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Caderno de Resumos

Caderno de Resumos - Instituto Ivoti · análise de memes, gênero discursivo utilizado pela instituição na comunicação com seus públicos. O presente recorte reúne reflexões

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Caderno de

Resumos

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- CADERNO DE RESUMOS -

ISBN: 978-85-62270-08-6

IV Congresso Internacional de Educação

VII Congresso Nacional de Educação

(DES)ENCAIXE:

Travessias para uma Educação Inovadora

13 a 15 de junho de 2019

Organizadores:

Isabel Cristina Arendt

Marguit Carmem Goldmeyer

Raquel Dilly Konrath

ISEI

Ivoti, RS

2019

Page 3: Caderno de Resumos - Instituto Ivoti · análise de memes, gênero discursivo utilizado pela instituição na comunicação com seus públicos. O presente recorte reúne reflexões

EXPEDIENTE

Diretora Geral e Pedagógica

Profa. Ma. Doris Helena Schaun Gerber

Comissão organizadora

Profa. Me. Ângela Musskopf

Profa. Me. Bárbara Vier Mengue

Profa. Dra. Delci Heinle Klein

Profa. Me. Delci Knebelkamp Arnold

Profa. Me. Dóris Helena Schaun Gerber

Profa. Dra. Isabel Cristina Arendt

Loreane Meine

Profa. Dra. Marguit Carmem Goldmeyer

Profa. Dra. Raquel Dilly Konrath

Comissão científica

Profa. Me. Ângela Musskopf

Profa. Me. Bárbara Vier Mengue

Prof. Me. Caio Fernando Flores Coelho

Profa. Dra. Delci Heinle Klein

Profa. Me. Delci Knebelkamp Arnold Profª.

Profa. Dra. Isabel Cristina Arendt

Profa. Dra. Luciane Maria Wagner Raupp

Profa. Dra. Raquel Dilly Konrath

© ISEI – Instituto Superior de Educação Ivoti

Rua Júlio Hauser, 171

93900-000 – Ivoti/RS

Tel.: (51) 3563-8656

E-mail: [email protected]

www.institutoivoti.com.br

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

Instituto Superior de Educação Ivoti, RS, Brasil

C749c Congresso Internacional de Educação (4.: 2019: Ivoti, RS)

Caderno de Resumos [do] IV Congresso Internacional de Educação;

VII Congresso Nacional de Educação: (Des)Encaixe: Travessias para uma

Educação Inovadora, 13 a 15 de junho de 2019, Ivoti, RS [recurso

eletrônico] / Organizado por: Isabel Cristina Arendt, Marguit Carmem

Goldmeyer, Raquel Dilly Konrath. – Ivoti, ISEI, 2019.

48f.

Disponível em: <https://www.institutoivoti.com.br/ensino-superior/congressos>

ISBN: 978-85-62270-08-6 (on-line)

1. Educação – Congresso – Brasil, Região Sul. I. Instituto Superior de

Educação Ivoti. II. Congresso Nacional de Educação (7.: 2019, Ivoti, RS).

III. Arendt, Isabel Cristina. IV. Marguit Carmem Goldmeyer. V. Konrath,

Rasquel Dilly.

CDU 37

Ficha catalográfica elaborada por Maria do Carmo Mitchell Neis – CRB 10/1309

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EDITORIAL

O tema (Des) encaixe: travessias para uma educação inovadora do 7o Congresso

Nacional de Educação e 4o Congresso Internacional de Educação

convida para uma contínua ação que envolve a vivência do prefixo “des”, cujo

significado vale a pena relembrar: prefixos de negação (ou de ausência) são aqueles que em

geral negam o sentido original de uma palavra.

Os participantes do congresso serão provocados a (re) pensar sobre conceitos e

desencaixar verdades acomodadas há tempo e, muitas vezes, não mais questionadas.

Exercitarão um novo olhar para o óbvio numa combinação de questionamento e de espanto e

imbuídos da eterna curiosidade infantil que permite ousar, espiar, ad-mirar, serão levados a

contemplar alternativas de travessias. Igualmente, vislumbrarão, pelo diálogo com

palestrantes, painelistas e docentes, que compartilharão suas pesquisas nas comunicações,

possibilidades de criação de veredas para as transformações nos contextos escolares.

A (des) coberta de travessias pressupõe a continuidade das reflexões e criações que

levarão a transformações após o congresso. Neste sentido, os resumos das pesquisas, que aqui

serão compartilhados, ajudarão os educadores a buscar inspirações e dialogar com os pares

sobre projetos e iniciativas que já estão sendo realizadas e despertarão a curiosidade do leitor

para futuras pesquisas.

Desejamos aos nossos congressistas uma leitura inspiradora dos 38 textos de resumos,

com a certeza, de que depois de atravessamentos e de travessias complexas, todo educador

viajante que não tem medo de conjugar verbos com o prefixo “des”, encontra na natureza ou

dentro de si mesmo, os elementos de que necessita para ousar, criar e faz a diferença nas

travessias educação inovadora.

Profa Dr

a Marguit Carmem Goldmeyer

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SUMÁRIO

A INFLUÊNCIA DO ALÇAMENTO VOCÁLICO DA VOGAL “O” NA FALA

E NA ESCRITA DE ALUNOS DO 3º E 4º ANOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL DE TRÊS COROAS.......................................................................

Édina Morgana Porcher

08

OS MEMES NA COMUNICAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:

reflexões sobre linguagem e gêneros híbridos nas redes

sociais..............................................................................................................................

Cristine Stella Thomas

09

A FUNÇÃO DISCURSIVA DOS PARECERES DESCRITIVOS NA

COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DE AVALIAÇÃO: um estudo do

gênero em uma perspectiva textual-discursiva...........................................................

Bárbara Vier Mengue, Maria Eduarda Giering

10

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E O USO DE GÊNEROS TEXTUAIS:

um caminho para a aprendizagem significativa.........................................................

Andressa Daiane Führ

11

NARRATIVAS DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO

MÉDIO: história oral e formação do sujeito leitor.....................................................

Amanda Santos da Silveira Fernandes, Andrea Jessica Borges Monzón

12

PROJETO PEDAGÓGICO SOBRE LENDA DO BURACO DO DIABO DE

IVOTI: valorizando os conhecimentos dos alunos e propiciando aprendizagens

significativas....................................................................................................................

Fernanda Von Mühlen, Ana Maria Stahl Zilles

14

A REPRESENTAÇÃO DO TRABALHO NO CONTO “AVES DE

ARRIBAÇÃO”, DE RONIWALTER JATOBÁ.........................................................

Júlia Pruss Duarte, Iago Ramon Möller, Ernani Mügge

15

ROTEIROS DIGITAIS DE LEITURA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA: teoria,

construção e aplicação...................................................................................................

Iago Ramon Möller, Ernani Mügge, Patricia Brandalise Scherer Bassani

16

LETRAMENTO ARGUMENTATIVO, LITERATURA E BNCC: competências

e habilidades para dialogar, argumentar, ressignificar e reexistir............................

Pâmela Allgayer, Marguit Goldmeyer

17

PARA ALÉM DO LER E ESCREVER: uma análise do nível de leitura de alunos

de 3º ano do Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal de Novo

Hamburgo/RS..................................................................................................................

Thami Riva, Juliana Aparecida Bohn, Rosemari Lorenz Martins

18

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A ESCRITA CRIATIVA NO ENSINO SUPERIOR: relato de experiência nos

cursos de Letras e de Comunicação Social ...................................................................

Luciane Maria Wagner Raupp

19

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE APRIMORAM A ESCRITA EM LÍNGUA

INGLESA.........................................................................................................................

Ângela Musskopf

20

COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E LÍNGUA ESTRANGEIRA: sua

relação no sucesso do desenvolvimento da habilidade oral do idioma.......................

Luciana Hugendobler Petry, Marguit Carmen Goldmeyer

22

AS PERCEPÇÕES DOS FALANTES SOBRE AS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS

RELACIONADAS À(S) ESCRITA(S) DO HUNSRIQUEANO.................................

Fernanda Von Mühlen, Dorotea Frank Kersch

23

RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: quando a criatividade ganha espaço e faz

sentido!..............................................................................................................................

Janaíne Limberger, Marguit Carmem Goldmeyer

24

A NEUROEDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O PROTAGONISMO

DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E EMOCIONAL

DE CRIANÇAS...............................................................................................................

Camila Rama, Alexio Matheus Fröhlich, Gabriela Sueli Laux,

Daniele Pereira Guidotti dos Santos, Cármen Marilei Gomes

25

APLICATIVO IPOE: o uso do livro digital interativo como recurso educacional

de leitura aplicado ao ensino..........................................................................................

Ingrid Teixeira da Silveira, Milena Kuntzler

27

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: olhar inovador contemporâneo..........................

Shirlei Alexandra Fetter, Raquel Karpinski

28

O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS COM TECNOLOGIAS

INOVADORAS EM UM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA NO

ENSINO SUPERIOR EM PORTO ALEGRE PARA A CRIAÇÃO DE

AMBIENTES PESSOAIS DE APRENDIZAGEM (PLES)........................................

Carlos Eduardo Poerschke Voltz, José Antonio Ribeiro de Moura,

Juliana Poerschke Voltz

29

EDUCAÇÃO INSPIRADORA: um estado meditativo constante...............................

Paulo César Pereira

30

FORMAÇÃO DE PROFESSORES E DISTORÇÃO IDADE/ANO: relatos de

vivências docentes no âmbito da Educação Básica.......................................................

Tatiane de Fátima Kovalski Martins

31

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GESTÃO ESCOLAR E OS DESAFIOS DA DISTORÇÃO IDADE/ANO NA

EDUCAÇÃO BÁSICA....................................................................................................

Tatiane de Fátima Kovalski Martins, Jorge Alberto Lago Fonseca

32

A LEITURA DE IMAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA: abordagens

metodológicas de gênero a partir de obras de arte barrocas da artista Artemisia

Gentileschi-Lomi..............................................................................................................

Cristiane Schiling

33

DE ONDE EU VEJO: processos de ensino-aprendizagem na construção do

conceito de paisagem.......................................................................................................

Cauane Beatriz Wust dos Reis, Cristiane Rambo, Hélen Klein Pfingstag,

Karine Nath, Rosalino Francisco da Silva, Samanta Carolina Goltz,

Samuel Andreis, Taísa Wagner, Caio Fernando Flores Coelho, Thiago Safadi

34

ARTE, TEATRO E MEDIAÇÃO: a escola e a instituição cultural como parceiras

na construção de conhecimento dos estudantes da Educação Básica.........................

Patrícia Maciel

35

CORRER O RISCO II: o desenho em campo expandido no estágio obrigatório da

Licenciatura em Artes Visuais........................................................................................

Sabrina Esmeris, Ernani Mügge

36

ESTUDO COMPARADO: educação e imigração nas Colônias alemãs de São

Leopoldo (Brasil) e Valdivia (Chile)..............................................................................

Isabel Cristina Arendt, Marcos Antônio Witt

37

PICADA CAFÉ E OS INDICADORES IDESE E IDEB.................................................

Marcelo Marin, Ernani Mugge

38

CIDADANIA COMO PRÁTICA COTIDIANA NO CONTEXTO ESCOLAR:

um estudo sobre as disciplinas que contribuem na formação de jovens do ensino

médio.............................................................................................................................................

Janaina Andretta Dieder, Gustavo Roese Sanfelice

39

ESTRESSE EM ACADÊMICOS NO ÚLTIMO ANO DE GRADUAÇÃO EM

PSICOLOGIA..................................................................................................................

Maiara da Silva Bertuol, Cármen Marilei Gomes

40

BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E INTERAÇÕES DAS CRIANÇAS NO DIA

DO BRINQUEDO EM INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL NA

CONTEMPORANEIDADE............................................................................................

Raquel Dilly Konrath

41

A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO EMERGENTE PARA CRIANÇAS

COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)........................................

Viviane Cristina de Mattos Battistello, Rosemari Lorenz Martins

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EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE: desafios contemporâneos para abordar a

temática.............................................................................................................................

Raquel Karpinski, Shirlei Alexandra Fetter

43

UTILIZANDO A ÁGUA DE CHUVA COMO INDICADOR DA QUALIDADE

DO AR...............................................................................................................................

Cláudio Ricardo da Silva Carvalho

44

ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DE EDUCAÇÃO: a

temática 'agroquímicos' está inserida na transversalidade da educação do

campo?..............................................................................................................................

Paula Lamb Quilião, Edward Frederico Castro Pessano

45

FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PROJETOS APLICADAS NO

PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO DE BEBIDA FERMENTADA A PARTIR

DE SUCO DE FRUTA EM AULAS PRÁTICAS.........................................................

Fernanda Borges, Simone M. Jahnke

46

EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA GRADUAÇÃO: uma necessidade para a

formação pessoal e profissional do aluno......................................................................

Valdemir José Máximo Omena da Silva, Silvana Neumann Martins

47

PROPOSTA DE UM MODELO PARA EXAME DA ATRAÇÃO E

PERMANÊNCIA DOS DISCENTES DE PROGRAMAS DE PÓS-

GRADUAÇÃO EM CURSOS INTERDISCIPLINARES: uma perspectiva por

meio da análise de componentes principais...................................................................

Veronica de Almeida Chaves, Catia Maria Machado dos Santos,

André Andrade Longaray

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A INFLUÊNCIA DO ALÇAMENTO VOCÁLICO DA VOGAL “O” NA FALA E NA

ESCRITA DE ALUNOS DO 3º E 4º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE TRÊS

COROAS

Édina Morgana Porcher

FEEVALE

Resumo: Este estudo, consoante os pressupostos metodológicos da Sociolinguística

Variacionista, discute o alçamento da vogal “o” em posição pré-tônica e pós-tônica. O

objetivo da pesquisa foi analisar em que medida o alçamento da vogal “o”, fenômeno

linguístico que ocorre na fala, ocorre também na escrita, e quais os contextos sociais e

linguísticos que favorecem essa ocorrência. Fundamentada, essencialmente, em Bechara

(2015), Da Hora (2009) e Cagliari (1989), estudiosos de renome no campo da fonética e da

fonologia, a pesquisa foi realizada com crianças dos 3º e 4º anos do Ensino Fundamental de

escolas da rede municipal de Três Coroas, no Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi feita

por meio de uma entrevista oral e atividade escrita, nas quais foram expostas aos participantes

imagens divididas em duas categorias: palavras com a vogal média “o” em posição pré-tônica

e pós-tônica. Após a coleta dos dados, a análise e a interpretação dos resultados indicaram

alçamento vocálico em 53,4% das 1783 palavras orais analisadas e, desta porcentagem, 75,7%

das ocorrências se deram em palavras pós-tônicas. Verificou-se que houve a ocorrência de

alçamento vocálico em 5,9% das 1618 palavras escritas analisadas e, deste total de

alçamentos, 7,1% das ocorrências foram em palavras pós-tônicas.

Palavras-chave: Alçamento vocálico. Fonologia. Sociolinguística.

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OS MEMES NA COMUNICAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO: reflexões

sobre linguagem e gêneros híbridos nas redes sociais

Cristine Stella Thomas

FEEVALE

Resumo: Este trabalho é parte de um projeto de dissertação do mestrado em Processos e

Manifestações Culturais, ainda em elaboração, cuja temática pesquisa a construção do ethos

como imagem de si no discurso de uma instituição de ensino nas redes sociais, a partir da

análise de memes, gênero discursivo utilizado pela instituição na comunicação com seus

públicos. O presente recorte reúne reflexões teóricas que buscam contribuir para uma melhor

compreensão sobre estes gêneros discursivos considerados híbridos, e sua linguagem na

comunicação em redes sociais. Os conceitos abordam comunicação e sociedade em rede e

redes sociais na internet, conforme Castells (2012) e Recuero (2009), gêneros discursivos e

sua hibridização, bem como linguagem verbo-visual e dialogismo, com base em Bakthin

(2016) complementado por Santaella (2014) e Brait (2013). Para demonstrá-los são

apresentados e comentados exemplos de postagens de memes feitas na página oficial de uma

instituição pública de ensino, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no Facebook.

A escolha deste tipo de gênero para análise se deve ao fato de que influenciam e impactam de

forma significativa nos processos comunicacionais, sobretudo no âmbito de instituições de

ensino, que precisam se comunicar com diversos públicos: estudantes, servidores e sociedade.

Objetiva-se entender como o gênero é inserido neste contexto e quais sentidos são produzidos

na comunicação por meio destes enunciados verbo-visuais, em que circulam discursos dos

quais deriva uma imagem de si da instituição, manifestando sua cultura e identidade e

influenciando na formação dessa imagem. A temática ainda justifica-se ao considerar que a

sociedade se encontra inserida na era digital, em que os avanços tecnológicos e a

comunicação em rede revolucionaram os relacionamentos humanos e os processos

comunicacionais em todas as esferas, sendo o advento das redes sociais na internet uma das

tecnologias de informação e comunicação que inovou a forma como as pessoas se comunicam

e interagem socialmente, por meio das mais diversas linguagens. Esse contexto contribui para

o surgimento de novas situações comunicativas, que (re)criam linguagens, modificam

discursos e (re)constroem sentidos, especialmente nestes ambientes digitais em constante e

acelerada mutação. O dinamismo da comunicação digital provoca uma proliferação de

gêneros discursivos que se mesclam com outros – uma hibridização genérica, observada na

comunicação típica das redes, sendo o meme um dos mais populares da atualidade que utiliza,

simultaneamente, texto e imagens. Nessa direção, busca-se compreender como estes gêneros

são utilizados na comunicação da referida instituição de ensino, atuando na construção de

sentidos junto a seus públicos. Importa entender as variadas formas de produção e circulação

dos discursos das instituições na sociedade, o que implica considerar as linguagens utilizadas

na sua comunicação e suas relações com as práticas institucionais. Este estudo contribui com

subsídios para aprimorar o entendimento de como os discursos que circulam em gêneros

como o meme, produzem sentidos por meio da linguagem verbo-visual própria deste gênero,

junto aos públicos que se relacionam com as instituições de ensino, formando uma imagem e

fortalecendo sua identidade de instituição, com base nos valores e formas simbólicas da sua

cultura representados e comunicados pela linguagem.

Palavras-chave: Linguagem. Gêneros discursivos. Comunicação. Redes sociais. Meme.

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A FUNÇÃO DISCURSIVA DOS PARECERES DESCRITIVOS NA COMUNICAÇÃO

DOS RESULTADOS DE AVALIAÇÃO: um estudo do gênero em uma perspectiva

textual-discursiva

Bárbara Vier Mengue – Unisinos/ISEI

Maria Eduarda Giering – Unisinos

Resumo: O objeto de estudo desta pesquisa são os questionamentos construídos sobre a

função que os pareceres descritivos desempenham na expressão dos resultados de avaliação

de estudantes da Educação Básica. A pesquisa analisa sete pareceres descritivos de alunos do

Ensino Fundamental e do Ensino Médio de uma escola de ensino privado da região do Vale

dos Sinos. O objetivo geral é verificar a função linguístico-discursiva dos pareceres

descritivos na comunicação dos resultados de avaliação dos estudantes. Para isso, descreve-se

a situação de comunicação em que os pareceres se inserem e analisam-se marcas linguístico-

discursivas do modo como o locutor percebe seu interlocutor, considerando as restrições

impostas pela situação de comunicação, bem como os efeitos de sentido que essas marcas

podem exercer em seus interlocutores. Valemo-nos dos postulados da Semiolinguística, de

Charaudeau (2016), e da Análise Textual dos Discursos, de Adam (2011). Charaudeau analisa

o discurso em três níveis, os quais correspondem às competências do sujeito: o nível

situacional, o nível discursivo e o nível semiolinguístico. Nosso estudo desdobra-se nesses

três níveis para a análise dos pareceres. No nível semiolinguístico, incorporamos a teoria da

Análise Textual dos Discursos, valendo-nos das categorias de modalização e dos atos de

discurso. As relações contratuais determinam, em parte, as escolhas linguísticas. Na

encenação do ato de comunicação, é estabelecida uma relação de influência do locutor sobre o

interlocutor, num comportamento alocutivo. O professor estabelece, com seu enunciado, um

estatuto de superioridade, mobilizando e organizando categorias da língua para dar conta

dessa posição, como o Julgamento, a Injunção, a Sugestão e a Interpelação. Destaca-se o uso

constante de modalizadores deônticos, marcadores da injunção, o que pode estar relacionado

ao fim discursivo do gênero: um fazer-saber (informar) com vistas a um fazer-fazer (agir). Os

pareceres analisados apresentam uma estrutura semelhante, em que predomina a utilização do

modo Descritivo de organização do discurso. Observou-se o uso de procedimentos da

organização descritiva para nomear, localizar-situar e qualificar. Através desses

procedimentos, há uma construção subjetiva de mundo no parecer. Conclui-se que a função

linguístico-discursiva dos pareceres descritivos, além de informar, visa influenciar o

interlocutor, levando-o a um agir. Os pareceres são escritos para os alunos e, nos anos iniciais,

também para os pais/responsáveis. Os pareceres podem servir de resguardo à escola e ao

professor, no caso de uma reprovação. Eles são documentos importantes de expressão dos

resultados de avaliação, podem favorecer uma avaliação mediadora ou reforçar uma avaliação

classificatória. Os aspectos elencados a partir das análises realizadas podem auxiliar as

instituições de ensino a refletirem sobre o modo como elaboram seus pareceres, verificando se

eles de fato estão coerentes com a proposta pedagógica da escola e embasados em conceitos

atuais de avaliação, ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Gênero discursivo. Parecer Descritivo. Semiolinguística. Avaliação.

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O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E O USO DE GÊNEROS TEXTUAIS: um

caminho para a aprendizagem significativa

Andressa Daiane Führ

ISEI

Resumo: Não é novidade que nós, seres humanos, nos comunicamos através de textos. Estes

textos possuem diferentes características e estruturas que variam conforme a situação social e

a intenção com a qual nos comunicamos. Às diferentes formas de textos que utilizamos para

estabelecer interlocuções no nosso cotidiano deu-se o nome de gêneros textuais. Diante destas

constatações, é evidente que o ensino de Língua Portuguesa no ambiente escolar deveria

utilizar como objeto de estudo os mais variados gêneros textuais, uma vez que o

conhecimento é construído quando atribuído a um significado real. Ou seja, o aluno deve

identificar e sentir necessidade em aprender determinado conteúdo a partir da percepção da

sua utilidade nas atividades cotidianas. Pensando nisso, criei um projeto de estágio baseado

no modelo da Sequência Didática, a fim de verificar a eficiência ou não do ensino de língua

através do uso de um gênero textual como base e ponto de partida para o desenvolvimento das

mais variadas habilidades e competências. Desta forma, considerando o plano de estudo da

escola, na qual realizei minha prática, elegi o gênero textual “conto”. Ao ensino do gênero em

questão, relacionei o estudo da temática “discriminação social”. Segundo Gonçalves e Barros

(2010), a Sequência Didática é uma ferramenta de transposição didática, ou seja, um meio que

possibilita o ensino de um fenômeno social na sala de aula, no caso, o estudo dos gêneros

textuais. Ela se organiza em quatro etapas: a “apresentação da situação”, a “primeira

produção”, os “módulos de atividades” e a “produção final”. É importante destacar que a

produção final deve surgir como resposta a uma necessidade ou situação relacionada à

comunidade escolar. No meu projeto, a escrita de um conto foi motivada pela criação de um

concurso de contos, no qual os alunos inscreveram as suas produções. Além disso, busquei, ao

longo das aulas, demonstrar aos alunos que os contos também podem ser utilizados como

ferramentas de denúncia social. As produções resultantes do estágio foram a escrita de um

conto acerca da temática discriminação social, a apresentação de uma música que teve como

inspiração a história do conto “Maria” e diferentes análises envolvendo questões de

interpretação acerca da semântica e da estrutura dos contos, além de questões gramaticais

estudadas ao longo dos módulos de atividades. Por fim, a repercussão do concurso permitiu às

alunas vencedoras apresentarem suas obras na feira do livro do município. Destaca-se que os

alunos não só analisaram contos e aprenderam sobre a sua estrutura, mas também tomaram

consciência de quais são as intenções desse gênero. Isso vai além de apenas decorar a fórmula

para a escrita de um conto perfeito, pois permite a compreensão da importância que o uso da

linguagem pode ter no cotidiano. Além disso, as questões gramaticais e linguísticas não

deixaram de ser contempladas ao longo das aulas. Contudo, elas foram analisadas a partir de

situações reais de comunicação e não a partir de frases engessadas e descontextualizadas que

muitas vezes são o objeto principal de estudo no ensino de Língua Portuguesa. Os resultados

demonstram que uso da Sequência Didática como como ferramenta norteadora do trabalho em

sala de aula é um meio adequado de ensino de língua nas escolas e, principalmente, um

caminho para significar o aprendizado dos alunos.

Page 13: Caderno de Resumos - Instituto Ivoti · análise de memes, gênero discursivo utilizado pela instituição na comunicação com seus públicos. O presente recorte reúne reflexões

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NARRATIVAS DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO

MÉDIO: história oral e formação do sujeito leitor

Amanda Santos da Silveira Fernandes

Andrea Jessica Borges Monzón

IFRS – Campus Feliz

Resumo: O depoimento em forma de história oral permite que o sujeito reinterprete suas

próprias lembranças e exprima aspectos que ele considere de primordial importância no

momento de responder a uma questão. Ao trabalhar com narrativas, somos capazes de

resgatar doces e amargas lembranças, experiências marcantes que predominam nas memórias

dos sujeitos. É no encontro dessas memórias que, conscientemente ou não, (re)produzimos a

nossa prática, saímos (ou permanecemos) de nossa zona de conforto e provocamos memórias

em outros indivíduos. A troca e o passar adiante é inevitável, pois somos seres interativos e

buscamos referências em nosso cotidiano – presente ou passado. Portanto, é partindo-se da

noção de memória afetiva (PERGHER et al., 2006; PORTILLO, 2006) que aqui se busca

resgatar as lembranças que envolvam a leitura (SOARES, 2009; KLEIMAN, 2005) de

professores. O que motivou esta investigação, que se constitui como um Trabalho de

Conclusão de Curso de Licenciatura em Letras - Português-Inglês, foi que no decorrer da

minha graduação tive a oportunidade de assumir como professora contratada de Língua

Portuguesa em turmas de 1o ano do Ensino Médio em uma escola estadual. Nesse ínterim do

meu exercício docente, foi possível observar discrepâncias entre o que era dito no interior das

salas de aula da graduação e o que eu observava no ambiente escolar. A desmotivação dos

estudantes e o sentimento de desvalorização dos meus colegas da rede estadual, de certa

forma, eram incompatíveis com as teorias e com as práticas docentes relatadas e abordadas

por professores da Licenciatura, de tal maneira que causou algumas aflições no tocante ao

meu papel em sala de aula. Conforme aborda Cunha (1997), o trabalho com narrativas na

pesquisa propicia a renovação de significações, na medida em que, enquanto os

acontecimentos são descobertos, de certa maneira, eles revelam-se em nós. O objetivo desta

exploração é investigar a(s) relação(ões) existentes entre a trajetória pessoal e profissional de

professores de Língua Portuguesa das redes estadual e federal, enquanto sujeitos leitores, e

suas práticas de leitura na sala de aula de Língua Portuguesa. Para isso, foi investigado o

percurso profissional e pessoal destes professores no tocante à sua formação enquanto sujeitos

leitores, bem como foi identificado em que medida sua trajetória está presente em sua atuação

em aulas de leitura. Para o desenvolvimento da pesquisa, foram entrevistados, através do

procedimento história oral (MEIHY, 2006; 2007), dois professores atuantes na rede federal e

dois professores vinculados à rede estadual de ensino médio. Ambas instituições se localizam

em cidades situadas no Vale do Caí (RS) possuindo realidades socioeconômicas e culturais

distintas. As análises dos depoimentos foram realizadas através do protocolo de análise de

conteúdo (BARDIN, 2002). Como resultados preliminares, foi possível verificar que os

quatro educadores compreendem o professor como uma figura primordial no planejamento da

sala de aula no que tange às atividades de leitura e o incentivo à mesma. Do mesmo modo, os

docentes entrevistados tiveram em seu seio familiar e/ou durante seu período escolar algum

grau de influência que lhes permitiu vislumbrar e desenvolver o gosto pela leitura e pela

docência. As práticas mais significativas construídas por esses docentes-sujeitos-leitores no

percorrer de sua escolaridade, enquanto alunos, não são efetivadas quando os mesmos,

enquanto professores, estão ministrando os conteúdos.

Page 14: Caderno de Resumos - Instituto Ivoti · análise de memes, gênero discursivo utilizado pela instituição na comunicação com seus públicos. O presente recorte reúne reflexões

13

Palavras-chave: História oral. Professor-leitor. Memória afetiva. Ensino de Língua

Portuguesa no Ensino Médio.

Page 15: Caderno de Resumos - Instituto Ivoti · análise de memes, gênero discursivo utilizado pela instituição na comunicação com seus públicos. O presente recorte reúne reflexões

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PROJETO PEDAGÓGICO SOBRE LENDA DO BURACO DO DIABO DE IVOTI:

valorizando os conhecimentos dos alunos e propiciando aprendizagens significativas

Fernanda Von Mühlen

Ana Maria Stahl Zilles

UNISINOS

Resumo: A pesquisa apresentada nesta comunicação é o resultado da realização e da análise

de um projeto pedagógico desenvolvido em uma turma de anos iniciais de uma escola

municipal de Ivoti/RS pela autora. O projeto, que foi co-construído pelos alunos a partir do

gênero textual Lenda, visava abordar e relacionar o currículo da turma, o contexto sócio-

histórico e cultural em que os educandos vivem e seus interesses e necessidades. Pretende-se

apresentar o projeto realizado (seu desenvolvimento, os produtos, os processos de avaliação e

as formas de aprendizagem que ocorreram ao longo do processo) e discutir possíveis

vantagens e desvantagens da pedagogia de projetos no trabalho escolar.

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A REPRESENTAÇÃO DO TRABALHO NO CONTO “AVES DE ARRIBAÇÃO”, DE

RONIWALTER JATOBÁ

Júlia Pruss Duarte

Iago Ramon Möller

Ernani Mügge

FEEVALE

Resumo: A presente comunicação resulta de pesquisa desenvolvida no âmbito da Iniciação

Científica, na Universidade Feevale, e integra um projeto que tem como finalidade refletir

sobre a representação do mundo do trabalho na ficção brasileira contemporânea. Sob essa

perspectiva, o estudo tem, como objeto de análise, o conto “Aves de arribação”, de

Roniwalter Jatobá, e, como suporte teórico, textos que tratam da representação ficcional e do

conceito de trabalho. Vale-se, também, de estudos sobre o processo de industrialização no

Brasil e suas consequências para a sociedade. A análise busca, na narrativa, remissões à

realidade extratextual e verifica o tratamento estético que lhes foi conferido. Os resultados

indicam a presença de elementos do mundo empírico ligados à migração, à falta de garantias

no mercado de trabalho, à violação aos direitos humanos nas fábricas, à instabilidade

financeira e à criminalidade. O que é explicitado no conto, portanto, é o impacto

socioeconômico do processo de industrialização e modernização do país.

Palavras-chave: Industrialização. Representação. Roniwalter Jatobá. Trabalho.

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ROTEIROS DIGITAIS DE LEITURA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA: teoria,

construção e aplicação

Iago Ramon Möller

Ernani Mügge

Patricia Brandalise Scherer Bassani

FEEVALE

Resumo: A presente comunicação, que possui como tema a utilização de roteiros digitais de

leitura em salas de aula da Educação Básica, apresenta a elaboração de materiais dessa

natureza por meio do desenvolvimento de páginas web e da aplicação via ambientes virtuais

de aprendizagem. O estudo se justifica na medida em que propõe a discussão do assunto e a

apresentação de uma alternativa para o trabalho com roteiros de leitura em sala de aula,

considerando as possibilidades e os desafios proporcionados pelas ferramentas digitais. Nesse

sentido, levanta-se a hipótese de que roteiros digitais colaboram para a preparação dos

estudantes frente à revolução tecnológica em curso e às novas demandas impostas por ela.

Além disso, supõe-se que a utilização de ferramentas e recursos digitais nas práticas de

letramento literário estejam de acordo com os interesses e as expectativas de uma geração de

nativos digitais. Sendo assim, objetiva-se a redefinição dos roteiros de leitura,

tradicionalmente impressos, para um formato que não seja apenas utilizável em

computadores, smartphones ou tablets, mas que explore plenamente os recursos próprios das

tecnologias digitais, atenda aos objetivos da Educação Básica e às práticas de letramento

literário e seja capaz de atrair o interesse e a atenção do estudante. Este estudo, de abordagem

qualitativa, foi desenvolvido por meio de quatro etapas: a) revisão bibliográfica; b) análise de

ambientes virtuais de aprendizagem, para verificar a viabilidade de uso na sala de aula; c)

desenvolvimento do roteiro digital usando a plataforma Google Sites; e d) validação na sala

de aula. No que diz respeito aos resultados parciais, a revisão bibliográfica desvela a

potencialidade do trabalho com ferramentas digitais em salas de aula da Educação Básica e

aponta para a importância de se investir tempo e recursos na construção de roteiros digitais de

leitura.

Palavras-chave: Roteiros digitais de leitura. Tecnologias digitais. Letramento literário.

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LETRAMENTO ARGUMENTATIVO, LITERATURA E BNCC: competências e

habilidades para dialogar, argumentar, ressignificar e reexistir

Pâmela Allgayer

Marguit Goldmeyer

ISEI

Resumo: Este trabalho tem a função de conceituar, analisar e discutir a técnica de letramento

argumentativo, tendo como fundamento a Base Nacional Curricular Brasileira, com enfoque

na argumentação e no diálogo com base na literatura como forma de inclusão,

empoderamento e cidadania. Constatou-se, a partir de uma experiência no Ensino Superior de

licenciatura em Letras que o letramento argumentativo não só torna os alunos e as alunas

competentes na arte de dialogar, como também desconstrói preconceitos e faz refletir sobre

realidades, de maneira a empoderar minorias e conscientizar os participantes dessa atividade.

Trata-se de uma reflexão que se baseia em diversos teóricos, nas competências e habilidades

exigidas por lei no Brasil e em uma vivência significativa para professores e futuros

professores.

Palavras-chave: Letramento. Argumentação. Ressignificação. Reexistência. Cidadania.

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PARA ALÉM DO LER E ESCREVER: uma análise do nível de leitura de alunos de 3º

ano do Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal de Novo Hamburgo/RS

Thami Riva

Juliana Aparecida Bohn

Rosemari Lorenz Martins

FEEVALE

Resumo: Analisando-se os resultados dos alunos brasileiros em provas que avaliam a

compreensão leitora, conclui-se que é preciso promover mudanças na forma como a leitura e a

compreensão de textos vêm sendo desenvolvidas na escola. Sendo assim, acredita-se que seja

conveniente, em um primeiro momento, diagnosticar o nível de compreensão leitora dos

alunos. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo identificar o nível de compreensão

leitora de alunos de 3º ano do Ensino Fundamental, que é o último ano do Ciclo de

Alfabetização, segundo o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), de uma

escola pública da cidade de Novo Hamburgo/RS. Para tanto, aplicou-se uma prova elaborada

com base na ANA, Avaliação Nacional da Alfabetização. Os resultados dessa prova foram

interpretados com base nos níveis de desempenho propostos pelo INEP, que variam entre 1 e

4. Nas questões relacionadas às competências de nível 1 e 2, os alunos investigados obtiveram

84,83% de acerto. Nas questões referentes aos níveis 3 e 4, 52,22%. Isso revela que, à medida

que o nível de exigência de competência leitora foi aprofundado, o percentual de acertos

diminuiu, o que vai ao encontro dos resultados verificados nas avaliações nacionais de

alfabetização e confirma a necessidade de um ensino com foco no desenvolvimento da

compreensão leitora.

Palavras-chave: Alfabetização. Competência Leitora. Leitura.

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A ESCRITA CRIATIVA NO ENSINO SUPERIOR: relato de experiência nos cursos de

Letras e de Comunicação Social

Luciane Maria Wagner Raupp – FACCAT / ISEI

Resumo: Neste estudo, buscamos refletir sobre a escrita criativa nas aulas de Literatura e de

Produção Textual dos cursos de Letras e de Comunicação Social das Faculdades Integradas de

Taquara – FACCAT, como forma de diálogo com os cânones literários e linguísticos

estudados nas disciplinas. Nesse sentido, buscou-se fazer com que os acadêmicos

desenvolvessem uma postura ativa e criativa frente aos fenômenos linguísticos e literários,

ocupando o espaço não só de leitores de literatura, mas também de escritores ficcionais.

Como aporte teórico, apoiamo-nos em Bakhtin (2017), (2016), (2015), (2013) e (1998), que

elucida sobre a arte literária e sua ação libertadora; e, também, em Candido (2004), o qual fala

do direito à voz e à literatura, que vão ao encontro da criação da consciência estilística.

Percebemos, a partir dos resultados obtidos, que o poder da arte de marcar positivamente os

acadêmicos foi bastante superior aos objetos formais de ensino, resultando na publicação de

duas antologias, intituladas Com todas as letras e Cápsulas do tempo.

Palavras-chave: Escrita criativa. Ensino Superior. Aprendizagens ativas. Autonomia. Letras.

Comunicação Social.

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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE APRIMORAM A ESCRITA EM LÍNGUA

INGLESA

Ângela Musskopf

ISEI

Resumo: Atualmente há vários recursos educacionais digitais que focam na melhora da

produção escrita de alunos aprendizes de inglês como segunda língua. Mas, estão estes

recursos em consonância com as teorias de ensino e aprendizagem? De fato, os alunos se

beneficiam da utilização das tecnologias de informação e comunicação? Estas são as

perguntas centrais que a pesquisa responde através de práticas pedagógicas realizadas com

recursos gratuitos disponíveis pelo acesso à internet. Ellis (2001) alega que há diversas formas

de descobrir como os alunos adquirem sua segunda língua. Ele afirma que “um método

melhor pode ser descobrir o que os aprendizes realmente fazem, em oposição ao que eles

pensam que fazem, quando eles tentam aprender uma segunda língua (ELLIS, 2001, p. 4). Por

este método, os dados da linguagem usada pelos alunos são coletados e estudados para

verificar a precisão da língua alvo. As autoras Mitchell e Myles (2004) trazem um resumo de

várias teorias de aprendizagem de segunda língua, entre elas, a cognitiva (aspectos ligados à

cognição, como planejamento, organização), a funcional (qual é a situação que se apresenta,

por exemplo: solicitar, agradecer, discordar), a comunicativa (é necessário haver um

interlocutor para quem uma mensagem é enviada), a sociolinguística (a língua é utilizada

conforme o seu contexto, por exemplo, formal, informal). Para colocar estas teorias em

prática, foram propostas práticas pedagógicas com diferentes recursos para coletar dados para

análise. Os recursos utilizados foram um MOOC (Massive Open Online Course) na

plataforma Future Learn, no English Profile o Text Inspector e o acervo de vocabulário e o

Thesaurus. O MOOC escolhido foi A beginner’s Guide do Academic Writing desenvolvido

pela Universidade de Reading, na Inglaterra, com duração de 5 semanas. O Thesaurus e o

acervo de vocabulário foram utilizados na reescrita dos textos. Por fim, o Text Inspector foi

utilizado para checar o nível de vocabulário das produções escritas. O quadro abaixo

demonstra a mudança de vocabulário entre o primeiro e o segundo texto escritos, indicando

que na reescrita os alunos foram capazes de qualificar o nível das palavras utilizadas. O

quadro segue o Common European Framework of Reference (CEFR) que estimula o nível A1

como elementar e o nível C2 como experiente.

A1 A2 B1 B2 C1 C2 UNLISTED

A Writing 48 4 1 1 0 0 9

Rewriting 48 7 4 2 0 0 1

0 75% 300% 100% 88.88%

B Writing 43 14 7 2 0 3 9

Rewriting 41 10 10 4 0 3 10

4,65% 28% 42% 100% 0 11%

C Writing 52 8 3 0 1 0 6

Rewriting 51 8 2 4 2 1 2

1,92% 0 33% 100% 67%

D Writing 49 8 6 1 0 1 2

Rewriting 40 12 7 4 0 2 3

18,37% 50% 16% 300% 100% 50%

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Para produzir os textos, os alunos precisaram planejar, organizar, resumir, elaborar nova

linguagem e ideias, estratégias ligadas aos estudos cognitivistas de aquisição de L2. Todas as

propostas tinham uma razão para usar a comunicação, o que é ressaltado especialmente pelas

teorias funcionais e comunicativas. Como o MOOC focou na produção escrita exigida a nível

de universidade, os alunos tiveram a oportunidade de verificar a diferença entre este contexto

formal e os informais, comparações realizadas pelas teorias sociolinguísticas. Os dados

coletados confirmam que os recursos educacionais digitais, além de estarem em consonância

com as teorias de aquisição de segunda língua, são eficazes na melhora da produção escrita

dos alunos, sendo recursos valiosos a serem explorados em sala de aula.

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COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E LÍNGUA ESTRANGEIRA: sua relação no

sucesso do desenvolvimento da habilidade oral do idioma

Luciana Hugendobler Petry

Marguit Carmen Goldmeyer

ISEI

Resumo: A mudança nas concepções do ser humano, do ensino, da aprendizagem e do

conhecimento no estudo de modo geral, e principalmente no que tange a língua estrangeira,

revolucionaram o modo de ensinar e de aprender. A realocação dos papeis e das

responsabilidades dos principais protagonistas da escola - o professor e o aluno- requer um

olhar diferenciado não só para as práticas docentes bem como para a mobilização de

competências discentes. Nesse contexto, as competências socioemocionais do estudante têm

papel fundamental no desenvolvimento de sua habilidade oral no estudo de um idioma

estrangeiro. Curiosidade, consciência, amabilidade, extroversão e estabilidade emocional são

aspectos norteadores do Big-five - que engloba características do comportamento humano, tão

necessárias e valorizadas no mundo contemporâneo, têm relação direta com o sucesso nesse

aprendizado. Neste ponto está a motivação para a presente pesquisa, que tem como objetivo

destacar aspectos fundamentais para a aquisição e melhora da capacidade de comunicação em

idioma estrangeiro, parte crucial e sempre tão difícil no estudo de uma segunda língua. A

pergunta norteadora é: Como e quais competências socioemocionais são mobilizadas pelo

professor no desenvolvimento da habilidade oral na aula de língua estrangeira? Cientes de

que o aluno aprende de forma diferente, portanto o professor precisa inovar em suas

metodologias e a escola precisa saber lidar com esse novo perfil do ensino, conhecer o seu

aluno e respaldar o professor para que esse processo apresente evolução. As estratégias

metodológicas a serem adotadas ao longo da pesquisa são observações de aulas de língua

alemã em uma turma do Ensino Fundamental II e o preenchimento de tabelas específicas, bem

como a realização de entrevistas com a professora titular. Assim será analisada a relação entre

a mobilização das competências socioemocionais dos alunos pela professora e o

desenvolvimento da sua habilidade de comunicação em língua alemã. Juntamente com a

pesquisa empírica, manteremos um diálogo constante com os teóricos da área. A pesquisa

contribuirá para a promoção da qualificação e potencialização do ensino de língua estrangeira

pela valorização das habilidades do sujeito, focando na sua habilidade de comunicação oral. O

investimento será em prol de uma comunicação mais eficiente e alegre intuindo a comunhão

das pessoas.

Palavras-chave: Competências socioemocionais. Língua estrangeira. Aprendizagem.

Oralidade

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AS PERCEPÇÕES DOS FALANTES SOBRE AS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS

RELACIONADAS À(S) ESCRITA(S) DO HUNSRIQUEANO

Fernanda Von Mühlen

Dorotea Frank Kersch

UNISINOS

Resumo: Essa comunicação apresenta resultados dos estudos de mestrado da autora sobre

uma das variedades linguísticas de origem alemã trazidas a partir de 1824 ao Brasil: o

hunsriqueano. Ele ainda é falado (e pouco escrito) principalmente na região Sul do país. Essa

língua, também chamada de Hunsrückisch, Hunsrik, entre outros, por diferentes pressões,

vem perdendo falantes. A possibilidade de escrita dessa variedade vem sendo apontada por

alguns falantes e estudiosos como uma forma de valorizá-la e oferecer mais oportunidades de

uso da variedade. Pretende-se identificar algumas propostas de escrita e de ortografia

existentes no país para essa língua e refletir sobre o valor dado pelos falantes a essa(s)

escrita(s), reconhecendo pressões que levam falantes a continuar (e até ensinar) ou deixar de

usar sua língua materna. Propõe-se uma discussão sobre as possibilidades de ação para a

manutenção das variedades linguísticas e para o ensino delas às novas gerações.

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RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: quando a criatividade ganha espaço e faz sentido!

Janaíne Limberger

Marguit Carmem Goldmeyer

ISEI

Resumo: A criatividade está presente na sociedade contemporânea em diferentes contextos e

provoca diferentes manifestações sobre sua utilidade e significado na área educacional. A

comunicação em redes sociais, as mudanças nos relacionamentos, o tempo que “escorre como

um líquido”, as transformações nas futuras profissões e os avanços na tecnologia, ao nosso

favor ou não, desafiam as pessoas a criar alternativas de inovação em diversas situações para

conseguir reagir a qualquer circunstância que poderá surgir durante a vida. O uso da

criatividade torna-se parte de uma necessidade para a sobrevivência humana. Tudo isso

influencia na maneira de pensar, de sentir e de agir das pessoas e nas práticas pedagógicas nas

escolas, e inclusive, de Língua Portuguesa. O interesse pelo estudo deste tema surgiu a partir

de questionamentos e dificuldades sobre como ser uma professora e aluna criativa no século

XXI. O presente trabalho, que está em fase de desenvolvimento, embasa-se na pesquisa do

Trabalho de Conclusão de Curso de Letras Português e Alemão do Instituto Superior de

Educação Ivoti, cujo objetivo principal é analisar a eficácia de dinâmicas trabalhadas na

reunião da equipe de Residência Pedagógica na produção de aulas criativas e significativas

pelos estudantes bolsistas, quando estes atuarem em sala com seus alunos. A pergunta

norteadora dessa pesquisa é “De que forma as dinâmicas usadas nos momentos de encontro de

Residência Pedagógica de Língua Portuguesa influenciam os acadêmicos no planejamento e

na execução de aulas criativas?” Partindo-se da hipótese de que a criatividade é necessária

para termos aulas mais atraentes e significativas e pelo fato de, muitas vezes, faltar

experiência e conhecimento para os estudantes de licenciaturas criarem aulas criativas com

foco na aprendizagem, deseja-se investigar o espaço da criatividade no contexto escolar. As

estratégias metodológicas a serem utilizadas serão: a análise da bibliografia existente sobre o

tema; observação das aulas da coordenadora do grupo de Residência Letras- Português,

durante dois meses nos momentos de atividades com a Língua Portuguesa, um questionário

com todos os acadêmicos atuantes no programa Residência Pedagógica de Língua Portuguesa,

juntamente com observações de uma equipe por escola-campo das aulas dos futuros docentes.

Para muitos dos residentes o Programa Residência Pedagógica torna-se uma das primeiras

oportunidades de atuar em sala de aula como docente “titular”. O ambiente escolar pode,

frequentemente, inibir o desenvolvimento da prática de criação, inclusive nos próprios alunos.

Sair da zona de conforto é um desafio muito grande para discentes e docentes. Por se tratar de

uma exploração investigativa em andamento, serão realizadas reflexões acerca dos dados já

obtidos e, portanto, sem pretensão de respostas conclusivas.

Palavras-chave: Ensino. Criatividade. Língua Portuguesa. Residência Pedagógica.

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A NEUROEDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O PROTAGONISMO DO

PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E EMOCIONAL DE

CRIANÇAS

Camila Rama

Alexio Matheus Fröhlich

Gabriela Sueli Laux

Daniele Pereira Guidotti dos Santos

Cármen Marilei Gomes

FACCAT

Resumo: Compreender o funcionamento cerebral e as estratégias que favorecem o seu

desenvolvimento é também de interesse dos educadores, não apenas de neurocientistas. Mas,

nem sempre os professores estão familiarizados com os fundamentos básicos da

Neurociência. Assim, o presente estudo procurou estimular em docentes o conhecimento da

abordagem Neuroeducacional através de capacitações semanais. Trata-se de uma pesquisa

descritiva com abordagem qualitativa, realizada com 11 professores de escolas da rede

pública e da rede privada do Vale do Paranhana (RS). Os instrumentos utilizados foram: um

Questionário Sociodemográfico e dois Questionários referentes à abordagem

Neuroeducacional, sendo um aplicado na fase pré capacitação e outro pós capacitação. A

coleta de dados iniciou com a aplicação do questionário sociodemográfico que caracterizou os

participantes quanto a idade, sexo, tempo de atuação profissional e escolaridade. No mesmo

dia foi aplicado o questionário pré capacitação para compreender o que os participantes

entendem por neuroeducação, se já tiveram contato com essa área de conhecimento, se

utilizam essa abordagem em suas aulas e sobre a importância da referida temática na prática

docente. Após foram realizados 15 encontros semanais de capacitação, em uma Instituição de

Ensino Superior da região metropolitana de Porto Alegre (RS), com duração de 1 hora e 30

minutos, em temas relacionados à Neuroeducação. Tais temas foram: Como o cérebro

aprende, Atenção, Memória, Funções Executivas e Plasticidade Cerebral. A abordagem

metodológica incluiu aulas expositivas e dialogadas, vídeos, rodas de conversas e oficinas

temáticas. Após o período de capacitações foi aplicado um questionário (pós-capacitação)

para verificar qual tema gostaram mais, se houveram mudanças na prática docente e

importância do projeto. Foi verificado que 45% dos participantes eram pós-graduados e 60%

com experiência profissional de 15 anos. As respostas dos questionários foram examinadas a

partir da Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados referentes ao questionário pré

capacitação foram formados pelas seguintes categorias: 1) conceito de neuroeducação, 2)

neuroeducação na escola, 3) importância da neuroeducação. As respostas mostraram que há

falta de conhecimento da abordagem neuroeducacional na formação de docentes e que os

mesmos reconhecem a sua importância. Algumas frases, escritas por eles, ilustram essas

categorias: “Neuroeducação é algo relacionado ao cérebro e a educação, mas não sei

exatamente explicar”. “Ainda não uso essa abordagem em minhas aulas”. “Percebo como

fundamental a neuroeducação, mas observo pouco conhecimento e aprofundamento”. A

análise do questionário pós capacitação mostrou as categorias: 1) Mudanças, 2) Tema

relevante. Os docentes relataram mudanças significativas em suas práticas em sala de aula e

relacionamentos com alunos, sendo que os temas funções Executivas e Memória de Longa

Duração foram os que mais gostaram de estudar. Algumas frases ilustram essas categorias:

“Houve uma mudança sim, na forma de pensamentos e de observar a criança e procurar

conhecer ela e seus motivos e meios de aprendizagem, observação, fala e brincar”. Adorei os

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temas Funções executivas e memória”. Assim, verifica-se a necessidade de maior

disseminação da Neuroeducação nos ambientes educacionais, assim como, a necessidade de

mais atividades formativas destinadas aos educadores disponibilizadas pelas Instituições de

Ensino Superior, como a do presente estudo.

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APLICATIVO IPOE: o uso do livro digital interativo como recurso educacional de

leitura aplicado ao ensino

Ingrid Teixeira da Silveira

Milena Kuntzler

FEEVALE

Resumo: Apesar de todo o avanço tecnológico, em que há uma imensidão de informações e a

possibilidade de diferentes formas de exercitar a leitura, nem sempre é possível, de forma

eficaz, formar um cidadão crítico e preparado para enfrentar as mazelas do cotidiano. Por sua

vez, os docentes inseridos neste contexto devem rever seus conceitos e modificar suas práticas

pedagógicas com o intuito de preparar o aluno, respeitando as suas individualidades. Uma das

grandes dificuldades do corpo docente é preparar o discente para ser leitor. No atual contexto

em que a leitura é deixada de lado para a prática de outras tecnologias, é preciso que o corpo

docente, ou a escola como um todo, desmistifique a relação entre a tecnologia e o ensino,

entre o ensino moderno e o conservador, pois estes surgiram com o objetivo único de ser um a

mais, um plus, uma nova ferramenta para corroborar com o que já existe e acrescentar ao

ensino mais um meio de ofertá-lo com qualidade, ou seja, as tecnologias viabilizam uma nova

modalidade de ensino, são facilitadoras para as metodologias educacionais e fundamentais na

interação entre professor e aluno e entre ambos e a máquina, preservando o conceito de

interatividade. Para tal utilizar-se-á de alguns autores como Zoila Failla e também da obra

Ensino em meios digitais: uma questão de leitura e escrita, obra esta organizada por Anna

Christina Bentes e Marli Quadros Leite e escrito por Sueli Cristina e outros. O presente artigo

tem como objetivo demonstrar a utilização do aplicativo IPoe como uma ferramenta de

incentivo à leitura em meio digital para uma aula sobre o gênero textual conto, favorecendo a

perspectiva que considera o ensino e a prática de leitura e escrita como um processo e não

como produto.

Palavras-chave: Tecnologia. Leitura. Meio Digital. Interatividade. Ensino.

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EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: olhar inovador contemporâneo

Shirlei Alexandra Fetter – UNILASALLE

Raquel Karpinski – FACCAT/UFRGS

Resumo: O presente artigo visa dialogar sob o ponto de vista inovador mediante os diferentes

contextos educativos que vêm surgindo na sociedade contemporânea, principalmente após a

disseminação das tecnologias de informação e comunicação, e, o que traz à Base Nacional

Comum Curricular (BNCC). É notável e, até pode-se dizer que, inevitável hoje em dia

distanciar os processos educativos dos meios tecnológicos, uma vez que estão cada vez mais

rápidos, precisos e impregnados dos mais diversos conteúdos. Partindo desta realidade, é de

interesse acadêmico refletir sobre seu uso, bem como os benefícios dos meios tecnológicos à

prática pedagógica, levando em conta os aportes teóricos e o legado de Paulo Freire. Neste

sentido, e ao encontro da temática do evento que tem por intenção provocar para o pensar

sistêmico, instigar para o trabalho colaborativo e criativo nas escolas, encorajar para a busca e

criação de travessias alternativas e inovadoras para a educação. Propõe-se um olhar acolhedor

na perspectiva humanista, atualizado das práticas educativas levando em conta o legado dos

recursos tecnológicos como inovação. Portanto, o objetivo é mostrar a realidade dentro do

contexto da Educação, voltado para a educação de forma integral, sem distanciamento da

essência humana, libertadora e autônoma do educando. No contexto escolar, é cada vez mais

evidente a necessidade de preparar os profissionais da educação para se apropriar do potencial

educativo que as novas tecnologias podem oferecer, desde a utilização destas em sala de aula,

quanto no planejamento pedagógico, para que a relação professor e educando seja mais

dinâmica, inovadora e integrada. As tecnologias transformaram radicalmente o papel e a

relação entre educadores e estudantes, pois, com o maior acesso à informação, faz com que

muitas vezes os educandos tenham o conhecimento antes mesmo do professor. Assim, um

novo conceito vem ganhando espaço e adesão nas discussões entre docentes e discentes, que é

a concepção de ensino híbrido. Uma das abordagens do conceito de ensino híbrido define-o

como uma articulação entre online e off-line, entre o tempo que se passa na escola dialogando

e socializando com colegas e professores, e também, o tempo online em que o aluno pode

utilizar as TICs (tecnologias da informação e comunicação) para ministrar suas atividades,

organizar os estudos, pesquisar em diferentes plataformas, compartilhar suas produções,

acessar dados do contexto globalizado. Portanto, se faz necessário esta reflexão acerca da

temática, dialogando com o sentindo Freireano, no que tange a reinvenção e avanços no

campo educacional.

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O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS COM TECNOLOGIAS INOVADORAS EM

UM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR EM

PORTO ALEGRE PARA A CRIAÇÃO DE AMBIENTES PESSOAIS DE

APRENDIZAGEM (PLES)

Carlos Eduardo Poerschke Voltz – FEEVALE

José Antonio Ribeiro de Moura – FEEVALE

Juliana Poerschke Voltz – SENACRS

Resumo: O trabalho discute a utilização de metodologias ativas com as ferramentas

tecnológicas disponibilizadas numa faculdade em Porto Alegre pelos professores de um curso

presencial de formação docente em nível de Pós-graduação. O objetivo geral foi investigar

como as ferramentas tecnológicas disponibilizadas numa faculdade em Porto Alegre são

utilizadas nas metodologias ativas desenvolvidas em um curso presencial de formação

docente em nível de Pós-graduação para estimular a criação de Ambientes Pessoais de

Aprendizagem (PLEs). Os objetivos específicos foram: verificar quais são as ferramentas

tecnológicas disponibilizadas para o curso de Docência no Ensino Superior na instituição

escolhida; investigar como essas ferramentas encontradas são utilizadas junto às metodologias

ativas no curso pesquisado; refletir sobre a relevância de estimular a criação de PLEs dentro

das universidades e a sua relação com as metodologias ativas na educação que colocam o

aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem. As justificativas teóricas para a

realização da pesquisa referem-se à relação dos conceitos de PLEs e Redes Pessoais de

Aprendizagem (PLN) com as metodologias ativas na educação, podendo contribuir para a

discussão de estudantes de cursos relacionados à informática e à educação. As justificativas

práticas referem-se ao uso da tecnologia pelos professores universitários e à reflexão sobre a

criação de PLEs em cursos de formação docente em nível de especialização. Pode ser útil para

professores que desejam refletir sobre sua prática docente, para os estudantes de cursos como

o pesquisado e para os sujeitos envolvidos com a administração de universidades que

pretendam instalar recursos tecnológicos nas salas de aula das instituições nas quais

trabalham. Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se o estudo de caso, com observação

da infraestrutura da faculdade e entrevistas semiestruturadas via WhatsApp com três

estudantes do curso pesquisado, um funcionário da instituição e um professor do curso. As

entrevistas foram realizadas entre os dias 21 de março e 18 de abril de 2019. Os dados da

pesquisa foram analisados por meio da análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa

mostraram que a instituição investigada disponibiliza equipamentos tecnológicos e internet

para a utilização em sala de aula por docentes e alunos. Apesar de algumas dificuldades

enfrentadas na utilização das tecnologias devido às suas constantes transformações, os

professores têm utilizado as tecnologias com as metodologias ativas, estimulado os educandos

a produzir e compartilhar suas produções na Internet, fomentando Ambientes Pessoais de

Aprendizagem e Redes Pessoais de Aprendizagem.

Palavras-chave: Metodologias ativas. Tecnologias inovadoras. Docência no ensino superior.

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EDUCAÇÃO INSPIRADORA: um estado meditativo constante

Paulo César Pereira

ISEI

Resumo: A simplicidade do funcionamento humano tem causado alguns maus entendidos em

relação aos comportamentos dos alunos, pais, professores, equipes diretivas, sejam elas das

escolas ou mesmo das secretarias de educação e comunidade em geral. Essa simplicidade a

que me refiro está ligada ao funcionamento do nosso sistema somatossensorial. Mas não se

restringe a essas percepções. Pois as interpretações relacionadas ao sistema citado acima tem

uma origem muito simples e ao mesmo tempo extremamente profunda. Dependendo da

interpretação dada aos estímulos do sistema somatossensorial, podemos passar as ações e

comportamentos muito alinhados com os propósitos e as expressões próprias dos seres

elevados que somos. Também podemos nos atrapalhar em nossas relações sociais pelos

mesmos estímulos se tivermos uma interpretação equivocada dos mesmos. Neste caso entra a

importância do estado meditativo constante que nos é oferecido momento a momento por uma

força original. Este estado pode ser acessado de várias formas, muitas delas com efeitos

temporários ou então com uma necessidade de dar foco total ao que se está fazendo para

atingir tal objetivo ou ainda depender de alguns cuidados com logística, segurança e local

apropriado. Estas formas estão dentro de um paradigma do funcionamento humano que

englobam as várias linhas ou escolas da psicologia e todas as técnicas de meditação,

respiração, relaxamento, concentração e terapias alternativas conhecidas. Entre essas técnicas

estão a de Atenção Plena (Mindfulness) e de Respiração Consciente (Renascimento) que trato

no meu TCCE. Os 3P´s (Mente-Consciência – Pensamento) que fazem parte do meu TCCE

não se referem a nenhuma técnica, pois a base desse entendimento está nas percepções

intuitivas que são originárias da mente impessoal, dessa forma estamos sempre desfrutando

das melhores e mais criativas possibilidades para quaisquer que sejam nossas ocupações

diárias e podemos igualmente nos beneficiar de um estado meditativo constante. Nos

beneficiarmos desse estado meditativo constante, que nos é oferecido a cada potencial de ação

pela mente impessoal é tão simples quanto o fato de percebê-lo. O que pode dificultar

qualquer ser humano de chegar nessa condição de estado meditativo constante é a capacidade

que todos nós temos de interferência no curso normal da Mente Impessoal. Pois quando

passamos a utilizar prioritariamente a Mente Pessoal através da intelectualidade como a

principal propulsora dos nossos pensamentos, podemos estar nos colocando numa condição

emocional muito vulnerável. “A Mente Universal, ou a mente impessoal, é constante e

imutável. A mente pessoal está em um estado perpétuo de mudança. Todos os humanos têm a

capacidade interior de sincronizar sua mente pessoal com sua mente impessoal para trazer

harmonia às suas vidas.” (BANKS, 1998, p.15). Quando deixamos de dar atenção a fonte dos

pensamentos mais elevados, os sentimentos que podem ser interpretados pelas percepções do

sistema somatossensorial através da mente racional podem levar a dificuldades nas relações

sociais devido as nossas emoções, como descreve António Damásio nos seus estudos. As

Neurociências, na visão do ISEI e descrito em seu site, consideram três pilares fundamentais

para que ocorra a educação: cognitivo, socioemocional e espiritual. É disso que tratamos na

Educação Inspiradora.

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES E DISTORÇÃO IDADE/ANO: relatos de vivências

docentes no âmbito da Educação Básica

Tatiane de Fátima Kovalski Martins

UNISINOS

Resumo: Este ensaio surge a partir das inquietações vivenciadas durante a docência nos anos

iniciais do ensino fundamental, em diferentes redes públicas municipais de ensino. Tem como

objetivo a reflexão sob o ponto de vista dos professores em sala de aula, com alunos

multirrepetentes em situação de distorção idade/ano e as políticas de formação propostas para

o seu aperfeiçoamento docente. Pensar a formação de professores requer estratégias de apoio,

acompanhamento e avaliação por parte das administrações municipais, além de grande

investimento financeiro para o processo de capacitação profissional. Entretanto, observou-se

que as formações oferecidas aos professores tentem as ser padronizadas, sendo elas com

palestras, workshops, seminário e raramente auxiliam o professor na resolução de suas

necessidades didático pedagógicas do seu dia a dia escolar. Neste ensaio se propõem duas

vertentes metodológicas para o alcance do objetivo central. O relato de experiência, trazendo

as vivências e inquietações de professores, com o intuito de contribuir com os docentes que

em sala de aula elaboram novas propostas metodológicas para a aprendizagem de seus alunos

e a análise documental, que ampara a explanação das políticas de formação de professores e

suas repercussões no cotidiano social. Os resultados mostram que, as políticas públicas para

formação de professores nas redes de educação que foram mapeadas, seguem um cronograma

sequencial, sem a preocupação de uma avaliação do processo, o que inviabiliza a

reorganização do programa para resultados mais satisfatórios aos professores e as redes de

ensino. Observou-se também a invisibilidade das peculiaridades que os alunos em situação de

distorção idade/ano requerem dos professores no seu processo de aprendizagem, no contexto

investigado, nenhuma formação para os professores agregaram o tema das múltiplas

repetências em sala de aula. Conclui-se que, a reflexão sobre as práticas de formação

vivenciadas pelos professores, podem oferecer novas perspectivas a seus pares, bem como,

oferecer a possiblidade de uma nova forma de organização as administrações municipais para

a qualificação de seus professores e um melhor investimento financeiro em sua formação.

Palavras-chave: Formação de Professores. Educação Básica. Distorção Idade/Ano.

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GESTÃO ESCOLAR E OS DESAFIOS DA DISTORÇÃO IDADE/ANO NA

EDUCAÇÃO BÁSICA

Tatiane de Fátima Kovalski Martins – UNISINOS

Jorge Alberto Lago Fonseca – IFMT/Câmpus Várzea Grande

Resumo: Tem-se discute muito sobre a questão da distorção idade/ano no ensino

fundamental, na perspectiva do fracasso escolar, da criança e sua dificuldade em aprender,

porém pouco se questiona sobre os desafios que essa questão representa aos gestores

escolares. Este ensaio objetiva refletir as dificuldades de aprendizagem, apresentadas pelas

crianças e jovens, durante os anos escolares e, como os gestores das escolas de educação

básica têm se posicionado frente ao tema para sua superação. Parte-se da premissa que o

gestor escolar, acompanhado por uma equipe pedagógica, tem o desafio de identificar

problemas no espaço escolar, desde cunho arquitetônico até aprendizagem dos alunos, no

período escolar. E, a partir disto, sugerir alternativas para sua superação. Esta visão totalitária

da escola como espaço educativo e interativo ocorre pelo próprio conhecimento adquirido

pelo gestor da realidade que administra e/ou por sugestões dos professores e comunidade

escolar. Trata-se de um diagnóstico do contexto, que de acordo com as suas possibilidades

administrativas, tende a ser superado com políticas educacionais elaboradas, especificamente,

as suas necessidades, ou, por ações administrativas financeiras direcionadas. Os alunos, em

distorção idade/ano, têm características diferenciadas no contexto escolar, pois geralmente

apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem e obstáculos sociais nos

relacionamentos, tanto nas relações com os colegas, quanto com os professores. Por isso,

precisam de um olhar atento à elaboração de ações, no cotidiano escolar, para que possam

obter melhores resultados de aprendizagem e de convivência social. É importante o olhar do

gestor para estes alunos, que demostram no dia a dia da escola os reveses que impendem a

aprendizagem. Para essa discussão utilizou-se como metodologia a análise documental de

trabalhos elaborados na área da gestão escolar e da psicopedagogia, que focaram a gestão

escolar e as dificuldades de aprendizagem de alunos em situação de distorção idade/ano nos

anos iniciais do ensino fundamental. Os primeiros resultados apontam para uma dificuldade,

por parte dos gestores, em elaborar políticas educacionais para as suas realidades escolares,

pois tendem a desempenhar ações administrativas, como organização do quadro de

professores e agendas externas e financeiras como manutenção do espaço físico e aquisição de

materiais para consumo, ficando as ações pedagógicas para a equipe pedagógica. Entretanto, a

equipe pedagógica, também, está imersa a questões burocráticas, elaborando relatórios à

mantenedoras, sem espaço à análise dos dados, com o coletivo da escola.

Palavras-chave: Gestão escolar. Distorção idade/ano. Educação básica.

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A LEITURA DE IMAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA: abordagens metodológicas de

gênero a partir de obras de arte barrocas da artista Artemisia Gentileschi-Lomi

Cristiane Schiling

ISEI

Resumo: Este trabalho irá abordar a leitura de imagem em uma obra de arte barroca, da

artista Artemisia Gentileschi-Lomi. Por ser uma artista mulher que representava o feminino

em suas obras, durante o século XVII, irei focar em seu contexto histórico e de que maneira

aplicar esta metodologia no ensino de história abordando questões de gênero a partir de uma

leitura de imagem. Irá contar a vida da artista para uma análise e comparação do contexto em

que ela se encontrava e como uma mulher teve espaço no âmbito artístico do séc XVII,

abordará de maneira didática a prática da leitura de imagem e a sua importância no ensino,

para que desde os anos finais do ensino fundamental a criança já esteja familiarizada com esta

prática para então estar preparada para futuros desafios como provas e vestibulares. Além

disso, outro objetivo deste trabalho é trabalhar as questões de gênero em sala de aula com uma

abordagem diferente. Usarei como embasamento teórico bibliográfico, artigos e livros de

teóricos especializados na questão de gênero, arte e leitura de imagens.

Palavras-chave: Imagem. Barroco. Gênero. Ensino. História.

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DE ONDE EU VEJO: processos de ensino-aprendizagem na construção do conceito de

paisagem

Cauane Beatriz Wust dos Reis

Cristiane Rambo

Hélen Klein Pfingstag

Karine Nath

Rosalino Francisco da Silva

Samanta Carolina Goltz

Samuel Andreis

Taísa Wagner

Caio Fernando Flores Coelho

Thiago Safadi

ISEI

Resumo: Concebida como o conceito que permite analisar o resultado da interação entre a

sociedade e natureza ao longo do tempo, a paisagem abre possibilidades de extrapolar as

compreensões de mundo vivido e percebido. Nossa premissa neste estudo, parte do fato de

que muitos professores têm dificuldades no processo de ensino-aprendizagem na construção

do conceito de paisagem e sua concepção, especialmente no que se refere ao tempo e na

noção de que a paisagem não é algo imutável. Para isso, pensamos em compreender, estudar e

significar o porquê deste déficit. É possível desenvolver um olhar sensível na construção do

conceito de paisagem? Para expandir a discussão sobre o tema, foi realizada uma pesquisa

qualitativa através de formulários estruturados com os alunos dos cursos de licenciatura em

Letras e Pedagogia do Instituto Ivoti. Ao longo de nossos estudos, concluímos que a paisagem

é um dos conceitos mais antigos presentes no estudo e ensino da Geografia. A paisagem, em

uma definição mais ampla, pode ser entendida como a composição, transformação e a

percepção dos elementos da natureza no espaço, entre eles a fauna e a flora, processos físicos

e climáticos transformadores do relevo, a sociedade e as edificações por elas construídas

durante sua existência. Sabe-se que consoante à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a

criança tem o direito de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Para

tanto, é de suma importância que se oportunize experiências e situações que ela possa

significar o mundo vivido expandindo suas vivências em seu meio e refletindo sobre esse

sentimento. Nesse sentido, ao trabalharmos o conceito de paisagem extrapolamos nossa

compreensão para além da descrição dos objetivos que a compõe e buscamos abarcar aspectos

além do biofísico, envolvendo também dimensões sociais, psíquicas, espirituais e estéticas.

Acreditamos que o conceito de paisagem pode refletir um conjunto de significados diferentes

e específicos para cada ser humano, sendo o resultado dessa interrelação entre professores e

alunos, uma influência mútua dessa percepção. Por fim, consideramos que o processo de

ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla, tendo o docente de um lado e o discente de

outro, um se interrelacionando com o outro e contribuindo para a construção de novas

paisagens e, consequentemente, novas percepções.

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Paisagem. BNCC.

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ARTE, TEATRO E MEDIAÇÃO: a escola e a instituição cultural como parceiras na

construção de conhecimento dos estudantes da Educação Básica

Patrícia Maciel

UFRGS/UERGS

Resumo: O presente artigo é um recorte da dissertação de mestrado da autora intitulado “Sair

da margem, vivenciar travessias: propostas de mediação com espectadores de teatro”,

desenvolvido no PPGAC/UFRGS, entre 2013 e 2015, que entende como vital a importância

do ensino de arte na escola voltada aos estudantes da Educação Básica, salientando a

abordagem sobre a formação de espectadores, especialmente de teatro, em que se destaca a

mediação como atividade pedagógica de formação, que pode contribuir com o

aprofundamento do “olhar estético” e de concepções mais profundas sobre a prática e fruição

artísticas. A expectativa é que estas reflexões possibilitem contribuir com as práticas dos

mediadores, de forma que as suas atividades sejam relevantes para o aprofundamento de

sentidos na fruição e na relação com a obra de arte, para além da prática artística na escola,

colaborando, também, para o fortalecimento dos laços entre a escola e as instituições

culturais.

Palavras-chave: Teatro. Formação de espectadores. Mediação. Educação.

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CORRER O RISCO II: o desenho em campo expandido no estágio obrigatório da

Licenciatura em Artes Visuais

Sabrina Esmeris

Ernani Mügge

FEEVALE

Resumo: Este trabalho tem como foco abordar uma experiência de estágio obrigatório, por

mim realizada, durante o curso de Licenciatura em Artes Visuais na Universidade Federal do

Rio Grande do Sul (UFRGS). O estágio, desenvolvido no ano de 2018 em uma escola na

cidade de Porto Alegre, ocorreu sob orientação do Prof. Dr. Cristian Poletti Mossi e abordou

concepções ampliadas de desenho no âmbito das Artes Visuais. As aulas foram oferecidas a

duas turmas do Ensino Fundamental e a duas turmas do Ensino Médio por meio de encontros

que inter-relacionaram teoria e prática, expandindo as noções e formas do desenho. A

proposta, que aproximou os alunos da arte e da educação contemporânea, teve a base teórica

sustentada por autores expressivos no âmbito das artes e da educação, como Miriam Celeste

Ferreira Dias Martins (1992), Marcia Tiburi e Fernando Chuí (2010), Edith Derdyk (2010),

Gilberto Icle (2012) e Teresa Poester (2013), os quais também contribuem com os estudos

desenvolvidos para a minha atual temática no mestrado acadêmico em Processos e

Manifestações Culturais, na Universidade Feevale.

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ESTUDO COMPARADO: educação e imigração nas Colônias alemãs de São Leopoldo

(Brasil) e Valdivia (Chile)

Isabel Cristina Arendt – IHSL/ISEI/UNISINOS

Marcos Antônio Witt – IHSL/UNISINOS

Resumo: Propomos apresentar uma análise da relação entre educação e imigração nas

Colônias alemãs de São Leopoldo, Brasil, e Valdivia, Chile. Os dois núcleos foram criados no

século XIX, em 1824 e 1850, respectivamente, com o propósito de colaborar com o

desenvolvimento econômico-social dos dois países, recém independentes. O uso da

metodologia da História Comparada permitiu que se aprofundasse a análise sobre o quanto

educação e imigração estão imbricadas e moldaram a vida de imigrantes e nacionais no Sul da

América. Os resultados alcançados demonstram que os projetos voltados à imigração

estiveram pautados não somente por objetivos econômicos, mas, também, culturais. Nesse

quesito, a educação teve primazia ao forjar a identidade dos imigrantes e, ao mesmo tempo,

propiciar os canais necessários para que, paulatinamente, dialogassem com a sociedade

receptora.

Palavras-chave: Educação. Imigração. História Comparada

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PICADA CAFÉ E OS INDICADORES IDESE E IDEB

Marcelo Marin

Ernani Mugge

FEEVALE

Resumo: Os resultados de dois indicadores de repercussão estadual e nacional, o IDESE

(Índice de Desenvolvimento Socioeconômico) e o IDEB (Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica), respectivamente, tem evidenciado que o município de Picada Café possui

alto grau de desenvolvimento socioeconômico e de qualidade na educação. Com a finalidade

de compreender o alcance e a repercussão dessas pesquisas, a presente comunicação

esclarece, primeiramente, o que são esses índices e sobre quais aspectos constroem os

indicadores. Em um segundo momento, ao compreender que os resultados positivos derivam

de ações desenvolvidas ao longo do processo de constituição do município, busca reconstruir

a trajetória histórica de Picada Café, desde o povoamento, por parte dos imigrantes alemães,

passando pela constituição da vila, pela emancipação, para chegar à atualidade. Nesse

percurso, assinala, em especial, os aspectos integradores, a economia e a educação. De cunho

teórico-empírico, a metodologia compreende uma pesquisa bibliográfica e se utiliza de

documentos, registros históricos e análise de gráficos e dados que são interpretados e

correlacionados com a realidade do município.

Palavras-chave: Picada Café. Desenvolvimento socioeconômico. Educação. IDEB. IDESE.

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CIDADANIA COMO PRÁTICA COTIDIANA NO CONTEXTO ESCOLAR: um

estudo sobre as disciplinas que contribuem na formação de jovens do ensino médio

Janaina Andretta Dieder

Gustavo Roese Sanfelice

FEEVALE

Resumo: A formação da/para a cidadania é um dos princípios presentes na elaboração das

propostas pedagógicas da maioria das escolas, entretanto, ainda se percebe resistências na

concretização de práticas pedagógicas e organizacionais que os executem de fato (LEÃO;

SANTOS, 2018). Como eixo transversal, a cidadania deve ser trabalhada por todas as

disciplinas, ultrapassando os limites dos componentes curriculares e não apenas mais um tema

a ser abordado na escola. Entendemos a cidadania como prática cotidiana, isto é, desenvolvê-

la a partir das experiências e vivências dos sujeitos, dentro e fora do contexto escolar (MAIA;

PEREIRA, 2014). A partir disso, o estudo teve como objetivo identificar e analisar as

disciplinas que desenvolvem a cidadania como prática cotidiana, tendo como contexto uma

escola da rede pública e uma da rede privada de uma cidade do Vale dos Sinos/RS (maior

número de alunos matriculados no ano de 2018). A pesquisa caracteriza-se como

qualitativa/descritiva e interpretativo. A imersão no campo empírico se deu através de

observações (13/03/2018 à 13/06 na escola pública e 21/03 à 14/06 na escola privada), diários

de campo e entrevistas, que foram realizadas com um membro da equipe diretiva e dois

docentes de cada escola, indicados por meio da ferramenta bola de neve (VINUTO, 2014). A

pesquisa segue os parâmetros éticos conforme Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de

Saúde e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Feevale, sob o

número 81015617.1.0000.5348. Para a análise e interpretação dos dados, utilizou-se a

triangulação por fontes, teórica e reflexiva (CAUDURO, 2004). Nos contextos investigados

há uma diferença relativa às metodologias de ensino utilizadas: a escola pública segue a

abordagem tradicional de ensino, a escola privada trabalha com metodologias ativas e

colaborativas. A partir das observações foram identificadas algumas disciplinas que mais

abordam a cidadania. Vale ressaltar que o objetivo não era identificar somente a cidadania

como um conteúdo a ser desenvolvido, pois a ideia era identificar disciplinas e/ou docentes

que desenvolvem a cidadania como prática cotidiana. Em ambas as escolas a sociologia foi

percebida como a disciplina que é mais sensível às questões que envolvem a cidadania, por ter

conteúdos aderentes a essa temática, mas, principalmente, por perceber que ela é desenvolvida

como prática cotidiana. Pensando na cidadania sob a perspectiva de dar voz e vez aos alunos,

outros docentes da escola pública foram observados desenvolvendo a cidadania através do

diálogo aberto em suas aulas, permitindo trocas e colaboração por parte dos alunos, que

foram: professora de sociologia, física, matemática, química e geografia. A escola privada,

por sua vez, não tem mais a separação por disciplinas, trabalhando muitas vezes de forma

integrada, inter e multidisciplinar, ultrapassando as paredes da escola e das disciplinas,

constituindo projetos que abarcam a escola como um todo, auxiliando na busca da formação

da/para a cidadania (RIFIOTIS, 2007). Apesar disso, foi possível perceber algumas áreas que

trabalhavam mais essas questões, também pelo fator do envolvimento docente, como sinaliza

Rifiotis (2007). Portanto, as disciplinas em que se observaram práticas de cidadania foram:

sociologia, biologia, filosofia e matemática.

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ESTRESSE EM ACADÊMICOS NO ÚLTIMO ANO DE GRADUAÇÃO EM

PSICOLOGIA

Maiara da Silva Bertuol

Cármen Marilei Gomes

FACCAT

Resumo: A vida acadêmica é descrita, muitas vezes, como uma etapa estressante, porém

percebe-se a existência de poucos estudos avaliativos dos momentos dos cursos de graduação

nos quais os ápices de sintomas relacionados ao estresse podem se apresentarem. Por

exemplo, no último ano da graduação, podem ocorrer diversos fatores físicos ou psicológicos

que desencadeiam diferentes níveis de estresse entre os discentes. Esses sintomas podem ser

decorrentes de uma sobrecarga de atividades acadêmicas, como provas, estágios e também o

Trabalho de Conclusão de Curso. Desse modo, o presente estudo avaliou o estresse em

estudantes concluintes de um curso de Psicologia de uma faculdade privada da Região

Metropolitana de Porto Alegre (RS). A pesquisa possui abordagem quantitativa e foram

avaliados, quanto ao estresse, 40 acadêmicos. Os instrumentos utilizados foram o Inventário

de Sintomas de Estresse de Lipp (ISSL) para avaliar os sintomas e níveis do estresse,

questionário sociodemográfico para abordar aspectos como idade, sexo, local de residência, se

trabalham e qual a carga horária, estado civil, número de filhos, entre outras questões

relevantes para análise e um questionário sobre estresse em acadêmicos, elaborado pela

pesquisadora, que visou identificar os possíveis fatores desencadeantes do estresse. Os

resultados foram analisados de forma quantitativa por meio da frequência simples e

percentual. Houve predomínio de mulheres entre os participantes, de etnia branca, com idade

média de 34 anos. A análise dos dados apontou que 62% dos acadêmicos entrevistados

apresentam sintomas de estresse em um ou mais níveis (Alerta, Resistência, Quase-Exaustão e

Exaustão), enquanto o restante não apresentou sintomas de estresse em nenhum nível.

Identificou-se que dentre os 38% de acadêmicos que não apresentaram sintomas de estresse,

80% desses já haviam realizado seu Trabalho de Conclusão de Curso e estavam executando

exclusivamente o estágio profissional. Os 20% restantes da população investigada que não

apresenta sintomas, não exercia outra atividade laboral. Em relação à prevalência dos

sintomas, destacam-se os psicológicos na fase de Resistência. Sabe-se que essa etapa é

caracterizada pela produção do cortisol, podendo ocasionar uma queda na eficiência física e

psicológica do sujeito. A partir do questionário sobre estresse em acadêmicos, destacam-se

dois aspectos: as incertezas quanto à futura inserção no mercado de trabalho e a ausência de

apoio quanto ao manejo do estresse por parte da Instituição de Ensino Superior. Assim,

recomenda-se o gerenciamento do estresse dos referidos acadêmicos, visto que na etapa final

da escolarização superior há uma acentuada probabilidade do desenvolvimento de sintomas

relacionados ao estresse. Percebe-se que a soma de despesas individuais, agravada muitas

vezes pelo abandono das atividades remuneradas, acentuam o quadro de estresse entre os

discentes. Além disso, o cumprimento do Estágio Curricular Obrigatório em concomitância

com outras demandas acadêmicas torna-se um fator crucial para o desequilíbrio psicológico.

Cabe ressaltar que há poucos estudos relacionados à saúde mental e aos níveis de estresse em

acadêmicos do curso de Psicologia.

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BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E INTERAÇÕES DAS CRIANÇAS NO DIA DO

BRINQUEDO EM INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL NA

CONTEMPORANEIDADE

Raquel Dilly Konrath

ISEI

Resumo: A importância dos brinquedos, das brincadeiras e das interações é temática que vem

se evidenciando na compreensão da aprendizagem infantil. Além disso, os estudos culturais

cada vez mais se destacam na análise das relações entre a aprendizagem da criança e a cultura

em que ela está inserida. A partir disso, optou-se pela pesquisa de natureza qualitativa e

elegeu-se como campo de investigação uma turma de pré-escola, com crianças de quatro anos,

de uma Instituição de Educação Infantil da Encosta da Serra/RS, inaugurada em fevereiro de

2016. A Instituição atende crianças que até então ainda não tinham frequentado outra Escola

de Educação Infantil. Buscaram-se as singularidades da realidade social e cultural desse

cenário e, a partir da questão de pesquisa, “Quais brinquedos, brincadeiras e interações são

vivenciadas pelas crianças em uma Escola de Educação Infantil no contexto contemporâneo,

no dia designado pela escola como o Dia do Brinquedo?”, foram analisadas as brincadeiras,

os brinquedos e as interações das crianças no Dia do Brinquedo, nessa Instituição de

Educação Infantil contemporânea. Nesse sentido, as reflexões abarcaram os processos

socioculturais e pedagógicos envolvidos nessas vivências e tinham como pressupostos o ver,

ouvir, perceber e indagar-se sobre os modos de relação e convívio, a fim de captar o espírito

da época em que vivemos e as formas por ele engendradas e problematizar o projeto de

educação construído nesse entorno, o qual é, muitas vezes, olhado e percebido de forma

simplista e ingênua. Para desenvolver este estudo, optou-se pela abordagem etnográfica, de

modo que foram realizadas observações de campo, registros em diário, registros fotográficos,

conversas informais e análise documental. Explicita-se e fundamenta-se todo o caminho

metodológico de pesquisa e investigação, apresentam-se os principais pressupostos teóricos

que sustentaram a definição e o caminho analítico deste estudo. Na sequência, descreve-se

todo o processo etnográfico, apresentam-se as análises e os resultados, com base nas

observações das crianças no contexto da pesquisa. O olhar atento aos registros coletados na

investigação, com foco na relação entre os brinquedos, as brincadeiras e as interações no Dia

do Brinquedo e a cultura contemporânea, trouxe indicações e evidências de que, no

comportamento das crianças participantes da pesquisa, são percebidas manifestações dos

atravessamentos entre a cultura midiática contemporânea e a cultura lúdica infantil, mas

também evidências de criação e novas aprendizagens.

Palavras-Chave: Brinquedos. Brincadeiras. Interações. Educação Infantil. Cultura

contemporânea. Dia do Brinquedo.

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A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO EMERGENTE PARA CRIANÇAS COM

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Viviane Cristina de Mattos Battistello

Rosemari Lorenz Martins

FEEVALE

Resumo: O letramento emergente é um conceito usado para representar o comportamento de

leitura e escrita de crianças que ainda não foram alfabetizadas. Considerando que as crianças

com Transtorno do Espectro Autista (TEA) entram cada vez mais cedo na escola, o ambiente

da Educação Infantil torna-se favorável ao desenvolvimento de intervenções precoce que

promovam o letramento emergente, pois tal transtorno apresenta características que revelam

prejuízos qualitativos na comunicação social associados a comportamentos repetitivos e

interesses restritos. Nesse contexto, o presente estudo de multicasos, visa desenvolver uma

proposta de prática de leitura mediada pelos professores e familiares de crianças pré-escolares

com TEA, utilizando um programa de adaptação de leitura, para promover o desenvolvimento

do letramento emergente, despertando o interesse para a leitura e a escrita. Os resultados

apontaram que as crianças pré-escolares com TEA podem iniciar as interações sociais de

maneira independente por meio da leitura compartilhada de livros de forma sistemática, com a

mediação de professores e familiares, e assim aumentar o grau de letramento emergente.

Conclui-se que a prática de leitura mediada pelos professores e familiares é uma oportunidade

das crianças com TEA desenvolverem o letramento emergente. Pois, a aquisição da leitura é

melhor compreendida como um continuum desenvolvimental, com suas origens no início da

infância e estendendo-se até o início da escolarização formal. Todavia, é fato que o

entendimento sobre a evolução dos aspectos relacionados à leitura e escrita de crianças pré-

escolares com TEA são um paradigma desafiador tanto para professores quanto para

familiares, uma vez que, na Educação Infantil, o comportamento de leitura de faz de conta

emerge de maneira natural, no entanto, para as crianças com TEA não ocorre da mesma

maneira. Essas crianças precisam de muito mais estímulos até alcançarem o nível esperado de

entendimento e socialização com a leitura.

Palavras-chave: Leitura. Letramento emergente. Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE: desafios contemporâneos para abordar a temática

Raquel Karpinski – FACCAT/UFRGS

Shirlei Alexandra Fetter – UNILASALLE

Resumo: Abordar as questões de sexualidade na escola é um desafio, essa temática

atualmente no Brasil não conta com legislação que determina como trabalhar, apenas

apontamentos como normas e orientações do Ministério da Educação – MEC – enquanto

abordagem pedagógica transversal durante o processo de formação escolar. Porém, na prática

essas possibilidades não são abordadas. No final do ano de 2017, o MEC homologou a Base

Comum Curricular – BNCC – a ser implanta nas escolas até o ano de 2020, da educação

infantil e do ensino fundamental. Nesta diretriz a educação que aborda a sexualidade está

contemplada apenas no oitavo ano, na disciplina de ciências, enquanto finalidade de

reprodução humana, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravides na

adolescência. De acordo com o órgão federativo responsável, o documento apresenta

informações do que se caracteriza durante a infância como aprendizagem por etapas,

entretanto as condições de abordagem ao tema de forma transversal sejam aplicadas

adicionalmente. Diante dos fatos mencionados, acrescenta-se a realidade em que a questão de

educação sexual abrange a comunidade LGBTQ+, isto é, a identidade de gênero, uma vez que

os documentos a que se referem ao assunto especificam as peculiaridades já citadas, desta

forma, o currículo não contempla os alunos que se identificam como pertencente a

comunidade. A constituição da identidade de gênero das crianças apresenta-se quando são

pequenas, e em espaços de troca com outras crianças. É sobre está perspectiva que a escola

deveria começar a trabalhar as questões de identidade, o período em que o desenvolvimento

da identidade de gênero inicia por volta dos três anos de idade, porém a escola, a família

enquanto instituições sociais têm como preceitos as questões religiosas caracterizadas pelo

heteronormatividade o que constitui nas crianças a pertença a incerteza sobrea a sua

identidade sexual. Caso contrário, se atividade contemplar o currículo, munidas de

informações precoces, as crianças terão mais facilidade de serem fiéis a si mesmas quando

crescerem. Em suma, quanto as provocações apresentadas, não nos omitimos pelas questões

enfrentadas pela escola, em que ela é considerada como espaço para estimular a reflexão, o

aprendizado e o comportamento compatível com a identidade e a diversidade de gênero. Por

isso, a integralidade na escola, enquanto um projeto pedagógico construído em pares, entre as

diferentes áreas de conhecimento identifica-a como acolhedora às diferenças.

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UTILIZANDO A ÁGUA DE CHUVA COMO INDICADOR DA QUALIDADE DO AR

Cláudio Ricardo da Silva Carvalho

Colégio Adventista de Porto Alegre

Resumo: A captação da água de chuva para fins domésticos, irrigação de culturas agrícolas,

criação de animais e consumo é muito antiga. Pesquisas recentes sobre aproveitamento da

água de chuva no campo do desenvolvimento social, econômico e de subsistência incentivam

a aplicabilidade da água de chuva como bioindicador da qualidade do ar. Investiga-se aqui a

utilização da água da chuva como indicador da qualidade do ar no município de Novo

Hamburgo Estado do Rio Grande do Sul/Brasil. Foi utilizado dispositivo coletor sustentável

fabricado com garrafa pet distribuído em 05 bairros de acordo com os pontos cardeais Norte,

Sul, Leste, Oeste, incluindo a parte central da cidade. A pesquisa se constitui Quali-

Quantitativa devido aos resultados numéricos e não numéricos obtidos. A análise da água de

chuva se concentrou no exame físico-químico (cor, aspecto, reação) e exame bacteriológico

(coliformes fecais) Escherichia Coli – bactéria bacilar. Em três bairros a água de chuva é

imprópria para o consumo humano, porém em dois bairros localizados próximos a uma área

de mata nativa a água de chuva se enquadra nos padrões de potabilidade, sob aspecto

bacteriológico, conforme portaria 2914 de 12/12/2011 que classifica como potável a água com

ausência de coliformes totais em 100 ml de amostra. Todos os bairros resultaram em aspecto

incolor, límpido e reação ácida. A aparência incolor indica que a água não contém matéria

orgânica dissolvida, principalmente de vegetais ou algas. As contaminações de esgotos

industriais e domésticos não estão presentes, pois alteraria sua coloração. A turbidez da água é

o grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la e, se relaciona

com a matéria em suspensão na água como argila ou substâncias orgânicas. A água límpida é

um parâmetro físico que constitui um padrão de potabilidade e a ausência de coliformes fecais

(Escherichia coli) em todos os bairros analisados indicam a boa qualidade da água de chuva,

isenta a princípio de agentes patológicos. A chuva que apresenta um pH (potencial

hidrogeniônico - mede a acidez) menor que 5,65 é considerada chuva ácida,estimando a

presença significativa de quantidades de ácidos fortes naturais. O pH variou entre 6,5 e 6,55

não evidenciando formação de chuva ácida em nenhum dos bairros do município investigado.

A água de chuva carrega consigo informações ambientais relevantes que podem ser

mensuradas, através de exames físico-químicos e bacteriológicos. Desta forma, confirma-se

que a água de chuva pode ser utilizada como indicador da qualidade do ar de um município ou

região podendo, inclusive, corroborar com programas de monitoramento da qualidade do ar e

auxílio na leitura das ações antrópicas do homem no campo socioambiental.

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ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DE EDUCAÇÃO: a

temática 'agroquímicos' está inserida na transversalidade da educação do campo?

Paula Lamb Quilião

Edward Frederico Castro Pessano

UNIPAMPA

Resumo: O uso expressivo de agroquímicos na agropecuária e suas consequências ao meio

ambiente e à saúde humana atenta para a necessidade da educação, e de uma forma especial, a

Educação do Campo, abordar tal temática transversalmente em seu planejamento pedagógico

e cotidiano escolar. O presente estudo tem por objetivo avaliar através de uma análise

documental dos instrumentos normativos e orientadores da educação, a nível nacional,

estadual e local, sobre as formas de abordagem ao tema 'agroquímicos' no Ensino

Fundamental em escolas rurais do município de Alegrete no Rio Grande do Sul. Os

instrumentos verificados foram os Planos de Educação Nacional, Estadual e Municipal de

Alegrete; a Política de Educação do Campo e o Programa Nacional Educação na Reforma

Agrária; os Parâmetros Curriculares Nacionais; a Base Nacional Comum Curricular;

Referencial Curricular Gaúcho; o Documento Orientador da Reestruturação Curricular das

Escolas do Campo Ensino Fundamental; e a Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental de

Alegrete. Apenas os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Referencial Curricular Gaúcho

evidenciaram a expressão ou sinônimo 'agroquímicos', entretanto, a maioria dos documentos

apresentaram informações superficiais sobre a necessidade das escolas rurais promoverem

temáticas relativas à questão ambiental.

Palavras-Chave: Agroquímicos. Educação Rural. Planejamento.

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FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PROJETOS APLICADAS NO PLANEJAMENTO

DA PRODUÇÃO DE BEBIDA FERMENTADA A PARTIR DE SUCO DE FRUTA EM

AULAS PRÁTICAS

Fernanda Borges - Colégio Dom Feliciano/UFRGS

Simone M. Jahnke – UFRGS

Resumo: Este trabalho relata a atividade prática de produção de bebida alcoólica a partir de

sucos de frutas, desenvolvida por uma turma do 3º módulo do curso técnico em química do

Colégio Dom Feliciano, Gravataí-RS. A proposta foi elaborada a partir de uma abordagem

teórica, através da criação de um painel virtual pelo aplicativo Trello®, sobre o processo

fermentativo da levedura Saccharomyces cerevisae. As informações reunidas pelos grupos

foram socializadas por meio de seminário, no qual o professor atuou como mediador do

processo de aprendizagem, ressaltando os pontos mais relevantes para a etapa prática da

atividade. Na sequência, os alunos fizeram o planejamento da execução do projeto utilizando

um CANVAS® adaptado, método utilizado na gestão de projetos em grandes empresas.

Trata-se de um quadro interativo, no qual foram definidos detalhes como: a fruta escolhida,

qual o processo para fermentação do suco de fruta, o método de preparação do mosto e de

construção do fermentador. Os grupos tiveram autonomia na definição de tais critérios. O

mosto foi preparado, observando-se os critérios de limpeza e sanitização dos equipamentos e

aparelhos nas residências dos alunos, enquanto que a etapa de fermentação e envase ocorreu

nas dependências do colégio. A levedura utilizada foi do tipo ale e doada pela Cervejaria

Gazapina de Gravataí-RS. Ao longo das aulas, o professor aprofundou aspectos sobre a rotina

de controle de qualidade na indústria de alimentos. O acompanhamento do processo biológico

se deu pela medição da densidade e a observação do borbulhamento de dióxido de carbono

pelo airlock. A variação do grau Brix permitiu a estimativa do teor alcoólico da bebida

produzida. O registro do processo ocorreu pela escrita de um artigo científico por cada um dos

grupos. A práxi-pedagógica proposta primou pelo protagonismo do educando ao longo das

atividades. Por isso, a aprendizagem partiu das vivências prévias e curiosidades pessoais, o

que atribui maior aplicabilidade e significado dos conhecimentos abordados em sala de aula

no cotidiano do aluno. O uso de ferramentas digitais e de gestão auxiliaram os estudantes a

pensarem de maneira sistêmica na resolução dos problemas. No momento em que o estudante

é desafiado a planejar e definir detalhes do seu projeto por meio do debate em grupos,

desenvolve sua habilidade argumentativa para defender suas ideias e posicionamentos perante

os demais integrantes da equipe.

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA GRADUAÇÃO: uma necessidade para a formação

pessoal e profissional do aluno

Valdemir José Máximo Omena da Silva – IFMA/UNIVATES

Silvana Neumann Martins – UNIVATES

Resumo: O presente resumo teve como objetivo apresentar a importância da Educação

Financeira aos alunos universitários de uma Instituição de Ensino Superior (IES) localizada

no Rio Grande do Sul. O projeto revestiu-se de objetividade por aproximar a teoria da

Educação Financeira aos jovens, estimulando-os ao desenvolvimento de sua capacidade

pensar estrategicamente na busca de oportunidades para melhor gerenciar seus recursos

patrimoniais, a fim de minimizar os efeitos negativos provocados por uma má gestão.

Pensando nisso, foi criada pelo Decreto Federal 7.397/2010, a Estratégia Nacional de

Educação Financeira (ENEF, 2011), cujo objetivo é incentivar ações de Educação Financeira

que ajudem as pessoas a tomarem decisões nessa área de uma maneira mais consciente. Já em

nível mundial, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OECD

(Organization for Economic Co-operation and Development) define a Educação Financeira

como uma associação de conhecimento, atitude, habilidades e comportamento consciente,

intrínseco à tomada de decisões financeiras, buscando alcançar o ponto de equilíbrio pessoal

(OECD, 2012). Os saberes acerca desse tema, ajudam o indivíduo a saber administrar os

recursos financeiros pessoais, em equilíbrio com o mercado econômico vigente (SAVOIA,

2007). Neste estudo, aos métodos utilizados classificaram-se em: bibliográfico, qualitativa e

descritiva. Os sujeitos foram 28 alunos graduando de uma Instituição de Ensino Superior

ligados ao Centro de Gestão Organizacional – CGO por meio da disciplina Finanças Pessoais.

Os dados coletados permitiram construir três categorias de análise iniciais: a) a aquisição e

difusão do conhecimento apreendido; b) a disciplina sobre Educação Financeira; e c) a

integração entre professor e aluno no processo de ensino e de aprendizagem. Para análise dos

dados, utilizou-se a técnica da análise de conteúdo (BARDIN, 2012). Quanto aos resultados

obtidos, na primeira categoria, a aprendizagem é percebida como um processo individual que

se apropria do conhecimento, a partir das experiências vivenciadas. Sobre isso, os alunos

afirmaram que a atividade proporcionou não só a difusão desses conhecimentos no meio

social, como também o aprimoramento da compreensão crítica. Em relação à segunda

categoria, os resultados apontaram a importância do conteúdo da disciplina na construção da

cidadania do aluno, tendo em vista sua implementação nas bases curriculares desde o Ensino

Fundamental. Por fim, na terceira categoria observou-se a importância da sincronia entre

ensino e aprendizagem na relação professor e aluno, exigindo dedicação, confiança e respeito

de ambos, na ação de orientar para o desenvolvimento pessoal e profissional. Desse modo,

concluiu-se que a Educação Financeira como tema transversal, oferece vantagens para os

alunos, mostrando-lhes a importância de uma vida financeira equilibrada, uma vez que o ato

de planejar gastos reflete na capacidade de conquistar um futuro melhor.

Palavras-chave: Educação Financeira. Ensino Superior. Finanças Pessoais.

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PROPOSTA DE UM MODELO PARA EXAME DA ATRAÇÃO E PERMANÊNCIA

DOS DISCENTES DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CURSOS

INTERDISCIPLINARES: uma perspectiva por meio da análise de componentes

principais

Veronica de Almeida Chaves

Catia Maria Machado dos Santos

André Andrade Longaray

FURG

Resumo: O trabalho tem por objetivo demonstrar os fundamentos matemáticos utilizados

para o desenvolvimento e descrição passo a passo de um algoritmo de solução para um

modelo computacional de análise quantitativa. A pesquisa apresenta uma investigação dos

principais atributos apontados pelos discentes, na escolha e permanência nas Instituições de

Ensino Superior, nos programas de Pós-graduação interdisciplinar, na área da Ciência Exata.

O instrumento de pesquisa se deu a partir da revisão bibliográfica sendo elaborado um

questionário de 35 perguntas, apresentando 5 (cinco) temas geradores, contendo em cada

bloco 7 (sete) perguntas interligadas respectivamente: a Atributos da Instituição de Ensino, a

Atributos Relacionados ao Mercado de Trabalho, a Atributos Ligados a Motivos Pessoais, a

Atributos ao Curso de pós-graduação e a Qualidade do serviço prestado. A coleta dos dados

para a mensuração dos fatores obedeceu a uma escala de ponderação de 1 (um) a 5 (cinco),

onde respectivamente consta: nada, pouco, moderadamente, muito e extremamente relevante.

E também de péssimo a ótimo. O total de respondentes foi de 110 (cento e dez) alunos, cujo

preenchimento do questionário se deu de modo individual, online e aberto no período de

Agosto a Novembro de 2018. Os dados primários foram observados no Sistema de

Informações Georreferenciadas / CAPES (GEOCAPES) e aplicados aos estudantes das

Instituições de Ensino Superior (IES) no Estado do Rio Grande do Sul. A metodologia

utilizada para avaliação dos fatores foi a Análise das Componentes Principais (ACP), que visa

considera a correlação das variáveis e as variabilidades significativas, buscando identificar os

fatores principais que são agrupados por semelhança. Os resultados obtidos, pelo algoritmo

desenvolvido, são comparados com os resultados obtidos pelo pacote estatístico SPSS

(Statistical Package for the Social Sciences).