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Rio de Janeiro 22 de Outubro de 2010 Aula 1: Importância do conhecimento e seus modos de conversão Objetivo: 1. Conhecer a estrutura da disciplina Inovação Tecnológica, o plano de ensino e o mapa conceitual. Compreender o valor do conhecimento no mundo contemporâneo. 2. Diferenciar conhecimento tácito e explícito, identificando suas principais características. 3. Entender o processo de construção do conhecimento a partir da relação de conversão do conhecimento tácito em explícito e vice-versa. Introdução. A disciplina Inovação Tecnológica está relacionada, de forma transversal, a todas as disciplinas do curso, pois visa o desenvolvimento de competências e habilidades inovadoras e empreendedoras pelos estudantes. Nesta primeira aula vamos apresentar os principais tópicos que serão abordados na disciplina de Inovação Tecnológica e sua relevância na formação do profissional da área de Tecnologia da Informação. Iniciaremos também a apresentação do conceito de conhecimento, seu valor e seus processos de criação e transferência. Seja bem-vindo à disciplina de Inovação Tecnológica! Os conceitos abordados na disciplina de Inovação Tecnológica estão organizados e estruturados no plano de ensino. Como forma de apresentação, discussão e desenvolvimento de nosso plano de ensino vamos orientar nossos encontros para a apresentação do contexto em que cada conceito está inserido, sua definição e aplicação na prática, através de exemplos e casos propostos nesse ambiente e também trazidos e compartilhados por você em nossos fóruns. Através do mapa conceitual da disciplina, apresentado de forma gráfica, você poderá visualizar os principais conceitos da disciplina e seu relacionamento. Acesse agora o mapa conceitual e perceba que o conhecimento é o principal conceito de nossa disciplina e a base para a inovação tecnológica. O conhecimento se apresenta em duas principais formas (tácito e explícito) na sociedade e vai sofrendo processos de conversão. Como você pode perceber no mapa conceitual, esse ciclo de criação/conversão/aplicação do conhecimento é contínuo e contribui fortemente para gerar nas organizações a cultura organizacional inovadora. Através dessa disciplina você também vai compreender os processos de criação e transferência do conhecimento e de inovação na área de Tecnologia da Informação, bem como seu relacionamento com o setor produtivo, através da identificação das capacidades tecnológicas materiais e imateriais que devem ser construídas pelas empresas como principais diferenciais competitivos num cenário globalizado, a partir da articulação dos conceitos de ciência, tecnologia e inovação. Raphael da Silva Roma 2º Período – 1º Trimestre Sistemas de Informação Matrícula: 2010.01.50934-1 2010.4 4

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - 2010.4 - INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

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Rio de Janeiro 22 de Outubro de 2010

Aula 1: Importância do conhecimento e seus modos de conversão

Objetivo:1. Conhecer a estrutura da disciplina Inovação Tecnológica, o plano de ensino e o mapa conceitual.

Compreender o valor do conhecimento no mundo contemporâneo. 2. Diferenciar conhecimento tácito e explícito, identificando suas principais características. 3. Entender o processo de construção do conhecimento a partir da relação de conversão do conhecimento

tácito em explícito e vice-versa.

Introdução.A disciplina Inovação Tecnológica está relacionada, de forma transversal, a todas as disciplinas do

curso, pois visa o desenvolvimento de competências e habilidades inovadoras e empreendedoras pelos estudantes.

Nesta primeira aula vamos apresentar os principais tópicos que serão abordados na disciplina de Inovação Tecnológica e sua relevância na formação do profissional da área de Tecnologia da Informação.

Iniciaremos também a apresentação do conceito de conhecimento, seu valor e seus processos de criação e transferência.

Seja bem-vindo à disciplina de Inovação Tecnológica!

Os conceitos abordados na disciplina de Inovação Tecnológica estão organizados e estruturados no plano de ensino.

Como forma de apresentação, discussão e desenvolvimento de nosso plano de ensino vamos orientar nossos encontros para a apresentação do contexto em que cada conceito está inserido, sua definição e aplicação na prática, através de exemplos e casos propostos nesse ambiente e também trazidos e compartilhados por você em nossos fóruns.

Através do mapa conceitual da disciplina, apresentado de forma gráfica, você poderá visualizar os principais conceitos da disciplina e seu relacionamento.

Acesse agora o mapa conceitual e perceba que o conhecimento é o principal conceito de nossa disciplina e a base para a inovação tecnológica.

O conhecimento se apresenta em duas principais formas (tácito e explícito) na sociedade e vai sofrendo processos de conversão.

Como você pode perceber no mapa conceitual, esse ciclo de criação/conversão/aplicação do conhecimento é contínuo e contribui fortemente para gerar nas organizações a cultura organizacional inovadora.

Através dessa disciplina você também vai compreender os processos de criação e transferência do conhecimento e de inovação na área de Tecnologia da Informação, bem como seu relacionamento com o setor produtivo, através da identificação das capacidades tecnológicas materiais e imateriais que devem ser construídas pelas empresas como principais diferenciais competitivos num cenário globalizado, a partir da articulação dos conceitos de ciência, tecnologia e inovação.

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As principais características e estratégias de empresas inovadoras serão apresentadas e discutidas, através de casos muito interessantes, para compreensão e construção da cultura organizacional fértil para a inovação.

Agora que você já tem uma visão geral dos principais assuntos abordados na disciplina, vamos iniciar nossa viagem, entendendo melhor o que é conhecimento, seu valor e seu processo de criação.

O valor do conhecimento.

Uma questão recorrente na sociedade contemporânea é o grande valor do conhecimento e como transformá-lo em ativo ou riqueza, considerado um desafio estratégico para países, corporações e empresas na economia global em que vivemos.

Segundo ranking anual elaborado pela National Science Indicators (NSI), os países que mais produziram conhecimento em 2008 foram:

1º Estados Unidos;2º China;3º Alemanha;4º Japão;5º Inglaterra;6º França;

7º Canadá;8º Itália;9º Espanha;10º Índia;11º Austrália e12º Coreia do Sul .

Atualmente o poder econômico e de produção de uma empresa estão mais diretamente relacionados à capacidade de criar e transferir conhecimento do que aos seus ativos tangíveis, como instalações, equipamentos etc. Os ativos intangíveis advindos desse processo, como criatividade e inovação, são a chave para o sucesso e a longevidade das empresas num cenário extremamente competitivo.

Consulte o material didático: para entender a importância do conhecimento leia as páginas de 1 a 3 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

Após entender o valor do conhecimento como principal bem de nossa sociedade, você pode perceber que para o crescimento e desenvolvimento virtuoso de países e corporações é necessário um fluxo de criação, difusão e utilização do conhecimento, como a seguir:

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Conceitos como capacidade de aprendizado, criatividade, flexibilidade e sustentabilidade surgem como princípios orientadores para conduta de indivíduos e organizações.

Se pensarmos de forma mais aprofundada perceberemos que o conhecimento sempre foi o ativo mais importante de uma organização, entretanto, somente há pouco tempo as instituições tornaram-se conscientes do valor desse recurso para seu desenvolvimento e sustentabilidade no mercado, passando a ter foco nos processos de criação, aquisição, transferência, difusão, apropriação e, consequentemente, gestão do conhecimento.

Uma empresa que nos serve como exemplo de utilização do conhecimento como ativo é a Google, que através da criatividade e da inovação já nasceu com diferenciais competitivos e é

líder mundial em seu segmento.No Google, um dos pensamentos compartilhados pela liderança é “Erre rapidamente – assim você

pode tentar outra coisa novamente”.

Com essa estratégia centenas de produtos são desenvolvidos e lançados, criando um ciclo incomparável de lançamento de novos produtos.

Enquanto nem todos os produtos se tornam sucessos comerciais, outros tantos conquistam milhões de usuários pelo mundo.

Além de seus poderosos sistemas de busca e de propaganda online, o Google vem investindo em campos complementares como sistemas de medição de produtividade online, redes sociais, mecanismos de blogging e tantos outros serviços de informação.”

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Criação e conversão do conhecimento.

Para compreender o processo de criação do conhecimento é importante a utilização de categorias para os diferentes tipos de conhecimento. Vamos trabalhar inicialmente com as categorias de conhecimento tácito e conhecimento explícito.

Segundo Nonaka & Takeuchi: “o conhecimento tácito é aquele disponível com pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos e o conhecimento explícito é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias”.

O quadro seguinte sintetiza as principais diferenças entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito.

Consulte o material didático: Para entender melhor a diferença entre conhecimento tácito e explícito, leia o conteúdo das páginas 3 às 8 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

O grande desafio das empresas é transformar o conhecimento tácito de seus colaboradores em conhecimento explícito, identificando:

Onde e como está armazenado o conhecimento, com todos seus atributos, e como recuperá-lo.

A criação de um novo conhecimento numa organização está relacionada a um processo de interação dinâmica e cooperativa entre seus colaboradores que implica aprendizado, constituindo-se em um processo coletivo e não meramente individual, podendo levar a uma formação organizacional, regional, nacional ou global.

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Nonaka & Takeuchi identificaram quatro modos de conversão entre conhecimento:

Externalização () O processo de EXTERNALIZAÇÃO é a transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito, com migração do cérebro humano para documentos e mídias diversas por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos.

Esse modo é visto no processo de criação de um conceito e, normalmente, é provocado pelo diálogo ou pela reflexão coletiva.

EXEMPLO:Quando ouvimos ou lemos uma metáfora, percebemos ou entendemos intuitivamente algo,

imaginando outra coisa simbolicamente.

Internalização () A INTERNALIZAÇÃO é o processo inverso ao da externalização, de migração do conhecimento explícito para o cérebro humano através de diversas metodologias e atividades de aprendizagem.

É a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito.

EXEMPLO:A leitura de manuais e documentação auxilia o indivíduo a internalizar conhecimento explícito, transformando-o em tácito.

Combinação ( ) COMBINAÇÃO é o processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos.

É a sistematização de conceitos por meio da combinação de conjuntos diferentes de conhecimentos explícitos.

EXEMPLO:A criação de conhecimento através da educação – escola, universidade – ou do treinamento formal.

Socialização ( ) A SOCIALIZAÇÃO é o processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Dessa forma, o conhecimento pode ser adquirido de outra pessoa através da observação, imitação ou prática, mesmo sem usar alguma linguagem.

EXEMPLO:Aprendizado de um estagiário na interação com seu orientador numa empresa.

Consulte o material didático: Para conhecer melhor os quatro modos de conversão do conhecimento, leia o conteúdo das páginas 9 às 10 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

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O quadro seguinte permite uma melhor visualização e compreensão da interação e conversão desses conhecimentos:

Através desses quatro modos de conversão, é possível transformar o aprendizado individual em coletivo, possibilitando a realização de tarefas que dificilmente poderiam ser realizadas individualmente.

O processo de conversão do conhecimento é a base para criação e gestão do conhecimento e os Sistemas de Informação é que vão proporcionar meios adequados para suportar esses quatro modos.

Nesta aula você:

• Teve uma visão geral da disciplina Inovação Tecnológica, conhecendo sua estrutura através do plano de ensino e do mapa conceitual. • Compreendeu o valor do conhecimento para o desenvolvimento, a eficácia e a longevidade de empresas e corpora-ções num cenário globalizado. • Aprendeu as diferenças entre conhecimento tácito e explícito e suas formas de conversão no processo de criação do conhecimento. • Percebeu a importância do profissional de TI e dos sistemas de informação para proporcionar os meios adequados para suportar o processo de conversão/criação/gestão do conhecimento.

Na próxima aula vamos falar sobre os seguintes assuntos:

As condições que promovem a criação da espiral do conhecimento numa organização. As fases do processo de criação do conhecimento e suas características. O processo de transferência do conhecimento e a busca pela inovação a partir das relações Universidade-Empresa.

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Aula TeletransmitidaBEM-VINDO À DISCIPLINA INOVAÇÃO TECNOLOGICAPROFª VANILDE MANFREDI – AULA 1CONCEITOS DA AULA

Valor do Conhecimento

Tipos de Conhecimento

Explícito;

Tácito;

Conversão de explícito em tácito e vice-versa.

A PLANIFICAÇÃO DO MUNDO: UMA METÁFORAThomas Friedman“O mundo é plano” , Objetiva, 2007.AS 3 FASES DA GLOBALIZAÇÃO:

Globalização 1.0 (1500-1800):

Os países se globalizaram da Era dos Novos Descobrimentos à Era do Imperialismo. Globalização 2.0 (1800-2000):

As empresas se globalizaram pela expansão dos mercados internacionais. Globalização 3.0 (2000-hoje):

Não é mais construída em torno de países ou empresas, é construído em torno de pessoas. ALGUNS FATORES QUE LEVARAM AO ACHATAMENTO DO MUNDO 1. 9/11/1989:Queda do muro de Berlim + computadores compatíveis com PC começam a se tornar um produto de mercado de massa. 2.9/08/1995:A Netscape abre seu capital na bolsa de valores, iniciando o ciclo do apogeu e queda das empresas pontocom. Com a expansão da Internet ocorre o investimento de cerca de 1 trilhão de dólares em cabos de fibra ótica, uma enorme capacidade de conexão que “fez Rússia, Índia e EUA vizinhos de porta.“

1. Meados dos anos 1990:

Os softwares de automação de escritório e a interoperabilidade facilitaram a troca de informação, e reduziram as barreiras para a colaboração.4.Uploading:A capacidade dos indivíduos enviarem conteúdos pessoais para qualquer lugar e de qualquer lugar utilizando: blogging, open source, podcasting, wikis.

5. Cadeia de Fornecimento.

Integração da cadeia de suprimento global, seguindo o “Wal-Mart does”.6. Informação.

É o que o Google faz – ou o que as pessoas fazem usando o Google. 6. Telefonia Móvel

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EVOLUÇÃO ECONÔMICA Era agrícola (até 1750 DC): Poder = terra

Era Industrial (até 1970 DC): Poder = capital

Era da informação (início aproximadamente em 2000)Poder = Informação

ERA DA INFORMAÇÃO ==>SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: Pressupõe uma mudança de cultura e esta mudança se reflete nas organizações

O valor vem do compartilhamento e uso de informações

Diferente da economia industrial

COMO FUNCIONA A ECONOMIA DO CONHECIMENTO? Quanto mais eu compartilho, mais eu tenho;

Quantos mais usarem, maior o valor .....

O grande desafio não é mais tornar produtivo o trabalhador manual, mas sim o trabalhador do conhecimento.

QUEM É O TRABALHADOR DO CONHECIMENTO?

SOCIEDADE DO CONHECIMENTOInversão no valor dos insumos da produção

CONSEQUÊNCIA: Não se “gerencia” pessoas;

A tarefa é liderar pessoas;

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Características Trabalhador Tradicional Trabalhador do Conhecimento

Principal tarefa fazer pensar

Principais habilidades fisicas mentais

Processo de trabalho linear não linear

Resultado do trabalho produto informação

Conhecimento utilizado aplicado criado

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A meta é tornar produtivos as forças e o conhecimento específicos de cada pessoa. Mas.......

O que é CONHECIMENTO?

DADO VERSUS INFORMAÇÃO

Dados: Elementos descritivos de um evento e desprovidos de qualquer tratamento lógico ou contex-

tualização.

Comunicam um estado da realidade pura e tem base factual.

Informação: Os dados ou registro dos fatos organizados ou arranjados de uma maneira significativa. In-

formação, portanto, é um conjunto de fatos organizados de tal forma que adquirem um valor adicional além do valor do fato em si.

Conhecimento: É fruto das interações que ocorrem no ambiente onde se desenrola a atividade e que são

desenvolvidas por meio de processos de aprendizagem.

Pode ser entendido também como informação associada à experiência, intuição e valores.

Deriva da informação.

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CONHECIMENTO EXPLÍCITO

CONHECIMENTO TÁCITO

TRANSFERÊNCIA DO CONHECIMENTO

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Rio de Janeiro 29 de Outubro de 2010

Aula 2: Criação e transferência de conhecimento

Objetivo:1. Conhecer as condições que promovem a criação da espiral do conhecimento numa organização. 2. Identificar as fases do processo de criação do conhecimento e suas características. 3. Conhecer o processo de transferência do conhecimento e a busca pela inovação a partir das relações Universidade-Empresa.

Introdução

O profissional da área de Tecnologia da Informação atua diretamente no processo de construção do conhecimento, seja em empresas cuja TI é atividade meio ou fim. Desta forma, é imprescindível que conheça as condições que promovem a criação do conhecimento numa organização, identificando as fases desse processo e suas características.

Também há oportunidades para que atue no processo de transferência do conhecimento, senso necessário que compreenda o processo de busca pela inovação a partir das relações Universidade-Empresa.

Nesta aula abordaremos esses tópicos, com alguns exemplos.

A espiral do conhecimento

Agora que você já conhece a diferença entre conhecimento tácito e explícito e seus modos de conversão, pode compreender melhor o processo de criação do conhecimento, composto por fases e promovido em determinadas condições num tempo definido, como se fosse uma espiral – a espiral do conhecimento.

Pode-se perceber de forma mais clara o fluxo da espiral do conhecimento através da seguinte figura, proposta por Nonaka & Takeuchi:

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“o conhecimento vai sendo construído passo a passo, garantindo a coerência com o que já se sabe, organizando os conceitos apreendidos, relacionando com fatos e situações reais.”

(CARVALHO, A.S.L. de. Transferindo Conhecimento Tácito: uma abordagem construtivista)

A aplicação desse conceito por empresas como Toyota, Petrobras, Ticket Serviços, Kraft Foods e Wheaton Brasil trouxe inúmeros benefícios em termos de produtividade, resultados e competitividade.

A criação do conhecimento possui três dimensões:

Ontológica A dimensão ontológica está fundamentada no ser e na construção do conhecimento pelo indivíduo, independente do modo pelo qual se manifesta.

Epistemológica Já a dimensão epistemológica está fundamentada no conhecimento, na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito.

Temporal Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo é formada uma espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do conhecimento.

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No contexto organizacional o relevante é que o conhecimento seja difundido, ultrapassando o nível individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o inter-organizacional.

Quando esse evento é dinâmico e acontece permanentemente cria-se um clima fértil para a cultura organizacional inovadora.

Segundo Nonaka & Takeuchi para desenvolvimento da espiral do conhecimento são necessárias cinco condições básicas:

As condições que promovem a criação de espiral do conhecimento

Uma empresa ou organização, para desenvolvimento do processo de criação do conhecimento precisa estabelecer condições básicas para desenvolvimento da espiral, oportunizando situações e ferramentas que facilitem as atividades cooperativas para criação e acúmulo de conhecimento em nível também individual.

Para compreender cada condição faça a leitura das páginas 11 a 14 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora

Manole, 2008.

Um caso real muito interessante sobre a criação da espiral do conhecimento é o da IBM, que teve uma crise no final da década de 90 relacionada à condição de flutuação. Leia a seguir um trecho da entrevista com Ricardo Peregrini, presidente da IBM, que cita a crise e sua principal causa.

“Estou completando 22 anos de IBM, entrei no fim da década de 1980, em 87, e logo depois, por uma arrogância muito grande, a IBM perdeu o contato com o mercado e baseou seus produtos em achar que aquilo que inventava os clientes teriam de consumir. Isto nos levou a uma situação muito séria, porque, quando você se distancia e para de ouvir, começar a gerar algo que o cliente não vai comprar e ele acaba comprando de quem estiver ouvindo. Na década de 90, tivemos prejuízos enormes, paramos de vender e tivemos de reestruturar a empresa. Vivi isto e transmito para todo o time. Estamos com foco muito grande em não voltar a deixar que a arrogância tome conta mesmo em momentos de sucesso, porque normalmente, quando começa

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a ter sucesso, você para de ouvir e acha que sabe tudo. É muito sutil: uma coisa é ter orgulho do que a companhia está fazendo, mas do orgulho para arrogância é uma linha muito tênue.”

A flutuação pode ser provocada por novas regulamentações no setor, concorrentes, mudanças no perfil do cliente, avanços tecnológicos, entre outros fatores externos à organização.

Nesse caso da IBM, a empresa não estava em estado de flutuação e não percebeu a mudança nas necessidades dos clientes e a concorrência de empresas emergentes no mercado.

A IBM entrou em crise, enfrentando uma situação de caos.

O caos pode levar a falência da empresa, caso não seja muito bem administrado.

No caso da IBM, a empresa, quando percebeu o estado de crise na organização, precipitou o caos criativo, estimulando o compromisso subjetivo dos indivíduos e seu comprometimento com a longevidade da organização, reagindo à crise com diversas estratégias e ações, mantendo-se firme no mercado de TI até os dias atuais.

Consulte o material didático:Para compreender cada fase leia as páginas de 14 a 19 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª

Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

Agora que você já compreendeu o conceito de espiral do conhecimento e as condições necessárias para sua criação, vamos verificar que o processo de criação do conhecimento está relacionado à dimensão tempo num modelo integrado de cinco fases.

Fases do processo de criação do conhecimento

O processo de criação do conhecimento, segundo a teoria proposta por Nonaka & Takeuchi, acontece em cinco fases:

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Difusão Interativa do Conhecimento Processo contínuo, interativo e em espiral, de expansão e difusão do conhecimento, que ocorre inter e entre organizações.

Compartilhamento do Conhecimento Tácito Socialização do conhecimento tácito entre os colaboradores de uma organização.

Criação de Conceitos Transformação do conhecimento tácito em conhecimento explícito, correspondendo ao modo de conversão da externalização.

Justificação de Conceitos Momento em que a organização determina e justifica, através de critérios definidos, que conceitos criados são úteis para ela e para a sociedade.

Construção de Arqueótipo O conhecimento já criado e justificado é transformado em algo tangível ou concreto (arquétipo ou protótipo). Tem-se o modo de conversão da “combinação”.

Quando o conhecimento se torna tangível ou assume a forma de arquétipo inicia-se um novo ciclo de criação do conhecimento que se expande horizontalmente e verticalmente na organização, num ciclo virtuoso de difusão do conhecimento, que pode estabelecer-se somente na organização ou ser difundido para outras empresas por meio da interação dinâmica, como empresas associadas ou afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e outras organizações externas.

Então, pode ser iniciado um processo de transferência de conhecimento e busca da inovação.

A transferência do conhecimento

Para que o conhecimento esteja em constante processo de difusão é necessário que seja transferido do local onde foi criado para outras organizações que continuem a desenvolvê-lo continuamente e o apliquem de forma a gerar inovação.

Existem alguns fatores que inibem esse processo de transferência, denominados atritos.

O processo de transferência do conhecimento, segundo Bonaccorsi e Piccaluga possui quatro dimensões:

Para conhecer alguns desses atritos e as possíveis soluções, consulte no material didático o quadro da página 20 (livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008).

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Agora que você já leu o material didático e compreendeu as formas de relação entre universidade X empresa para geração de um ciclo virtuoso de inovação, poderá identificar seus benefícios para a universidade e para a empresa:

Nesta aula, você:

• Compreendeu o processo de criação da espiral do conhecimento numa organização, suas dimensões e as con-dições necessárias para tal.

• Identificou as etapas do processo de transferência do conhecimento a partir das relações Universidade-Em-presa, suas dificuldades e benefícios, tanto para a universidade quanto para a empresa.

Na próxima aula vamos falar sobre os seguintes assuntos:

• Conceito de inovação tecnológica através da análise de um caso de sucesso na área de TI. • Relação entre a inovação e a sobrevivência das organizações na sociedade contemporânea. • “Personas” envolvidas no processo de inovação e seu papel na cadeia de produção de uma inovação. • Relação entre a dinâmica da inovação tecnológica e o processo de criação e difusão do conhecimento.

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Aula TeletransmitidaPROF.ª VANILDE MANFREDI – AULA 2 -CONCEITOS DA AULA

Condições que possibilitam a criação do conhecimento;

Fases do processo de criação do conhecimento.

TRANSFERÊNCIA DO CONHECIMENTO

POR QUE UMA ESPIRAL?Uma espiral cresce contínua e evolutivamente, assim também acontece com o conhecimento que vai se desenvolvendo em espiral quando se acrescenta mais um passo a cada ciclo.CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESPIRAL DO CONHECIMENTO

1. Intenção

2. Autonomia

3. Flutuação e Caos Criativo

4. Redundância

5. Variedade de Requisitos

1 - INTENÇÃO ORGANIZACIONAL Estabelecida pelas estratégias da organização;

Em lugar de confiar somente no pensamento e no comportamento do próprio indivíduo, a or-ganização pode reorientá-lo e promovê-lo por meio do compromisso coletivo;

Sua clareza assegura o julgamento do valor da informação ou do conhecimento percebido ou criado;

2 - AUTONOMIA A promoção da espiral do conhecimento depende, de forma significativa, da autonomia dos

indivíduos uma vez que a autonomia, aumenta a possibilidade de os indivíduos se automoti -varem para criar novos conhecimentos;

Ao permitir essa autonomia, a organização amplia a chance de introduzir oportunidades de inovação.

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3 - FLUTUAÇÃO E CAOS COLETIVO A flutuação e o caos criativo estimulam a interação entre a organização e o ambiente exter-

no.

Quando a flutuação é introduzida em uma organização, seus membros enfrentam um “co-lapso” de rotinas, hábitos ou estruturas cognitivas. Um colapso refere-se a uma interrupção de nosso estado de ser habitual e confortável.

Um colapso demanda que voltemos nossa atenção para o diálogo como meio de interação social, ajudando-nos a criar novos conceitos a partir dos quais é possível criar novos co-nhecimentos.

Alguns chamaram esse fenômeno de criação da “ordem a partir do ruído” ou “ordem a partir do caos”.

4 - REDUNDÂNCIA A redundância é a existência de informações que transcendem as exigências operacionais

de informações dos membros da organização.

O compartilhamento de informações redundantes promove a conversão de conhecimentos tácitos, pois os indivíduos conseguem sentir o que os outros estão tentando expressar com mais facilidade e rapidez

5 - VARIEDADE DE REQUISITOS( Ou variedade de conhecimentos) Os membros da organização podem enfrentar muitas situações se possuírem uma varieda-

de de requisitos, que pode ser aprimorada por meio do acesso e combinação de informa-ções de forma flexível e rápida e do acesso às informações em todos os níveis da organiza-ção.

Todos os funcionários devem acessar a maior quantidade possível de informações.

FASES DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO

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FASES DO PROCESSO DE CRIAÇÃO O CONHECIMENTO1) Compartilhamento do conhecimento tácito:

Etapa mais crítica do processo;

O conhecimento tácito não pode ser comunicado ou transmitido de maneira simples, pois é adquirido, sobretudo, por meio da experiência, não sendo facilmente transmitido por pala-vras;

2) Criação de Conceitos: O uso de múltiplos métodos de raciocínio — dedução, indução, comparação, suposição e

outros — facilitam o processo de conversão de conhecimento tácito em explícito;

Metáforas e analogias são intensamente utilizadas nesta fase.

3) Justificação de Conceitos: A condução do processo de prova deve ser explícita, de forma a possibilitar uma avaliação

contínua quanto à integridade da intenção organizacional frente ao novo conceito, atenden-do simultaneamente às necessidades da sociedade;

4) Construção de um arquétipo (protótipo): A prova de conceito é transformada em algo concreto ou tangível nesta fase — um arquéti-

po (protótipo, mecanismo operacional, modelo);

O arquétipo é construído por meio da combinação do conhecimento explícito recém criado e o existente;

5) Disseminação Interativa do Conhecimento:Os novos conceitos criados, provados e transformados em modelo, são submetidos a um novo ciclo de criação de conhecimento que é a disseminação interativa do conhecimento;

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Rio de Janeiro 05 de Novembro de 2010

Aula 3: O processo de inovação tecnológica

Objetivo:1. Compreender o conceito de inovação tecnológica, através da análise de um caso real. 2. Entender a relação entre a inovação e a sobrevivência das organizações na sociedade contemporânea. 3. Identificar as “personas” envolvidas no processo de inovação e seu papel na cadeia de produção de uma inovação. 4. Relacionar a dinâmica da inovação tecnológica ao processo de criação e difusão do conhecimento.

Introdução

Na sociedade contemporânea, baseada na informação e no conhecimento, o processo de inovação é fundamental para sobrevivência das organizações. Esse processo gera novos bens, produtos, processos e até novas empresas. Quando o resultado gerado pelo processo de inovação constitui-se numa tecnologia que atende às necessidades dos seres humanos temos, então, a inovação tecnológica.

O profissional da área de Tecnologia da Informação é um ator fundamental no desenvolvimento da inovação tecnológica, necessitando compreender plenamente esse processo para que possa ser protagonista nas organizações, atuando de forma criativa na solução de problemas e no desenvolvimento de soluções inovadoras.

Google: um caso de sucesso em inovação tecnológica

Para sua melhor compreensão, vamos tratar o conceito de inovação tecnológica utilizando um caso de grande sucesso na área de Tecnologia da Informação, que é o da empresa Google.

No início dos anos 2000 os americanos Larry Page e Sergey Brin resolveram fazer um download da internet, de forma a baixar todas as informações disponíveis na web sobre um determinado assunto. Perceberam que não havia uma boa ferramenta que possibilitasse fazer uma busca completa, trazendo todas as informações possíveis sobre aquele assunto, de forma rápida.

Surgia, então, uma grande ideia inovadora, que foi transformada em oportunidade com a contratação do iraniano Omid Kordestani para transformá-la num negócio rentável.

Larry e Sergey formaram um pequeno grupo que passou a trabalhar numa sala próxima à Universidade de Stanford, nos EUA. Partindo de um investimento muito baixo, Kordestani criou os “links patrocinados” e, assim mobilizou os recursos iniciais para tornar o Google uma empresa valiosa e líder no mercado em apenas nove anos de existência. .

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O valor estimado da Google, atualmente, ultrapassa o de empresas como Coca-cola e Boeing.

Criando uma máquina de busca poderosa, que trazia resultados inigualáveis ao de outros existentes no mercado, o site da Google estabeleceu-se como líder no mercado de buscas na internet.

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Esse mercado não existia dessa forma, com links patrocinados e totalmente grátis aos usuários. A Google apresentou, através da inovação, um grande diferencial e tornou-se um paradigma de busca na Web.

Empresas gigantes na época, como Microsoft e Yahoo, tentaram de todas as formas conquistar esse mercado e superar a Google, sem sucesso.

A Microsoft tentou competir lançando sua própria ferramenta de busca, o Live Search, mas conquistou somente 2,9% do mercado, enquanto a Google detém quase 70% desse mercado, atualmente.

Conceitos sobre inovação tecnológica

E não é apenas no caso da empresa Google que a inovação foi o grande diferencial. Atualmente, a inovação é considerada ferramenta básica em quase todos os setores e segmentos de mercado para sustentabilidade das organizações em nossa sociedade globalizada, baseada na informação e no conhecimento.

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Consulte o material didático: Para conhecer outras empresas inovadoras e entender melhor o valor da inovação para as empresas leia as páginas 2, 3 e 4 da Introdução do livro As 10 Faces da Inovação – Estratégias para Turbinar a Criatividade, 2ª Edição, de Tom Peters. Editora Elsevier, 2007.

No caso da Google, por exemplo, havia uma grande necessidade humana de realizar buscas mais eficazes nos bilhões de sites disponíveis na Internet. Percebendo essa necessidade humana, foi desenvolvido um produto: um motor de busca global, baseado num programa de computador, que pesquisa todos os documentos na rede e apresenta resultados de forma aleatória, baseados no ranking de acessos aos sites encontrados. Essa tecnologia atendeu as necessidades humanas com grande sucesso e excelente desempenho.

Desta forma, o Google pode ser considerado como uma inovação tecnológica em várias dimensões:

Fonte de inovação e dinâmica da inovação tecnológica

Pode-se perceber que o caso do Google não foi uma inovação simples e despendeu pesquisa e desenvolvimento dessa nova ferramenta de busca, que revolucionou os sistemas de busca na Internet. Portanto, trata-se de uma inovação de valor, que agrega alguns outros conceitos:

Existem variadas definições para inovação, que podem ser encontradas em nossa biblioteca virtual e na Internet. Em nossos estudos, vamos no ater ao conceito de

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O Google é uma inovação tecnológica tão relevante para a sociedade que se tornou um fenômeno cultural, tendo seu nome incluído no dicionário da língua inglesa como um verbete sinônimo de buscas na internet. Atualmente, tornou-se um verbo frequentemente utilizado em vários países.

E para manter-se no mercado a Google não parou por aí! Seu processo de inovação é contínuo, incorporando ou desenvolvendo constantemente novos recursos, como: busca avançada, busca por imagens, notícias atualizadas, busca de livros raros, visualização de mapas por satélite, site de relacionamento (rede social), entre outros.

Consulte o material didático: Para compreender o processo de inovação contínua e perceber o toque humano no processo de inovação tecnológica, leia as páginas de 4 a 14 da Introdução do livro As 10 Faces da Inovação – Estratégias para Turbinar a Criatividade, 2ª Edição, de Tom Peters. Editora Elsevier, 2007.

O desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, iterativo ou de aprimoramento sobre outros bens, produtos ou processos já existentes.

Uma condição imprescindível para que ocorra a inovação tecnológica é o Conhecimento

Na aula 2 discutimos os processos de criação e transferência do conhecimento, essenciais para o processo de inovação, que pode ocorrer de forma radical ou de forma incremental, com fomento e participação de fontes internas ou externas à organização. Através da espiral do conhecimento, uma organização pode fomentar a inovação em seu ambiente organizacional e expandir esse conhecimento com geração de inovações tecnológicas e mais conhecimento. Ressalta-se o valor das instituições de pesquisa e universidades, que fornecem a base do desenvolvimento científico e tecnológico para a geração de conhecimentos e capacitação de pessoas, bem como os projetos de P&D realizados por diversas empresas, algumas vezes em interação com universidades.

Nesta aula, você:

• Compreendeu o conceito de inovação tecnológica, através da análise de um caso real, o da empresa Google; • Entendeu que a inovação é um processo fundamental para a sobrevivência das organizações na sociedade

contemporânea, baseada na informação e no conhecimento; • Identificou as “personas” envolvidas no processo de inovação, sua importância e suas formas de atuação; • Relacionou a dinâmica da inovação tecnológica ao processo de criação e difusão do conhecimento nas organi-

zações.

Na próxima aula, você estudará: • Modelos de mudança tecnológica; • Estratégias de inovação e formas de acesso à tecnologia; • Construção de ambientes de inovação

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Aula TeletransmitidaPROFª. VANILDE MANFREDI – AULA 3 - CONCEITOS DA AULAConceito de inovação tecnológica;Relação entre a inovação e a sobrevivência das organizações na sociedade contemporânea.Inovação tecnológica e o processo de criação e difusão do conhecimento.

A CRIAÇÃO DA INDÚSTRIA DE PÃO DE QUEIJO NO BRASIL Forno de Minas”

Antes de 1992: O pão de queijo era feito em casa e fabricado apenas por pequenas fábricas de fundo de quintal do estado de Minas Gerais, até que um dia, Helder Mendonça, que tinha uma pequena loja de café no bairro da Savassi, em Belo Horizonte (MG), percebeu que a demanda pelo pão de queijo feito por sua mãe era muito grandeAdaptado de: Sandra R.H. Mariano / Verônica Feder Mayer

Os funcionários dos escritórios próximos iam à loja para reservar o pão de queijo, que já dei-xavam pagos, de forma que toda a produção do dia já tinha cliente certo.

Quanto mais sua mãe produzia pãezinhos, mais vendia;

A família ampliou a produção, e Helder pensava em vender os pães de queijo congelados nos supermercados de BH.

Entretanto, ele enfrentava a descrença dos compradores das redes varejistas, pois muitas outras pequenas fábricas ofereciam o produto, mas não garantiam a qualidade.

Ele decidiu que fabricaria pão de queijo de forma profissional, como uma indústria de verda-de.

Ele arregaçou as mangas: convenceu um tio a emprestar-lhe dinheiro e planejou a compra de equipamentos para produzir o pão de queijo em maior escala.

Para sua surpresa, não havia fornecedores de quem comprar os equipamentos para auto-matizar a produção.

Helder precisou convencer o dono de uma fundição a visitar fabricantes de equipamentos para panificação na Europa, para conhecer as máquinas e, inspirado nas máquinas européi -as, construir equipamento próprio para fazer as bolinhas do pão de queijo no Brasil.

Depois de muito trabalho duro, Helder podia dizer que havia criado o mercado de pão de queijo industrializado no Brasil.

Esse produto passou a ser encontrado em supermercados, cafés e lanchonetes de norte a sul do país.

Ele foi recompensado pela inovação: sua empresa foi vendida, anos depois, para um grupo europeu por um valor que o mercado estima em alguns milhões de dólares.

Podemos dizer que Helder Mendonça é um inovador?

Onde está a inovação,

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No produto (pão de queijo)

Ou no processo (fabricação )?

QUANDO O PÃO DE QUEIJO FOI INVENTADO? Não sabemos precisar. Helder Mendonça não criou um produto novo.

O pão de queijo já existia; as receitas de como fazer um bom pão de queijo estavam dispo-níveis. Os ingredientes utilizados na sua confecção eram de conhecimento geral. Logo, não houve inovação no produto.

O que Helder inovou foi o processo, ou seja, a maneira de fazer o pão de queijo sem perder a qualidade, em volume maior, para atender à indústria, utilizando equipamentos que permi-tissem automatizar o processo produtivo.

Entretanto, a proposta da empresa Forno de Minas não se resumiu a criar um novo proces-so produtivo para produzir pão de queijo congelado em grande volume e com qualidade.

A idéia era vender o produto não apenas por meio do supermercado, mas também tornar cada cafeteria, bodega ou bar um ponto de venda onde as pessoas pudessem comprar um pão de queijo. Para isso, era necessário criar as condições para que o dono da cafeteria ou bar tivesse como assar os pãezinhos e vender aos clientes.

Foi necessário pensar em tudo, desde o lugar onde os pães ficariam expostos até os fornos que assariam os mesmos, sem falar da capacitação da mão-de-obra.

Ele obteve um enorme sucesso, pois é fácil encontrar um lugar que venda o pão de queijo quentinho, pronto para o consumo.

Com isso, ele não vende apenas o pão de queijo congelado para as pessoas assarem em casa; ele construiu uma rede de venda de pão de queijo.

Ou seja, ele criou um novo conceito sobre como vender pão de queijo, criando, portanto, um modelo de negócio novo, ou seja, a forma como a empresa gera as suas receitas.

Com o passar do tempo, surgiram concorrentes que passaram a competir com a Forno de Minas, utilizando o mesmo processo e modelo de negócio, como, por exemplo, a Casa do Pão de Queijo.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA O processo de inovação é fundamental para a sobrevivência das organizações.

Esse processo gera novos bens, produtos, processos e até

novas empresas. Quando o resultado gerado pelo processo de inovação constitui-se numa tecnologia que

atende às necessidades dos seres humanos temos, então, a inovação tecnológica.

OBSERVAÇÕES

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O termo Inovação Tecnológica é usado de maneira ampla.

Os termos tecnológico e tecnologia referem-se também à forma utilizada para fazer as coi-sas.

Portanto, quando mencionamos uma empresa que criou um método novo de vender seus produtos aos clientes, podemos dizer que esta empresa adotou uma inovação tecnológica.

Exemplo: a Avon desenvolveu uma maneira própria de transformar donas de casa em vendedoras de seus produtos.

INOVAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo.

Inovação Tecnológica é a introdução, no mercado, de um produto tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou, ainda, a introdução, na empresa, de um processo produti-vo tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado

EXPLORANDO O QUE NÃO É UMA INOVAÇÃO Uma outra forma de entender a inovação é explicar o que ela não é. Exemplos:

1) A abertura de mais um salão de beleza não é uma inovação, mas a abertura de um salão de beleza especializado em cabelos cacheados, que produz seus próprios cremes e faz um relaxamento capilar que realça as características desse tipo de cabelo é uma inovação.

Uma outra forma de entender a inovação é explicar o que ela não é. Exemplos:

2) Um laboratório que fabrica um remédio genérico, depois que a patente que protege a cópia da substância foi expirada, não está inovando; está apenas competindo em um mercado cuja “briga” pelo cliente é feroz, uma vez que há muitos outros competidores que também irão produzir o mesmo produto e entrar na briga pelo mercado.IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃOOs produtos estão se tornando obsoletos de forma muito rápida, devido ao avanço da tecnologia.As inovações tecnológicas são responsáveis por drásticas mudanças nos hábitos das pessoas, no processo produtivo e até na gestão das empresas em todo o mundo.IMPACTO DA INOVAÇÃO NO COTIDIANO

IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO

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É mais do que apenas um avanço tecnológico.

É o trabalho criativo realizado numa base sistemática a fim de aumentar o conhecimento para desenvolver novas aplicações, o que nos remete à criação do conhecimento nas orga-nizações;

A inovação é alimentada pela criação de conhecimento, que gera novos produtos e servi-ços, através dos quais as empresas podem enfrentar as mudanças do ambiente empresarial e ainda obter a necessária vantagem competitiva.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E CONHECIMENTO Então, o desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, iterativo ou de aprimoramento sobre outros bens, produtos ou processos já existentes

Uma condição imprescindível para que ocorra a

inovação tecnológica é o CONHECIMENTO A inovação expressa a criação de conhecimento organizacional e deve ser entendida como

um processo no qual a organização concebe os problemas e desenvolve meios para resol-vê-los, para a seguir tomar as decisões.

A inovação, entendida como o uso do conhecimento e das competências organizacionais com o objetivo de criar valor, pode ser aplicada nos processos para melhorar a qualidade dos bens/serviços, reduzir tempo e custos, entre outros objetivos organizacionais.

Anotações da AulaInovação é um novo produto, ou uma forma diferente de se realizar um processo.

Inovação Tecnológica é quando se introduz no mercado uma nova maneira de fazer alguma coisa ou criar uma nova forma para um processo.

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Rio de Janeiro 10 de Novembro de 2010

Aula 4: O Processo de Inovação Tecnológica

Objetivo:1. Identificar oportunidades para inovação, diferenciando os conceitos de criatividade x inovação e descoberta x invenção x inovação x difusão. 2. Compreender os modelos de mudança tecnológica, diferenciando os modelos lineares dos interativos. 3. Entender o processo de construção das capacidades tecnológicas numa organização por meio do conhecimento de cada estratégia tecnológica e as formas de acesso à tecnologia.

Introdução

Na sociedade contemporânea, baseada na informação e no conhecimento, o processo de inovação é fundamental para sobrevivência das organizações. Esse processo gera novos bens, produtos, processos e até novas empresas. Quando o resultado gerado pelo processo de inovação constitui-se numa tecnologia que atende às necessidades dos seres humanos, temos, então, a inovação tecnológica.

O profissional da área de Tecnologia da Informação é um ator fundamental no desenvolvimento da inovação tecnológica que necessita compreender plenamente esse processo para que possa ser protagonista nas organizações, atuando de forma criativa na solução de problemas e no desenvolvimento de soluções inovadoras.

Modelos de mudança tecnológica

Descoberta é desvelar algo que já existia. Considera-se uma descoberta quando tem muito valor para a humanidade. Ex.: o átomo

Invenção é a criação de um novo produto ou processo, inédito. Ex.: o computador

Inovação é o desenvolvimento de uma descoberta ou invenção agregando-se a estas um valor social ou comercial. Ex.: o computador móvel (notebook).

Acima estão os processos contínuos do desenvolvimento humano, que se diferenciam entre si, mas todos são muito importantes na cadeia de construção do conhecimento. Quando a inovação é fortemente expandida para uso comercial, acontece o processo de difusão.

Um exemplo do processo de difusão é o telefone celular, uma inovação do telefone fixo (invenção) que foi fortemente difundido na sociedade, gerando um valor comercial muito grande e movimentando cifras muito elevadas nessa indústria.

Apenas para exemplificar: A produção de telefones celulares no Brasil

apresentou crescimento de 59,7% em janeiro de 2010 quando comparada à janeiro de 2009, isso sem contar com o mercado de desenvolvimento de aplicativos para esses aparelhos e o de operadoras de telefonia.

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As condições que promovem a criação de espiral do conhecimento

Sendo a inovação imprescindível para o crescimento das organizações e para seu diferencial competitivo, vários têm sido os modelos propostos para desenvolvê-la ou criar um ambiente organizacional inovador.

Um desses modelos é o linear1, que surgiu a partir do fim da 2ª guerra mundial e se manteve como paradigma sobre inovação em Ciência e Tecnologia (C&T) por cerca de três décadas.

As figuras seguintes podem mostrar melhor o modelo linear:

Modelos de mudança tecnológica

O modelo linear como único caminho para a inovação foi superado por ter como base muito forte a pesquisa científica para geração de novas tecnologias, partindo da descoberta científica para a invenção e, finalmente, para a industrialização e mercado.

Nem sempre a inovação acontece nessa ordem de forma tão linear, baseada somente em construção de artefatos e de desenvolvimento de conhecimentos específicos relacionados com produtos e processos. A inovação é um processo social e pode ser gerada em diferentes ambientes e com diferentes metodologias.

1 No modelo Linear, o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias são vistos como uma seqüência bem definida no tempo, que se origina na atividade de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento do produto, e leva à produção e, eventualmente, à comercialização (ODCE, 1992).

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Para compreender o modelo linear, leia o conteúdo das páginas de 52 a 57 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

As abordagens não-lineares ou interativas surgiram, então, trazendo novos modelos para o desenvolvimento da inovação, baseados na premissa de que de a inovação desenvolve-se a partir de um processo social, com a participação de diferentes atores, com várias retroações. Nos modelos interativos, a identificação de necessidades de mercado ou de nichos específicos tem papel muito importante, além do papel do design (projetista) e de outros atores no processo de desenvolvimento da inovação. O centro da inovação é a empresa, combinando interações internas e externas a ela, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo.

Conheça, então, como a inovação pode ser desenvolvida por diferentes caminhos:

Caminho central da inovação Iniciando no mercado e tendo como centro a empresa.

Caminho direto de e para a pesquisa A partir de uma necessidade detectada na empresa ou de uma pesquisa aproveitada pela empresa.

Caminho das retroalimentações A partir de mudanças incrementais num produto ou processo, com o seu uso, seguindo um ciclo de fases que retroagem, gerando sempre um produto modificado.

Caminho da tecnologia gerado ciência A partir das necessidades da indústria por instrumentos, ferramentas ou tecnologias.

Consulte o material didático: para saber mais detalhadamente sobre os modelos interativos, leia o conteúdo das páginas de 57 a 77 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação

de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

Estratégias de Inovação tecnológica das empresas e as formas de acesso à tecnologia

Para que uma empresa seja efetivamente produtora de inovação tecnológica, é necessário que sejam criados um ambiente e uma cultura de inovação tecnológica. Quanto mais uma organização tem domínio e experiência no processo de inovação tecnológica, maior é sua capacidade tecnológica.

Assim, podemos inferir que a empresa Google tem um alto grau de capacidade tecnológica, por exemplo.

Essa capacidade tecnológica é construída através de um processo que envolve obtenção de capacidades tecnológicas:

Materiais Licenças de patentes, manuais de procedimentos, tecnologia e ferramentas de apoio ao desenvolvimento de novos produtos.

Imateriais Conhecimento dos funcionários sobre áreas tecnológicas, processos, procedimentos e produtos da organização, bem como sobre o mercado.

Para compreender o processo de construção de capacidades tecnológicas, leia o conteúdo das páginas de 79 a 83 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino.

Editora Manole, 2008.

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Para desenvolver as capacidades tecnológicas materiais e imateriais, a organização necessita definir estratégias tecnológicas apropriadas.

As estratégias tecnológicas mais conhecidas são: ofensiva, defensiva, imitadora, dependente, tradicional e oportunista.

Para compreender cada estratégia de inovação tecnológica, leia o conteúdo das páginas de 83 a 87 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora

Manole, 2008.

Quando a organização já tem a dimensão do seu grau de capacidade tecnológica e definiu suas estratégias tecnológicas para desenvolver o clima organizacional inovador, é chegado o momento de identificar as formas necessárias para o acesso à tecnologia.

Para compreender cada forma de acesso à tecnologia, leia o conteúdo das páginas de 83 a 87 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

Como já vimos até aqui, para ser competitiva no cenário globalizado da sociedade do conhecimento, é necessário que a organização desenvolva capacidades tecnológicas, defina estratégias para a inovação e formas de acesso à tecnologia.

Nesta aula, você:

• Identificou quando existem oportunidades para inovação numa organização, diferenciando os conceitos de criatividade x inovação e descoberta x invenção x inovação x difusão.

• Compreendeu os modelos de mudança tecnológica, diferenciando os modelos lineares dos interativos.• Entendeu o processo de construção das capacidades tecnológicas numa organização por meio do conhecimen-

to de cada estratégia tecnológica e as formas de acesso à tecnologia.

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Leitura do capítulo 5 do livro Interfaces: A Chave para Compreender as Pessoas e suas Re-lações em um Ambiente de Inovação, de José Alberto Sampaio Aranha. Editora Saraiva, 2009.

Leitura dos capítulos 3 e 4 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

Saiba mais sobre as formas de acesso à tecnologia fazendo uma busca em nossa biblioteca virtual por palavra chave. Use a função de anotações para colocar seus comentários e ob-servações sobre os arquivos encontrados.

Aula Tele TransmitidaPROFª VANILDE MANFREDI AULA 4

Conceitos da aula Criatividade x inovaçãoDescoberta x invenção x inovação x difusão. Modelos de mudança tecnológicaProcesso de construção das capacidades tecnológicasAnalise a situação apresentada a seguir e assinale a alternativa que lhe parece correta, sob o ponto de vista do cliente:

Opção A.O modelo de telefone celular “A” permite enviar mensagem. O fabricante desenvolveu esse

novo modelo e o colocou à disposição das operadoras, que irão oferecer esse novo serviço, gratuitamente, aos seus clientes.

É provável que muitos clientes desejem trocar seu aparelho por um novo modelo que envie mensagem.

Opção B. O modelo de telefone celular “B” permite tirar fotografia e enviar a foto pelo celular. O

fabricante desenvolveu essas novas ferramentas e as colocou à disposição das operadoras, que irão permitir que seus clientes enviem e recebam fotos gratuitamente.

É provável que muitos clientes desejem trocar seu aparelho por um novo com essas funcionalidades. Opção C.

O modelo de telefone celular “C” permite enviar mensagem, tirar fotografia e enviar a foto pelo celular. O fabricante desenvolveu essas funcionalidades e as colocou à disposição das operadoras, que irão permitir que seus clientes enviem e recebam fotos e mensagens sem nenhum custo. A operadora permite, ainda, que os clientes “baixem“ gratuitamente da internet ringtones personalizados para o seu celular.

É provável que muitos clientes desejem trocar o seu aparelho.Opção D.

As alternativas a, b e c estão corretas. Resposta Comentada As pessoas trocam aparelhos com bastante freqüência.No Brasil, os celulares são trocados, em média, antes de completarem dois anos de uso. O que será que faz com que as pessoas comprem um modelo novo, mesmo quando o seu modelo antigo está em perfeitas condições de uso?

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Resposta Comentada Uma parte desta resposta está na capacidade que a indústria de telefones celulares tem desenvolvido de oferecer novas funcionalidades aos aparelhos, permitindo que as pessoas possam utilizá-los para fazer coisas que antes não eram possíveis. Essa é a razão central pela qual muitas pessoas trocariam seus celulares

Resposta Comentada Como a pergunta pede que você se coloque na perspectiva do cliente, a letra “D” é a mais correta, ou seja, utilizar uma nova funcionalidade sem ter que pagar por ela, o que agrada a qualquer cliente.Com este exemplo, queremos destacar que o que move o mundo da inovação é a capacidade de propor algo que tenha valor para o cliente, e que esse valor seja reconhecido.

Criatividade:

Refere-se a habilidade de combinar idéias de uma forma única ou de fazer associação pouco usuais entre idéias. (Stephen Robbins )

Inovação:

Exploração bem sucedida de novas idéias. É a corporificação,combinação ou síntese do conhecimento em novos produtos,processos ou serviços que proporcionam valor de forma original e relevante. (Katz)

Qual a relação entre inovação e criatividade? Para que a inovação aconteça, é necessário que as pessoas sejam criativas na abordagem dos problemas. Dessa forma, serão capazes de encontrar novas maneiras de fazer as coisas. (Teresa Amabile) Então, inovação e criatividade estão ligadas de maneira muito forte. Para a inovação acontecer, é necessário que existam pessoas criativas e um ambiente que estimule a criatividade.Descobrimoso que já existia antes, embora para nós desconhecido; inventamos o que não existia antes ...

Descoberta - Adjetivo decorrente de descobrir.• Descobrir = Encontrar pela primeira vez, achar, encontrar.

Invenção - Ato ou efeito de inventarCoisa imaginada ou inventada; engenhosidade, criatividade. Inventar = Ser o primeiro a ter a

idéia de. Criar na imaginação.• INVENÇÃO É:

- Gerar uma ideia, um conceito ou uma solução onde não existe nada. É descobrir algo novo. - Ser 100% original.

• INOVAÇÃO É:

- Tornar novo. Mudar ou alterar as coisas, introduzindo novidades que gere diferencial. - Pode ser no produto, no processo, nos serviços ou até mesmo no negócio. Invenção x Inovação

A invenção surge de um processo criativo, sem objetivo comercial definido.No momento em que chega à sociedade e produz algum resultado torna-se inovação.

Difusão

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• Processo pelo qual uma inovação vai sendo adotada gradativamente por um setor da socie-dade; ele vai da divulgação da existência da inovação até sua adoção por usuários e ocorre ao longo de um certo tempo.

Modelos de Mudanças Tecnológicas• A inovação é fundamental para o crescimento das organizações e para seu diferencial com-

petitivo.

• Por esta razão, vários têm sido os modelos propostos para desenvolvê-la ou criar um ambi-ente organizacional inovador.

• Existem dois tipos principais de modelos de inovação:

– O modelo linear

– O modelo interativo

Modelo linear da inovação tecnológica • No modelo linear o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias

são vistos como uma seqüência de tempo bem definida, que se origina nas atividades de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento do produto e leva à produção e, eventual-mente, à comercialização

• O modelo linear se mostrou limitado ao se constatar que os investimentos em P&D não le-vavam automaticamente ao desenvolvimento tecnológico e sucesso econômico do uso da tecnologia.

Modelo linear da inovação tecnológica

Modelo interativo da inovação tecnológica • No modelo interativo, o centro da inovação é a empresa.

• Ele combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. A inovação é atividade da empresa.

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• Da empresa derivam as iniciativas que vão possibilitar a inovação, partindo-se de necessi-dades do mercado, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo conhecimento científico.

Modelo interativo da inovação tecnológica

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Rio de Janeiro 18 de Novembro de 2010

Aula 5: O Empreendedor

Objetivo:1. Compreender o amplo conceito relacionado ao termo empreendedorismo. 2. Conhecer as características, algumas definições e os tipos de empreendedor, seus comportamentos e suas formas de interação com o mundo.

Introdução

As organizações do mundo contemporâneo esperam que seus funcionários sejam automotivados, estabeleçam metas e trabalhem para alcançá-las, sejam comprometidos com os resultados da empresa, tenham ideias criativas e inovadoras, saibam buscar informações confiáveis para o negócio, busquem oportunidades demonstrando iniciativa e proatividade, sejam persistentes e saibam avaliar e correr riscos, entre outras competências.

Todas essas características fazem parte do perfil empreendedor e serão abordadas de forma mais detalhada nesta aula, por meio da qual você conhecerá as características, algumas definições e os principais tipos e comportamentos empreendedores.

O empreendedor e suas interações

Há cerca de uma década, o termo empreendedorismo vem sendo amplamente utilizado no Brasil, com várias definições e aplicações nos negócios, na educação e em diversos setores e atividades da sociedade.

O empreendedor possui um conjunto de características próprias e não necessariamente precisa ter um negócio próprio ou ser um empresário para atuar usando o empreendedorismo.

Para conhecer a origem do termo empreendedorismo e alguns de seus significados, leia o conteúdo das páginas de 87 a 89 do livro Interfaces: A Chave para Compreender as Pessoas e suas Relações em um Ambiente de

Inovação, de José Alberto Sampaio Aranha. Editora Saraiva, 2009.

Significado do termo empreendedor Está diretamente relacionado a um conjunto de comportamentos que possibilitam ao ser humano atuar e agir em suas interações como catalisador de mudanças na sociedade.

Que a partir de uma oportunidade agiram de forma empreendedora e visionária, construindo empresas inovadoras e valiosas.

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Mas para ser um empreendedor, não é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso.

Podemos agir de forma empreendedora em nosso dia a dia, em várias dimensões:

Ser um empreendedor independe de classe social, nacionalidade, formação acadêmica e outros fatores sócio-econômico-culturais.

Para se tornar um empreendedor, é importante desenvolver os comportamentos necessários para atuar dessa forma em suas interações na sociedade e com o mundo. Assim, o empreendedorismo pode ser aprendido e desenvolvido em diversas situações de nosso cotidiano e não obrigatoriamente nascer com a pessoa, como se fosse um componente genético ou um comportamento exclusivamente nato. Muitos empreendedores também se desenvolvem através do exemplo de familiares ou amigos com os quais convivem.

Existem definições e variados tipos de empreendedor e suas características vêm sendo analisadas e estudadas há décadas, tornando o empreendedorismo uma área de estudos e pesquisas.

Para conhecer as definições e os tipos de empreendedor leia o conteúdo das páginas 93 e 96 do livro interfaces: A chave para compreender as pessoas e suas relações em um ambiente de inovação, de José Alberto Sampaio

Aranha. Editora Saraiva, 2009.

Para fins de análise e estudos, vamos organizar os principais comportamentos empreendedores da seguinte forma:

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Na aula 6, vamos detalhar e discutir cada um desses comportamentos para que você possa compreendê-los e aplicá-los em sua vida diária, tornando-se um empreendedor ativo.

Antes da próxima aula você deve preencher o questionário sobre comportamentos empreendedores e guardar suas respostas. Esse formulário respondido será um instrumento muito importante para nossa próxima aula!

Responda com reflexão e honestidade o questionário sobre comportamentos empreendedores que será utilizado na próxima aula.

Este questionário se constitui de 55 afirmações breves. Leia cuidadosamente cada afirmação e decida qual o descreve da melhor forma. Seja honesto consigo mesmo. Lembre-se de que ninguém faz tudo corretamente, nem mesmo é desejável que saiba fazer tudo.

Selecione o número que corresponde à afirmação que o descreve:

1 = nunca2 = raras vezes3 = algumas vezes4 = usualmente5 = sempre

Anote o número selecionado na linha à direita de cada afirmação. Algumas afirmações podem ser similares, mas nenhuma é exatamente igual. Todas as afirmações devem ter um número: 1, 2, 3, 4 ou 5.

1. Esforço-me para realizar as coisas que devem ser feitas.2.Quando me deparo com um problema difícil, levo muito tempo para encontrar a solução.3.Termino meu trabalho em tempo.4.Aborreço-me quando as coisas não são feitas devidamente.5.Prefiro situações em que posso controlar ao máximo o resultado final.6.Gosto de pensar no futuro.7.Quando começo uma tarefa ou projeto novo, coleto todas as informações possíveis antes de dar prosseguimento .8.Planejo um projeto grande dividindo-o em tarefas mais simples.9.Consigo que os outros apóiem minhas recomendações.10.Tenho confiança de que posso ser bem-sucedido em qualquer atividade que me proponha a executar.11.Não importa com quem fale, sempre escuto atentamente.12.Faço as coisas que devem ser feitas sem que os outros tenham que me pedir.13.Insisto várias vezes para conseguir que as outras pessoas façam o que desejo.14.Sou fiel às promessas que faço.15.Meu rendimento no trabalho é melhor do que o das outras pessoas com quem trabalho.16.Envolvo-me com algo novo só depois de ter feito todo o possível para assegurar o seu êxito.17.Acho uma perda de tempo me preocupar com o que farei de minha vida.18.Procuro conselhos das pessoas que são especialistas no ramo em que estou atuando.19.Considero cuidadosamente as vantagens e desvantagens de diferentes alternativas antes de realizar uma tarefa.20.Não perco muito tempo pensando em como posso influenciar as outras pessoas.21.Mudo a maneira de pensar se outros discordam energicamente dosmeus pontos de vista.22.Aborreço-me quando não consigo o que quero.23.Gosto de desafios e novas oportunidades.24.Quando algo se interpõe entre o que estou tentando fazer, persisto em minha tarefa.

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25.Se necessário, não me importo de fazer o trabalho dos outros para cumprir um prazo de entrega.26.Aborreço-me quando perco tempo.27.Considero minhas possibilidades de êxito ou fracasso antes de começar a atuar.28.Quanto mais específicas forem minhas expectativas em relação ao que quero obter na vida, maiores serão minhas possibilidades de êxito.29.Tomo decisões sem perder tempo buscando informações.30.Trato de levar em conta todos os problemas que podem se apresentar e antecipo o que faria caso eles acontecessem.31.Conto com pessoas influentes para alcançar minhas metas.32.Quando estou executando algo difícil e desafiador, tenho confiança em meu sucesso.33.Tive fracassos no passado.34.Prefiro executar tarefas que domino perfeitamente e em que me sinto seguro.35.Quando me deparo com sérias dificuldades, rapidamente passo para outras atividades.36.Quando estou fazendo um trabalho para outra pessoa, me esforço de forma especial, para que fique satisfeito com o trabalho.37.Nunca fico totalmente satisfeito com a forma com que são feitas as coisas; sempre considero que há uma maneira melhor de fazê -las.38.Executo tarefas arriscadas.39.Conto com um plano claro de vida.40.Quando executo um projeto para alguém, faço muitas perguntas para assegurar-me de que entendi o que a pessoa quer.41.Enfrento os problemas na medida em que surgem, em vez de perder tempo antecipando-os.42.Para alcançar minhas metas procuro soluções que beneficiem todas as pessoas envolvidas em um problema.43.O trabalho que realizo é excelente.44.Em algumas ocasiões obtive vantagens de outras pessoas.45.Aventuro-me a fazer coisas novas e diferentes das que fiz no passado.46.Tenho diferentes maneiras de superar obstáculos que se apresentam para a obtenção de minhas metas.47.Minha família e minha vida pessoal são mais importantes para mim do que as datas de entregas de trabalho determinadas por mim mesmo.48.Encontro a maneira mais rápida de terminar os trabalhos, tanto em casa quanto no trabalho.49.Faço coisas que as outras pessoas consideram arriscadas.50.Preocupo-me tanto em alcançar minhas metas semanais quanto minhas metas atuais.51.Conto com várias fontes de informação ao procurar ajuda para a execução de tarefas e projetos.52.Se determinado método para enfrentar um problema não der certo recorro a outro.53.Posso conseguir que pessoas com firmes convicções e opiniões mudem seu modo de pensar.54.Mantenho-me firme em minhas decisões, mesmo quando as outras pessoas se opõem energicamente.55.Quando desconheço algo, não hesito em admiti-lo.

Nesta aula, você:

• Compreendeu o amplo conceito relacionado ao termo empreendedorismo. • Conheceu as características, algumas definições e os tipos de empreendedor, seus comportamentos e suas

formas de interação com o mundo.

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Na próxima aula, vamos falar sobre os comportamentos do empreendedor e as dificuldades e barreiras que se apre-sentam para o mesmo.

Aula Tele TransmitidaPROF.ª VANILDE MANFREDI AULA 5

• CONCEITOS DA AULA

Empreendedorismo: conceito, características,

Comportamento do empreendedor • Empreender” é a ação de praticar, de pôr em execução.

• Origina-se do latim imprehendere

• Já o termo “empreendedorismo” parece ter sido originado da livre tradução da palavra da língua inglesa entrepreneurship.

• (Fonte: Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)

• Empreender = “fazer acontecer”.

• Quem empreende está utilizando todas as suas capacidades para realizar alguma coisa que tenha valor para a sociedade.

• Uma sociedade que possui muitos empreendedores está em um movimento de geração de riqueza.

• Por outro lado, uma nação com poucos empreendedores tem uma capacidade muito limita-da de produzir bens e serviços para atender às suas necessidades.

O filme, Piratas do Vale do Silício (ou Piratas da Informática), narra a estória da criação e crescimento de duas empresas pioneiras no mercado da informática, a Apple e a Microsoft.

O filme mostra a importância da tecnologia como alto teor competitivo entre as empresas. Ter a Tecnologia e a informação em suas mãos é ter o controle e os negócios em suas mãos.

• Baseado no filme “Piratas da Informática”, discuta

• as seguintes questões:

• 1 - Quando se discute o tipo de inovação (produto, processo, organizacional, de modelo de negócio) como você classifica o computador desenvolvido por Jobs e Wozniak?

• 2 - Quais as prováveis razões que levaram a HP a desprezar o produto apresentado por Steve Wozniak ?

• Baseado no filme “Piratas da Informática”, discuta

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• as seguintes questões:

• 3 - Por que a XEROX concordou em transferir para Apple o seu conhecimento sobre interfa-ce gráfica e mouse ?

• 4 - Quais características empreendedoras podem ser destacadas em Steve Jobs?

• 5 - Comparando os dois Steves, o que se pode perceber

• das posturas empreendedoras, inovadoras e inventivas ?

• (Adaptado de: Sandra R.H. Mariano / Verônica Feder Mayer)

No filme também podemos observar como foi a relação empresarial de dois homens, Steve

Job’s (Apple) e Bill Gates (Microsoft), que foram os fundadores dessas empresas. Mas ... nesta aula nos interessa apenas a parte inicial do filme, a criação da Apple.

“Piratas da Informática”, disponível em:( acesso: 04/11/2010)

• http://www.youtube.com/watch?v=KLjCk1Gqimo& feature = related

• http://www.youtube.com/watch?v=zqrElTpdm78

Características de comportamento empreendedor 1. Busca de oportunidades e iniciativa• Identifica e explora oportunidades de negócio fora do comum.• Age antes de ser solicitado ou ser forçado pelas circunstâncias.2. Persistência• Esforçar-se para enfrentar um desafio ou superar um obstáculo.• Muda de estratégia, se necessário, para alcançar uma meta.

Características de comportamento empreendedor 3. Aceitação de riscos• Calcula detalhada e conscientemente os riscos.• Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.4. Exigência de eficiência e qualidade• Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rapidamente e a custos mais baixos.• Age para fazer coisas que satisfaçam e superem os padrões de excelência ou busca aprimorar o desempenho.

Características de comportamento empreendedor 5. Comprometimento com o trabalho • Assume plena responsabilidade por problemas que possam prejudicar a conclusão de um trabalho no prazo estipulado• Faz sacrifícios pessoais ou empreende esforços extraordinários para concluir uma tarefa;.

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6. Estabelecimento de metas• Define metas e projeções de longo prazo, claras e específicas.• Define e revisa continuamente os objetivos de curto prazo.

Características de comportamento empreendedor 7. Busca de informações• Utiliza contatos pessoais ou comerciais para obter informações úteis.8. Planejamento e monitoramento sistemáticos• Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas.• Mantém registros financeiros e os consulta para tomar decisões.

Características de comportamento empreendedor 9. Persuasão e redes de contatos• Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir as pessoas.• Utiliza contatos pessoais ou comerciais para atingir seus próprios objetivos.10. Independência e autoconfiança• Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição aos seus projetos ou mesmo quando estes não proporcionam resultados satisfatórios logo de imediato.• Exprime confiança em sua capacidade de concluir uma tarefa difícil ou de enfrentar um desafio.

Anotações da AulaA HP não acreditou na inovação de Wozniack, porque achava que uma pessoa física não teria

necessidade de ter um PC em casa.

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Rio de Janeiro 18 de Novembro de 2010

Aula 6: Desenvolvimento do Comportamento do Empreendedor

Objetivo:1. Identificar os principais comportamentos do empreendedor e suas características;2. Compreender as dificuldades e barreiras encontradas pelo empreendedor em sua trajetória.

Introdução

As organizações do mundo contemporâneo esperam que seus funcionários sejam auto-motivados, estabeleçam metas e trabalhem para alcançá-las, sejam comprometidos com os resultados da empresa, tenham idéias criativas e inovadoras, saibam buscar informações confiáveis para o negócio, busquem oportunidades demonstrando iniciativa e proatividade, sejam persistentes e saibam avaliar e correr riscos, entre outras competências.

Todas essas características fazem parte do perfil empreendedor e serão abordadas de forma mais detalhada nessa aula, por meio da qual você conhecerá os principais tipos e comportamentos empreendedores e as dificuldades e barreiras encontradas pelo empreendedor em sua trajetória.

Planilha – Passo a Passo

Antes de iniciarmos essa aula é necessário que você recupere os resultados do formulário sobre comportamentos empreendedores, preenchido na aula 5.

Preencha a planilha “Avaliação, comportamentos e empreendedores” com esses resultados seguindo os seguintes passos:

Preencha somente as células azuis da planilha, inserindo os valores que você colocou como resposta no questionário da aula anterior, de acordo com os números abaixo de cada campo azul.

Se na afirmação 1 do questionário você escreveu 5, na planilha coloque o número 5 na célula azul acima do número 1.

Observe que o último grupo não se refere a um comportamento empreendedor, sendo um fator de correção2

2 O fator de correção (total da soma das respostas 11, 22, 33, 44 e 55) é utilizado para determinar se a pessoa tentou apresentar uma imagem altamente favorável de si mesma.

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Se o total dessa soma for maior ou igual a 20, então o total da pontuação dos 10 comportamentos empreendedores deve ser corrigido para poder dar uma avaliação mais precisa da pontuação dos comportamentos empreendedores do indivíduo.

Se seu resultado deu maior ou igual a 20 então aplique agora o fator de correção usando os seguintes números:

Preencha agora a planilha “Correção_Pontuação” usando sua pontuação original da planilha “Avaliação_Comportamentos_Empreendedores” e os valores acima do fator de correção.

Se seu fator de correção foi 23 coloque sua pontuação original da planilha “Avaliação_Comportamentos_Empreendedores” nas células Pontuação Original e use o fator de

correção 5 da tabela.

Raphael da Silva Roma 2º Período – 1º Trimestre Sistemas de InformaçãoMatrícula: 2010.01.50934-1 2010.4 48

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Agora faça uma análise de cada resultado de seus comportamentos empreendedores usando os parâmetros seguintes:

21 a 25 Você tem esse comportamento bem desenvolvido.16 a 20 Você tem traços fortes desse comportamento e pode desenvolvê-lo mais.11 a 15 Você apresenta esse comportamento eventualmente, em situações específicas.06 a 10 Você raramente apresenta esse comportamento.01 a 05 Você não apresenta esse comportamento, mas pode desenvolvê-lo.

Comportamentos do Empreendedor

Agora que você já fez uma auto-avaliação de seus comportamentos empreendedores vamos conhecer cada um desses comportamentos de e suas principais características (Fonte: EMPRETEC/SEBRAE):

Estabelecimento de metas

O empreendedor é capaz de:

• Estabelecer metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;

• Definir metas de longo prazo, claras e específicas;

• Estabelecer objetivos de curto prazo mensuráveis.

Busca de informações

O empreendedor é capaz de:

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Page 47: CADERNO INOVAÇÃO

• Dedicar-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e/ou concorrentes;

• Investigar pessoalmente, como desenvolver, um produto ou fornecer um serviço;

• Consultar especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.

Planejamento e monitoramento sistemático

O empreendedor é capaz de:

• Planejar, dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos;

• Constantemente revisar seus planos levando em conta os resultados obtidos e mudanças circunstanciais;

• Manter registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.

Busca de oportunidades e iniciativa

O empreendedor é capaz de:

• Aproveitar oportunidades fora do comum para iniciar um projeto, negócio ou atividade, como: obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência;

• Agir para se expandir em novas áreas, produtos ou serviços;

• Fazer as coisas antes de solicitado ou de forçado pelas circunstâncias.

Comprometimento

Comprometimento O empreendedor é capaz de:

• Fazer um sacrifício pessoal ou despender um esforço extraordinário para completar uma tarefa;

• Esmerar-se em manter os clientes ou parceiros satisfeitos e colocar-se em primeiro lugar a boa vontade em longo prazo, acima do lucro em curto prazo;

• Colaborar com os colaboradores ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho.

Exigência de qualidade e eficácia

O empreendedor é capaz de:

• Encontrar maneiras de fazer uma atividade melhor, mais rápida ou mais barata;

• Agir de maneira a fazer as coisas que satisfaçam ou excedam padrões de excelência;

• Desenvolver ou utilizar procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.

Persistência

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Page 48: CADERNO INOVAÇÃO

O empreendedor é capaz de:

• Agir com persistência ou mudar a estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo;

• Agir diante de um obstáculo significativo;

• Assumir responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas e objetivos.

Correr riscos calculados

O empreendedor é capaz de:

• Avaliar alternativas e calcular riscos deliberadamente;

• Colocar-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados;

• Agir para reduzir os riscos ou controlar os resultados.

Negociação e rede de contatos

O empreendedor é capaz de:

• Utilizar pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos;

• Agir para desenvolver e manter relações comerciais;

• Utilizar estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros.

Independência e autoconfiança

O empreendedor é capaz de:

• Manter seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores;

• Buscar autonomia em relação a normas e controle dos outros;

• Expressar confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de se enfrentar um desafio.

Comportamentos do Empreendedor

Com base nas características apresentadas de cada comportamento empreendedor faça uma reflexão sobre seus resultados da auto-avaliação e registre aquelas características que você tem potencial para desenvolver e melhorar ainda mais sua atuação empreendedora, tanto na vida acadêmica, como na profissional e na pessoal.

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Dificuldades e barreiras encontradas pelo empreendedor em sua trajetória

Joseph Schumpeter foi um dos primeiros economistas do século 20 a estudar a inovação e a perceber que a inovação e as mudanças tecnológicas são frutos do empreendedorismo.

O empreendedor deve ter uma busca premente pela inovação de seu próprio produto ou serviço para evitar a obsolescência.

Nesse caminho se depara com algumas barreiras e dificuldades:

a) Encontrar a oportunidade de negócio;

b) Carência de conhecimento da área de negócio escolhida;

c) Falta de formação empreendedora e gerencial;

d) Dificuldades de obter financiamento e

e) Inexperiência em lidar com o risco.

Nesta aula, você:

• Identificou os principais comportamentos do empreendedor e suas características. • Compreendeu as dificuldades e barreiras encontradas pelo empreendedor em sua trajetória.

Na próxima aula, vamos estudar sobre perfis para o processo de inovação tecnológica e inovação e criatividade.

Aula Tele TransmitidaPROFª. VANILDE MANFREDI - AULA 6

CONCEITOS DA AULA ATITUDE EMPREENDEDORA

TIPOS DE EMPREEDEDORISMAO

CARACTERÍSTICAS DE COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR 1. Busca de oportunidades e iniciativa

2. Persistência

3. Aceitação de riscos

4. Exigência de eficiência e qualidade

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Page 50: CADERNO INOVAÇÃO

5. Comprometimento com o trabalho

6. Estabelecimento de metas

7. Busca de informações

8. Planejamento e monitoramento sistemáticos

9. Persuasão e redes de contatos

10. Independência e autoconfiança

EXEMPLO DE PERSISTÊNCIA E EMPREENDEDORISMO:http://www.youtube.com/watch?v=z6CrbpQi_ Vs&feature = related

COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR X ATITUDE EMPREENDEDORA Até agora, utilizamos o termo “comportamento”, mas passaremos a adotar o termo “atitude”, referindo-nos ao empreendedor.

Qual a diferença entre comportamento e atitude? Comportamento: – s.m. – maneira de se comportar; procedimento. Em Psicologia significa conjunto constituído pelas reações do indivíduo aos estímulos. Atitude: – s.f. – modo de ter o corpo; postura. Norma de proceder ou ponto de vista, em certas conjunturas. Disposição interior, maneira de enfrentar um problema. (Fonte: dicionário Michaelis) Aspectos importantes em um empreendimento: conhecimento, habilidade e atitude. Conhecimento: representado pelo que você sabe sobre um determinado assunto e geralmente é adquirido em livros, aulas e laboratórios. Conhecer uma determinada área de atuação também é um fator muito importante para você conseguir um bom resultado. Habilidade: adquirida no exercício de alguma atividade, demonstrando ao indivíduo capacidade para realizar algo, quer pela experiência, pela prática ou até mesmo por uma qualidade que possua. Atitude: nos leva a imaginar uma ação, uma postura ativa na direção de colocar algo em andamento e está muito associada a fazer acontecer.

O comportamento tem uma diferença em relação à atitude: ele é algo essencialmente racio-nal, decorrente do conhecimento, da habilidade e das percepções.

Mas, sendo o comportamento uma posição racional, não necessariamente conduz um indi-víduo a agir sempre e de maneira determinada seguindo sua racionalidade.

O QUE É UMA ATITUDE EMPREENDEDORA? Consiste em empreender como trajetória escolhida para sua vida. Ela ocorre por sua convic-

ção racional e por seu sentimento, sua vontade, mas não por algo imposto ou recomendá-vel.

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Page 51: CADERNO INOVAÇÃO

Cada vez mais, jovens recém-formados, profissionais bem-sucedidos no mercado e alguns tantos aposentados, depois de uma vida inteira trabalhando como empregados, optam por empreender e construir uma nova carreira por conta própria.

“Empreendedorismo é um comportamento e não um traço da personalidade” (Peter Drucker).

“Empreendedor” É um indivíduo que estabelece e gera um negócio com a principal intenção de lucro e cres-

cimento.

Empreendedor é caracterizado principalmente, pelo comportamento inovador e empregará práticas estratégicas de gerenciamento no negócio.

TIPOS DE EMPREENDEDORISMO

Empreendedorismo por oportunidade :Aqueles que abrem um negócio porque vêem uma oportunidade de explorar uma atividade com sucesso são os chamados empreendedores por oportunidade. Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar o caminho do empreendedorismo, abrindo o seu próprio negócio, mesmo que informal.

Empreendedorismo por necessidade :Empreendedorismo por não ter outra opção de trabalho. Pessoas que trabalhavam como autônomas no setor informal da economia: camelôs, ambulantes e outros que cuidam do seu próprio negócio, mas o fazem por não conseguirem um emprego com carteira assinada.

DIFICULDADES E BARREIRAS ENCONTRADAS PELO EMPREENDEDOR A) Encontrar a oportunidade de negócio;

B) carência de conhecimento da área de negócio escolhida;C) falta de formação empreendedora e gerencial;D) dificuldades de obter financiamento e E) inexperiência em lidar com a com o risco.

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Rio de Janeiro 23 de Novembro de 2010

Aula 7: Perfis para Inovação Tecnológica

Objetivo:1. Identificar comportamentos e posturas que favorecem o processo de inovação tecnológica. 2. Compreender os conceitos de inovação e criatividade e sua aplicação nas organizações.

Introdução

A criatividade é o elemento básico para geração da inovação, entretanto esses conceitos são diferentes e, ao mesmo tempo, intimamente relacionados.

Nesta aula, você vai identificar comportamentos e posturas que favorecem o processo de inovação tecnológica, bem como compreender a diferença entre os conceitos de inovação e criatividade e sua aplicação nas organizações.

Perfis para processo de Inovação Tecnológica

Na sociedade contemporânea, baseada na informação e no conhecimento, o processo de inovação é fundamental para sobrevivência das organizações. Esse processo gera novos bens, produtos, processos e até novas empresas. Quando o resultado gerado pelo processo de inovação constitui-se numa tecnologia que atende às necessidades dos seres humanos, temos, então, a inovação tecnológica.

O profissional da área de Tecnologia da Informação é um ator fundamental no desenvolvimento da inovação tecnológica, necessitando compreender plenamente esse processo para que possa ser protagonista nas organizações, atuando de forma criativa na solução de problemas e no desenvolvimento de soluções inovadoras.

Para que um profissional tenha um perfil inovador é fundamental que possua e desenvolva características específicas, como:

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Page 53: CADERNO INOVAÇÃO

Inovação e Criatividade

O conceito de criatividade está associado de forma bem abrangente ao “processo mental de geração de novas ideias por indivíduos ou grupos”.

O processo de criatividade pode ser compreendido e aperfeiçoado, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo, não é uma característica nata.

Podemos citar como exemplos de criatividade e inovação o uso da Internet pelas instituições bancárias que possibilitou aos clientes o acesso direto aos serviços bancários e o uso do telefone celular para monitoramento de portadores de doenças cardíacas.

Consulte o material didático: para compreender como as “personas” envolvidas no processo de inovação precisam agir para usar a criatividade e gerar inovação, leia o conteúdo das páginas de 251 a 256 do livro As 10 Faces da Inovação – Estratégias para Turbinar a Criatividade, 2ª Edição, de Tom Peters. Editora Elsevier, 2007.

Um interessante caso de sucesso de inovação e criatividade é o da empresa ZipLux, que desenvolveu solução para evitar o fechamento de parte de vias públicas para a troca de lâmpadas.

A solução desenvolvida evita o fechamento de 50% de uma via pública para a troca de lâmpada de um poste.

A ideia surgiu quando um dos donos da empresa enfrentou um engarrafamento justamente por causa disso. A partir dessa situação, a empresa desenvolveu uma solução na qual não é necessário fechar uma via para a troca de lâmpada utilizando fibra óptica, de forma que a fonte luminosa, a lâmpada, a fonte de LED, o que gera luz, fique na base do equipamento e a fibra óptica conduza a luz pra cima do equipamento.

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Page 54: CADERNO INOVAÇÃO

Entre a ideia e o produto, também chamado ZipLux, foram 8 anos de pesquisa e desenvolvimento. Ao final do trabalho, a empresa percebeu que tinha um conceito de economia e sustentabilidade que a valoriza ainda mais no mercado. O produto capta luz na lâmpada em um ponto e emite em outro. Essa ideia era justamente para manutenção facilitada, porém trouxe uma economia de 30%. O equipamento traz a luz toda concentrada dentro da fibra, chega lá em cima e volta a distribuir a luz. Para tornar a solução conhecida no mercado, a empresa participa de prêmios e feiras.

A inovação rendeu a empresa prêmios internacionais A ZipLux ganhou o Prêmio Ideia nos Estados Unidos na categoria industrial como o produto de maior performance e melhor funcionalidade e na categoria sustentabilidade porque economiza energia.

Com base no conceito de sustentabilidade, a ZipLux continua desenvolvendo produtos inovadores para iluminação em grandes áreas, utilizando leds e, principalmente, energia solar.

Para estar aberto a novas ideias e desenvolver um perfil fértil para Inovação e Criatividade, algumas posturas são importantes:

Para estar aberto a novas ideias e desenvolver um perfil fértil para Inovação e Criatividade, algumas posturas são importantes:

Para estar aberto a novas ideias e desenvolver um perfil fértil para Inovação e Criatividade, algumas posturas são importantes:

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Page 55: CADERNO INOVAÇÃO

Para estar aberto a novas ideias e desenvolver um perfil fértil para Inovação e Criatividade, algumas posturas são importantes:

Agora que você já conhece bem o perfil inovador e como colocá-lo em prática, inicie um intenso trabalho em sua vida pessoal, acadêmica e profissional transformando a inovação em exercício diário para seu autoconhecimento e o autodesenvolvimento.

Nesta aula, você:

• Identificou comportamentos e posturas que favorecem o processo de inovação tecnológica.• Compreendeu os conceitos de inovação e criatividade e sua aplicação nas organizações.

Na próxima aula, vamos estudar sobre a inovação de produtos e a inovação de processos.

Aula Tele Transmitida

PROFª. VANILDE MANFREDI aula 07

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Anotações da AulaResiliência é a capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir a pressão de

situações adversas.

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Rio de Janeiro 30 de Novembro de 2010

Aula 8: Inovação de Produtos e Processos

Objetivo:1. Compreender e diferenciar os processos de inovação de produtos e de processos.

Introdução

A inovação geralmente acontece nas empresas e centros de pesquisa e desenvolvimento. Através da inovação produtos e processo podem sofrer modificações simples ou completamente radicais, de acordo com novos comportamentos, tendências ou necessidades do cliente ou consumidor.

Nessa aula você terá a oportunidade de conhecer duas principais formas de inovação: de produtos e processos, diferenciando-as.

Existem diferentes formas de inovação classificadas na literatura sobre o tema de diversas maneiras. Vamos nos ater a duas formas principais de inovação:

Produtos A inovação de um produto está baseada em modificações nos atributos desse produto, com mudanças na forma como os consumidores passam a percebê-lo.

Exemplo: A inovação do produto Ipod em relação aos aparelhos de MP3 anteriores.

Processos A inovação de processo consiste em mudanças no processo de produção de um produto ou serviço. Esse tipo de inovação não gera, necessariamente, mudanças no produto final, traz benefício ao processo de produção, que podem ser aumento de produtividade e redução de custos.

Exemplo: A utilização do código de barras nos supermercados.

A inovação pode ser feita de forma incremental ou radical:

Inovação Incremental Mudanças e melhorias contínuas do produto ou processo, percebidas pelo consumidor e que não modificam de forma drástica a forma como que o produto é consumido ou desenvolvido.

Exemplo: Evolução da capacidade de memória do pen drive.

Inovação Radical Mudança drástica na forma como um produto ou serviço é consumido, acompanhada por um novo modelo de consumo ou comportamento do mercado.

Exemplo: Evolução do mainframe para o computador pessoal.

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Agora que você já conhece a diferença entre inovação de produto e de processo pode perceber a importância do profissional de TI no contexto das organizações, identificando seu papel tanto na produção de um produto quanto na otimização de um processo, com uso e desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação, base para a inovação tecnológica.

“O que torna um profissional de TI obsoleto não é propriamente uma eventual limitação para seguir os desenvolvimentos tecnológicos, ou o desinteresse pela inovação, mas a incapacidade de relacionar inovação à sustentabilidade. Pela simples e nem sempre clara razão de que qualquer inovação só agrega valor se contribuir para a sustentabilidade da organização, seja reduzindo inteligentemente o custo, seja aumentando a produtividade ou melhorando a segurança. Custo, produtividade e segurança são detalhes essenciais na gestão com foco em sustentabilidade. Sem essa base, poucas organizações têm chance de sobreviver no atual cenário de competição acirrada e sem fronteiras. No entanto, o que define a sustentabilidade é um conjunto de qualidades muito mais sofisticadas, que para serem desenvolvidas exigem mudanças radicais no modelo mental que predomina tradicionalmente nas organizações.”

Nesta aula, você:

• Compreendeu e diferenciou os processos de inovação de produtos e de processos.

Na próxima aula, vamos estudar sobre a solução de problemas e o comportamento inovador.

Aula Tele TransmitidaProfª. Vanilde Manfredi - AULA 8

CONCEITOS DA AULA• Resposta do exercício;

• Inovação de produtos;

• Inovação de processos.

Dois grandes amigos que não se viam há muitos anos, um filósofo e um matemático se encontram e começam a conversar.O matemático, que possui excelente memória, pergunta quantos filhos o filósofo tem.O filósofo diz que são 3. O matemático então, pergunta a idade das crianças. O amigo, que sabe que matemáticos gostam de quebra-cabeças, diz que vai dar algumas pistas da idade das crianças. 1) “O produto da idade das crianças é 36.”2) “As idades são inteiras.”3) “A soma das idades é igual ao endereço da casa onde costumávamos jogar xadrez.” O matemático pediu mais informações. 4) “A criança mais velha se parece comigo.”

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Qual é a idade das 3 crianças? A maioria das pessoas desiste rapidamente quando vê este problema. Aparentemente, não temos informações suficientes para solucioná-lo. Para encontrar a resposta, devemos persistir e caminhar passo a passo com as informações disponíveis.

Em primeiro lugar, sabemos que o produto da idade das crianças é 36:

a) 1 x 1 x 36 = 36

b) 1 x 2 x 18 = 36

c) 1 x 3 x 12 = 36

d) 1 x 4 x 9 = 36

e) 1 x 6 x 6 = 36

f) 2 x 2 x 9 = 36

g) 2 x 3 x 6 = 36

h) 3 x 3 x 4 = 36

Em segundo lugar, sabemos que é preciso somar as idades. Mesmo não sabendo o número da casa, vamos fazer a operação e ver o que acontece:

a) 1 + 1 + 36 = 38

b) 1 + 2 + 18 = 21

c) 1 + 3 + 12 = 16

d) 1 + 4 + 9 = 14

e) 1 + 6 + 6 = 13

f) 2 + 2 + 9 = 13

g) 2 + 3 + 6 = 11

h) 3 + 3 + 4 = 10

Como você pode notar, há duas respostas cuja soma é igual: letra “e” letra “f”. Isto explica por que o matemático pediu mais uma dica para o amigo.

Com a última informação, sabemos que existe uma criança mais velha. Portanto, a resposta correta é a letra “f”.O filósofo tem dois filhos gêmeos de 2 anos e um filho mais velho de 9 anos. Adaptado de: Sandra R.H. Mariano / Verônica Feder Mayer)

LEMBRANDO...... INOVAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

A inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo.

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Inovação Tecnológica é a introdução, no mercado, de um produto tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou, ainda, a introdução, na empresa, de um processo produti-vo tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado;

Então..... dentre as várias possibilidades de inovar, aquelas que se referem a inovações de produto ou de processo são conhecidas como inovações tecnológicas.

AS INOVAÇÕES SÃO IMPORTANTES PORQUE PERMITEM QUE AS EMPRESAS: Acessem novos mercados,

Aumentem suas receitas,

Realizem novas parcerias,

Adquiram novos conhecimentos e

Aumentem o valor de suas marcas.

Inovação de produto - Consiste em modificações nos atributos do produto, com mudança na forma como ele é percebido pelos consumidores. Ex: automóvel com câmbio automático em comparação ao "convencional“.

Melhoramentos significativos para produtos existentes podem ocorrer por meio de mudan-ças em materiais, componentes e outras características que aprimoram seu desempenho.

A introdução dos freios ABS, dos sistemas de navegação GPS (Global Positioning System), ou outras melhorias em subsistemas de automóveis são exemplos de inovações de produto baseadas em mudanças parciais ou na adição de um subsistema em vários subsistemas técnicos integrados. O uso de tecidos respiráveis em vestuário é um exemplo de uma inovação de produto que utiliza novos materiais, capazes de melhorar o desempenho do produto.

Inovação de processo - Trata de mudanças no processo de produção do produto ou serviço.

Não gera necessariamente impacto no produto final, mas produz benefícios no processo de produção, geralmente com aumentos de produtividade e redução de custos.

Torna mais eficientes ou eficazes os processos de produtos e serviços estabelecidos em mercados estabelecidos.

EXEMPLOS: A utilização do código de barras nos hipermercados, não alterando as características bási-

cas do serviço, introduziu melhorias significativas ao nível do processo numa das compo-nentes associadas: o tempo de processamento da conta do cliente.

A Dell enxugou a cadeia de suprimentos de computadores e processamento de pedidos

DISTINÇÃO ENTRE INOVAÇÕES DE PRODUTO E DE PROCESSOCom relação aos bens, a distinção entre produtos e processos é clara. Para os serviços, porém, ela pode ser menos evidente pois a produção, a distribuição e o consumo de muitos serviços podem ocorrer ao mesmo tempo. ALGUMAS DIRETRIZES DIFERENCIADORAS SÃO:

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Se a inovação envolve características novas ou substancialmente melhoradas do ser-viço oferecido aos consumidores, é uma inovação de produto.

Se a inovação envolve métodos, equipamentos e/ou habilidades para o desempenho do serviço novos ou substancialmente melhorados, então é uma inovação de proces-so.

Se a inovação envolve melhorias substanciais nas características do serviço ofereci-do e nos métodos, equipamentos e/ou habilidades usados para seu desempenho, ela é uma inovação tanto de produto como de processo.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E INOVAÇÃO A tecnologia da informação representada pelos sistemas tais como, ERP (Enterprise Re-

source Planning), MRP (Material Resource Planning), e todos os ativos de infra-estrutura de TI, se tornaram commodites.

Restam às empresas o uso e foco em sistemas diferenciados, desenvolvidos para se obter Inteligência de Negócios.

O incentivo à Inovação na área de TI se torna uma necessidade para aquelas empresas que querem se manter na ponta de seus mercados.

Empresas estas que respondem com agilidade aos sinais do mercado antes identificados como ‘ameaças’, contudo, dotadas de ferramental estratégico-tecnológico, transformam es-tes impulsos em grandes ‘oportunidades’, dadas a sua capacidade de gerar idéias inovado-ras.

Os benefícios que as novas tecnologias trazem para as empresas hoje em dia são muito mais complexos e difíceis de quantificar. As mudanças são muitas vezes sutis, mas o im-pacto nos negócios não pode ser menosprezado.

Medir e comparar este impacto com o investimento feito nas soluções também não é tarefa das mais fáceis, pois são muitos os pontos a serem considerados.

Novas tecnologias trazem mais desempenho nas tarefas do dia-a-dia, mas elas também nos auxiliam ao abrir as portas para novas formas de trabalho, tais como a virtualização de má-quinas e as aplicações em cloud computing. (computação em nuvem)

Outro fator altamente importante é o consumo de energia. Um computador com três anos de uso pode gastar até 90% mais energia do que um PC atual com o mesmo nível de desem-penho.

Multiplique este valor pelo tamanho do parque de máquinas da empresa e os benefícios econômicos e sociais tornam-se significativos.

FIQUE POR DENTRO... Tecnologia da Informação e Inovação, mais do que nunca, andam juntas, e o ano de 2010

promete superar as expectativas do mercado brasileiro. A projeção é do Ministério da Ciên-

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cia e Tecnologia, que espera investimentos de R$ 10 bilhões de reais para a área, com rela-ção aos avanços conquistados em 2009. Em 2008, foram R$ 8,1 bilhões investidos.

Entre as ofertas de maior destaque, estão os serviços de hospedagem de aplicação e hos-pedagem de infraestrutura, incluídos nos conceitos de cloud computing, com crescimento de 30% no ano passado.

Caso América Latina Logística (ALL)

Sediada em Curitiba, opera a malha ferroviária da extinta Rede Ferroviária Federal no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Foi classificada pela revista Information Week Brasil como uma das cinco empresas Mais Inovadoras no Uso da TI em 2010.

A companhia foi a primeira colocada no ranking de sua categoria - “Serviços: infraestrutura, transporte e logística”.

No ranking geral, a ALL ficou atrás de Petrobrás, Andrade Gutierrez, Grupo Abril e Accentu-re. Já em seu setor, foi classificada à frente da Unidas, MRS Logísitca, CPFL Energia e Duke Energy.

De acordo com a pesquisa da Information Week, a ALL aplica cerca de 20% de seu um or-çamento de tecnologia, este ano na casa dos R$ 18 milhões, em inovação.

Leia a experiência da ALL na reportagem “O VALOR DA TI E TELECOM PARA OS NEGÓ-CIOS”, disponível em

http://issuu.com/informationweekbrasil/docs/iwb_231

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Rio de Janeiro 07 de Dezembro de 2010

Aula 9: Comportamento Inovador

Objetivo:1. Compreender o processo de solução de problemas, fundamental para o perfil inovador;2. Identificar as principais características do comportamento inovador nas empresas.

Introdução

O papel do profissional de TI nas organizações geralmente é de um solucionador de problemas. De posse do conhecimento sobre as tecnologias da informação esse profissional necessita definir o problema, identificar suas características e propor soluções que envolvam os recursos de TI adequados para solução.

Nessa aula você identificará alguns tipos de problemas e algumas formas de analisá-los para a busca de possíveis soluções. Também conhecerá o perfil inovador nas empresas e suas principais características.

Os problemas podem ser do tipo:

Anomalias Pequenos problemas que passam despercebidos e são identificados como falhas, quem relata a anomalia geralmente é quem está envolvido na tarefa.

Crônicos Geralmente não são vistos como problemas porque fazem parte da cultura da organização e vistos como acontecimentos normais, mas que podem trazem danos aos processos, produtos ou serviços de uma empresa.

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Dependendo das pessoas envolvidas um problema pode ser:

Controlável Os envolvidos possuem responsabilidade pelo problema e autoridade para solucioná-lo.

Incontrolável Os envolvidos são afetados pelos efeitos do problema, que está inserido em outro contexto ou processo, pelo qual não tem autoridade nem responsabilidade.

Desta forma, ao identificar ou receber um problema o profissional de TI necessita identificar se é uma anomalia ou crônico e se é controlável ou incontrolável por sua área.

A seguir, é fundamental que se identifique as causas do problema, pois todo problema possui uma ou mais causas.

As causas são todos os motivos que levam a um problema específico.

Nesse momento o profissional deverá identificar e montar um diagrama de causa e efeito:

1º - Envolva todas as pessoas relacionadas e que possam auxiliar na identificação das causas do problema e forme um grupo de trabalho com reuniões participativas;

2º - Registre o maior número de causas identificadas e relacione seus efeitos, no diagrama coloque as principais causas (primárias) no eixo, as causas secundárias se desdobrando das primárias e as terciárias se desdobrando das secundárias.

3º - Assinale no diagrama as causas que parecem ter forte relação com a característica do problema, que serão as hipótese.

4º - Registre outras informações que surgirem e que possam ser úteis na solução do problema.

Outra forma de se explorar um problema é perguntar os “cinco por ques”. Geralmente é utilizada nas anomalias e ao chegar ao quinto porque essa provavelmente será a sua causa principal.

3 Plano de Ação: A técnica de Brainstorming (tempestade de ideias) é bastante apropriada e consistem em reunir o grupo que está trabalhando sobre o problema para que gere o maior número de ideias possíveis para sua solução, sem que se faça análise crítica de nenhuma delas nesse momento. Após ter pelo menos dez soluções possíveis deve-se fazer uma análise conjunta destas, descartando aquelas menos adequadas e trabalhando sobre as mais adequadas, verificando sua viabilidade e custos de implementação.

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Para que uma empresa desenvolva o valor da inovação é necessário que seja implantada a cultura organizacional do empreendedorismo e da inovação e que seus funcionários sejam instigados a pensar seus produtos, processos e serviços continuamente, em busca da melhoria constante.

1º - Gestão da oportunidade, risco e mudança: a inovação é imprevisível com elevado risco associado, pode também ter grandes custos associados, deve por isso haver um acompanhamento de perto da inovação quer de bens ou serviços, ou processos produtivos, de forma a evitar fracassos e riscos não calculados.

2º - A localização de meios técnicos e humanos é fundamental para um perfeito desenvolvimento, que leve a uma transferência da inovação para os locais correctos da sua aceitação e utilização. Inovação fora de timming ou de local pode originar a falha de todo um processo.

3º - Interação com consumidor: procura de novos nichos de mercado faz com que seja necessário pesar bem custos, benefícios e timing para se envolver consumidores nos processos de inovação, levando-se em conta seus interesses.

4º - Resistência cultural à mudança: havendo predisposição para a mudança o sucesso de inovações será maior. Deve haver pressão na gestão da inovação para prevenir rigidez na forma de pensar e haver atitudes permeáveis a existência de ambientes propícios à inovação e mudança.

5º - Desenvolvimento de novos negócios: inovação faz com que empresas se afastem da estabilidade e controle, da sua zona de conforto. Recursos usados na inovação são usados na possível criação de novos produtos e possivelmente novas áreas de negócio, mas que tem risco associado e podem não ter no futuro o retorno esperado. Logo existe um custo de oportunidade associado.

Nesta aula, você:

• Compreendeu o processo de solução de problemas, fundamental para o perfil inovador de um profissional da área de TI e identificou a principais características do comportamento inovador nas empresas.

Na próxima aula, vamos estudar sobre o intra-empreendedorismo e avaliação da cultura intra-empreendedora.

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Aula Tele TransmitidaProfª. Vanilde Manfredi AULA 9

CONCEITOS DA AULA Solução de problemas

Comportamento inovador

A automação é uma realidade presente em lojas, supermercados, indústrias e outros estabelecimentos comerciais, com a finalidade de facilitar a gestão dos negócios da organização, aumentar a competitividade, solucionar diversos problemas bem como, otimizar tempo e dinheiro.A evolução da tecnologia da informação tem permitido a criação de novas soluções para as necessidades de processamento de informações nas organizações: novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; novos serviços que tornam produtos obsoletos; tecnologias que integram produtos e serviços, e assim por diante.

Uma característica fundamental do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser aprendida e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado.

Algo que nos incomoda.

Situação quando o estado atual das coisas

é diferente do estado desejado.

Quantitativos:

São aqueles que podem ser expressos em números símbolos (linguagem matemática). Qualitativos:

São aqueles que podem ser resolvidos por julgamento, definido como operações da mente que envolve comparação e discriminação, e o meio pelo qual o conhecimento, os valores e os relacionamentos são formulados.

REATIVA : o solucionador espera o aparecimento do problemaPRÓ-ATIVA : o solucionador monitora as atividade procurando e corrigindo problemas no início

Um problema é uma oportunidade.

Uma necessidade de tomada de decisão.

A inovação ocorre durante o ciclo de criação do conhecimento, entre a definição do problema e a sua resolução, o que permite identificar as questões relevantes sobre o conhecimento existente acerca de um problema. As empresas procuram profissionais que se destacam não só pelo conhecimento tecnológico e cultural, mas como líderes, visionários e com idéias inovadoras, que sejam capazes de criar diferenciais para concorrer com o mercado, culminando com o aumento do capital social da organização.

O empreendedorismo deve ser uma prática no dia-a-dia do profissional de TI, pois o termo já define a sua natureza: o que empreende, o que implementa, o que cria, o que põe na prática aquilo que aprendeu, enfim, aquele que usa da técnica e da tecnologia para desenvolver seus projetos e atividades.

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O profissional da área de tecnologia deve ser antes de tudo um empreendedor e entender como seu trabalho se encaixa nos objetivos da organização.

Ele precisa aprender a desenvolver a curiosidade, somada a uma boa capacidade de con-centração e ter seu foco na resolução de problemas com espírito inventivo e humildade.

Para a TI inovar significa, principalmente, buscar uma melhoria dos processos de negócio. Primeiro automatizando atividades e tarefas, e depois permitindo que melhorias sejam feitas

já que mecanismos de medição e aferição de qualidade estarão presentes.

INOVAÇÃO E SOLUÇÃO DE PROBLEMASA criatividade requer uma mente aberta e disposição para enfrentar as convenções, quebrar regras e assumir alguns riscos.Existem sete princípios que direcionam o pensamento criativo, a geração de idéias inovadoras e o sucesso na solução de problemas .

ATITUDE Componente chave de todo empreendimento vitorioso. Ver-se como uma pessoa criativa é um passo importante para liberar sua imaginação e

aproveitar plenamente suas habilidades e conhecimentos.

DESAFIO ÀS SUPOSIÇÕES Conscientemente ou inconscientemente, nós temos crenças que nos impedem de usar a imaginação e resolver os problemas criativamente.Na solução um problema, é importante identificar e listar as suposições, convenções e crenças que afetam a sua compreensão, análise e solução.

QUEBRAR REGRASNa solução de problemas e na inovação é importante questionar regras, especialmente quando elas aprisionam nossa mente a velhos hábitos e modos de pensar. Muitas vezes, para seguir adiante é necessário abandonar a estrada principal e tentar caminhos nunca percorridos.

NÃO TER MEDO DE ERRARAs grandes invenções raramente resultam de um golpe da sorte, mas usualmente de uma sucessão de tentativas frustradas até se chegar ao resultado desejado.Curiosidade: O antiferrugem WD 40 tem este nome por que a solução somente foi atingida na quadragésima tentativa. Ela foi precedida de 39 tentativas sem resultados satisfatórios.

HÁ SEMPRE MAIS DE UMA SOLUÇÃO CERTAEsforce-se para procurar outras soluções de forma que você tenha várias opções para comparar e escolher a melhor.Geralmente a primeira resposta que nos ocorre é a menos criativa.

SUSPENDER O JULGAMENTOO julgamento prematuro é o caminho certo para bloquear a criatividade. É essencial separar a fase de geração de idéias da fase de julgamento, pois não se pode dirigir com um pé no acelerador e outro no freio.

PERSISTÊNCIAExperimentar e ter alguns fracassos faz parte do processo de geração de idéias e inovação. O segredo do sucesso está na constância de propósito, em manter-se firme apesar dos percalços no caminho.

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Rio de Janeiro 07 de Dezembro de 2010

Aula 10: Cultura Organizacional para Informação

Objetivo:1. Compreender a cultura organizacional para inovação e o intra-empreendedorismo.

Introdução

O intra-empreendedorismo é uma forma de atuação empreendedora que vem sendo estudada e desenvolvida pelas organizações de sucesso. Criar uma cultura de intra-empreendedorismo e avaliá-la tornou-se uma necessidade num mercado tão competitivo e globalizado, baseado na inovação constante.

Nessa aula você compreenderá as características da cultura organizacional para inovação e do intra-empreendedorismo.

Intra-empreendedorismo

O intra-empreendedorismo ou empreendedorismo corporativo é um conceito novo nas organizações, que vem sendo estudado e estimulado, através do qual se questiona se o perfil empreendedor está diretamente relacionado à criação e gestão de uma empresa própria ou se pode ser exercido em diferentes ambientes e contextos.

Esse conceito significa que um funcionário pode agir de forma empreendedora em uma empresa, agindo com inovação e proatividade em busca dos objetivos da organização

Consulte o material didático: para conhecer melhor o conceito de empreendedorismo leia as páginas 173 a 177 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação de Gina Paladino.

Editora Manole, 2008.

A cultura intra-empreendedora deve ser fomentada e desenvolvida nas organizações, através do trabalho cooperativo e da busca por resultados comuns, respeitando os valores individuais e coletivos e buscando a inovação constante.

Avaliação da cultura intra-empreendedora

Consulte o material didático: para conhecer as condições necessárias para se obter inovação na empresa leia as páginas 177 e 178 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação

de Gina Paladino. Editora Manole, 2008.

Quando uma empresa estimula e potencializa a cultura intra-empreendedora seus funcionários desenvolvem características interessantes e que ajudam a alavancar cada vez mais sua posição de mercado, como: automotivação, estabelecimento de metas, autoconfiança, foco nos clientes, entre outras.

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Para desenvolver o ambiente de inovação os objetivos estratégicos da empresa devem estar diretamente relacionados ao empreendedorismo e seus valores, com ambiente propício ao empreendedorismo corporativo.

Consulte o material didático: para conhecer os indicadores e as barreiras à cultura intra-empreendedora leia as páginas 179 e 180 do livro Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis, apresentação

de Gina Paladino. Editora Manole, 2008

Os indicadores para avaliação da cultura intra-empreendedora podem estar organizados em oito grupos:

Nesta aula, você:

• Compreendeu a cultura organizacional para inovação e o intra-empreendedorismo.

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Aula Tele Transmitida

PROF.ª VANILDE MANFREDI - AULA 10

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