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Caderno Final Primeira Etapa do Trabalho de Graduação Integrado da Arquitetura IAU/USP
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O LIMITE COMO INÍCIOPERCURSOS URBANOS«[...] Limite não é onde algo se acaba, mas sim, como disseram os gregos, onde algo começa seu ser...» HEIDEGGER, Martin. Construir, Habitar, Pensar.
RIBEIRÃO PRETO/SP_MARIANA OLIVEIRA_TGI I 20II
INTRODUÇÃO
Este caderno finaliza a primeira etapa do Trabalho de Graduação Integrado (TGI), iniciado ainda no ano anterior com a disciplina de Pré-TGI, quando mapeamos as referências que, para cada um de nós, destacavam-se em nosso universo de interesses. A provocação, tornada inquietação, foi trazida para este ano e traduzida em um universo projetual que identifica uma questão e, a partir da elaboração de ações projetuais, intenções e diretrizes, lança o mote para o desenvolvimento por completo do projeto a ser destrinchado no próximo semestre.
MAPEAMENTODE REFERÊNCIAS
PRÉ-TGI
1_Book Hill, JAJA Architects2_Visão Serial, Gordon Cullen3_High Line Park, Diller Scofidio +Renfro4_Piazza del Campo, Siena
1 1
2 3 3
4 4 4
Nesta página estão contidas algumas das imagens que fizeram parte do meu universo de referências selecionadas para o processo de Pré-TGI. Em geral, foram abordadas referências e projetos que tratavam da relação homem/cidade diante da fruição d o e s p a ç o v i a b i l i z a d a o u potencializada por tais projetos. Outra referência recorrente foram projetos que se relacionavam com pré-existências, reconfigurando-as ou estabelecendo uma interação com as mesmas, sejam estruturas o b s o l e t a s o u e d i f í c i o s d e importância histórica e cultural.
Atuar na cidade é lidar com um espaço construído e consolidado, não só nos aspectos físicos da construção, mas também da interação cotidiana entre as pessoas e esses lugares. Há uma grande responsabilidade implícita nessa ação e que nos exigirá, em algum momento, a escolha de uma postura, uma estratégia.A cidade possui elementos próprios, questões próprias, que ultrapassam as questões construtivas e de composição. Por mais que se tenha e que se busque diversidade, em essência, o que operamos é a identificação de seus elementos e sua rearticulação, uma nova composição, que dependerá, em maior ou menor grau, da legibilidade desse espaço construído.Mais uma vez, o fator que se altera é a postura/estratégia empregada. Tratemos então da cidade sob um enfoque cognitivo, c o m o e s p a ç o d e d e s c o b e r t a e aprendizado, atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem.
*Texto retirado da prancha final de Pré-TGI
SOBRE O OBJETOO objeto síntese consistia em um «jogo de deslizar» onde as peças, formadas por módulos de cheios e vazios que seguiam um mesmo padrão, podiam ser deslizadas na vertical e horizontal pela supressão de uma das peças. Porém, algumas peças eram fixas, o que impossibilitava seu deslocamento. Em termos de composição, o jogador poderia incorporar as peças fixas ou ignorá-las.
PRÉ-TGIOBJETO SÍNTESE
TGI IINQUIETAÇÃO
Diante do interesse pela relação homem/cidade, dei início ao trabalho de investigação pelo conceito de cognição ambiental, baseando-me nas leituras da cidade e na interpretação das imagens ambientais desenvolvidas pelo trabalho de Kevin Lynch*.
Como forma de exploração dos conceitos e relações estabelecidas por Lynch, realizei um mapeamento cognitivo da região central da cidade de Ribeirão Preto/SP, dentro de um recorte próximo ao utilizado no trabalho citado que era de aproximadamente 5x2,5 km. O mapeamento cognitivo baseia-se na eleição de atributos urbanos¹ identificáveis e integrantes de nossa imagem mental de um espaço, assim como as relações entre atributos que reforçam as imagens ambientais ou, no caso da falta de atributos em uma área, do enfraquecimento dessas imagens e relações.
Cabe destacar as várias diferenças entre o processo empregado por Lynch e o utilizado nesse trabalho. Lynch mobiliza um grupo de voluntários, especialistas e leigos, em sua pesquisa constituindo um espaço amostral e as gradações utilizadas nos mapeamentos para caracterizar cada atributo no mapa mental público da cidade baseiam-se em sua recorrência nos mapas mentais individuais dos voluntários. Diante da inviabilidade de tal mobilização coletiva, o mapeamento deste trabalho desenvolve um procedimento próprio baseado na minha experiência pessoal com relação à cidade e a caracterização das gradações também teve que ser reformulada. Em geral as gradações estabelecem uma relação que vai da mais forte, para os atributos mais familiares e relacionados à alguma experiência
*LYNCH, Kevin. A imagem da cidade.
MAPEAMENTOCOGNITIVOATRIBUTOS URBANOS
MARCOS
VIAS/PERCURSOS
NÓS
LIMITES
BAIRROS
São os canais de deslocamento do observador, sejam habituais, ocasionais ou potenciais. Organiza e relaciona outros atributos.
Elementos lineares não utilizados ou compreendidos como vias pelo observador. Podem ser BARREIRAS mais ou menos penetráveis, mas podem também ser COSTURAS entre duas áreas, onde se encontram e relacionam.
Pontos aos quais ou a partir dos quais o observador se locomove. Podem ser conexões ou concentrações de fluxos e funções.
Têm um caráter bidimensional, sendo caracterizado por seu padrão construtivo, topográfico ou funcional que o distingue e diferencia dos demais.
São pontos de referência e/ou destino que podem estar próximos ou distantes e tem sua importância destacada por sua eleição em detrimento de outros.
MAPEAMENTOCOGNITIVO
pessoal, percursos e marcos mais utilizados no cotidiano ou relacionados à alguma memória importante. Em seguida, atributos de importância grande para a cidade, por seu caráter público, grande atração de fluxos ou distinção funcional ou estética. Os atributos de gradação média e fraca são distinguíveis, mas não necessariamente tem alguma relação de destaque no contexto da cidade. Mais uma vez estão relacionados à experiência pessoal, deslocamentos preferenciais e pontos de referência para os mesmos.
Em geral as gradações estabelecem uma relação que vai da mais forte, para os atributos mais familiares e relacionados à alguma experiência pessoal, percursos e marcos mais utilizados no cotidiano ou relacionados à alguma memória importante. Em seguida, atributos de importância grande para a cidade, por seu caráter público, grande atração de fluxos ou distinção funcional ou estética. Os atributos de gradação média e fraca são distinguíveis, mas não necessariamente tem alguma relação de destaque no contexto da cidade. Mais uma vez estão relacionados à experiência pessoal, deslocamentos preferenciais e pontos de referência para os mesmos.Ao lado estão as gradações utilizadas para os atributos urbanos deste mapeamento, baseando-se nas informações dos parágrafos anteriores. Nas páginas seguintes, seguem o mapeamento em si e algumas interpretações baseadas nele.
GRADAÇÃO DOS ATRIBUTOS
MARCOS
VIAS/PERCURSOS
NÓS
LIMITES
BAIRROS
Um dos atributos chama atenção pela extensão e força que adquire frente aos demais. A inquietação estava colocada: o que caracteriza esse limite e como superá-lo?
[re]significar
alteração do significadoSIGNIFICADO
DETERIORADO
alteração na imagem
alteração na estruturaESTRUTURAPOTENCIAL
LIMITE
Identidade Estrutura
Significado
IMAGEM
[RECONHECIMENTO DO OBJETO E DE SUA UNICIDADE]
[PARA O OBSERVADOR;PRÁTICO OU EMOCIONAL]
[RELAÇÃO ESPACIAL OUPARADIGMÁTICA COM
O OBSERVADOR]
Observador AmbientexSELECIONAORGANIZA
CONFERE SIGNIFICADO
SUGERE ESPECIFICIDADESE RELAÇÕESFormação da Imagem
Processo Cognitivo
PROCESSO COGNITIVO
Percepção
Seleção
Atribuição de Significado
Ação e Memorização
CARACTERÍSTICAS
Invisibilidade
Fragmentação
Topofobia
Faixa Limite
Relações longitudinais e transversais
TGI IDO LIMITE
Analisando mais a fundo o limite identificado, observou-se que ele possuía uma caráter de superfície, muito mais que de linha. Tal superfície está compreendida por uma estrutura de elementos longitudinais (que margeiam o l i m i t e ) e t r a n s v e r s a i s (transposições do limite). O limite, portanto, não é homogêneo, possuindo maior ou menor legibilidade de acordo com as possibilidades de transposição ( p e r m e a b i l i d a d e f í s i c a ) e superação da barreira. Para a escolha do fragmento do limite a ser tratado nas ações projetuais, considerou-se que seria mais i n t e r e s s a n t e a b o r d a r u m fragmento próximo ao centro, local de grande imageabilidade, onde a ruptura colocar-se-ia de forma mais marcante.
0m 500m200m 300m 400m100m
1_VASCONCELLOS, Eduardo A. de. Transporte e meio ambiente.
«O efeito barreira está associado a um fenômeno específico de percepção do meio ambiente pelas pessoas, com consequências negativas. Este fenômeno se traduz pela percepção de que tudo está ‘normal’, sem a identificação clara de como o ambiente de circulação foi criado e de quem está sendo prejudicado ou beneficiado. A circulação por um determinado ambiente não permite identificar como ele foi construído e é comum ver as pessoas dizerem, ao andarem por uma via sem pedestres, que as condições são ‘normais’ e que não há problemas porque ‘não há pedestres’. Esta percepção ignora que os pedestres não estão lá porque foram expulsos pelo tráfego perigoso, para se defenderem. Este é um dos impactos mais perversos do efeito barreira, pois dificulta a conscientização das pessoas sobre o grau de equidade na divisão do espaço de circulação entre vários papéis.»¹
*inibição da interação social e do uso de meios não motorizados de locomoção
D I S T A N T E STRANSPOSIÇÕES
+
EFEITO BARREIRA*I N D U TO R ES D ELONGITUDINAISE L E M E N T O SS U C E S S Ã O D E LIMITEFAIXA
LINHA FÉ
RREA
ANTIGA ZO
NA INDUSTRIA
L
VIA EX
PRESSA
CÓRREGO
VIA A
RTERIA
L
VAZIO
VIA EX
PRESSA
EFEI
TOBARREI
RA
TRANSPOSIÇÃO 3_EM NÍVEL_R. AM
ÉRICO BATISTA
TRANSPOSIÇÃO 2_ELEVADA_AV. CAPITÃO SALOMÃO
POS SIN ÇÃA ORT 1_EM N
ÍVEL
ÓRT IAAT AO MR IN C
ALIL
m319
m939
m007
220 m
O EFEITO BARREIRA é caracterizado pela inibição da interação social e do uso de modos não-motorizados de locomoção. Vias de grande calibre e/ou fluxo dificultam a travessia dos pedestres e aumentam o risco de acidentes, seja pela negligência ou falta de respeito à sinalização por parte dos condutores, quando essa sinalização existe, ou por parte dos pedestres, que se arriscam realizando essa travessia fora dos pontos controlados (faixa de pedestres, passarelas, etc). A larga adesão de meios motorizados de transporte reorganiza o ambiente construído e os PEDESTRES tendem a adaptar-se a esse novo meio, adquirindo um COMPORTAMENTO SUBMISSO E EXCLUSO. O pedestre, excluindo-se desse ambiente assiste à redução de sua capacidade de interação social e de uso dos espaços públicos.
A tendência é de que cada vez mais a população utilize meios motorizados para a transposição de pequenos trechos, em vista da DIFICULDADE encontrada pelos pedestres EM TRANSPOR BARREIRAS URBANAS, da falta de segurança (em função de criminalidade, falta de iluminação pública adequada, etc) e sinalização e da má qualidade das vias pedestres, como calçadas irregulares e/ou com dimensões insuficientes, quando estas existem. A PROXIMIDADE não implica necessariamente em ACESSO, e as áreas contíguas comportam-se como fragmentos isolados e autônomos
O limite identificado é caracterizado por uma sucessão de elementos que induzem o efeito barreira, adquirindo uma característica de FAIXA-LIMITE, que encerra entre esses elementos indutores uma área intersticial de acesso limitado e de difícil transposição. A difícil apreensão desse espaço pelos transeuntes confere-lhe a característica de ESPAÇO SUBTRAÍDO, principalmente no que diz respeito aos deslocamentos pedestres e sua cognição ambiental.
1_VASCONCELLOS, Eduardo A. de. Transporte e meio ambiente.
EFEITO BARREIRALIMITEFAIXA
DO
BR
A
DO
BR
A
+++++++++++++++++- +++++++++++++++++ -- - -- - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - -- - - -- - - - - - - - - - - -
[UNIDADE] [Confusão TEMÁTICA]
[Cos [Fratura]
[Transição sem gradiente temático]
[Imagem distinta]
[Espaço visível]IN|BETWEEN|
[Imagem
[Espaço
[Transição com
LegibilidadeCoesão
Unidade
TOPOFILIAObservador
AmbienteEXP
ERIÊ
NC
IAP
OS
ITIV
A
IMAGEM DISTINTA
*
*TUAN,Yi-fu.Topofilia
DesconexãoConfusão
Ilegibilidade
DesconexãoConfusão
Ilegibilidade
Observador
AmbienteEXP
ERIÊ
NC
IAN
EGAT
IVA
TOPOFOBIA*
*TUAN,Yi-fu.Topofilia
AÇÕESPROJETUAIS
Costura
Interface
Conexão: Gradiente temático
Métrica Pedestre
Percursos e Travessias
Percursos e Travessias: caracterização
Recuperação cognitiva
TGI I
DO
BR
A
DO
BR
A
[Fratura]
[Limite/Fronteira]
[Ruptura]
[Arquipélagos Urbanos]
[Costura]
[Fratura é Múltipla]
[Patchwork][Retalhos]
ECAFRETNI
INTERFACE
LINHA FÉRREA
«a noção de interface remete a operações de tradução, de estabelecimento de contato entremeios heterogêneos. Lembra ao mesmo tempo a comunicação (ou o t r a n s p o r t e ) e o s p r o c e s s o s transformadores necessários ao sucesso da transmissão. A interface mantém juntas as duas dimensões do devir :o movimento e a metamorfose. É a operadora da passagem.
[...] A interface possui sempre pontas livres prontas a se enlaçar, ganchos próprios para se prender em módulos sensoriais ou cognitivos, estratos de personalidade, cadeias operatórias, situações. A interface é um agenciamento indissoluvelmente material, funcional e lógico que funciona como armadilha, dispositivo de captura[...][...] interface é "uma superfície de contato, de tradução, de articulação entre dois espaços, duas espécies, duas ordens de realidade diferentes [...]»LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência.
INTERFACETransformação de elementos barreira em elementos de costura da relação cidade/fratura/cidade.
[DEIXE ENTRAR]
[O ENTRE]
[ATRAVÉS DE]
[AO LONGO DE][DEIXE PASSAR]
[O FORA]
[re]integração do interstício por meio do estabelecimento de um gradiente temático positivo com re lação às áreas cont íguas
Relação transversalEstrutura transversal
«interstício»
Estrutura longitudinalRelação longitudinal
CONEXÃO
Por toda (ou por parte da) extensão dea[AO LONGO DE]
[Ao longo dos fragmentos][PERCURSO]PercorrerC o r r e r o u a n d a r p o r ;passar por, ou ao longo de
[ATRAVÉS DE]De lado a lado, de um para outro lado de[de um fragmento ao outro]
[TRAVESSIA]AtravessarPassar para o outro lado de,a t r a v é s o u p o r c i m a d e
P a r t i n d o d a s p r ó p r i a s características do local, de suas estruturas e relações longitudinais e transversais, elege-se dois elementos como bases para as intervenções na faixa limite: PERCURSOS E TRAVESSIAS.
ELEMENTOSDE PROJETO
CamposElíseos
Centro
Ipiranga
VilaTibério
5 min10 min
15 min20 min
Homens com menos de 55 anos
Homens com mais de 55 anos
Mulheres com menos de 55 anos
Mulheres com mais de55 anos
Mulheres com crianças
Crianças de 6 a 10 anos
Adolescentes
Velocidade médiautilizada como referência
Terreno com i>10%
Terreno com i<5%
1,7
1,5
1,4
1,3
0,7
1,1
1,8
1,4
- 1m/sNão há
alteração
Velocidademédia (m/s)
Sexo e idade
«...pode-se considerar que uma cidade permite até certo ponto a cada citadino ‘fabricar’ a sua cidade e que, justamente, a oferta de mobilidade constitui um instrumento decisivo dessa margem de liberdade.»¹[1|LÉVY, Jacques. Os novos espaços da mobilidade]
Porosidadedas métricas pedestresfrente aos espaços atravessados([...] o caso do corpo humano e de suas relações multi-sensoriais com o meio ambiente)¹
1:50.000
0m 500m 1000m 2000m
Cada segmento de reta corresponde a um deslocamento de 630 m, ou seja, 7,5 minutos, totalizando um percurso de 37,5 min.
SuperfícieSuperfíciePontoLinhaPontoLinha
ArticulaçãoArticulação
Criação
ReativaçãoArticulação
Criação
Localda ação
projetual²
Extinção
Instrumentoda ação
Escala/
projetual¹
ArticulaçãoCriação
LIMITEBAIRRONÓMARCOPERCURSO
VIA
DOS ELEMENTOSCARACTERÍSTICAS
PRETENDIDASAÇÕES
URBANOS*ATRIBUTOS
2_«Limite não é onde algo se acaba, mas sim como disseram os gregos, onde algo começa o seu ser...»HEIDEGGER, Martin. Construir, Habitar, Pensar.
1_«os percursos têm-se mostrado [...] fundamentais na formação das imagens mentais, já que é, predominantemente, através do caminhar/circular que o indivíduo faz o reconhecimento de sua cidade e o aprendizado espacial, ou seja, muito do experenciar uma cidade é realizado através dos deslocamentos através da mesma.»LEITE, Carlos. Kevin Lynch: Imagem e Desenho das Cidades.
* LYNCH, Kevin. A imagem da cidade.
RECUPERAÇÃOCOGNITIVA
[TRAVESSIA]transição x permanência
estar/mirante¹Travessia como
paisagísticaIntegração
transposição/ligaçãoTravessia como
físicaIntegração
pequena rota* grande rota*
um percurso própriopossibilidade da criação de
entre percursosINTERCÂMBIO
ESTARES
INTERSECÇÃONÓ
caráter subjetivopromenade
Percurso como
RECREATIVOCONTEMPLATIVO
caráter objetivoatalho/trajetoPercurso como
FUNCIONALUTILITÁRIO
[PERCURSO]
1_«A passarela costura as fraturas urbanas, criando novas espacialidades, que por um lado unem estruturas contrastantes, e por outro tornam mais sólidas as intervenções nos espaços eleitos, marcando a paisagem com projetos que, ao mesmo tempo se destacam e se relacionam com as margens.»HAZAN, Vera. As passarelas urbanas como novos vazios úteis na paisagem contemporânea
*pequena/grande rota:t e r m o s u t i l i z a d o s p e l o m o v i m e n t o d o pedestrianismo, esporte que promove grandes marchas a pé, para designar e classificar as possibilidades de percursos.
ELEMENTOSDE PROJETO
TGI ILEITURAS E PROPOSTAS
Percursos no local
Travessias no local
Articulação de superfícies
Pontos focais
PERCURSOS A qual i f icação dos espaços pedestres hoje na área reflete a valorização da produção do espaço da cidade segundo uma lógica rodoviarista. Quando esse suporte existe, ele é mal dimensionado e/ou tratado/mantido e o pedestre é obrigado a disputar o espaço com os carros. Por vezes esse fator é agravado pelas longas superfícies d e e m p a r e d a m e n t o q u e conformam os espaços produzidos sobre essa lógica e reduzindo a interação visual e física do pedestre. Este exclui-se da fruição desse espaço dadas as condições desfavoráveis, ou adquire um comportamento submisso frente à lógica dominante.
TRAVESSIASAs travessias por sua vez, muitas vezes não relacionam-se com os fluxos pedestres predominantes da região, a lém problemas de sinalização e prioridade. No caso de travessias que necessitam de um tratamento especial, por conta de desníveis do terreno por exemplo, além de questões que concernem a quem está sendo priorizado, pedestre ou veículo, há a questão da manutenção desses espaços, em geral a cargo da municipalidade, que nem sempre cumpre com o seu papel e que, por vezes é tomado por iniciativa de particulares.
Ipiranga
CamposElíseos
Sumarezinho
VilaTibério
Centro
Ipiranga
CamposElíseos
1:12500
PERCURSOS FACILITADOS/VIABILIZADOS
P1
P2
P3
P4
ESTRUTURA DE ARTICULAÇÃO
ARTICULAÇÃODE SUPERFÍCIES
PERÍMETROS DE PROJETO
NÓ
BAIRRO
PERCURSO INTERFACE
PERCURSO CRIADO
TRAVESSIA/TRANSPOSIÇÃO
POR PERCURSOS E TRAVESSIAS
ATRIBUTOS URBANOS E PROJETOPercursos, Travessias e Nós, conectando Bairros e Marcos, extinguindo o Limite.
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA CEAGESP
PONTOSFOCAISAo percorrer a área observa-se a recorrência de alguns marcos visuais externos à área de intervenção, evidenciados pela topografia do vale do Ribeirão Preto (os marcos estão situados, portanto, em cotas mais elevadas), e que de certa forma atuam como pontos focais nas perspectivas do local. Uma vez compreendida a relação entre a localização desses marcos e a área de projeto, estes tornam-se pontos de referência de nossa própria localização em uma área de imagens tão indistintas.
Os percursos e travessias poderão portanto tirar proveito dessas relações visuais com as áreas contíguas, sendo os pontos focais pontos de fuga nas perspectivas ou apenas mais um elemento da composição da paisagem.
530535540
510
515
520
525
515
520
525
530
535
540
550550
545
545
525
530 535540550 545 535540
530
550
545
535
540
525
530
535
540
CEAGESP
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
1
2
45
3
6
X
1:10000
Ponto de origem das imagens
Ponto focal
DO
BR
A
DO
BR
A
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
1
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA2 3
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
4 6CEAGESP
5CEAGESP
TGI IPROJETO
Perímetros
Nós
Interfaces
NÓSELEMENTOS ARTICULADORESDE PERCURSOS E TRAVESSIAS
NÓ1
Nó, percursos e travessias
Análise da área: usos e dimensões
Análise da área: características
Imagens
Programa e cidade
Caráter do programa
NÓ
LINHAS DE FORÇA DOS PERCURSOS PRINCIPAIS
ACESSOS
NÓ 1
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
PERÍMETRO DE PROJETO 2
TRAVESSIAS
PERÍMETRO DEINTERVENÇÃO
* **
*
#
#
## *
TRAVESSIAS
Antiga Cerâmica São Luís[Atual Carrefour]
3 ha
Comércio
Associações
Comércios +Habitações 2,6 ha
Quadra
0,7 ha
Antiga Fábrica de Bebidas
Área Particular
Antigo FrigoríficoMorandi
Habitações
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
ACESSO AOS LOTES
POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE OS RETALHOS
RETALHOS«...empty spaces[...] they form an enormous portion od undeveloped territory that is utilized and experienced in an infinite number of ways, and in some cases turns out to be absolutely impenetrable. The voids are fundamental part of the the urban system spaces that inhabit the city in a nomadic way, moving on every the powers that be try to impose a new order."¹ [1|CARERI, Francesco. Walkscapes]
MUROGRADE
DESAPROPRIAÇÃO
MANUTENÇÃO
MAPA DE REFERÊNCIA LOCAL
1,5 ha
Comércio eSítio
MAPA DE REFERÊNCIA LOCAL
OTE
RP OÃRIEBIR OR GÓ REC
CÔNCAVO
BARREIRA ARBÓREA
O Córrego Ribeirão Preto, ao serpentear pela região, configura uma zona côncava, reforçada pela barreira arbórea que margeia o córrego. Além da configuração dessa zona protegida, destacam-se outras características do lugar como a possibilidade de sua interligação com outros fragmentos da área, além da ligação com as áreas contíguas e a topografia amena. Todo esse interstício, que possui hoje uma característica de impenetrabilidade, no sentido de que não há nenhum ponto de atração de pessoas em seu interior somado ao emparedamento e à falta da devida manutenção dos terrenos desocupados, pode então, pela configuração de um nó da rede de percursos em seu interior, ter essa característica modificada.
CÔNCAVO
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
DO
BR
A
DO
BR
A
2CARREFOUR
1
PONTO FOCAL CAMPANÁRIO DA PARÓQUIA
DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
OTERP OÃRIEBIRRR EGOÓC
1
2
ÁREA PARTICULAR
BARREIRA ARBÓREA
ÁREA PARTICULAR
BARREIRA ARBÓREA
IMAGENSZONA CÔNCAVAÁREA PARTICULAR - APROX. 3 HA
CâmaraMunicipal
TerminalRodoviário Mercado
Municipal
Centro Popularde Compras
Hotel Brasil
Praça Francisco SchimidtUBDS-Posto Central
Antiga CervejariaAntarctica
Antiga CervejariaPaulista- Atual Estúdios
Kaiser de Cinema
ONG Vivacidade(Cerâmica São Luís)
Escola EstadualDr. Thomaz Alberto Whatelly
Supermercado
Praça XVde Novembro
Praça CarlosGomes
Praça dasBandeiras
CatedralMetropolitana
CALÇADÃO
Praça Coraçãode Maria
Paróquia de NossaSenhora do Rosário
PONTO FOCAL
Paróquia Santo Antônio de Pádua
PONTO FOCALSupermercado
Praça Luísde Camões
Praça SantoAntônio
Praça RômuloMorandi
Praça PedroBiagi
SESC
BibliotecaMunicipal
Palace Hotel
Teatro Pedro IIPinguim
1:12500
*Adotando-se a velocidade pedestre de 1,4 m/s (aprox. 5 km/h)
5 min43210
Percurso Pedestre
Propõe-se então para esse nó um parque urbano, justificando-se tal escolha pelas características propícias que a área dispõe para tal p r o g r a m a , d e s t a c a d a s anteriormente. Tal programa confere a este Nó, portanto, uma posição de destaque no âmbito da cidade, uma vez que há a possibilidade de conexão com outros parques por meio de percursos da ordem de 20 minutos, interligando marcos da cidade, utilitários, históricos e culturais.
PARQUEURBANO
1:10000
0m 400m100m 500m200m 300m
Acesso aos parques
PARQUE ECOLÓGICO MAURÍLIO BIAGI
PARQUEPROPOSTO
PARQUE MUNICIPALMORRO DO SÃO BENTO
Foto por Kiko Naccarato
PARQUE ECOLÓGICO MAURÍLIO BIAGI
PARQUE PROPOSTO
PARQUE MUNICIPAL MORRO DO SÃO BENTOPARQUEURBANOCARÁTER DO PROGRAMA
COMPLEXO ESPORTIVO DA CAVA DO BOSQUEEQUIPAMENTOS1 Ginásio2 quadras Poli-esportivasPiscina OlímpicaPista de AtletismoCampo de futebolAlojamentosSecretaria de EsportesSala de MusculaçãoCozinha industrial e refeitórioATIVIDADES: ESCOLINHAS E TREINOS DE ALTO RENDIMENTOAtletismo: treinamento / escolinhaBasquete feminino: treinamento / escolinhaBasquete masculino: treinamento / escolinhaBasquete sobre rodasCapoeiraFutsal feminino: treinamento / escolinhaFutsal masculino: treinamento / escolinhaGinástica AcrobaticaGinástica aeróbicaGinástica artísticaGinástica localizadaHandebol masculino: treinamento / escolinhaHidroginásticaJudôKarateMusculaçãoNatação: treinamento / escolinha / avulsoPICTae kwon doVoleibol adaptadoVoleibol feminino: treinamento / escolinhaVoleibol masculino: treinamento / escolinha
BOSQUE E ZOOLÓGICO MUNICIPAL FÁBIO BARRETOZoológicoTrilhasJardim japonêsMiranteCasa da CiênciaReserva Natural
COMPLEXO CULTURAL ANTÔNIO PALOCCITeatro MunicipalTeatro de ArenaCasa da CulturaSecretaria da CulturaEscola de Arte do Bosque/Cândido PortinariFundação Instituto do Livro
EQUIPAMENTO DE REFERÊNCIA E ABRANGÊNCIA DA CIDADE
CARÁTER ESPORTIVO, CULTURAL, EDUCATIVO E RECREATIVO
2 quadras de futebolCicloviaPista para caminhadaPraça de alimentaçãoEspaço para eventos e showsAcademia ao ar livrePonto de leituraTeatro de Arena (previsto)
EQUIPAMENTO DE REFERÊNCIA E ABRANGÊNCIA LOCAL
CARÁTER RECREATIVO
EQUIPAMENTO DE REFERÊNCIA E ABRANGÊNCIA LOCAL
CARÁTER RECREATIVO E CONTEMPLATIVO
Diante dos programas referentes aos parques relacionados e da premissa de sua interligação, a idéia é estabelecer para este parque um programa que complemente as atividades já realizadas nos outros parques, principalmente no que diz respeito aos equipamentos de grande abrangência.
NÓ2
Nó, percursos e travessias
Análise da área: usos e dimensões
Análise da área: características
Indicação de programa
NÓ
LINHAS DE FORÇA DOS PERCURSOS PRINCIPAIS
ACESSOS
NÓ 2
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
PERÍMETRO DE PROJETO 3
TRAVESSIAS
PERÍMETRO DEINTERVENÇÃO
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
ACESSO AOS LOTES
RETALHOS
MUROGRADE
DESAPROPRIAÇÃO
MANUTENÇÃO
MAPA DE REFERÊNCIA LOCAL
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
#
#
#
#
Comércios + ServiçosHabitações
Comércios + ServiçosHabitações
Antiga TecelagemCianê/Matarazzo
[Futura FATEC, Bibliotecae Arquivo Histórico]
Área pertencenteà Cianê vendida para
empreendimentosimobiliários
##
Cooperativa
Super-mercado
FUNDO DE LOTE
Área Particular* 6 ha
Abrigo AnnaDiederichsenTRAVESSIAS
POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE OS RETALHOS
#
MAPA DE REFERÊNCIA LOCAL
Neste nó, a concavidade é dada pelo terreno, encerrando uma área praticamente plana da várzea. A declividade do terreno foi um impedimento à ocupação da área, que então a margeia, e também dificulta o acesso à área no sentido bairro-via expressa. Propõe-se para essa área uma edificação linear que dá suporte a um passeio elevado, como um terraço-jardim. A ocupação dessa edificação por serviços e comércios absorverá as desapropriações das outras áreas, podendo ainda abrigar novas instalações, seguindo a tendência de ocupação das margens da via expressa por esse t ipo de segmento. A edificação serve de arranque para a transposição da via expressa e do córrego, podendo ser replicada na margem oposta.
CÔNCAVO
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
CÔNCAVO
A
B
PASSEIOPROPOSTO
SERVIÇOS
PASSAGEM PRAÇA VIA EXPRESSA
PASSEIOPROPOSTO
SERVIÇOS
COMÉRCIO PRAÇA VIA EXPRESSA
NÍVEL PASSEIO/TRAVESSIANÍVEL SERVIÇOSNÍVEL COMÉRCIO E PRAÇA
CORTE B
TRAVESSIA EDIFÍCIO-EDIFÍCIO
PROMENADE PLANTÉE, PARIShttp://hipparis.com/2009/12/08/le-promenade-plantee-walk-on-air/
CORTE A
Além do passeio elevado, a área côncava pode configurar-se como uma praça cujo acesso dá-se pela supressão de módulos do edifício.
I1
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
I1PERÍMETRO DE PROJETO 1
LINHAS DE FORÇA DOS PERCURSOS PRINCIPAIS
TRAVESSIAS
PERÍMETRO DEINTERVENÇÃO
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
ACESSO AOS LOTES
RETALHOS
MUROGRADE
DESAPROPRIAÇÃO
MANUTENÇÃO
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4TRAVESSIAS
POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE OS RETALHOS
FUNDO DE LOTE
Habitações Linha Férrea
Linha Férrea
Centro de qualificação
social e profissional
I2
EDIFICAÇÕES EXISTENTES
ACESSO AOS LOTES
RETALHOS
MUROGRADE
DESAPROPRIAÇÃO
MANUTENÇÃO
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4TRAVESSIAS
POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE OS RETALHOS
Comércios+Serviços+Habitações
I2PERÍMETRO DE PROJETO 4
LINHAS DE FORÇA DOS PERCURSOS PRINCIPAIS
TRAVESSIAS
PERÍMETRO DEINTERVENÇÃO
1:5000
0m 50m 100m 200m
RUA LUIZ GAMA
ILVAL COSTA E SDA MARECHAAVENI
1 2 3
1 2
3
TRAVESSIA PARQUE-INTERFACE
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
MAPA DE REFERÊNCIA
P1
P2
P3
P4
PARQUEPROPOSTO
PASSEIOPROPOSTO
PISTA SENTIDO BAIRRO (MANTIDA)
PISTA SENTIDO CENTRO(REPOSICIONADA PARA VIA PARALELA
EXISTENTE E REBAIXADA)PERFIL NATURAL
NÍVEL DO PERCURSO
+ MATA CILIAR EXISTENTECÓRREGO RIBEIRÃO PRETO
TRANSPOSIÇÃO ELEVADA SOBRE VIA REBAIXADA
ESCALA 1:750
TRAVESSIA SEMAFORIZADA
1:5000
0m 50m 100m 200m
RUA LUIZ GAMA
ILVAL COSTA E SDA MARECHAAVENI
RUASEM SAÍDA
DESAPROPRIAÇÕES
EDIFICAÇÕESMANTIDAS
CO
RTE
TRAVESSIA PARQUE-INTERFACE