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Caio Del’Arco Esper Carolina Fornaciari Augusto Daniella Gimenez Caniato Fabrício Castro Borba Felipe Eduardo R. X. Silva Ambulatório Neurovascular- Prof. Dr. Milton Marchioli

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OMS –sinais de distúrbio focal (por vezes global) da função cerebral de evolução rápida, durando mais de 24 horas ou ocasionando a morte sem outra causa aparente além daquela de origem vascular.

AIT – Um déficit neurológico focal com duração inferior a 24 horas.

Imagem de infarto obtida pela RM – vitimas de AVE e não AIT.

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AVE – segunda maior causa de mortalidade mundial.

No Brasil, em regiões mais pobres o AVE é a principal causa de morte.

Relação homem /mulher 6:1 **mundial No Brasil 2:1

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Fatores de Risco não-modificáveis1. Idade2.Gênero (homens tem incidência 40% maior

que as mulheres)3.Grupo Étnico4.História Familiar

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Fatores de Risco Modificação

Hipertensão ( 4) Drogas anti-hipertensivas, dieta

Doenças CardíacasFibrilação Atrial

Drogas AntiplaquetáriasAnticoagulantes, antiarrítmicos

Diabetes Melito ( 2 a 6) Controle da glicemia e da pressão arterial

Hipercolesterolemia Dieta, medicação redutora de lípides

Inatividade física Exercícios de rotina

Tabagismo ( 2) Cessação

Uso intenso de álcool Redução da quantidade

Estenose carotídea assintomática

Drogas antiplaquetárias, endarterectomia, angioplastia

Ataque isquêmico transitório Drogas antiplaquetárias, endarterectomia

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O encéfalo é irrigado por dois sistemas arteriais:

1.Sistema Carotídeo (anterior)2.Sistema Vértebro-Basilar (posterior)

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AVE Completo – área total do cérebro irrigada por um vaso ocluído é lesada.

AVE Incompleto – se houver alguma lesão celular, mas não pan-necrose, poderá haver penumbra isquêmica e deverá ser considerada a profilaxia.

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Penumbra Isquêmica- tamanho relativo dependente do fluxo da circulação colateral.

A isquemia é dependente dos níveis de PA. Não baixar a PA, exceto isquemia miocárdica,

insuficiência renal e cardíaca descompensada ou dissecção de aorta ou na presença de níveis pressóricos arteriais sistólica maior do que 220 mmHg e diastólica maior que 120 mmHg.

* se possibilidade de trombólise – Reduzir PA.

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Os AVE isquêmicos normalmente são indolores e se apresentação com déficit fixo ou com início vacilante, seguido por flutuações de pioras e melhoras .

AVE em evolução – lesão por reperfusão ou um novo AVE na mesma distribuição vascular.

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1. Cardioembólico (Trombos Murais por FA, IAM e Cardiopatia Valvar).

2. Arterioembólico (placa aterosclerótica instável).

Quadro clínico de instalação súbita.

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A aterosclerose leva a formação de trombo AVE lacunar (infarto inferior a 2 cm) – lesão

obstrutiva chamada lipo-hialinose, trombose em situ - mais comum.

AVE em artéria de médio calibre – raro; exemplo clássico é o AVE pontino extenso pela trombose da artéria basilar.

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Quando o mecanismo do infarto permanece sem comprovação.

Serão designados assim até que se esclareça o mecanismo, a fonte e os determinantes desses infartos não explicados.

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Vaso Sanguíneo Obstruído Manifestações Clínicas

A. Carótida interna Cegueira ipsilateral (variável)Síndrome ACM

A. Cerebral média Hemiparesia contralateral, perda sensorial(braço, pior na face)Afasia expressiva (dominante) ou agnosia e desorientação espacial (não-dominante)Quadrantanopsia contralateral inferior

A. Cerebral anterior Hemiparesia contralateral, perda sensorial (pior na perna)

A. Cerebral posterior Hemianopsia homônima contralateral ou quandrantanopsia superiorAlteração na memória

Ápice Basilar Cegueira Bilateral Amnésia

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Vaso Sanguíneo Obstruído Manifestações Clínicas

A. Basilar Hemiparesia contralateral, perda sensorialSinais bulbares ipsilaterais ou cerebelares

A. Vertebral ou A. cerebelar póstero-inferior

Perda ipsilateral da sensação facial, ataxia, hemiparesia contralateral, perda sensorial

A. Cerebelar superior Ataxia da marcha, náusea, tonteira, dor de cabeça progredindo para hemiataxia ipsilateral, disartria, hemiparesia contralateral, sonolência

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História (momento do início dos síntomas) Exame físico (neurológico, cardiovascular) A gravidade da síndrome clínica no início

correlaciona-se com a evolução funcional final. Nível de vigilância, motilidade ocular, força muscular e função cerebral superior são as chaves para avaliação inicial.

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Testes Hematológicos Policitemia, Trombocitose, VHS, glicemia,

TAP, TPPA. Testes Cardiovasculares

(ECG,Ecocardiograma)

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TC de crânio inicial – descartar um AVE hemorrágico e tumores cerebrais.

No AVEI , TC normal nas primeiras 1-3 horas. Começam a aparecer achados 3-9 horas. Após 24 horas, a perda de distinção entre

substância cinzenta e a branca é facilmente evidente, e há usualmente edema localizado na região comprometida.

Único método por imagem útil para decidir se a terapia trombolítica deve ser administrada ou não.

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Exame Vascular Cerebral Não Invasivo – A USG estima o diâmetro luminal, a direção e velocidade do fluxo sanguíneo cerebral.

Angiografia Cerebral (selecionar pacientes para endarterectomia carotídea)

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Exame Vascular Cerebral Não Invasivo – A USG estima o diâmetro luminal, a direção e velocidade do fluxo sanguíneo.

Angiografia Cerebral (selecionar pacientes para endarterectomia carotídea)

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Hematoma Subdural Tumores AITs Enxaqueca (com ou sem aura) Crises Convulsivas Hiperglicemia e hipoglicemia AVE hemorrágico

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Hipertensão; Angiopatia Amilóide; Malformação Arteriovenosa; Neoplasia Intracraniana; Vasculite; Abuso álcool e cocaína; Transformação hemorrágica do AVCI.

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1. Intraparenquimatosa1. Microaneurismas de Charcot-Bouchard

2. Subaracnóide1. Aneurismas saculares2. Malformação arteriovenosa

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A- Gânglios da BaseB- TálamoC- LobarD- PonteE- Cerebelo

INTRAPARENQUIMATOSO

+ de 70 anos

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TC de crânio não contrastada

Ressonância Magnética.◦ Área Hiperdensa

(hematoma)◦ Edema em volta

(hipodensa)◦ Desvio da linha

média;◦ Avaliar extensão

ventricular.

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Faixa Etária: 35-55 anos Aneurismas Saculares

◦ Causa mais frequente de hemorragia subaracnóide;

◦ Etiologia desconhecida (fatores genéticos?)◦ Relação com tabagismo e hipertensão◦ Vasos intracranianos maiores

(ex.: Artérias Polígono Willis)

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Frequente inundação da cisterna da base Clássico:

◦ Cefaleia Holocraniana Início Súbito; Forte intensidade (“Maior dor de cabeça da vida”);

◦ 50% casos: Síncope;◦ Rigidez na nuca (após 1 dia).

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Edema Cerebral Meningite Química Ressangramento

◦ Principalmente 24 horas iniciais Vasoespasmo;

◦ Provoca isquemia e infarto cerebral Déficit focal permanente ou flutuante Rebaixamento da consciência

Hidrocefalia;◦ Aguda hiperbárica: HIC + piora do quadro neurológico;◦ Crônica normobárica: Demência + apraxia da marcha

+ descontrole esfincteriano; Hiponatremia.

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Prognóstico: Escala de Hunt-Hess:◦ Hunt-Hess I: Assintomático ou cefaleia e rigidez

de nuca leves, Glasgow 15;◦ Hunt-Hess II: Cefaleia e rigidez de nuca

moderadas a graves, pode haver acometimento de par craniano, Glasgow 13-14;

◦ Hunt-Hess III: Estado confusional ou letargia, possível déficit neurológico focal leve, Glasgow 13-14;

◦ Hunt-Hess IV: Torpor, pode haver hemiparesia moderada a grave, Glasgow 7-12;

◦ Hunt-Hess V: Coma, com ou sem descerebração, Glasgow 3-6.

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Escala de Fisher:◦ Fisher 1: sem sangue nas cisternas◦ Fisher 2: sangue nas cisternas e/ou espaços

verticais com menos de 1mm de espessura;◦ Fisher 3: sangue nos espaços verticais com

espessura maior ou igual a 1mm, ou presença de coágulos;

◦ Fisher 4: hemoventrículo.

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