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I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes II Encontro de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado
25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS – COORDENADORIA DE GEOGRAFIA.
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CADERNO DE RESUMOS
APOIO
I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes II Encontro de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado
25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS – COORDENADORIA DE GEOGRAFIA.
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Coordenação Geral
Profa. Dra. Carla Juscélia de Oliveira Souza
Comissão Organizadora
Profa. Dra. Carla Juscélia de Oliveira Souza
Prof. Dr. Leonardo Cristian Rocha
Prof. Dr. Múcio do Amaral Figueiredo
Organização do caderno de resumos
Profa. Dra. Carla Juscélia de Oliveira Souza
Comissão Científica
Prof. Dr. André Batista de Negreiros
Profa. Dra. Carla Juscélia de Oliveira Souza
Prof. Dr. Gabriel Pereira
Prof. Dr. Ivair Gomes
Profa. Dra. Ligia Maria Brochado de Aguiar
Prof. Dr. Leonardo Cristian Rocha
Prof. Dr. Márcio Roberto Toledo
Prof. Dr. Múcio do Amaral Figueiredo
Profa. Dra. Sílvia Elena Ventorini
Prof. Dr. Vicente de Paula Leão
Comissão de Apoio
Arlon Cândido Ferreira
Bruno Henrique Fernandes
Jacqueline Rosa Dias
Tereza Beatriz Oliveira Soares
PROMOÇÃO DO EVENTO
Departamento de Geociências –DEGEO –UFSJ
Chefe de Departamento: Prof. Dr. Leonardo Cristian Rocha
Coordenadoria de Geografia - COGEO -UFSJ
Coordenador de Curso: Prof. Dr. Múcio do Amaral Figueiredo
CONTATOS
E-mail: [email protected]
Fone: (32) 3373-3974 - Departamento de Geociências –DEGEO
Universidade Federal de São João del- Rei -UFSJ
SITE: www.ufsj.edu/enpes
COLABORAÇÃO
LABORATÓRIO DE CARTOGRAFIA, GEOPROCESSAMENTO E SENSORIAMENTO REMOTO
LABORATÓRIO DE GEOGRAFIA HUMANA E INSTRUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
LABORATÓRIO DE GEOMORFOLOGIA, PEDOLOGIA E HIDROLOGIA.
I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes II Encontro de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado
25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS – COORDENADORIA DE GEOGRAFIA.
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SUMÁRIO
Apresentação
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Programação
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Eixo 1: RISCOS AMBIENTAIS - Práticas educativas e estudos e/ou riscos ambientais (PER) 6
1. Compreendendo a realidade e riscos ambientais na cidade de São João Del-Rei a partir da
vivência de alunos da escola básica: uma abordagem geográfica
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2. Área de risco socioambiental e aprendizagem significativa 8
3. Analise do conteúdo básico comum de geografia do estado de minas gerais: identificando as
questões de riscos ambientais trabalhadas na escola básica.
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4. A questão ambiental no eixo ensino de geografia no simpósio brasileiro de geografia física
aplicada 2013
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5. A expansão urbana de São João Del-Rei e seus riscos socioambientais – uma aplicação no
ensino de geografia
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Eixo 2 : RISCOS AMBIENTAIS - Estágio supervisionado: relato de experiência em estudos
ambientais (ESE)
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6. A realidade ambiental do municipio de são joão del rei/mg como didática de inserção social de
“alunos indisciplinados” da Escola Estadual Dr.Garcia De Lima.
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7. Mapeamento das escolas do município de são joão del-rei através do google maps: apoio ao
estágio supervisionado.
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Eixo 3 : RISCOS AMBIENTAIS: pesquisa, mapeamento e/ou levantamento fotográfico (RAM) 15
8. Mapeamento participativo do bairro senhor dos montes – São João Del-Rei –MG 16
9. Mapeamento de áreas de riscos socioambiental na bacia do rio são Francisco Xavier 17
10. Mapeamento e análise de áreas queimadas na Serra São José (MG) nos anos de 2010, 2011 e
2012
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11. As queimadas na microrregião de São João Del-Rei: uma análise a partir de imagens de
satélite
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12. Mapeamento de áreas vulneráveis a movimento de massa e inundação em São João Del-Rei –
MG.
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13. Análise da frequência da incidência de queimadas na América do Sul para o período de 2000 a
2012
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14. Mapeamento e análise de áreas queimadas na serra de são josé e proximidades em São João
Del Rei, Minas Gerais
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15. Análise dos incêndios florestais a partir de imagens orbitais para a Serra de São José - MG 23
16. Vulnerabilidade e áreas de risco ambiental: discussão a partir de trabalhos que consideram a
temática “risco” no âmbito escolar em Belo Horizonte
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17. Análise ambiental e mapeamento temático da bacia do córrego do Tijuco 25
18. Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas de análise de área urbana- o
crescimento da grande São Paulo e seus impactos
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19. Análise de espaços urbanizados com riscos a enchentes nos munícipios de São João Del Rei e
Santa Cruz de Minas
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20. A relação da precipitação pluviométrica no período de 1999 a 2009 com a proliferação dos
focos de queimadas no município de São João Del Rei.
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21. A expansão urbana em direção a Serra de São José/MG 29
22. Análise das queimadas no parque nacional Serra da Canastra – MG. 30
23. A ação antrópica no rio Paraibuna: a alteração da vazão nos últimos trinta e oito anos 31
24. Evolução de um voçorocamento em área urbana no munícipio de Cruzilia, MG. 32
I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes II Encontro de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado
25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
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APRESENTAÇÃO
A realização desses dois encontros interligados pela temática “Riscos ambientais” é
oportunidade para conciliar discussões e socialização de produções científicas, experiências escolares
com a questão ambiental, com as políticas de formação de professores, bem como um meio para
formação continuada de professores da escola básica, da região do Campo das Vertentes. A temática
dos eventos é de interesse social tanto no âmbito técnico-científico quanto no da educação. O risco de
incêndio florestal é uma realidade presente em várias partes do mundo, do Brasil, em Minas Gerais,
assim como na região de São João del-Rei. Nesta região, os incêndios são observados em vários
pontos, mas, principalmente nas Serras de São José e do Lenheiro. Além desse risco para a sociedade
outros são comuns como os deslizamentos no período das chuvas. No âmbito da educação, discussões
sobre políticas públicas e de formação de professores são necessárias e possíveis mediadas por
temáticas diversas, como a do risco ambiental.
O I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes / II Encontro de Prática de Ensino e
Estágio Supervisionado almejam inaugurar a discussão técnico-científica e ambiental, do referido tema,
na região de São João del-Rei, com a participação de pesquisadores brasileiros, de professores da
escola básica, com a sociedade civil, acadêmica, órgãos públicos e privados. Para isso, têm-se como
objetivos específicos: - Introduzir a discussão da temática do evento nos diferentes níveis de ensino e
nos diferentes setores da sociedade; - Estimular a socialização de experiências de práticas escolares e
acadêmicas com a referida temática e - Promover a interação entre pesquisadores, professores dos
diversos níveis, alunos de pós-graduação e graduação, profissionais de órgãos públicos e provados, por
meio da questão riscos ambientais e formação de professores.
CARGA HORÁRIA: 16hs
PÚBLICO ALVO ESPERADO: Alunos e professores de graduação do Curso de Geografia e áreas
afins, professores da educação básica, professores de outras universidades, assim como profissionais
liberais interessados na temática, como profissionais do IEF, da Defesa Civil, da Prefeitura de São João
del-Rei; do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro, entre outros.
PARTICIPAÇÃO GRATUITA PARA TODOS OS PROFESSORES DA ESCOLA BÁSICA
EIXO TEMÁTICO
O eixo é RISCO AMBIENTAI. Este poderá ser considerado nos seguintes tipos de trabalho:
Riscos ambientais: pesquisa, mapeamento e/ou levantamento fotográfico (RAM)
Práticas educativas e estudos e/ou riscos ambientais (PER)
Estágio supervisionado: relato de experiência (ESE)
LOCAL DO EVENTO
25 e 26/11 - Campus Santo Antônio. Praça Frei Orlando, 170, Centro, São João del-Rei.
27/11 - Campus Ctan – Rod BR 494, km 02, Colônia do Bengo.
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25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
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PROGRAMAÇÃO
25/11 – Campus Santo Antônio
19:30 - Palestra 1 - Propostas de Geografia a partir de 2000 e reflexos nas políticas estaduais e
municipais de formação de professor. Profa Míriam Resende Bueno (Autora do CBC/MG e de livro
didático).
20:30 - Palestra 2 - Estágio Supervisionado: interações construtivas e os riscos na relação
universidade e escola. Profa Dra Rosalina Batista Braga (Profa. UFMG e Consultora Educação).
26/11 - Campus Santo Antônio
15:00 – Sessão de pôsteres
16:00 - Mesa redonda 1 - Diálogos entre professores da escola básica sobre ensino de geografia
e Estágio Supervisionado na atualidade. Prof. Maximiliano Vale de Resende Lara (Prof. Geografia e
orientador de Estágio Supervisionado) e Profa. Maria Carmem Abdalla (Profa. Geografia e Ex-diretora
E. Estadual Garcia de Lima).
19:15 - Palestra 3 - Implantação de um sistema nacional de monitoramento de movimento de
massa. Dr. Paulo Jorge Vaitman Leal (Membro do CEMADEN).
20:00 - Palestra 4 -Queimadas na Amazônia: padrões, impactos e métodos de detecção. Dr. André
Lima (Divisão Sensoriamento Remoto INPE).
20:50 - Palestra 5 - Incêndios na Serra de São José. (Membro do IEF- São João del-Rei)
27/11 – Campus Ctan
19:15 - Palestra 6 - Práticas de Ensino: diálogos com Estágio Supervisionado e disciplinas
específicas. Profa Msc Janete Regina de Oliveira (Prof. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado-
UFV e doutoranda/USP).
20:00 - Palestra 7 - Riscos, Geografia e Educação. Profa Dra Carla Juscélia de Oliveira Souza (Profa
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado/DEGEO/UFSJ).
21:30 –Palestra de Encerramento - Inventariação de áreas de risco em São João del-Rei. (Ten.
Cel. Maurílio Ângelo Andrade - Chefe da Defesa Civil).
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Eixo1: RISCOS AMBIENTAIS
Práticas educativas e estudos e/ou riscos
ambientais (PER)
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25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
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COMPREENDENDO A REALIDADE E RISCOS AMBIENTAIS NA CIDADE DE SÃO JOÃO DEL-REI
A PARTIR DA VIVÊNCIA DE ALUNOS DA ESCOLA BÁSICA: UMA ABORDAGEM GEOGRÁFICA.
Filipe César Pereira
Graduando - DEGEO/UFSJ [email protected]
O espaço geográfico que é tido como objeto de estudo da geografia, na maioria das vezes é um fator
negligenciado durante o processo de aprendizagem na escola básica. Os alunos, porém mesmo sem
acesso a esse conteúdo, criam essa compreensão a partir de observações do lugar de onde vivem. Tal
fato pode ser comprovado a partir de um projeto sobre “A Realidade Ambiental de São João Del- Rei”
em que bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) desenvolveram
com alunos do 8º Ano C da Escola Estadual Dr. Garcia de Lima na referida cidade. Os objetivos a
serem alcançados no decorrer do projeto visaram entender a realidade em nível regional, de modo a
instigar os alunos sobre as possíveis consequências da urbanização mal planejada. Além de valorizar
as questões ambientais/locais ali envolvidas e fazer com que a partir dessas observações se crie um
pensamento crítico, é intuito dessa atividade apontar as medidas cabíveis para a solução do uso
desordenado do território. O projeto se fundamentou em algumas aulas teóricas e saídas a campo,
tendo com referência alguns pontos altos da cidade, a Usina de triagem e compostagem da cidade de
Coronel Xavier Chaves e aterro sanitário (lixão) de São João Del-Rei. Tal ação possibilitou aos alunos
um contato direto com o local a ser trabalhado e entendido. Ao final das atividades, a turma foi
submetida a algumas avaliações para termos noção do que foi apreendido. Neste caso, os alunos
conseguiram compreender problemas a partir do próprio bairro de vivência, onde ocorrem enchentes,
deslizamentos de encostas e afins. Logo, pode-se concluir que o fato de estudar o espaço geográfico
partindo de uma perspectiva local, possibilita o discente uma maior interação sobre determinado
assunto.
Palavras-Chave: Espaço Geográfico, Aprendizagem, Realidade Ambiental.
I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes II Encontro de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado
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ÁREA DE RISCO SOCIOAMBIENTAL E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Joyce Jennifer de Andrade Graduanda – DEGEO-UFSJ
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Profa DEGEO-UFSJ [email protected]
Este texto refere-se ao aspecto pedagógico do trabalho “Cidade, área de risco socioambiental: Uma
abordagem pedagógica” desenvolvido na disciplina Ensino de Geografia: cidades e riscos
socioambientais, na Universidade Federal de São João del-rei (UFSJ).O trabalho trás uma proposta de
educação socioambiental levando em consideração os perigos existentes em uma área de várzea, a
vulnerabilidade das pessoas e, portanto, os riscos que essa área pode representar aos habitantes
locais. A elaboração da proposta compreendeu três etapas de trabalho simultâneas: leituras referentes
à prática educativa, aos temas cidade e seus agentes e riscos socioambientais; produção de textos e de
atividades didático-pedagógicas e elaboração de maquete. Através da reprodução dessa área em forma
de maquete foi possível visualizar perigos, vulnerabilidade locacional e os riscos presentes no local.A
proposta de ensino envolveu a visão reduzida de uma área de risco, pequeno trecho do Rio das Mortes,
próximo à ponte de acesso à cidade de São João del-Rei, que passa despercebida aos olhos dos
alunos. Por meio da representação, da atividade de campo e das problematizações, o aluno tem a
possibilidade de correlacionar o lugar onde vive com os possíveis perigos existentes e, então, identificar
possíveis riscos. A proposta pedagógica fundamenta-se na concepção construtivista e significativa, na
qual os alunos, a partir de conhecimentos prévios, possam ter uma visão do tema trabalhado,
representar em desenhos suas percepções, trocar ideias e discussões e eles mesmos tirarem suas
conclusões e suas opiniões. Dessa maneira, o professor não é um expositor de conceitos sistemáticos e
tradicionais, mas um orientador e o aluno um sujeito com participação ativa. Nas discussões em sala é
possível considerar os fatores que levaram os moradores a se instalarem na área de risco. Se os riscos
tivessem sido identificados e analisados provavelmente essa área não estaria sendo ocupada. Nessas
áreas, os moradores estão sujeitos à contaminação pelo esgoto que é lançado no rio, às enchentes
devido à cheia do rio e ao processo de erosão cada vez mais intenso na área.Os conceitos perigo e
risco que estão envolvidos na ocupação de uma área são imprescindíveis de serem considerados na
sala de aula. A Geografia, ciência capaz de entender dinâmica ambiental e populacional dos indivíduos,
deve ser trabalhada pelos professores, os quais precisam abordar com os alunos a temática “risco
ambiental”. O tema permite ir além do livro didático e da sala de aula, possibilitando uma aula interativa
e uma aprendizagem significativa.A proposta de confeccionar uma maquete e visitar a área
representada tira os alunos da rotina e lhes proporciona um maior interesse pela Geografia.
Palavras-chave: Geografia, prática educativa, risco ambiental.
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ANALISE DO CONTEÚDO BÁSICO COMUM DE GEOGRAFIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS:
IDENTIFICANDO AS QUESTÕES DE RISCOS AMBIENTAIS TRABALHADAS NA ESCOLA BÁSICA.
Gabriel Max de Oliveira Dias Graduando – DEGEO-UFSJ
O presente trabalho tem com objetivo, uma analise do Conteúdo Básico Comum (CBC) do estado de
Minas Gerais, para o ensino fundamental e médio que é uma espécie de manual do professor, onde
indicasse os conteúdos que devem ser trabalhados e uma sugestão do número de aulas a se dedicar a
cada um. Ao observar os CBCs constata-se que a temática ambiental focando os riscos ambientais é
tratada com maior “prioridade” no ensino fundamental, onde no tópico turismo propõe, entender os
impactos dessa atividade na preservação da natureza e no patrimônio cultural relacionando com os
conceitos de sustentabilidade e insustentabilidade, sugerindo a dedicação de 18 horas/aula ao longo do
curso, há também o tópico cidades sustentáveis onde propõe, “Explicar o significado do Orçamento
Participativo, Plano Diretor e o Código de Posturas avaliando as ações de implementação em seu
município.” sugerindo 4 horas/aulas para este conteúdo e alguns outros tópicos que tratam a questão
padrões de produção e consumo, relacionando com sustentabilidade e problemas ambientais
modernos, além de temas complementares onde são sugeridas outras abordagens. Já no ensino médio
a questão é tratada como se fosse de menor importância, onde o maior enfoque é na questão agrícola
do cerrado relacionado com o uso de novas tecnologias, avaliando os impactos ambientais, outro
enfoque é no tópico onde destaca a ação antrópica no processo de desertificação e arenização no
Brasil, além destes dois enfoques a questão ambiental só é tratada nas questões energéticas e na
teoria das mudanças climáticas. Sendo a questão ambiental um conhecimento de suma importância
para a formação do aluno, ela não esta recebendo a devida atenção no conteúdo que o professor é
sugerido a lecionar, nas escolas básicas mineiras, principalmente no ensino médio onde além da
temática ser pouco trabalhada ela não procura contextualizar o meio de cada discente.
Palavras-chave: Riscos Ambientais, Conteúdo Básico Comum, Ensino.
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A QUESTÃO AMBIENTAL NO EIXO ENSINO DE GEOGRAFIA NO SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA 2013
Fernanda Silva Clemente Graduanda – DEGEO-UFSJ
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Profa. DEGEO-UFSJ [email protected]
Este trabalho faz parte da pesquisa “Produção e tendência do Ensino da Geografia Física no Simpósio
Brasileiro de Geografia Física Aplicada, no período 2003 a 2013”, realizada como Iniciação Científica,
entre 2013 e 2014. Neste texto são contemplados apenas 44 artigos apresentados nos Anais de 2013,
por meio de pesquisa qualitativa, a qual adota como metodologia o estudo de conteúdo, considerando
os parâmetros: as instituições de origem dos trabalhos; as principais subáreas do conteúdo
(Climatologia, Geomorfologia, Biogeografia, Hidrografia, Pedologia, Outras) e os aspectos pedagógicos
das atividades apresentadas nos artigos. Para isso foi necessário ler os resumos dos 44 artigos e parte
do texto completo com o objetivo de coleta dos dados. Estes foram tabulados, representados em
gráficos e analisados. Os resultados mostram que 34,1% dos trabalhos são da região Sudeste, 27,3%
do Sul, 24,9% do Nordeste, 9,1 Nordeste e 4,1% da região Norte. Outro aspecto analisado mostra que
93,2% da produção resultam de instituições públicas. De acordo com as subáreas estabelecidas neste
trabalho, constata-se que 27,3% são trabalhos que abordam conteúdos referentes à questão ambiental,
onde vários aspectos da geografia física são contemplados, portanto os mesmos são classificados
como geografia física/análise ambiental. Em seguida, com 22,7% encontram-se os temas relacionados
à climatologia, depois geomorfologia (11,4%), geologia e hidrografia (9,1%). Trabalhos na área do
Sensoriamento Remoto (6,8%) e da Cartografia (4,5%) também estão presentes no referido eixo. Os
trabalhos da área da Climatologia contemplam aspectos da dinâmica e alterações da atmosfera,
utilizando como recursos imagens de satélites, fotografias e programas disponíveis na internet. Nesses
trabalhos, com destaque para o clima e tempo, é possível observar em suas justificativas e discussões,
atenção para a importância da questão ambiental. Nessa mesma linha, têm-se os trabalhos (27,3%)
inseridos na abordagem da Geografia física/análise ambiental, com ênfase em propostas de educação
ambiental, percepção ambiental, riscos socioambientais e atividades práticas que propõem a
identificação e a caracterização dos elementos do ambiente por meio de imagens ou trabalho de
campo. As categorias Climatologia e Análise ambiental perfazem juntas 50% dos trabalhos. Nas demais
subáreas, apesar de apresentarem entre os seus trabalhos algum subitem referente ao aspecto
ambiental, predominam aspectos específicos como forma de relevo e hipsometria (geomorfologia), tipo
de rochas e evolução geológica (geologia), bacia hidrográfica (hidrografia) e vegetação (biogeografia).
Os resultados mostram que, no Simpósio Brasileiro de Geografia Física (2013), a questão ambiental
representa conteúdo e abordagem presentes em maior porcentagem se comparados com os demais
conteúdos. Isso revela a preocupação e as produções no âmbito do ensino de geografia escolar com a
questão do ambiente. Este fato pode ser justificado pela ampliação da abordagem ambiental e sua
valorização no âmbito acadêmico e escolar, a partir da década de 1990 no Brasil.
Palavras-chave: Questão Ambiental, Ensino de geografia, Geografia física
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A EXPANSÃO URBANA DE SÃO JOÃO DEL-REI E SEUS RISCOS SOCIOAMBIENTAIS – UMA
APLICAÇÃO NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Fernanda Cristina Resende Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected] Tereza Beatriz Oliveira Soares Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Ítalo de Souza Sena Graduando– DEGEO-UFSJ [email protected]
Gabriel de Souza Rodrigues
Graduando – DEGEO-UFSJ [email protected]
Hugo Rodrigues Antero Graduando – DEGEO-UFSJ
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Profa. DEGEO-UFSJ [email protected]
Este trabalho apresenta o estudo de um processo erosivo e sua discussão em proposta de ensino de
geografia. O estudo refere-se ao voçorocamento de terreno localizado no Bairro São Dimas, São João
del-Rei. Esta área possui ocupação humana no entorno da Voçoroca e essa ocupação tende a
aumentar significativamente, pois nota-se a expansão urbana em direção a esse local, com criação de
novos loteamentos. A partir do estudo realizado durante a Unidade Curricular intitulada “Ensino de
Geografia: cidade e áreas de risco socioambiental”, ofertada no primeiro semestre de 2013, foram
construídas uma proposta de atividade didático-pedagógica e uma maquete, para representar a referida
área de risco socioambiental. Por meio da proposta, trabalhar com alunos da escola básica diversos
conceitos pedagógicos, geográficos e sociais torna-se possível. A área contemplada na proposta refere-
se ao local escolhido para implementação do núcleo habitacional, localizado na porção noroeste da
cidade, próximo a estruturas urbanas que são usadas como justificativa para a comercialização dos
loteamentos. A área apresenta sérios problemas com processos erosivos, sendo as voçorocas os mais
preocupantes. A partir deste contexto, foi pensado em um material que possa ser construído juntamente
com os alunos da escola básica de fácil manuseio, como a maquete. A partir da construção e da
interpretação dos elementos na maquete os alunos podem observar, identificar e problematizar os
vários condicionantes de produção e transformação do espaço urbano e seus respectivos resultados
positivos e negativos sob o ponto de vista socioeconômico e socioambiental. Esse procedimento
didático-pedagógico, além de flexibilizar o ensino com a realidade do aluno, possibilita incitar o
pensamento crítico à cerca da produção capitalista do espaço urbano, utilizando-se da especulação
imobiliária e seus riscos socioambientais na escolha das áreas de expansão urbana. O ensino de
geografia nesse contexto tem como enfoque primordial o de discutir o papel do capital como
transformador do espaço e suas implicações sobre os agentes transformadores, bem como sobre os
componentes físicos do espaço. Compreender as relações de poder que ditam os rumos do
crescimento urbano, e suas consequências para a população e meio ambiente, é de suma importância
para a construção da noção de cidadania para as crianças e jovens. A partir do momento em que se
desenvolve no aluno uma visão mais crítica sobre as transformações do espaço, cria-se também a
noção dos seus direitos e deveres como cidadãos, onde esses são capazes de pensar e atuar na
construção do seu espaço cotidiano. O trabalho com maquete é muito interessante, não só por se tratar
do meio em que os alunos estão inseridos, como também de trabalhar com eles uma metodologia
diferenciada, através da visualização de um problema socioambiental, em uma perspectiva diferente em
relação ao que eles estão acostumados a ver.
Palavras-chave: Risco socioambiental, Expansão Urbana, Maquete.
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Eixo 2: RISCOS AMBIENTAIS
Estágio supervisionado: relato de experiência em
estudos ambientais (ESE)
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A REALIDADE AMBIENTAL DO MUNICIPIO DE SÃO JOÃO DEL REI/MG COMO DIDÁTICA DE
INSERÇÃO SOCIAL DE “ALUNOS INDISCIPLINADOS” DA ESCOLA ESTADUAL DR.GARCIA DE
LIMA.
Milla Barbosa Pereira
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Veridiane Meire Silva
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Apresentação do trabalho: Essa pesquisa é realizada no município de São João Del Rei/MG, na Escola
Dr. Garcia de Lima, foi desenvolvida no 8° ano C e constituiu se como um projeto educacional
“Trabalhando com a realidade ambiental de São João Del Rei” Através de observações, intervenções e
reuniões semanais com o grupo de bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência (PIBID) de Geografia, diagnosticou-se dentro da turma alunos desinteressados e apáticos nos
momentos das aulas, o que motivou o desenvolvimento da pesquisa, já que a finalidade do projeto é
mostrar a realidade ambiental e consequentemente urbana do próprio lugar onde habitam.
Objetivos: Tendo como objetivos estimular e envolver os alunos ao estudo dos problemas ambientais
urbanos, através de uma didática “diferenciada”, o trabalho de campo, que muito significa para a
formação dos conhecimentos teóricos. Desta forma, busca mostrar como entender e valorizar as
questões ambientais locais para que estes possam aprender a conviver e solucionar esses problemas,
tornando os discentes mais conscientes de suas importâncias como cidadãos.
Metodologia: Buscou-se examinar referencial bibliográfico para a implantação do projeto.
Posteriormente desenvolveu-se a didática em sala de aula através de exposição em power point,
quadro e giz, vídeos sobre ilhas de calor ,inversão térmica, impermeabilização dos solos, enchentes
,deslizamentos de encostas ,lixo e os problemas relativo ao transporte; do local ao global. Em seguida
os discentes fizeram aulas de campo nas proximidades da escola, no lixão da cidade e na Usina de
Triagem e Compostagem de Coronel Xavier Chaves/MG. Além disso, foram desenvolvidas atividades
avaliativas sempre buscando interação da turma e algo renovador e prazeroso para os alunos.
Resultado parcial: Na totalidade do projeto a turma considerada apática, com problemas de disciplina e
desinteressada se mostrou de outra forma, muito interessados e envolvidos com as atividades
propostas. No trabalho de campo ficou evidente a preocupação os alunos com os problemas locais,
souberam notar toda a magnitude das questões ambientais e sociais. Nas atividades avaliativas
aplicadas na escola todos souberam desenvolver de forma positiva os conceitos propostos. Podendo
notar grande facilidade para desenho, colagem e interação; as atividades que poderão vir a ser
desenvolvidas devem seguir esta linha do “não convencional” em sala de aula, já que os discentes tem
grande dificuldade disciplinar e de aprendizagem quando a aula é somente expositiva.
Palavras-chave: realidade ambiental; didática; inserção social.
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25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
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MAPEAMENTO DAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DEL-REI ATRAVÉS DO GOOGLE
MAPS: APOIO AO ESTÁGIO SUPERVISIONADO.
Tereza Beatriz Oliveira Soares Graduanda – DEGEO-UFSJ
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Profa. DEGEO-UFSJ [email protected]
O presente trabalho foi desenvolvido durante a Monitoria em Estágio Supervisionado do curso de
Licenciatura em Geografia, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), quando foi proposto o
levantamento e mapeamento de todas as escolas do município de São João del-Rei (SJDR). Para isso
o primeiro passo foi procurar a Superintendência Regional de Ensino do Estado, localizada no
município. Esta forneceu uma lista contendo a relação de todas as escolas estaduais, municipais e
particulares da Superintendência Regional. Nesta relação de escolas, havia várias informações como:
endereço da escola, número de telefone, código postal, município (pois a lista continha todas as escolas
da Superintendência Regional de São João del-Rei e as dos outros municípios pertencentes à essa
superintendência) e nome do diretor da escola. A partir desses dados iniciou-se uma busca na internet,
através do Google Maps, pelas escolas, para ser feito um mapeamento dessas. No Google quando se
digita o endereço da escola, imediatamente ele a localiza no mapa, plotando um ponto em cima do local
indicado. Assim, foi plotada, ponto a ponto, cada escola do município. Ao fim do mapeamento foi
possível salvar todos pontos em um mapa e eles ficaram arquivados através de uma conta do gmail,
sendo possível o acesso de qualquer computador com internet. Foram salvos três mapas, um para as
escolas estaduais, outro para escolas municipais e um para escolas particulares do município. Algumas
dificuldades foram encontradas ao longo desse mapeamento, tais como: a) encontrar escolas
localizadas nas estradas (BR) que circundam o município; b) localizar as escolas dos distritos de São
João del-Rei, como as do Rio das Mortes e de São Sebastião da Vitória; c) muitas escolas não
possuem o número de localização do estabelecimento, fazendo com que às vezes o ponto não seja
exato; d) algumas vezes o Google plota a escola em um ponto diferente de onde ela realmente está
localizada, assim é necessário a visão de alguém que conheça minimamente o município; e) algumas
escolas mudaram de endereço recentemente, assim a lista está um pouco desatualizada; f) localizar
escolas na área rural; g) em alguns casos a escola foi encontrada, porém com o nome da rua sendo
diferente e o número o mesmo e h) na lista das escolas municipais, não há a localização do bairro onde
está inserida a escola, dificultando a análise se a escola está no local correto.
Essa ferramenta disponibilizada pelo Google se mostrou muito útil, mesmo possuindo algumas falhas e
não sendo tão precisa, podendo auxiliar em vários estudos a respeito da localização das escolas.
Localizar e conhecer o espaço dessas escolas, e seu entorno, constituem aspectos importantes para
atividades do Estágio Supervisionado e para práticas educativas futuras, principalmente referentes à
questão socioambiental.
Palavras-chave: Estágio Supervisionado; Mapeamento de escolas; Google Maps.
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Eixo 3: RISCOS AMBIENTAIS
Riscos ambientais: pesquisa, mapeamento e/ou
levantamento fotográfico (RAM)
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MAPEAMENTO PARTICIPATIVO DO BAIRRO SENHOR DOS MONTES – SÃO JOÃO DEL-REI –MG
Gustavo Pyra Almeida Graduando – DEGEO-UFSJ
Silvia Elena Ventorini
Profa. DEGEO-UFSJ [email protected]
A tecnologia para a elaboração de mapas desenvolveu-se significativamente nas últimas décadas. Sua
elaboração requer conhecimentos específicos sobre a linguagem cartográfica e domínio de um Sistema
de Informação Geográfica. Este conhecimento é difícil de ser adquirido pela população de forma geral
e/ou por gestores e planejadores municipais. Os cientistas sociais desenvolveram uma metodologia de
pesquisa para que grupos locais elaborem em conjunto com especialistas mapas participativos de seus
territórios nos quais estão expressos sua história local e seus conflitos socioambientais. Este trabalho
tem como objetivo apresentar os resultados e análises do projeto Elaboração de mapas participativos
do bairro Senhor dos Montes – São João del-Rei –MG. Os procedimentos metodológicos consistem em:
a) elaboração de base de dados cartográficos em meio digital; b) Trabalho de campo e c) coleta de
dados primários para geração de mapas participativos que representem as áreas de conflitos urbanos.
O material cartográfico base adotado foi a carta topográfica na escala 1:25.000, imagem de satélite
Ikonos ano 2008, imagem de satélite CBERS (HRC), ano 2010. Por meio do software ArcGis® 10.0
geraram-se os seguintes mapas temáticos: dos processos erosivos (voçorocas), da hidrografia e das
áreas de proteção ambiental em torno dos rios e nascentes (buffers de 50 e 30 metros), bem como um
Modelo Numérico do Terreno (TIN). Para a elaboração de mapas participativos foi elaborado e aplicado
um questionários com questões fechadas e abordando conflitos urbanos relacionados ao meio de
transporte, saúde pública, saneamento básico, limpeza urbana, sistema educacional e vulnerabilidade a
risco socioambiental da localização de residências na área de estudo. Os resultados e analises da
sobreposição do perímetro urbano do Bairro estudado com o Modelo Numérico do Terreno (TIN)
indicam a presença de residências em áreas muito íngremes e propicias a deslizamentos. Os resultados
e análises do mapa de processos erosivos, elaborado com base nas imagens dos anos de 2008 e 2010
e de observações e coleta de dados por meio de diálogos com moradores, indicam que os processos de
voçorocamento foram acelerados nos últimos anos por causa da ausência de rede pluvial adequada
para a coleta das águas das chuvas e saneamento básico apropriado. Os resultados e análises
mostrados neste trabalho são importantes para gerar documentos cartográficos que expressem as
áreas consideradas de risco pela população do Bairro Senhor dos Montes, bem como para que os
planejamentos e gestões municipais não realizem ações pontuais de risco de desastres somente após
terem ocorrido. Os dados coletados indicam que os moradores possuem uma relação social e cultural
com o local, o que dificulta acreditarem que suas casas estão em áreas de risco. A ausência de material
cartográfico em uma Base de Dados Digital e de análises técnicas dificultam as ações de
(re)planejamento urbano do município.
Palavras-chave: Mapeamento Digital Participativo; Conflitos urbanos; áreas de riscos
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MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCOS SOCIOAMBIENTAL NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO XAVIER
Jaime Johny Maus Graduando – DEGEO-UFSJ
Silvia Elena Ventorini Profa. DEGEO-UFSJ
A lei das águas, Lei 2.249 que originou a Lei 9.433 de 08 de janeiro de 1997, trouxe uma abordagem
inovadora para gestão dos recursos hídricos incorporando princípio de integração, descentralização e
participação, assim como instrumentos que visam o planejamento e o ordenamento dos usos múltiplos.
No município de São João del-Rei –MG como na maioria dos municípios brasileiros, a Lei orgânica é
determinada por cada município e as ações são pontuais, sendo que normalmente não existe um plano
de gestão para a unidade da bacia, trazendo danos socioambientais a longo prazo. Desta forma, o
presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados parciais do estudo para mapear áreas
vulneráveis à expansão urbana na bacia do Ribeirão São Francisco Xavier. Os procedimentos
metodológicos consistem em pesquisa de material cartográfico, elaboração de base digital de dados
cartográficos e trabalho de campo. O material base é composto por carta topográfica do Exército
brasileiro (1994), escala 1:25.000, imagem de satélite Ikonos, resolução 2 metros (2008), imagem
CBERS, (2010). Até o presente momento, na pesquisa, foram elaborados os seguintes mapas: da
hidrográfica, dos processos erosivos (voçorocas), do perímetro urbano, das áreas de preservação
permanente (APP) em torno das nascentes e córregos conforme o Código Florestal.Houve ainda a
elaboração do modelo Numérico do Terreno (TIN). Os resultados e análises da base digital de dados
cartográficos através de mapas temáticos indicam intensos processos erosivos (voçorocamentos),
desmatamento em áreas de APP (em torno de nascentes e rios), pisoteio de animais que aceleram o
processo de ravinamentos em áreas de loteamentos novos localizados dentro da bacia. No loteamento
“Bela Vista” as observações em campo indicam que o processo de ravinamento e voçorocamento foram
aceleradas por ações como a retirada da vegetação nativa, impermeabilização do solo por meio de
asfalto, precária coleta pluvial das águas, uso de máquinas pesadas etc.Já no loteamento denominado
“Cidade Verde“ há quatro voçorocas ativas e as observações em campo e do material de divulgação
(folder) distribuído para comercialização dos terrenos confirmam a venda de lotes há menos de 15
metros das áreas de erosão intensa, podendo trazer riscos a vida humana. Portanto os resultados
obtidos mostram a importância do mapeamento em meio digital, do uso de técnicas de interpretação de
imagens de satélites e de Sistema de Informações Geográficas (SIGs) para a determinação de áreas de
risco. Indicam ainda a importância do trabalho de campo para verificar a qualidade das informações
mapeadas e para a coleta de dados por meio de observações. Acredita-se que, os resultados desta
pesquisa auxiliarão os gestores e planejadores municipais na tomada de decisões referentes às áreas
de risco socioambiental na Bacia do Rio São Francisco Xavier.
Palavras-chave: Expansão urbana, risco socioambiental, base digital de dados cartográficos.
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MAPEAMENTO E ANÁLISE DE ÁREAS QUEIMADAS NA SERRA SÃO JOSÉ (MG) NOS ANOS DE
2010, 2011 E 2012
Thais Ferreira Resende Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Paula Resende Santos
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Gabriel Pereira
Prof.DEGEO-UFSJ [email protected]
Anualmente grandes extensões territoriais são afetadas por incêndios florestais ou por práticas de
queima de biomassa. Em alguns casos, principalmente no bioma Cerrado, áreas de preservação
permanente (APP) ou áreas agrícolas são afetadas por queimadas sucessivamente durante vários
anos. Com a frequente ocorrência de registros de incêndios em alguns locais, surge a necessidade de
catalogar e/ou mapear esses registros, como é o caso da Serra de São José - MG, que vem
apresentando registros anuais de queimadas. A Serra consiste numa área de importante preservação
ecológica no Estado, o que reforça a necessidade de cuidados especiais com o local. O mapeamento
das áreas queimadas analisa o mês de setembro dos anos de 2010, 2011 e 2012, mês que comumente
é marcado pelos incêndios na área de estudo. O mapeamento foi baseado em imagens fornecidas pelo
INPE do sensor Thematic Mapper (TM) do Satélite Landsat 5, com 30 metros de resolução especial,
para os anos de 2010 e 2011, e do sensor Linear Imaging Self Scanner III (LISS-III) do satélite
RESOURCESAT-1 para o ano de 2012, com resolução de 23,5 metros. Estas imagens foram inseridas
no aplicativo SPRING 5.2, georreferenciadas e classificadas manualmente a partir da segmentação,
aplicando lineares 8 para similaridade e 12 para área. Para a análise dos dados foi estabelecida uma
relação entre precipitação acumulada mensal de cada ano e a ocorrência de incêndios. No ano de
2010, as queimadas afetaram algumas porções ao entorno da Serra (296 ha), com registros em julho,
agosto e setembro. Para este ano, os registros de precipitação do período seco (maio a novembro)
foram os maiores se comparados com os demais anos em estudo. Em 2011, os incêndios atingiram do
centro à extremidade nordeste da Serra, além de alguns pequenos focos em seu entorno (1000 ha).
Neste ano houve o maior número de incêndios concomitantemente com os menores índices
pluviométricos para o período seco. Em setembro de 2011, quando registrou-se o maior incêndio,
choveu apenas 1,2 mm na região de São João del Rei. Em 2012, os incêndios atingiram a parte oposta
à atingida em 2011 (480 ha), com registros também em setembro, quando o total de precipitação
acumulada para este mês foi de 24,4mm. Os registros de precipitação diária nos meses secos mostram
poucos dias com chuva e o acumulo desta em esparsos dias, fazendo com que a biomassa
rapidamente perca umidade e tenha um estresse hídrico pela falta de água. Assim, a baixa umidade da
vegetação influenciada pela temperatura do ar, ventos propiciam a ocorrência das queimadas. Apesar
das condições naturais estarem vinculadas à propagação do fogo, incêndios também estão associados
às ações antrópicas, tornando necessária a intervenção de políticas públicas para prevenção e combate
aos incêndios florestais.
Palavras-chave: Mapeamento; queimadas; Serra São José.
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AS QUEIMADAS NA MICRORREGIÃO DE SÃO JOÃO DEL-REI: UMA ANÁLISE A PARTIR DE
IMAGENS DE SATÉLITE
Raquel de Cássia Ramos Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Tereza Beatriz Oliveira Soares Graduanda – DEGEO-UFSJ
Fernanda Cristina Resende
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Gabriel Pereira
Prof. DEGEO-UFSJ [email protected]
As Queimadas na microrregião de São João del-Rei: uma análise a partir de imagens de satélite
As queimadas representam uma técnica ainda muito empregada no campo, principalmente no Brasil,
para a retirada da vegetação natural e a implantação de cultivos e pastagens. Em uma primeira
avaliação, a queimada aparentemente beneficia as plantações, pois as cinzas significam um acréscimo
de nutrientes para o solo. No entanto, os prejuízos são maiores, pois o fogo elimina nutrientes,
microrganismos, insetos e resíduos vegetais, gerando vários impactos negativos ao meio ambiente,
como os desequilíbrios em ecossistemas, a extinção de espécies nativas, a diminuição da qualidade do
ar, o lançamento de gases de efeito estufa, etc.No município de São João del-Rei observa-se um alto
índice de queimadas, principalmente durante o período de estiagem. Assim o presente artigo faz uma
análise de queimadas ocorridas na microrregião de São João del-Rei, nos anos 2001 e 2003, o ano
mais seco e o mais chuvoso, respectivamente, na primeira década do século XXI. A partir dessa
análise, será verificado se há relação entre as áreas queimadas e a prática agrícola da região.
Para esse estudo foram utilizadas imagens do sensor Thematic Mapper (TM) do satélite Landsat-5. Este
sensor foi escolhido devido a sua resolução espacial nominal de 30 metros, que é considerada como
média e apropriada para esse tipo de estudo. O sensor capta informações espectrais em 7 bandas,
porém neste estudo optou-se por não utilizar a banda 6, que é a banda termal. A resolução temporal do
Landsat TM-5 é de 16 dias. O programa utilizado para se trabalhar essas imagens foi o Spring 5.1.7.
Também foram geradas imagens a partir do Modelo Linear de Mistura Espectral (MLME), na qual o
espectro de um pixel misturado pode ser desagrupado. Neste caso foi utilizado o modelo de mistura
com a componente água, visto que as queimadas possuem resposta espectral em determinados
comprimentos de onda semelhante à água.Desta forma, pode-se concluir que a maior parte das
queimadas são ocasionadas pela ação antrópica. Esta característica é evidenciada pelo padrão de
queima, uma vez que a maioria das queimadas detectadas ocorreram em uma época mais seca, logo,
estas não podem ter sido originadas por raios, que ocorrem durante tempestades em períodos
chuvosos e em regiões agrícolas ou próximas a essas áreas. Deste modo, é de suma importância que a
existência de projetos de conscientização e educação ambiental, para que haja diminuição das
queimadas na região e um maior o controle e prevenções dos incêndios florestais.
Palavras-chave: Queimadas; Impactos ambientais; Prática agrícola.
Palavras-chave: Queimadas; Impactos ambientais; Prática agrícola.
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MAPEAMENTO DE ÁREAS VULNERÁVEIS A MOVIMENTO DE MASSA E INUNDAÇÃO EM SÃO
JOÃO DEL-REI – MG.
Évelyn Márcia Pôssa
Graduanda – DEGEO-UFSJ
Silvia Elena Ventorini
Profa.- DEGEO-UFSJ
Os rios desde a antiguidade estruturam o processo de desenvolvimento espacial das cidades ao mesmo
tempo em que são alterados por elas. Contudo, a transformação da paisagem fluvial sem planejamento
adequado causa inúmeros problemas às populações urbanas, sobretudo a queda da qualidade
ambiental e aumento dos riscos socioambientais. O Brasil a partir da década de 1960 apresentou um
rápido processo de crescimento urbano, no qual muitas vertentes e canais fluviais foram modificados e
ocupados de modo desordenado. Intervenção antrópica sem devido planejamento em canais fluviais e
vertentes é o fator que mais gerou consequências negativas de ordem social e ambiental no Estado de
Minas Gerais no período de 1991 a 2010. Como exemplo dessa realidade cita-se o município de São
João del-Rei, situado no centro-sul do estado de Minas Gerais. De acordo com os dados da Defesa
Civil, no período de 2001 a 2012 o município registrou nove ocorrências de desastres naturais, sendo
seis por inundação e enxurradas, perfazendo um total de 7.484 pessoas afetadas. Nesse contexto, no
presente trabalho apresentam-se resultados do mapeamento digital para análise de áreas urbanas
vulneráveis a movimento de massa e inundações no município de São João del - Rei. Esse estudo teve
início no ano de 2012 e no período de abril/2013 a fevereiro/2014 encontra-se sob financiamento da
Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais. A pesquisa tem como área de estudo as
bacias do Ribeirão Água-Limpa e do Córrego do Julio. Adotou-se como fundamentação teórica a Teoria
Geral dos Sistemas Aplicada à Geografia. Os procedimentos metodológicos consistiram em: a)
levantamento bibliográfico e de material cartográfico; b) coleta de dados secundários junto à prefeitura e
aos órgãos municipais e coleta de dados em campo; c) elaboração de base de dados georreferenciados
e mapeamentos; d) análise de dados e resultados. A análise dos dados secundários e dos resultados
indica que o núcleo urbano do município teve início no fundo de vale e expande-se para áreas de
cobertura pedológica suscetíveis à processos erosivos, com ocupação de bordas de voçorocas. No
processo de ocupação houve devastação da mata ciliar, ocupação de margens de rios, de planícies de
inundação e impermeabilização desordenada de vertentes. Além disso, a cidade de São João del-Rei
possui precária infraestrutura de drenagem urbana. Esses fatos explicam os mais de 60% dos registros
de desastres naturais na cidade serem por inundação e enxurradas. Destaca-se a importância do
presente trabalho, com a elaboração de base de dados georreferenciados, que viabiliza a
espacialização e a análise integrada dos dados ambientais e permite a elaboração de diagnósticos. A
base de dados será disponibilizada na web em para que pesquisadores e gestores possam utilizá-la no
desenvolvimento de novas pesquisas e ações mitigadoras.
Palavras-chave: Mapeamento digital, área de risco, diagnóstico ambiental.
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ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DE QUEIMADAS NA AMÉRICA DO SUL PARA O
PERÍODO DE 2000 A 2012
Paula Resende Santos
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Gabriel Pereira
Prof. DEGEO-UFSJ [email protected]
Ana Cláudia de Mello Silvério
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Leonardo Cristian Rocha
Prof. DEGEO-UFSJ [email protected]
A queimada, uma técnica de manejo de pastagens antiga, ainda hoje, é uma prática agrícola usual.
Entretanto, essa prática, ao longo dos anos, provoca degradação do solo, riscos à biodiversidade e à
população residente próximo aos focos. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo principal
analisar a incidência e distribuição espacial dos focos de queimada detectados pelo sensor Moderate
Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) para o período compreendido entre 2000 e 2012 para a
América do Sul e sua relação com o total detectado para o Globo. Neste trabalho os focos de queimada
foram adquiridos a partir dos produtos MOD14 e MYD14, com resolução espacial de 1000 metros,
estimados pelo sensor MODIS a bordo dos satélites Terra e Aqua, respectivamente. Para determinar e
especializar os focos de queimadas, os dados, em formato Hierarchical Data Format (HDF), foram
transformados em American Standard Code for Information Interchange (ASCII) e contabilizados a partir
de um programa em Fortran. Ainda, utilizou-se a linguagem Interface Description Language (IDL) para
converter os dados para a projeção UTM/WGS84, que foram inseridos no aplicativo SPRING 5.2.
Devido à data de lançamento destes satélites, de 2000 a 2002 utilizaram-se apenas os dados do
Satélite Terra, a partir desta data, utilizou-se ambos os satélites, fornecendo maior detalhamento na
detecção de focos de queimada e anomalias termais. Durante o período estudado, a média mensal dos
focos de incêndio da América do Sul correspondem a aproximadamente 16% do total do mundo, porém,
no período seco neste continente, normalmente entre os meses de junho a outubro, ocorre à maior
parte dos registros de incêndios na região central, principalmente na Amazônia. No período estudado,
excedo nos anos de 2000 a 2002 com dados apenas do Satélite Terra, 2007 pode ser apontado como o
ano com o maior volume de incêndios na América do Sul, correspondendo, aproximadamente, 46% do
total do mundo, influenciados principalmente pela pluviosidade atípica da Amazônia para este ano, que
na época das chuvas, entre outubro e abril registrou uma média de aproximadamente 272mm e no
período seco 75 mm, sendo que para esta mesma época a média das normais climatológicas são,
respectivamente, 285 mm e 104 mm. Em geral, a análise preliminar dos dados aponta que o ciclo global
é influenciado significativamente pelo ciclo de queimadas da América do Sul. Entre os anos analisados,
principalmente em 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010, a América do Sul contribuiu com uma quantidade
significativa de registros de queimadas, ressaltando a sua importância no contexto global e na emissão
de gases traços e aerossóis.
Palavras-chave: Queimadas, Modis, América do Sul
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MAPEAMENTO E ANÁLISE DE ÁREAS QUEIMADAS NA SERRA DE SÃO JOSÉ E
PROXIMIDADES EM SÃO JOÃO DEL REI, MINAS GERAIS
Ana Cláudia de Mello Silvério
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Paula Resende Santos
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Gabriel Pereira
Prof. DEGEO-UFSJ [email protected]
Leonardo Cristian Rocha
Prof. DEGEO-UFSJ [email protected]
Estudos relacionados aos impactos ambientais, com o propósito de encontrar medidas atenuantes para
os efeitos desses sobre o meio, tem se tornado cada vez mais frequentes. As queimadas são
responsáveis pela redução de florestas e superfícies vegetadas de importantes biomas brasileiros como
a Amazônia e o Cerrado, neste processo, grande quantidade de gases traços e aerossóis são liberados
para a atmosfera, incluindo os gases do efeito estufa que auxiliam no aumento da temperatura da Terra.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho é identificar as áreas atingidas pelo fogo na Serra de São José
e seu entorno no ano de 2011 a partir da interpretação de imagens do sensor Thematic Mapper abordo
do satélite LANDSAT 5 (TM/L5) e da aplicação da técnica de processamento digital (PDI) denominada
de Modelo Linear de Mistura Espectral (MLME). Para a análise da distribuição espacial das áreas
queimadas na região de estudo foram eliminadas as distorções radiométricas e geométricas presentes
nas imagens orbitas referentes à órbita 218 e ponto 75 do World Reference System 2 (WRS-2) a partir
do georreferenciamento da mesma em relação à uma base ortorretificada disponibilizada pelo U.S.
Geological Survey (USGS). Após este procedimento, as imagens foram inseridas no aplicativo Spring
5.2 e segmentadas, adotando-se como critérios de similaridade e área mínima os valores de 8 e 12,
respectivamente. A partir das regiões originadas neste processamento, as imagens foram classificadas
com base na interpretação dos diversos comportamentos espectrais originados pela alteração das
propriedades físico-químicas e biológicas da áreas em processo de degradação ocasionadas pela
queimada, considerando uma imagem pré-queimada e outra pós-queimada. Assim como em outras
técnicas de mapeamento, os resultados aqui obtidos necessitaram de uma edição topológica manual
para corrigir erros eventuais introduzidos no processo de extração dos endmembers do MLME para as
componentes sombra, solo e vegetação. Ressalta-se que em áreas na qual o relevo é mais acidentado
há uma quantidade acentuada de sombras influenciando no mapeamento das áreas queimadas, estas
foram eliminadas no pós-processamento. Na área de estudo, que corresponde a 11.388 km² e abrange
os municípios de São João del-Rei, Barbacena, Tiradentes, Prados, Nazareno, Ibituruna, Lavras, Bom
Sucesso, Itutinga, aproximandamente 72 km² foram queimados. Inseridas principalmente na área de
proteção ambiental (APP) localizada na Serra de São José. Através desse mapeamento foi possível
perceber o tamanho das cicatrizes de queimadas deixadas na região. Essas alterações na superfície
podem servir para estudos mais aprofundados que contribuirão para se descobrir a intensidade da
degradação ambiental que ocorre na Serra de São José e proximidades.
Palavras-chave: queimadas, área de proteção ambiental
I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes II Encontro de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado
25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
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ANÁLISE DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS A PARTIR DE IMAGENS ORBITAIS PARA A SERRA DE
SÃO JOSÉ - MG
Patrícia Ladeira Pinheiro
Graduanda – DEGEO-UFSJ
Gabriel Pereira
Prof. DEGEO-UFSJ [email protected]
Os incêndios florestais são responsáveis pela grande destruição da fauna e flora. Além dos danos mais
conhecidos, como a destruição das florestas, existem outros tipos de danos como: a perda da
fertilização do solo, maior propensão de processos de erosão, alteração do equilíbrio natural da região,
riscos de destruição de bens, etc. A ocorrência de grandes incêndios florestais em Unidades de
Conservação no Brasil pode ser considerada uma grave ameaça para a conservação da biodiversidade
e manutenção de processos ecológicos. Existem duas Unidades de Conservação na Serra de São
José, a Área de Proteção Ambiental(APA) e Refúgio Estadual de Vidas Silvestres Libélulas da Serra de
São José(REVS), sendo que a APA se expande em aproximadamente 4.800 hectares e o REVS em
3.717 hectares. A maior incidência de incêndios florestais ocorridos na região da Serra de São José é
criminoso, colocado pelos próprios produtores ou funcionários, com o objetivo de melhorar o pasto para
as criações. Neste contexto, foram utilizadas imagens do sensor ThematicMapper(TM) do satélite
Landsat-5 dos anos de 2010 e 2012. Estas foram inseridas e georreferenciadas no aplicativo SPRING
5.1.8, na qual foram corrigidas geometricamente. Para a estimativa das áreas queimas utilizou-se o
processo de segmentação com similaridade 8 e área mínima 12 e posterior atribuição manual dos
polígonos identificados como queimadas. Ao analisar os resultados das áreas que sofreram queimadas,
observou-se que no ano de 2010 as áreas afetadas pelas queimadas foram de 296 ha. No ano de 2012
a área queimada estimada foi de 480 ha. A vegetação afetada em ambos os anos, foi a de Cerrado e
Campo Rupestre. Também foi observado que a época de maiores queimadas é nos períodos de seca,
onde a queimada se torna mais propícia. A APA e REVS da Serra de São José são uma área de total
importância pela sua biodiversidade. Sendo essa biodiversidade ameaçada todos os anos no período
da seca pelos incêndios florestais, que acontecem na sua maioria por processos criminosos. O grande
desafio é a conscientização da população e produtores rurais e monitoramento dessas áreas para que
haja a prevenção dos incêndios. E dar apoio a regeneração e preservação através de um plano de
manejo. A Serra de São José, é para todos nós, um marco em biodiversidade e belezas naturais. É
fundamental sua preservação, para que continue sendo foco de pesquisas, manejo sustentável e de
apreciação de todos nós.
Palavras-chave: Incêndios florestais, Serra de São José.
I Encontro de Riscos ambientais do Campo das Vertentes II Encontro de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado
25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
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VULNERABILIDADE E ÁREAS DE RISCO AMBIENTAL: DISCUSSÃO A PARTIR DE TRABALHOS
QUE CONSIDERAM A TEMÁTICA “RISCO” NO ÂMBITO ESCOLAR EM BELO HORIZONTE
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Profa. DEGEO-UFSJ [email protected]
A escola, tempo e espaço para educação básica de criança e jovem brasileiros, move-se em direção à
construção de sujeitos cidadãos. O movimento compreende ações diversas, entre elas ensino e
aprendizagem de conteúdos significativos organizados em disciplinas escolares. Conteúdos
significativos e contextualizados com a realidade dos estudantes são princípios fundamentais nas
discussões teórico e metodológicas sobre ensino e educação no Brasil, principalmente no campo da
geografia escolar. Atentos a esses princípios, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e propostas
didático-pedagógicas que considerem a temática “Áreas de risco socioambiental” têm sido
desenvolvidos no âmbito acadêmico, a partir de realidades locais e de escolas públicas de Belo
Horizonte. Este texto apresenta e discute o tipo de abordagem e os conteúdos referentes a riscos
presentes em três trabalhos de TCC. Neste trabalho consideraram-se como material para análise, três
trabalhos de conclusão de curso, cujas temáticas compreendem a questão ambiental, pela perspectiva
da interação dos elementos físicos e sociais em espaço geográfico pontual e específico, como o do
contexto de ambiente escolar - Escola Estadual Conceição Martins de Jesus e Escola Municipal
Secretário Humberto Almeida - e de moradia (Vila Bacuraus) na cidade de Belo Horizonte. A escolha
desses trabalhos se apoiou no fato da relevância da temática a ser discutida em TCC, no acesso fácil
ao material e no interesse da autora em retomar os referidos trabalhos, agora à luz da discussão do uso
das noções de vulnerabilidade e áreas de riscos ambientais presentes nos referidos trabalhos. Para a
análise conceitual dos três trabalhos, foram feitas várias leituras de cada um. A primeira buscou-se
inteirar do conteúdo geral dos trabalhos. Na segunda, ficou-se atento à presença ou não da discussão
dos termos risco, vulnerabilidade, assim como a concepção presente em cada um. Na terceira leitura,
atentou-se para o tipo de abordagem - se percepção, concepção e ou representação sobre o assunto,
pelos sujeitos - e os conteúdos referentes a riscos (conceitos e tipologia de risco) presentes nos três
trabalhos. Cada um dos trabalhos analisados contemplou a questão “Riscos” de maneira direta ou
indireta em pesquisas que consideraram abordagens do tema pelas perspectivas da percepção
ambiental, da concepção de riscos e dos saberes escolar. Nas áreas onde os três estudos foram
realizados existe o risco de inundação no entorno das escolas e na vila Bacuraus. Na discussão foram
valorizados a importância e o papel social da geografia escolar. A análise e discussão desses trabalhos
mostraram possibilidades didático-pedagógicas com assuntos que podem ser desdobrados do tema,
mas, também, a necessidade de mais leituras e fundamentação teórica sobre o tema risco.
Palavras-chave: Riscos, Escola e Geografia
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25 a 27 de novembro de 2013 – DEGEO / UFSJ – São João del-Rei – MG/Brasil
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ANÁLISE AMBIENTAL E MAPEAMENTO TEMÁTICO DA BACIA DO CÓRREGO DO TIJUCO
Lucas Fernando de Assis Graduando – DEGEO-UFSJ [email protected]
Vinicius Augusto Rodrigues Barbosa
Graduando – DEGEO-UFSJ [email protected]
Sílvia Elena Ventorini
Profa. DEGEO-UFSJ [email protected]
Apesar de a legislação brasileira legitimar a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão,
os agentes municipais enfrentam dificuldades para a adoção irrestrita desse princípio, pois não há
coincidência das divisas político-administrativas com os divisores de águas. Geralmente, nas áreas
abrangidas por algumas bacias há diversidades sociais e físicas que as tornam complexas para o
planejamento e execuções de ações integradas. Nesse contexto encontra-se a bacia do Córrego do
Tijuco que se localiza no município de Resende Costa-MG. Por isso, o objetivo deste trabalho é
apresentar os resultados parciais do projeto de pesquisa intitulado Mapeamento digital da bacia do
Córrego do Tijuco como apoio ao diagnóstico e a análise ambiental. Os procedimentos do trabalho
consistem: a) pesquisa e aquisição de material cartográfico em órgãos públicos como Prefeitura
Municipal, IBGE, IGAM etc., e no banco de dados do Departamento de Geociências da Universidade
Federal de São João-del Rei; b) elaboração de base de dados cartográficos em meio digital e c)
trabalho de campo.O material cartográfico base adquirido é composto por carta topográfica do IBGE,
escala 1:50.000, ano de 1976 e imagens de satélites Landsat 5 TM ,ano de 2011. O trabalho foi feito por
meio do software ArcGis® 10.0, primeiramente georreferenciou-se a carta topográfica e vetorizaram-se
as curvas de nível, os pontos cotados e a hidrografia. Depois, gerou-se o Modelo Numérico do Terreno
com base na altimetria vetorizada. O mapa de área de Preservação Permanente em tornos das
nascentes e dos rios foi gerado a partir de buffers com raio de 50 e 20 metros, respectivamente. O
perímetro urbano foi digitalizado a partir da imagem de satélite. Por meio de fotointerpretação buscou-se
localizar processos erosivos, tipo de uso da terra, construções urbanas próximas de voçorocas, áreas
de preservação permanente e desmatamento em áreas de nascentes e próximos dos rios. A qualidade
dos dados representados foi avaliada por meio de Trabalhos de Campos. Os resultados do mapa
hipsométrico indicam que a parte oeste da área urbana do município encontra-se numa região de
encostas. A sobreposição do mapa de preservação permanente sobre a imagem de satélite seguido de
fotointerpretação mostrou que a área não está preservada. Tanto em áreas de nascente, como entorno
dos rios há plantações de eucalipto e construções urbanas. Observações de campo comprovam o
lançamento de esgoto “in natura” em afluentes e lixo em áreas de nascentes. Por meio da
fotointerpretação da imagem de satélite constataram-se diversos processos erosivos na área. As
observações em campo comprovaram a existência de processos de voçorocamentos acelerados por
ações antrópicas como a construção de estradas, retirada da vegetação nativa, plantio de bananeiras e
eucaliptos, dentre outros.
Palavras-chave: bacia hidrográfica, degradação ambiental, Cartografia Digital.
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GEOPROCESSAMENTO E SENSORIAMENTO REMOTO COMO FERRAMENTAS DE ANÁLISE DE
ÁREA URBANA- O CRESCIMENTO DA GRANDE SÃO PAULO E SEUS IMPACTOS
Hugo Rodrigues Antero
Graduando – DEGEO-UFSJ
Malcon Tito
Graduando – DEGEO-UFSJ
A região metropolitana de São Paulo nas últimas décadas passou por um grande processo de
crescimento, que hoje faz a região figurar no cenário mundial, contudo, houve impactos ambientais
gerados com esse progresso, além da segregação do seu espaço. O projeto tem por objetivo analisar o
crescimento urbano da Grande São Paulo, e os impactos que esse crescimento ocasionou. Com o
auxilio do Landsat 5 foi possível adquirir as imagens da região considerando os anos:1986 e 2010,o que
permitiu um estudo com base nos dados obtidos. Constatação: a) Maior densidade, crescimento de
3,6% no período, espraiamento acentuado, descentralização, e um processo de conurbação com outras
localidades. Considerações de autores em relação aos impactos: a) Ao promoverem uma análise do
crescimento da mancha urbana a partir do sensoriamento remoto de imagens orbitais, entre o período
1980 a 1985, a mancha urbana cresceu 14,5%, o que equivale a 21 mil hectares. Até 1989, entre 1985
a 1989 o crescimento foi de 10,9%, o que equivale a 18,5 mil hectares, o que resultou num total de
187,9 mil hectares da região metropolitana.; b) A região começa a se desenvolver fora do eixo central a
partir de 1964, baixos salários e especulação imobiliária, contribuíram para a expansão do aglomerado
metropolitano; c) O dinamismo industrial se concentrou na Região Metropolitana a partir da década de
1950, porém, as áreas centrais, com melhores serviços a população, ficaram reservadas para as
camadas de alto e médio poder aquisitivo, segregando a classe trabalhadora na periferia distante da
metrópole, em particular nos entornos das principais vias rodoviárias e ferroviárias, provocando
aumento de 9 vezes da mancha urbana entre períodos de 1960 a 1990; d)
Com o intenso crescimento nas últimas décadas, e recorrente desmatamento de áreas verdes,
aumenta-se a temperatura, com o aquecimento o ar de São Paulo sobe, abrindo espaço para o ar
úmido que vem do litoral, o que favorece a formação de ilhas de calor, que intensificam os temporais
que castigam a região, com isso, alagamentos e enchentes acaba ocorrendo principalmente no verão
na região; e) Mais de Um milhão de pessoas residem em áreas de mananciais, o que prejudica os
recursos hídricos que já são cada vez mais escassos na região e f) A região necessita de mais áreas
verdes, e mobilizar a população para que promova atitudes sustentáveis, não jogando lixo nas ruas, em
bueiros, nos rios e represas, o que facilita o escoamento da água, o que minimiza os constantes
impactos das enchentes e erosões na área urbana.
Palavras-chave: Mancha Urbana; Crescimento; Impactos.
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ANÁLISE DE ESPAÇOS URBANIZADOS COM RISCOS A ENCHENTES NOS MUNÍCIPIOS DE SÃO
JOÃO DEL REI E SANTA CRUZ DE MINAS
Denise Flávia Ferreira Graduanda – DEGEO-UFSJ
Silvia Elena Ventorini
Profa. DEGEO-UFSJ [email protected]
O conhecimento físico-territorial do município é de suma importância para uma melhor prestação de
serviços de qualidade a população. Os planejadores, geralmente, tomam decisões com base em
informações incompletas ou desatualizadas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é mostrar
resultados da pesquisa de mapeamento e analises de espaços urbanizados nos municípios de São
João del Rei- MG e Santa Cruz de Minas – MG cujas áreas localizam-se próximas ou na várzea do Rio
das Mortes e por isso suscetíveis a enchentes. A área de estudo possui importante aspecto
hidrogeológico devido ao clima semi-úmido e características geomorfológicas. Neste trecho o Rio das
Mortes é abastecido por várias microbacias, onde suas nascentes afloram das duas “Serras”: Serra do
Lenheiro na margem esquerda e a Serra de São José na sua margem direita. O procedimento teórico-
metodológico deste estudo tem como base a Teoria Geral dos Sistemas Aplicada à Geografia. A base
de dados cartográficos em meio digital está sendo elaborada por meio do software o ArcGis 10.0.
Elaborou-se o mapa hipsométrico através da vetorização das curvas de nível da carta topográfica na
escala de 1:25.000. O mapa da hidrografia foi digitalizado com base na referida carta e na
fotointerpretação de uma Imagem de satélite Landsat 2 TM de 2010. Posteriormente, foram traçados
buffers nas áreas marginais dos Rios e Córregos conforme legislação ambiental vigente. Os dados
gerados foram cruzados e analisados. Os primeiros resultadoS do cruzamento do mapa urbano da área
de estudo com o mapa de hidrografia e o mapa de áreas de preservação permanente (buffers) mostram
que os rios foram canalizados e a mata ciliar retirada para a construção urbana. Além disso, mostra que
os processos de ocupação, tanto no município de Santa Cruz de Minas, como no Bairro Colônia em São
João del-Rei ocorreram em áreas de várzea. A retirada da mata ciliar importante para o equilíbrio
ecológico pode ter gerado assoreamentos de córregos, aumento da poluição das águas, diminuição da
biodiversidade da flora e fauna e aumentando o fluxo das águas. A sobreposição dos mapas dos
perímetros urbanos, da hidrografia e do Modelo Numérico do Terreno (TIN), indica que a áreas com
menor altitude e propícias a alagamentos foram extensamente ocupadas. Indica ainda, que o
crescimento urbano que ocorre para as áreas com maior altitude está impermeabilizando o solo e
acelerando o escoamento das águas. A ocupação sem o planejamento urbano tem gerado prejuízos
econômicos e risco de vida a população local, como mostra os registros do ano de 2012. No referido
ano, aproximadamente, 800 imóveis e 2.400 pessoas foram afetadas pelas enchentes.
Palavras-chave: enchentes; Cartografia Digital, planejamento urbano.
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A RELAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO PERÍODO DE 1999 A 2009 COM A
PROLIFERAÇÃO DOS FOCOS DE QUEIMADAS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DEL REI.
Bruno Henrique dos Santos Graduando – DEGEO-UFSJ
Pedro Henrique Rocha
Graduando – DEGEO-UFSJ
O presente trabalho consiste na analise das áreas de queimadas do município de São João Del Rei
durante o período de 1999 a 2009, tomando por base o segundo ano mais chuvoso e o segundo ano
mais seco desse período, e qual a sua relação na incidência da proliferação dos focos de queimadas no
município. Nesse contexto procuraremos identificar as áreas de queimadas no município de São João
Del Rei, que ocorre principalmente devido as varias práticas de manejo e uso da terra para fins
agropastoril, sendo assim atribuídas as causas as práticas antrópicas, como o manejo do pasto para
criação de bovinos, controle de pastagens e de praga. Como metodologia delimitamos a área de
estudos, em seguida consultamos os bancos de dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) e do Sistema de Informações Hidrológicas (Hidroweb) da Agência Nacional das Águas
(ANA), por fim realizamos um levantamento do indicie de precipitações pluviométricas, no período de
1999 a 2009, do município com o objetivo de relacionar os resultados de precipitação com os focos
ativos de queimada durante o período de 1999 a 2009. Os primeiros resultados durante o período
estudado mostraram que as áreas de queimadas são caracterizadas em pequenas áreas ou em
pequenas proporções semelhantes nos dois períodos, que consequentemente se apresentam
fragmentadas na paisagem em acordo com o grau de uso e ocupação do solo para atividades
agropastoril, assim as queimadas concentraram – se nas áreas agrícolas do município. Sendo assim as
queimadas são utilizadas como forma de manejo para atividade agropastoril sendo causada,
principalmente, pela ação antrópica, que por sua vez, paulatinamente vêm causando modificação na
paisagem e no meio – ambiente da região e que as chuvas pouco influenciam na proliferação e na
prevenção das mesmas.
Palavras-chave: Queimadas, precipitação pluviométrica, atividades agrícolas.
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A EXPANSÃO URBANA EM DIREÇÃO A SERRA DE SÃO JOSÉ/MG
Kamilla Carvalho Dotta Siqueira
Graduanda – DEGEO-IFSJ
Este trabalho foi desenvolvido a fim de apresentar uma contribuição para o planejamento urbano dos
municípios de Prados, Tiradentes e São João del-Rei, ao qual está localizada a serra de São José na
microrregião de São João del-Rei, uma região que teve um grande crescimento econômico nos anos 70
e 80, devido a sua localização, próxima a Belo Horizonte e a industrialização da Zona da Mata.
Analisou-se a dinâmica da expansão nesses municípios que, através da invasão da mancha urbana,
causam impactos ambientais em áreas de preservação próximas as margens dos cursos d’água.
Há um novo paradigma, Rodrigues (pág. 210, 2012) diz que o “meio ambiente” passou a ser visto como
“bem comum” e deve ser preservado para as gerações futuras. Então, como se pode dizer que são
consideras as riquezas naturais um “bem comum”, se predominam a propriedade privada da terra, a
concentração de riquezas e a exploração do homem? O modo de vida da população, seus processos
sociais e suas produções, são aspectos indicativos do modo de como o meio ambiente está sendo
utilizado, que conduz à noção da necessidade de uma nova organização espacial. Para Milton Santos o
“espaço” é formado por grupos humanos que modificam a paisagem, onde se apresenta constituído por
uma expansão espacializada, uma variável circunstancial “produto de uma mudança estrutural ou
funcional”. É possível perceber que a utilização e a transformação do meio ambiente leva a atividades
prejudiciais, o que se reflete em uma deterioração da qualidade ambiental. Uma análise sistemática do
espaço possibilitaria entender que a crise ambiental decorre do sucesso do sistema capitalista
atualmente instalado que provoca, contraditoriamente, problemas sociais e ambientais. É necessário
compreender o processo de produção do capital e desvendar causas e agentes da poluição do ar, do
solo, das águas, bem como os desmatamentos. A metodologia para realizar essa pesquisa consistiu na
busca de dados da microrregião a partir de artigos acadêmicos, livros, anuários estatísticos, órgãos
públicos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram utilizadas imagens do
satélite LANDSAT TM5 referente aos anos 1993 e 2006 para a construção do banco de dados que
facilitou a análise da ocupação do solo e a discussão dos conflitos sobre a desigualdade local e os de
justiça ambiental. Este pretende contribuir com tentativas ambiciosas de reeducar a sociedade na
perspectiva da temática educação ambiental. O principal fator de análise da falta de conscientização é o
crescimento urbano populacional desordenado dos municípios, que atua de forma desenfreada sem
políticas públicas de conservação e preservação do meio ambiente.
Palavras-chave: Expansão urbana; impactos ambientais; áreas de preservação.
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ANÁLISE DAS QUEIMADAS NO PARQUE NACIONAL SERRA DA CANASTRA – MG.
Tereza Beatriz Oliveira Soares Graduanda – DEGEO-UFSJ
Fernanda Cristina Resende
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Gabriel Pereira
Prof. DEGEO-UFSJ [email protected]
As queimadas se constituem como um grande problema ambiental da atualidade, o impacto gerado por
essa prática é preocupante, visto que envolvem várias consequências, como a perda de fertilidade dos
solos, má qualidade do ar, o comprometimento da biodiversidade e a emissão de gases traços e
aerossóis para a atmosfera. Tais características tornam os ecossistemas mais frágeis, podendo até
mesmo extinguir algumas espécies nativas de fauna e flora. Neste trabalho foram analisadas as áreas
queimadas dentro e nas áreas adjacentes do Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC), com o
intuito de verificar se essas queimadas são de origem natural ou antrópica, visto que há evidências as
quais demonstram que algumas se iniciam fora dos limites do parque, pois este é circundado por áreas
agrícolas. Essa área foi escolhida principalmente porque o PNSC é de grande relevância ecológica,
compreendendo uma extensão de aproximadamente 2.000 km². O PNSC foi criado em 3 de abril de
1972 pois naquela época já se destacava como um dos redutos de grande preservação da
biodiversidade brasileira, tanto no que se refere à fauna como a flora, sendo um dos parques de maior
importância no contexto do Estado de Minas Gerais. Assim sendo, foram analisadas queimadas
ocorridas no PNSC, entre os meses de junho a novembro, do ano de 2010, devido à ocorrência de um
grande incêndio nesse período. Para essa análise utilizou-se imagens captadas pelo sensor Thematic
Mapper (TM) do satélite Landsat-5, nos meses de junho, agosto, setembro e novembro. Esses meses
foram selecionados pois objetivava-se analisar as características da área de estudo pré e pós-
queimadas, sucessivamente. A partir disso, duas técnicas foram empregadas para facilitar a
interpretação da imagem e a detecção de focos de queimadas. Primeiramente foram geradas imagens a
partir do Modelo Linear de Mistura Espectral (MLME), no qual o espectro de um pixel misturado pode
ser desagrupado nas componentes: vegetação, solo e sombra. Esta técnica de processamento digital
de imagens (PDI) torna-se importante para conhecer a resposta de cada um dos componentes puros
que o compõe. A partir da fração sombra e da imagem diferença (obtida a partir de duas datas distintas,
pré e pós-queimada) foi realizada uma Classificação Não-Supervisionada denominada ISOSEG, obtida
a partir da segmentação das imagens com parâmetros de similaridade e área igual a 8 e 12,
respectivamente. O resultado preliminar indica que a área de estudo, no ano de 2010, foi detectado 427
km² de áreas queimadas, que correspondem a aproximadamente 21% da área total do PNSC.
Palavras-chave: Queimadas; Parque Nacional Serra da Canastra.
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A AÇÃO ANTRÓPICA NO RIO PARAIBUNA: A ALTERAÇÃO DA VAZÃO NOS ÚLTIMOS TRINTA E
OITO ANOS
José Oliveira de Almeida Neto
Universidade Federal de Juiz de Fora
Isabela Belmira Santos Giarola
Universidade Federal de Juiz de Fora
Thais Mendes de Almeida Melo
Universidade Federal de Juiz de Fora
Este trabalho tem por objetivo constatar eventuais mudanças na vazão do Rio Paraibuna, na cidade de
Juíz de Fora MG, devido à ação antrópica ao longo dos últimos trinta e oito anos. Por vazão entende-se
o volume de água que passa numa determinada seção do rio por unidade de tempo, a qual é
determinada pelas variáveis de profundidade, largura e velocidade do fluxo, e é expressa comumente
no sistema internacional (SI) de medidas em m³/s. A descarga (vazão) aumenta da montante (região
mais alta do rio) para a jusante (áreas rio abaixo) até sua foz. O rio Paraibuna, que nasce na serra da
Mantiqueira a 1.200 m de altitude e, depois de percorrer 166 km, lança-se à margem esquerda do rio
Paraíba do Sul a 250 m de altitude, percorrendo assim, nove cidades: Antônio Carlos, Santos Dumont,
Ewbanck da Câmara, Matias Barbosa, Simão Pereira, Belmiro Braga, Santana do Deserto e, Juiz de
Fora, com 70% do seu curso. Neste estudo, foram utilizadas médias mensais (máximas e mínimas) de
vazão do banco de dados do site do HidroWeb, com o registro no período de 1975-2013. Após a coleta
dos dados, montou-se o gráfico de dispersão. Após a análise dos dados e da história da cidade de Juíz
de Fora, chegamos aos resultados preliminares de que quando foram construídas barragens, usina
hidrelétrica, implantamento de novas áreas de plantio, ocupação residencial da margem do rio, a vazão
do rio diminuiu, pois a necessidade do uso da água foi de grande tamanho, além do aumento da
população da cidade nos últimos anos. Porém, em alguns períodos, o índice pluviométrico no verão foi
alto, fazendo com que a vazão aumentasse significamente durante esses meses.
Palavras-chave: Vazão, ação antrópica e rio.
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EVOLUÇÃO DE UM VOÇOROCAMENTO EM ÁREA URBANA NO MUNÍCIPIO DE CRUZILIA, MG.
André Barbosa Ribeiro Ferreira Graduando – DEGEO-UFSJ [email protected]
Laura Malaguth Oliveira Mendonça
Graduanda – DEGEO-UFSJ [email protected]
Rafael Begname Andrade Graduando – DEGEO-UFSJ
André Batista Negreiros Professor – DEGEO - UFSJ [email protected]
O crescimento rápido e desordenado de algumas cidades é o grande responsável por diversos impactos
ambientais que comprometem o uso e a ocupação do solo urbano. A erosão de solos, por exemplo,
tornou-se um problema ambiental e social, inúmeras cidades vivenciam as consequências causadas
pelas voçorocas localizadas nas áreas de baixas vertentes e fundos de vale, e os custos ao poder
público para a recuperação destas áreas degradadas é significativo. Diante deste cenário preocupante,
visa-se apresentar, com este trabalho, a dinâmica de um processo de voçorocamento na área urbana
município de Cruzília, Minas Gerais, e a evolução da mesma durante vinte e nove anos. O relevo local é
distribuído da seguinte forma: 15.0% plano, 50% ondulado e 35% montanhoso, o ponto mais alto é
localizado na Serra da Traituba, a 1.475 metros. Na região há predominância do Latossolo Vermelho-
Amarelo, altamente intemperizados e lixiviados, pobres e fracos, resultado da fraca resistência litológica
conferidas pelos solos formados por quartzito, gnaisse e biotita. Verifica-se a tendência de formação de
anfiteatros, onde se alojam canais efêmeros, registrando a propensão do terreno a formação de
voçorocas e estas evoluem a partir da erosão em tais anfiteatros, desprovidos da umidade propiciada
pela vegetação e drenagem perene. Dentre os processos erosivos existentes no município, destaca-se
uma grande voçoroca, localizada a oeste da área urbana, esta possui mais de 80 anos, tendo se
iniciado, segundo alguns moradores, a partir da abertura de valas para delimitação de terras e pisoteio
de gado. Através de imagens do Satélite Americano Landsat 5-TM, Sensoriamento Remoto, consultas
ao acervo municipal e materiais científicos observou-se um aumento um aumento de 65,80 m² entre
1984 e 2012. Recuperar uma voçoroca não é tarefa fácil, todavia não é impossível, o primeiro passo
para a recuperação de voçorocas é analisar todo o entorno e identificar os fatores que geram e mantém
o processo. Em seguida, faz-se necessário o desvio de cursos d’água e o plantio de árvores
leguminosas, de rápido crescimento, visando aumentar a infiltração de água no solo, assim como
construção de paliçadas no seu interior e a cobertura das paredes laterais com mantas de controle e
também semeaduras a lanço e manual. Para que esse trabalho seja efetuado, é necessário
colaboração da população local e também interesse da administração pública em procurar recursos e
financiamentos para que seja efetuado controle e recuperação do local, que no ano de 2006 estava
orçado no valor de duzentos mil reais.
Palavras-chave: solo, voçorocas, recuperação de áreas degradadas.
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LISTA DE AUTORES
Ana Cláudia de Mello Silvério
André Barbosa Ribeiro Ferreira
Bruno Henrique dos Santos
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Denise Flávia Ferreira
Évelyn Márcia Pôssa
Fernanda Cristina Resende
Fernanda Silva Clemente
Filipe César Pereira
Gabriel de Souza Rodrigues
Gabriel Max de Oliveira Dias
Gabriel Pereira
Gustavo Pyra Almeida
Hugo Rodrigues Antero
Isabela Belmira Santos Giarola
Ítalo de Souza Sena
Jaime Johny Maus
José Oliveira de Almeida Neto
Joyce Jennifer de Andrade
Kamilla Carvalho Dotta Siqueira
Laura Malaguth Oliveira Mendonça
Leonardo Cristian Rocha
Lucas Fernando de Assis
Malcon Tito
Milla Barbosa Pereira
Patrícia Ladeira Pinheiro
Paula Resende Santos
Pedro Henrique Rocha
Rafael Begname Andrade
Raquel de Cássia Ramos
Silvia Elena Ventorini
Tereza Beatriz Oliveira Soares
Thais Ferreira Resende
Thais Mendes de Almeida Melo
Veridiane Meire Silva
Vinicius Augusto Rodrigues Barbosa
PALESTRANTES
André Lima
Carla Juscélia de Oliveira Souza
Janete Regina de Oliveira
Maria Carmem Abdalla
Maurílio Ângelo Andrade
Maximiliano Vale de Resende Lara
Míriam Resende Bueno
Paulo Jorge Vaitsman Leal
Rosalina Batista Braga
AGRADECIMENTOS
A todos os professores do Curso de Geografia,
ao secretário do Degeo, à secretária do Cogeo,
aos graduandos da equipe de apoio, aos
funcionários da UFSJ - setor de transporte,
infraestrutura, limpeza e gráfica - e,
principalmente, a todos os participantes que
prestigiaram o evento.