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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8 a série/9 o ano – Volume 1 1 Página 3 O texto permite uma reflexão sobre o significado das relações que se desenvolvem em escala mundial. Refere-se a uma longa história de trocas culturais entre diversos grupos sociais e nações. Considerando que as trocas atuais são muito mais volumosas e aceleradas, até onde terão chegado as influências entre os povos? Isso não dará condições para perceber que, na atualidade, a escala mundial está bem mais plena de relações? Será que estamos nos transformando em “cidadãos do mundo”, bem mais do que apenas cidadãos nacionais? Nesse sentido, sugerimos que você repasse com os alunos o significado dos seguintes termos presentes no texto. Oriente Próximo: refere-se à região do Oriente Médio. O termo Oriente Próximo é utilizado quando se tem como referência a Europa. Europa setentrional: o mesmo que norte da Europa. Fiados: qualquer filamento ou fibra têxtil que se reduziu a fio. Mocassins: tipo de calçado criado pelos indígenas norte-americanos, feito de couro cru, que envolvia o pé, sem sola dura nem salto. Na atualidade, corresponde ao tipo de sapato de couro, baixo e confortável. Gauleses: povo celta conquistado pelos romanos e que habitava a Gália, antiga região que correspondente hoje ao território da França. Masoquista: diz-se de pessoa que busca o sofrimento. No texto, o autor emprega ironicamente o termo referindo-se ao sofrimento resultante do ato de se barbear. Sumerianos: povo originário da Suméria, uma das mais antigas civilizações da Mesopotâmia (Ásia). Semitas: grupo étnico e linguístico que compreende os hebreus, os assírios, os aramaicos, os fenícios e os árabes. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

1

Página 3

O texto permite uma reflexão sobre o significado das relações que se desenvolvem

em escala mundial. Refere-se a uma longa história de trocas culturais entre diversos

grupos sociais e nações. Considerando que as trocas atuais são muito mais volumosas e

aceleradas, até onde terão chegado as influências entre os povos? Isso não dará

condições para perceber que, na atualidade, a escala mundial está bem mais plena de

relações? Será que estamos nos transformando em “cidadãos do mundo”, bem mais do

que apenas cidadãos nacionais?

Nesse sentido, sugerimos que você repasse com os alunos o significado dos seguintes

termos presentes no texto.

• Oriente Próximo: refere-se à região do Oriente Médio. O termo Oriente Próximo

é utilizado quando se tem como referência a Europa.

• Europa setentrional: o mesmo que norte da Europa.

• Fiados: qualquer filamento ou fibra têxtil que se reduziu a fio.

• Mocassins: tipo de calçado criado pelos indígenas norte-americanos, feito de

couro cru, que envolvia o pé, sem sola dura nem salto. Na atualidade,

corresponde ao tipo de sapato de couro, baixo e confortável.

• Gauleses: povo celta conquistado pelos romanos e que habitava a Gália, antiga

região que correspondente hoje ao território da França.

• Masoquista: diz-se de pessoa que busca o sofrimento. No texto, o autor emprega

ironicamente o termo referindo-se ao sofrimento resultante do ato de se barbear.

• Sumerianos: povo originário da Suméria, uma das mais antigas civilizações da

Mesopotâmia (Ásia).

• Semitas: grupo étnico e linguístico que compreende os hebreus, os assírios, os

aramaicos, os fenícios e os árabes.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

2

• Narrativas: no texto corresponde à exposição de um acontecimento ou de uma

série de acontecimentos mais ou menos encadeada, reais ou imaginários, por

meio de palavras ou de imagens.

• Divindade hebraica: deus hebreu.

• Indo-europeia: ramo linguístico correspondente à maioria das línguas ocidentais.

Página 4

Considerando os diferentes ramos de atividades econômicas, espera-se que os alunos

coletem materiais representativos de empresas transnacionais, ou mesmo consigam

perceber o aumento da participação de produtos importados no cotidiano das famílias

brasileiras. Tais alterações são representativas das mudanças ocorridas na economia

brasileira após a abertura econômica ocorrida em meados de 1990, durante o governo

Collor. Antes desse período, a industrialização brasileira fundamentava-se no modelo de

substituição de importações. A redução das alíquotas de importação ocorrida com a

abertura econômica imprimiu profundas alterações no modelo industrial brasileiro,

responsável por consolidar a presença de capitais transnacionais em setores

anteriormente protegidos.

Em geral, os bens não duráveis (como os ramos alimentício, de higiene e limpeza,

têxtil e calçadista) eram representativos do capital industrial de base nacional.

Atualmente, esses setores passaram a pertencer a conglomerados transnacionais que

adquiriram o controle de inúmeras marcas nacionais, consolidando sua presença na

economia brasileira do século XXI. Evidentemente ainda perduram alguns grupos

nacionais; porém, cada vez mais, imprimem menor peso no mercado nacional.

Quanto às empresas produtoras de bens duráveis, estas historicamente pertencem a

grupos transnacionais, em função dos altos investimentos para a sua instalação e

produção, como ocorre nos setores de eletrodomésticos e automóveis.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Páginas 5-6

A elaboração do mapa terá como base a síntese dos dados coletados pelos alunos. Em

sua elaboração, sugerimos que você ressalte aos alunos a importância da construção da

legenda, assim como os acompanhe na definição da largura das setas, pois a densidade

delas representará a diferença de fluxos de uma região para outra do mundo.

Páginas 7-9

1. A figura representa o “encolhimento” do mapa do mundo em virtude do avanço nas

tecnologias de transporte, o que permite percorrer a mesma distância em muito

menos tempo. Desde 1500, com os barcos a vela, até 1960, com os jatos de

passageiros. Por meio da metáfora do “encolhimento”, pode-se compreender a

relativização das distâncias, que não são impedimentos para os contatos, desde que

se tenham os meios técnicos para isso.

a) Espera-se que os alunos identifiquem que o formato em funil representa o

encurtamento das distâncias em função das sucessivas alterações nos meios de

transporte ocorridas no decorrer da história.

b) Espera-se que os alunos extraiam da figura os dados correspondentes ao encurtamento

das distâncias derivadas das alterações ocorridas no sistema de transportes ao longo da

história humana. Como demonstra a figura, entre os séculos XVI e XIX, as carruagens e as

embarcações a vela deslocavam-se a 16 km/h. Já com as locomotivas e as embarcações a

vapor, transportes popularizados nos séculos XIX e XX, o deslocamento passou a ser bem

maior chegando, respectivamente, a 100 km/h e 57 km/h. Com a introdução dos aviões a

propulsão e dos aviões a jato, popularizados na segunda metade do século XX, as

velocidades tornaram-se muito acentuadas (480 a 640 km/h e 800 a 1 100 km/h,

respectivamente), diminuindo o tempo de deslocamento de um lugar a outro do planeta.

c) Espera-se que os alunos identifiquem que, com a inserção de novos meios de

transporte, houve encurtamento do tempo. Nesse sentido, o espaço ganha novas

dimensões, pois pessoas e mercadorias chegam em menor tempo aos seus destinos,

modificando as relações sociais e econômicas entre os povos. Espera-se também que

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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eles identifiquem novas formas de encurtamento das distâncias, tais como a

popularização da aviação comercial e o surgimento do trem-bala, podendo até

mesmo destacar a velocidade da transmissão de informações por meio de cabos de

fibra óptica, TV a cabo e internet.

d) Espera-se que os alunos destaquem a evolução do sistema de transportes,

responsável pelo encurtamento das distâncias e pela aproximação dos mercados.

2.

a) Espera-se que os alunos extraiam do mapa os seguintes dados: o maior número de

comunidades quilombolas concentra-se nos Estados do Rio de Janeiro, de Minas

Gerais, da Bahia, do Maranhão e do Pará.

b) Como grande parte dessas comunidades encontra-se isolada, pois resultam das

antigas áreas de abrigo de escravos, espera-se que os alunos identifiquem

dificuldades relativas à circulação de produtos e serviços característicos de áreas

mais urbanizadas e, portanto, disponibilizados pelas redes globalizadas. Podemos

também enfatizar o fato de que a internet se tornou um meio adequado para a difusão

dos direitos dessas comunidades, principalmente no que concerne ao direito à terra e

ao reconhecimento da identidade particular desses grupos. Há inúmeros sites de

divulgação, como o da Comunidade Pró-Índio de São Paulo.

Página 10

A tabela demonstra a desigualdade entre os continentes em relação à difusão da

internet, demonstrada pelo número de internautas no mundo. A disparidade entre os

países e regiões representativas do mundo desenvolvido (Europa, Canadá e EUA e

Ásia/Pacífico) e o restante do mundo (países emergentes e subdesenvolvidos) é muito

grande, notadamente na África e no Oriente Médio. Portanto, a frase afirma apenas a

existência de uma possibilidade tecnológica, sem considerar que o acesso aos sistemas

técnicos é desigual, não atingindo a todos igualmente. A tabela, portanto, evidencia que,

de fato, a globalização é seletiva.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Páginas 12-15

1. O texto conduz o leitor a uma análise geral dos efeitos da globalização em diferentes

níveis e setores da vida em sociedade. Sugere-se, portanto, que os alunos considerem

desde situações locais, como a questão das demissões em alguma empresa

importante na cidade ou na região; um setor produtivo que empregue muitas pessoas

e dependa das exportações para garantir empregos e salários, mas também situações

que estejam na mídia e que podem ser utilizadas como contexto para exemplificar os

efeitos da globalização em diferentes escalas. Além disso, é importante que você

pondere com os alunos, na discussão desse texto, que a formação dos blocos

econômicos supranacionais (União Europeia, por exemplo) obedece à lógica do

capitalismo, baseado no princípio neoliberal de redução de custos, aumento da

produtividade e maximização dos lucros. Portanto, a globalização da economia,

apoiada na eficiência cada vez maior dos sistemas produtivos e dos meios de

transporte e de comunicação, contribui para a ampliação dos mercados e o

encurtamento das distâncias, tornando esse processo uma tendência inevitável em

escala planetária.

a) A globalização, ao facilitar a expansão das empresas transnacionais e ampliar o

comércio mundial, auxilia no aumento do poder dessas empresas sobre as ofertas de

emprego e a fixação dos salários, por exemplo.

b) Espera-se que os alunos, a partir da leitura e da análise do texto, façam uma

reflexão sobre as consequências da globalização na dinâmica econômica e,

especificamente, no mercado de trabalho. A tendência é que os alunos concordem

com a afirmação do autor, mas podem surgir opiniões diferentes. O importante é que

você estimule a argumentação dos alunos para justificarem suas posições.

2. O texto apresenta um tema já estudado pelos alunos na 6a série/7o ano: a

regionalização brasileira. Portanto, os alunos já deverão estar familiarizados com os

termos regionalização, região e problemática regional. Agora, na 8a série/9o ano,

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

DIFERENÇAS REGIONAIS NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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busca-se aprofundar o tema estabelecendo relações entre as diferentes escalas do

espaço mundial. Na discussão, pode-se ressaltar a importância do meio na formação

do espaço, assim como a influência exercida pelos sistemas técnicos na divisão

territorial do trabalho. Alguns exemplos: a cultura do habitante da Amazônia é muito

influenciada pelas águas e pela floresta; os sistemas coloniais influenciam na divisão

do trabalho entre metrópoles e colônias.

Páginas 15-16

1. Espera-se que os alunos indiquem formas de acesso a notícias e aos fatos facilitadas

pela diversidade dos meios de comunicação e informação, como o uso da internet, o

acesso à TV a cabo, o uso de caixas eletrônicos, a rapidez na emissão de documentos

(Poupatempo) etc. Além disso, é possível constatar a grande expansão do comércio de

bens duráveis e não duráveis vendidos em lojas popularizadas como “lojas de 1,99”.

2.

a) Espera-se que os alunos identifiquem um exemplo contundente da globalização

dos mercados no trecho em que o autor descreve em que condições as hortaliças

africanas podem ser adquiridas, transportadas e vendidas no dia seguinte no mercado

londrino.

b) O autor destaca que as encomendas realizadas pelos europeus só são possíveis

pela facilidade de bons acessos telefônicos.

c) Espera-se que os alunos percebam que a realidade brasileira é diferente da

observada no continente africano. Apesar de o Brasil apresentar níveis diferenciados

de desenvolvimento regional, o setor de telecomunicações estende-se por quase todo

o território nacional. Portanto, no caso brasileiro, o acesso a esses benefícios torna-se

irregular em função da distribuição irregular da renda, e não em decorrência de

investimentos na infraestrutura das telecomunicações brasileiras. Isso posto, vale

discutir com os alunos que a situação africana abarca as duas vertentes desse

problema, pois o continente apresenta baixos investimentos em infraestrutura de

comunicações, assim como apresenta os piores índices de renda na escala mundial.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Página 17

O objetivo é que os alunos desenvolvam e justifiquem as seguintes ideias:

dependência tecnológica, financeira, política, cultural etc. e suas consequências, como o

aumento das disparidades, fosso quase intransponível sem investimento nem

desenvolvimento de tecnologias próprias.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Páginas 18-19

1.

a) Esse mapa-múndi já contém uma primeira regionalização natural do mundo: a

divisão por continentes (Américas, Europa, Ásia, África e Oceania), baseada em

fatores naturais, pois apresenta a divisão entre terras emersas (continentais e ilhas) e

os oceanos e mares.

b) A resposta dependerá dos produtos encontrados pelos alunos, mas o sentido dos

fluxos deve auxiliar a identificação de uma forma de regionalização que considere

países e regiões de economia mais dinâmica em relação ao mercado brasileiro. Dessa

forma, espera-se que a maioria dos produtos seja de empresas transnacionais, tendo

suas sedes em países ricos. Provavelmente, serão lembrados os Estados Unidos, o

Canadá, o Japão e a Europa em geral, ou mais particularmente os países da Europa

Ocidental.

2. Você poderá conversar com os alunos sobre a importância dos países que formam os

blocos econômicos apresentados no mapa e que possuem comércio com o Brasil. No

caso do Mercosul, em virtude do provável mas ainda indefinido ingresso da

Venezuela no bloco sul-americano, sugerimos que seja realizada uma pesquisa

quando do momento de sua aula. Para que o país seja aceito como membro

permanente do Mercosul, seu nome deverá ser ratificado por todos os países-

membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Já houve aprovação dos

congressos uruguaio e argentino, estando em processo de votação no Brasil e no

Paraguai. Em outubro de 2009, o senado brasileiro aprovou o ingresso do país, o que

precisará ainda ser ratificado pela Câmara para posterior aprovação do presidente da

República. O Paraguai aguarda a posição brasileira para se definir.

a) Espera-se que os alunos identifiquem e discutam as semelhanças entre os

agrupamentos, já que o mundo contemporâneo é muito influenciado por

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

AS POSSIBILIDADES DE REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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países/regiões/blocos com economia mais dinâmica, como os da União Europeia e os

do Nafta, representados no mapa.

b) O bloco americano, tendo o dólar como referência monetária, está sob a liderança

dos Estados Unidos. É fundamental ressaltar que esse país exerce incontestável

influência regional, mas, acima de tudo, sua influência se dá na escala global. O

segundo bloco é o europeu, cuja referência monetária é o euro, sob comando dos

países que compõem a União Europeia e com significativa influência no norte da

África e parte do Oriente Médio. Esse bloco também exerce poderosa influência na

escala global e tem sido citado como o responsável pelo abalo da posição do dólar

como moeda hegemônica global. Finalmente, temos o bloco da Ásia ou do Pacífico.

A referência monetária ainda é o iene (japonês) e a área de projeção econômica

compreende o chamado Cinturão do Pacífico, a China, a Austrália e a Nova

Zelândia. Sem esquecer que, nesse bloco, a influência dos Estados Unidos é,

também, muito significativa.

c) A China, com seu dinamismo econômico, destaca-se no bloco do Pacífico,

colocando em xeque a liderança do Japão na região. Mas não somente entre os

blocos o poder das influências se altera. Entre blocos ou entre regiões, novos laços se

estabelecem. O Brasil, por exemplo, tem procurado, estrategicamente, incrementar o

intercâmbio comercial com a China, fazendo acordos comerciais, para assim,

diminuir sua dependência (e a do restante da América do Sul) dos EUA. O Brasil já é

o principal parceiro comercial da China na América Latina. Empresas brasileiras têm

ampliado seus negócios naquele país, exportando, por exemplo, as turbinas geradoras

para a hidrelétrica de Três Gargantas. A cooperação estende-se para o setor

aeroespacial, com o desenvolvimento conjunto de satélites para meteorologia e

telecomunicações. Pode-se destacar o papel de alguns países no âmbito das

influências econômicas globais, principalmente após o período de crise econômica

verificado no mundo em 2009. Nesse sentido, ressalta-se a influência de um grupo de

países conhecidos por BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), formado por economias

emergentes e que tem se destacado no cenário econômico mundial.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Páginas 20-22

1.

SSiisstteemmaa BBiippoollaarr

PPaaíísseess llííddeerreess

Estados Unidos União das Repúblicas Socialistas

Soviéticas

PPaaíísseess aalliiaaddooss

Países capitalistas como Reino

Unido, França, Alemanha Ocidental

ou República Federativa da

Alemanha (RFA), Canadá, Austrália

e outros ligados aos EUA por

acordos como a Otan.

Países socialistas localizados no Leste

Europeu: Tchecoslováquia, Hungria,

Romênia, Bulgária, Polônia, Alemanha

Oriental ou República Democrática da

Alemanha (RDA) e outros ligados à

URSS por acordo militar como o Pacto

de Varsóvia.

2.

MMaaiioorreess ppoollooss ddee ccoomméérrcciioo mmuunnddiiaall

A União Europeia, o bloco dos países asiáticos e da

Oceania, os países que compõem a América do Norte.

ÁÁrreeaass ddee mmaaiioorr ffrraaggiilliiddaaddee nnaass ttrrooccaass mmuunnddiiaaiiss

A África, o Oriente Médio, a CEI e a América Latina.

3. O primeiro mapa representa a divisão bipolar do mundo entre capitalismo, sob a

hegemonia dos Estados Unidos, e socialismo, sob a liderança da extinta URSS, além

das regiões periféricas dominadas por esses países polarizadores. Essa divisão, típica

do período da Guerra Fria, foi superada com o fim da URSS e pelo domínio do

capitalismo, ainda sob a forte liderança dos EUA. Nessa nova configuração, surgem

novos centros econômicos no mundo que polarizam suas regiões, ampliando as

relações de influência regional e global, como mostra o segundo mapa.

4. Alternativa b. A organização dos países em blocos econômicos regionais não

corresponde a todas as dinâmicas importantes que ocorrem na ordem mundial

contemporânea que se organiza de modo multipolar. Um país como a China, com

imensa população e produção e enorme potencial de crescimento, conta sozinho

como uma força importante nessa nova ordem mundial.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Páginas 22-23

No texto dos alunos, espera-se que sejam contemplados os seguintes aspectos:

• A indicação de que os EUA, o Canadá, os países da Europa Ocidental, o Japão e a

Austrália são representativos dos países centrais, enquanto os países africanos, parte

dos asiáticos e dos latino-americanos representam os países periféricos.

• A condição marginal na participação de troca mundial de mercadorias de certas áreas

do planeta (América do Sul e Central, África e partes da Ásia) corresponde a uma

indicação, entre outras possíveis, da condição de subdesenvolvimento (ou de atraso

econômico) de alguns países, o que corresponde a uma possível visão de divisão do

mundo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Essa condição à margem dos

grandes fluxos comerciais do mundo não significa que os países da “periferia” não se

relacionam com os do “centro”. As relações existem, porém elas são marcadas por

várias desigualdades e desvantagens econômicas nas transações e no poder de

decisão.

Espera-se, também, que a análise permita aos alunos questionarem se ainda é

possível enxergar nesse mundo multipolar um centro e uma periferia. Dessa forma, eles

podem concluir que a fragilidade e a condição periférica na ordem mundial

contemporânea ainda permanecem em inúmeras áreas do mundo. Não é importante que

eles concluam algo correto, o que importa neste momento é que eles percebam e

compreendam a existência de desigualdades.

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Páginas 23-24

6

P

1 M U L T I P O L A R I D A D E

Í

2 U R S S

7

E E

11

S U

9 M

3 B I P O L A R I D A D E

O

O

Ó

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L C

R 8 A 10

O 4 P A Í S E S C E N T R A I S

S

A

P

U 12

F 5 B E R L I M T

C

E

A

N

E

Páginas 24-25

1. Alternativa d. Diferentemente do senso comum, que costuma afirmar sobre uma

situação de integração geral no mundo, de eliminação das desigualdades, de

ampliação do desenvolvimento, o processo de globalização ainda não traz esses

indícios. Ao contrário, são novas as desigualdades.

2. Alternativa d. De fato, não é mais adequado olhar o mundo a partir de dois polos

bem marcados pelo socialismo e pelo capitalismo – uma ordem bipolar –, pois parece

mais real admitir um mundo multipolar, cujas expressões mais importantes são a

formação de blocos econômicos e o poderio de certas nações.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Páginas 26-27

1. O texto apresenta uma síntese histórica da União Europeia, desde a sua formação até

a atualidade. Peça aos alunos que verifiquem no mapa da página 28 a localização

desses países, levando em consideração a data de ingresso de cada membro na

organização. Espera-se que eles identifiquem não apenas o assunto, mas percebam

que o texto apresenta um panorama histórico desde a fundação da União Europeia

em 1957, considerando o período pós-guerra e a necessidade de reorganização das

economias mundiais.

2. A necessidade de reorganização no período pós-II Guerra Mundial.

3. Esses países eram socialistas e só começaram a se aproximar da economia capitalista

da Europa Ocidental depois da crise do bloco socialista e o fim da Guerra Fria, o que

possibilitou a transição para o capitalismo e a busca de fortalecimento regional. Esse

processo resultou na assinatura do Tratado de Nice, em 2001, e o efetivo ingresso na

União Europeia.

Páginas 28-30

1. O mapa permite que os alunos destaquem todos os dados solicitados, desenvolvendo,

dessa forma, uma habilidade importante que é a de transposição de linguagens. Nesse

sentido, a atividade permite que os alunos leiam e extraiam informações do mapa

para organizá-las de outra forma, ou seja, em formato de tabela.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS SUPRANACIONAIS

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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UUnniiããoo EEuurrooppeeiiaa

AAnnoo ddee iinnggrreessssoo PPaaííss AAddoottaa oo eeuurroo?? 1957 Bélgica sim

1957 Holanda sim

1957 Luxemburgo sim

(1957) [1990] Alemanha (Ocidental) [após unificação da

Alemanha]

sim

1957 França sim

1957 Itália sim

1973 Reino Unido não

1973 Irlanda sim

1973 Dinamarca não

1981 Grécia sim

1986 Espanha sim

1986 Portugal sim

1995 Finlândia sim

1995 Áustria sim

1995 Suécia não

2004 Estônia não

2004 Lituânia sim

2004 Letônia sim

2004 Polônia sim

2004 República Tcheca sim

2004 Eslováquia sim

2004 Hungria não

2004 Chipre sim

2004 Malta sim

2004 Eslovênia sim

2007 Bulgária não

2007 Romênia não

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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2. Aqui novamente os alunos poderão completar a atividade com o que foi discutido em

sala. Espera-se que eles citem os principais tratados e acordos fundamentais para a

constituição da União Europeia, bem como a ampliação no número de países-

membros. Por exemplo:

• Tratado de Haia (1947): Bélgica, Luxemburgo e Holanda (BENELUX);

• Tratado de Paris (1948): uniram-se aos países anteriores a Alemanha Ocidental,

a França e a Itália (Ceca); esses países deram origem ao Mercado Comum

Europeu (1957).

O importante nesta proposta é que os alunos busquem reorganizar as informações do

texto, destacando os elementos mais importantes.

Páginas 31-37

Observação! Professor, na organização das atividades do Caderno do Aluno, optou-se

por explorar o texto referente ao Mercosul antes da atividade relativa à Alca, uma vez que

esta supõe dos alunos certos conhecimentos a respeito do Mercosul.

1.

a) Eliminação das tarifas alfandegárias de centenas de produtos, criando uma zona de

livre-comércio para a atuação das empresas; livre circulação de mercadorias e

dólares entre os países integrantes; restrições ao livre trânsito de trabalhadores entre

os países, impedidos de migrar em busca de melhores condições de vida.

b) O Canadá tem a vantagem de ampliar seu mercado escoando sua produção para

mais de 430 milhões de habitantes, mas pode, com isso, aumentar ainda mais sua

dependência dos Estados Unidos. O México também usufrui da ampliação do

mercado consumidor. Porém, seus sérios problemas sociais e sua fragilidade

econômica o deixam numa situação mais fragilizada perante os demais integrantes do

Nafta. Ainda se destaca como fornecedor de mão de obra barata para empresas

transnacionais dos Estados Unidos. Estes, por sua vez, levam vantagem com o Nafta,

pois ampliaram seu mercado consumidor e tiveram acesso à abundante mão de obra

barata mexicana. Entretanto, precisam resolver o problema social dos milhões de

imigrantes ilegais que vivem no país, principalmente mexicanos.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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2. Espera-se que os alunos percebam que o Mercosul só passou a existir após a união de

seus maiores membros, ou seja, Brasil e Argentina. O bloco nasceu da aproximação

geopolítica entre o Brasil e a Argentina e dos acordos prévios de integração

econômica bilateral firmados entre os dois países. A precondição para a cooperação

diplomática e econômica foi a redemocratização política: em meados da década de

1980, ambos transitaram de ditaduras militares para regimes civis baseados em

eleições livres. Após as mudanças políticas ocorridas nos dois países e a

intensificação do processo de globalização, o empenho em transformar o rompimento

dessa situação em fronteiras comerciais abertas tem como ponto de partida o fato de

a América do Sul constituir uma unidade física contínua, propiciadora de

oportunidades de cooperação.

3.

a) A resposta encontra-se logo no início do texto: ao analisar os resultados da balança

comercial dos Estados Unidos nos últimos anos, ganha sentido o interesse norte-

americano em compor uma área de livre-comércio com toda a América, pois

apresenta superávits de exportação somente em comparação com a América Latina.

Em relação a todos os outros continentes, a balança comercial norte-americana é

deficitária.

b) Os países latino-americanos têm, em geral, receio de uma integração continental,

porque os interesses norte-americanos não são convergentes em relação às reais

necessidades dos povos latino-americanos. Isso se comprova nas diversas formas de

intervenção norte-americana em países da América Latina.

4. Espera-se que os alunos identifiquem nos textos motivações do governo brasileiro

em fortalecer o seu papel comercial na América do Sul. Nesse sentido, em relação à

concretização da Alca, a maior resistência vem do governo brasileiro que não tem

medido esforços para, de certo modo, retardar sua efetivação. A posição brasileira é

em defesa do Mercosul, atualmente o quarto maior bloco de mercado do mundo, com

um PIB conjunto que já supera 1 trilhão de dólares, e tem efetuado parcerias de livre

mercado com vizinhos, ampliando o seu poder na região.

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Gabarito – Caderno do Aluno Geografia 8a série/9o ano – Volume 1

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Página 37

Nos textos acerca dos blocos econômicos, há inúmeros dados e informações para

auxiliar na elaboração desta carta. Sugere-se também que os alunos sejam instruídos a

utilizar todos os procedimentos e normas adequados à elaboração de uma carta. Nesse

sentido, sugerimos que a atividade seja realizada em parceria com o professor de Língua

Portuguesa, que se encarregaria de desenvolver tais procedimentos, inclusive

considerando o trabalho como atividade interdisciplinar.

Páginas 37-38

Alternativa c, conforme os números 1 a 4 inseridos ao lado de cada um desses blocos

econômicos.