANTUNES. Editoria Internacional e relações entre mídia e política no jornal O Globo. (Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis). 2. Carla Drielly dos Santos TEIXEIRA. O papel dos jornais: as folhas como fonte para pesquisa histórica. (Mestranda do Programa de História - UNESP/Assis) 3. Paulo Sérgio Sato de OLIVEIRA; Felipe LIMA. Fronteiras Culturais e identidades: A discoteca de Michael - Traumann (1937-1989). (Graduandos em História – UEL/Londrina) 4. Vanessa P. MILANI. Entre textos e discos – coleções de fascículos dedicados à música como fonte. (Graduanda em História - UNESP/Assis). 5. Vanessa ZANDONADE. A História Oral na pesquisa sobre rádios comunitárias: a regularização da emissora de Heliópolis. (Mestranda do Programa de História - Unesp/Assis). 6. Áureo BUSETTO. Vale a pena ver de novo – organização e acesso a fontes e arquivos televisivos em perspectiva comparativa entre Brasil, França e Grã-Bretanha. (Docente do Departamento de História UNESP/Assis).

Sala 11 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 6 - Preservação do Patrimônio: as

festas e suas memórias Coordenadora: Drª. Janete Leiko Tanno - UENP

1. Talita Sauer MEDEIROS. A Festa do Divino de São Luiz do Paraitinga. (Mestranda em História - UNESP/ Assis). 2. Alessandra Marzolla CAZITA. Memória, Identidade e Sociabilidade na Festa do Divino Espírito Santo de Ribeirão do Pinhal/PR (1990-2011). (Graduanda em História - UENP/Jacarezinho). 3. Pedro Henrique VICTORASSO. A Folia de Reis da Companhia de Reis Fernandes em Olímpia/São Paulo (1964-1986). (Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis). 4. Janete LeikoTANNO. Festa, Sociabilidade e memória nas comemorações ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde em Siqueira Campos- Paraná. (1934-2011). (Doutora do Departamento de História - UENP/Jacarezinho).

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5. Nayara Fernanda Leme LAGO. Os romeiros de Fartura/SP na festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde em Siqueira Campos/PR (1977 – 2011). (Graduanda do Curso de História - CCHE – UENP/Jacarezinho) 6. Danilo Alves BEZERRA. Carnavais carioca sob a ótica da revista O Cruzeiro (1943-1945). (Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis). 7. Bruno Sanches Mariante da SILVA. “Aqui jaz um pioneiro”: pioneirismo e memória no Cemitério São Pedro em Londrina – PR. (Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis).

Sala 6 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 7 - História da Historiografia: um

debate a respeito dos usos documentais Coordenadora: Drª. Karina Anhezini e Daiane Machado

1. Breno Sabino Leite de SOUZA. Congressos de História Nacional (IHGB) como fontes para a história da historiografia no início do século XX. (Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis) 2. Marina Rodrigues TONON. Usos documentais no início do século XX: Manoel Bomfim e a crítica à escrita da história. (Mestranda do Programa de História – UNESP/Assis) 3. Aline Michelini MENONCELLO. A missão do historiador sob o olhar de um positivista brasileiro. (Graduada em História – UNESP/Assis) 4. Otávio ERBERELI JÚNIOR. Atas de concurso como fonte para uma História da Historiografia de Alice Piffer Canabrava (1935-1951). (Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis) 5. Roberto Manoel Andreoni ADOLFO. A questão das fontes documentais na historiografia brasileira da escravidão na década de 1980. (Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis)

17/10/2012 16h00 – 18h00

Sala 08 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 2 - Imprensa Periódica: perspectivas

e desafios Coordenadores: Profª. Drª. Tania Regina de Luca e Drª.

Valéria Guimarães

1. Luís Gustavo Martins BOTARO. Ferrovia e Industrialização - representações da modernidade em Botucatu, 1929-1939: notas iniciais de pesquisa. (Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis).

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2. Anelize VERGARA. Rubem Braga e a imprensa no Estado Novo – crônica e censura nos anos de 1938 e 1939. (Mestranda UNESP/Assis). 3. Camila Maria Bueno SOUZA. Ziembinski: o encenador dos tempos modernos. A análise da sua produção na crítica de Décio de Almeida Prado, em 1950. (Mestranda do Programa de História – UNESP/Assis). 4. Andrey M. MARTIN. Imprensa e a produção do discurso na construção Hidrelétrica no alto Paraná (1962-1970). (Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis). 5. Juliana Casarotti FERREIRA. Os desafios do estudo da imprensa: o caso do Jornal de Letras, Artes e Ideias_JL_. (Doutoranda do Programa de Letras – UNESP/Assis)

Salão de Atos – Prédio I Simpósio Temático 3 - Imprensa, Cultura e Memória:

pesquisas em fontes Coordenadores: Profª. Drª. Sílvia Maria Azevedo e Ms.

Ezequiel Gomes da Silva

1. Dayane da Costa GARCIA; João Baccarin Xisto PAES. Imprensa Sindical e as possibilidades de pesquisa no mundo do trabalho. (Centro de Memória Sindical (CEMOSi) – UNESP/Presidente Prudente - Graduando em Geografia – UNESP/Presidente Prudente). 2. Diego Barbosa Alves de OLIVEIRA; Priscila Rosalen Pasetto de ALMEIDA. Fotografia e memória: aspectos do cotidiano de uma família de refugiados do nazismo. (Graduandos em História – UEL/Londrina). 3. Dayane MUSSULINI. Histórias da meia-noite: um caso de emendas. (Mestranda do Programa de Letras – UNESP/Assis). 4. Edmar Lourenço da SILVA. Nelson Rodrigues e as revistas Realidade e Revista Civilização Brasileira: espaços do imaginário político em disputa (1967-1968). (Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis). 5. Esequiel Gomes da SILVA. A festa de Momo nas crônicas de Artur Azevedo. (Doutorando do Programa de Letras – UNESP/Assis). 6. Héder Junior dos SANTOS. “Trecho de Vida”: Reflexões sobre a Revista Mapa (1957-1958) e o lugar do Ensaísta Glauber de Andrade Rocha. (Mestrando do Programa de Letras UNESP/Assis) 7. Juliana Cristina BONILHA. A tradição e modernidade na Revista Feminina (1915-1936). (Doutoranda do Programa de Letras - UNESP/Assis ).

Sala de Reuniões do Cedap – Prédio do Cedap Simpósio Temático 4 - História Oral: práticas e

perspectivas Coordenadores: Priscila David e Mary Angélica Costa

Tourinho

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1. Gustavo dos Santos PRADO. Legião Urbana: música, juventude e memória. (1985-1997). (Mestrando em História Social – PUC/São Paulo). 2. Guilherme Alves BOMBA. A pluralidade cristã e a topografia católica: o caso de Apucarana – PR, de 1940 até os dias atuais. (Especialista em História - UEL/Londrina). 3. Izabel Mano NEME. Diários Íntimos e História Oral: a importância da descendência preenchendo as lacunas na escrita “do outro”. (Mestre em Letras - UNESP/Assis). 4. Pedro Fernandes RUSSO. Áurea Moretti Pires: a Mulher, a Resistência e a Tortura – Um estudo sobre a participação feminina contra a ditadura militar brasileira no interior de São Paulo, nos períodos de 1966-1975. (Graduado em História pela UNESP/Franca). . 5. Mary Angélica Costa TOURINHO. História Oral e Ausências na Construção da Memória. (Doutoranda do Programa de História - UNESP/Assis). 6. Pedro Henrique VICTORASSO. Usos da História Oral na Folia de Reis da Companhia de Reis Fernandes - Olímpia/São Paulo. (Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis).

Sala 6 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 7 - História da Historiografia: um

debate a respeito dos usos documentais Coordenadora: Drª. Karina Anhezini e Daiane Machado

1. Gabriela D’Àvila BRÖNSTRUP. Organizar acervos no Brasil durante as primeiras décadas do século XX. Trabalho para quem? (Mestranda do Programa de História – UNESP/Assis). 2. Thiago Augusto Modesto RUDI. Ernest Renan e os caracteres de “notre époque”: possíveis usos e “papéis” da historiografia oitocentista. (Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis). 3. Daiane MACHADO. Divulgando o legado do passado nas páginas de “A Divulgação”. (Doutoranda do Programa de História - UNESP/Assis). 4. Marco Antonio MILANI. Contribuições do discurso em Foucault para a história da leitura. (Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis).

18/10/2010 16h00 – 18h00

Sala 08 – Prédio da Central de Salas de Aula

Simpósio Temático 2 - Imprensa Periódica: perspectivas e desafios

Coordenadores: Profª. Drª. Tania Regina de Luca e Drª. Valéria Guimarães

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1. Renan Rivaben PEREIRA. Humor e escravidão na imprensa ilustrada do século XIX(1860/1876). (Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis) 2. Lucas Schuab VIEIRA. Civilização e identidade nacional em Portugal e Brasil na revista “a ilustração luso brasileira.” (1856, 1858, 1859). (Graduando em História – UNESP/Assis). 3. Wellington Durães DIAS. A proclamação da república lusa na revista ilustrada Brasil-Portugal (1910): A representação fotográfica e discursiva a serviço das transferências culturais. (Graduando em História – UNESP/Assis). 4. Henrique Sena dos SANTOS. “Vimos do esporte e só para ele viveremos”: notas sobre uma revista ilustrada na Salvador dos anos 1920. (Doutorando do Programa de História - UNESP/Assis). 5. Mateus Américo GAIOTTO. O jornal Dom Casmurro (1937-1946) e suas “Grandes Reportagens”. (Graduando em História – UNESP / Assis). 6. Varlei da SILVA. A representação da trajetória de vida de Antônio Conselheiro nos jornais O Estado de S. Paulo e Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro no período de 1893/1897. (Graduado em História - UNESP/Assis).

Salão de Atos – Prédio I

Simpósio Temático 3 - Imprensa, Cultura e Memória: pesquisas em fontes

Coordenadores: Profª. Drª. Sílvia Maria Azevedo e Ezequiel Gomes da Silva

1. Priscilla Perrud SILVA. O uso de fontes imagéticas para o estudo da história da sede do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss 1946-1986. (Graduanda em História – UEL/Londrina). 2. Marcelo Henrique LEITE. Conflitos e acordos na arena jurídica: Um estudo das ações de liberdade em Itu (1884-1887). (Graduando de História – UNESP/ Assis). 3. Marco Antonio Neves SOARES. A experiência cultural judaica em Rolândia-PR: O Fundo Michael Traumann. (Doutor do Departamento de História - UEL/Londrina) 4. Naor Franco de CARVALHO. História e Memória: O Fundo Traumann e suas possibilidades de uso como fonte histórica. (Graduando em História –UEL/Londrina). 5. Patrícia Trindade TRIZOTTI. Dom Gigadas e o Folhetim: o caso do jornal O Estado de s. Paulo. (Doutoranda do Programa de História – UNESP/Assis). 6. Rosane Gazolla Alves FEITOSA. “Tema para versos” (Eça de Queirós/Gazeta de Notícias): subsídio para a história da produção literária de Eça. (Doutora do Departamento de Literatura – UNESP/Assis) 7. Thabatha Aline TREVISAN; Bárbara Cortella PEREIRA. Leituras recomendadas para as Escolas Normais no Brasil e na França (século XIX): transferências culturais e de modelos pedagógicos. (Doutora em Educação – UNESP/Marília - Doutoranda do Programa de Educação – UNESP/Marília).

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CONFERÊNCIAS

1- CONFERÊNCIA DE ABERTURA – 16/10/2012 – 9H00

Democratização da memória ou narrativa oficial: Brasil hoje

Prof. Dr. Carlos FICO (UFRJ/Rio de Janeiro)

O tema da democratização da memória também pode ser referido ao “direito à

verdade” de que falam as justiças de transição. A Comissão da Verdade, recentemente instalada no Brasil, enseja uma discussão importante para os historiadores: ela resultará em uma ampliação do conhecimento histórico e da memória sobre o período ou em uma narrativa oficial a ser apropriada pelo governo?

2. CONFERÊNCIA - 17/10/2012 – 20H30 Europeana: perspectivas e desafios da digitalização da herança cultural europeia.

Prof. Dr. Bernardo (Dov) WINER (MAKASH - ICT Applications in Education, Culture and Science)

A conferência tratará das perspectivas e desafios da digitalização da herança

cultural europeia por meio da apresentação da Europeana. Terá como objetivo problematizar o aumento do uso de tecnologias avançadas para digitalização de acervos em geral e abordará, especialmente, as questões relativas ao acesso e divulgação do patrimônio cultural por meio da utilização de tecnologias de informação e comunicação (TICs).

3. CONFERÊNCIA - 18/10/2012 – 9H00 A Comissão da Verdade e a disputa da memória sobre o período da ditadura

Prof. Dr. Reginaldo Benedito DIAS (UEM/Maringá)

Em maio de 2012, a presidenta Dilma Roussef nomeou a Comissão Nacional da Verdade, dando providências ao disposto na Lei 12.528/2011. O ato oficial avivou os debates acerca das violações aos direitos humanos cometidas no período da ditadura militar. Trata-se, entretanto, do capítulo mais recente de um debate iniciado durante a ditadura, quando movimentos de familiares dos mortos e desaparecidos e entidades da sociedade civil organizaram-se em torno de pautas relacionadas. O objetivo deste trabalho é abordar como esse debate se desenvolveu ao longo das quase quatro décadas que separam a atual conjuntura do auge da repressão praticada durante a ditadura. Pretende-se analisar como a memória foi disputada nesse processo, salientando como as partes envolvidas (incluindo os militares) procuraram construir sua narrativa; as incidências dessa disputa na arena pública, por meio do processo legislativo e/ou de ações de governo, com desdobramentos em políticas de reparação material ou simbólica; e a questão dos arquivos, fundamental para que a comissão atinja seus objetivos. A abordagem tem como suporte documentos e materiais

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produzidos pelos agentes sociais, documentos públicos e a interlocução com a produção acadêmica sobre o período.

4. CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO - 18/10/2012 – 20H30 Paris e as culturas do mundo no século XIX

Profª. Drª. Diana COOPER-RICHET ((Centre d’Histoire Culturelle des Sociétés Contemporaines - Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines)

Esta conferência tem por objetivo colocar em evidência o lugar central de Paris como aquele do cruzamento de culturas do mundo no decorrer do longo século XIX. A ênfase será, particularmente, sobre a história do livro, da edição, da leitura e da imprensa, passando pela questão da tradução, central neste jogo de mediação entre culturas cruzadas.

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MESAS REDONDAS

MESA 1 – 16/10/2012 – 20H30 – Coordenadora: Drª. Karina Anhezini

APRENDER COM A HISTÓRIA? PROBLEMATIZANDO A PRESERVAÇÃO E O ACESSO AO PASSADO Da impossibilidade de não se aprender com a história: reflexões a partir do caso

alemão

Prof. Dr. Sérgio da MATA (UFOP)

No espaço de tempo de 75 anos, os alemães passaram por duas guerras mundiais, dois regimes totalitários e a quase destruição do seu país. Examinando o passado recente da Alemanha, e que pode ser considerado um caso exemplar de estabelecimento pleno das instituições democráticas e do Estado de Direito, pretendemos demonstrar como a elaboração de uma "política de relação com o passado" (Vergangenheitspolitik) pode se constituir num poderoso elemento de esclarecimento político. Advogamos que tal só foi possível porque os alemães, e inclusive os historiadores alemães, se dispuseram a aprender com o passado. Num segundo momento, em diálogo com a obra do filósofo Hermann Lübbe, tentaremos mostrar que possibilidades e que riscos se colocam para uma sociedade disposta a revisitar seu passado e a admitir a indissociabilidade entre conhecimento e valores

História e Memória nas disputas pela representação do passado recente

Prof. Dr. Rodrigo Patto Sá MOTTA (UFMG)

A proposta é discutir as peculiaridades da História e da Memória como discursos que pretendem representar o passado recente, atentando para as características que, simultaneamente, as aproximam e distanciam. O foco se centrará nos embates da História e da Memória pelas representações sobre os regimes autoritários recentes da América Latina, em especial o Brasil, tema que mobiliza debates envolvendo questões éticas, teórico-metodológicas e políticas.

MESA 2 – 17/10/2012 – 09H00 – Coordenadora: Drª. Rosane Gazolla Alves Feitosa

USOS DO PASSADO E DISPONIBILIZAÇÃO DE ACERVOS DIGITAIS

Usos eletrônicos do passado

Prof. Dr. Paulo Knauss (UFF- Diretor- Geral do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro)

acervos arquivísticos e sua disponibilização na rede mundial de computadores. O objetivo é relacionar a questão da preservação e do acesso à informação no quadro da gestão de documentos. Ao lado disso, o trabalho

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pretende enfocar o papel dos centros universitários de documentação como centros de referência e digitalização de documentos

Biblioteca Digital: a construção de uma política institucional

Profª. Drª. Tania Regina de Luca (UNESP-Assis)

Trata-se de apresentar a política que começa a ser adotada na Unesp em relação às suas coleções especiais de livros, jornais e outros documentos históricos que pertencem à universidade ou estão sob a sua guarda, levada a efeito por uma comissão gestora, a quem cabe estabelecer políticas gerais para a instituição, tanto para a preservação quanto disponibilização de acervos. Além disso, foram estabelecidas parcerias com o Arquivo do Estado, Biblioteca Mário de Andrade e Biblioteca Nacional.

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MINICURSOS

Minicurso 1 Arquivos Pessoais e Memória

Profa. Dra. Maria Leandra BIZELLO- UNESP/Marília 4 horas

Período: 16 e 17/10/2012 14h00-16h00

Ementa: Estudo da organização de arquivos pessoais discutindo a teoria e a prática arquivísticas. Discussão do conceito de memória no âmbito dos arquivos pessoais. Referências Bibliográficas: CAMARGO, Ana Maria de Almeida, GOULART, Silvana. Tempo e circunstância: a abordagem contextual dos arquivos pessoais. São Paulo:Instituto Fernando Henrique Cardoso, 2007.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. trad. de Laurent Leon Schaffer. São Paulo:Vértice, 1990

HOBBS, Catherine. The character of personal archives: reflections on the value of records of individuals. Archivaria, Ottawa, n.52, p.126-135, 2001.

HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória : arquitetura, monumentos e mídia. trad. Sérgio Alcides. 2ª ed.. Rio de Janeiro:Aeroplano Editora, 2004.

MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Memória e cultura material: documentos pessoais no espaço público. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.11, n.21, p.89-103, 1998.

RIBEIRO, Renato Janine. Memórias de si ou...Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.11, n.21, p.35-4, 1998.

Minicurso 2 Desafios das transferências culturais - circulação de práticas e representações na imprensa do longo século XIX. Les enjeux des transferts culturels - circulation des pratiques et des représentations dans la presse du long XIXe siècle.

Profª. Drª. Diana Cooper-Richet - (Centre d’Histoire Culturelle des Sociétés Contemporaines - Université de Versailles

Saint-Quentin-en-Yvelines) 6 horas

Período: 16 a 18/10/2012 14h00-16h00

Ementa: O objetivo geral do curso, que está dividido em três etapas, é colocar em pauta a discussão sobre o tema da circulação das ideias publicadas em impressos – livros e periódicos – no decorrer do que Hobsbawm chamou de longo século XIX. A

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argumentação parte de pesquisas desenvolvidas nos últimos anos tanto no que concerne ao recorte espacial europeu (França-Grã-Bretanha; França-Portugal) quanto euro-americano (França-México; França-Brasil; França-Portugal-Brasil). A intenção é de levantar questões teóricas sobre exemplos concretos destas trocas tendo como base o conceito de “transferências culturais” de Michel Espagne e Michael Werner. Referências Bibliográficas: CHARLE, Christophe, «Le temps des hommes doubles», Revue d’histoire moderne et contemporaine, n° 39, janvier-mars 1992, p. 73-85. COOPER-RICHET, Diana, Passeurs culturels dans le monde des médias et de l’édition en Europe (XIX-XX siècles), Lyon, Presses de l’ENSSIB, 2005, (en collaboration avec Mollier, Jean-Yves, Silem, Ahmed); «Paris et la présence lusophone dans la première moitié du XIX siècle», Histoire et civilisation du livre, 2012, n° VIII, p. 209-226.

______.«As revistas portuguesas publicadas em Paris na primeira metade do século XIX» in Transferências culturais. O exemplo da imprensa na França e no Brasil, GUIMARÃES, Valéria (org.), São Paulo, EDUSP, Campinas, Mercado de Letras, 2012, p. 89-100.

______. «La presse en langues étrangères», La Civilisation du journal. Histoire culturelle et littéraire de la presse française au XIX siècle, Dominique Kalifa, Philippe Régnier, Marie-Eve Thérenthy et Alain Vaillant dir., Paris, Nouveau Monde éditions, 2011, p. 583-604.

______. «Paris, capital editorial do mundo lusófono na primeira metade do século XIX? », Revista Varia História, vol. 25, n° 42, juillet-décembre 2009, p. 539-555.

______.«De um hemisfério a outro. O papel das revistas na circulação: as representações da América do Sul na The Edinburgh Review e The Quarterly Review durante a primeira da século XIX», Livro. Revista do Núcleo de Estudos do Livro e da Edição, n°1, 2011, p. 99-114. ______. «As grandes revistas literárias e políticas na formação das elites britânicas durante a primeira metade do século XIX », Política, nação e edição. O lugar dos impressos na construção da vida política, Eliana de Freitas Dutra et Jean-Yves Mollier org., São Paulo, Annablume Editora, 2006, p. 413-429. ESPAGNE, Michel, Les Transferts culturels franco-allemands, Paris,PUF, 1999. ESPAGNE, Michel; WERNER, Michael, Transferts. Les relations interculturelles dans l’espace franco-allemand (XVIII-XIX siècles), (textes réunis et présentés par…), Paris, Editions Recherche sur les civilisations, 1988. GRUZINSKI, Serge; BENAT-TACHOT, Louise, Passeurs culturels. Mécanismes de métissage, Paris, Editions de la Maison des Sciences de l’Homme, 2001.

GUIMARÃES, Valéria, Transferências culturais. O exemplo da imprensa na França e no Brasil, São Paulo, EDUSP, Campinas Mercado de Letras, 2012. JOYEUX, Béatrice, «Les transferts culturels», Hypothèses, 2002/1, pp. 149-162.

PLUET-DESPATIN, Jacqueline; LEYMARIE, Michel; MOLLIER, Jean-Yves dir., La Belle Époque des revues (1880-1914), Paris, éd. de l’IMEC, 2002.

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VASCONCELOS, Sandra Guardini Teixeira, «Uma revista entre três mundos», in Transferências culturais. O exemplo da imprensa na França e no Brasil, GUIMARÃES, Valéria (org.), São Paulo, EDUSP, Campinas, Mercado de Letras, 2012, p. 101-114.

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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS: Ordem das apresentações e localização

MEMÓRIA E CORRESPONDÊNCIA: RELATOS, TESTEMUNHOS E IMPRESSÕES

Coordenador: Dr. Márcio Roberto PEREIRA Doutor do Departamento de Literatura – UNESP/ Assis

O objetivo deste simpósio é refletir sobre a construção da memória na

correspondência de escritores e intelectuais. Espaço de inter-relações entre diversas formas de percepção da realidade, a correspondência define-se como um gênero que, por meio de relatos, testemunhos e impressões, reconstitui o passado e auxilia em novas perspectivas sobre os acontecimentos e a sociedade. Por meio da confissão, das relações com espaços públicos e do cotidiano, os intelectuais fazem um contraponto entre sua condição de deslocamento político e intelectual e os processos de representação da realidade, num mosaico de ideias que ganha um contorno maior a partir de testemunhos que se transformam em biografias oblíquas.

16/10/2012 Sala 11 – Prédio I

Simpósio Temático 1 - Memória e correspondência: relatos, testemunhos e impressões

Coordenador: Dr. Márcio Roberto Pereira 1. Das Catacumbas (1969-1973): Escrita epistolar e engajamento político de Frei Betto.

Bruno Dias SANTOS Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis

Orientador: Dr. Milton Carlos Costa

O trabalho proposto tem como finalidade apresentar o processo de desenvolvimento da Teologia da Libertação no Brasil, utilizando como objeto de pesquisa o engajamento político do frade dominicano e escritor Carlos Alberto Libânio Christo, popularmente conhecido como frei Betto, tomando como fonte suas cartas da prisão.

Procuramos Abordar as transformações sociais e culturais dos anos 1960 e 1970 e as mudanças institucionais da igreja Católica, que possibilitaram o surgimento desta corrente teológica. Através da trajetória política de Frei Betto analisamos os espações de formação, que provocaram seu engajamento político, e como a prisão influenciou sua produção intelectual. 2. Le Conservateur Littéraire: bastidores da criação da revista na correspondência de Victor Hugo.

Daniela Mantarro CALLIPO Doutora do Departamento de Letras Modernas - UNESP/Assis

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Em dezembro de 1819, os irmãos Hugo fundam a revista Le Conservateur

Littéraire. Victor Hugo, jovem de apenas 17 anos, é a alma do periódico, no qual publica a primeira versão do romance Bug Jargal, artigos, poemas, crítica de arte e crônicas, servindo-se de vários pseudônimos, exercitando diversos estilos, preparando-se para a grande reviravolta em sua carreira, que o transformaria no chefe da escola romântica e no renomado escritor do século XIX. Este trabalho visa analisar os bastidores da criação da revista, por meio da leitura e da análise da correspondência de Hugo no período que antecede a publicação do primeiro número, a fim de verificar os comentários feitos sobre essa produção e tentar compreender as linhas de força que a sustentaram.

3. A produção linguística do imigrante alemão Erich Fausel.

José Luís FÉLIX Doutor do Departamento de Letras Modernas – UNESP/Assis

A imigração alemã para o Brasil trouxe também profissionais, pensadores e

intelectuais. Pertencem à memória destes imigrantes inúmeros documentos, livros, revistas, além de sua própria produção escrita. Erich Fausel é um destes imigrantes alemães com forte atuação na região de São Leopoldo/RS, depois da Segunda Grande Guerra. Fausel ocupa-se de várias atividades, como a tradução, a produção de ensaios e escritos linguísticos. Dedica-se a registrar o contato do alemão com o português e a mistura linguística que este momento propiciou. Sua principal obra revela a existência de uma variante do alemão repleta de interferências do português, que permite discutir conceitos como língua, dialeto e diglossia. Fausel, como fonte de pesquisa, permite compreender melhor o pensamento linguístico do Brasil daquela época.

4. A Senhora Dona da Memória: Autobiografia e a construção da memória em dois livros de Zélia Gattai: “Anarquistas graças a Deus” (1979) e “Um chapéu para a viagem (1982).

Kassiana BRAGA Graduanda em História – UNESP/Assis Orientador: Wilton Carlos Lima da Silva

Financiamento: CNPQ

Esta comunicação de Iniciação Cientifica propõe a analisar historicamente as duas publicações de Zélia Gattai “Anarquistas Graças a Deus” (1979) e “Um chapéu para a Viagem” (1982). Ela se tornou escritora, a partir do gênero memorialístico no qual resgatava a historia de sua família, de sua trajetória, de seu marido ( Jorge Amado) e daqueles com quem conviveu ao longo de sua vida. Seus relatos envolvem de forma hibrida, tanto o gênero autobiográfico ( e a invenção do EU) quanto a memória alheia ( e a construção do Outro), em relatos que incorporam, como narrador e personagem, suas impressões, emoções e afetos, de forma hora testemunhal, ora confessional, ao mesmo tempo em que produz a junção entre historia pessoal e a realidade histórica.

5. Colonization in North of Paraná, de Michael Traumann: cosmopolitismo e identidades.

Victor Hugo FLANDOLI Graduando em História – UEL/Londrina

Orientador: Dr. Marco Antonio Neves Soares

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Proveniente da Alemanha nazista o ‘mestiço primeiro grau’ – que é como o III Reich chamava os seus - Michael Traumann emigrou para o Brasil e refugiou-se em Rolândia-PR, com sua família em 1937 aos seis anos de idade. Anos depois em um relato, narrou o modo como veio, o lugar onde a família se estabeleceu, além de explicar a triangulação comercial feita entre Inglaterra, Alemanha e Brasil para criar a possibilidade da vinda de grupos de refugiados de origem judaica para aquela localidade. Esse relato escrito em inglês é a fonte deste trabalho. Além da sua tradução, pretende-se notar as formas de percepção que este homem cosmopolita fez destas terras e o contato com os outros colonos, aspectos da hibridação cultural e da elasticidade das fronteiras identitárias que aparecem em seu manuscrito.

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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS:

Ordem das apresentações e localização

IMPRENSA PERIÓDICA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Coordenadoras: Profª. Drª. Tania Regina de LUCA

Livre-docente do Departamento de História – UNESP/Assis Drª. Valéria GUIMARÃES

Jovem Pesquisadora FAPESP – CEDAP – UNESP/Assis

As fontes da impressa periódica são de uso corrente na história em suas várias vertentes: social, política, econômica ou cultural. Antes vistas como seguros “testemunhos da verdade”, hoje seu estatuto é redimensionado para chave da representação. Como tal, a problematização do uso destes tipos de fontes é central para os pesquisadores que delas se utilizam. Elas trazem informações que apresentam os dados “brutos” colhidos no cotidiano (noticiários, estatísticas, sondagens etc.) mas também nos fornecem análises dos mesmos (artigos, resenhas, crítica, investigação etc.), revelando os papéis de grupos ou setores sociais específicos. Dão espaço para a opinião e, dialeticamente, formam o espaço público. Há diversas maneiras de trabalhar as fontes da imprensa periódica: de maneira quantitativa, através do estudo de séries, tentando demonstrar fenômenos de longa duração, tendências, imaginários, trocas culturais entre grupos, regiões ou países etc. Ou qualitativa, com estudos de casos que vão desde a análise sistemática de um veículo em particular (seu tema, linha editorial, diagramação, formato, ilustração, corpo de autores etc.) até de um tipo de publicação (jornal, revista, almanaques, folhetos, cartazes etc.). São suportes de textos, imagens e de publicidade, que podem ser analisados tanto à luz dos grupos que delas são autores (produção), daqueles que se encarregam de sua circulação (difusão) bem como daqueles a que se direcionam, possibilitando a investigação acerca do, em geral, desconhecido leitor (recepção). Esse mini -simpósio tem por objetivo, portanto, congregar trabalhos que visem discutir perspectivas de ordem teórico-metodológica que envolvam o uso de fontes da imprensa periódica na escrita da história. Pretende-se reunir pesquisas que enfrentem tais desafios e discutir as múltiplas possibilidades dadas pelo estudo da imprensa.

16/10/2012 Sala 08 – Prédio da Central de Salas de Aula

Simpósio Temático 2 - Imprensa Periódica: perspectivas e desafios

Coordenadores: Profª. Drª. Tania Regina de Luca e Drª. Valéria Guimarães

1. “Pão e Luz”: o periódico A Classe Operária e a construção da memória do comunismo brasileiro.

Fábio da Silva SOUSA Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientador: Dr. Carlos Alberto Sampaio Barbosa Bolsistas FAPESP

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O periódico A Classe Operária teve a sua edição de estreia publicada em 1° de maio de 1925 pelo Partido Comunista do Brasil, PCB, e, apesar de vários períodos de interrupções, continua sendo publicado até os dias atuais, o que o torna o periódico de esquerda mais antigo da História da Imprensa Brasileira. A presente comunicação tem como objetivo, apresentar e discutir, como o periódico comunista recontou a sua própria trajetória, ao publicar artigos e charges (a maioria em H.Q.) em edições de sua terceira fase, a partir de 1946, quando o PCB usufruiu de momentos de legalidade política. Por meio da análise desse material, levanta-se o questionamento de como essa reconstrução histórica criou uma memória política, tanto do A Classe Operária, como também do Comunismo no Brasil. 2. Inteligência: um Le Mois brasileiro 1935-1941.

Alexandre Andrade da COSTA Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Tânia Regina de Luca Bolsista FAPESP

A presente comunicação trata da revista Inteligência: mensário da opinião

mundial, fundada por Mário Graciotti, em 1935, na cidade de São Paulo, a partir do paradigma francês consubstanciado por sua congênere Le Mois. A revista Inteligência constitui-se em relevante fonte para pesquisa, uma vez que trazia textos e caricaturas sobre a situação internacional, selecionados, (re)organizados e traduzidos por intelectuais que integraram a Sociedade de Estudos Políticos (SEP), fundada em 1932. Pretende-se analisar, a partir de suas páginas, de que maneira os responsáveis pela publicação representaram os distintos contextos político-ideológicos que se confrontavam com a finalidade de atuar, modificar ou justificar posições políticas internas sem perder de vista que os textos publicados resultavam de escolhas que não podem ser separadas da visão de mundo dos seus idealizadores. 3. A Standard Oil e a campanha O Petróleo é Nosso: imprensa, publicidade e interesses políticos.

Celso CARVALHO JR.

Doutorando do Programa de História – Unesp/Assis Orientador: Profª. Drª. Tania Regina de Luca

Entre 1946 e 1953, ocorreram acalorados debates sobre o setor petrolífero

brasileiro. A polêmica dizia respeito ao grau de participação que o Estado e investidores privados deveriam ter nesta atividade. Diversos grupos envolveram-se na questão, que ganhou repercussão com a campanha O Petróleo é Nosso e o projeto de criação da Petrobras (1951). Com a redemocratização no pós-1945, coube aos parlamentares definir a política para o setor e os envolvidos no assunto tentaram, de diferentes formas, conquistar o apoio da opinião pública para respaldar suas propostas. Neste contexto, a companhia norte-americana Standard Oil (ESSO) interveio no debate público por meio de anúncios publicados nos principais jornais do país. A presente pesquisa analisou este material com o intuito de identificar o posicionamento da ESSO, quais eram seus interesses e de que modo agia para defendê-los. As campanhas publicitárias de que se valeu a multinacional, parte diretamente interessada na questão, revelaram-se um meio precioso para discernir os argumentos, estratégias e formas de intervenção no debate sobre o tema.

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4. Imprensa e mobilizações coletivas: uma leitura da atuação coletiva de trabalhadores no campo e na cidade na década de 90.

Ricardo Pires de PAULA Doutor docente/FCT-UNESP

Anna Paulla ARTERO VILELA/ Graduanda/FCT-UNESP

A década de 1990 assinalou no Brasil, a introdução de medidas resultando na

abertura econômica do país para o mercado global. Essa abertura desenfreada às mercadorias e capitais estrangeiros, aliada à reestruturação produtiva, desencadeou uma série de consequências negativas às formas organizativas da classe trabalhadora no campo e na cidade. Nesse contexto, procuramos acompanhar a trajetória de ações promovidas por duas organizações coletivas, a APEOESP e o MST, e as repercussões havidas na imprensa local Pretendemos apresentar nessa comunicação, resultados parciais de uma pesquisa que visa acompanhar a cobertura da imprensa às mobilizações protagonizadas pela Apeoesp e pelo MST, na região de Presidente Prudente, na década de 90.

17/10/2012

Sala 08 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 2 - Imprensa Periódica:

perspectivas e desafios Coordenadores: Profª. Drª. Tania Regina de Luca e Drª.

Valéria Guimarães

1. Ferrovia e Industrialização - representações da modernidade em Botucatu, 1929-1939: notas iniciais de pesquisa.

Luís Gustavo Martins BOTARO Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Romero de Oliveira

Temos como propósito para essa sessão de comunicação, a apresentação de algumas reflexões sobre nosso trabalho: um balanço bibliográfico sobre ferrovia e metodológico com relação aos periódicos. Uma discussão sobre o papel da ferrovia no Estado de São Paulo – como no escoamento da produção cafeeira, na expansão e povoamento das terras do oeste paulista e na formação e desenvolvimento de cidades. Bem como apresentar uma pequena discussão metodológica dos usos de periódicos, mais especificamente dos jornais impressos, como fonte de pesquisa histórica, pois nosso trabalho tom como registros históricos três jornais da cidade de Botucatu: Correio de Botucatu, Jornal de Notícias e Folha de Botucatu. A partir desses jornais, verificar a importância atribuída à ferrovia e as indústrias na modernização da cidade, assim como, a própria relação e papel atribuída à ferrovia nesse processo de industrialização. 2. Rubem Braga e a imprensa no Estado Novo – crônica e censura nos anos de 1938 e 1939.

Anelize VERGARA

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Mestranda UNESP/Assis Orientadora: Profª. Drª. Tania Regina de Luca

Agência financiadora: FAPESP

Para Jean François Sirinelli, por representarem um espaço de sociabilidade, as revistas (assim como os jornais) são locais de fermentação intelectual e de relações afetivas, e, portanto fontes ideais para a análise do movimento das ideias. Diante desta perspectiva, pretende-se com esta comunicação refletir a cerca da colaboração e participação do cronista Rubem Braga em suportes variados como o jornal O Imparcial, a Revista Acadêmica e a revista Diretrizes, entre os anos de 1938 e 1939.

Trata-se de identificar quais as temáticas privilegiadas pelo escritor e sua articulação com o momento então vivido, em âmbito nacional e internacional, sem perder de vista os constrangimentos impostos pelo controle da informação imposto pelo Estado Novo. Vale ressaltar ainda o gênero pelo qual Braga publicou nestes suportes e que o fez ser considerado pelos estudiosos do tema como o escritor responsável por dotar a crônica de um caráter singular. 3. Ziembinski: o encenador dos tempos modernos. A análise da sua produção na crítica de Décio de Almeida Prado, em 1950.

Camila Maria Bueno SOUZA Mestranda do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Tania Regina de Luca Bolsista CNPq

O ator e diretor Ziembinski aportou no Brasil, em 1941, exilado da Segunda

Guerra Mundial. Na bagagem trazia uma carreira de dez anos na cena teatral polonesa e encontrou no Brasil o ambiente propicio para colocar em prática técnicas de encenação e iluminação que o tornou uma das figuras mais importantes da modernização do teatro nacional. O objetivo deste artigo é analisar as produções O homem da flor na boca (1950) e Pega-Fogo (1950), ambas dirigidas por Ziembinski, por meio das críticas teatrais escritas por Décio de Almeida Prado e publicadas no jornal O Estado de S. Paulo. Trata-se de verificar a partir de que pressupostos a crítica especializada analisou as produções e os trabalhos de Ziembinski. Para tanto, a partir do lugar social do historiador, o estudo se debruça sobre os textos de Décio de Almeida Prado, figura central do referido processo de especialização, com o intuito de observar o papel formador da crítica neste contexto, bem como as considerações relativas às técnicas usadas pelo diretor, atentando-se para a historicidade da escrita e das encenações. 4. Imprensa e a produção do discurso na construção Hidrelétrica no alto Paraná (1962-1970)

Andrey M. MARTIN

Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis

No início da década de 1960 a região fronteiriça entre o Estado de São Paulo e o atual Mato Grosso do Sul passaram por inúmeras transformações a partir da instalação de um complexo hidrelétrico denominado Urubupungá. O objetivo deste trabalho é analisar a Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias, denominada Jupiá. Analisando as fontes, percebemos que o fluxo migratório e o crescimento da região ocorrem em meio a campanhas que buscam apresentar a necessidade da existência de um projeto hidrelétrico para região. Neste momento, uma série de discursos sobressaltaram na imprensa local e mesmo nacional sobre a consolidação do projeto e

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assim uma gama de sujeitos destacando a legitimidade da obra, seu ideário de progresso e uma nova imagem para o Estado, isto mesmo antes do início das obras. Desta forma, disputas pela legitimidade, pelo poder e assim, memórias surgiram ao longo da década de 1960 e marcaram a construção da memória da hidrelétrica até seu término em 1970, estabelecendo ligações com marcos de memória do passado e deixando desdobramentos para o futuro. 5. Os desafios do estudo da imprensa: o caso do Jornal de Letras, Artes e Ideias_JL_

Juliana Casarotti FERREIRA

Doutoranda do Programa de Letras – UNESP/Assis Orientadora: Drª. Rosane Gazolla Alves Feitosa

Bolsista CAPES

O Jornal de Letras, Artes e Ideias _ JL pode ser concebido como uma espécie de repositório de informações sobre a cultura dos países de língua portuguesa. Há uma diversidade de textos publicados no periódico, alguns com o objetivo de registrar aspectos da vida cultural, como as notícias, reportagens, notas, agenda; outros de caráter ficcional, como contos, trechos de romances e poesias; além dos que primam pela opinião, como os artigos, cartas do leitor, resenhas, entrevistas. Com esta comunicação, pretende-se comentar alguns dos processos metodológicos, qualitativos e quantitativos, empregados para se efetuar o estudo do Jornal de Letras, Artes e Ideias _ JL no projeto de doutorado em andamento “As entrevistas do Jornal de Letras, Artes e Ideias _JL_ (1990-1999) como fonte de pesquisa das literaturas de língua portuguesa”.

18/10/2012 Sala 08 – Prédio da Central de Salas de Aula

Simpósio Temático 2 - Imprensa Periódica: perspectivas e desafios

Coordenadores: Profª. Drª. Tania Regina de Luca e Drª. Valéria Guimarães

1. Humor e escravidão na imprensa ilustrada do século XIX(1860/1876).

Renan Rivaben PEREIRA Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Tania Regina de Luca Apontado como um período de circulação internacional da informação, textos,

imagens, tipógrafos, artistas e escritores, o século XIX marcou o processo de popularização da imagem, na qual o humor teve seu lugar assegurado. No Rio de Janeiro, duas personagens inseparáveis tornaram-se familiares aos leitores de um modelo de impresso que se tornaria sucesso por aqui: os periódicos humorísticos ilustrados. O Moleque, jovem escravo alfabetizado, e o Dr. Semana, figura bizarra, dotada de cabeça avantajada, eram os protagonistas das ilustrações da revista Semana Ilustrada (1860/1876), que tinha o imigrante europeu Henrique Fleiuss como dono, editor e caricaturista. Em trabalho que envolve imprensa, humor e escravidão, a pesquisa pretende problematizar a relação entre Dr. Semana e o Moleque e como o humor oitocentista foi articulado na presença da personagem negra, em tempos nos quais o racismo era presente no regime de verdade daquela sociedade.

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2. Civilização e identidade nacional em Portugal e Brasil na revista “a ilustração luso brasileira.” (1856, 1858, 1859).

Lucas Schuab VIEIRA Graduando em História – UNESP/Assis

Orientador José Carlos Barreiro Bolsista BAEE I

Este projeto tem por intenção fazer uma análise comparativa sobre a relação

entre Portugal e Brasil. Para tanto, serão priorizados dois conceitos historiográficos fundamentais; o conceito de civilização e o de identidade nacional. O objeto de análise será o periódico “A Ilustração Luso-Brasileira. Jornal Universal”, que se iniciou em 06 de janeiro de 1856 por empreendimento do tipografo português Antonio José Fernandes Lopes. O recorte temporal compreenderá os anos de 1856, 1858 e 1859, período em que o jornal existiu e circulou no Brasil e em Portugal. Pretende-se assim, no desenrolar desta pesquisa, refletir sobre o trabalho e as inovações de tal periódico, perceber a sua atuação como ator histórico e difusor de uma ideia de nacionalidade assim como, tecer uma análise crítico/reflexiva da relação entre o Brasil e Portugal na década de 50 do século XIX. 3. A proclamação da república lusa na revista ilustrada Brasil-Portugal (1910): A representação fotográfica e discursiva a serviço das transferências culturais.

Wellington Durães DIAS Graduando em História – UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Tania Regina de Luca Bolsista PIBIC/CNPq

Na madrugada do dia cinco de outubro de 1910, começou em Lisboa uma

revolta de grupos republicanos que, em poucas horas, acabou por encerrar uma das monarquias mais antigas da Europa. O levante, que resultou no exílio da família real lusa e na instituição de um governo provisório republicano, foi coberto pelo periódico Brasil-Portugal. Esta revista ilustrada é uma das que promoviam transferências culturais entre os dois países, disponibilizando elementos para apropriações plurais entre certos grupos destas sociedades. O objetivo desta apresentação de trabalho é expor uma proposta de análise deste periódico enquanto fonte documental para a historiografia, por meio das representações contidas em seu conteúdo fotográfico e discursivo, chave para a compreensão no processo de transferências culturais luso-brasileiras.

4. “Vimos do esporte e só para ele viveremos”: notas sobre uma revista ilustrada na Salvador dos anos 1920.

Henrique Sena dos SANTOS Doutorando do Programa de História - UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Tania Regina de Luca

Fundada, em 1921, a revista Semana Sportiva cobria a vida esportiva da cidade, entrevistava atletas e dirigentes de clubes, além de publicar textos recomendando a prática de esportes aos seus leitores, indício de que as atividades atléticas e a estética corporal eram valorizadas, num contexto no qual circulavam discursos eugênicos. A partir da análise do seu material iconográfico e textual objetiva-se discutir de que forma o periódico mobilizava o seu conteúdo em prol da formação de uma cultura esportiva na cidade a partir de critérios desejados pelos editores e as

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tensões decorrentes deste processo. Por fim, espera-se perceber em que medida o conteúdo da revista e o seu projeto gráfico guardava relações com o processo de segmentação temática na imprensa de Salvador em decorrência do aumento de um público leitor e das suas demandas.

5. O jornal Dom Casmurro (1937-1946) e suas “Grandes Reportagens”

Mateus Américo GAIOTTO Graduando em História – UNESP / Assis

Orientadora: Profª. Drª. Tania Regina de Luca Bolsista CNPq/Balcão

O presente trabalho tem por base os estudos sistemáticos feitos em torno do

conteúdo do jornal literário Dom Casmurro e integra projeto maior a respeito do periódico. Fundado em 13 de Maio de 1937 pelos jornalistas e teatrólogos Brício de Abreu e Álvaro Moreyra, Dom Casmurro assemelhava-se às folhas francesas tanto em conteúdo quanto em diagramação.

Entre as várias seções, chama atenção “Grandes Reportagens”, uma das poucas que permaneceu constante ao longo de todo o período de publicação. Sempre na última página, trazia uma reportagem “grandiosa” e imagens que preenchiam toda a folha. Por meio de tabelas e fichas organizativas, a apresentação se preocupará em mostrar o que foi considerado como reportagem e porque seus responsáveis se utilizavam do adjetivo “grande” para caracterizar esse material. 6. A representação da trajetória de vida de Antônio Conselheiro nos jornais O Estado de S. Paulo e Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro no período de 1893/1897.

Varlei da SILVA

Graduado em História - UNESP/Assis Orientadora: Profa. Dra. Zélia Lopes da Silva

O objetivo em apresentar este trabalho que, pretendemos desenvolver no

futuro mestrado, circunscreve-se na investigação nos jornais Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro 1893/1897 e O Estado de S. Paulo 1893/1897 das publicações sobre a trajetória de vida de Antônio Conselheiro, a qual esteve vinculada aos seus seguidores antes e durante a Guerra de Canudos ocorrida no sertão baiano. O foco volta-se à representação diferenciada que tanto o jornal Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro quanto o jornal O Estado de S. Paulo fizeram da vida de Antônio Vicente Mendes Maciel. Além de investigar suposta diferenciação de abordagem nestes periódicos enfatizamos que como nos chama atenção este mini-simpósio de que, a “discussão e perspectivas de ordem teórico-metodológica que envolvem o uso de fontes da imprensa periódica na escrita da história”, poderá nos fornecer suporte ao utilizar-se das ferramentas e artifícios do estudo da imprensa.

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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS: Ordem das apresentações e localização

IMPRENSA, CULTURA E MEMÓRIA: PESQUISAS EM FONTES

Coordenadores: Profª. Drª. Silvia Maria AZEVEDO

Livre-docente do Departamento de Literatura – UNESP/Assis Esequiel Gomes da SILVA

Doutorando do Programa de Letras – UNESP/Assis Bolsista FAPESP

Jornais, revistas, cartas, crônicas de viagem, escritos literários e registros iconográficos podem ser concebidos como uma espécie de repositório de informações, fatos históricos e pensamentos, enfim, como a memória de uma determinada época. Resguardado o caráter ficcional de alguns desses registros, eles funcionam como veiculadores de uma concepção de mundo e reproduzem, de alguma forma, aspectos da vida cultural, das relações sociais e das ideologias vigentes à época em que foram produzidos. Embora em alguns momentos da história a imprensa periódica tenha reproduzido apenas o discurso dos donos do poder, em outros passou a configurar um espaço propício para o debate e a difusão de ideias científicas, literárias, políticas e culturais, servindo ainda como veículo de divulgação e de projeção de grandes obras e nomes da literatura. Com o advento das folhas ilustradas, intensificou-se o uso da imagem no espaço do jornal, de modo que gravuras, caricaturas e fotografias passaram a condensar aspectos da vida sociocultural, tornando-se também fontes de pesquisa para a compreensão da dinâmica da vida em sociedade. Em função do exposto acima, o estudo em fontes tem despertado o interesse das mais variadas áreas do conhecimento, como a Sociologia, a Antropologia, a História Social, a História da Literatura e da Arte e etc., que cada vez mais têm se voltado para o estudo desses “documentos” como suporte de informações para pesquisas. Com a proposta mais abrangente deste simpósio pretendemos reunir diferentes abordagens de pesquisas em fontes, passando pela discussão teórica, aplicação de metodologias, resultados e perspectivas.

16/10/2012

Salão de Atos – Prédio I Simpósio Temático 3 - Imprensa, Cultura e Memória:

pesquisas em fontes Coordenadores: Profª. Drª. Sílvia Maria Azevedo e Ms.

Ezequiel Gomes da Silva

1. A Biblioteca Michael Traumann: cosmopolitismo e visão de mundo no refúgio – Rolândia 1937-2001.

Aline Fernanda Souza de OLIVEIRA Graduanda em História – UEL/Londrina

Orientador: Dr. Marco Antonio Neves Soares

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A experiência cultural judaica em Rolândia, norte do Paraná inclui diversas características da vivência do judeu na Colônia Gleba Roland. Dentro desse processo de aculturação, o universo material se destaca, sobretudo a Biblioteca da família Traumann, composta por livros trazidos da Alemanha e outros que foram adquiridos no Brasil. Esta Biblioteca, é composta por centenas de títulos de diferentes áreas do conhecimento. Interessam, neste momento, os títulos de filosofia, pois estes são capazes de revelar os processos de formação e de identificação constituídos no refúgio, assim como a manutenção de valores como cosmopolitismo, que formam, em Rolândia, uma visão de mundo específica. 2. A Comissão Nacional da Verdade e a Dialética da Memória

Ana Laura Maria Castilho dos Santos POLOTO Andressa Somogy de OLIVEIRA

Felipe de Faria QUADRADO Heloísa Castelli CELESTE

José Paulo Rodrigues CORREA Júlia Barreiro COMANETTI

Lara Scorsato SAYA Leonardo Stockler de Medeiros MONNEY

Nathalia Christina CORDEIRO Pedro Fernandes RUSSO

Vinícius Americano PARONI Graduandos em História da – UNESP/Franca

A disponibilização do acervo de documentos referentes à ditadura brasileira por

parte do Arquivo Público do Estado de São Paulo em 1994 é uma importante etapa à constituição de um espaço de pesquisa histórica. À medida em que tais espaços se estabelecem gradualmente – como a recente instituição da Comissão Nacional da Verdade – é levada a cabo uma reinterpretação de nossa História recente. O presente, portanto, acaba por resignificar o passado contínua e inevitavelmente. Nesse sentido estes espaços não existem como arcabouço de memórias, mas como instrumentos legítimos para uma investigação dos fatos. A memória, por sua vez, por ser um fenômeno dialético é moldada tanto pelos avanços da pesquisa historiográfica quanto pelo esquecimento, sua face oculta. 3. Cartas e confissões: memórias de uma personagem transgressora.

Ariane Carvalho SOUZA Mestranda do Programa de História- UNESP/Assis

Orientadora: Drª. Daniela Mantarro Callipo Bolsista CAPES

O Marido da adúltera (1882), de Lúcio de Mendonça, se inscreve na tradição

do romance epistolar, muito apreciado no século XVIII na Europa e muito em voga no final do século XIX no Brasil. O romance tem como protagonista Laura, que manipula quem a cerca para obter o que deseja. Por meio de cartas escritas à redação do jornal Colombo, ela conta que teve uma infância difícil. Depois de muito sofrer, encontra refúgio nos braços de Luís Marcos, um marido bom a quem não soube, entretanto, respeitar e que passa a trair com um estudante rio-grandense. Ao descobrir o adultério da esposa, Luís Marcos suicida-se. Laura resolve suavizar a culpa que sentia, por ter transgredido as regras e não ter conseguido o perdão de seu marido, enviando ao Colombo, toda a história de sua vida.

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4. A oposição à ideologia do Nazismo em Aktion,

Alceu João GREGORY Doutor do Departamento de Letras Modernas – UNESP/Assis

Estou pesquisando o periódico libertário de língua alemã chamado “Aktion” que

se encontra no acervo do CEDAP. Como se trata de um periódico publicado nos anos de 1935 e 1936 em Porto Alegre, ele está atento aos movimentos do nacional-socialismo alemão. Minha proposta é a de fazer uma primeira abordagem e apresentar de modo bem sucinto as principais ideias vigentes neste periódico e averiguar em que medida ele se opõe ao nacional-socialismo alemão. 5. A Revista Literária Mercure de France (1890-1898).

Camila Soares LÓPEZ Doutoranda do Programa de Letras – UNESP/Assis

Orientador: Dr. Alvaro Santos Simões Junior

Na década de 1890, a revista literária Mercure de France, editada por Alfred Vallette, atuou de forma significativa, oferecendo aos seus leitores crônicas, resenhas, poemas, contos e crítica literária. Vallette foi apontado como um mecenas do Simbolismo, movimento que, em seu país de origem, foi tido como cosmopolita, abrindo caminhos para o estabelecimento de vanguardas ulteriores e correspondendo às expectativas de uma geração marcada pelo anseio de renovação. Considerando-se a relevância dessa publicação, este trabalho propõe a apresentação das características do Mercure de France e de alguns dos textos que constam de suas páginas, e que trazem à luz as ideias vigentes na época; estas se opunham ao conformismo da sociedade industrial e burguesa e à representação fiel da realidade na literatura. 6. Olavo Bilac e Kosmos: os tempos modernos nas páginas de revista.

Clara Miguel Asperti NOGUEIRA Doutora pela UNESP/Assis

O advento da República intensificou o anseio da sociedade carioca em busca

de progresso, e a imprensa, bem representada pelas revistas ilustradas, estampou nossa Belle Époque ávida por inovações técnicas e por civilização. A revista Kosmos, lançada em 1904, tornou-se espécie de paradigma da época por sua diagramação luxuosa e imagens fotográficas de impacto. Deste modo, a presente comunicação tem como objetivo, através da descrição das particularidades de Kosmos, mostrar como esta revista coadunou sofisticação visual ao excelente nível de colaboradores e contribuiu para delinear uma nova dinâmica cultural no Rio de Janeiro. Para tanto, evidenciar a parceira forjada entre Kosmos e seu principal cronista, Olavo Bilac, será imprescindível para o entendimento da importância da revista no cenário carioca da época. 6. Plantas e projetos arquitetônicos do CDPH-UEL

Claudio Augusto Piloto de OLIVEIRA Fernando Carmezini MALANGE

Graduandos em História – UEL/Londrina Orientador: Dr. Marco Antonio Neves Soares

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Documentos icnográficos são os projetos de engenharia e arquitetura, que

redundam ou não em edificações. Esse tipo de documentação tem sido um desafio para as instituições arquivísticas, uma vez que, pelas características dos seus suportes tradicionais (papel vegetal, papel heliográfico), a informação neles presentes pode sofrer vários tipos de degradação, conforme o tipo de papel; o papel vegetal sofre um processo rápido de acidificação, resultando em quebras da trama, podendo ocorrer rupturas, já o papel heliográfico, exposto à diferentes tipos de iluminação, sofrem o esmaecimento das informações ali registradas. O Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade de Londrina, busca testar e desenvolver novas metodologias visando a preservação destes documentos, em uma série de processos que culmina com a sua digitalização.

17/10/2012

Salão de Atos – Prédio I Simpósio Temático 3 - Imprensa, Cultura e Memória:

pesquisas em fontes Coordenadores: Profª. Drª. Sílvia Maria Azevedo e Ms.

Ezequiel Gomes da Silva 1. Imprensa Sindical e as possibilidades de pesquisa no mundo do trabalho.

Dayane da Costa GARCIA Centro de Memória Sindical (CEMOSi) – UNESP/Presidente Prudente

João Baccarin Xisto PAES Graduando em Geografia – UNESP/Presidente Prudente

O Centro de Memória, Documentação e Hemeroteca Sindical “Florestan Fernandes” (CEMOSi) teve suas atividades iniciadas em novembro de 1997 com o intuito de organizar, catalogar e principalmente disponibilizar seu acervo de documentos na área sindical, operária e das organizações sociais populares. Temos buscado consolidar na Geografia uma área específica de estudos que permita desvendar a dinâmica social (da sociedade de classes), em especial da relação capital-trabalho ou nas quais o trabalho, contraditoriamente, se redefine centralmente enquanto categoria de análise. Nesse sentido, a imprensa sindical tem sido fonte privilegiada no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao mundo do trabalho. Pretendemos nessa comunicação, explorar as possibilidades do uso dessa fonte como balizadora de novas investigações. 2. Fotografia e memória: aspectos do cotidiano de uma família de refugiados do nazismo

Diego Barbosa Alves de OLIVEIRA Priscila Rosalen Pasetto de ALMEIDA Graduandos em História – UEL/Londrina

Orientador: Dr. Marco Antônio Neves Soares

Pretendemos analisar a utilização da fotografia como fonte de pesquisa em dois aspectos distintos de representação da memória: congelada no ato em que a imagem fora concebida; e construída no ideário da lembrança de um passado. Através do acervo da família Traumann – parte do Projeto de Pesquisa “Experiência Cultural Judaica em Rolândia-Pr”–, almejamos analisar a reconstrução do aspecto de cotidiano, arraigados na família refugiada do nazismo e estabelecida em Rolândia em

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1937. Verificar, desenvolver e analisar as práticas que foram transformadas, e as tentativas de manutenção de características do cotidiano em uma nova fronteira, no Norte do Paraná. Esse processo de reinvenção de si constrói em solo brasileiro culturas hibridas ou hifenizadas, capazes de revelar seus aspectos identitários. 3. Histórias da meia-noite: um caso de emendas.

Dayane MUSSULINI Mestranda do Programa de Letras – UNESP/Assis

Orientadora: Drª. Daniela Mantarro Calippo

Histórias da meia-noite (1873) é a segunda coletânea de contos de autoria machadiana, cujos textos foram originalmente publicados no Jornal das Famílias (1863-1878). Esses contos possuem inúmeras alterações significativas na sua estrutura narrativa, devido ao papel de editor realizado por Machado de Assis, no momento de selecioná-los para a compilação, tornando essas modificações um possível sinal de mudança de postura do autor: se no periódico, a intenção parece estar aliada a uma função moral, no livro os acontecimentos trazem à luz um posicionamento mais irônico e, muitas vezes, ambíguo. Dessa forma, procura-se, por meio da comparação entre a primeira edição dos textos no Jornal das Famílias com a versão definitiva em livro, estudar a importância dessas emendas na produção machadiana. 4. Nelson Rodrigues e as revistas Realidade e Revista Civilização Brasileira: espaços do imaginário político em disputa (1967-1968).

Edmar Lourenço da SILVA Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientador: Prof. Dr. Antonio Celso Ferreira

Durante os anos finais da década de 1960 no Brasil, as revistas Realidade e Revista Civilização Brasileira juntamente com as crônicas de Nelson Rodrigues, produziram, conceberam ideologias e imaginários políticos referentes aos diversos movimentos sociais existentes na conjuntura política do regime civil-militar brasileiro. Sendo assim, a presente comunicação abordará as diferentes culturas políticas perceptíveis analiticamente nas crônicas rodrigueanas e também nas reportagens e artigos das referidas revistas durante o recorte temporal dos anos 1967-1968. 5. A festa de Momo nas crônicas de Artur Azevedo.

Esequiel Gomes da SILVA Doutorando do Programa de Letras – UNESP/Assis

Bolsistas FAPESP

A presente comunicação tem como objeto de análise algumas crônicas publicadas por Artur Azevedo na seção de variedades “De palanque” em dois periódicos fluminenses, entre 1885 e 1889. Interessa-nos, mais especificamente, os textos em que o cronista maranhense contemplou o carnaval como assunto, comentando os desfiles de sociedades carnavalescas como os Tenentes do Diabo, os Fenianos, para citar ao menos duas. Nossa intenção é investigar como o cronista maranhense, empenhado em questões de sua época, se relacionava com as práticas

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dos participantes da festa de Momo, em um momento fortemente marcado pelas ideias de moralizar e disciplinar os hábitos da população. 6. “Trecho de Vida”: Reflexões sobre a Revista Mapa (1957-1958) e o lugar do Ensaísta Glauber de Andrade Rocha.

Héder Junior dos SANTOS

Mestrando do Programa de Letras UNESP/Assis Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Cinema e Literatura na FFC da NESP/

Marília Orientadora: Drª. Ana Maria Carlos

Co-orientadora: Drª. Célia Aparecida Ferreira Tolentino Bolsista do CNPq

Este trabalho tem por objetivo estudar a revista Mapa, um periódico de

existência curta – três números publicados na Bahia entre 1957 e 1958 –, de cunho manifestamente revalorativo e recuperativo das artes e autores brasileiros. De forma geral, trabalharemos qualitativamente, buscando apresentar seu tema, sua linha editorial, seu formato, como também seu corpo de autores. Para evitarmos certa prolixidade, efetuaremos o recorte e discutiremos três ensaios publicados pelo então estudante Glauber de Andrade Rocha; são eles: “Romance de José Lins do Rego”, “O western – uma introdução ao estudo do gênero e do herói” e “Raices mexicanas de Benito Alazraki”. Neles, está colocado como necessidade ao cineasta em potencial discutir e buscar estímulos a partir de outros campos artísticos com a intenção de equacionar e contrair diversos argumentos acerca de nossa realidade social e estética. O cerne de nossa investigação está em verificar a ligadura entre essas ideias e os caminhos que o processo de modernização periférica assumia no país na segunda metade da década de 1950. 7. A tradição e modernidade na Revista Feminina (1915-1936).

Juliana Cristina BONILHA Doutoranda do Programa de Letras - UNESP/Assis

Orientadora: Drª. Rosane Gazolla Alves Feitosa Bolsistas CAPES

Apresentaremos a Revista Feminina, publicação paulista, mas de abrangência

nacional, voltada às mulheres no início do século XX cuja preocupação era a instrução e o entretenimento de suas leitoras. Constatando-se que a mulher (da elite) da época em questão já tinha acesso à educação - que podia ser obtida em colégios e internatos - e observando-se o panorama literário do período, caracterizado pela crítica literária como um período de "literatura de permanência" (CANDIDO, 2000, p. 104) ou um momento que antecede o Modernismo, decidiu-se analisar os textos presentes na Revista a fim de perceber se tais textos confirmavam uma transitoriedade ou se traziam nuances de um novo momento para a literatura, que viria a ser o Modernismo.

18/10/2012 Salão de Atos – Prédio I

Simpósio Temático 3 - Imprensa, Cultura e Memória: pesquisas em fontes

Coordenadores: Profª. Drª. Sílvia Maria Azevedo e Ms. Ezequiel Gomes da Silva

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1. O uso de fontes imagéticas para o estudo da história da sede do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss 1946-1986.

Priscilla Perrud SILVA

Graduanda em História – UEL/Londrina Orientadora: Drª. Zueleide Casagrande de Paula

O edifício do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, foi construído

entre os anos de 1946 a 1950 para ser a segunda Estação Ferroviária da cidade de Londrina-PR. Na década de 1980, com o desligamento de suas atividades, deixou a funcionalidade de Estação Ferroviária para ser refuncionalizado como sede para o Museu Histórico. Em razão de suas formas oriundas do estilo arquitetônico Eclético e de uma volumetria ampla, conformando certa “suntuosidade”, é considerado como patrimônio local, embora não seja tombado. Propomos discutir a partir do trato com as fontes imagéticas como as fotografias e plantas arquitetônicas produzidas entre 1946 a 1986, como estas contribuíram para compreensão da história do edifício e do lugar que ele ocupa na cidade, quando tratamos de Patrimônio Histórico Cultural. 2. Conflitos e acordos na arena jurídica: Um estudo das ações de liberdade em Itu (1884-1887).

Marcelo Henrique LEITE Graduando de História – UNESP/ Assis Orientadora: Drª. Lúcia Helena da Silva

O projeto busca investigar a luta cotidiana dos escravos para obtenção da

liberdade. Esta luta compreendia uma série de ações como busca de pessoas que o representassem junto à lei, depreciação de si próprio acúmulo de pecúlio entre outras estratégias para obter a emancipação. Entre perdas e ganhos analisamos as práticas dos cativos em uma cidade de economia típica do Oeste Paulista histórico; o café.

Quando se busca projetar uma História Social da Escravidão, através da leitura e interpretação de cartas de ações de liberdade na cidade de Itu, na década de 80 do século XIX, tenho como fundamentos metodológicos, Hebe Mattos e Sidney Chaloub, que trabalham com História Social discutindo as várias formas de interpretação da concepção de liberdade.

No Centro de Estudos do Museu Republicano de Itu existe um grupo documental correspondente ao cartório do 1º Ofício onde se encontram várias ações de liberdades. As cartas existentes são a partir de 1871 até 1889, das cidades de Itu, Araraquara, Cabreúva, Indaiatuba, Jundiaí, Piracicaba, São Paulo, Salto e Piracicaba. Em meu projeto tem como delimitação os processo que envolve a cidade de Itu a qual apresenta no CEMR um total de 52 ações. Para esta minha pesquisa, são usadas 10. 3. A experiência cultural judaica em Rolândia-PR: O Fundo Michael Traumann.

Marco Antonio Neves SOARES Doutor do Departamento de História - UEL/Londrina

Financiamento CNPq

Este trabalho busca apresentar a ideia de experiência cultural aplicada a uma família de alemães de origem judaica, estabelecida em Rolândia, norte do Paraná, em 1937. Por experiência cultural entende-se os processos de formação e de visão de mundo que implicam em categorização de valores e atitudes. O Fundo Michael Traumann é uma grande série documental, de registros escritos, sonoros e imagéticos, cujos documentos são compreendidos como marcadores étnico-culturais, capazes de

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revelar as formulações identitárias constituídas no refúgio. Compreende-se desta maneira, que a família Traumann passou por evidentes processos de hibridação, que podem ser rastreados e analisodas, a fim de observar a reelaboração das fronteiras e a ressignificação de suas identidades. 4. História e Memória: O Fundo Traumann e suas possibilidades de uso como fonte histórica.

Naor Franco de CARVALHO Graduando em História –UEL/Londrina

Orientador: Dr. Marco Antônio Neves Soares Estagiário Bolsista do Centro de Documentação e Pesquisa Histórica- CDPH

É comum confundir o conceito de memória com o de história, esta confusão

vem do fato de estes estarem subjetivamente interligados pela noção de passado. Neste trabalho, será observado a definição destes conceitos, procurando diferenciá-los através das discussões e da caracterização deles, utilizando os pressupostos teórico-metodológicos de Pierre Nora e Michael Pollak. Como fonte histórica será utilizado o Fundo “Michael Traumann” que se encontra presente no Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da UEL (CDPH). A partir deste acervo constituído por fontes imagéticas, escritas e sonoras, podemos observar o uso da memória pela história, como ferramenta desta última, sendo o acervo “Michael Traumann” uma fonte de memória desta família alemã de origem judaica, refugiada em Rolândia-Pr em 1937, devido ao avanço nazista na Alemanha. 5. Dom Gigadas e o Folhetim: o caso do jornal O Estado de s. Paulo.

Patrícia Trindade TRIZOTTI Doutoranda do Programa de História – UNESP/Assis

Orientador: Profª. Drª. Tania Regina de Luca

Durante o século XIX os jornais europeus lançaram em suas páginas um espaço denominado folhetim que foi destinado a textos de ordem variada como crônicas, receitas, piadas, críticas teatrais, romances, entre outros. Criada inicialmente na Europa, a novidade chegou ao país e passou também a figurar na imprensa brasileira. O jornal O Estado de S. Paulo foi um dos periódicos que adotou a rubrica “folhetim” já na sua fundação em 1875. Dentre as publicações que foram apresentadas pelo matutino no espaço folhetim estão uma série de artigos publicados sob o pseudônimo de Dom Gigadas, personagem de Honoré de Balzac, e que serão analisadas na presente comunicação.

6. “Tema para versos” (Eça de Queirós/Gazeta de Notícias): subsídio para a história da produção literária de Eça.

Rosane Gazolla Alves FEITOSA Doutora do Departamento de Literatura – UNESP/Assis

Comentaremos acerca do texto de imprensa “Tema para versos I e II” publicado

no jornal do Rio de Janeiro, Gazeta de Notícia, em 2 e 3/04/1893. No dia 2, temos o texto “Tema para versos-I”, cujo conteúdo trata de uma reflexão sobre a finalidade da literatura, ou seja, o que se deveria ser tema/conteúdo para poesia/versos. No dia 3, “Tema para versos- II”, há um pequeno prólogo (algumas linhas) e uma pequena história/conto, [A Aia] que pode ser considerada uma exemplificação/concretização das

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reflexões feitas na parte I (dia 2 abril). O objetivo de nossa comunicação é comentar que o estudo desse texto de imprensa, a partir de sua fonte primária, o jornal Gazeta de Notícias, pode servir como suporte de informações para pesquisas acerca da produção literária queirosiana de última fase (1888-1900) e propiciar novas interpretações e esclarecimentos acerca da posição doutrinária de Eça de Queirós.

7. Leituras recomendadas para as Escolas Normais no Brasil e na França (século XIX): transferências culturais e de modelos pedagógicos.

Thabatha Aline TREVISAN Doutora em Educação – UNESP/Marília

Bolsa FAPESP Bárbara Cortella PEREIRA

Doutoranda do Programa de Educação – UNESP/Marília Bolsista CAPES

Orientadora: Profª. Drª. Maria do Rosário Longo Mortatti

Com o objetivo de contribuir para a democratização da memória escolar no Brasil, em especial, da história da formação de professores primários nas décadas finais do século XIX brasileiro (caso paulista) e francês, apresentam-se, resultados de pesquisas de doutorado, mediante abordagem histórica centrada na análise da configuração textual dos seguintes impressos escolares: lista de livros adquiridos por Paulo Bourroul na França para uso na Escola Normal de São Paulo (1882-1884) e o Catalogue des bibliothèques des Écoles Normales (1887), de Jules Ferry, ministro da Instrução Pública da França, em 1882. Constataram-se importantes aspectos da cultura escolar relativos ao “ensinar a ensinar” leitura, decorrentes das transferências culturais e de modelos pedagógicos na relação/representação Brasil-França.

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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS:

Ordem das apresentações e localização

HISTÓRIA ORAL: PRÁTICAS E PERSPECTIVAS

Mary Angélica Costa TOURINHO

Doutoranda do Programa de História – UNESP/Assis Bolsista FAPEPI Priscila DAVID

Doutoranda do Programa de História – UNESP/Assis Bolsista FAPESP

A História Oral enquanto prática de pesquisa e de estudo, vem se constituindo,

junto aos historiadores, como importante metodologia que evidencia o envolvimento de colaboradores e pesquisadores com o objeto no qual se propõem narrar. Abre possibilidades de estudos que comportam leituras sobre as diferentes formas de registro da memória, na elaboração de um novo texto para história, apresentando novos pontos de vista na leitura de determinados acontecimentos, bem como preenche lacunas decorrentes da inexistência de documentos escritos. Traz a tona uma metodologia qualitativa de pesquisa voltada para o estudo do tempo presente e baseada nos testemunhos. Para trabalhar com a história oral o historiador deve se aprofundar em uma metodologia que demanda interdisciplinaridade, dominando técnicas de um diálogo que visa compreender o outro, bem como o esforço de tornar visíveis opiniões e vivências dos colaboradores, construindo o que Bourdieu denomina como uma “auto-análise provocada e acompanhada”.

16/10/2012 Sala de Reuniões do Cedap – Prédio do Cedap Simpósio Temático 4 - História Oral: práticas e

perspectivas Coordenadores: Priscila David e Mary Angélica Costa

Tourinho 1. Narrativas de mulheres catadoras de Assis/SP: algumas questões.

Profª. Drª. Zélia Lopes da SILVA Livre-Docente do Departamento de História – UNESP/Assis

Financiamento: PROEX

Nesta exposição apresentarei o resultado das pesquisas referente ao projeto Memória dos catadores de materiais recicláveis de Assis, de 2001 a 2007, com foco nas narrativas de algumas mulheres catadoras que passaram a integrar da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis. O universo pesquisado voltou-se para dois grupos de pessoas: os integrantes, homens e mulheres, da diretoria da Cooperativa e um grupo aleatório de mulheres que trabalha na coleta, de casa em casa, perfazendo 13 narradores. A pesquisa partiu da trajetória pessoal desses protagonistas para verificar as percepções desses homens e mulheres sobre o aprendizado e as dificuldades para ir delineando as diretrizes políticas (e as barreiras) para a gestão da Cooperativa. Nessa exposição, a análise enfocará as mulheres desse grupo que se singulariza por serem as responsáveis pela manutenção de sua

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família considerando-se que das entrevistadas, a maioria é mãe e cria sozinha os seus filhos. 2. Usos da História Oral na Folia de Reis da Companhia de Reis Fernandes - Olímpia/São Paulo

Pedro Henrique VICTORASSO Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

Esta comunicação visa à discussão sobre a utilização da História Oral na metodologia da minha pesquisa de mestrado sobre a Folia de Reis desenvolvida pela Companhia de Reis Fernandes, da cidade de Olímpia-SP, fundada por Celso Fernandes, que há mais de 40 anos ininterruptos participa das festividades devotas aos Santos Reis. O objetivo da pesquisa é analisar estes festejos e as possíveis transformações ocorridas nessas manifestações que podem ser distintas das práticas tradicionais. Assim sendo, a História Oral será importante para a produção de fontes, pois as tradições das Folias de Reis não são encontradas em documentos escritos e oficiais, mas sim, em relatos de experiência dos membros do grupo, abrindo assim, a possibilidade para a abordagem de novos aspectos de suas realidades sociais. 3. Louvor às Almas: narrativas autobiográficas e os percursos da memória na Encomendação de Almas de Santana.

Ana Luisa LAURIA Mestranda do Programa de Literatura e Cultura – UFBA/Bahia

Orientadora: Drª. Alvanita Santos

Discute o entrelaçamento das histórias de vida das representantes da Encomendação de Almas de Santana (Bahia) e da própria cerimônia funerária. As fissuras discursivas que emergem ao longo de uma investigação etnográfica deflagram zonas de constante ressignificação situadas na esfera cultural. Assim sendo, o presente artigo aponta a concatenação entre texto oral (histórias de vida) e memória ao longo da observação participante junto às Encomendadeiras, a qual irá resultar na descrição e análise do ritual consagrado àqueles que se encontram em desassossego espiritual. 4. História Oral: Metodologia do Diálogo.

Priscila DAVID Doutoranda do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva Bolsista FAPESP

A história oral, como metodologia qualitativa de pesquisa, vem preencher

lacunas dos documentos escritos. Por meio dela o historiador consegue visualizar diversos pontos de vista de um determinado fato histórico. Neste aspecto, cabe ressaltar que sua utilização depende da compreensão de que o diálogo entre pesquisador e entrevistado apresenta especificidades. Utilizar-se da história oral requer a compreensão de que a pesquisa somente é possível mediante a vontade do pesquisador, o qual delimita seu tema e seus personagens, expondo muito de si em seu trabalho. Além disso, devemos notar que nenhum personagem irá narrar sua

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história sem calcular o que esta narrativa poderá trazer de consequências para si, sejam elas negativas ou positivas. Assim, buscar o depoimento é saber que estamos adentrando questões de natureza privada, as quais são ainda mais delicadas quando os personagens em questão estão vivos e dispostos a avaliar o que seu depoimento pode causar em sociedade. 5. Documento, memória e ensino de História

Washington TOURINHO JÚNIOR Professor do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão e

Doutorando do Programa de História UNESP/FCL/Assis Orientador: Prof. Dr. Helio Rebello CARDOSO JÚNIOR

Bolsista CAPES

A Análise da contribuição das diversas fontes documentais para o ensino de História, com ênfase na escrita didática da história, é tributária, nos dias atuais, da reinterpretação de dois conceitos fundamentais para a construção do conhecimento histórico; os conceitos de memória e de documento. As novas concepções sobre os conceitos de documento, de memória e dos chamados “lugares de memória” – Pierre Nora – legou à pesquisa histórica e, consequentemente, ao ensino de História, um conjunto de concepções epistemológicas e metodológicas que, além de possibilitarem a abertura de novas áreas de atuação para os historiadores, possibilitaram, também, uma reinterpretação a respeito do papel desempenhado pelo ensino de História e pela escrita didática da História. 6. Entre forma e conteúdo: Representações do Islã nos livros didáticos.

Felipe Yera BARCHI Mestrando do Programa de História – UNIFESP/Campus de Guarulhos

Orientador: Dr. Antonio Simplício de Almeida Neto Bolsista CAPES/Reuni

Este trabalho versa sobre as representações do Islã nos livros didáticos brasileiros antes e depois (1991-2001) dos atentados ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Tomando os livros didáticos simultaneamente como fonte e objeto de pesquisa, pretende-se aqui não apenas “denunciar” o que está escrito nos manuais de história a respeito do Islã, mas percorrer o circuito de produção dos didáticos e o modo como funcionam na sociedade. Cabe ressaltar que, como bem nos lembra Roger Chartier, nem tudo o que está publicado será lido e apropriado da mesma maneira. Desse modo, a luz dos avanços das últimas décadas da nova história cultural e da história do livro e da leitura, exploramos a relação escritor-texto-leitor, bem como a relação entre pesquisador-objeto-fonte tocante à produção didática em história. 7. Fontes orais como objeto de pesquisa e estudo.

Lídia Baumgarten BRAUN Doutora pela UNESP/Assis

A presente comunicação procura discutir aspectos em relação à utilização da metodologia da história oral nas pesquisas acadêmicas e no ensino de história. Nos casos específicos das relações entre memória e história e da narrativa histórica, que

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ganharam notoriedade no campo do historiador, é preciso ressaltar a recorrência dos usos de fontes orais. Muitos historiadores e professores passaram a aprofundar seus conhecimentos, com intuito de explorar essa metodologia como fonte documental. Os depoimentos orais são tomados como fontes para a compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registros históricos. Isso torna o estudo da história mais concreto e próximo da realidade presente, facilitando a compreensão das experiências vividas por outras pessoas no passado, possibilitando a apreensão das representações que elas fazem dessa experiência.

17/10/2012 Sala de Reuniões do Cedap – Prédio do Cedap Simpósio Temático 4 - História Oral: práticas e

perspectivas Coordenadores: Priscila David e Mary Angélica Costa

Tourinho 1. Legião Urbana: música, juventude e memória. (1985-1997).

Gustavo dos Santos PRADO Mestrando em História Social – PUC/São Paulo

O objetivo do presente trabalho está em analisar as aproximações que

existiram entre a Legião Urbana e seu público, em vários campos da experiência cotidiana. Para tanto, levou-se em consideração, os possíveis processos de recepção que foram realizados pelos jovens que ouviram as canções do grupo Brasiliense, durante o período em que a banda produziu seus álbuns em estúdio (1985-1997). Por essa via, pode-se trazer a baila, outras interpretações para compreender o sucesso e a repercussão que a banda tivera no período. Para tanto, as fontes que serão problematizadas e expostas nesse evento são alguns canções do grupo e depoimentos orais, dos sujeitos que eram jovens durante os anos referidos e que ouviram as canções da Legião Urbana. 2. A pluralidade cristã e a topografia católica: o caso de Apucarana – PR, de 1940 até os dias atuais.

Guilherme Alves BOMBA Especialista em História - UEL/Londrina

Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Neves Soares

O presente trabalho propõe a análise das relações sociais e identitárias da população da Cidade de Apucarana no norte do Paraná, diante da presença da Catedral enquanto símbolo oficial do municipio no Brasão e Bandeira da mesma. Diante disto, analisaremos as construções identitárias forjadas nas relações religiosas no espaço público laico, dando assim um caráter normativo às práticas sociais. Sendo assim, podemos compreender que as relações de troca entre o individuo e o meio criam e ressiginificam as relações sociais, criando e desfazendo mitos e ídolos da cidade. 3. Diários Íntimos e História Oral: a importância da descendência preenchendo as lacunas na escrita “do outro”.

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Izabel Mano NEME Mestre em Letras - UNESP/Assis

No século XVIII, com o advento da burguesia e o crescimento da população se

iniciaram os escritos autobiográficos, mas foi apenas no final do século XIX que os diários puderam ser considerados como uma escrita de si mesmo. Todavia, foi ao longo do século XX, que essa escrita de foro íntimo adquiriu um status mais privilegiado, onde se incluem os diários, correspondências e autobiografias. Dessa forma, emergiram, definitivamente, os diários íntimos e, especialmente aqui, os de autoria feminina. Se os diários íntimos não eram considerados literatura, atualmente, após sua redescoberta, com a riqueza de sua narrativa, repletas de informações autobiográficas, históricas, sociais, saíram da alcova e ganharam o mundo tornando-se referência como fonte para pesquisadores das mais variadas áreas do conhecimento. Quase sempre guardados em segredo, escondidos em gavetas, caixas, baús, materializados em papel e tinta, os diários íntimos conquistaram na última década lugar de destaque como objetos de estudo nas academias. Este trabalho trata do encontro com os familiares de Carolina Martins de Mattos, autora de três volumes de diários íntimos, e das descontraídas entrevistas realizadas na cidade de Amparo, SP, durante um dia de sábado. Tudo se iniciou na cozinha de ladrilhos, com uma longa conversa com Leda, neta de Carolina e guardiã da memória de sua avó. 4. Áurea Moretti Pires: a Mulher, a Resistência e a Tortura – Um estudo sobre a participação feminina contra a ditadura militar brasileira no interior de São Paulo, nos períodos de 1966-1975.

Pedro Fernandes RUSSO

Graduado em História pela UNESP/FRANCA. Orientadora: Prof. Dra. Márcia Pereira da Silva

Áurea Moretti Pires, formada em enfermagem, foi uma das líderes das Forças

Armadas de Libertação Nacional (FALN), movimento na região de Ribeirão Preto-SP, contrário à ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), que foi desmembrado em outubro de 1969. Na companhia de Vanderley Caixe, Mario Bugliani, dentre outros, organizavam manifestações políticas e um jornal (O Berro), adversos ao Estado autoritário. Suas memórias revelam a participação e relevância política da figura feminina na resistência e sobrevivência à ditadura: como era a vida clandestina, quais as dificuldades encontradas no treinamento e vida guerrilheiros, como foi enfrentada a tortura física e psicológica desferidas pelos agentes do governo, como decorreu o processo que a condenou a 5 (cinco) anos de prisão e suas experiências enquanto prisioneira política. 5. História Oral e Ausências na Construção da Memória.

Mary Angélica Costa TOURINHO Doutoranda do Programa de História - UNESP/Assis

Professora do Departamento de História da UESPI Orientadora: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

Bolsista CAPES

O coletivo, a identidade, a emoção e as interferências do pesquisador, compõem a memória apresentada como individual. Os elementos motivadores da memória e por consequência do esquecer, passam a integrar os estudos sobre a mesma, na atualidade. Em se tratando da História Oral, segundo Aliatair Tomson

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existe uma permanente tensão entre o que o pesquisador quer ouvir e o que a testemunha direta, ou indiretamente, quer relatar e evidenciar. Esta questão a priori remete a duas situações; a primeira de que na História Oral, o pesquisador busca alcançar informações sobre sujeitos pouco contemplados pelo corpus documental de fontes arquivísticas impressas; a segunda de que a representação que o colaborador e o pesquisador tem do objeto pesquisado podem ter diferentes significações, as quais mais se complementam do que se contradizem. A dificuldade de alcançar sujeitos sociais femininos, ligados ao mundo do trabalho, ainda “não autorizado” pela ordem dos costumes e dos discursos, na primeira metade do séc. XX, no exercício de entrevistas realizadas sobre este objeto evidenciam e denunciam ausências de esquecidos nestas tramas de poderes, da qual a construção da memória faz parte, despertando nova consciência histórica, latente, sob o manto das narrativas, até então dominantes.

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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS: Ordem das apresentações e localização

FONTES E ARQUIVOS MIDIÁTICOS: PESQUISA, MEMÓRIA E CIDADANIA

Dr. Áureo BUSETTO

Doutor do Departamento de História – UNESP/Assis

No universo da pesquisa histórica, as diferentes mídias vão ganhando espessura documental e historiográfica. Historiadores, assim como demais pesquisadores das Humanidades, discutem cada vez mais e de maneira sistemática sobre a mídia e seus produtos na contemporaneidade. No âmbito das empresas de comunicação social, os arquivos midiáticos vão garantido reiterações da memória das próprias empresas, ou de grupos sociais e políticos vinculados a elas. Em termos culturais, discussões e ações em torno da constituição de arquivos públicos dos produtos da mídia eletrônica tem emergido, ainda que pontuais e com restrita participação de setores da academia. Na dimensão dos direitos à cidadania, as primeiras experiências de organização e acesso a arquivos midiáticos acenam com possibilidades da ampliação do direito universal à informação, assim como o da interpretação dela, contudo, em menor escala quando se trata de produtos de certas mídias eletrônicas. À luz dessas considerações, espera-se reunir, na sessão de comunicação proposta, discussões teórico-metodológicas sobre os produtos midiáticos como fontes à pesquisa, bem como reflexões sobre: as possibilidades e obstáculos à constituição de arquivos ou acervos públicos dedicados aos produtos midiáticos, notadamente os veiculados por meios eletrônicos; o papel deles no âmbito da construção da memória coletiva contemporânea e na busca pela ampliação do direito social à informação.

16/10/2012 Sala 4 – Prédio da Central de Salas de Aula

Simpósio Temático 5 - Fontes e Arquivos Midiáticos: pesquisa, memória e cidadania Coordenador: Dr. Áureo Busetto

1. Editoria Internacional e relações entre mídia e política no jornal O Globo.

Rafael Henrique ANTUNES

Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis Orientador: Dr. Áureo Busetto

Bolsista CAPES

Parece não haver momento mais oportuno para a discussão acerca do Regime Militar brasileiro do que o atual, sobretudo após a sanção da Lei de Acesso à Informação e a criação da Comissão da Verdade. Assim, estudos históricos acerca dos mais diversos e complexos aspectos do regime militar tendem a despertar maior interesse no público leitor e em pesquisadores. Nesta apresentação busco apresentar um destes aspectos, a atuação da editoria internacional de um órgão da grande imprensa nacional que atuara enquanto portador do discurso oficial do Regime Militar, ainda que de forma velada. Busca-se, através da historização do material publicado

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pelo jornal O Globo entre 1974 e 1976, a compreensão sócio-histórica das publicações, entendidas como conseqüência da incipiente abertura política, mas engendradas por posicionamentos políticos adotados abertamente. 2. O papel dos jornais: as folhas como fonte para pesquisa histórica.

Carla Drielly dos Santos TEIXEIRA Mestranda do Programa de História - UNESP/Assis

Orientador: Dr. Áureo Busetto Bolsista CAPES

A imprensa escrita tem sido amplamente utilizada nos trabalhos de história,

uma vez que os dados e informações oferecidos por este tipo de fonte se constituem em um grande manancial para a pesquisa histórica. Por tratar-se de um dos terrenos mais férteis para o conhecimento do passado, tal abordagem possibilita ao historiador acompanhar o percurso dos homens através do tempo, pois a imprensa registra, comenta e participa da história. A partir de tal perspectiva, surgiu a “história através da imprensa”, onde o pesquisador toma os materiais publicados pelas folhas como fonte primária para a realização do trabalho de apreciação. Esta comunicação se ocupará com o estudo histórico e análise do jornal como fonte para a pesquisa da história do rádio no Brasil, por tratar-se de um concorrente informativo e fonte imprescindível para o entendimento do desenvolvimento do meio eletrônico no país. 3. Fronteiras Culturais e identidades: A discoteca de Michael - Traumann (1937-1989)

Paulo Sérgio Sato de OLIVEIRA Graduando em História – UEL/Londrina

Felipe LIMA – UEL/Londrina Graduando em História – UEL/Londrian

Orientador: Dr. Marco Antonio Neves Soares

Este trabalho tem como objetivo analisar as estratégias com que os judeus-alemães refugiados em Rolândia-PR desenvolveram na reelaboração de suas identidades, longe de sua nação, em uma cidade de língua, costumes e religiosidades diferentes. Propõe-se, através da coleção de discos de vinil do Fundo Michael Traumann, depositados no CDPH-UEL, relacionar o universo sonoro com as variações identitárias constituídas no refúgio, a fim de perceber os processos de hibridação e de variações identitárias que passaram, desde a fuga da Alemanha em 1937 até 1989, momento em parte de sua família deixou a Fazenda Gilgala em Rolândia, para continuarem seus estudos ou para exercitarem suas profissões em outra localidade. 4. Entre textos e discos – coleções de fascículos dedicados à música como fonte.

Vanessa P. MILANI Graduanda em História - UNESP/Assis

Orientador: Áureo Busetto Bolsista PIBIC/Reitoria

Coleções integradas por fascículos compostos por textos e discos foram

introduzidas no Brasil, em 1968, pela Abril Cultural com o lançamento da coleção de

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música erudita, inspirada em uma congênere italiana. Pela mesma empresa foram lançadas posteriormente outras coleções dedicadas tanto à música clássica e ópera quanto ao jazz e a música popular brasileira. Até hoje há diversas coleções similares no mercado, tanto produzidas pela Abril Cultural quanto por outras empresas, algumas, inclusive, comercializadas juntamente à venda de jornais e revistas. O objetivo desta comunicação é refletir sobre o estatuto de tal gênero de coleção como fontes para estudos históricos sobre a indústria cultural no Brasil contemporâneo, notadamente as relações entre o setor editorial e o discográfico. 5. A História Oral na pesquisa sobre rádios comunitárias: a regularização da emissora de Heliópolis

Vanessa ZANDONADE Mestranda do Programa de História - Unesp/Assis

Orientador: Dr. Áureo Busetto Bolsista da FAPESP

Entre a formação da emissora comunitária de Heliópolis, em 1992, até a sua

regularização, em 2008, passaram-se 16 anos. Porém, poucos registros documentais foram mantidos para a historicização deste processo. Apenas algumas fotos, ofícios e projetos foram guardados pelos integrantes da gestão da emissora. No ponto de vista de repercussão na grande mídia, a rádio era citada apenas em alguns casos que se relacionavam com sua clandestinidade. Neste sentido, a História Oral traz contribuições significativas para o enriquecimento da pesquisa, ao recorrer à memória e aos discursos dispersos de diferentes sujeitos que testemunharam os desdobramentos relacionados à emissora e a sua regularização, bem como ao diversificar as fontes a serem trabalhadas neste estudo. Diante disso, este artigo pretende trazer reflexões sobre as situações que obstaram ou facilitaram o entendimento sobre os fatos que ocorreram em Heliópolis durante o período estudado, considerando as particularidades desta metodologia. 6. Vale a pena ver de novo – organização e acesso a fontes e arquivos televisivos em perspectiva comparativa entre Brasil, França e Grã-Bretanha.

Áureo BUSETTO Docente do Departamento de História UNESP/Assis

A pergunta inicial e comum em toda pesquisa histórica acerca da documentação a ser consultada - o quanto olhar e qual detalhe ater-se? – geralmente é eclipsada quando se trata do estudo histórico sobre a TV. Neste caso, sobressaia a indagação: o que há para olhar? No Brasil, o pesquisador que se lançar a tal objetivo tem potencializado o rol de problemas e obstáculos relativos ao acesso de acervos televisivos. Diferente tem sido a situação de seus congêneres na França e Grã-Bretanha. Embora acervos televisivos nestes dois países, como no Brasil e em tantos outros, sejam precários em termos de registros e arquivamentos de produtos da TV veiculados nas primeiras décadas de operação do meio, eles já integram fundos de arquivos públicos. Tratar e refletir das situações e ações que pesam negativamente na criação de arquivo similar no Brasil à luz das possibilidades abertas naqueles dois países europeus é o objetivo central desta comunicação.

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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS: Ordem das apresentações e localização

PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO: AS FESTAS E SUAS MEMÓRIAS.

Drª. Janete Leiko TANNO Doutora do Departamento de História da UENP/Jacarezinho

Este simpósio discute temáticas relacionadas às festas e as múltiplas

memórias e experiências construídas sobre e a partir da realização e participação das pessoas nelas ao longo do século XX no Brasil, enquanto práticas de preservação da cultura e da(s) identidade(s) do grupo ou sociedade que as realizam. Busca discutir ainda como funcionam as várias redes de sociabilidade que possibilitam a realização das festas e sua perpetuação, contribuindo assim para a preservação dos bens patrimoniais de natureza imaterial.

16/10/2012

Sala 11 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 6 - Preservação do Patrimônio: as

festas e suas memórias Coordenadora: Drª. Janete Leiko Tanno

1. A Festa do Divino de São Luiz do Paraitinga.

Talita Sauer MEDEIROS Mestranda em História - UNESP/ Assis

Orientador: Dr. Carlos Alberto Sampaio Barbosa Bolsista CNPQ

Aluna da especialização em Patrimônio e História – UEL Orientador: Rogério Ivano

De tradição portuguesa, A Festa do Divino Espírito Santo de São Luiz do Paraitinga é uma herança cultural que se realiza a mais de duzentos anos na cidade. Organizada pelos festeiros eleitos a cada ano, em parceria com a igreja e a população, tem a duração de dez dias com muitas celebrações religiosas, procissões, danças, folguedos e barracas de comidas típicas. A cidade perdeu grande parte de seu patrimônio histórico material e documental ao ser devastado por uma enchente no início de 2010. Mas a despeito de todas as dificuldades e prejuízos trazidos pela enchente o povo de São Luiz, por meio da fé, da solidariedade e da união, fortaleceu-se para reconstruir a cidade. Seu espírito festeiro e vontade de retomar seus costumes fizeram com que já em 2010, mesmo com grandes sacrifícios a Festa do Divino fosse realizada na cidade. 2. Memória, Identidade e Sociabilidade na Festa do Divino Espírito Santo de Ribeirão do Pinhal/PR (1990-2011).

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Alessandra Marzolla CAZITA

Graduanda em História - UENP/Jacarezinho Orientadora: Drª. Janete Leiko Tanno

Bolsista da Fundação Araucária

A festa, manifestação cultural fortemente presente na sociedade brasileira desde o período Colonial, é uma das formas pela qual um grupo social localizado num determinado espaço-tempo traduz, através de seus simbolismos, sua identidade cultural. A partir desse pressuposto, propõe-se analisar as especificidades culturais e sociais que norteiam a Festa do Divino Espírito Santo que ocorre anualmente em 09 de setembro no município de Ribeirão do Pinhal/PR, entre as décadas de 1990 a 2011. Através de entrevistas orais, a pesquisa busca conhecer a origem dessa Festa, além de sua importância na construção e fortalecimento das redes de relações e de poder entre os moradores da cidade. Pretende-se identificar ainda, as memórias em disputas em torno da Festa pelos diferentes grupos envolvidos, direta ou indiretamente, na realização dessa festividade. 3. A Folia de Reis da Companhia de Reis Fernandes em Olímpia/São Paulo (1964-1986).

Pedro Henrique VICTORASSO Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

A presente comunicação abordará a minha pesquisa de mestrado sobre a Folia de Reis da Companhia de Reis Fernandes, da cidade de Olímpia-SP, fundada por Celso Fernandes, que está há mais de 40 anos ininterruptos participando das festividades devotas aos Santos Reis. A Folia de Reis, folguedo com características do sagrado e do profano, é uma das festas religiosas mais populares nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. O objetivo da pesquisa é analisar estes festejos e as possíveis transformações ocorridas nessas manifestações que podem ser distintas das práticas tradicionais. A ênfase da investigação será entre os anos de 1964-1986, este período marca o início das atividades do grupo e o deslocamento da festa do espaço rural para o urbano. A partir da pesquisa será compreendido se existiram essas transformações, quais foram e se essas (re) significações no festejo popular afetaram a vida desses indivíduos de alguma maneira. 4. Festa, Sociabilidade e memória nas comemorações ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde em Siqueira Campos- Paraná. (1934-2011).

Janete LeikoTANNO

Doutora do Departamento de História - UENP/Jacarezinho Esta comunicação trata de uma festa que ocorre anualmente todo dia seis de

agosto em Siqueira Campos- Norte do Paraná em comemoração ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde, mobilizando ao longo de 10 dias milhares de pessoas com sua religiosidade, esperanças, expectativas, diversão, enfim, sentimentos múltiplos em torno do santo e da festa a ele dedicada.

Apesar de ser um evento em homenagem ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde, a proposta deste estudo não privilegia os seus aspectos religiosos, mas aqueles ligados à sociabilidade, ao lazer e às formas de ocupação dos espaços da

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festa pelos diversos protagonistas e, especialmente as formas como estes se apropriam dela, segundo seus interesses pessoais, econômicos, religiosos e culturais. 5. Os romeiros de Fartura/SP na festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde em Siqueira Campos/PR (1977 – 2011).

Nayara Fernanda Leme LAGO Graduanda do Curso de História - CCHE – UENP/Jacarezinho

Orientadora: Drª Janete Leiko Tanno Bolsista da Fundação Araucária

A pesquisa visa estudar a Festa do Senhor Bom Jesus da Cana Verde

realizada em Siqueira Campos/PR entre o período de 1977 a 2011, tendo como foco principal a participação anual dos romeiros da cidade de Fartura/SP no evento. A festa será analisada, especialmente, a partir da perspectiva da sociabilidade e do lazer, procurando compreender as várias formas de inserção dos farturenses na romaria e na festa e como constroem ou expandem sua rede de relações ao longo do evento. Interessa ainda perceber como estes romeiros apropriam-se da Festa segundo os interesses do grupo e também individuais, baseados em valores, sentimentos e emoções que cada um investe ao participar dela. Nesse sentido, procurará compreender a Festa como um evento de caráter múltiplo, em que aspectos sociais, culturais, identitários, econômicos e políticos podem ser observados. 6. Carnavais carioca sob a ótica da revista O Cruzeiro (1943-1945).

Danilo Alves BEZERRA Doutorando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

Esse trabalho tem por objetivo discorrer sobre os carnavais que ocorreram na cidade do Rio de Janeiro em meio à entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. O período denota diversas proibições em torno da festa em questão devido ao estado de guerra que instaurava outras prioridades. Esse cenário, de quase inércia festiva, será detalhado pela revista O Cruzeiro, periódico de ampla tiragem nacional, que questionou em suas páginas quanto à viabilidade da realização desses carnavais em tempos de conflito. O recorte cronológico marca ainda mudanças relativas aos locais e aos protagonistas desses folguedos que, mesmo em face ao contexto bélico, insistiram em brincar os dias de Momo, o que possibilitou a criação de uma nova dinâmica festiva. 7. “Aqui jaz um pioneiro”: pioneirismo e memória no Cemitério São Pedro em Londrina – PR.

Bruno Sanches Mariante da SILVA Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

O discurso da memória é produzido e reproduzido nos mais diversos meios (monumentos, nomes de ruas, biografias, museus etc.). Em Londrina, cidade jovem (78 anos) do norte do Paraná, há um discurso muito forte que impregna as celebrações da memória oficial, é a discussão acerca do pioneirismo. Certas famílias ou indivíduos vangloriam-se das contribuições que teriam dado ao processo de construção da cidade e buscam ter suas memórias reconhecidas e oficializadas. Os

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cemitérios são também lugares eivados de memória, em verdade, são monumentos contra o esquecimento que objetam transcender e superar a morte. Desse modo procuramos investigar como esses discursos do pioneirismo são reproduzidos na necrópole urbana mais antiga de Londrina, tomando como análise suas lápides, epitáfios e objetos que adornam jazigos.

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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS: Ordem das apresentações e localização

HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA: UM DEBATE A RESPEITO DOS USOS

DOCUMENTAIS

Coordenadoras: Drª. Karina ANHEZINI Doutora do Departamento de História – UNESP/Assis

Daiane MACHADO Doutoranda do Programa de História – UNESP/Assis

A história da historiografia conquistou nas últimas décadas um espaço

necessário nas preocupações dos historiadores e tem se transformado em um campo de pesquisas com questões próprias. O objetivo desse Simpósio Temático é reunir professores e alunos dos diversos níveis de formação (graduação e pós-graduação) para apresentar e debater pesquisas vinculadas à área de Historiografia e História Intelectual com o intuito de problematizar o uso de variados tipos de textos significados como fonte na confecção dos trabalhos.

16/10/2012

Sala 6 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 7 - História da Historiografia: um

debate a respeito dos usos documentais Coordenadora: Drª. Karina Anhezini e Daiane Machado

1. Congressos de História Nacional (IHGB) como fontes para a história da historiografia no início do século XX

Breno Sabino Leite de SOUZA Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis

Orientação: Drª. Karina Anhezini de Araújo

As pesquisas desenvolvidas nos últimos anos em história da historiografia brasileira formularam debates e problemas próprios. Dentre os grandes temas discutidos está a produção historiográfica realizada no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Fundado em 1838, constituiu-se em um lugar privilegiado para a constituição de uma escrita da história no país ao longo do século XIX e nas primeiras décadas do XX. Em 1914 foi realizado pelo Instituto o Primeiro Congresso de História Nacional, repetido anos mais tarde com a organização do Segundo Congresso de História Nacional ocorrido em 1931. Responsáveis por promover a sistematização do conhecimento historiográfico no período, esses congressos fizeram parte de uma série de estratégias adotadas pelo IHGB em busca de inovação disciplinar e divulgação. Esta comunicação tem como objetivo discutir a relevância dos dois congressos quando utilizados como fontes para o entendimento da historiografia praticada no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro no início do século XX.

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2. Usos documentais no início do século XX: Manoel Bomfim e a crítica à escrita da história

Marina Rodrigues TONON Mestranda do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Drª. Karina Anhezini Bolsista da CAPES.

Inserido na tradição que compõe os estudos da história da historiografia, o trabalho a ser apresentado neste simpósio temático pretende abordar alguns aspectos da escrita da história de Manoel Bomfim, um intelectual de grande relevância no início do século XX. Em seu livro o Brasil na História (1930), utilizado como fonte para esta pesquisa em desenvolvimento, Bomfim faz uma longa crítica à escrita da história do período em questão, abordando, para isso, diversos livros e autores que foram relevantes para a construção da historia nacional brasileira. Portanto, esta comunicação tem como objetivo identificar as fontes utilizadas por Bomfim para empreender sua critica, tentando compreender, principalmente, o que este autor entendia por documento e o que utilizava como tal. 3. A missão do historiador sob o olhar de um positivista brasileiro

Aline Michelini MENONCELLO Graduada em História – UNESP/Assis

Orientador: Prof. Dr. Hélio Rebello Cardoso Júnior

A pesquisa em andamento, inserida na perspectiva da História da Historiografia, tem como principal objetivo compreender a incorporação do método positivo e a escrita da história no Brasil produzida pelo jurista/ historiador/ positivista Pedro Augusto Carneiro Lessa (1859-1921). Este autor integrou as principais instituições de consagração intelectual do Brasil nas primeiras décadas do século XX, com destaque para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Tendo em vista a relevância desse Instituto como locus definidor da história escrita no Brasil do período, a presente comunicação visa apresentar a interpretação do Discurso de recepção no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro proferido por Pedro Lessa em 10 de junho de 1907. Busca-se problematizar os usos documentais na escrita da história a partir da compreensão daquilo que o autor denominou de a “missão do historiador” com ênfase para o “labor de colecionar as tradições, as biografias, as memórias, as crônicas, todos os materiais”. 4. Atas de concurso como fonte para uma História da Historiografia de Alice Piffer Canabrava (1935-1951).

Otávio ERBERELI JÚNIOR Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis

Orientadora: Drª. Karina Anhezini Bolsista CNPq

A presente comunicação visa apresentar uma análise de duas fontes

fundamentais para a pesquisa a respeito da escrita da História de Alice Piffer Canabrava: a Ata de seu concurso para a cátedra de História da Civilização Americana da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP de 1946 e a

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Ata do concurso para a cátedra de História Econômica Geral e do Brasil da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FCEA) da USP de 1951. A interpretação dessas fontes visa problematizar o uso dessa tipologia documental nos estudos de História da Historiografia. 5. A questão das fontes documentais na historiografia brasileira da escravidão na década de 1980.

Roberto Manoel Andreoni ADOLFO

Mestrando do Programa de História – UNESP/Assis Orientador: Prof. Dr. Hélio Rebello Cardoso Jr.

Em comparação com a produção da historiografia da escravidão nas décadas

de 60 e 70, começaram, a partir de 1980, a surgir diversas pesquisas que apresentaram novas formas de se pensar a teoria da história, os tipos de abordagens, os objetos de análises e, entre outros, as fontes documentais. Preocupados com as especificidades da escravidão no Brasil, e com uma nova perspectiva sobre o escravo que passava a ser interpretado como sujeito histórico, os autores desta tendência historiográfica fomentaram novas reflexões acerca da utilização e da interpretação das fontes documentais de forma que atendessem as novas demandas temáticas que surgiram neste período. Deste modo, esta comunicação tem como objetivo discutir em que consistiu, e como se deu, as transformações na utilização das fontes documentais na historiografia da escravidão pós 1980.

17/10/2012

Sala 6 – Prédio da Central de Salas de Aula Simpósio Temático 7 - História da Historiografia: um

debate a respeito dos usos documentais Coordenadora: Drª. Karina Anhezini e Daiane Machado

1. Organizar acervos no Brasil durante as primeiras décadas do século XX. Trabalho para quem?

Gabriela D’Àvila BRÖNSTRUP Mestranda do Programa de História – UNESP/Assis

Orientador: Drª. Karina Anhezini de Araújo

Esta comunicação visa apresentar um estudo preliminar a respeito do interesse do historiador Rodolfo Garcia (1873-1849) pela organização de acervos nas primeiras décadas do século XX. Ele foi um dos primeiros intelectuais preocupado com a divulgação do Sistema de classificação decimal de Dewey no Brasil, e em 1914 escreveu a tese “Sistemas de classificação bibliográfica - Da classificação decimal e suas vantagens”, publicada em 1969 pela Associação Brasileira de Bibliotecários. Desse modo, o trabalho objetiva problematizar as relações de sua preocupação com a organização de acervos, o acesso a documentos considerados úteis aos historiadores e em âmbito mais ampliado, com a ilustração e a memória nacional. 2. Ernest Renan e os caracteres de “notre époque”: possíveis usos e “papéis” da historiografia oitocentista.

Thiago Augusto Modesto RUDI

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Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis Orientadora: Drª Karina Anhezini

Bolsista FAPESP

A possibilidade de sujeitos e objetos serem desnaturalizados está no cerne da emergência da história da historiografia como área de estudos. Neste sentido, a presente comunicação visa tecer questões entre os tipos de fontes utilizados na pesquisa, em andamento, na qual se busca interpretar os procedimentos e concepções que norteiam a escrita do historiador francês Joseph-Ernest Renan (1823-1892). Tomando como fontes privilegiadas os artigos de Renan publicados em periódicos, o trabalho inclui ainda o estudo das atas das instituições que Renan fora membro entre os anos de 1848 e 1863. 3. Divulgando o legado do passado nas páginas de “A Divulgação”.

Daiane MACHADO Doutoranda do Programa de História - UNESP/Assis

Orientadora: Drª. Karina Anhezini

Considerado pela imprensa paranaense no seu post-mortem “sustentáculo da história desse Estado”, “vulto da história de nosso tempo” e “paranaense por excelência, guardião cioso das melhores tradições”, David Antonio da Silva Carneiro (1904-1990) foi um intelectual dedicado, em suas diversas atividades, ao seu espaço regional, o Paraná. O tema da identidade regional perpassa sua produção intelectual e marca os espaços em que circulou. Neste trabalho exploramos uma instância de produção e difusão de ideias que assumiu grande significado no percurso deste intelectual, a revista A Divulgação. Um periódico de caráter oficioso, publicado por volta da metade do século XX, cujo projeto editorial direcionava-se para divulgação da cultura paranaense. 4. Contribuições do discurso em Foucault para a história da leitura.

Marco Antonio MILANI

Mestrando do Programa de História - UNESP/Assis Orientador: Prof. Dr. Hélio Rebello Cardoso Jr.

O campo historiográfico denominado história da leitura ampliou a gama documental que subsidia o estudo dos escritos no passado. Do uso dos arquivos de bibliotecas, editoras e livreiros visando à construção de índices de circulação do impresso, a historiografia voltou-se para os mais diversos tipos de documentos em busca das práticas de leitura envolvidas em qualquer suporte de texto. Para tal, um importante aporte teórico utilizado é o pensamento de Michel Foucault, especialmente no que se refere a seus escritos situados na intersecção das noções de discurso e das relações de poder. Todavia, os áridos textos que aprofundam a definição foucaultinana de discurso são pouco explorados por tais historiadores. Essa comunicação pretende, portanto, discutir as ressonâncias da obra de Foucault na história da leitura e apontar possibilidades criadas pelo aprofundamento da relação entre ambos.

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PAINÉIS

1- Acervo João Antônio: Sistematização e estudo (fase dois)

Rosiele S. PEREIRA - Bolsista PIBIC Maiara CAETANO - Bolsista PROEX

Láis E. SILVA - Bolsista PROEX Denise B. ROSA - Voluntária

Orientadora: Drª. Ana Maria Domingues de Oliveira

João Antônio, escritor brasileiro nascido em 1937, é dono de vasta obra composta, sobretudo, de contos. Suas narrativas, ao tratar da daqueles que vivem à margem da sociedade, trouxeram para a literatura muito da forma de expressão desses personagens. Talvez em função disso, sua obra tem sido associada a uma vertente que resgataria, na segunda metade do século XX, princípios realistas e/ou naturalistas, preocupada com a retratação da verdade e com a transformação dessa verdade por meio do trabalho estético. Ao falecer, em 1996, a vasta documentação de seu escritório foi cedida ao Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (Cedap) da Unesp, campus de Assis.

O projeto do acervo João Antônio está na sua segunda fase, portanto estaremos dando continuidade no que já havia sendo desenvolvido até que ele seja concluído. Esta segunda fase é composta pelo término do interfolhamento dos documentos, catalogação das correspondências ativas e passivas, catalogação dos documentos pessoais, dos documentos encontrados em livros como marginalia e catalogação da biblioteca do João Antônio. 2- Projeto Biblioteca Digital

Dalmo Alexsander FERNANDES – Bolsista Vice-Reitoria Juliana Cristina CARMINHOLA – Bolsista Vice-Reitoria Maria Carolina Calore NARDINI – Bolsista Vice-Reitoria

Thaís Carvalho PINTO – Bolsista Vice-Reitoria Rodrigo FUKUHARA – Historiógrafo do Cedap

Orientadora: Profª Draª Zélia Lopes da Silva

O projeto Biblioteca Digital, em parceria com o Arquivo Público do Estado de São Paulo, a Biblioteca Mário de Andrade/PMSP, a Biblioteca Nacional e os Centros de Documentação da Unesp (Cedap, Cedem, Cedaph) realiza o trabalho de catalogação e digitalização das coleções de periódicos paulistas e de obras raras da Unesp visando a disponibilização on-line. O Cedap prepara cópias da coleção Canto Libertário e de alguns títulos dos periódicos de São Paulo nomeados de Periódicos Paulistas para integrar o portal da Unesp. Alguns de seus títulos já encontram-se atualmente disponíveis no site da Biblioteca Digital. Sendo assim, o objetivo principal do projeto é a disponibilização desse acervo a fim de facilitar o acesso de toda a comunidade e de pesquisadores do meio acadêmico a essas coleções que podem ser acessadas de forma simultânea por parte dos consulentes.

O processo inicia-se por meio da leitura e elaboração de ficha catalográfica de cada fascículo dos periódicos (microfilmados ou em papel) do acervo do Cedap, definidos pelos responsáveis do projeto. O passo seguinte é a conversão desses

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periódicos (figura 1) em imagem digital, utilizando-se, as máquinas digitalizadoras (figura 2). Esse procedimento foi realizado em dois dos periódicos disponíveis no Centro: a Revista Feminina (1915-1936) e o Diario de Abax’o Piques(1933). O próximo passo, após a digitalização, será a transformação dessas imagens em formato PDF, incluindo a ferramenta OCR, que possibilita a pesquisa por meio da busca de palavras encontradas no corpo do texto. A última etapa, será a conversão desses periódicos em formato de revista digital; para tanto, utilizamos de um software de publicações, o flipping book. Em seguida são criados metadados, a partir das descrições feitas dos periódicos na ficha catalográfica mencionada (figura 3), para que possam ser armazenados no banco de dados Digitool (figura 4) e assim disponibilizados na internet.

Nos últimos dois anos o projeto se focou em digitalizar todos os fascículos da Revista Feminina, que passaram a integrar à coleção Periódicos Paulistas, bem como a sua catalogação e a de alguns outros periódicos da coleção Canto Libertário. Os responsáveis pelo projeto pretendem com isso a disponibilização on-line, de forma gratuita, dos periódicos selecionados e, também, preservar a integridade dos documentos originais. Essa democratização do acesso, possibilita maior contato com a cópia desses bens culturais por parte de toda a sociedade.

Constatamos que a participação nesse projeto tem contribuído para a formação de toda a equipe, pela oportunidade de aprendizado e experiência no campo de organização e preparação de periódicos, proporcionando aos bolsistas envolvidos um maior contato com a área de arquivos. Mais do que isso, tem modelado a percepção dos participantes em relação a importância da preservação e também do acesso a esses documentos, uma vez que são carregados de significados, e configuram-se como parte constitutiva da historia, pois remetem à memoria de determinados grupos sociais e suas épocas. 3- Fontes Judiciais: a organização do arquivo do Fórum da Comarca de Assis.

Angélica Daniela Martins MELO – Bolsista PROEX Edinilson de Jesus dos SANTOS – Bolsista PROEX

Pâmela Stefanie BERGAMO – Bolsista PROEX Ellen NICOLAU - Voluntária

Janaina Silva de Souza COIMBRA - Voluntária Luiz Gustavo Alencar de MENDONÇA - Voluntária

Marcelo de Gois BARBOSA Thabata Oliveira Nogueira de VELOSO - Voluntária

Orientadora: Drª. Célia Reis Camargo

Firmado acordo de custódia do Acervo do Fórum da Comarca de Assis, no ano de 1991, diversas fases de tratamento e processamento das informações contidas nos processos foram realizadas no Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP) desta instituição, constatando que o acervo possui aproximadamente 1925 caixas contendo 50.000 processos distribuídos entre cíveis, criminais, trabalhistas e comerciais, datados desde 1875.

O projeto tem a prioridade de organização do acervo para facilitar o acesso dos cidadãos e do tribunal de justiça as informações dos documentos, contribuindo para a defesa dos direitos civis. Além de colaborar com a pesquisa acadêmica em diferentes áreas do conhecimento.

A documentação deste acervo representa uma parte importante da história da região de Assis/SP, e possibilita a construção de uma memória local. As ações do projeto promovem o desenvolvimento de um perfil do cotidiano, das organizações familiares, aspirações, comportamentos, redefinição de costumes, códigos de valores e conflitos sociais.

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4. Organização e higienização do acervo Clipping da Editora Abril

Camila Diniz FRANCISCATE - Bolsista BAAE - II Mariana Fernandes Simões MALTA- Bolsista BAAE - II

Carolina Domingos Barbosa MONTEIRO – Historiógrafa do Cedap Coordenação: Profª. Drª. Zélia Lopes da Silva

O CEDAP recebeu em Dezembro/2011 o Arquivo Clipping da Editora Abril.

Esse acervo teve início no DEDOC – Departamento de Documentação da Editora Abril em 1968, junto com o lançamento da revista Veja, e parou de ser alimentado em janeiro de 1999. Ele é composto de matérias dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e alguns periódicos internacionais como o New York Times e o Le Monde, estes sem regularidade. O Arquivo possui quatro grandes divisões, organizados em ordem alfabética – Assuntos, Personalidades, Países e Empresas – e está revisado e organizado em aproximadamente 876 caixas, contendo em média 1073 documentos por caixa. 5. Jornais franceses no Brasil: Mediadores Culturais Relatórios Alfandegários, Relatórios de Bibliotecários e Anais de Biblioteca.

Bruno Simão BARTOLI – Bolsista Fapesp Orientadora: Dra Valéria Guimarães

A partir do século XIX, o hábito de leitura de periódicos se expande.

Industrialização, urbanização e consolidação da nação alavancam o mercado editorial do impresso, fazendo deste um importante fator na formação da sociedade de massas e da opinião pública.

No Brasil, devido à proibição dos prelos no período colonial, este processo foi tardio e ocorreu paralelamente ao desenvolvimento dos mercados editoriais já consolidados. Neste contexto, ocorreram intensas trocas culturais entre a Imprensa estrangeira e brasileira. 6. Catálogos da Biblioteca da Marinha periódicos franceses no Brasil (1851-1925)

Caio Vinícius Russo NOGUEIRA - Bolsista Fapesp Orientadora: Dra Valéria Guimarães

A análise dos Catálogos da Biblioteca da Marinha fez parte do trabalho de campo realizado no Rio de Janeiro, que está vinculado ao projeto Jornais Franceses no Brasil: Mediadores Culturais em Catálogos de Bibliotecas, Livrarias, Gabinetes de Leitura, apoiado pela FAPESP. Durante este período, pesquisamos nos acervos da Fundação Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional, da Academia Brasileira de Letras e da Biblioteca da Marinha.

Na Biblioteca da Marinha encontramos os referidos catálogos. Vários periódicos estrangeiros constam nos mesmos, dentre eles alguns franceses (Figuras 01 e 02). Esta fonte, em particular, nos interessa porque traz os nomes de alguns desses periódicos que efetivamente estavam disponíveis ao público leitor que utilizava este acervo à época e talvez estes circulassem no Rio de Janeiro através de empréstimos.

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EXPOSIÇÃO

16 a 18/10/2012 – Saguão do Prédio I

Exposição: A memória da memória: os encontros do Cedap e seus significados. 1997, 2000, 2004, 2006, 2009....

Esta exposição “A memória da memória: os encontros do Cedap e seus

significados. 1997, 2000, 2004, 2006, 2009....” é o resultado de reflexões de discentes e funcionários, inscritos no curso de extensão “Patrimônio e Memória: abordagens de perspectivas”, oferecido pelo Cedap no primeiro semestre de 2012. O tema definido para a montagem da exposição foi a memória dos eventos realizados pelo próprio Cedap, desde sua primeira edição, em 1997.

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LANÇAMENTO DE LIVROS

Sala da Congregação – 18/10/2012 – 19h00 ANHEZINI, Karina. Um Metódico à Brasileira: a História da Historiografia de Afonso de Taunay. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

GUIMARÃES, Valéria (Org.). Transferências Culturais: o exemplo da imprensa na França e no Brasil. Campinas/SP: Mercado de Letras; São Paulo: Edusp, 2012.

PAULA, Zueleide Casagrande de et al. (Orgs.). Polifonia do Patrimônio. Londrina: UEL. 2012.

PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria (Orgs.). Nova História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012.

RODRIGUES, João Paulo. 1932 pela força da tradição: do confronto bélico à batalha pela memória (1932-1934). São Paulo: Annablume. 2012.

SANT’ANNA, Benedita de Cássia Lima. D’O Brasil Ilustrado (1855-1856) à Revista Ilustrada (1876-1898): trajetória da imprensa periódica literária ilustrada fluminense. Paco Editorial: Jundiaí-SP, 2011.

SOARES, Marco Antonio Neves. da Alemanha aos Trópicos: Identidades judaicas na terra vermelha (1933-2003). EDUEL: Londrina, 2012.

SOUSA, Fábio Silva. Operários e camponeses: a repercussão da revolução mexicana na imprensa operária brasileira (1911-1918). Jundiaí, SP: Paco editorial, 2012.

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