185
CAIO FERNANDO FONTANA METODOLOGIA PARA A IMPLANTAÇÃO DOS PROCESSOS DA CADEIA LOGÍSTICA SEGURA SÃO PAULO 2010

CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

CAIO FERNANDO FONTANA

METODOLOGIA PARA A IMPLANTAÇÃO DOS PROCESSOS DA CAD EIA

LOGÍSTICA SEGURA

SÃO PAULO

2010

Page 2: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

CAIO FERNANDO FONTANA

METODOLOGIA PARA A IMPLANTAÇÃO DOS PROCESSOS DA CAD EIA

LOGÍSTICA SEGURA

Tese apresentada para obtenção do título de

Doutor em Engenharia Elétrica pela Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo.

Orientador : Prof.Dr. Eduardo Mario Dias.

SÃO PAULO

2010

Page 3: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Este Exemplar foi revisado e alterado em relação ã versão original, sob responsabilidade

única do autor e com a anuência de seu orientador.

São Paulo, 19 de janeiro de 2010.

Assinatura do autor Caio Fernando Fontana ______________________________________

Assinatura do Orientador Eduardo Mario Dias _____________________________________

FICHA CATALOGRÁFICA

DEDICATÓRIA

Fontana, Caio Fernando

Metodologia para a implantação dos processos da cad eia logística segura / C.F. Fontana . -- São Paulo, 2009.

p. 175

Tese (Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Energia e Automa -ção Elétricas.

1. Transporte de carga (Controle; Automação) I. Universidade

de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas II. t.

Page 4: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Dedico este trabalho à minha família e amigos.

Page 5: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

AGRADECIMENTOS

Ao amigo e Prof. Dr. Eduardo Mário Dias, pela orientação, estímulo e apoio indispensáveis,

confiança e oportunidade de realizar este trabalho.

Ao Prof. Dr. Sérgio Luiz Pereira, pelos ensinamentos que serviram para o desenvolvimento

deste trabalho.

Aos colegas Luiz Góes, Antonio Russo Filho, Márcio Azevedo e Fábio Mori pelas

contribuições de materiais e propostas de trabalho.

Page 6: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

RESUMO

A formulação da Metodologia para a Implantação dos Processos da Cadeia Logística

Segura visa estabelecer parâmetros e metodologia para aplicação dos diversos conceitos e

programas de segurança para o comércio exterior visando o controle de carga que vêm sendo

implementados por órgãos de governo e organismos internacionais. Estes programas têm

como foco o controle sobre os processos de movimentação de carga, através da utilização de

tecnologia aplicada à inspeção não intrusiva de carga, rastreamento e lacres eletrônicos,

sistemas de troca eletrônica de informação e da integração sistêmica destes componentes.

Desta forma, esta tese busca demonstrar como o modelo proposto impactará nos controles

fiscais e aduaneiros bem como na otimização dos fluxos logísticos.

O modelo proposto está ancorado nas diretrizes de segurança estabelecidas pela

Organização Mundial das Aduanas (OMA) através do SAFE Framework of Standards, pela

International Maritime Organization (IMO) através do Código Internacional de Segurança e

Proteção a Navios e Instalações Portuárias (ISPS-Code), pelo Governo dos Estados Unidos da

América através do Container Security Initiative (CSI) e do Safe Ports Act, pela Secretaria da

Receita Federal Brasileira através do Plano Nacional de Segurança Aduaneira (PNSA) da

Nota Fiscal Eletrônica (NFe) e Conhecimento de Trânsito Eletrônico (CTe) em conjunto com

as Secretarias de Fazenda Estaduais, bem como pelo setor privado quem vêm implementado

iniciativas voltadas ao controle e monitoramento de carga através de sistemas de

Gerenciamento de Risco e os sistemas de Rastreamento e Lacres Eletrônicos aplicados à

cargas e veículos.

Para efeito de contextualização será apresentado o processo de importação e

exportação, seus aspectos de transporte, armazenagem e manipulação de carga, bem como

uma macro visão do fluxo documental e os intervenientes públicos e privados envolvido no

processo.

A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia

logística segura elaboradas pela Customs-Trade Partnership Against Terrorism (C-TPAT),

Business Alliance for Secure Commerce (BASC) e da International Organization for

Standardization (ISO) através da ISO 28000 e correlatas.

Feitas estas análises e contextualização será formulado o modelo operacional que

consiste na proposição de um controle logístico integrado. Esta abordagem tem por objetivo

Page 7: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

apresentar as diversas características dos fluxos de carga por modal e tipo, ou seja granel,

container e carga geral. Este modelo, se implementado, poderá proporcionar um aumento de

produtividade do setor pois a adoção de medidas de controle de carga exige que o

planejamento das operações logísticas seja efetuado, acompanhado e corrigido sempre que

necessário. Desta forma, o setor de logística poderá se valer desta ferramenta para o aumento

de produtividade e conseqüente redução do “Custo Brasil”.

O modelo de implementação será proposto apoiado em quatro diretrizes: normatização

de processos, formulação de um modelo de avaliação contínua de nível de serviço das

empresas e do processo, normatização de tecnologia, modelo de acreditação de processo e

entidades por modal e/ou área de atuação. Neste trabalho serão detalhados o Modelo de

Normatização de Processos e o Sistema de Avaliação de Nível de Serviço. A Normatização

Tecnológica e o Modelo de Acreditação serão desenvolvidos em trabalhos futuros.

Page 8: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

ABSTRACT

The development of the Methodology for the Implantation of the Processes of the Safe

Logistic Chain aims at to establish parameters and methodology for application of the diverse

concepts and programs of security for the foreign commerce being aimed at the load control

that come being implemented for agencies of government and international organisms. These

programs have as focus the control on the processes of load movement, through the use of

technology applied to the not intrusive inspection of load, electronic tracking and sealing

waxes, systems of electronic exchange of information and the systemic integration of these

components. In such a way, this thesis searchs to demonstrate as the considered model will

impact in the fiscal and customs controls as well as in the improvement of the logistic flows.

The considered model is anchored in the lines of direction of security established by

the Organização Munidal das Aduanas (OMA) through the SAFE Frameworks of Standards

through the International Maritime Organization (IMO), through the International Code of

Security and Protection the Ships and Port Installations (ISPS-Code), for the Government of

the United States of America through Container Security Initiative (CSI) and of Safe Ports

Act, for the Secretariat of the Brazilian Federal Prescription through the Plano Nacional de

Segurança Aduaneira (PNSA) of Nota Fiscal Eletrônica (NFe) and Conhecimento de Trânsito

Eletrônico (CTe) in set with the Secretarias de Fazenda Estaduais, as well as for the private

sector who they come implemented initiatives directed to the control and monitorial of load

through systems of Management of Risk and the systems of Tracking and Electronic Sealing

waxes applied to loads and vehicles.

For context effect, it will be presented the process of importation and exportation, its

aspects of transport, load storage and manipulation, as well as a macro vision of the

documentary flow and the intervening private public and involved in the process. To follow

the proposals of regularization of the logistic process of chain will be presented insurance

elaborated by Customs-Trade Partnership Against Terrorism (C-TPAT), Business Alliance

will be Secure Commerce (BASC) and of the International Organization for Standardization

(ISO) through the ISO 28000 and correlates.

The operational model that will be formulated consists of the proposal of an integrated

logistic control. This boarding has for objective to present the diverse characteristics of the

modal load flows and type, that is granary, container and general load. The implementation of

Page 9: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

this model will provide to an increase of productivity of the sector therefore the adoption of

measures of load control demands that the planning of the logistic operations is effected,

followed and corrected whenever necessary. In such a way the sector of logistic could use this

tool for the increase of productivity and consequence reduction of what is called as “Custo

Brasil”.

The implementation model will be formulated supported in four pillars: regularization

of processes, regularization of technology, formularization of a model of Acreditação of

modal process and entities for and/or area of performance and the formularization of a model

of continuous evaluation of level of service of the companies and the process.

Page 10: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: ISSO 2008 46

Figura 2: SED – Supervia Eletrônica de Dados / Formas de automação e integração das empresas responsáveis pela cadeia logística e órgãos de governo 49 Figura 3: Modelo de gestão de logística integrada 59

Figura 4: Programação 60

Figura 5: Acompanhamento 61

Figura 6: Comunicação com clientes 61

Figura 7: EDI 01 - Fluxo de processo de planejamento 63

Figura 8: EDI 02 – Fluxo de processo de planejamento 64

Figura 9: EDI – Fluxo de processo de acompanhamento operacional 01 65 Figura 10: EDI – Fluxo de processo de acompanhamento operacional 02 66 Figura 11: Fluxo do processo de troca de arquivo EDI 70

Figura 12: Fluxo de recebimento de arquivo 72

Figura 13: Processo de inspeção de carga 74

Figura 14: Fluxo de recepção de container 76

Figura 15: Fluxo de recepção de carga 79

Figura 16: Fluxo de estufagem de container 82

Figura 17: Fluxo de desova de container 85

Figura 18: Fluxo de recepção de container vazio 90

Figura 19: Sistema estacionário de grande porte 93

Figura 20: Sistema aberto 93

Figura 21: Princípio de funcionamento 95

Figura 22: Equipamentos móveis 98

Figura 23: Equipamento fixo 98

Figura 24: Equipamento fixo – alto-desempenho 99

Figura 25: Componentes do Sistema AVL 100

Figura 26: Equipamentos embarcados 109

Figura 27: Fluxograma normatização de processo 115

Figura 28: Fluxograma serviços 116

Figura 29: Fluxograma componentes e risco 117

Figura 30: Fluxo para granel de exportação – Planejamento 1 118 Figura 31: Fluxo para granel de exportação – Planejamento 02 119 Figura 32: Movimentação de carga 1 120

Figura 33: Movimentação de carga 2 121

Figura 34: Fluxo para granel de importação – Planejamento 01 122 Figura 35: Fluxo para granel de importação – Planejamento 02 123 Figura 36: Fluxo de retirada de carga 1 124

Figura 37: Fluxo de retirada de carga 2 125

Figura 38: Fluxo para container de exportação – Planejamento 1 126 Figura 39: Fluxo de container para exportação – Planejamento 2 127 Figura 40: Fluxo de retirada de container vazio 1 128

Figura 41: Fluxo de retirada de container vazio 2 129

Figura 42: Fluxo de retirada de carga 1 130

Figura 43: Fluxo de retirada de carga 2 131

Figura 44: Fluxo de estufagem de container 132

Page 11: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Figura 45: Fluxo de movimentação de container cheio 133

Figura 46: Fluxo para container de importação – Retirada de Carga 1 134

Figura 47: Fluxo de retirada de carga 2, para container de importação 135

Figura 48: Fluxo de movimentação de carga 1, para container de importação 136

Figura 49: Fluxo de movimentação de carga 2, para container de importação 137

Figura 50: Fluxo de movimentação de container cheio 1 138 Figura 51: Fluxo de movimentação de container cheio 2 139 Figura 52: Fluxo de movimentação de container vazio 1 140 Figura 53: Fluxo de movimentação de container vazio 2 141 Figura 54: Fluxo de armazenagem de carga 142

Figura 55: Fluxo de inspeção de carga 143

Figura 56: Fluxo de inspeção não intrusiva 144

Figura 57: Fluxo de rastreamento de carga 146

Figura 58: Fluxo de inspeção de container 148

Figura 59: Fluxo de lacração de container 150

Page 12: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

LISTA DE TABELAS Tabela 1: Relação entre ISSO /DIS 28000 e outras normas relevantes 44

Tabela 2: Exportação Brasileira – 2008 / Distribuição por porte de empresa e participação no Comércio Exterior 47

Tabela 3: Intervenientes no Comércio Exterior brasileiro 50

Tabela 4: Resumo comparativo dos sistemas de posicionamento apresentados 104

Tabela 5: Sistemas de Comunicação 107

Tabela 6: Indicadores do modelo SCOR 113

Tabela 7: Alternativas da cadeia logística 116

Page 13: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AFRMM

A-GPS

ANTT

ANVISA

AOA

AVL

Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante

Assisted Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global

Assistido)

Agência Nacional de Transportes Terrestres

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Angle of Arrival (Ângulo de Chegada)

Automatic Vehicle Location (Localização Automática do Veículo)

BASC Business Alliance for Secure Commerce (Aliança de Negócios para

Comércio Seguro)

BILL

CAMEX

CBP

Bill of Lading (Conhecimento de Embarque)

Câmara de Comércio Exterior

U.S. Customs and Border Protection (Alfandega dos EUA e Proteção da

Fronteira).

CE Comprovante de Exportação

CNEN

CONPORTOS

CRT

Comissão Nacional de Energia Nuclear

Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias

Navegáveis

Conhecimento de Transporte Rodoviário

CSI Container Security Initiative (Iniciativa para Segurança de Contêineres)

CT-e Conhecimento de Transporte Eletrônico

C-TPAT Customs-Trade Partnership Against Terrorism (Parceria de Comércio -

Alfandega contra Terrorismo)

DANFE Documento Auxiliar da NF-e

DHS Departamento de Segurança Interna

DI Declaração de Importação

DIAN Direção de Impostos e Aduanas Nacionais

DMM

DTA

Departamento da Marinha Mercante do Ministério dos Transportes

Documento de Trânsito Aduaneiro

EDI Eletronic Data Interchange (Troca Eletrônica de Dados)

Page 14: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

E-OTD

GPRS

Enhanced Observed Time Difference (Melhoria Observada em Diferença

de Tempo)

General Packet Radio Service (Pacote Geral de Serviço de Rádio)

GPS

GSM

IBAMA

ICMS

IMO

INMETRO

Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global)

Global System for Mobile Communication (Sistema Global para

Comunicação Móvel)

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

Organização Marítima Internacional

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

IPTU

ISS

ISSO

Imposto Predial Territorial Urbano

Imposto Sobre Serviços

Organização Internacional para Normatização

ISPS – Code International Ship and Port Facility Security Code (Código de Segurança

para Embarcações Internacionais e Instalações Portuárias)

LBS

IVA

LEO

LMU

NF-e

Location Based Services (Serviços Baseados em Localização)

Imposto do Valor Agregado (Chile)

Satélites de Baixa Órbita

Location Measurement Unit (Unidade de Medição de Localização)

Nota Fiscal Eletrônica

NVOCC Non Vessel Operator Common Carrier

OAC

OCR

ODP

Organismo de Avaliação da Conformidade

Optical Character Recognition (Reconhecimento Óptico de Caracteres)

Serviço de Prontidão Doméstica

OECE

OGMO

Organização Européia de Cooperação Econômica

Órgão Gestor de Mão de Obra

OMA Organização Mundial das Aduanas

PDA

PDCA

PNSA

Personal Digital Assistant (Assistente Digital Pessoal)

Planejar – Fazer – Verificar – Agir

Plano Nacional de Segurança Aduaneira

PSAP Plano Nacional de Segurança Portuária

Page 15: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

PSG Port Security Grant Program (Programa de Concessão de Segurança

Portuária

RFID

SAFE Port Act

Radio Frequency Identification (Identificação de Radio Frequência)

Security and Accountability For Every Port Act

SAT Serviço de Administração Tributário

SCM Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de Suprimentos)

SCOR Supply Chain Operations Reference (Referência de Operações da Cadeia

de Suprimentos)

SED Supervia Eletrônica de Dados

SEP

SII

Secretaria Estadual de Portos

Serviços de Impostos Internos

SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior

SMLU

SMS

SOLAS

Serving Mobile Location Center

Short Message Service (Serviço de Mensagem Curta)

Safety of Life at Sea (Segurança da Vida no Mar)

SPED Sistema Público de Escrituração Digital

SRF

SRI

TDOA

Secretaria da Receita Federal

Serviço de Rendas Interna

Time Difference of Arrival (Tempo de Diferença de Chegada)

TI

TOA

TPA

TIF/ DTA

Tecnologia da Informação

Time of Arrival (Tempo de Chegada)

Trabalhador Portuário Avulso

Conhecimento de Transporte Ferroviário

USGC Guarda Costeira dos EUA

UHF

VAN

VHF

VIGIAGRO

WBO

Ultra Alta Frequência

Value Added Network (Rede de Valor Adicional)

Muito Alta Frequência

Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional

World BASC Organization

WMS Warehouse Management System (Sistema de Gestão de Armazém)

XML Extensible Markup Language

Page 16: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Sumário

INTRODUÇÃO AOS PRINCIPAIS ASPECTOS DA CADEIA LOGÍSTICA SEGURA ............ 18

1 DIRETRIZES DE SEGURANÇA E CERTIFICAÇÃO DE PROCESSOS PARA A CADEIA LOGÍSTICA SEGURA ....................................................................................................................... 23

1.1 Diretrizes .............................................................................................................................................. 23 1.1.1 OMA - SAFE Framework of Standards ................................................................................................. 23 1.1.2 IMO - ISPS-CODE .................................................................................................................................. 25 1.1.3 CSI - Container Security Initiative ......................................................................................................... 29 1.1.4 SAFE Ports Act ...................................................................................................................................... 30 1.1.5 Plano Nacional de Segurança Portuária - PSAP ................................................................................... 32 1.1.6 Evolução dos Documentos Eletrônicos ................................................................................................ 33

1.2 CERTIFICAÇÕES DE PROCESSOS PARA A CADEIA LOGÍSTICA SEGURA .................................................... 39 1.2.1 CT-PAT (Customer-Trade Partnership Against Terrorism) ................................................................... 39 1.2.2 BASC (Business Alliance for Secure Commerce) ................................................................................... 41

1.3 Organização Internacional para Normatização - ISO ............................................................................. 43

2 A LOGÍSTICA INTEGRADA E CONTROLE DE CARGA NO COMÉRCIO EXTERIOR . 47

2.1 Controle de carga PARA FINS ADUANEIROS .......................................................................................... 53 2.1.1 Exportação .......................................................................................................................................... 54 2.1.2 Importação .......................................................................................................................................... 57

2.2 Gestão de Cadeia Logística Integrada .................................................................................................... 58 2.2.1 Fluxos de Atividade .............................................................................................................................. 60 2.2.2 Fluxos dos Processos ........................................................................................................................... 62 2.2.3 Principais serviços agregados ao fluxo ................................................................................................ 74 a) Inspeção de carga ..................................................................................................................................... 74 b) Recepção de Carga conteinerizada .......................................................................................................... 75 c) Recepção de carga .................................................................................................................................... 77 d) Estufagem de container ........................................................................................................................... 81 e) Desova de container ................................................................................................................................. 84 f) Armazenagem de Containeres Vazios ....................................................................................................... 87

3 APRESENTAÇÃO DAS TECNOLOGIAS APLICADAS À CADEIA LOGÍSTICA SEGURA 92

3.1 TECNOLOGIAS ....................................................................................................................................... 92 3.1.1 Inspeção Não Intrusiva ........................................................................................................................ 92

3.1.1.1 Histórico ....................................................................................................................................... 92 3.1.1.2 Princípios de Funcionamento ...................................................................................................... 94 3.1.1.3 O Trinômio: Penetração, Resolução Espacial e Fluxo .................................................................. 96 3.1.1.4 Formas Construtivas .................................................................................................................... 97

3.1.2 Rastreamento e Lacre Eletrônico......................................................................................................... 99 3.1.2.1 Sistemas de Comunicação ......................................................................................................... 105 3.1.2.2 Equipamentos Embarcados ....................................................................................................... 107 3.1.2.3 Gestão da Informação ................................................................................................................ 109

Page 17: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

4 MODELO DE CONTROLE DE CARGA NA CADEIA LOGÍSTICA SEGURA .................. 111

4.1 Normatização de Processos ................................................................................................................ 111 4.1.1 Conceito de Gestão da Cadeia Logística ............................................................................................ 111 4.1.2 Fluxograma ........................................................................................................................................ 115

4.2 Normatização Tecnológica .................................................................................................................. 162

4.3 Modelo de Acreditação ....................................................................................................................... 163

4.4 Sistema de Avaliação do Nível de Serviço ........................................................................................... 151

5 CONCLUSÕES E ABERTURAS PARA TRABALHOS FUTUROS ................................... 165

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 168

7 ANEXOS ..................................................................................................................................... 185

Page 18: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

18

INTRODUÇÃO AOS PRINCIPAIS ASPECTOS DA CADEIA

LOGÍSTICA SEGURA

A evolução do comércio internacional até os dias atuais (passando por diferentes fases)

dinamizou e tornou mais complexas as relações comerciais entre as nações. O tempo para

vencer as distâncias diminuiu, a sofisticação tecnológica modernizou e racionalizou sistemas de

embalagens de cargas e seus meios de transporte. À necessidade de uma cadeia logística que

suporte as relações cada vez mais dinâmicas entre parceiros comerciais têm sido acrescidos

novos desafios; entre eles, a modernização de empresas de diferentes portes ligadas ao

comércio exterior, o encaminhamento de questões burocráticas e, de forma cada vez mais

intensa, o controle dos riscos e adoção de padrões de segurança. Tudo isto sem perda das

referências de eficiência, lucro e produtividade.

No que se refere à questão da segurança em relação ao transporte de cargas, pode ser

afirmado que este não é um problema novo. Contudo, a vulnerabilidade dos países a possíveis

ataques terroristas em tempos atuais tem colocado a questão dos riscos e sua interferência na

cadeia logística da movimentação das cargas como questão fundamental.

Segundo Brasiliano (2007), o conceito de risco refere-se à ocorrência de um fato

possível, incerto, fortuito e danoso, dentro de um contexto em que possa haver sua

previsibilidade. Assim, não existe risco de um nadador, dentro do oceano, ser atropelado por

um ônibus; também não há risco no fato de alguém se jogar de um avião sem pára-quedas, pois

a conseqüência deste fato é certa e previsível. Já na operação do transporte de uma carga

radioativa, diversos fatores como acondicionamento da carga, condições do veículo e via

transportadora podem interferir para aumentar ou reduzir os riscos, que podem ser de natureza

ambiental e saúde pública, no caso de um acidente em que ocorra o rompimento e posterior

vazamento do material radioativo, ou, de ações terroristas, que podem substituir a carga por um

dispositivo explosivo, uma vez que esta, ao ser analisada por detectores de radiação, indicará,

necessariamente, a presença de radioatividade.

O problema do controle de segurança na logística de carga tem sido uma preocupação

prioritária na maior parte dos países. Os Estados Unidos da América, após os ataques terroristas

de 11 de setembro de 2001, procurando atender às necessidades de segurança, criou diversas

diretrizes como o CSI (Container Security Initiative) e o SAFE Ports Act. Outras iniciativas as

Page 19: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

19

antecederam como a OMA (Organização Mundial das Aduanas), através da Convenção de

Kyoto que definiu uma Estrutura Normativa para a Segurança e a Facilitação do Comércio

Internacional. Esta Estrutura Normativa da OMA, destinada a proteger e a facilitar o comércio

internacional (e ainda vigente), estabelece princípios e padrões de segurança para cadeia

logística que devem ser adotados pelos seus membros, segundo Dias et al.(A), 2008.

Segurança e riscos, contudo, não envolvem apenas a movimentação das cargas. No

intercâmbio comercial imiscuem-se fatores e variáveis ambientais que podem gerar enormes

prejuízos. Tal foi o caso da crise que ocorreu na Europa no século XIV, provocada pela brusca

diminuição do contingente populacional e prejudicando as atividades econômicas. Um de seus

fatores foi a Peste Negra, de origem oriental, sendo que o vírus foi introduzido na Europa em

1348 e se propagou com grande rapidez: em pouco tempo foi dizimado entre um terço e a

metade da população européia. Este vírus foi introduzido pelo ratos dos navios que faziam o

comércio com o oriente. Atualmente, existe a preocupação com a disseminação da Gripe

Aviária, a introdução de espécies invasoras como o besouro africano que vem se instalando nas

floresta da América do Norte e a contaminação por meio da água de lastro dos navios (o

mexilhão dourado originário da China).

A operação logística de transporte é passível, portanto, de riscos operacionais.

Minimizá-los e gerir questões de segurança são condutas cada vez mais necessárias. Contudo,

elas não podem acarretar novos problemas, como no caso ocorrido no maior porto brasileiro, o

de Santos.

Em vista da intensificação dos fluxos comerciais e crescimento da movimentação de

carga nos últimos anos (devido à globalização), houve aumento dos congestionamentos

logísticos nos sistemas. Em Santos, foram introduzidas rotinas para o ordenamento da chegada

de caminhões, tais como o agendamento de entrega e retirada de carga e a instalação de pátios

reguladores nas retro áreas (regiões de retaguarda), visando diminuir os impactos dos

congestionamentos. Tais iniciativas otimizaram o atendimento junto aos terminais, mas, de tal

forma, que os tempos de atendimento dos caminhões que chegam ao terminal não podem mais

ser reduzidos. Operando a cadeia logística no limite próximo de sua capacidade operacional;

esta nova condição impôs um equilíbrio instável e sensível à introdução de novas rotinas

operacionais. Desta forma, a implementação de procedimentos voltados a atender a questão da

segurança não pode deixar de levar em conta os tempos de atendimento como um todo,

acarretando sobreposição de funções e, como conseqüência, novo congestionamento.

Page 20: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

20

Neste contexto, diante de um novo cenário, o desenvolvimento de um sistema requer a

integração da gestão de dois processos: o de segurança e o logístico, propriamente dito.

Por tais motivos, será abordado o tema da cadeia logística segura.

Os benefícios do uso da cadeia logística segura são inúmeros para autoridades federais,

estaduais e municipais, podendo se destacar, entre outros:

• controle de ICMS entre Estados;

• controles sanitários;

• controles ambientais;

• controle de trânsito;

• controle logístico das cargas de exportação / importação;

• informações para sistemas de combate ao tráfico de drogas, armas e

contrabando em geral.

A formulação de um Modelo de Automação de Processo Aplicado à Cadeia Logística

Segura deve estabelecer uma metodologia em consonância com parâmetros dos diversos

conceitos e programas de segurança para o comércio exterior que vêm sendo implementados

por órgãos de governo e organismos internacionais. Estes programas têm, como foco, o

controle sobre os processos de movimentação de carga, por meio da utilização de tecnologia

aplicada à inspeção não intrusiva do material transportado, rastreamento e lacres eletrônicos,

sistemas de troca eletrônica de informações com integração sistêmica destes componentes.

O presente trabalho, visando contribuir para futuras formulações de modelos de

automação de cadeias logísticas seguras, foi norteado por dois objetivos: mapear e analisar os

fluxos existentes entre os diferentes prestadores de serviço que compõem a cadeia logística de

sistemas portuários e realizar propostas que sirvam como alicerces à criação de novos modelos

de automação de cadeias logísticas, no que diz respeito à segurança, eficiência e lucratividade.

O mapeamento realizado foi feito a partir de informações coletadas em 15 anos de

atividade profissional junto a autoridades e terminais portuários de Santos, Rio de Janeiro e

Vitória, no desenvolvimento de sistemas de automação voltados à operação dos terminais e do

Porto como um todo. Os fluxos descritos constituem um panorama geral do funcionamento do

processo (muitas vezes existentes apenas no papel), apresentando como deve ser o protótipo de

um sistema de integração entre os diversos prestadores de serviço. Este sistema não existe,

Page 21: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

21

efetivamente, da forma completa como demonstrado em teoria, ocorrendo, na realidade, um

fracionamento deste todo, evidenciado nas diferentes operações realizadas pelos prestadores.

A seguir, foi criada uma metodologia de classificação das operações logísticas,

desenvolvida em etapas diferenciadas e complementares: primeiramente, uma análise de tais

operações, em função do tipo de produto, modal de transporte e serviço; depois, em função da

classificação feita, avaliação dos riscos envolvidos para cada uma; por fim, levantamento dos

componentes tecnológicos e de normatização necessários para a mitigação dos riscos

elencados.

Assim, esta tese disponibiliza um conjunto de parâmetros norteadores para elaboração

de modelos de automação de processos ligados à cadeia logística segura, enfatizando a

importância das questões de segurança e sua integração com a logística, na busca de padrões

de eficiência.

Acredita-se que tais parâmetros trarão melhorias, de tal forma que os futuros modelos

de automação poderão ampliar os benefícios para toda sociedade no que diz respeito ao maior e

melhor controle do tráfico de drogas e de armas e também do contrabando de mercadorias.

Outra área beneficiada será o controle sobre pandemias oriundas de outras regiões, que possam

vir a afetar a saúde pública, fauna ou flora, por meio da automação de sistemas de inspeção não

intrusiva de carga, resíduos sólidos, tripulantes e passageiros, como forma de controle sanitário

e ambiental.

A organização deste trabalho estrutura-se da seguinte forma:

Apresentação da Introdução e os principais pontos que são abordados no trabalho.

Capítulo 1 – apresenta conceitos gerais e questões inerentes ao controle de carga por

meio da análise das diversas normas e diretrizes internacionais, bem como das certificações de

processos para a cadeia logística segura.

Capítulo 2 – delineia faces do cenário brasileiro de Comércio Exterior, pela descrição

das funções dos diversos atores que atuam neste setor. Também apresenta o Modelo de

Logística Integrado.

Capítulo 3 – descreve e analisa as diversas tecnologias aplicáveis à cadeia logística

segura Capítulo 4 – apresenta proposta de um conjunto de parâmetros necessários à elaboração

do Modelo de Automação dos Processos da Cadeia Segura.

Page 22: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

22

Capítulo 5 – tece considerações finais.

Page 23: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

23

1 DIRETRIZES DE SEGURANÇA E CERTIFICAÇÃO DE PROCESSOS

PARA A CADEIA LOGÍSTICA SEGURA

Este capítulo aborda algumas das recomendações internacionais e nacionais para a questão

da segurança na cadeia logística do comércio internacional, além de apresentar algumas

ferramentas e tecnologias que podem auxiliar na melhoria da gestão logística e de segurança.

1.1 DIRETRIZES

1.1.1 OMA - SAFE Framework of Standards

A Organização Mundial da Aduanas (OMA) teve sua história iniciada em 1947, quando

13 países europeus representados no Comitê para Cooperação Econômica Europeia decidiram

criar um grupo voltado ao estudo de uniões aduaneiras.

Em 1948, este grupo de estudo estabeleceu dois comitês: um econômico e um

aduaneiro. O primeiro deu origem à Organização Européia de Cooperação Econômica (OECE)

e o segundo, ao Conselho de Cooperação Aduaneira (1952), que passou a se chamar OMA a

partir de 1994.

Fundada com o objetivo de otimizar a administração aduaneira, a OMA é um órgão

intergovernamental independente que conta com 168 países-membros e é a única organização

mundial competente em matéria aduaneira.

O fortalecimento e preparação das administrações aduaneiras para o século XXI requer

a segurança da cadeia logística internacional como uma etapa do processo considerado em seu

todo. Dessa forma, a fim de fortalecer e ir além dos programas e das práticas existentes, os

Membros da OMA conceberam um processo destinado a reforçar a segurança e a facilitação do

comércio internacional. Assim, a Estrutura da OMA estabelece princípios e padrões e os

apresenta para serem adotados como nível mínimo do que precisa ser implementado pelos seus

Membros. A OMA conta com a afiliação e, conseqüentemente, a participação de 166

administrações aduaneiras, representando 99 por cento do comércio global. Graças à sua

autoridade e perícia sem paralelo, as aduanas podem e devem desempenhar um papel central na

segurança e na facilitação do comércio mundial. A estrutura da OMA inclui ajuda apropriada e

Page 24: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

24

programas de reforço de capacidades para as administrações aduaneiras que a adotarem,

visando:

• estabelecer normas que garantam a segurança e a facilitação da cadeia logística em

nível global, a fim de promover certeza e previsibilidade;

• implementar a gestão integrada de cadeias logísticas para todos os meios de transporte;

• fortalecer o papel, as funções e as capacidades das aduanas para responder aos desafios

e aproveitar as oportunidades do século XXI;

• fortalecer a cooperação entre as administrações aduaneiras, a fim de melhorar a

capacidade de detecção de remessas de alto risco;

• fortalecer a cooperação entre as aduanas e as empresas;

• promover a circulação ininterrupta de mercadorias por meio de cadeias logísticas

internacionais seguras.

Além dos objetivos citados acima, a estrutura da OMA comporta quatro elementos

fundamentais:

• padronização e compatibilização do conteúdo e do formato das informações de carga,

tornando-as eletrônicas, e fornecidas, antecipadamente, ao embarque;

• gerenciamento adequado de risco;

• inspeção não intrusiva e detecção de radiação para cargas de alto risco efetuada na

origem;

• concessão de benefícios às empresas que satisfaçam aos padrões mínimos de segurança

e a melhoria das práticas de segurança da cadeia logística.

A estrutura da OMA é baseada em dois pilares: relações Aduana – Aduana e Aduana –

Empresas. Esses pilares envolvem definições de padrões para garantir fácil entendimento e

rápida implementação internacional.

• Aduana – Aduana: as Aduanas devem trabalhar cooperativamente a fim de maximizar a

segurança e a facilitação da cadeia logística internacional. Neste pilar foram definidos

alguns padrões:

o padrão 1: Gestão Integrada da Cadeia de Suprimentos;

o padrão 2: Autoridade para Inspeção de Carga;

o padrão 3: Tecnologia Moderna em Equipamentos de Inspeção;

o padrão 4: Sistema de Gestão de Risco;

Page 25: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

25

o padrão 5: Identificação de Cargas de Alto Risco;

o padrão 6: Informações Eletrônicas;

o padrão 7: Alvo e Comunicação;

o padrão 8: Medidas de Performance;

o padrão 9: Taxas de Segurança;

o padrão 10: Integridade do Funcionário;

o padrão 11: Inspeção de Segurança fora da fronteira.

• Aduana – Empresas: os padrões estabelecidos para este pilar foram os seguintes:

o padrão 1: Sociedade;

o padrão 2: Segurança;

o padrão 3: Autorização;

o padrão 4: Tecnologia;

o padrão 5: Comunicação;

o padrão 6: Facilitação.

1.1.2 IMO - ISPS-CODE

A Organização Marítima International (IMO) foi criada em 1948 em Genebra e é uma

agência das Nações Unidas composta de 167 membros de Estado e 3 membros associados; sua

finalidade é desenvolver e manter um quadro regulamentar global para a navegação. As

atribuições hoje estabelecidas incluem questões de segurança, preocupações ambientais,

assuntos jurídicos, cooperação técnica, segurança marítima e eficiência da navegação.

Em dezembro de 2002, uma Conferência Diplomática sobre Segurança Marítima alterou e

adaptou a Convenção de SOLAS (Safety of Life at Sea, ou seja, Segurança da Vida no Mar) de

1974, com o intuito de reforçar a segurança marítima a bordo dos navios e na interface navio /

porto. Nessas alterações, foi criado um novo capítulo que trata, especificamente, da segurança

marítima, estabelecendo requisitos obrigatórios para navios e instalações portuárias para dar

cumprimento ao novo ISPS-Code (International Ship and Port Facility Security Code).

O ISPS-Code, elaborado pela IMO em 2002, visa a segurança e a proteção de navios e

instalações portuárias. Para tanto, estabelece procedimentos preventivos e níveis de risco,

Page 26: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

26

considerando as peculiaridades das instalações e dos navios, como também das cargas a bordo

ou em terra e suas condições de armazenamento específicas, entre outros fatores relevantes.

A quase totalidade das empresas administradoras das instalações portuárias brasileiras,

diretamente ou através de empresas de segurança especializadas, deveriam implementar, para

serem aprovados pelo governo brasileiro até 01/07/2004, seus “Planos de segurança do ISPS

Code”, elaborados em conformidade com as diretrizes, determinações e recomendações sobre

segurança e proteção estabelecidas no acordo internacional.

Dentre os objetivos do ISPS Code, estão relacionados:

• definição de estrutura internacional para que navios e instalações portuárias

atuem em cooperação para detecção de ameaça e prevenção de atos contra a

segurança no setor de transporte marítimo.

• instituição das responsabilidades dos órgãos governamentais, administrações

portuárias e armadores.

• garantia da troca de informações referentes à segurança.

• definição de metodologia para análise de risco e modificações nos níveis de

risco.

• adequação da implementação das medidas ao nível de risco.

Para certificação do navio ou a instalação portuária com o padrão ISPS são necessários

os seguintes requisitos:

• realização da coleta, avaliação e troca de informações a respeito do risco com os

governos contratantes;

• instituição de protocolos de comunicação para navios e instalações portuárias;

• prevenção para evitar o acesso não autorizado a navios e instalações portuárias;

• instituição de métodos de prevenção à introdução de armas, mecanismos

incendiários ou explosivos;

Page 27: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

27

• implantação de dispositivos de alerta para reação a ameaças ou incidentes de

risco;

• implementação de planos de proteção de acordo com estimativa de risco;

• treinamento do pessoal em relação aos planos e procedimentos de proteção.

Para o ISPS Code, os incidentes de proteção estão representados por:

• prejuízos às instalações portuárias e aos navios decorrentes de explosivos,

incêndio criminoso, sabotagem, entre outros;

• sequestro de navio ou pessoas a bordo;

• alteração de cargas, sistemas, equipamentos fundamentais ou suprimentos de

bordo do navio ou da instalação;

• ingresso ou uso não autorizado;

• tráfico de armas ou equipamentos (incluso armas de destruição em massa);

• utilização do navio para transporte de equipamentos e/ou pessoas com objetivo

de causar incidente de proteção;

• utilização do próprio navio como elemento de destruição;

• obstrução de entradas dos portos, comportas, aproximações, entre outros.

• ataque biológico, químico ou nuclear.

Em razão dos elementos, fatos e características físicas, adequados para determinado

momento específico, o ISPS classifica os níveis de risco, apresentados a seguir, atribuídos ao

navio ou à instalação portuária.

• Nível 1 – NORMAL = nível de operacionalidade normal dos navios e instalações

portuárias;

• Nível 2 – ELEVADO = nível empregado enquanto existir risco elevado de incidente de

proteção;

Page 28: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

28

• Nível 3 – EXCEPCIONAL = nível imposto ao período no qual existe um risco provável

ou iminente de proteção.

O ISPS Code também estabelece obrigações para as Companhias de navegação, para as

administrações portuárias e para os governos. São elas:

a. Companhias de navegação

Cada navio deve ter a bordo um Plano de Segurança aprovado pela Administração. A

Companhia de navegação deve providenciar para que o Plano de Segurança do navio contenha

uma declaração bem clara que enfatize a autoridade máxima do Comandante e sua

responsabilidade para tomar decisões a respeito da segurança do navio.

A Empresa tem designado um Oficial de Segurança da Companhia bem como um

Oficial de Segurança de cada navio, com definição de suas respectivas atribuições.

b. Administrações portuárias

Cada Instalação Portuária deve ter um Oficial de Segurança, com obrigações e

responsabilidades bem definidas. O Oficial de Segurança e o pessoal a ele subordinado devem

ter o conhecimento adequado e receber os treinamentos necessários, levando em conta a

orientação contida na Parte B do Código.

Cada Instalação Portuária deve dispor de um Plano de Segurança, que deve prever 3

níveis de segurança. O Plano de Segurança da Instalação Portuária deve ser aprovado pelo

Governo Contratante em cujo território está localizada, podendo ser preparado por uma

Organização de Segurança reconhecida, e devendo ser elaborado de acordo com a orientação

contida na Parte B do Código.

As medidas de segurança e os procedimentos devem ser adotados de modo a causar a

menor interferência e o menor atraso possível aos navios, passageiros, tripulantes, visitantes,

transportes de cargas e serviços.

c. Governos

Cabe aos Governos a adoção das seguintes medidas:

• aprovar o Plano de Segurança das Instalações Portuárias;

• aprovar a avaliação da segurança da Instalação Portuária;

Page 29: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

29

• determinar as instalações portuárias que deverão dispor de um Oficial de Segurança;

• estabelecer o nível de segurança adequado para cada Instalação Portuária;

• estabelecer os requisitos constantes de uma Declaração de Segurança;

• avaliar a Tripulação de Segurança de cada embarcação, face aos novos encargos de

segurança;

• prestar várias informações sobre o assunto à IMO, até 1º de julho de 2004;

• adotar medidas de controle para reduzir ou eliminar possíveis ameaças aos navios e

às instalações portuárias, tais como verificar se existe a bordo um Certificado

Internacional de Segurança do Navio (Certificado ISPS) e se o navio cumpre,

efetivamente, o contido no Capítulo XI-2 da SOLAS e no Código ISPS;

• adotar o registro contínuo dos dados do navio;

• aprovar o Plano de Segurança dos navios;

• inspecionar e certificar os navios.

1.1.3 CSI - Container Security Initiative

O Container Security Initiative (CSI) é um programa de segurança proposto pelos

Estados Unidos da América, e tem como objetivo o reforço das medidas de segurança da cadeia

logística do comércio internacional.

Este programa tem o foco principal no container transportado por via marítima e visa

garantir a segurança dos cidadãos, das mercadorias, dos meios de transporte e dos portos. Esta

iniciativa vem sendo implementada nos maiores portos do mundo e da União Européia, como é

o caso de Roterdam, Le Havre, Marselha, Algeciras, Hamburgo, Felixtowe, Livorgno, La

Especia, Pireu etc.

Para a inclusão de um porto no programa é necessário:

a) a assinatura de um acordo entra as Alfândegas americanas e a do país onde se situa o

porto e a criação de um programa de cooperação e assistência mútua;

b) movimento significativo de contêineres no porto candidato, com destino aos Estados

Unidos da América;

c) a existência de equipamento de inspeção não intrusiva (scanner) de modo a permitir

a inspeção daqueles previamente analisados e definidos como de alto risco.

Page 30: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

30

O CSI é:

um programa de prevenção, instituído pela ‘Customs and Border Protection (CBP)’, órgão do governo americano semelhante à Aduana brasileira, programa este específico para prevenir a utilização, por parte de terroristas, de contêineres de carga marítima destinada aos E.U.A., provenientes de qualquer porto do mundo. (RUSSO, 2006, p. 42)

O referido programa consiste em ações específicas:

• o estabelecimento de critérios de segurança para identificar contêineres

potencialmente suspeitos;

• a análise e a conferência dos contêineres identificados como potencialmente

suspeitos, antes de seu embarque no país de origem;

• a utilização de tecnologia que permita a verificação rápida desses contêineres;

• o desenvolvimento e a utilização de contêineres mais seguros e inteligentes.

1.1.4 SAFE Ports Act

O SAFE (Security and Accountability For Every) Port Act foi aprovado no senado

americano em setembro de 2006. Desde os ataques terroristas de setembro de 2001, os

responsáveis políticos reconheceram a possibilidade de que os portos marítimos dos Estados

Unidos possam vir a ser alvos de terroristas, delegando ao congresso americano a

responsabilidade de resolver as questões de segurança em todas as entradas do país, inclusive

os portos marítimos.

Este documento é dividido em alguns tópicos:

• Segurança Geral para os Portos dos Estados Unidos:

o detecção de radiação em todos os portos;

o identificação e credencial para trabalhadores de transporte;

o subvenções e programas de Treinamento.

• Segurança da Cadeia Logística Internacional:

o Algoritmo de Avaliação de Risco: Sistema de Seleção Automática de Alvos;

o CSI;

o estabelecimento de programas voluntários como o C-TPAT (Customs Trade

Partnership Against Terrorism);

Page 31: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

31

o sistema integrado de rastreamento, escaneamento e inspeção de carga.

• Administração:

o escritório de segurança de carga na DHS (Departamento de Segurança Interna);

o pesquisa e desenvolvimento.

• Agência de Recursos e Supervisão:

o Escritório de Comércio Internacional, Política de Carga e Comitês de Comércio

e Financeiro.

o Sistema de Dados do Comércio Internacional.

• Escritório Doméstico de Detecção Nuclear;

• Serviço de Alertas Móveis Comerciais;

• Sistema de Transporte Seguro;

• Internet.

O “SAFE PORT ACT” é uma lei do governo norte-americano que abrange uma série de

programas para melhoria da segurança dos portos nos Estados Unidos, tais como:

• requisitos de segurança para instalações marítimas;

• monitoramento das áreas portuárias, veículos e cargas.

• criação de credenciais e identificação dos trabalhadores de transportes;

• identificação de trabalhadores por instrumentos biométricos;

• criação de centros operacionais interinstitucionais para a segurança portuária;

• Port Security Grant Program (PSG);

• criação de zonas seguras dentro dos portos, incluindo verificação subaquática com

sonares;

• iniciativa de segurança para contêineres, o CSI;

• rastreamento e inspeções não intrusivas de contêineres;

• avaliação de segurança para portos estrangeiros;

• avaliação do grau de instrumentos de segurança adotados por portos estrangeiros;

o parcerias com as alfândegas contra o terrorismo;

o Serviço de Prontidão Doméstica (ODP).

Page 32: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

32

O Serviço de Prontidão Doméstica é a agência federal, no âmbito do Departamento de

Segurança Interna, responsável pela gestão do Port Security Grant Program (PSG). O ODP

trabalhará em parceria com as agências federais norte-americanas:

• mecanismos que possibilitem as inspeções, sem aviso prévio, de instalações

marítimas;

• criação de centros operacionais interinstitucionais para a segurança portuária;

• determinação e implantação de ferramenta de avaliação de riscos;

• sistema de inspeção aleatória de contêineres;

• sistema de determinação de avaliação de ameaças e rastreamento de caminhões nos

portos;

• plano estratégico para reforçar a segurança da cadeia internacional de abastecimento

(Cadeia Logística Segura);

• normas e procedimentos de segurança para contêineres;

• rastreamento e digitalização das informações sobre contêineres de carga;

• intercâmbio de informações relacionadas com a segurança da cadeia de

abastecimento e cooperação;

• sistema de informações e dados sobre o comércio internacional;

• investimento e desenvolvimento de uma estratégia e tecnologia de investigação e de

detecção de elementos nucleares e radiológicos;

• proteção da saúde e da segurança em caso de catástrofes.

Além disso, a lei criou o “Serviço Doméstico de Detecção Nuclear” no âmbito do DHS,

e fundos adequados para o desenvolvimento do Sistema Integrado do programa subaquático

para a modernização de longo prazo da Guarda Costeira dos EUA (USGC).

1.1.5 Plano Nacional de Segurança Portuária - PSAP

Segundo Russo (2006, pg. 18):

O Plano de Segurança Aduaneira Portuária (PSAP) é um modelo de automação dos controles da atividade portuária, e foi desenvolvido para atender às exigências de elevação dos níveis de segurança aduaneira, desejados pelo Estado e pela sociedade,

Page 33: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

33

nas zonas primárias dos portos brasileiros. Estas zonas são legalmente definidas e incluem todas as áreas terrestres de cada porto, sejam elas contínuas ou não, compreendendo os pátios de operação, as vias de trânsito rodoviário e férreo exclusivas de entrada e saída do porto, as cercanias além das divisas, portões ou gates para acesso de pessoas, veículos e cargas, as edificações utilizadas pela Alfândega, os armazéns de depósito de mercadorias, os locais de movimentação de contêineres, as docas, cais e pontes de atracação de navios, as vias de circulação interna e os locais de despacho para embarque e desembarque de passageiros, bagagens, suprimentos e cargas. Enfim, o PSAP abarca toda a infra-estrutura portuária.

O Plano conduz ao maior controle das zonas molhadas, que, mesmo não compreendidas

nos limites do porto, estão na zona de vigilância aduaneira, definida na legislação brasileira.

Assim, o PSAP indica a necessidade de monitoramento via câmeras ou mesmo ações de

vigilância aquaviária ostensiva, realizadas por lanchas da Secretaria da Receita Federal, de

forma a acompanhar as atividades que se desenvolvem pelo lado de água do navio atracado,

como por exemplo, abastecimento ou retirada de combustíveis e resíduos, dentre outras.

São os objetivos do plano:

• garantia da segurança e da integridade física das instalações portuárias brasileiras e

dos trabalhadores nos portos;

• melhoria da qualidade de vida no país decorrente do desenvolvimento econômico,

que pode ser sustentado pelo incremento do comércio internacional, mediante a

justa tributação dessa atividade, com a garantia da proteção da economia interna.

O PSAP, além de indicar a aquisição de equipamentos, a especialização e dedicação de

mão-de-obra em atividade de segurança aduaneira, baseia-se na apresentação de controles

administrativos informatizados, bem como na obrigatoriedade de coleta e manipulação de

dados dos intervenientes no comércio internacional, através de sistemas desenvolvidos e

administrados pela aduana, interligando-os com a finalidade de subsidiar ações de fiscalização

e repressão.

1.1.6 Evolução dos Documentos Eletrônicos

O avanço de tecnologias de informação levou as empresas a modernizaram o comércio

de suas mercadorias e seu relacionamento com os clientes. Com a intensificação do uso da

internet e do computador pessoal, o comércio eletrônico tornou-se uma prática indispensável

Page 34: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

34

para a sobrevivência e viabilidade econômica das empresas, com expressiva tendência de

crescimento no seu uso.

Esta nova dinâmica comercial decorrente do avanço de tecnologias de informação

impulsionou a modernização das administrações tributárias de diversos países da América

Latina, sendo que uma das respostas adotadas foram os documentos eletrônicos para fins de

controle tributário das operações comerciais.

Historicamente, a maneira de obtenção pelo Fisco de dados das operações comerciais

realizadas pelas empresas, para fins de controle e exigência de tributos, foi baseada na

sistemática de registros em livros e documentos em papel (emissão de documentos e

escrituração). Somente a partir da última década é que as administrações tributárias em muitos

países do mundo alteraram a forma de emissão de documentos fiscais, passando a adotar algum

modelo de documento eletrônico, para otimizar o controle fiscal e alavancar a capacidade de

atuação do Fisco.

No Chile, por exemplo, o projeto de documentos eletrônicos teve início em 2003, com

implantação em um grupo de empresas selecionadas pelo Serviço de Impostos Internos (SII).

No início, o modelo adotado utilizava o formato eletrônico em diversos documentos de

venda, referentes a faturas, notas de crédito e débito e guias de despacho, bem como nas faturas

de compra. Em 2005, foi ampliado para os documentos de exportação (faturas e notas de

crédito e débito) e fatura de liquidação, sendo também disponibilizado o Registro Público

Eletrônico de Transferência de Créditos, que permite registrar a cessão de créditos contidos em

faturas eletrônicas. Os livros de registro de compras e vendas, e os livros contábeis foram

incorporados ao meio eletrônico. Em 2008, foi incorporado ao modelo a boleta de venda de

produtos em geral.

Como estímulo para adesão ao sistema eletrônico, o SII do Chile optou por dispensar os

estabelecimentos que participam do sistema eletrônico do cumprimento de obrigações

acessórias, por exemplo, o timbre de cunho dos talonários de faturas em papel a que os

contribuintes que não participam do sistema estão sujeitos. O ingresso no modelo eletrônico de

documentos no Chile é voluntário às empresas contribuintes do Imposto de Valor Agregado

(IVA), sendo que esta pode optar por emitir o documento na forma eletrônica ou tradicional,

em papel.

Para operar com documentos eletrônicos, a empresa deve ter sua solução homologada

junto ao SII e passará a emitir seus documentos eletrônicos da seguinte forma: solicitação, pela

Page 35: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

35

internet, de autorização de emissão de determinada faixa de numeração para cada tipo de

documento; a autorização a esta solicitação é feita por meio de um arquivo, que fica

disponibilizado para download para a empresa no site da SII; a empresa gera o documento

eletrônico no formato XML (eXtensible Markup Language), respeitando leiaute e estrutura

padronizada; assina digitalmente este documento e o transmite pela internet para o SII. Após a

confirmação do envio do arquivo eletrônico referente ao documento eletrônico, a empresa pode

dar saída da mercadoria do estabelecimento, devendo ainda encaminhar este mesmo arquivo

para seu cliente. Para cada operação comercial é emitida uma representação gráfica do

documento para acompanhar o trânsito da mercadoria.

O Chile, nos dias atuais, possui mais de 15.600 empresas emissoras de faturas

eletrônicas, sendo que as micro e pequenas empresas representam 76% deste total. A emissão

mensal de documentos fiscais eletrônicos atingiu, em agosto de 2009, o total de 406.315,

conforme Mello et al (2009) A.

No Brasil, existe um trabalho maior de modernização do fisco denominado “Sistema

Público de Escrituração Digital” – SPED, cujo objetivo é a transformação para a forma digital

da escrituração fiscal, da escrituração contábil e da emissão de documentos fiscais realizados

pelas empresas. O primeiro projeto implantado foi um novo modelo de documento fiscal

eletrônico intitulado Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, com início em 2005, contando com a

participação de 19 empresas voluntárias, representativas de diversos setores econômicos.

O primeiro documento eletrônico visava substituir apenas a Nota Fiscal (em papel) de

venda de mercadorias entre empresas.

O modelo operacional para emissão de NF-e contempla as seguintes etapas: geração

pela empresa de arquivo eletrônico com assinatura digital no formato XML (estrutura única e

padronizada); o arquivo é transmitido pela internet para a administração tributária do Estado

em que a empresa está estabelecida (os estados que não possuíssem recursos para receber e

autorizar a NF-e poderiam utilizar-se da estrutura computacional de outro Estado ou da Receita

Federal do Brasil); a administração efetua a validação do arquivo eletrônico recebido, sem

validar aspectos tributários da operação comercial, e retorna ao contribuinte uma autorização de

uso deste documento; em seguida, a empresa imprimirá o documento eletrônico (DANFE –

Documento Auxiliar da NF-e), para acompanhar o trânsito da mercadoria. Este documento

possui um código de barras unidimensional que identifica a NF-e, e possibilita sua consulta na

internet; obrigatoriamente, o emitente da NF-e enviará ou disponibilizará o arquivo eletrônico

Page 36: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

36

da NF-e ao seu cliente, pois este documento fiscal possui validade jurídica; o destinatário da

mercadoria consultará a validade da NF-e recebida e armazenará o arquivo. Caso não possa

receber este arquivo e nem seja emitente de NF-e, poderá optar por armazenar o DANFE em

seu lugar.

No início do projeto, até abril de 2008, a adesão pelas empresas a NF-e era voluntária e

não exigível a todas as operações. Posteriormente, a administração tributária brasileira passou a

impor a obrigatoriedade da emissão para diversos segmentos econômicos, visando maior

controle fiscal e modernização dos fiscos do país pela massificação do uso da NF-e.

Após a obrigatoriedade do uso da NF-e, é vedado à empresa o uso do documento fiscal

em papel. A emissão de NF-e é padronizada nacionalmente e foi dividida em 8 fases, cada qual

com uma quantidade crescente de empresas. Até o final de 2010, todas as indústrias e atacados

do Brasil deverão emitir NF-e.

Com o avanço do projeto, em 2007 iniciou-se a criação de outro documento eletrônico,

direcionado a prestações de serviço de transporte de cargas, ou seja, o Conhecimento de

Transporte Eletrônico – CT-e, que visa substituir os documentos fiscais em papel utilizados

pelas transportadoras de cargas e mercadorias. Este projeto encontra-se em fase piloto e de

estabilização com previsão de massificação para 2010 e possui o modelo operacional e

tecnológico similar ao da Nota Fiscal Eletrônica, porém, com leiaute específico e diferenciado.

A emissão total de NF-e no Brasil atingiu, em agosto de 2008, mais de 350 milhões de

NF-e autorizadas, emitidas por mais de 35 mil empresas credenciadas.

Em relação ao Equador, o modelo de documento fiscal eletrônico contempla a emissão

digital dos documentos fiscais como faturas, notas de venda, notas de crédito, notas de débito e

comprovantes de retenção. O contribuinte interessado em emitir o documento eletrônico deve

solicitar ao Serviço de Rendas Internas (SRI), que é o responsável pela autorização da emissão

dos documentos eletrônicos de acordo com a estrutura, organização e condições de negócio da

empresa. Posteriormente, será gerado para a empresa um par de chaves públicas e privadas.

O projeto equatoriano remonta a 2002, especificamente direcionado à disciplina de

assinaturas digitais e as chaves públicas e privadas e não existe um documento eletrônico do

ponto de vista estrutural. Não existe uma padronização, ficando a critério da empresa adotar o

formato do arquivo eletrônico que melhor lhe convier. Periodicamente, as empresas devem

prestar informações detalhadas de suas operações para o SRI, no formato XML, respeitando

Page 37: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

37

neste caso uma estrutura padronizada – a este conjunto de informações dá-se o nome de “trama

de dados”.

Não há obrigatoriedade, uma vez que a estratégia governamental baseia-se na

expectativa de que o mercado motivará as empresas a se modernizarem e adotarem esta forma

de emissão de documentos.

O projeto de fatura eletrônica equatoriano é voltado para grandes empresas e o

destinatário do documento eletrônico pode consultar sua validade no site do SRI.

Na Colômbia, a fatura eletrônica está prevista no estatuto tributário desde 1995, com

definições em 1999 de comércio eletrônico, porém, apenas em 2007 foram estabelecidas as

regras mínimas, os conceitos e os conteúdos técnicos e fiscais deste documento e, em 2008,

estipulado o detalhamento do conteúdo e das regras.

O modelo de documento eletrônico e a tecnologia utilizada são livres, e a forma fica a

critério de cada empresa, desde a emissão até seu armazenamento. No entanto, para a emissão

de documentos eletrônicos, as empresas precisam destacar, no mesmo, as informações exigidas

na legislação tributária, além de observar os seguintes requisitos: garantir a autenticidade e

integridade do documento ao longo de todo o processo de faturamento (expedição, entrega,

aceitação, conservação e exibição ao fisco); e possuir certificação ISO 9001 (ou norma

equivalente), como garantia do processo de emissão às partes envolvidas.

A forma de disponibilização do documento ao adquirente é livre e não existe disciplina

quanto a um modelo único de impressão. O fisco não necessita de prévio conhecimento da

operação comercial e nem participação no procedimento de emissão do documento fiscal.

O governo colombiano exige a apresentação de informações consolidadas por tipo de

documento emitido, com detalhamento de impostos e dos adquirentes das mercadorias, a serem

entregues, em formato padronizado, enviado pela internet e assinado digitalmente, à Direção de

Impostos e Aduanas Nacionais (DIAN). Portanto, verifica-se que o foco está no procedimento

de emissão do documento, pois a empresa precisa de certificação para tanto, mas não há

padronização nem a criação de um documento caracteristicamente eletrônico. Existe uma

exigência fiscal genérica de emissão de comprovantes fiscais a cada operação realizada,

admitindo-se que as pessoas (físicas ou jurídicas) que possuam certificado com assinatura

digital (selo digital), emitido pelo Serviço de Administração Tributário – SAT, possam emitir

estes comprovantes na forma digital.

Page 38: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

38

Os requisitos exigidos dos contribuintes são a tramitação perante o SAT do Certificado

de Selos Digitais; autorização para uso de faixa de numeração; utilização do número em cada

comprovante digital emitido eletronicamente; disponibilização eletrônica mensal ao SAT das

informações dos comprovantes digitais emitidos no mês anterior; disponibilização aos clientes,

quando solicitado, de um documento impresso do comprovante eletrônico; e cumprimento das

especificações determinadas pelo SAT em matéria de informática.

O formato do documento é o XML, existindo módulos de informações com leiaute

específico definidos e determinados pelo SAT, que também especifica o leiaute e a estrutura do

arquivo de consolidação e os requisitos técnicos de selos digitais. Este modelo de emissão de

documentos eletrônicos é opcional ao contribuinte, porém ao optar pela sua emissão, este não

poderá mais utilizar o documento em papel tradicional.

Ao confrontar os aspectos técnicos envolvidos e a estratégia de implantação adotada, a

partir dos modelos de documentos fiscais eletrônicos para cada país, pode-se verificar a

convergência de padrões, como a adoção do padrão XML para os arquivos eletrônicos no

Chile, Brasil e México; a exigência de assinatura digital no documento eletrônico; emprego da

Internet para o envio dos arquivos eletrônicos; uso de representação gráfica do documento

fiscal eletrônico (exceção a Colômbia); ausência de disciplina quanto à forma de envio do

arquivo eletrônico para o cliente (menos no Chile, onde a exigência mínima é o envio por

correio eletrônico).

Entretanto, não se identificou consenso no tocante ao envio do documento fiscal

eletrônico previamente à realização da operação comercial (somente exigido no Chile e Brasil,

os demais recebem informação mensal); exigência de autorização prévia de faixa de numeração

para uso nos documentos fiscais eletrônicos somente no Chile e Equador; e apenas o Fisco do

Chile e Brasil disponibilizam aplicativo emissor de documentos fiscais eletrônicos gratuitos às

empresas.

Ressalta-se que o Chile foi o primeiro país da região a implantar documentos fiscais

eletrônicos em 2003, seguido pelo México em 2005, Brasil em 2006 e mais recentemente,

Equador e Colômbia em 2008. Porém, apenas o Brasil generalizou o uso de documentos fiscais

eletrônicos com base na instituição da obrigatoriedade de adoção por empresas de determinados

segmentos econômicos.

Nos países estudados, a guarda das informações fiscais eletrônicas é de responsabilidade

das empresas, apesar da recepção das informações eletrônicas ser feita pelo Fisco, seja antes da

Page 39: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

39

efetivação da operação comercial ou mesmo mensalmente. A divergência entre eles ocorre em

alguns parâmetros de análise como: na efetiva substituição ou não dos documentos em papel

pelos correspondentes eletrônicos; na participação da administração tributária no procedimento

de emissão do documento fiscal pela empresa; na disciplina do Estado sobre a validade jurídica

e o leiaute do arquivo eletrônico do documento; na adoção obrigatória do modelo pelas

empresas e nos controles adotados.

O modelo de documento eletrônico adotado pelo Chile foi precursor, pois estabeleceu

um tipo novo e padronizado de documento que substituiu o correspondente em papel.

No mesmo sentido, o modelo de documento eletrônico brasileiro também efetivamente

substitui o papel. Todo o controle é feito pelo fisco em tempo real, pois cada operação

comercial deve ser previamente informada à administração tributária e depende de sua

autorização para que possa ocorrer.

Nos dois países, a administração tributária define o modelo rígido de leiaute e a

estrutura, ficando a critério da empresa aspectos puramente comerciais. Também adotam o

conceito de assinatura digital aposta ao documento para conferir-lhe validade jurídica.

Já a Colômbia e Equador adotaram modelos mais flexíveis, permitindo às empresas a

definição da forma eletrônica de seus documentos. O Equador optou por modelo de documento

eletrônico praticamente sem intervenção ou regulação na forma de emissão, exigindo apenas a

certificação digital.

A Colômbia e o México realizam controle através de autorização de faixas de

numeração e posterior declaração das operações ao fisco, mas não participam do momento da

emissão do documento. A Colômbia somente exige o uso de certificação digital nas

declarações-resumo das operações ao fisco. O México definiu blocos de informações no

formato XML.

Ressalta-se que, atualmente, apenas o Brasil impôs a obrigatoriedade a seus contribuintes,

com a utilização do modelo de forma ampla até o final de 2010 (Dias, et. al, 2009).

1.2 CERTIFICAÇÕES DE PROCESSOS PARA A CADEIA LOGÍSTICA SEGURA

1.2.1 CT-PAT (Customer-Trade Partnership Against Terrorism)

Page 40: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

40

Em virtude dos ataques terroristas, a CBP (U.S. Customs and Border Protection)

desenhou uma nova abordagem para a cadeia logística segura, com foco na proteção dos

Estados Unidos da América contra ataques dessa natureza. Um dos resultados foi a criação do

C-TPAT, uma iniciativa voluntária do governo norte-americano e das empresas envolvidas no

comércio internacional e logística, procurando criar uma relação cooperativa para reforçar e

melhorar a Cadeia Logística Internacional e segurança nas fronteiras Norte-Americanas.

O CBP pode fornecer um alto nível de segurança da carga somente através de

cooperação com os derradeiros proprietários da cadeia logística internacional, como os

importadores, transportadores, armazéns, corretores e operadores. Através dessa iniciativa, a

CBP solicitou às empresas a garantia de segurança e integridade de suas práticas, comunicando

e verificando as orientações de segurança dos seus parceiros na cadeia logística.

Essa iniciativa oferece às empresas envolvidas no comércio uma oportunidade de

desempenhar um papel ativo na guerra contra o terrorismo. Ao participar dessa iniciativa, as

empresas irão assegurar uma maior segurança e rapidez aos seus empregados, fornecedores e

clientes. Além disso, o C-TPAT irá oferecer benefícios para seus membros, entre eles:

• uma redução no número de inspeções da CBP;

• prioridade nos processos de inspeção da CBP;

• assistência de um especialista em segurança na cadeia logística, da C-TPAT,

que irá trabalhar com a empresa para validar e melhorar a segurança em

toda sua cadeia logística internacional;

• potencial elegibilidade para o programa da CBP de auto-avaliação do

importador com uma ênfase no auto-policiamento;

• elegibilidade para frequentar os seminários de cadeia logística segura do C-

TPAT.

A CBP reconhece que uma cadeia logística segura é a parte crítica para manutenção da

segurança de um país. Por essa razão pretende obter uma forte parceria anti-terrorista com a

comunidade do comércio através do C-TPAT. Esses parceiros terão o compromisso de inserir

em suas práticas de negócios a segurança do comércio

Basicamente, o programa C-TPAT funciona da seguinte maneira. Existe um documento

elaborado por especialistas de segurança da CBP que define os requisitos mínimos de

Page 41: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

41

segurança para cada interveniente da cadeia logística internacional. Para se tornar um membro

do C-TPAT, a empresa deve submeter um plano de ação detalhando os processos usados para

segurança em toda sua cadeia logística, incluindo fábrica, transportadores, importadores e

corretores. Devem ser incluídas informações sobre: pessoal de segurança, procedimentos de

segurança, segurança dos transportes, segurança física, controles de acesso, educação e

treinamento.

Os passos que uma empresa deve seguir para se tornar membro são:

• a empresa assina e submete um Acordo de Participação Voluntária C-TPAT;

• no prazo de 60 dias a empresa apresenta um perfil de segurança. Esse perfil é

baseado em uma análise interna da empresa comprometida em usar as

orientações e recomendações do C-TPAT. Durante a revisão interna, a empresa

revê sua segurança interna, bem como a de todos os membros de sua cadeia de

suprimentos. A empresa deverá também concordar com as necessárias medidas

corretivas;

• validação dos processos: será verificada a exatidão do perfil de segurança da

empresa, baseado no risco da sua cadeia de suprimentos. Essas validações

podem ser iniciadas com base em vários fatores como anomalias relacionadas à

segurança, ameaça estratégica constituída por região geográfica, outras

informações relacionadas a possíveis riscos;

• será gerado um relatório onde irá identificar a segurança na cadeia logística,

recomendações e/ou melhores práticas a adotar.

1.2.2 BASC (Business Alliance for Secure Commerce)

BASC é uma parceria Alfândega - Empresa criada para promover a segurança do

comércio internacional em cooperação com Governos e Organizações Internacionais. Esta

aliança é representada por uma organização sem fins lucrativos sobre as leis do Estado de

Delaware (Estados Unidos) denominada WBO (World BASC Organization). Tal organização é

liderada pelo setor privado, cuja missão é garantir a segurança e facilitar o comércio

internacional, através da criação e gestão de segurança global de normas e procedimentos

aplicados para a cadeia de suprimentos internacional.

Page 42: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

42

Os principais objetivos da BASC são:

• motivar uma cultura de segurança e proteção do comércio internacional;

• estabelecer e administrar um sistema de controle e gestão de segurança para a

cadeia logística;

• trabalhar em coordenação com Governos e Organizações Internacionais;

• promover parcerias estratégicas;

• gerar confiança e credibilidade entre os governos e o setor privado;

• reforçar a cooperação entre os governos e o setor privado.

As empresas interessadas em serem admitidas pela BASC devem decidir em qual filial

BASC irão solicitar a associação. A fim de aplicar em uma determinada cidade, a empresa deve

ter sua matriz, alguma filial ou algum tipo de processo operacional que possa ser apreciado por

essa filial BASC na cidade onde o pedido é apresentado. Caso não exista uma filial BASC no

país, a empresa deve solicitar a certificação através do WBO.

Além disso, devem preencher alguns requisitos:

• ser uma empresa ou uma pessoa ativamente envolvida em logística, produção ou

serviços e atividades relacionadas com comércio internacional;

• cada empresa deve estar legalmente estabelecida e ter atividades comerciais no

país, bem como no exterior, o que permitirá a validação da integridade da

empresa, seus sócios e diretores. Além disso, a empresa não deve, em hipótese

nenhuma, ter antecedente criminal ou ser alvo de considerações por parte de

qualquer autoridade nacional ou internacional sobre a presença de pessoas

suspeitas, de reputação duvidosa jurídica ou penal em seu quadro funcional;

• cumprir com o processo de registro aprovados por cada filial BASC, de acordo

com o procedimento estabelecido pela WBO.

Quanto aos procedimentos, a tramitação é a seguinte:

• a empresa deve enviar a ficha de inscrição e um pedido de aplicação, juntamente

com os documentos solicitados pelo Conselho de Administração da respectiva

filial BASC. Também deve fornecer outros dados e informações para a correta

avaliação do pedido;

Page 43: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

43

• com base na análise do pedido e documentos, o Conselho de Administração ou

Comissão Executiva, irá decidir se deve ou não continuar o processo de filiação.

Depois que o pedido for aprovado, uma auditoria de segurança será acionada

para verificar se os padrões mínimos estabelecidos pela BASC estão em vigor.

Será elaborado um relatório escrito, contendo as recomendações necessárias;

• com base na auditoria, a filial BASC ou a Comissão Executiva, determinará se a

empresa requerente pode ser admitida como um membro BASC. O requerente

deve ser classificado como:

o certificadas: empresas que atendem o sistema de controle e

gerenciamento de segurança BASC;

o provisório ou em processo: empresas que necessitam implementar o

sistema de controle e gerenciamento de segurança BASC, a fim de

continuar o procedimento de auditoria da certificação;

• depois que a empresa é aprovada para se juntar a BASC, ela deve implementar

todas as recomendações e as políticas estabelecidas pela filial BASC.

A certificação é válida por um ano, e como tal, as empresas são avaliadas anualmente, a

fim de verificar a contínua implementação e melhoria do sistema de controle e gerenciamento

de segurança BASC.

1.3 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL PARA NORMATIZAÇÃO - ISO

A ISO (Organização Internacional para Normatização) é uma federação mundial de

órgãos normativos compilados a partir das organizações normativas de cada país membro. As

Normas Internacionais são elaboradas por Comitês Técnicos, onde cada órgão membro tem

direito a ser representado juntamente com Organizações internacionais, governamentais e não-

governamentais.

Serão apresentadas, a seguir, as principais diretrizes da ISO 28000 que trata da Cadeia

Logística Segura. A ISO 28000 foi elaborada pelo Comitê Técnico ISO/TC 8 e parceria

colaborativa com outros Comitês que tratam da cadeia logística de suprimentos.

Page 44: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

44

Esta Norma foi elaborada seguindo os princípios do PDCA (Planejar-Fazer-Verificar-

Agir), os quais são:

• planejar: compreende estabelecer objetivos e processos necessários para oferecer

resultados de acordo com a política de segurança da organização;

• fazer: implementar os processos;

• verificar: monitorar e avaliar processos em relação à política de segurança,

objetivos, metas, requisitos legais e outros; e reportar resultados;

• agir: praticar ações para melhorar, de forma contínua, o desempenho do sistema de

gerenciamento de segurança.

Esta Norma tem, como principal objetivo, estabelecer um conjunto de ações sistêmicas

voltadas ao gerenciamento da segurança na cadeia logística de suprimentos. Para tanto, é

necessário que seja avaliado o ambiente de segurança e as medidas mitigatórias necessárias

para torná-lo seguro, a fim de simplificar o gerenciamento da segurança, conforme ilustrado na

Tabela 1.

Tabela 1: Relação entre ISO /DIS 28000 e outras normas relevantes

ISO 28000: Sistemas de gerenciamento de segurança para a cadeia de suprimentos

ISO 20858: Avaliações de Segurança de Instalações Portuárias Marítimas e Planos de Segurança

ISO 28001: Melhores Práticas de Administração na Segurança da Cadeia de suprimentos

Outras normas específicas existentes ou aquelas a serem desenvolvidas

Fonte: do autor

Esta Norma está sendo elaborada para ser aplicada em organizações que necessitem de

um gerenciamento da cadeia de suprimentos de uma maneira segura.

Page 45: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

45

A ISO 28000 será aplicável a organizações de todos os portes, de pequenas a

multinacionais, na fabricação, serviço, armazenagem ou transporte em qualquer fase da

produção ou da cadeia de suprimentos com os seguintes objetivos:

• estabelecer, implementar, manter e melhorar um sistema de gerenciamento de

segurança;

• assegurar a conformidade com a política de gerenciamento de segurança;

• demonstrar essa conformidade a outros;

• obter certificação/ registro do seu sistema de gerenciamento de segurança por

um Órgão de Certificação terceiro Credenciado;

• efetuar uma auto-avaliação e auto-declaração de conformidade com esta

Especificação.

São considerados os elementos para os sistemas de segurança na Figura 1:

Page 46: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

46

Figura 1: ISO 2008 FONTE: do autor

Melhoria contínua

Gestão da política de segurança

Planejamento da Segurança

Avaliação do risco

Requerimentos regulatórios

Metas e objetivos de segurança

Gerenciamento do programa de segurança Auditoria

Implementação e operação

Responsabilidades e competências

Comunicação

Documentação

Controle Operacional

Preparação para emergências

Verificação e ações corretivas

Mensuração a monitoramento

Sistema de avaliação

Não-conformidades, correções e ações preventivas

Registros

Auditoria

Revisão da gestão e melhorias contínuas

Page 47: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

47

2 A LOGÍSTICA INTEGRADA E CONTROLE DE CARGA NO

COMÉRCIO EXTERIOR

Segundo Garcia (2008), a consolidação do Comércio Exterior está, ainda hoje, ancorada

nas grandes empresas que negociam grandes volumes de mercadoria e são capazes de suportar

os riscos envolvidos nestas operações. Mas, mudanças vêm ocorrendo no sentido de uma

participação (ainda que em pequena escala) de micro, pequenas e médias empresas.

A necessidade de atender a este segmento tem implementado novas tecnologias e

processos no cenário de comércio exterior. É possível citar a utilização do Container do

transporte de granéis e sacarias, ou mesmo o surgimento da figura do Non Vessel Operator

Common Carrier (NVOCC), que surgiu em função da necessidade, por parte destas empresas

de comércio exterior, de um espaço (entenda-se aqui espaço como volume ou peso) inferior à

menor capacidade de transporte do container; ou seja, o lote negociado pela empresa é inferior

a um container de 20 pés. Assim, operadores logísticos passaram a ocupar-se da solução desta

nova necessidade, fretando o container do armador e criando novas operações logísticas para

atender à demanda. Desta forma, embora hoje a matriz de participação das micro, pequenas e

médias empresas ainda seja pequena (Tabela 2), este segmento vem pressionando o mercado no

sentido da criação de novos modelos que possibilitem sua inserção.

Tabela 2: Exportação Brasileira – 2008 / Distribuição por porte de empresa e participação no Comércio Exterior

Fonte: (MDIC/SECEX, 2008) Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio

TotalMicro e

Pequena Empresa

Média Empresa

Grande Empresa

Pessoa Física

Valor 160.649 2.995 9.719 147.627 308

2007 Part. (%) 100,0 1,9 6,0 91,9 0,2

(A) Qtde. 23.537 11.919 5.775 5.144 699

Part. (%) 100,0 50,6 24,5 21,9 3,0

Valor 137.807 2.387 9.254 125.963 203

2006 Part. (%) 100,0 1,7 6,7 91,4 0,1

(B) Qtde. 23.113 11.792 5.908 4.780 633

Part. (%) 100,0 51,0 25,6 20,7 2,7

(A/B) Abs. 22.842 607 465 21.664 106

Valor Rel.(%) 16,6 25,4 5,0 17,2 52,2

(A/B) Abs. 424 127 -133 364 66

Qtde. Rel.(%) 1,8 1,1 -2,3 7,6 10,4

Nota: Os dados incluem exportações realizadas ao amparo de Declarações Simplificadas de Exportação - DSE

Fonte: MDIC/SECEX

Valores em US$ milhões FOB

Page 48: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

48

Neste sentido, houve a introdução da Supervia Eletrônica de Dados (SED), conforme

apresentam Braga (2002), Fontana (2004) e Torres (2008), no porto de Santos em 2001, que

constitui uma ferramenta tecnológica aplicada ao processo portuário no sentido de simplificar e

otimizar os controles burocráticos.

Tradicionalmente, a submissão dos documentos às autoridades estabelecidas é feita na

forma de papéis que são coletados e digitados nos sistemas de informação próprios ou

disponibilizados pelas autoridades como o SISCOMEX, dentre outros. Os órgãos envolvidos

nas operações portuárias como as autoridades portuária, alfandegária, marítima, policial,

sanitária solicitam informações semelhantes. Isto implica numa multiplicidade de dados, em

papel, que são preparados e submetidos em formatos distintos, porém, com conteúdo similar. A

isto acrescem-se os Órgãos Gestores de Mão de Obra (OGMO’s), responsáveis pelo

recrutamento, seleção e treinamento do Trabalhador Portuário Avulso (TPA). O uso de dados

em papel acarreta menor eficiência nos processos, em virtude de erros decorrentes de digitações

múltiplas e extravio de documentos. O resultado final é que os processos são, em grande parte,

morosos, caros e sujeitos a erros.

A adoção de sistemas de trocas eletrônicas de dados, semelhantes aos usados em outros

portos do mundo, é necessária e vem se desenvolvendo no Brasil de forma lenta, devido aos

altos custos envolvidos na sua implementação.

Um sistema voltado ao comércio exterior que envolva as questões burocráticas e

logísticas deve ter as configurações da Figura 2.

Page 49: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

49

Figura 2: SED – Supervia Eletrônica de Dados / Formas de automação e integração das empresas

responsáveis pela cadeia logística e órgãos de governo Fonte: DIAS et al (2007)

Nesse modelo, a Empresa Âncora ou Gestor da Cadeia Logística refere-se à empresa

responsável em enviar e obter informações referentes ao processo pela qual é responsável. Essa

empresa pode ser o fornecedor que disponibilizará as informações sobre o envio dos produtos,

a forma de transporte, a quantidade e todas as informações procedentes. A transportadora, por

sua vez, é responsável em enviar informações sobre a coleta dos produtos, previsão de entrega,

rotas adotadas etc. É possível observar que a troca e a colaboração, feitas de forma sistemática

entre as empresas envolvidas no processo da cadeia logística, beneficiam todos os envolvidos

que, a partir do conhecimento sobre a carga, conseguem tomar decisões mais rápidas e,

conseqüentemente, mais baratas, uma vez que, sem visibilidade nesse processo, as decisões são

tomadas, na maioria das vezes, de forma profética e não racional, como atualmente permitidas

na Tecnologia da Informação -TI.

Conforme Hayes e Wheelwright (1984), os relacionamentos cooperativos estabelecidos

entre todos os participantes do processo logístico desenvolvem-se por meio de parcerias

logísticas para obtenção dos benefícios associados à integração, como maior controle e

previsibilidade da distribuição física; dessa forma, evita-se, ainda, a perda de flexibilidade

Page 50: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

50

estratégica. Neste sentido, autores como Devlin e Bleakley (1988), apresentam as relações de

parceria como alternativa. Isto se explica pelo fato de que parcerias logísticas têm se mostrado

mais eficientes e flexíveis em diversas situações concretas, sobretudo quando são adotados os

custos relacionados ao cumprimento de um determinado nível de serviço de entrega e utilização

da TI. A automação desses processos torna-se cada vez mais necessária para garantir a troca de

informações entre as empresas âncoras (compradores, vendedores, transportadoras,

exportadores, importadores, operadores logísticos, entre outros) e os órgãos do governo,

conforme mostrado na Tabela 3 a seguir.

Tabela 3: Intervenientes no Comércio Exterior brasileiro

AGENTE FUNÇÃO

1 PÚBLICO

1.1 FEDERAL

A Secretaria Especial de Portos – SEP. Autoridade portuária exercida pela empresa administradora autorizada.

Formulação e acompanhamento da política portuária; Gestão da infra-estrutura; Gestão dos contratos de arrendamento; Autorização da exploração do terminal portuário; Controle de acessos autorizados; Arrecadação e operação do porto.

b.2 Ministério dos Transportes - Departamento de Marinha Mercante - DMM.

Arrecadação do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), fiscalização e cadastro dos transportadores e agentes de carga.

b.3 Ministério dos Transportes - Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT.

Fiscalização e normatização dos transportes rodoviários.

C Ministério da Fazenda – Secretaria da Receita Federal – Autoridade aduaneira.

Fiscalização do comércio internacional; Arrecadação dos tributos sobre a importação e exportação; Normatização de procedimentos para o desembaraço de produtos de comércio internacional; Autorização e controle da movimentação de pessoas, veículos e cargas; Alfandegamento dos portos, aeroportos e pontos de fronteira brasileiros; Alfandegamento dos terminais e dos

Page 51: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

51

armazéns por onde possam movimentar pessoas, veículos ou cargas com destino ou procedentes do exterior.

d.1 Ministério da Defesa - Marinha do Brasil - Autoridade marítima.

Fiscalização das embarcações; Salvatagem; Aviso aos navegantes; Elaboração de cartas náuticas.

d.2 Ministério da Defesa – Exército Brasileiro – Autoridade militar.

Fiscalização de produtos explosivos e armas; Normatização de procedimentos para a comercialização desses produtos.

E Ministério da Ciência e Tecnologia – Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Fiscalização de produtos radioativos; Normatização de procedimentos para a comercialização e transporte desses produtos.

F Ministério da Saúde – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - Autoridade de Saúde Pública.

Fiscalização de produtos de higiene e saúde (comestíveis e medicamentos); Normatização de procedimentos para a comercialização desses produtos.

G Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO) - Autoridade fito-sanitária.

Fiscalização de produtos agropecuários; Normatização de procedimentos para a comercialização desses produtos.

H Ministério da Justiça – Departamento de Polícia Federal – Autoridade policial.

Policiamento sobre tráfico de armas e drogas; Fiscalização da atividade migratória; Combate e prevenção aos crimes contra a União; Prover a segurança das demais autoridades federais, quando solicitada.

I Comissão Nacional de Segurança Pública dos Portos e Vias Navegáveis – CONPORTOS. (Formada por membros dos Ministérios da Justiça, Marinha, Fazenda, Relações Exteriores e Transportes).

Fiscalização e certificação das instalações portuárias e das embarcações, de conformidade com os acordos internacionais (p.ex.: ISPS Code).

J Ministério do Meio Ambiente – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA.

Fiscalização e licenciamento da exploração da natureza e do comércio e transporte de produtos de influência ambiental.

K Ministério do Trabalho e Emprego. Fiscalização da atividade laboral.

L Ministério do Desenvolvimento Licenciamento e controle das

Page 52: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

52

Indústria e Comércio Exterior – Câmara de Comércio Exterior – CAMEX.

importações e exportações brasileiras, para fins econômicos e estatísticos.

M Ministério da Ciência e Tecnologia. Fiscalização de produtos, cargas e obras do conhecimento científico e tecnológico.

1.2 ESTADUAL

A Secretaria de Estado da Fazenda. Fiscalização e arrecadação de ICMS

B Secretaria de Estado dos Transportes. Fiscalização e gestão do trânsito em vias de Jurisdição estadual.

C Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

Fiscalização e licenciamento ambientais.

d.1 Secretaria de Segurança Pública – Polícia Militar.

Policiamento e repressão a ilícitos.

d.2 Secretaria de Segurança Pública – Corpo de Bombeiros.

Fiscalização das instalações portuárias na prevenção, combate ao fogo e acidentes.

E Secretaria de Governo - Defesa Civil. Aprova o Plano de Emergência Individual e Coordena as ações de combate a acidentes.

1.3 MUNICIPAL

a Secretaria Municipal da Fazenda. Cobrança de IPTU e ISS.

b Secretaria dos Transportes – Autoridade de Trânsito.

Fiscalização e gestão do trânsito nas vias de Jurisdição municipal.

2 PRIVADO

a Armadores. Proprietários de navios, transportadores marítimos de mercadorias e passageiros.

b Agentes de navegação marítima. Prepostos dos armadores, responsáveis pelas atividades gerenciais e administrativas em terra.

c Terminais portuários. Instalações para a atracação e operação de navios, prestação de serviços de movimentação e armazenagem de carga.

d Operadores portuários. Prestadores de serviço para a movimentação de cargas no navio (carregamento e descarregamento).

e Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO.

Entidade de classe representante dos estivadores (trabalhadores portuários autônomos).

Page 53: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

53

f Arrendatários. Operadores portuários que arrendam equipamentos ou instalações da administradora do porto.

g Rebocadores. Empresas que prestam serviços de manobra e de escolta aos navios.

h Praticagem. Serviços de pilotagem dos navios, licenciados pelo Ministério da Defesa – Marinha do Brasil, para a entrada e saída do porto.

i Transportadores. Prestadores de serviços de transporte terrestre de carga e de passageiros.

j Fornecedores de bordo. Empresas fornecedoras de materiais de consumo do navio, dos passageiros ou da tripulação.

k Prestadores de serviços ao navio. Empresas diversas para serviços de conservação, manutenção, limpeza e outros.

Fonte: do autor

Segundo Dias et al (B) (2008), é necessário enfatizar que é preciso estimular cada vez

mais o fortalecimento e crescimento econômico do País. O Comércio Exterior é um setor

prioritário, especialmente no que se refere à pequena e média empresa. Para que isso aconteça,

é preciso mudar o foco de ação do empresário doméstico para o novo cenário e fornecer

ferramentas de integração que possibilitem, em um curto espaço de tempo, posicionarem-se

estrategicamente em relação ao mercado internacional.

Deste modo, será possível que o público alvo identifique as oportunidades de crescimento

e domine com clareza as informações operacionais, visando a execução de suas operações

internacionais com sucesso, e sobretudo, ampliando a base de sustentação e expansão

econômica, exatamente dentro do que o pequeno e médio empreendedor mais conhece, o seu

próprio negócio.

2.1 CONTROLE DE CARGA PARA FINS ADUANEIROS

Para efeitos fiscais e aduaneiros o controle de carga brasileiro é, atualmente, efetuado

com base em informações prestadas pelo transportador (agente de armador e agente

Page 54: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

54

consolidador de carga, transportador terrestre), importador ou exportador, depositário de carga

e operador portuário.

No comércio internacional, os documentos desempenham importante função. Uma

negociação internacional formaliza-se por meio de um contrato, que não precisa ter uma forma

preestabelecida, podendo ser uma carta ou um fax no qual se definam as condições da

operação. Para facilitar o intercâmbio comercial, alguns documentos são padronizados, embora

haja diferenciações de modelos conforme o país importador, mas o importante é que haja

clareza nas condições da negociação.

Os principais documentos necessários para as operações de comércio exterior são:

2.1.1 Exportação 1

� PARA INICIAR A NEGOCIAÇÃO COM O POTENCIAL IMPORTADOR:

• Fatura Pró-Forma ou Pro Forma Invoice: é documento de responsabilidade do

exportador, emitido a pedido do importador, para que este providencie a Licença de

Importação, dentre outras providências. Este documento é o modelo de contrato

mais freqüente: formaliza e confirma a negociação, desde que devolvido ao

exportador, contendo o aceite do importador para as especificações contidas. Não

gera obrigações de pagamento por parte do importador. A fatura Pro Forma deve ser

emitida no idioma do país importador ou em inglês.

� PARA TRANSPORTE INTERNO DE MERCADORIAS

• Nota Fiscal: acompanha a mercadoria desde a saída do estabelecimento até o efetivo

desembaraço físico junto à Secretaria da Receita Federal. Entende-se como

desembaraço o procedimento aduaneiro que autoriza o embarque da carga.

� PARA FINS DE EMBARQUE PARA O EXTERIOR

• Nota Fiscal, apresentado anteriormente.

• Registro de Exportação: documento preenchido eletronicamente no SISCOMEX

(Sistema Integrado de Comércio Exterior), diretamente pelo exportador ou pelo seu

1 Disponível em <www.aprendendoaexportar.gov.br/informacoes/documentosdeexportacao.htm>. Acesso em 05

dez. 2009.

Page 55: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

55

representante legal. Destina-se ao registro da operação para fins do gerenciamento

governamental na área comercial, fiscal, cambial e aduaneira.

• Romaneio de Embarque ou Packing List: deve ser emitido pelo exportador. É

necessário para o desembaraço da mercadoria e para orientação do importador

quando da chegada dos produtos no país de destino. Na verdade, é uma simples

relação, indicando os volumes a serem embarcados e respectivos conteúdos.

• Conhecimento de Embarque: documento emitido pela companhia transportadora

que atesta o recebimento da carga, as condições de transporte e a obrigação de

entrega das mercadorias ao destinatário legal, no ponto de destino pré-estabelecido,

conferindo a posse das mercadorias. É, ao mesmo tempo, um recibo de mercadorias,

um contrato de entrega e um documento de propriedade, constituindo, assim, um

título de crédito. Este documento recebe denominações de acordo com o meio de

transporte utilizado:

o Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading - B/L);

o Conhecimento de Transporte Rodoviário (CRT);

o Conhecimento de Transporte Ferroviário (TIF/DTA).

� PARA FINS DE NEGOCIAÇÃO

• Fatura Comercial ou Commercial Invoice: o documento internacional, emitido pelo

exportador, que, no âmbito externo, equivale à Nota Fiscal, cuja validade começa a

partir da saída da mercadoria do território nacional e é imprescindível para o

importador desembaraçar a mercadoria em seu país.

• Conhecimento de Carta de Crédito: a carta de crédito, também conhecida por crédito

documentário, é a modalidade de pagamento mais difundida no comércio

internacional, pois oferece maiores garantias, tanto para o exportador como para o

importador. É um instrumento emitido por um banco (o banco emitente), a pedido

de um cliente (o tomador do crédito). Em conformidade com instruções deste, o

banco compromete-se a efetuar um pagamento a um terceiro (o beneficiário), contra

a entrega de documentos estipulados, desde que os termos e condições do crédito

sejam cumpridos.

Page 56: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

56

Por termos e condições do crédito entende-se a concretização da operação de acordo

com o combinado, especialmente no que diz respeito aos seguintes itens: valor do crédito,

beneficiário e endereço, prazo de validade para embarque da mercadoria, prazo de validade

para negociação do crédito, porto de embarque e de destino, discriminação da mercadoria,

quantidades, embalagens, permissão ou não para embarques parciais e para transbordo,

conhecimento de embarque, faturas, certificados etc.

• Borderô: é um protocolo fornecido pelo banco negociador de câmbio, no qual são

relacionados todos os outros documentos a ele entregues;

• Certificado ou Apólice de Seguro: é o documento necessário quando a condição de

venda envolve contratação de seguro da mercadoria. Deve ser providenciado antes

do embarque junto a uma empresa seguradora, da livre escolha do exportador;

• Romaneio de Embarque ou Packing List;

• Contrato de Câmbio: documento informatizado para coleta de informações, emitido

pelo banco negociador de câmbio e que formaliza a troca de divisa estrangeira por

moeda nacional.

� PARA FINS FISCAIS E CONTÁBEIS

• Contrato de Câmbio;

• Comprovante de Exportação (CE): emitido pelo SISCOMEX após o desembaraço

da mercadoria;

• Nota Fiscal;

• Certificado ou Apólice de Seguro;

• Conhecimento de Embarque;

• Fatura Comercial ou Commercial Invoice.

� OUTROS DOCUMENTOS QUE PODEM SER SOLICITADOS PELO

IMPORTADOR

• Certificados de Origem: é o documento providenciado pelo exportador. É emitido

pelas Federações de Agricultura, da Indústria e do Comércio, por Associações

Comerciais, Centros e Câmaras de Comércio. O importador utiliza-o para

comprovação da origem da mercadoria e habilitação à isenção ou redução do

Page 57: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

57

imposto de importação, em decorrência de disposições previstas em acordos

internacionais, ou em cumprimento de exigências impostas pela legislação do país

de destino. Os certificados de Origem são fornecidos mediante a apresentação de

cópia da Fatura Comercial e documentos de análise previstos em cada acordo

internacional;

• Certificado Fitossanitário: certifica as condições sanitárias e de salubridade dos

produtos;

• Certificado de Qualidade: atesta a qualidade do produto exportado;

• Certificado de Inspeção: certifica que foi realizada a inspeção da mercadoria antes

do embarque e as boas condições desta.

2.1.2 Importação

� PARA INICIAR A NEGOCIAÇÃO COM O POTENCIAL EXPORTADOR

• Fatura Pró-Forma ou Pro Forma Invoice.

� PARA TRANSPORTE INTERNO DE MERCADORIAS

• Documento de Trânsito Aduaneiro – DTA: caso a mercadoria seja transportada

antes do desembaraço aduaneiro;

• Declaração de Importação – DI: emitido pelo SISCOMEX após o desembaraço da

mercadoria.

� PARA FINS DE DESEMBARAÇO ADUANEIRO

• Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading - B/L);

• Presença de Carga: Registro efetuado no SISCOMEX pelo depositário da

mercadoria, sendo pré-requisito para o registro da DI;

• Declaração de Importação – DI.

� PARA FINS DE NEGOCIAÇÃO

• Fatura Comercial ou Commercial Invoice;

• Conhecimento de Embarque;

• Carta de Crédito;

Page 58: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

58

• Borderô;

• Certificado ou Apólice de Seguro;

• Romaneio de Embarque ou Packing List;

• Contrato de Câmbio.

� PARA FINS FISCAIS E CONTÁBEIS

• Contrato de Câmbio;

• Declaração de Importação (DI): emitido pelo SISCOMEX após o desembaraço da

mercadoria;

• Nota Fiscal;

• Certificado ou Apólice de Seguro;

• Conhecimento de Embarque;

• Fatura Comercial ou Commercial Invoice.

� OUTROS DOCUMENTOS QUE PODEM SER SOLICITADOS PELO

IMPORTADOR

• Certificados de Origem;

• Certificado Fitossanitário: certifica as condições sanitárias e de salubridade dos

produtos;

• Certificado de Qualidade;

• Certificado de Inspeção.

2.2 GESTÃO DE CADEIA LOGÍSTICA INTEGRADA

Um modelo de gestão baseado na utilização de informação para planejamento e

acompanhamento das operações logísticas, baseado em Eletronic Data Interchange (EDI), visa

disponibilizar, de forma contínua, as informações que precedem a movimentação de carga

(planejamento), aquelas que provêm da execução dos serviços (acompanhamento operacional)

e as que são resultado do comparativo entre estas informações (análise de desempenho) – Vide

figura 3.

Page 59: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

59

Figura 3: Modelo de Gestão de Logística Integrada

Fonte: do autor

A utilização de um modelo de gestão integrada é feita por meio de um sistema

desenvolvido para gerir todos os processos da cadeia logística. Baseado em módulos

integrados, este sistema permite que a solicitação de qualquer serviço da cadeia logística seja

planejada e acompanhada do início ao fim, sendo a comunicação com os clientes e

fornecedores efetuada através de EDI.

Através do Módulo de Planejamento, o sistema permite cotar os serviços junto aos

fornecedores e sugerir o melhor conjunto deles, que atenda à demanda do cliente, seja pelo

menor custo, pelo prazo ou pela combinação dos dois.

Desta forma, é possível:

• classificar e pontuar parceiros e fornecedores com base na pontualidade e

qualidade dos serviços prestados;

• melhorar a utilização da infra-estrutura disponível;

• reduzir o custo de gestão e acompanhamento da operação logística;

Page 60: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

60

• possibilitar a redução do custo de transporte por meio da utilização do frete

de retorno.

2.2.1 Fluxos de Atividade

1. Programação: O Cliente envia EDI com Solicitação Logística através de canal de

comunicação Internet ao Gestor da Operação Logística. O Gestor envia, então,

solicitação de cotação/disponibilidade através de arquivo eletrônico. Quando do

recebimento das cotações, é formatada a operação logística, conforme apresentado na

Figura 4.

Figura 4: Programação

Fonte: do autor

2. Acompanhamento: À medida que a operação se desenvolve, os diversos prestadores de

serviço da cadeia logística informam, através de mensagens EDI, o estágio do processo

que é registrado e avaliado pelo Gestor, conforme apresentado na Figura 5.

EDI COTAÇÃOEDI COTAÇÃO

AGENCIA FERROVIATERMINAL

TRANSPORTADOR

CLIENTE

EDI PROGRAMAÇÃO

Gestor

EDI SOLICITAÇÃO

VAN

Page 61: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

61

Figura 5: Acompanhamento

Fonte: do autor

3. Comunicação com Clientes: Os intervenientes podem ter acesso às informações via

celular (PDA/SmartPhone) ou Web Site diretamente do banco de dados do Gestor, em

tempo real, conforme apresentado na Figura 6.

Figura 6: Comunicação com Clientes

Fonte: do autor

E D I O P ER A Ç Ã OED I O P ER A Ç Ã O

A G EN C IA FER R O V IATE R M IN A L

TR A N S P O R TA D O R

C LIE N TE

E D I STA TU S

G esto r

V A N

Gestor

GPRSGPRS

PDA/CELULAR

W EB SITE

INTERNET

Page 62: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

62

2.2.2 Fluxos dos Processos

A seguir, são apresentados os fluxos de processo relativos às etapas de planejamento e

acompanhamento operacional o fluxo logístico.

O fluxo de planejamento representas as atividades necessárias ao desenvolvimento dos

processos que antecedem a operação em si. Assim, o planejamento é responsável pela abertura

da operação logística, cotações junto aos prestadores de serviço, criação da programação,

validação junto aos clientes e o agendamento das operações.

No fluxo do acompanhamento operacional, tem-se todas as atividades relativas ao

monitoramento dos processos de correlatos ao desenvolvimento dos trabalhos em si, ou seja:

carregamento, descarga, armazenagem e outros.

Page 63: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

63

Figura 7: EDI 01 - Fluxo de Processo de Planejamento

Fonte: do autor

EDI – PLANEJAMENTO 01

PROVEDORES DE SERVIÇOGESTORCLIENTE

DEMANDA CLIENTE

TI EDI 1.0

RECEBIMENTO ARQUIVODEMANDA CLIENTE

TI EDI 3.0ENVIA ARQUIVO

SOLICITAÇÃO DE COTAÇÃO E DISPONIBILIDADE

ENVIA COTAÇÃO

TI EDI 4.0

RECEBIMENTO ARQUIVOCOTAÇÃO

AGUARDA COTAÇÃO

TI EDI 8.0

ENVIA ARQUIVOPROGRAMAÇÃO CLIENTE

B

TI PLANEJAMENTO 5.0

VALIDAÇÃO COTAÇÃO

TI PLANEJAMENTO 6.0

ANALISA COTAÇÃO E DISPONIBILIDADE

NECESSITA NOVA

COTAÇÃO?

SIM

TI PLANEJAMENTO 7.0

CRIA PROGRAMAÇÃO

NÃO

A

AGUARDA PROGRAMAÇÃO

CLIENTE

ENVIA CONFIRMAÇÃO PROGRAMAÇÃO

TI EDI 9.0

RECEBIMENTO ARQUIVOPROGRAMAÇÃO CLIENTE

TI PLANEJAMENTO 2.0

ABRE OPERAÇÃO LOGISTICA

Page 64: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

64

Figura 8: EDI 02 – Fluxo de Processo de Planejamento

Fonte: do autor

EDI – PLANEJAMENTO 02

PROVEDORES DE SERVIÇOGestorCLIENTE

SIM

NÃO

C

A

TI EDI 12.0

ENVIA ARQUIVOAGENDAMENTO

B

TI PLANEJAMENTO 11.0

ANALISA PROGRAMAÇÃO CLIENTE

TI PLANEJAMENTO 10.0

VALIDAÇÃO PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO OK?

AGUARDA AGENDAMENTO

ENVIA AGENDAMENTO

TI EDI 13.0

RECEBIMENTO ARQUIVOAGENDAMENTO

TI PLANEJAMENTO 14.0

VALIDAÇÃO AGENDAMENTO

SIM

TI PLANEJAMENTO 15.0

ANALISA AGENDAMENTO

AGENDAMENTO OK?

ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL

A NECESSITA COTAÇÃO?

NÃO

NÃO

SIM

Page 65: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

65

Figura 9: EDI – Fluxo de Processo de Acompanhamento Operacional 01

Fonte: do autor

EDI – ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL 01

CLIENTES E PROVEDORES DE SERVIÇOSGestor

TI ACOMP. 16.0

ENVIA ARQUIVOSOLICITA CARREGAMENTO

AGUARDA CARREGAMENTO

TI ACOMP. 17.0

RECEBIMENTO ARQUIVOCARREGAMENTO

ENVIA CARREGAMENTO

REAGENDAMENTO?

TI PLANEJAMENTO 18.0

VALIDAÇÃO CARREGAMENTO

C SIM

NÃO

TI ACOMP. 20.0

RECEBIMENTO ARQUIVOPROGRESSO VIAGEM

REAGENDAMENTO?

SIM

AGUARDA CHEGADA NO

DESTINO

TI ACOMP. 19.0

ANALISA CARREGAMENTO

ENVIA ACOMPANHAMENTO

ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL

D

NÃO

TI ACOMP. 21.0

ENVIA ARQUIVOINFORMA PROCESSO VIAGEM

TI ACOMP. 22.0

RECEBIMENTO ARQUIVOCHEGADA NO DESTINO

ENVIA CHEGADA NO DESTINO

Page 66: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

66

EDI – ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL 02

CLIENTES E PROVEDORES DE SERVIÇOSGESTOR

TI PLANEJAMENTO 26.0

VALIDAÇÃO DESCARGA

ENVIA DESCARGA

TI ACOMP. 25.0

RECEBIMENTO ARQUIVODESCARGA

AGUARDA DESCARGA

DESCARGA OK?

SIM

A NÃO

D

TI ACOMP. 24.0ENVIA ARQUIVO

SOLICITA COMFIRMAÇÃO DESCARGA

TERMINO

TI EDI 27.0

ENVIA ARQUIVOCADEIA CONCLUIDA

TI PLANEJAMENTO 23.0

VALIDAÇÃO DESTINO

Figura 10: EDI – Fluxo de Processo de Acompanhamento Operacional 02

Fonte: do autor

Page 67: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

67

Descrição dos Fluxos de Processos de Planejamento e Acompanhamento:

� O cliente envia arquivo EDI ao GESTOR com sua demanda de mercadorias para movimentação.

1 O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz a validação e consistência do arquivo.

2 A equipe de Planejamento abre a operação logística, faz a seleção de fornecedores de acordo com a necessidade de serviço solicitado pelo Cliente.

3 O GESTOR gera e envia um arquivo EDI com a solicitação de cotação e disponibilidade para as prestadoras de serviço.

� As empresas prestadoras de serviço enviam arquivo EDI resposta ao

GESTOR com cotação e disponibilidade dos navios.

4 O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz sua validação e consistência do arquivo.

5 Esse arquivo é recebido pelo pessoal de Planejamento que realiza a Validação dessa Cotação.

6 Após a Validação, o pessoal do Planejamento faz uma Análise da mesma, podendo ser necessária, ou não, uma nova cotação.

7 Feita a Análise, o pessoal de Planejamento cria a Programação.

8 O GESTOR gera arquivo EDI e envia a programação ao Cliente.

� O Cliente envia arquivo EDI resposta ao GESTOR sobre a Programação

9 O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz sua validação e consistência.

10 Esse arquivo é recebido pelo pessoal de Planejamento que faz a Validação dessa Programação.

11 Após a Validação pela equipe do Planejamento é feita uma Análise da mesma, podendo ser necessária, ou não, uma nova programação.

12 O O GESTOR gera arquivo EDI e envia o pedido de Agendamento aos prestadores de serviço.

� O prestador de serviço envia arquivo EDI resposta ao GESTOR sobre o

Agendamento.

Page 68: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

68

13 O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz sua validação e consistência do arquivo.

14 Esse arquivo é recebido pelo pessoal de Planejamento que faz a Validação desse Agendamento.

15 Após a Validação, o pessoal do Planejamento faz uma Análise da mesma, podendo ser necessário, ou não, um novo Agendamento.

� Após o Agendamento, a operação é feita pelo pessoal de Acompanhamento

Operacional.

16 O GESTOR gera arquivo EDI e envia a solicitação de Carregamento ao Cliente e Transportador.

� O Cliente e Transportador enviam arquivo EDI resposta ao GESTOR sobre o

Carregamento.

17 O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz sua validação e consistência do arquivo.

18 Esse arquivo é recebido pelo pessoal de Planejamento que faz a Validação do Carregamento.

19 Após a Validação, o pessoal do Planejamento faz uma Análise da mesma, podendo ser necessário, ou não, um novo Agendamento.

� Após o Carregamento, a mercadoria será monitorada desde sua origem até

seu destino. O monitoramento deste percurso será de responsabilidade de uma empresa contratada pelo GESTOR que enviará informações do percurso da mercadoria e seus eventuais contratempos. Existe a possibilidade de o cliente optar por fazer seu próprio monitoramento.

1. O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz sua validação e consistência do processo de viagem, podendo ser necessário, ou não, um novo Agendamento.

� O Transportador envia arquivo EDI ao GESTOR sobre a Chegada da Carga

no Destino.

2. O GESTOR envia o arquivo EDI, informando ao cliente o processo de viagem.

3. O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz sua validação e consistência do arquivo.

Page 69: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

69

4. Esse arquivo é recebido pelo pessoal de Planejamento que faz a Validação dessa confirmação de Chegada no Destino.

5. O GESTOR gera arquivo EDI e envia a Solicitação de Descarga.

� O local de descarga envia arquivo EDI resposta ao GESTOR.

6. O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz sua validação e consistência do arquivo.

7. Esse arquivo é recebido pelo pessoal de Planejamento que faz a Validação dessa Descarga, podendo ser necessária, ou não, uma nova Programação.

� O GESTOR gera arquivo EDI e envia o relatório de conclusão do ciclo da mercadoria ao Cliente.

Page 70: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

70

Figura 11: Fluxo do Processo de Troca de Arquivo EDI

Fonte: do autor

GESTOR

TI ENVIO DE ARQUIVO EDI

TI EDI 1.1

GERA ARQUIVO

AGUARDA PROTOCOLO

RECEBIMENTO

TI EDI 1.2

RECEBE PROTOCOLO

SIM

TI EDI 1.3

REGISTRA PROTOCOLO

ARQUIVO VALIDO ?

AGUARDA PROTOCOLO CONTEUDO

SIM

TI EDI 1.4

RECEBE PROTOCOLO CONTEUDO

ARQUIVO VALIDO ?

TI EDI 1.5

CONSISTENCIA

TI EDI 1.6

REGISTRA PROTOCOLO

NECESSITA REENVIO ?

FINALIZA

NÃO

SOLICITANTE

TI EDI 1.7

REGISTRA STATUSSIM

NÃO

NÃO

Page 71: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

71

A seguir, são descritos os fluxos de troca eletrônica de dados entre os intervenientes do processo.

Descritivo do Fluxo de Envio de Arquivo

� O solicitante gera o arquivo EDI.

1. O GESTOR arquiva e envia o EDI.

2. Recebe o Protocolo de Recebimento do arquivo enviado.

3. Faz o registro de protocolo.

4. Recebe o protocolo conteúdo, informando se o arquivo enviado está com os

dados OK.

5. É verificado se o arquivo está com os dados consistentes.

6. O GESTOR faz o registro do protocolo (Caso não seja necessário o reenvio

do arquivo, é finalizada a operação. Caso necessário, é feito o registro do

status).

7. É feito o registro do status e o fluxo é reiniciado para reenvio.

Page 72: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

72

Figura 12: Fluxo de Recebimento de Arquivo

Fonte: do autor

GESTOR

TI

NÃO

TI EDI 1.4

CONSISTENCIA

TI EDI 1.5

PROTOCOLO CONTEUDO

TI EDI 1.2

PROTOCOLO REJEITADO

TI EDI 1.3

PROTOCOLO RECEBIDO

ARQUIVO VALIDO?

TI EDI 1.1

RECEBE ARQUIVO

SIM

NECESSITA COMPLEMENTAÇÃO

DE DADOS?

AGUARDA COMPLEMENTA

ÇÃO

TI EDI 1.6

ARMAZENA

SIM

NÃO

FINALIZA

EDI RECEBIMENTO DE ARQUIVO

COMPLEMENTAÇÃO OK?

SIM

NÃO

Page 73: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

73

Descritivo do Fluxo de Recebimento de Arquivo

1. O GESTOR recebe o arquivo EDI e faz a validação do mesmo (caso não

esteja válido, um Protocolo de Rejeitado);

2. O GESTOR envia Protocolo de Rejeitado, informando que o arquivo está

inválido.

Caso contrário, ocorre a seqüência do fluxo.

3. O GESTOR envia Protocolo de Recebimento do arquivo;

4. É verificada sua consistência;

5. Envia Protocolo conteúdo, informando que o arquivo está OK.

Se for necessária a complementação dos dados, O GESTOR ficará aguardando sua

complementação, caso não necessite, tem seqüência o fluxo. Após a complementação, é

verificado se os dados completos estão OK; em caso afirmativo, o fluxo tem seqüência; em

caso contrário, ele retorna e aguarda complementação.

6. É feito o arquivamento e finalizada a operação.

Page 74: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

74

2.2.3 Principais serviços agregados ao fluxo

Existe uma série de serviços agregados ao fluxo logístico que visam garantir ao

vendedor e comprador a quantidade e qualidade dos produtos enviados e recebidos. Estes

serviços são: pesagem da mercadoria, conferência física, análise física e análise química, entre

outros.

Para a realização destes serviços, são utilizados os mais diversos métodos tais como:

inspeção física da carga e do container (se for o caso), retirada de amostra (no caso de químicos

e granéis), pesagem, inspeção não intrusiva (no caso de containeres), medidores de fluxo (no

caso de líquidos) e até laudos técnicos emitidos por profissionais qualificados em alguns casos,

onde haja divergência ou dúvida quanto ao produto recebido ou a ser embarcado. Esta situação

é comum quando da movimentação de produtos complexos como máquinas e equipamentos de

grande porte, cujo acondicionamento dá-se em diversos volumes ou no caso de químicos e

dupla utilização (existem produtos classificados como adubo e produto farmacêutico). Nestes

casos, o laudo de especialista pode ser solicitado por uma autoridade (aduaneira, sanitária,

policial ou outra) ou pelo próprio interessado (comprador ou vendedor) para garantir a

qualidade, veracidade e quantidade do produto comercializado.

a) Inspeção de carga

O serviço de inspeção de carga consiste em checar as condições em que os produtos

foram recebidos, verificando itens tais como embalagem, peso e qualidade do material, entre

outros. Esta atividade dá-se quando um terminal, ou qualquer outro recinto receptor de carga,

recepciona mercadorias para posterior entrega.

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

Terminal/Recinto

CLIENTE

Inspeção

Figura 13: Processo de Inspeção de Carga

Fonte: do autor

Page 75: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

75

b) Recepção de Carga conteinerizada

O procedimento de recepção de carga conteinerizada dá-se tanto na exportação quanto

na importação. Quando da chegada ao terminal, o container é inspecionado. São avaliadas as

condições da documentação, do lacre, seu estado geral quanto a avarias (áreas amassadas e

rasgos na estrutura podem ter comprometido o conteúdo) e é efetuada a pesagem. Após estes

procedimentos, o container é destinado para área específica.

Caso seja um container de importação, é destinado à área de armazenagem para

posterior desova ou entrega ao importador. Caso seja um container de exportação, será

destinado à área de armazenagem de pré-embarque ou para remoção ao terminal marítimo de

embarque.

No caso de containeres frigoríficos, tanto na recepção quanto na entrega, são utilizados

equipamentos para realizar um diagnóstico do aparelho de ar condicionado para confirmação

do bom funcionamento do mesmo.

Page 76: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

76

Figura 14: Fluxo de recepção de container

Fonte: do autor

OK?

Pesagem

Cadastra e confere documentacão

OK?

OK?

Inspeção

sim

sim

Resolve Divergências

Armazenagem

Resolve Divergências

Resolve Divergênciasnão

não

não

sim

Fluxo de recepção de container

Terminal / Recinto Importador / Transportador / Gestor

Page 77: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

77

Descritivo do Fluxo de Recepção de Container

1. O Terminal/Recinto cadastra e confere documentação;

2. O Terminal/Recinto verifica se tudo está ok;

a. Caso haja alguma irregularidade, o Terminal/Recinto encaminha informações ao

Importador/Transportador/Gestor;

i. O Importador/Transportador/Gestor resolve divergências e encaminha documentação

novamente à etapa 1;

b. Caso tudo esteja ok, o Terminal/Recinto encaminha container para pesagem;

c. A pesagem é efetuada;

i. Caso haja alguma irregularidade relacionada à pesagem, o Terminal/Recinto encaminha

informações ao Importador / Transportador / Gestor;

1. O Importador/Transportador/Gestor resolve divergências e encaminha documentação

novamente à etapa 2.c;

ii. Em caso de não haver nenhuma irregularidade, o Terminal/Recinto encaminha o

container para inspeção;

1. Caso alguma irregularidade seja apontada na inspeção, o Terminal/Recinto encaminha

processo para o Importador/Transportador/Gestor;

a. O Importador/Transportador/Gestor resolve divergências e encaminha fluxo à etapa

2.c;

2. Caso não haja irregularidades, o container é encaminhado à armazenagem.

c) Recepção de carga

O procedimento de recepção de carga é realizado quando o terminal recebe carga solta

para proceder à estufagem de container de exportação, para embarque a granel ou em unidades.

Quando da chegada ao terminal, a carga é avaliada quanto às condições da documentação; são

realizadas análises físico-químicas, dependendo da natureza da carga, e é efetuada a pesagem

e/ou conferência física. Após estes procedimentos, a carga é destinada para área específica,

aguardando o momento de ser conteinerizada ou embarcada a granel (açúcar, soja e demais) ou

em unidades (automóveis, bobinas de aço, produtos de origem vegetal e outros).

Page 78: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

78

Na chegada da carga, esta deve ser encaminhada para uma área de inspeções que

ocorrem de forma presencial, sendo efetuadas por pessoal capacitado e treinado para a

execução deste serviço. Na realização do mesmo, é necessária a utilização de equipamento

auxiliar e maquinário para o manuseio e movimentação da carga.

A vistoria é realizada por meio de uma seqüência de rotinas para que, ao final, possa ser

emitida uma confirmação muitas vezes com registro fotográfico (no caso de carga de alto valor

agregado), em que são verificados dados relativos à carga tais como embalagem, etiquetas,

quantidade e/ou retirada de amostra, no caso de granel.

Page 79: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

79

Figura 15: Fluxo de recepção de carga

Fonte: do autor

OK?

Pesagem

Cadastra e confere documentacão

OK?

OK?

Descarga

sim

sim

Resolve Divergências

Armazenagem

Resolve Divergências

Resolve Divergências

não

não

sim

Fluxo de recepção de carga

Terminal / Recinto Importador / Transportador / Gestor

Granel ?

não

Análise físico química

sim

não|Conferência física sim

Page 80: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

80

Descritivo do Fluxo de Recepção de Carga

1. O Terminal/Recinto cadastra e confere documentação;

2. O Terminal/Recinto verifica se tudo está ok;

a. Caso haja alguma irregularidade, o Terminal/Recinto encaminha informações ao

Importador/Transportador/Gestor;

i. O Importador/Transportador/Gestor resolve divergências e encaminha documentação

novamente à etapa 1;

b. Caso tudo esteja ok, o Terminal/Recinto encaminha carga para pesagem;

c. A pesagem é efetuada;

i. Caso haja alguma irregularidade, o Terminal/Recinto encaminha informações ao

Importador/Transportador/Gestor;

1. O Importador/Transportador/Gestor resolve divergências e encaminha documentação

novamente à etapa 2.c;

ii. Em caso de não haver nenhuma irregularidade, o Terminal/Recinto avalia se a carga é a

granel;

1. Em caso afirmativo, encaminha à Descarga;

a. A conferência física é realizada;

i. O Terminal/Recinto avalia se tudo está em conformidade;

1. Em caso negativo, informações são repassadas ao Importador/

Transportador/Gestor;

2. O Importador/Transportador/ Gestor resolve divergências e encaminha

processo à análise físico-química;

3. Da análise físico-química, uma nova conferência é realizada;

4. Tudo estando em conformidade, a carga é encaminhada à armazenagem;

5. A carga é armazenada.

2. Caso a carga não seja a granel, o Terminal/Recinto encaminha -a à análise físico-

química;

a. Tudo estando em conformidade, a carga é encaminhada à armazenagem;

iii. A carga é armazenada.

Page 81: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

81

d) Estufagem de container

Na estufagem, é executada uma vistoria do container vazio com o objetivo de identificar

seu estado e condições de utilização como existência de avarias, presença de odores e limpeza.

Então, é realizada a vistoria da carga que irá ser acondicionada e iniciado o processo de

estufagem, juntamente com registro fotográfico do processo. Ao final da estufagem, o container

é fechado e lacrado, sendo realizado novo registro fotográfico ou imagem radioscópica através

de equipamentos de inspeção não intrusiva.

Page 82: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

82

Figura 16: Fluxo de estufagem de container

Fonte: do autor

OK?

Pesagem

Separa carga e confere

documentação

OK?

sim

Resolve Divergências

Lacração

Resolve Divergências

Estufagem

não

não

Fluxo de estufagem de container

Terminal / Recinto

sim

|Conferência física

Separa container vazio

Inspeção OK?Resolve Divergências não

OK?Resolve

Divergênciasnão

sim

Armazenagem

Page 83: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

83

Descritivo do Fluxo de Estufagem de Container

Primeira Vertente

1. O Terminal/Recinto separa container vazio;

2. O Terminal/Recinto faz a inspeção do container;

a. Em caso de não aprovado, o próprio Terminal/Recinto resolve divergências e retorna

fluxo para o passo 1;

b. Em caso de aprovado, o container é encaminhado à Estufagem;

i. Da Estufagem, o container é lacrado;

ii. Após lacração, o container é encaminhado à armazenagem.

Segunda vertente do processo:

1. O Terminal/Recinto separa carga e confere documentação;

2. O Terminal/Recinto verifica se tudo está ok;

a. Caso haja alguma irregularidade, o Terminal/Recinto resolve divergências e o processo

retorna para a etapa 1;

b. Caso não haja divergências, o container é encaminhado à pesagem;

c. A pesagem é realizada;

d. Após a pesagem, verifica-se a existência de divergências;

i. Caso não esteja ok, o Terminal/Recinto resolve divergências e o container é

encaminhado para nova pesagem (2.c);

ii. Caso tudo esteja ok, o Terminal/Recinto encaminha container para conferência física;

iii. Faz-se a conferência física;

1. Se o container não está ok, o Terminal/Recinto resolve divergências e encaminha

container para uma nova conferência física (Item 2.c.iii);

2. Em caso de aprovado, o container é encaminhado à Estufagem;

a. Da Estufagem, o container é lacrado;

b. Após lacração, o container é encaminhado à armazenagem.

c.

Page 84: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

84

e) Desova de container

Para a desova de container de importação, o mesmo é retirado da área de armazenagem

e enviado para área de desova, onde ocorrerá uma nova vistoria do lacre, juntamente com uma

vistoria da área externa do container (para verificar se não houve avarias posteriores à

recepção). Então, é rompido o lacre e iniciada a desova, realizando-se a conferência física e a

inspeção da carga, juntamente com o registro de imagens fotográficas, quando necessário.

Page 85: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

85

Figura 17: Fluxo de Desova de Container

Fonte: do autor

Fluxo de desova de container

Terminal / Recinto

OK?

Pesagem

Separa container e confere documentação

OK?

sim

Resolve Divergências

Resolve Divergênciasnão

não

sim

Rompe Lacre e efetua desova

Resolve Divergênciasnão

|Conferência física

OK?

sim

Armazena vazio Armazena Carga

sim

Page 86: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

86

Descritivo do Fluxo de Desova de Container

1. O Terminal/Recinto separa container e confere documentação;

2. O Terminal/Recinto verifica se tudo está ok;

a. Caso haja alguma irregularidade, o Terminal/Recinto resolve divergências e o processo

retorna para a etapa 1;

b. Caso não haja divergências, o container é encaminhado à pesagem;

c. A pesagem é realizada;

d. Após a pesagem, verifica-se a existência de divergências;

i. Caso haja divergências, o Terminal/Recinto resolve –as e o container é encaminhado

para nova pesagem (2.c);

ii. Caso tudo esteja ok, o Terminal/Recinto encaminha container para desova;

1. O Terminal/Recinto rompe o lacre e efetua a desova;

2. Faz-se a conferência física;

a. Se o container não está ok, o Terminal/Recinto resolve divergências e encaminha

container para uma nova conferência física (Item 2.c.iv);

b. Em caso de aprovado, o container é encaminhado para armazenagem do vazio e à

armazenagem da carga;

Page 87: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

87

f) Armazenagem de Containeres Vazios

Hoje, a área portuária tem cada vez menos espaço para o trânsito e armazenagem de

cargas; por isso, vem surgindo áreas especiais para armazenamento de cargas, as quais podem

ser alfandegadas ou apenas de espera.

O serviço de armazenagem de vazios não é apenas um espaço para armazenagem de

container, mas também é utilizado para vários outros serviços relacionados a ele (estufagem,

desova, reparos, limpeza e outros) e à carga (paletização, embalagem, vistoria e outros).

Descrição das Atividades

Os serviços relacionados a containeres envolvem a utilização de área reservada para o

seu armazenamento. Quando vazios, estes podem ser empilhados de dois a oito (unidades) de

altura, dependendo do tipo de container e sua qualidade; essa área de vazios não envolve a

realização de vários serviços, como reparos emergenciais ou manutenção, limpeza, laudos,

inspeção e lacração, recebimento e liberação, estufagem e desova.

A realização dessa armazenagem é feita por meio de maquinários pesados e de médio

porte e equipe operacional para garantir a correta movimentação constante (contínua) no pátio

de armazenagem. Toda utilização é definida pelo número limite de empilhamento e tempo de

permanência. Essa definição é comumente controlada através de sistemas de TI conhecidos

como WMS (Warehouse Management System).

O WMS é um sistema de gerenciamento de armazenagem que possibilita uma gestão

otimizada de recursos e, consequentemente, da cadeia de suprimentos, pois maximiza a área

disponível para armazenagem, minimizando os movimentos de maquinário pesado

(empilhadeiras) e remoções de containeres. O sistema deve monitorar e direcionar o correto

posicionamento e localização dos containeres para a eficiência da operação, baseado nas

informações fornecidas em tempo real. Para auxiliar nesta solução podem ser utilizadas outras

tecnologias como o RFID (Radio Frequency Identification), código de barras, redes sem fio e

dispositivos móveis.

Suas aplicações são: • Recebimento, armazenagem e liberação;

Page 88: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

88

• Agregação de outros serviços (inspeção, limpeza, reparos).

Descrição dos demais serviços

Como mencionado, a armazenagem de vazios pode agregar vários outros serviços

relacionados a container, os quais podem ser solicitados pelos próprios armadores como

também pelo cliente que os irá utilizar; cada serviço pode variar de acordo com o tipo de

produto que será transportado. Segue, abaixo, a descrição de cada serviço.

Reparo Emergencial - os reparos emergenciais são realizados quando é identificada

alguma avaria de pequeno porte que pode ser reparada rapidamente. Esse tipo de avaria,

normalmente, é causada pela movimentação do container, sendo que o reparo é feito apenas

para que este siga até a área designada. Tal reparo é realizado colocado-se um adesivo

metálico apenas para a realização de uma viagem. O reparo definitivo será realizado no

próximo ponto de descarga. Esses reparos também são aplicáveis a container cheios.

Manutenção – a realização desse serviço consiste em manter o bom estado de

conservação do container, verificando se o mesmo tem áreas amassadas, se as trancas e

dobradiças estão funcionando corretamente. Essa manutenção irá garantir uma maior

longevidade ao container.

Limpeza – como há uma infinidade de tipos de produtos que podem ser transportados

por container, pode ser que, no interior do mesmo, tenha ficado algum resquício do produto

transportado anteriormente, podendo, assim, contaminar o próximo a ser armazenado. O

transporte de alguns tipos de produtos, como os granéis, exige a realização desse serviço.

Vistoria On-Hire – essa vistoria é realizada quando o container é alugado, com o fim de

assegurar que o mesmo esteja em boas condições estruturais, limpo e livre de odores, dentro

dos padrões internacionais. A ideia é que, ao final da locação, não haja dúvidas quanto a

responsabilidades no caso de avarias

Page 89: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

89

Estufagem – a estufagem é a consolidação da carga solta no container. Deve ser

realizada com segurança para evitar que na movimentação normal no transporte do container

não ocorra nenhum dano com o produto.

Desova – realizada quando a carga chega ao seu país, cidade ou local de destino; é,

então, rompido o lacre e retirada a carga contida no container para ser armazenada e,

posteriormente, entregue ao proprietário.

Page 90: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

90

Figura 18: Fluxo de recepção de container vazio

Fonte: do autor

OK?

Inspeção

Cadastra e confere documentacão

OK?

Classificação

sim

sim

Resolve Divergências

Armazenagem

Executa serviçosnão

não

Fluxo de recepção de container vazio

Terminal / Recinto Serviços de manutenção

Page 91: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

91

Descritivo do Fluxo de Recepção de Container Vazio

1. O Terminal/Recinto cadastra e confere documentação;

2. O Terminal/Recinto verifica se tudo está ok;

a. Caso haja alguma irregularidade, o Terminal/Recinto resolve divergências e o processo

retorna para a etapa 1;

b. Caso não haja divergências, o container é encaminhado à inspeção;

c. A Inspeção é realizada;

d. Após a inspeção, verifica-se a existência de divergências;

i. Caso não esteja ok, o Terminal/Recinto encaminha informações a Serviços de

Manutenção;

1. Serviços de Manutenção executa serviços e o container é encaminhado para

nova inspeção (2.c);

ii. Caso tudo esteja ok, o Terminal/Recinto encaminha container para classificação;

1. Após classificado, container segue para armazenagem.

Page 92: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

92

3 APRESENTAÇÃO DAS TECNOLOGIAS APLICADAS À CADEIA

LOGÍSTICA SEGURA

Para que se estabeleça uma cadeia logística segura, é necessário que haja uma definição

dos componentes tecnológicos que possam ser utilizados no controle dos processos, tais como

inspeção não intrusiva de carga, lacres, rastreamento eletrônico e outros. Uma vez definidos os

componentes necessários para cada tipo de cadeia de suprimentos (granel sólido, líquido,

container ou carga geral), é preciso definir qual o funcionamento esperado de cada

componente para cada tipo de manipulação de carga. Sempre é bom lembrar que o nível de

serviço está atrelado aos conceitos de risco pré-estabelecidos para cada operação. A seguir,

serão apresentadas algumas tecnologias aplicadas ao controle de carga e sua utilização.

3.1 TECNOLOGIAS

3.1.1 Inspeção Não Intrusiva

3.1.1.1 Histórico

Inspeção não intrusiva consiste no reconhecimento, na conferência e no exame do

conteúdo de algum material embalado sem a necessidade de abri-lo. Isso é feito por meio de

equipamentos especiais, empregando diversas tecnologias; tais equipamentos são mais

conhecidos como scanners.

O início do desenvolvimento deste tipo de equipamento surgiu entre os anos de 1970 e

1980, quando o sequestro de aviões comerciais tornou-se uma ameaça global, exigindo

tecnologias de segurança. Dentre aquelas voltadas à segurança, estavam os equipamentos de

inspeção não intrusiva de bagagens por raios-x.

Esses equipamentos possuem um túnel fixo, pelo qual passam as bagagens, gerando

uma imagem radioscópica de seu interior. Derivados deles foram desenvolvidos nos anos 90,

com a capacidade de detecção automática de presença de explosivos em bagagens, sua

principal função característica.

Após o grande uso dos equipamentos de inspeção de bagagem para aeronaves foi

desenvolvido um aparelho para inspeção de cargas em trânsito, primeiramente no aeroporto

Page 93: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Charles de Gaulle, em Paris, onde eram inspecionados containeres de carga aérea. Depois disso

surgiram outros de maior porte, instalados em portos para a inspeção de containeres marítimos.

Esses equipamentos possuíam o mesmo conceito dos usados para bag

x; porém, no lugar do túnel fixo

tracionadas ou rebocadas,

permanecem e continuam em operação, realizando sua função, perfeitamente.

A evolução continuou com o desenvolvimento de equipamentos móveis capazes de

realizar as atividades. Na metade dos anos 90 surgiram os primeiros aparelhos de sistema

aberto (ver exemplo na Figura

trânsito.

Charles de Gaulle, em Paris, onde eram inspecionados containeres de carga aérea. Depois disso

de maior porte, instalados em portos para a inspeção de containeres marítimos.

Esses equipamentos possuíam o mesmo conceito dos usados para bagagem com o uso do raio

, no lugar do túnel fixo, foram construídas edificações, pelas quais

tracionadas ou rebocadas, a fim de possibilitar o seu exame. Muitas dessas instalações ainda

permanecem e continuam em operação, realizando sua função, perfeitamente.

Figura 19: Sistema Estacionário de Grande Porte Fonte: do autor

A evolução continuou com o desenvolvimento de equipamentos móveis capazes de

realizar as atividades. Na metade dos anos 90 surgiram os primeiros aparelhos de sistema

Figura 20) para exame do compartimento de carga de caminhões em

Figura 20: Sistema Aberto

Fonte: do autor

93

Charles de Gaulle, em Paris, onde eram inspecionados containeres de carga aérea. Depois disso

de maior porte, instalados em portos para a inspeção de containeres marítimos.

agem com o uso do raio-

pelas quais as cargas eram

a fim de possibilitar o seu exame. Muitas dessas instalações ainda

permanecem e continuam em operação, realizando sua função, perfeitamente.

A evolução continuou com o desenvolvimento de equipamentos móveis capazes de

realizar as atividades. Na metade dos anos 90 surgiram os primeiros aparelhos de sistema

para exame do compartimento de carga de caminhões em

Page 94: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Apesar da constante evolução dos equipamentos de inspeç

utilização na segurança, o ataque terrorista ocorrido nos Estados Unidos no dia 11 de setembro

de 2001 impulsionou ainda mais o seu desenvolvimento e

com que, não somente os aeroportos, mas també

adotassem medidas de segurança e, principalmente, equipamentos para inspeção de carga.

Os equipamentos de inspeção não intrusiva que estão em uso atualmente são de alta

energia, de sistema aberto e, normalmente,

• equipamentos móveis, completamente autônomos;

• equipamentos fixos ou relocáveis:

move-se

• equipamentos fixos ou relocáveis:

desloca-

Procurando um maior grau de segurança, podem ser instalados detectores de

radioatividade, dispositivos para captura da identidade do

transporta (através de sistemas OCR) e registros de imagens externas

caminhões.

3.1.1.2 Princípios de Funcionamento

O princípio de funcionamento dos equipamentos de inspeção não intrusiva por raio

será descrito a seguir.

Apesar da constante evolução dos equipamentos de inspeção não intrusiva e sua

utilização na segurança, o ataque terrorista ocorrido nos Estados Unidos no dia 11 de setembro

de 2001 impulsionou ainda mais o seu desenvolvimento e conseqüente

com que, não somente os aeroportos, mas também as instalações portuárias de todo o mundo

adotassem medidas de segurança e, principalmente, equipamentos para inspeção de carga.

Os equipamentos de inspeção não intrusiva que estão em uso atualmente são de alta

energia, de sistema aberto e, normalmente, de três tipos construtivos:

quipamentos móveis, completamente autônomos;

quipamentos fixos ou relocáveis: nos quais a carga

se ao longo dela;

quipamentos fixos ou relocáveis: nos quais o equipamento é fixo e a carga

-se através do aparelho.

Procurando um maior grau de segurança, podem ser instalados detectores de

radioatividade, dispositivos para captura da identidade do container

transporta (através de sistemas OCR) e registros de imagens externas

Princípios de Funcionamento

O princípio de funcionamento dos equipamentos de inspeção não intrusiva por raio

94

ão não intrusiva e sua

utilização na segurança, o ataque terrorista ocorrido nos Estados Unidos no dia 11 de setembro

utilização. Esse fato fez

m as instalações portuárias de todo o mundo

adotassem medidas de segurança e, principalmente, equipamentos para inspeção de carga.

Os equipamentos de inspeção não intrusiva que estão em uso atualmente são de alta

a carga é fixa e o equipamento

o equipamento é fixo e a carga

Procurando um maior grau de segurança, podem ser instalados detectores de

container e do caminhão que o

transporta (através de sistemas OCR) e registros de imagens externas dos containeres e

O princípio de funcionamento dos equipamentos de inspeção não intrusiva por raio-x

Page 95: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

95

Figura 21: Princípio de Funcionamento

Fonte: Imagem cedida por EBCO SYSTEM LTDA

Existe um gerador de raios-x instalado nos equipamentos - válvulas para os de pequeno

porte e acelerador de partículas alimentado eletricamente por um circuito de potência, nos de

porte maior. Os raios-x, assim que gerados, são alinhados através de um colimador, formando

um facho em forma de leque com espessura na ordem de 1mm.

O objeto a ser inspecionado passa por este facho, que, em função da densidade do seu

conteúdo, absorve mais ou menos energia. Após os raios-x atravessarem o objeto, atingem uma

coluna de diodos foto-sensores, que respondem emitindo um pulso elétrico.

Através de conversores analógicos – digitais, os pulsos são transformados em sinais que

são processados e traduzidos, obtendo, ao final deste processo, uma imagem digital

radioscópica apresentada em um monitor, que mostra o conteúdo do objeto inspecionado.

Para um melhor resultado, muitos fatores construtivos devem ser levados em

consideração:

• o nível de energia utilizado, suficiente para penetrar e atravessar o objeto,

pois, em caso contrário, os diodos não recebem raios-x e a imagem não é

gerada;

• a sensibilidade dos diodos para captar energia, recuperar-se rapidamente e

sua discriminação para gerar sinais diferentes para diferentes níveis de

energia recebidos;

• capacidade de processamento dos conversores para gerar grande quantidade

de informação em pouco tempo;

• o processamento de imagem feito com qualidade, oferecendo uma imagem

com boa resolução.

Devido ao grande crescimento do comércio internacional e conseqüente movimentação

de cargas, uma característica que se tornou importante nesses equipamentos é a velocidade do

processo como um todo, de tal modo que sua operação permita o exame de uma grande

quantidade de cargas em pouco tempo.

Page 96: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

96

Atualmente, os parâmetros considerados mínimos para um bom exame de cargas

conteinerizadas compreendem:

• penetração em aço, entendida como a capacidade de distinguir um bloco de

chumbo através de placas de aço, superior a algo como 200 a 300mm ou

mais;

• sensibilidade e processamento que gerem imagens superiores a 60.000 tons

de cinza;

• resolução espacial da ordem de 2mm;

• capacidade de processar mais de 100 contêineres por hora, por equipamento.

Além dos parâmetros citados acima, outras características vêm sendo exigidas como:

ajuste de brilho e contraste; inversões de imagem positiva e negativa; zoom eletrônico sobre

áreas de carga; colorização da imagem em função das densidades observadas, entre outras.

Hoje, os equipamentos de inspeção não intrusiva possuem um sistema que gerencia a

imagem radioscópica gerada e seu tratamento. Esse sistema possui também ferramentas que

permitem a gravação de arquivos de forma organizada, impressão de imagens, inserção de

observações e comentários e a transmissão dos dados obtidos para outras bases de dados.

3.1.1.3 O Trinômio: Penetração, Resolução Espacial e Fluxo

Para entender melhor o funcionamento de um equipamento de inspeção não intrusiva,

pode-se compará-lo com o modo de ação do olho humano. Por exemplo, em um local escuro,

iluminado por uma luz estroboscópica, a identificação dos objetos dar-se-á através das sombras

projetadas na parede oposta à luz. Caso o objeto seja muito fino, a relação de que quanto maior

a energia, isto é, a intensidade da luz, melhor será a identificação do objeto, pode não ser

verdadeira.

Page 97: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

97

Da mesma maneira, a quantidade de energia liberada pelo aparelho de raio-x não é

indicativa de que qualquer objeto atravessado por ela será visto na imagem radioscópica.

Portanto, é necessária a preocupação de qual é a quantidade de energia adequada para se

observar determinado material. No caso humano, o olho é o instrumento que capta o sinal e

gera a imagem; no caso dos equipamentos de inspeção não intrusiva, os diodos têm essa

função, com a vantagem de existirem diversos tipos que podem ser utilizados, dependendo do

objeto - alvo.

Além da intensidade, se a luz piscar com uma frequência muito rápida, o olho pode não

se recuperar a tempo e, caso o objeto passe com muita velocidade, o mesmo não vai ser visto.

De forma semelhante ocorre com os equipamentos de inspeção não intrusiva, onde os diodos

têm a função de captar os raios-x; se este não for adequado, podem ocorrer falhas que impeçam

a distinção de detalhes. Portanto, os diodos devem ser desenvolvidos para recuperar sua

capacidade de ação em um tempo compatível com a velocidade de deslocamento do objeto.

Os equipamentos de inspeção não intrusiva, assim como o olho humano, têm seu

desempenho afetado devido a diversos fatores, que não podem ser tratados isoladamente, pois

um influencia o outro. Os principais fatores que devem ser considerados em um equipamento

de inspeção não intrusiva são: penetração, resolução e fluxo. A penetração está ligada à

observação dos objetos, a resolução à qualidade da imagem e o fluxo à velocidade de

processamento.

3.1.1.4 Formas Construtivas

As formas construtivas mais modernas que podem ser encontradas quando se trata de

equipamentos de inspeção não intrusiva são:

• Equipamentos Móveis;

• Equipamentos Permanentes, onde a Carga é fixa e o Raio-X move-se;

• Equipamentos Permanentes, onde o Raio-X é fixo e a Carga move-se.

Page 98: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

98

Equipamentos Móveis

Figura 22: Equipamentos móveis

Fonte: Imagem cedida por EBCO SYSTEM LTDA

São aparelhos autônomos, montados sobre chassis de caminhão e que permitem o seu

deslocamento; contam com tempos mínimos, da ordem de 15 minutos, para serem colocados

em uso ou preparados para novo deslocamento.

Este tipo de equipamento encontra uso, principalmente, por conta de unidades de

repressão em que o elemento surpresa atue como fator primordial para o exame de cargas.

Equipamentos Permanentes - Carga fixa e movimento do Raio-X

Figura 23: Equipamento fixo

Fonte: Imagem cedida por EBCO SYSTEM LTDA

Page 99: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

99

Também conhecidos pela denominação “Gantry”, são equipamentos nos quais o

caminhão com transporte de carga pára, havendo o desembarque do motorista. O equipamento,

normalmente montado sobre trilhos, desloca-se ao longo do objeto para obtenção da imagem.

Além de um bom controle de velocidade, que propicia imagens mais uniformes, é

possível examinar, além da caçamba transportadora de carga, também a cabine de condução do

caminhão.

Equipamentos Permanentes - Raio-X fixo e Carga em movimento

Figura 24: Equipamento fixo – alto-desempenho

Fonte: Imagem cedida por EBCO SYSTEM LTDA

São também conhecidos como Portal (ou Pass-Thru), sendo equipamentos nos quais o

aparelho de raios x é fixo ao solo e os caminhões são conduzidos pelos seus motoristas através

do portal. Dispositivos de segurança aguardam a passagem da cabine pelo portal e disparam o

facho de raios x sobre a caçamba de carga.

Este tipo de aparelho é aquele que propicia a verificação de um maior fluxo de cargas,

podendo, atualmente, examinar com boa qualidade de imagem, uma ordem de 120 caminhões

por hora.

3.1.2 Rastreamento e Lacre Eletrônico

Segundo o relatório técnico do desenvolvimento do anteprojeto da Central de Operações

e Vigilância – COV - do Plano Nacional de Segurança Aduaneira da Secretaria da Receita

Page 100: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

Federal 2007, um conjunto de tecnologias específicas voltadas à aquisição, comunicação,

tratamento e gestão de informação relativas à localização e estado de veículos e c

denominado AVL. De maneira geral, estes sistemas são compostos por três módulos:

• Aquisição de Dados

dados de posicionamento e estado do que se está monitorando;

• Sistemas de Comunicação

comunicação entre o módulo de aquisição e a central de gestão de AVL;

• Gestão da Informação

dos dados adquiridos, transformando

Módulo de Aquisição de Dados

Este módulo é responsável pela geração dos dados referentes à:

m conjunto de tecnologias específicas voltadas à aquisição, comunicação,

tratamento e gestão de informação relativas à localização e estado de veículos e c

denominado AVL. De maneira geral, estes sistemas são compostos por três módulos:

Aquisição de Dados – são os componentes embarcados que adquirem os

dados de posicionamento e estado do que se está monitorando;

Sistemas de Comunicação – são component

comunicação entre o módulo de aquisição e a central de gestão de AVL;

Gestão da Informação – são os componentes sistêmicos que fazem a gestão

dos dados adquiridos, transformando-os em informação.

Figura 25: Componentes do Sistema AVL

Fonte: do autor

Módulo de Aquisição de Dados

Este módulo é responsável pela geração dos dados referentes à:

100

m conjunto de tecnologias específicas voltadas à aquisição, comunicação,

tratamento e gestão de informação relativas à localização e estado de veículos e carga é

denominado AVL. De maneira geral, estes sistemas são compostos por três módulos:

são os componentes embarcados que adquirem os

dados de posicionamento e estado do que se está monitorando;

são componentes responsáveis pela

comunicação entre o módulo de aquisição e a central de gestão de AVL;

são os componentes sistêmicos que fazem a gestão

os em informação.

Page 101: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

101

• Posição do veículo

Posicionamento geográfico do veículo ou carga. Este posicionamento pode ser

referenciado com a utilização de diversas tecnologias, como será visto sob a

denominação Sistemas de Posicionamento.

• Estado do veículo

São sensores de estado no veículo ou carga, tais como sensores de abertura de

porta, movimento, pressão, luz, engates e outros.

• Sistemas de Posicionamento

São sistemas que indicam o posicionamento do veículo ou carga. Estes sistemas

diferem em tecnologia, precisão, abrangência e custos associados.

o Signpost: é um sistema que fornece a localização do veículo ou carga a

partir da indicação de proximidade deste a um ponto de referência. A

identificação do veículo ou carga é feita através de um transponder,

identificado por estações de leitura (signpost) que transmitem o dado da

localização a uma central de processamento. O Signpost tem, como

principais vantagens, o custo do equipamento embarcado e sua robustez;

como desvantagem, o custo da infra-estrutura de comunicação. Existem

duas tecnologias aplicadas neste forma de localização:

1. Sistemas Passivos – São equipamentos com baixa quantidade de

informação; geralmente armazenam somente o código de identificação do

veículo ou carga que não pode ser atualizado de forma dinâmica. Estes

equipamentos embarcados, geralmente, não possuem fonte de alimentação

de energia e têm baixo custo de implementação.

2- Sistemas Ativos – estes sistemas utilizam Tags com alimentação de

energia e permitem a armazenagem de informação de forma dinâmica, ou

seja, é possível gravar informações como pontos de leitura, número de

passageiros embarcados no dispositivo, durante o processo.

.

o Rádio Frequência: este sistema processa as informações de

posicionamento a partir de informações adquiridas por sistemas de

comunicação terrestre bidirecionais, através de uma rede de rádio com

frequência exclusiva. É composto de uma rede de antenas de rádio, uma

Page 102: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

102

unidade de comunicação instalada no veículo ou carga e uma central de

processamento. Este sistema tem, como principais vantagens, a precisão, a

utilização do mesmo canal de comunicação para localização e troca de

informação entre a central e o dispositivo e uma maior disponibilidade em

relação ao GPS (Global Position System); como principal desvantagem

apresenta o custo de implantação das antenas.

o Rede de Telefonia Móvel: mais conhecido como LBS (Location Based

Services), tem seu funcionamento baseado na utilização da infra-estrutura de

telefonia móvel.

As principais tecnologias empregadas neste sistema são: Cell Id

(identificação de célula)

Este é o método mais simples de localização e também o menos preciso,

pois baseia-se na informação advinda da identificação da célula à qual o

usuário está conectado, sendo que estas células podem variar seu tamanho

entre 500m a mais de 10 km na zona rural.

o "Timing Advance": este método permite estabelecer a localização a partir

do tempo gasto pelo sinal no percurso entre a antena e o dispositivo.

o AOA (Angle of Arrival): a partir do ângulo de chegada do sinal do

dispositivo em duas ou mais antenas direcionais receptoras é calculado o seu

posicionamento. Sua vantagem está na simplicidade dos dispositivos móveis

e a desvantagem está no alto custo da infra-estrutura de antenas direcionais.

o TOA (Time of Arrival): é o método de localização baseado no tempo de

chegada do sinal do dispositivo à antena receptora. Podem ser destacados

dois métodos principais:

• TDOA (Time Difference of Arrival ): este método

mede o tempo de chegada do sinal emitido pelo

dispositivo celular aos equipamentos chamados de

LMU's (Location Measurement Units). A partir de

Page 103: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

103

uma solicitação do usuário, a base força o dispositivo

a emitir um pedido de medição de tempo que é

processado pela central SMLU (Serving Mobile

Location Center), determinando sua localização. A

vantagem do TDOA é a utilização da base existente,

porém sua performance dependerá da carga de

tráfego da rede.

• E-OTD (Enhanced Observed Time Difference): este

método também utiliza o cálculo de tempo do sinal

entre o dispositivo e a antena, porém quem faz o

cálculo é o dispositivo.

A localização é determinada pelo processamento do

sinal de, pelo menos, três antenas localizadas em

células vizinhas. É recomendado para áreas com

grande concentração (densidade) de antenas e

necessita de adaptações nos dispositivos.

o GPS - Global Positioning System: é um sistema de localização global que

utiliza uma rede de 24 satélites em órbita na Terra. Estes satélites emitem

sinais com informações precisas de seu posicionamento/elevação e tempo

de partida do sinal, em frequências específicas que são processadas por

dispositivos, permitindo calcular a posição específica sobre o globo. O

cálculo é feito pelo dispositivo com a informação obtida e quatro satélites.

Assim, a partir da informação recebida do satélite (posição, elevação e

tempo de chegada do sinal) é determinado o primeiro raio de localização; a

partir do segundo, é determinada uma zona de intersecção e assim

sucessivamente, até a obtenção da localização por triangulação.

Sua principal vantagem é a cobertura global e o baixo custo do dispositivo.

Sua desvantagem é a influência das zonas de sombra como montanhas e de

interferências no sinal, como as emitidas nos centros urbanos.

Page 104: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

104

o Sistemas Híbridos / A-GPS (Assisted GPS): são sistemas que combinam

as tecnologias do GPS e LBS e são recomendados para grandes centros

urbanos. Neste sistema uma estação recebe, trata e transmite as informações

recebidas pelo satélite através da rede de telefonia celular, permitindo

reduzir o custo do dispositivo embarcado, pois reduz seu processamento.

Outra vantagem é a possibilidade de combinar outras tecnologias como

“Cell ID” ou triangulação de antenas, caso o sinal GPS não esteja

disponível.

A Tabela 4 mostra um resumo comparativo dos sistemas de posicionamento

apresentados, com as suas principais características:

Tabela 4: Resumo comparativo dos sistemas de posicionamento apresentados

Método Célula Tempo de propagação GPS Tecnologia Cell Id TDOA E-OTD GPS A-GPS

Precisão urbana média

50 a 500m 500m a 10Km

250m 75m 15 m 5m

Terminais especiais

Não Não Sim Sim Sim

Custo Menor custo de implementação

Necessidade de pesados

investimentos na rede e em servidores

Necessidade de investimentos na rede, servidores e

terminais

Necessidade de investimento em

terminais

Necessidade de investimentos em

terminais e processamento na

rede

Obs.

Precisão dependente do

tamanho da célula

Precisão vulnerável à

carga de tráfego da rede

Dependente de grande densidade

de estações

Não tem cobertura indoor e sofre

severas limitações com multipercursos e obstáculos (prédios)

Restrições à cobertura indoor

Fonte: relatório técnico do desenvolvimento do anteprojeto da Central de Operações e Vigilância – COV - do Plano Nacional de Segurança Aduaneira da Secretaria da Receita Federal.

• Estado do Veículo

Os dados de estado do veículo ou carga são aqueles relacionados à segurança, telemetria

e operacionais.

Page 105: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

105

o Segurança – são os dados que informam a condição de portas

(aberta/fechada) de cabine e baú, dados relativos à presença de pessoas na

cabine, desengate de carreta, entre outros.

o Telemetria – são os dados com informações sobre a velocidade do veículo,

sua temperatura, rotação do motor, falhas mecânica entre outros. Estes

dados podem ser usados para detectar problemas mecânicos, planejar a

manutenção preventiva, controlar o manejo do veículo, entre outras ações.

o Operacionais – são os dados com informações sobre a identificação do

motorista, a identificação da carga, horários e outras informações

importantes à logística da operação.

Serão analisados, mais adiante, os diversos dispositivos embarcados para informação do

estado do veículo ou carga.

3.1.2.1 Sistemas de Comunicação

Como foi visto no início deste capítulo, os sistemas de comunicação são necessários

para a troca de informação entre os dispositivos embarcados e as estações de tratamento dos

dados. De acordo com a sua especificidade, demanda, precisão e objetivos do sistema AVL

serão utilizados um ou mais meios de transmissão destes dados.

Os principais meios de transmissão são:

• Via Rádio Frequência: sistema de comunicação tradicional via rádio

frequência, operando em frequências UHF/VHF, permitindo a comunicação de

voz e dados entre veículo ou carga e central.

Considerando-se que o custo de transmissão é significativo na avaliação de

sistemas AVL, este dado torna-se uma vantagem desta tecnologia; porém, seu

custo de implementação pode ser alto, dependendo da área de cobertura e da

quantidade de antenas necessárias.

• Via Telefonia Móvel: com o avanço das tecnologias de telefonia, o custo de

utilização deste modelo de comunicação está cada vez menor e sua cobertura

Page 106: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

106

cada vez maior, o que tem feito deste sistema o mais utilizado no setor nas

regiões Sul e Sudeste.

• Via Satélite: este canal de comunicação entre os veículos ou cargas e as

centrais, embora possua um custo alto de utilização, é utilizado pelo fato de ser

sua cobertura global e ininterrupta, o que permite comunicação a longas

distâncias. São dois os tipos de comunicação satelital:

o Satélites Geoestacionários: a área de cobertura de cada satélite

geoestacionário é continental.

o Satélites de Baixa Órbita (LEO): a cobertura deste sistema é global,

sendo exemplos de sistemas comerciais no mercado o Globalstar e o

Orbcomm. Os custos dos equipamentos de comunicação desta

tecnologia são inferiores aos geoestacionários. A principal vantagem é a

cobertura global. Suas principais desvantagens são o alto custo dos

equipamentos embarcados e da comunicação.

A Tabela 5 mostra um resumo comparativo dos sistemas de comunicação apresentados,

com as suas principais características:

Page 107: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

107

Tabela 5: Sistemas de Comunicação

Canal de comunicação Vantagens Desvantagens Utilização recomendada

Satélite estacionário

- Sinal sempre disponível

- Preço elevado

- Viagens longas - Uso em localidades remotas - Rastreamento de objetos de

alto valor

Satélite orbital

- Equipamento e comunicação mais

baratos que via satélite estacionário

- Cobertura mundial

- Sinal nem sempre presente

- Viagens longas, mas rastreando objetos de menor

valor ou risco - Poucos posicionamentos

por dia

Telefonia celular

- Equipamento simples e barato - Protocolo GPRS

tem custos de comunicação muito

baixos

- Sinal restrito às áreas de cobertura (em

contínua expansão) - Comunicação ainda

cara (demais protocolos)

- Uso em localidades urbanas e rodovias com sinal de

celular

Rádio

- Comunicação extremamente barata

- Sinal sempre presente na área de cobertura

- Pequeno raio de cobertura

- Alto custo para ampliar cobertura

- Rastreamento em regiões conhecidas e com cobertura

- Rastreamento urbano

Fonte: relatório técnico do desenvolvimento do anteprojeto da Central de Operações e Vigilância – COV - do Plano Nacional de Segurança Aduaneira da Secretaria da Receita Federal.

3.1.2.2 Equipamentos Embarcados

Os equipamentos embarcados variam de acordo com a finalidade do sistema AVL

implementado pois existem inúmeros dispositivos e tecnologias aplicáveis que podem ser

combinadas em diversas configurações. Os principais módulos são:

Módulo de Processamento

É o equipamento responsável por todo o processamento e armazenamento de dados

realizado a bordo do veículo, bem como pela integração com os sensores e atuadores, e com

outros periféricos como leitores de cartão, de códigos de barra, impressoras, etc.

Também denominado de “Inteligência Embarcada” este módulo permite o

estabelecimento de cercas eletrônicas, validação de roteiros de entrega e outras funcionalidades

Page 108: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

108

que podem ser programadas diretamente no dispositivo. Pelo fato de permitir o processamento

dos dados e a tomada de decisões no veículo ou carga este módulo reduz a comunicação o que

vem reduzir o custo do sistema como um todo.

Módulo de Interação

O módulo que permite a interação entre o tripulante a central e vai desde a troca de

senha, confirmação de chegada e saída de pontos de controle, alertas sobre temperatura de

compartimento frigorífico e outras.

Sensores

Estes dispositivos são utilizados com objetivos específicos e servem para monitorar o

estado de diversos componentes do veículo ou da carga. Eles captam informações como

quilometragem rodada, velocidade, engate de carretas, aberturas de portas, consumo de

combustível e outros.

Atuadores

Estes dispositivos são ativos e acionados de diversas maneiras, seja pelo motorista, pela

central ou de forma automática pelo módulo de processamento. Eles atuam em resposta aos

sensores, caso haja algo de anormal nos dados levantados.

Alguns exemplos de atuadores são bloqueadores de combustível e ignição, travas de

portas e tampa de baú, sirenes, pisca alerta. Os atuadores também são utilizados para o

acionamento e desativação de dispositivos diversos que estejam embarcados.

A Figura 26 mostra uma configuração básica atualmente utilizada por aplicativos

comerciais em carretas.

Page 109: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

109

Figura 26: Equipamentos embarcados

Fonte: Graber Segurança2

3.1.2.3 Gestão da Informação

A central de informações é a responsável pelo processamento das informações advindas

do módulo embarcado através do módulo de comunicação.

Além do processamento dos dados, a central é responsável também pelo

armazenamento dos mesmos, pela manutenção do banco de dados e por todas as tarefas

relacionadas. É responsável, também, por toda a gestão da informação propriamente dita, que

consiste em prover uma interface de visualização para o operador ou o usuário final. Cada tipo

de operação (logística, segurança, transporte) requer um software de gestão específico, de

forma a prover ao usuário o melhor benefício possível com os dados levantados, sendo capaz

de distribuí-los conforme a demanda, seja através de consultas ou via relatório.

Uma central de controle deve atender aos seguintes requisitos:

• Interface Visual: conhecer a localização do dispositivo no tempo determinado

para aquela operação em uma base geográfica. A exibição depende da

funcionalidade do sistema, não sendo, portanto, uma condição do sistema.

• Base de Dados Geográfico: mais uma vez, o detalhamento da base de dados

geográficos vai depender das funcionalidades estabelecidas para cada operação.

A maioria das soluções possui dados com atributos de navegação como mãos de

2 Disponível em <www.graber-rastreamento.com.br/transportadora.htm> . Acesso em 02 jun. 2009.

Sensor de Porta de

Baú

Antenas de Baixo

Perfil

Sensor de Porta de Cabine

Console

Trava de Porta de

Baú

Sensor de Engate de

Carreta

No-Break

Conversor 24-12V

Sirene

Botão de Abertura de Baú

Botão de Pânico

Sensor de Porta de

Baú

Antenas de Baixo

Perfil

Sensor de Porta de Cabine

Console

Trava de Porta de

Baú

Sensor de Engate de

Carreta

No-Break

Conversor 24-12V

Sirene

Botão de Abertura de Baú

Botão de Pânico

Sensor de Porta de

Baú

Antenas de Baixo

Perfil

Sensor de Porta de Cabine

Console

Trava de Porta de

Baú

Sensor de Engate de

Carreta

No-Break

Conversor 24-12V

Sirene

Botão de Abertura de Baú

Botão de Pânico

Page 110: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

110

direção, saídas de vias expressas, velocidade média da via, restrições de

conversão, postos de combustível, áreas de risco pré-definidas. Estes dados são

necessários para a navegação do veículo e para detectar comportamentos fora do

padrão esperado, como o veículo rodando em alta velocidade, em mão proibida.

Tais comportamentos anormais podem ser programados para disparar um aviso

de alarme.

• Software de Gestão: por estabelecer a funcionalidade do sistema, este é

ponto chave do AVL, sendo específico de cada tipo de operação. Como

principais funcionalidades, podem ser citadas a notificação e o tratamento

de exceções, a visualização por meio de mapas digitalizados, com consulta

das posições do veículo, cadastro de referências, verificação dos pontos de

parada, pesquisas de veículos mais próximos de um determinado ponto,

definição de rotas e medição de distâncias no mapa.

• Distribuição dos Dados: uma vez coletada e processada, esta deve ser

distribuída para os diversos componentes que fazem a gestão do veículo ou

carga que está sendo monitorado. Esta distribuição pode ser feita de

diferentes modos, como via Internet através de mensagem de voz, via

mensagem de texto (SMS), através de dispositivos móveis (PDA). Desta

forma, tanto o histórico, como o estado atual do veículo podem ser

distribuídos para que decisões fora dos padrões de resposta automática

possam ser tomadas, bem como para que processos de avaliação e melhoria

contínua possam ser efetuados.

Basicamente, a visualização dos dados dá-se de duas formas: através de

relatórios ou consultas gráficas, e por intermédio de relatórios

alfanuméricos. A escolha por um ou outro meio é muito específica do tipo

de análise que se deseja realizar.

Page 111: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

111

4 MODELO DE CONTROLE DE CARGA NA CADEIA LOGÍSTICA

SEGURA

A implementação da Cadeia Logística Segura no Brasil deve estar em sintonia com os

principais programas de segurança internacionais citados anteriormente, e atuar de forma

reguladora nos processos logísticos, de forma a possibilitar a redução do Custo Brasil por meio

da aplicação de ferramentas de planejamento de gestão dos processos. Um aumento de

produtividade do setor será alcançado pela aplicação de tecnologia voltada ao controle de

movimentação de carga e de mecanismos de controle efetivo dos diversos estágios de

transporte e manipulação da mesma, permitindo a correção de desvios e situações de risco

iminente. O Modelo deverá estar apoiado em quatro diretrizes: normatização de processos,

sistema de avaliação contínua de nível de serviço e processo, normatização tecnológica, modelo

de acreditação. Neste trabalho serão analisados e definidos as questões referentes a

normatização de processos e para o desenvolvimento do sistema de avaliação contínua de nível

de serviço e processo. A normatização tecnológica e o modelo de acreditação deverão ser

desenvolvidos em trabalhos futuros.

4.1 NORMATIZAÇÃO DE PROCESSOS

4.1.1 Conceito de Gestão da Cadeia Logística

A gestão de cadeia de suprimentos (Supply Chain Management - SCM) consiste em um

modelo administrativo no qual as empresas utilizam uma rede de organizações interligadas para

distribuição de produtos e serviços aos seus consumidores.

Um dos objetivos da implementação da gestão da cadeia de suprimentos é aumentar a

rentabilidade e competitividade dos parceiros da cadeia, minimizando custos e aprimorando

produtos.

Compreende uma série de ações para o alcance dos objetivos:

• Previsão e Planejamento de demanda;

Page 112: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

112

• Ciclo do pedido (volume dos lotes de consumo, tempos de produção e entrega);

• Rotas de distribuição, modais de transporte;

• Agenda de produção;

• Planejamento de abatimento de custos e gestão de desempenho - análise do

potencial e de indicadores, estratégia e planejamento da organização, resolução de

problemas em tempo real, avaliação e relatórios contábeis e de qualidade.

O modelo SCOR (Supply Chain Operations Reference), desenvolvido pelo Supply

Chain Council, promove a reunião de processos de negócio, indicadores, melhores práticas e

recursos tecnológicos em uma estrutura conceitual única, melhorando a eficiência da gestão da

cadeia de suprimento, pois apoia a comunicação dos envolvidos na mesma.

Para identificar oportunidades de melhoria no fluxo de trabalho e de informação,

atendendo à necessidade da empresa, este modelo (contendo as definições de padrões de

processos, terminologias e métricas associadas aos processos de cadeia de suprimentos), é

empregado a partir da concepção de um outro, tomado como referência.

O modelo representa um conjunto básico de conceitos estruturados, formado por

indicadores, processos e melhores práticas, possibilitando mapear e definir as melhores

métricas para avaliação da cadeia logística.

Este conjunto é composto pelos seguintes itens relevantes:

• Definição dos processos de gerenciamento de cadeias logísticas;

• Rol das informações de desempenho relacionadas aos processos citados;

• Delimitação das melhores práticas de gestão de cadeias de suprimentos;

• Apresentação das informações relacionadas com o processo de seleção de

programas para o gerenciamento logístico.

O modelo SCOR procura desenvolver uma série de indicadores para o

gerenciamento da cadeia logística, abrangendo uma composição de métricas de tempo de

ciclo, de custo, de serviço/qualidade e de ativos, que não objeto deste trabalho, pios

devem ser estabelecidas por cada setor de negócios. A abordagem realizada é no sentido

de estabelecer a metodologia necessária para que seja possível dimensionar avaliar e

acompanhar estas métricas.

Page 113: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

113

De acordo com o Supply Chain Council, o modelo SCOR pode ser sintetizado em

diferentes etapas:

• Reengenharia de processos de negócios: procura avaliar o estado atual do

processo e migrar para o estado futuro almejado;

• Benchmarking: busca quantificar o desempenho operacional de empresas

similares e estabelecer os objetivos embasados nas melhores práticas;

• Melhoria dos processos: objetiva conquistar melhorias no processo de

gerenciamento baseadas nos resultados das melhores práticas.

Os indicadores do modelo SCOR encontram-se apresentados na Tabela 6.

Tabela 6: Indicadores do modelo SCOR

Atributos de atuação Definição dos atributos de atu ação

Confiança na cadeia logística Refere-se ao desempenho da cadeia em distribuir o

produto correto, na hora correta, na quantidade correta ao cliente certo

Grau de flexibilidade da cadeia Celeridade na resposta ao mercado da cadeia

logística para ganhar vantagem competitiva

Custos da cadeia Relacionados à operação da cadeia

Reação da cadeia Presteza da cadeia em fornecer os produtos aos

clientes

Eficiência na gestão dos recursos da cadeia

Capacidade de a empresa gerir os recursos que facilitam o atendimento da demanda

Desempenho da entrega Refere-se à competência da empresa em entregar o

produto certo, na hora certa e no local correto

Pedido perfeito Representa a capacidade de entregar um produto de qualidade e satisfatório às necessidades dos clientes

Tempo de resposta da cadeia logística

Relacionado à agilidade e qualidade de resposta dos elos da cadeia

Fonte: do autor baseado no modelo apresentado pelo Supply Chain Council

Este modelo foi idealizado como ferramenta padronizada para diagnosticar e

compartilhar perspectivas, estratégias, melhores práticas e tecnologias de gestão da cadeia de

suprimentos. Consiste, essencialmente, nos seguintes processos: planejamento, abastecimento,

produção, distribuição e devolução. O Planejamento avalia as necessidades de recursos internos

Page 114: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

114

e externos para atender à previsão da demanda agregada. O Abastecimento leva em

consideração as fontes fornecedoras dos materiais a serem entregues para produção, consumo

ou venda. Na Produção é analisada a transformação dos insumos ou o processamento das

mercadorias adquiridas. A atividade de Distribuição inclui as ações logísticas de armazenagem,

expedição e transporte dos produtos acabados. A Devolução cuida do retorno dos resíduos do

consumo, dos processos de fabricação ou comercialização.

Os níveis de detalhes, apresentados a seguir, devem ser considerados para a elaboração

do modelo:

Nível 1 - Definições dos processos

Neste nível são estabelecidas metas de desempenho competitivo e definidos o objetivo e

o conteúdo do SCOR, fixando o desempenho a ser atingido na área estabelecida.

Nível 2 - Configuração

Determina a configuração das operações da cadeia de suprimento, possibilitando às

companhias a implementação de estratégias, identificando ineficiências e avaliando

ações de melhoria.

Nível 3 - Elementos dos processos

Define os indicadores de desempenho e acompanhamento dos processos estabelecidos,

que inclui a definição e as informações de entradas e saídas dos processos; indicadores

de desempenho; melhores práticas, entre outros.

Nível 4 - Implementação

Coloca ênfase no aperfeiçoamento das ações, com vistas à competitividade e adequação

às alterações no negócio; estas são específicas a cada organização e, portanto, não

encontram-se determinadas em um modelo padrão.

Segundo Ludovico (2007), a modernização do comércio exterior está ligada ao

desenvolvimento das pequenas e médias empresas, que, em razão das necessidades

econômicas, precisam tornar-se exportadoras. Desta forma, para obter vantagem competitiva

Page 115: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

115

interna e, principalmente, no mercado competitivo internacional, é necessário estabelecer

métricas e parâmetros de eficiência para cada atividade dos processos.

A normatização dos processos da Cadeia Logística Segura deverá considerar a natureza

da carga (granel sólido, granel líquido, carga geral e container), sua forma de transporte (aéreo,

aquaviário ou terrestre), o tipo de veículo de transporte em cada modal (trem, caminhão,

barcaças, navios etc.), os riscos inerentes ao tipo de carga (açúcar, soja, eletrônicos, autopeças,

explosivos etc.) e as condições de manuseio da mesma (armazenagem, estufagem,

beneficiamento etc.)

A metodologia aplicada deve considerar, para cada processo, a condição inicial e final

da natureza da carga e os subprocessos de transporte e armazenagem, sendo a gestão efetuada

dentro dos conceitos de work flow.

4.1.2 Fluxograma Na figura 27 são apresentados os principais fluxos de transporte:

Figura 27: Fluxograma Normatização de Processo

Fonte: do autor

Page 116: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

116

Primeiramente, deve ser definida a natureza inicial e final da carga e, dentro desta

metodologia, ser estabelecido um conjunto específico de controle para cada grupo de serviços.

Desta forma, tem-se as seguintes alternativas de cadeia logística, na Tabela 7:

Tabela 7: Alternativas da cadeia logística

Natureza Inicial Natureza Final Contêiner Contêiner

Granel Sólido Granel Líquido Carga Geral

Carga Geral Carga Geral Contêiner

Granel Líquido Contêiner Granel Líquido

Granel Sólido Contêiner Granel Sólido

Fonte: do autor

A etapa seguinte é definir os tipos de operação logística considerando a natureza inicial e

final, os modais de transporte de cada etapa e de manipulação de carga. Desta forma, podem ser

definidos os padrões de segurança e de nível de serviço de cada etapa, de acordo com as

normativas internacionais.

Tipo de Carga Tipo de Transporte

Rodoviário

Caçamba

Natureza Inicial da Carga

Granel Sólido

Manuseio

Armazenagem

Tipo de Transporte

Terrestre

Correia Transportado

ra

Açúcar

Terrestre

Origem Silo

Destino Terminal

Terminal Marítimo

Destino Navio

Figura 28: Fluxograma Serviços Fonte: do autor

Page 117: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

117

A seguir, devem ser estabelecidos os componentes de controle do processo.

T ipo de C arga T ipo de T ransporte

R odoviá rio

C açam ba

N atureza Inic ial da C arga

G rane l Só lido

M anuse io

A rm azenagem

Tipo de T ransporte

Terrestre

C orreia T ransportadora

Açúcar

Terres tre

O rigem S ilo

D estino Term ina l

Term inal M arítim o

D estino N av io

Rastream ento IS P S - C ode ISP S - C ode

R isco ava liado R isco ava liado

Figura 29: Fluxograma Componentes e Risco

Fonte: do autor

Para efeito de análise, estabeleceram-se quatro fluxos de processo e um de serviços, sendo:

• Fluxo para granel de exportação;

• Fluxo para granel de importação;

• Fluxo para container de exportação;

• Fluxo para container de importação;

• Fluxo de serviços.

A seguir, podem ser observados os fluxos e respectivos descritivos.

Page 118: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

118

Figura 30: Fluxo para granel de exportação – Planejamento 1

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo para Granel de Exportação

Planejamento 01

1. O Exportador solicita planejamento logístico ao Gestor;

2. O Gestor abre a operação logística;

3. O Gestor solicita cotações e levantamento de disponibilidade ao Terminal, ao Agente do

Navio e ao Transportador;

4. O Terminal, o Agente do Navio e o Transportador enviam informações solicitadas ao

Gestor;

5. O Gestor analisa as cotações e custos;

6. O Gestor solicita a aprovação do planejamento ao Exportador;

7. O Exportador analisa a solicitação.

a. Em caso de não ser aprovado, o pedido volta ao item 3;

b. Em caso de aprovado, o fluxo segue para (1) no “Planejamento 2”;

Exportador

Fluxo de Exportação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorP

lane

jam

ento

NÃOAnalisa Cotações

e Custos

Analisa

Abre Operação Logistica

1

Solicita o Planejamento

Logisico

Confirma Disponibilidade

e Custo

Solicita Cotações e

Disponibilidades

Confirma Disponibilidade

e Custo

Confirma Disponibilidade

e Custo

Solicita Aprovação de Planejamento

Page 119: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

119

Figura 31: Fluxo para Granel de Exportação – Planejamento 02

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo para Granel de Exportação

Planejamento 02

1. Aprovado pelo Exportador, o Gestor confirma contratação ao Agente do Navio, ao

Terminal e ao Transportador;

2. O Terminal, o Agente do Navio e o Transportador enviam confirmação ao Gestor;

3. O Gestor solicita confirmação da viagem ao Exportador e ao Terminal;

a. O Exportador arquiva a solicitação;

b. O Terminal envia dados da viagem ao Gestor;

i. O Gestor encaminha movimentação de carga.

4. O fluxo segue para (2) em “Movimentação de Carga 1”.

Exportador

Fluxo de Exportação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorP

lane

jam

ento

SIM

SIMSIM

SIMAnalisa

Envia Dados da Viagem

Segue para Movimentação de

Carga

Fechamento da Operação

Analisa Analisa

Arquivo

1

2

Confirma Contratação

Solicita Confirmação da Viagem

Page 120: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

120

Figura 32: Movimentação de Carga 1

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Movimentação de Carga 1

1. (2) O Gestor solicita local e frequência de retirada da carga ao Exportador;

2. O Exportador informa locais e frequência para retirada ao Gestor;

3. O Gestor solicita agendamento ao Terminal;

4. O Terminal confirma agendamento ao Gestor;

5. O Gestor solicita ao Transportador agendamento para retirada da carga;

6. O Transportador confirma agendamento ao Gestor;

7. O Gestor encaminha confirmação de programação para o Exportador;

8. O Exportador analisa a programação;

a. Caso não aprovada pelo Exportador, o fluxo retorna ao item 3;

b. Em caso de aprovada pelo Exportador, o fluxo segue para (3) em “Movimentação de

Carga 2”.

Exportador

Fluxo de Exportação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorM

ovim

enta

ção

de C

arga

NÃO

Analisa

2

3 SIM

Solicita Local e Frequência de Retirada da Carga

Solicita Agendamento

Informa Locais e Frequência para Retirada

Confirma Agendamento

Solicita Agendamento para Retirada

de Carga

Confirma Programação

Confirma Agendamento

Page 121: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

121

Figura 33: Movimentação de Carga 2

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Movimentação de Carga 2

1. O Gestor confirma programação ao Terminal e ao Transportador;

2. O Terminal e o Transportador confirmam programação ao Gestor;

3. O Gestor gera o módulo de acompanhamento;

4. O Gestor administra o módulo de acompanhamento com informações de confirmação de

entrega do Terminal, confirmação de retirada do Transportador e confirmação de embarque

do Agente do Navio.

Exportador

Fluxo de Exportação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorM

ovim

enta

ção

de C

arga

SIM

Modulo de Acompanhamento

Modulo de Acompanhamento

3

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirmação de Entrega

Confirmação de Retirada

Confirmação de Embarque

Page 122: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

122

Figura 34: Fluxo para granel de importação – Planejamento 01

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo para granel de importação – Planejamento 01

1. O Agente do Navio envia confirmação de embarque e programação do navio ao

Importador;

2. O Importador recebe a confirmação e solicita planejamento logístico ao Gestor;

3. O Gestor abre a operação logística;

4. O Gestor solicita cotações e disponibilidades ao Terminal e ao Transportador;

5. O Terminal e o Transportador confirmam disponibilidade e custo ao Gestor;

6. O Gestor analisa cotações e disponibilidades;

7. O Gestor solicita aprovação de planejamento ao Importador;

8. O Importador analisa solicitação;

a. Caso não aprove, o processo retorna para o passo 4;

b. Em caso de aprovado pelo Importador, o fluxo segue para (1) em “Planejamento 2”.

Importador

Fluxo de Importação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorP

lane

jam

ento

NÃOAnalisa Cotações e Disponibilidades

Recebe Confirmação

Analisa

Abre a Opereção Logistica

1

SIM

Envia a Confirmação de Embarque e

Programação do Navio

Solicita Planejamento

Logistico

Solicita Cotações e

Disponibilidades

Confirma a Disponibilidade

e Custo

Confirma a Disponibilidade

e Custo

Solicita Aprovação de Planejamento

2

Page 123: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

123

Figura 35: Fluxo para granel de importação – Planejamento 02

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo para granel de importação – Planejamento 02

1. De (1), o Gestor recebe confirmação do Importador e envia para análise do Terminal e do

Transportador;

2. Terminal e Transportador analisam informações;

a. Em caso de não ser aprovado, o fluxo retorna para o passo (4) do “Planejamento 1”;

b. Em caso de ter sido aprovado, Terminal e Transportador confirmam aprovação ao Gestor;

i. O Gestor realiza o fechamento da operação;

ii. O Gestor solicita confirmação da viagem ao Agente do Navio;

iii. A operação vai para arquivo do Importador;

iv. O Agente do Navio envia dados da viagem;

v. O Gestor encaminha retirada de carga;

Segue para (3) em “Retirada de Carga”.

Importador

Fluxo de Importação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorP

lane

jam

ento

SIMSIM

Fechamento da Operação

AnalisaAnalisa

Arquivo

Envia Dados da Viagem

Segue para Retirada da Carga

1

3

2NÃO NÃO

Solicita Confirmação da Viagem

Page 124: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

124

Figura 36: Fluxo de Retirada de Carga 1

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Retirada de Carga 1

1. De (3), o Gestor solicita local e agendamento da retirada de carga ao Agente do Navio;

2. O Agente do Navio confirma agendamento de atracação e o Terminal confirma

agendamento e local, ambas as informações seguem para o Gestor;

3. O Gestor solicita ao Transportador agendamento da retirada da carga;

4. O Transportador confirma o agendamento ao Gestor;

5. O Gestor confirma programação ao Importador;

6. O Importador analisa programação;

a. Caso o Importador não aprove a programação, o fluxo volta para a etapa (1) aqui listada;

b. Em caso de aprovação, o fluxo segue para (4) em “Retirada de Carga 2”.

Importador

Fluxo de Importação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorR

etira

da d

e C

arga

NÃO

Analisa

3

4

SIM

Solicita Local e Agendamento da Retirada da

Carga

Confirma Agendamento de Atracação

Confirma Agendamento

e Local

Confirma Agendamento

Solicita Agendamento da Retirada da Carga

Confirma Programação

Page 125: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

125

Figura 37: Fluxo de Retirada de Carga 2

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Retirada de Carga 1

1. O Gestor recebe confirmação do Importador e confirma programação ao Terminal, ao

Agente do Navio e ao Transportador;

2. O Terminal, o Agente do Navio e o Transportador confirmam programação ao Gestor;

3. O Gestor administra módulo de acompanhamento com informações de confirmação de

retirada de carga do Terminal e confirmação de entrega pelo Importador;

4. O Gestor gera e envia relatório geral ao Importador;

5. O Importador confirma o recebimento.

Importador

Fluxo de Importação de Granel

Terminal Agente do navio Gestor TransportadorR

etira

da d

e C

arga

Gera e Envia o Relatório Geral

Modulo de Acompanhamento

Confirma o Recebimento

4

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Retirada da Carga

Confirma Entrega

Page 126: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

126

Figura 38: Fluxo para container de exportação – Planejamento 1

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo para container de exportação – Planejamento 1

1. O Exportador solicita o planejamento logístico ao Gestor;

2. O Gestor abre a Operação Logística;

3. Cotações e disponibilidade são solicitadas pelo Gestor ao Terminal, à Agência/NVOCC e

ao Transportador;

4. O Terminal, a Agência/NVOCC e o Transportador enviam informações solicitadas ao

Gestor;

5. O Gestor analisa as cotações e custos;

6. O Gestor solicita a aprovação do planejamento ao Exportador;

7. O Exportador analisa solicitação;

a. Em caso de não ser aprovada, o fluxo retorna à etapa 3;

b. Em caso de aprovada, o Exportador envia a informação para o Gestor;

8. O Gestor confirma contratação – Fluxo segue para (A) em “Planejamento 2”.

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Terminal Agencia/NVOCC Gestor TransportadorP

lane

jam

ento

NÃO

SIM

Analisa

Analisa Cotações e Custos

Abre Operação Logistica

Solicita Planejamento

Logistico

Solicita Cotações e

Disponibilidade

Confirma Disponibilidade e Custo

Confirma Disponibilidade e Custo

Confirma Disponibilidade e Custo

Solicita Aprovação de Planejamento

Confirma ContrataçãoA

B

Page 127: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

127

Figura 39: Fluxo de container para exportação – Planejamento 2

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Container para Exportação – Planejamento 2

1. (A)Após confirmar a contratação, o Gestor solicita análise do Terminal, da

Agência/NVOCC e do Transportador;

2. O Terminal, a Agência/NVOCC e o Transportador analisam. Em caso de não ser aprovado,

o fluxo retorna para a Etapa 3 do “Planejamento 1”. Caso seja aprovado, os três

responsáveis enviam confirmação ao Gestor;

3. O Gestor realiza o fechamento da operação;

4. O Gestor solicita confirmação da viagem à Agência/NVOCC, e a solicitação segue para

arquivo no Exportador;

5. A Agência/NVOCC envia dados da viagem para o Gestor;

6. O Gestor verifica se há movimentação de Carga.

a. Em caso afirmativo, o fluxo segue para (C), na “Retirada de Carga 1”;

b. Em caso de uma resposta negativa, o Gestor verifica se há movimentação em vazio;

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Terminal Agencia/NVOCC Gestor Transportador

Pla

neja

men

to

SIM

SIMNÃOTem

Movimentação de Vazio?

Arquivo

Envia Dados da Viagem

Tem Movimentação

de Carga?

Solicita Confirmação da Viagem

Analisa AnalisaAnalisa

Fechamento da Operação

SIMSIMSIM

A

NÃONÃO

B

NÃO

C

DE

Page 128: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

128

i. Em caso de resposta afirmativa, o fluxo segue para (D) “Retirada de Container Vazio

1”;

ii. Em caso de resposta negativa, segue para (E) “Retirada de Container Vazio 2”.

Retirada de container vazio 1

Figura 40: Fluxo de Retirada de Container Vazio 1

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Retirada de Container Vazio 1

1. (D)O Gestor recebe informação de que há movimentação de vazio. Ele, então, solicita local

de retirada do vazio à Agência/NVOCC;

2. A Agência/NVOCC verifica containeres e terminais com disponibilidade e encaminha

informações ao Gestor;

3. O Gestor solicita, ao Terminal, agendamento para retirada do vazio;

4. O Terminal confirma o agendamento ao Gestor;

5. O Gestor solicita ao Transportador agendamento para retirada do vazio;

6. O Transportador confirma, ao Gestor, o agendamento;

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Terminal Agencia/NVOCC Gestor Transportador

Ret

irada

de

Con

tain

er V

azio

NÃO

Analisa

D

F

Solicita Local de Retirada

do Vazio

Containeres e Terminais com Disponibilidade

Confima Agendamento

Solicita Agendamento para Retirada

do Vazio

Solicita Agendamento para Retirada

do Vazio

Confima Agendamento

Confima Programação

Page 129: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

129

7. O Gestor confirma programação ao Exportador.

8. O Transportador analisa programação;

a. Em caso de não aprovada, o fluxo segue para o item (3);

b. Em caso de aprovação, o fluxo segue para (F) em “Retirada de Container Vazio 2”.

Figura 41: Fluxo de Retirada de Container Vazio 2

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Retirada de Container Vazio 2

1. (F) O Exportador confirma aprovação ao Gestor;

2. O Gestor confirma programação ao Terminal e ao Transportador;

3. Terminal e Transportador confirmam programação ao Gestor;

4. O Gestor gera o módulo de acompanhamento que é alimentado com informações de

confirmação de retirada do Container (Terminal) e confirmação de entrega (Transportador);

5. Da confirmação de entrega pelo Transportador, segue para (E) em “Fluxo para Container de

Importação - Retirada de Carga 1”.

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Terminal Agencia/NVOCC Gestor Transportador

Ret

irada

de

Con

tain

er V

azio

SIM

Modulo de Acompanhamento

E

F

Confima Programação

Confima Programação

Confima Programação

Confirma Retirada do Container

Confirmação de Entrega

Page 130: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

130

Figura 42: Fluxo de Retirada de Carga 1

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Retirada de Carga 1 1. (C) O Gestor solicita, ao Exportador, local da retirada da carga;

2. O Exportador envia ao Gestor, locais e/ou terminais para retirada;

3. O Gestor solicita, ao Depositário de Carga, agendamento para retirada;

4. O Depositário de Carga confirma agendamento ao Gestor;

5. O Gestor solicita agendamento para retirada de carga ao Transportador;

6. O Transportador confirma o agendamento ao Gestor;

7. O Gestor confirma agendamento ao Exportador;

8. O Exportador analisa agendamento;

a. Caso agendamento não seja aprovado, o fluxo retorna para a etapa (3);

b. Caso seja aprovado, o Exportador encaminha fluxo a (G), descrito em “Retirada de Carga

2”.

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Depositário de Carga Agencia/NVOCC Gestor Transportador

Ret

irada

de

Car

ga

NÃO

Analisa

C

G

Solicita Local da Retirada da Carga

Locais e/ou Terminais

para Retirada

Confima Agendamento

Solicita Agendamento para Retirada

Solicita Agendamento para Retirada

de Carga

Confima Agendamento

Confima Agendamento

Page 131: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

131

Figura 43: Fluxo de Retirada de Carga 2

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Retirada de Carga 2 1. (G) O Exportador encaminha resposta afirmativa ao Gestor;

2. O Gestor confirma agendamento ao Depositário de Carga e ao Transportador;

3. O Depositário de Carga e o Transportador confirmam agendamento ao Gestor, que

administra o Módulo de Acompanhamento. Este módulo também é alimentado,

concomitantemente, por informações de confirmação de retirada de carga (do Depositário

de Carga) e confirmação de entrega (do Transportador);

4. O Transportador envia informação para (H), descrito em “Estufagem de Container”.

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Depositário de Carga Agencia/NVOCC Gestor TransportadorR

etira

da d

e C

arga

SIM

Modulo de Acompanhamento

H

G

Confima Agendamento

Confima Agendamento

Confima Agendamento

Confirma Retirada da

Carga

Confirmação de Entrega

Page 132: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

132

Figura 44: Fluxo de Estufagem de Container

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Estufagem de Container 1. (H) O Transportador confirma entrega ao Gestor;

2. O Gestor avalia se há estufagem.

a. Em caso afirmativo, o fluxo segue para (I);

i. O Gestor solicita programação ao Depositário de Carga;

1. O Depositário de Carga confirma programação;

2. O Depositário de Carga confirma estufagem;

b. Em caso de resposta negativa, o Gestor avalia se há movimentação de container cheio;

i. Se sim, o fluxo segue para (J), em “Movimentação de Container Cheio”;

ii. Em caso de resposta negativa, o Gestor gera e envia relatório geral ao Exportador;

iii. O Exportador confirma recebimento de relatório Geral.

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Depositário de Carga Agencia/NVOCC Gestor TransportadorE

stuf

agem

de

Car

ga

Tem Estufagem?

Tem Movimentação de Container

Cheio?

ISIM

SIM

I

NÃO

Gera e Envia Relatório Geral

NÃO

Confirma Recebimento

Relatório Geral

H

J

Solicita Programação

Confirma Programação

Confirma Estufagem

Page 133: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

133

Figura 45: Fluxo de Movimentação de Container Cheio

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Movimentação de Container Cheio

1. (J) o Gestor verifica se há movimentação de container cheio e envia informação ao

Transportador, ao Terminal e ao Depositário de carga;

2. Transportador, Terminal e Depositário de Carga confirmam agendamento ao Gestor;

3. O Gestor confirma agendamento ao Exportador;

4. O Exportador analisa e encaminha fluxo ao Gestor;

5. O Gestor confirma agendamento ao Terminal e ao Transportador;

6. O Terminal confirma ao Gestor a programação e a retirada do container, enquanto o

Transportador confirma programação e confirmação de entrega; Essas informações

compõem o Módulo de Acompanhamento, administrado pelo Gestor.

Exportador

Fluxo de Exportação de Containers

Depositário de Carga Terminal Gestor TransportadorM

ovim

enta

ção

de C

onta

iner

Che

io

SIM

Modulo de Acompanhamento

Analisa

J

Confirma Agendamento

Confirma Agendamento

Confirma Agendamento

Confirma Agendamento

Confirma Agendamento

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Retirada Container

Confirmação de Entrega

Page 134: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

134

Figura 46: Fluxo para container de importação – Retirada de Carga 1

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Retirada de Carga 1, para container de importação

1. De (C) e (E) o Gestor solicita, ao Terminal, local e agendamento da retirada da carga;

2. O Terminal confirma agendamento e local ao Gestor;

3. O Gestor solicita agendamento da retirada da carga;

4. O Gestor avalia se a desova é no Ecopátio;

a. Em caso negativo, o Gestor envia informação ao EADI;

i. O EADI solicita agendamento ao Gestor;

b. Em caso afirmativo, o Gestor solicita agendamento;

5. O Gestor confirma agendamento;

6. O Gestor solicita agendamento da retirada da carga ao Transportador;

7. O Transportador confirma agendamento e envia informação a (D) em “Retirada de

Carga 2”.

Importador

Fluxo de Importação de Containers

Terminal Gestor Transportador EADIR

etira

da d

e C

arga

SIM

NÃOA Desova é no Ecopátio?

C

D

ESolicita Local e

Agendamento da Retirada da Carga

Confirma Agendamento e

LocalSolicita

Agendamento da Retirada da

Carga

Solicita Agendamento

Solicita Agendamento

Confirma Agendamento

Solicita Agendamento da Retirada da

Carga

Confirma Agendamento

Page 135: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

135

Figura 47: Fluxo de Retirada de Carga 2, para container de importação

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Retirada de Carga 2, para container de importação 1. De (D), o Gestor confirma programação ao Importador;

2. O Importador analisa programação;

a. Em caso de a programação não ser aprovada, o fluxo segue para (E) em “Retirada de

Carga 1”, para que o Gestor solicite local e agendamento da retirada da carga;

b. Em caso de aprovação, o Importador encaminha informação ao Gestor;

i. O Gestor confirma programação ao Terminal e ao Transportador;

ii. O Gestor administra o módulo de acompanhamento, com as informações:

1. O Terminal confirma programação e retirada da carga ao Gestor;

2. O Transportador confirma programação e o EADI confirma entrega;

3. O Gestor avalia se há entrega de carga;

4. Em caso positivo, o fluxo segue para (F), em “Movimentação de Carga 1”;

a. Em caso negativo, o Gestor gera e envia relatório geral ao Importador;

b. O Importador confirma recebimento;

5. O Gestor avalia se há devolução do vazio;

Importador

Fluxo de Importação de Containers

Terminal Gestor Transportador EADIR

etira

da d

e C

arga

SIM

SIMSIM

NÃONÃO

Gera e Envia o Relatório Geral

Confirma o Recebimento

Tem Devolução do

Vazio?

Analisa

Tem Entrega de Carga?

D E

NÃO

F G

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Retirada da

Carga

Confirma Entrega

Modulo de Acompanhamento

Page 136: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

136

a. Em caso positivo, o fluxo segue para (G), em “Movimentação de Container Vazio 1”;

b. Em caso negativo, o Gestor gera e envia relatório geral ao Importador;

6. O Importador confirma recebimento.

Figura 48: Fluxo de Movimentação de Carga 1, para container de importação

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Movimentação de Carga 1, para container de importação 1. De (F), em caso de haver entrega de carga, o Gestor avalia se a mesma segue para o

Importador;

a. Se não, o Gestor verifica se a carga segue para vários destinos. Fluxo segue para (H) em

“Movimentação de container cheio 1;

b. Se sim, o Gestor solicita agendamento de retirada ao EADI;

i. O EADI confirma agendamento ao Gestor;

ii. O Gestor solicita, ao Transportador, o agendamento para retirada de carga;

iii. O Transportador confirma agendamento ao Gestor;

Importador

Fluxo de Importação de Containers

EADI Gestor Transportador Demais Destinos

Mov

imen

taçã

o de

Car

ga a

o Im

port

ador

Pla

neja

men

to

NÃO

SIM

Solicita Agendamento

para Retirada de Carga

A Carga segue ao Importador?

A Carga segue a Varios Destinos

F

H

AnalisaI SIM

NÃOSolicita

Agendamento de Retirada

Confirma Agendamento

Confirma Agendamento

Confima Programação

Page 137: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

137

iv. O Gestor confirma programação ao Importador;

a. O Importador analisa programação;

v. Em caso de a programação não ser aprovada, o fluxo segue para o item 1.b;

vi. Em caso de aprovada, o fluxo segue para (I), em “Movimentação de Carga 2”.

Figura 49: Fluxo de Movimentação de Carga 2, para container de importação

Fonte: do autor Descritivo do Fluxo de Movimentação de Carga 1, para container de importação 1. De (I), o Importador encaminha aprovação de programação ao Gestor;

2. O Gestor confirma programação ao EADI e ao Transportador;

3. O Gestor gerencia o módulo de acompanhamento, com informações provenientes de:

a. EADI confirma programação e confirma retirada da carga;

b. Transportador confirma programação e Importador confirma entrega.

Importador

Fluxo de Importação de Containers

EADI Gestor Transportador Demais Destinos

Mov

imen

taçã

o de

Car

ga a

o Im

port

ador

Modulo de Acompanhamento

I

Confima Programação

Confima Programação

Confima Programação

Confirma Retirada da

Carga

Confirmação de Entrega

Page 138: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

138

Figura 50: Fluxo de Movimentação de Container Cheio 1

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Movimentação de Container Cheio 1

1. De (H), o Gestor verifica se a carga segue para vários destinos; então, solicita a Demais

Destinos e ao EADI, agendamento;

2. Demais Destinos e EADI confirmam agendamento ao Gestor;

3. Gestor solicita agendamento para retirada de carga ao Transportador;

4. Transportador confirma agendamento ao Gestor;

5. O Gestor confirma programação ao Importador;

6. O Importador analisa programação;

a. Caso a programação não seja aprovada, o fluxo recai no item (1);

b. Caso a programação seja aprovada, o Importador encaminha informação ao Gestor;

i. Gestor confirma programação a (J) em “Movimentação de Container Cheio 2”.

Importador

Fluxo de Importação de Containers

EADI Gestor Transportador Demais DestinosM

ovim

enta

ção

de C

onta

iner

Che

io

SIM

NÃO

Analisa

H

J

Solicita Agendamento

Confirma Agendamento

Confirma Agendamento

Solicita Agendamento para Retirada

de Carga

Confirma Agendamento

Confima Programação

Confima Programação

Page 139: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

139

Figura 51: Fluxo de Movimentação de Container Cheio 2

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Movimentação de Container Cheio 1

1. De (J), o Gestor confirma programação ao EADI, ao Transportador e aos Demais Destinos;

2. EADI, Transportador e Demais Destinos confirmam programação ao Gestor;

3. O Gestor gerencia o módulo de acompanhamento, com informações:

a. EADI confirma programação e confirma retirada da carga;

b. Demais Destinos confirmam programação e Importador confirma entrega.

Importador

Fluxo de Importação de Containers

EADI Gestor Transportador Demais Destinos

Mov

imen

taçã

o de

Con

tain

er C

heio

Modulo de Acompanhamento

J

Confima Programação

Confima Programação

Confima Programação

Confirma Retirada da

Carga

Confirmação de Entrega

Page 140: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

140

Figura 52: Fluxo de Movimentação de Container Vazio 1

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Movimentação de Container Vazio 1

1. De (G), há devolução de vazio; então, Gestor recebe confirmação de agendamento do

Importador e confirma disponibilidade;

2. O Agente do Navio confirma local ao Gestor e este confirma programação com Terminal e

com Transportador;

3. Terminal e Transportador confirmam agendamento ao Gestor;

4. O Gestor confirma programação com Importador;

5. O Importador analisa programação;

a. Em caso de não aprovada, o fluxo retorna ao item 2;

b. Em caso de aprovação, o fluxo segue para (L) em “Movimentação de Container Vazio 2”.

Importador

Fluxo de Importação de Containers

Terminal Agente do navio Gestor Transportador

Ret

irada

de

Con

tain

er V

azio

NÃO

Analisa

G

L

SIM

Confirma Disponibilidade

Confirma Agendamento

Confirma Programação

Confirma Local

Confirma Agendamento

Confirma Agendamento

Confirma Programação

Page 141: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

141

Figura 53: Fluxo de Movimentação de Container Vazio 2

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Movimentação de Container Vazio 2

1. De (L), aprovada a programação, o Importador encaminha informação ao Gestor;

2. O Gestor confirma programação com Terminal e Transportador;

3. O Gestor gerencia o módulo de acompanhamento, com informações provenientes de:

a. Terminal confirma programação e confirma retirada da carga;

b. Transportador confirma programação e Importador confirma retirada do vazio.

4. O Gestor gera e envia relatório geral ao Importador;

5. O Importador confirma recebimento.

Importador

Fluxo de Importação de Containers

Terminal Agente do navio Gestor Transportador

Ret

irada

de

Con

tain

er V

azio

Confirma o Recebimento

Gera e Envia o Relatório Geral

Modulo de Acompanhamento

L

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Programação

Confirma Entrega

Confirma Retirada do

Vazio

Page 142: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

142

FLUXO DE SERVIÇOS

Figura 54: Fluxo de Armazenagem de Carga

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Armazenagem de Carga

1. Gestor cadastra origem e destino;

2. Gestor agenda retirada do vazio com Terminal/Recinto;

3. Terminal/Recinto verifica se está OK;

a. Em caso de resposta negativa, o fluxo retorna ao item (2);

b. Em caso de parecer positivo, o Gestor confirma o agendamento com o cliente;

i. O Cliente avalia se está OK;

1. Caso não esteja, o fluxo retorna ao item (2);

2. Caso esteja OK, o Cliente encaminha informação ao Gestor;

a. O Gestor programa recebimento e armazenagem.

Arm

azen

agem

de

Vaz

ios

Fluxo de Armazenagem de Vazios

ClienteGestorTerminal / Recinto

Cadastra Origem/Destino

SIM

NÃOAgenda Retirada

do Vazio

Confirma Agendamento

OK?

OK?

Programa Recebimento e Armazenagem

NÃO

SIM

Page 143: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

143

Figura 55: Fluxo de Inspeção de Carga

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Inspeção de Carga

1. O Gestor cadastra origem/destino;

2. O Gestor agenda inspeção e encaminha informação para Responsável pela Inspeção;

3. O Responsável pela Inspeção analisa o agendamento;

a. Caso não seja aprovado, retorna à etapa (2);

b. Caso seja aprovado, envia informação ao Gestor;

i. O Gestor confirma agendamento com cliente;

1. Em caso de não ser aprovado, o fluxo recai na etapa (2);

2. Caso aprovado, o Cliente envia confirmação ao Gestor;

a. O Gestor programa inspeção.

Insp

eção

de

Car

gaFluxo de Inspeção de Carga

ClienteGestorResponsável pela Inspeção

SIM

NÃONÃO

SIM

OK?

Confirma Agendamento

Programa Inspeção

Agenda Inspeção

OK?

Cadastra Origem/Destino

Page 144: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

144

Figura 56: Fluxo de Inspeção não Intrusiva

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Inspeção de Carga

1. O Gestor cadastra origem/destino;

2. O Gestor agenda inspeção e encaminha informação para Responsável pela Inspeção;

3. O Responsável pela Inspeção analisa o agendamento;

a. Caso não seja aprovado, retorna à etapa (2);

b. Caso seja aprovado, envia informação ao Gestor;

i. O Gestor confirma agendamento com cliente;

1. Em caso de não ser aprovado, o fluxo recai na etapa (2);

2. Caso aprovado, o Cliente envia confirmação ao Gestor;

Insp

eção

não

Intr

usiv

aFluxo de Inspeção não Intrusiva

ClienteGestorResponsável pela Inspeção

Inspeção

Recebe Dados Inspeção

SIM

NÃONÃO

SIM

Cadastra Origem/Destino

Programa Inspeção

Agenda Inspeção

OK?

OK?

Confirma Agendamento

Armazena Dados

Page 145: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

145

a. O Gestor programa inspeção e encaminha ao Responsável pela Inspeção;

b. O Responsável pela Inspeção realiza sua função;

c. O Responsável pela Inspeção encaminha dados ao Gestor;

d. O Gestor armazena os dados e envia ao Cliente;

e. O Cliente recebe dados da Inspeção.

Page 146: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

146

Figura 57: Fluxo de Rastreamento de Carga

Fonte: do autor

Ras

trea

men

to d

e C

arga

Fluxo de Rastreamento de Carga

ClienteTransportadorGestorEmpresa de

Rastreamento

Cadastra Origem/Destino

SIM

NÃO

OK?

Solicita Agendamento

OK?

Solicita Instalação

Confirma Instalação

Necessita Instalação?

SIM

SIM

Programa Movimentação de

Transito

Envia Movimentação de

Transito

Confirma Movimentação de

Transito

NÃO

SIM

Confirma Agendamento

OK?

NÃO

Solicita Agendamento

NÃO

Inicia Movimentação de

Transito

Page 147: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

147

Descritivo do Fluxo de Rastreamento de Carga

1. O Gestor cadastra origem/destino;

2. O Gestor solicita agendamento ao Transportador;

3. O Transportador analisa o agendamento;

a. Caso não aprovado, retorna à etapa (2);

b. Caso seja aprovado, envia informação ao Gestor;

i. O Gestor verifica necessidade de instalação;

1. Caso não seja necessária, o Gestor solicita agendamento à Empresa de Rastreamento;

2. Caso seja necessária, o Gestor solicita instalação à Empresa de Rastreamento;

a. A Empresa de Rastreamento confirma instalação ao Gestor;

b. O Gestor solicita agendamento à Empresa de Rastreamento;

ii. A empresa analisa o agendamento;

1. Em caso de não aprovado, o fluxo retorna ao item (2);

2. Em caso de aprovação, a Empresa de Rastreamento envia confirmação ao Gestor;

a. O Gestor confirma agendamento com o Cliente;

b. O Cliente analisa agendamento;

i. Em caso de não ser aprovado, o fluxo retorna ao item (2);

ii. Em caso de aprovação, o Cliente envia confirmação ao Gestor;

1. O Gestor programa movimentação de trânsito e envia ao Transportador;

2. O Transportador inicia movimentação de trânsito e o fluxo segue para a Empresa

de Rastreamento;

3. A Empresa de Rastreamento envia movimentação de trânsito ao Gestor;

4. O Gestor confirma movimentação de trânsito;

Page 148: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

148

Figura 58: Fluxo de Inspeção de Container

Fonte: do autor

Insp

eção

de

Con

tain

er

Fluxo de Inspeção de Container

ClienteGestorResponsável pela Inspeção

Cadastra Origem/Destino

SIM

NÃO NÃO

Solicita Inspeção

Solicita Agendamento

Confirma Agendamento

OK?

OK?

Confirma Inspeção

Informa Resultado

Limpeza e/ou Reparo?

Analisa Resultado

Solicita Reparo

SIM

SIM

Solicita Aprovação

OK?

SIM

Finaliza Serviço NÃO

Confirma Limpeza e/ou Reparo

NÃO

Page 149: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

149

Descritivo do Fluxo de Inspeção de Container

1. O Gestor cadastra origem/destino;

2. O Gestor solicita agendamento ao Responsável pela Inspeção;

3. O Responsável pela Inspeção analisa o agendamento;

a. Caso não seja aprovado, retorna à etapa (2);

b. Caso seja aprovado, envia informação ao Gestor;

i. O Gestor confirma agendamento com cliente;

ii. O Cliente analisa;

1. Em caso de não ser aprovado, o fluxo recai na etapa (2);

2. Caso aprovado, o Cliente envia confirmação ao Gestor;

a. O Gestor solicita inspeção ao Responsável pela Inspeção;

b. O Responsável pela Inspeção confirma-a;

c. O Responsável pela Inspeção informa resultado ao Gestor;

d. O Gestor analisa resultado;

e. O Gestor verifica se há necessidade de limpeza e/ou reparo;

i. Caso não seja necessário, o Gestor finaliza o serviço;

ii. Caso seja necessário, o Gestor solicita aprovação ao Cliente;

iii. O cliente analisa solicitação;

1. Em caso de não aprovado, o Cliente envia informação ao Gestor, que finaliza o

serviço;

2. Em caso de aprovado, a informação é enviada ao Gestor que solicita reparo ao

Responsável pela inspeção;

a. O Responsável pela Inspeção confirma limpeza e/ou reparo ao Gestor;

b. O Gestor finaliza o serviço.

Page 150: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

150

Figura 59: Fluxo de Lacração de Container

Fonte: do autor

Descritivo do Fluxo de Lacração de Container

1. O Gestor cadastra origem/destino;

2. O Gestor agenda inspeção e encaminha informação para Responsável pela Lacração;

3. O Responsável pela Lacração analisa o agendamento;

a. Caso não seja aprovado, retorna à etapa (2);

b. Caso seja aprovado, envia informação ao Gestor;

i. O Gestor confirma agendamento com cliente;

ii. O Cliente analisa agendamento;

1. Em caso de não ser aprovado, o fluxo recai na etapa (2);

2. Caso aprovado, o Cliente envia confirmação ao Gestor;

a. O Gestor solicita lacração.

Lacr

ação

de

Con

tain

erFluxo de Lacração de Container

ClienteGestorResponsável pela Lacração

SIM

NÃO NÃO

SIM

OK?

Solicita Agendamento

Cadastra Origem/Destino

OK?

Solicita Lacração

Confirma Agendamento

Page 151: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

151

4.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE SERVIÇO

O sistema de avaliação contínua do nível de serviço e monitoramento da cadeia logística

é um modelo automatizado cuja base de dados é alimentada por informações provenientes dos

diversos sistemas e aplicativos utilizados pelos parceiros do processo logístico, formando uma

base cooperativa.

Este canal de relacionamento operacional e comercial proporciona uma integração de

informação que possibilita uma maximização dos resultados produtivos da cadeia como um

todo, além de possibilitar redução de custos, diminuição da burocracia documental, redução de

erros provenientes de redigitação de documentos e, acima de tudo, a possibilidade de gerar

indicadores de performance ao longo da cadeia, ou seja, o estabelecimento de padrões de

atendimento, níveis serviço e desempenho. Tais indicadores e índices não podem ser definidos

neste trabalho pois devem ser estabelecidos por cada setor de atividade, sendo esta proposta a

de definir uma metodologia capaz de suportar a solução necessária.

A partir dos elementos definidos anteriormente, cada elo da cadeia logística deverá

possuir ferramentas de monitoramento dos serviços definidos para cada tipo de operação. Estas

informações serão compiladas no sistema de avaliação e monitoramento com o objetivo de

avaliar continuamente o nível de serviço da empresa e de avaliar dinamicamente cada processo,

estabelecendo o efetivo monitoramento do serviço da cadeia logística. Desta forma, o sistema

receberá informações sobre a programação do processo da cadeia logística e, a cada evento pré-

definido, serão informadas as condições em que cada serviço foi prestado, podendo a avaliação

de risco ser feita de forma contínua durante os processos.

O Anexo 01 contém o sistema de avaliação e monitoramento da cadeia logística. Esse

item foi inserido como Anexo devido ao seu tamanho.

A seguir, serão apresentados o descritivo dos fluxos desse sistema de avaliação e

monitoramento da cadeia logística. Vale ressaltar que todos os fluxos destacados nos itens

seguintes estão ligados ao processo a partir dessa mesma seqüência inicial de eventos.

1. O planejamento logístico é solicitado;

Page 152: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

152

2. Abre-se operação logística;

3. Define-se destino para carga;

4. Define-se destino da carga;

5. Seleciona o tipo de operação

a. Há quatro possíveis vertentes: Container (1), Granel Sólido (2), Granel Líquido

(3) e Carga Geral (4)

Descritivo do fluxo direcionado a Container (1):

Dentro de (1), duas novas vertentes são abertas: (1.1) Container e (1.2) Granel Sólido;

Descritivo do fluxo direcionado a (1.1) Container:

Uma nova classificação é realizada: Container Vazio (1.1.1) e Container Cheio (1.1.2);

Descritivo do fluxo direcionado a (1.1.1) Container Vazio:

1. Ocorre o cadastramento de tarefas;

2. Uma tarefa é, então, selecionada para análise;

3. Analisa-se a existência de risco associado à tarefa;

a. Em caso positivo, é realizada uma avaliação de riscos e medidas mitigatórias;

b. Em caso negativo, o fluxo segue para (4);

4. O Serviço é selecionado;

5. Avalia-se a existência de risco no serviço;

a. Em caso positivo, é realizada uma avaliação de riscos e medidas mitigatórias;

b. Em caso negativo, o fluxo segue para (6);

6. A origem é definida;

7. O destino é, então, definido;

8. Define-se , a partir daí, o período;

9. Avalia-se a necessidade de se solicitar cotação;

a. Em caso afirmativo:

i. Selecionam-se fornecedores;

Page 153: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

153

ii. Cotações são solicitadas aos fornecedores;

iii. Fornecedores disponibilizam cotações;

iv. As cotações são recebidas e analisadas;

v. Verifica-se se tudo está ok;

1. Caso não seja aprovada, o fluxo retorna ao item (9);

2. Caso aprovada, verifica-se a necessidade de nova cotação;

a. Caso seja necessária, o fluxo vai para o item (9.a.i);

b. Caso não seja, segue para análise de efetuação de programação;

b. Em caso negativo, questiona-se a efetuação da programação;

i. Em caso negativo, questiona-se a necessidade de solicitar nova cotação;

1. O fluxo retorna ao item (9.a.i);

ii. Em caso positivo, cria-se a programação;

1. Verifica-se se tudo está ok;

a. Em caso de não estar ok, o fluxo retorna ao item (9.b.i);

b. Em caso de resposta afirmativa, verifica-se a existência de outro serviço;

i. Em caso afirmativo, o fluxo retorna ao item (5);

ii. Em caso negativo, avalia-se a existência de outra tarefa;

1. Para um sim, o fluxo retorna ao item (3);

2. Para um não, verifica-se se a cotação está completa; (→)

Sequência (→)

a. Em caso de resposta negativa, o fluxo retorna para (9.a.i);

b. Em caso de resposta positiva, solicita-se aprovação da cotação e programação;

c. Informações são enviadas ao Cliente;

d. Aguarda-se aprovação;

e. Recebe-se aprovação da cotação e programação simultaneamente com o aceite do Cliente;

f. Verifica-se se tudo está ok;

a. Em caso negativo, verifica-se a possibilidade de se cancelar operação;

a. Em situação de um não, o fluxo retorna ao item (9.b.i);

b. Em caso positivo, ocorre o término desta vertente.

b. Em caso positivo, a cotação é confirmada e a informação é encaminhada aos

fornecedores;

Page 154: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

154

c. A aprovação é aguardada;

d. A confirmação da cotação é recebida concomitantemente com um parecer dos

fornecedores;

e. Avalia-se se tudo está ok;

a. Em caso negativo, o fluxo retorna ao item (9.b.i);

b. Em caso de resposta afirmativa, verifica-se a necessidade de acompanhamento;

i. Caso não seja necessário, ocorre o término desta vertente;

ii. Em caso de resposta afirmativa, o fluxo segue para o acompanhamento operacional;

Riscos são informados e, paralelamente, segue fluxo para (A); (→→)

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

(Fluxo dentro de Acompanhamento Operacional)

Sequência de (→→)

a. A programação é recebida;

b. A tarefa é selecionada;

c. O Serviço é selecionado;

d. Solicita-se aos fornecedores execução do serviço;

e. Verifica-se a existência de outro serviço;

a. Se sim, o fluxo retorna a (c);

b. Se não, verifica-se a existência de outra tarefa;

i. Em resposta afirmativa, o fluxo retorna a (b);

ii. Caso contrário, aguarda-se confirmação de início;

1. A confirmação provinda dos fornecedores referente ao início é recebida;

a. Verifica-se se tudo está ok;

i. Em caso negativo, questiona-se programação (∆);

1. Caso não haja, segue o término deste segmento;

2. Caso haja, o fluxo retorna ao item (9.b.i);

Page 155: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

155

b. Em caso de resposta afirmativa, a confirmação da execução é aguardada;

i. Verifica-se se tudo está ok;

1. Caso negativo, o fluxo retorna ao item (∆);

2. Em caso positivo, a confirmação da execução é recebida e, paralelamente, o fluxo

segue para (A);

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

Descritivo do fluxo direcionado a (1.1.2) Container Cheio:

1. Ocorre o cadastramento de tarefas;

2. Uma tarefa é, então, selecionada para análise;

3. Analisa-se a existência de risco associado à tarefa;

a. Caso haja, é realizada uma avaliação de riscos e medidas mitigatórias;

b. Caso não haja, o fluxo segue para (4);

4. O Serviço é selecionado;

5. Avalia-se a existência de risco no serviço;

a. Caso haja, é realizada uma avaliação de riscos e medidas mitigatórias;

b. Caso não haja, o fluxo segue para (6);

6. A origem é definida;

7. O destino é, então, definido;

8. Define-se, a partir daí, o período;

9. Verifica-se a existência de cotação;

a. Caso haja, selecionam-se fornecedores;

i. Cotações são solicitadas;

ii. Confirma-se o recebimento de cotação;

1. Caso confirmado, cotação segue para análise;

2. Solicita-se aprovação;

Page 156: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

156

3. A aprovação é recebida;

4. Verifica-se se tudo está ok;

a. Caso não esteja, o fluxo retorna ao (9);

b. Caso esteja tudo ok, o fluxo segue para (∆∆∆);

b. (∆∆∆) Caso não haja, verifica-se necessidade de programação;

i. Caso exista, cria-se programação;

ii. Solicita-se aprovação;

iii. Recebe-se confirmação de programação;

iv. Verifica-se se tudo está ok;

1. Caso não esteja, o fluxo retorna ao item (9.b);

2. Caso esteja, o fluxo segue para verificar necessidade de re-programação;

a. Caso seja necessário, o fluxo segue diretamente para (¥);

b. Caso não seja necessário, o fluxo segue para verificação de necessidade de

acompanhamento;

i. Caso seja necessário, verifica-se programação do cliente;

1. Caso não exista, solicita-se programação;

a. Recebe-se programação;

b. Fluxo segue para (***);

2. Caso exista, segue para captação do Sislog;

3. Captado, segue fluxo segue para (***);

ii. (***) Caso não seja necessário, verifica-se existência de outro serviço;

1. Caso haja, o fluxo retorna a (4);

2. Caso não haja, verifica-se existência de outra tarefa;

a. Caso haja, o fluxo segue para (2);

b. Caso não haja, verifica-se se a cotação está completa;

i. Caso não esteja, o fluxo retorna a (9.a.i);

ii. Caso a cotação esteja completa, segue para (¥);

Segue (¥):

1. Informações são enviadas para acompanhamento operacional;

2. Riscos são informados, concomitantemente, o fluxo segue para (A);

Page 157: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

157

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

3. É realizado acompanhamento operacional;

4. Recebe-se programação;

5. Tarefa é selecionada;

6. Serviço é selecionado;

7. Confirma-se agendamento;

8. Confirmação de agendamento é recebida;

9. Verifica-se se tudo está ok;

a. Caso não esteja, o fluxo retorna para verificação de necessidade de programação em

(∆∆∆);

b. Caso esteja ok, a execução do serviço é solicitada;

i. Verifica-se se há acompanhamento;

1. Caso não haja, aguarda-se confirmação da execução;

a. Verifica-se se há outro serviço;

i. Caso positivo, o fluxo retorna para (6);

ii. Em caso negativo, verifica-se se há outra tarefa;

1. Caso haja, o fluxo retorna para (5);

2. Caso não haja, informa-se conclusão e, concomitantemente, o fluxo segue para (A);

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

3. O cliente é informado;

4. Caso haja acompanhamento, confirmação de início é recebida;

Page 158: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

158

5. Recebe-se confirmação de andamento e análise de risco;

6. Verifica-se se tudo está ok;

b. Caso não esteja, o problema é analisado;

i. Medidas necessárias são executadas;

ii. O cliente é informado;

iii. Verifica-se se tudo está ok;

1. Caso não esteja, o fluxo retorna a (4.a.i);

2. Caso esteja tudo ok, o fluxo segue para re-avaliação em (4);

c. Caso esteja tudo ok, recebe-se confirmação da execução;

d. Verifica-se se há outro serviço;

i. Caso positivo, o fluxo retorna para (6);

ii. Em caso negativo, verifica-se se há outra tarefa;

1. Caso haja, o fluxo retorna para (5);

2. Caso não haja, informa-se conclusão, paralelamente, o fluxo segue para (A);

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

3. O cliente é informado;

Fluxo a partir de 1.2. - Granel Sólido

1. Ocorre o cadastramento de tarefas;

2. Uma tarefa é, então, selecionada para análise;

3. Analisa-se a existência de risco associado à tarefa;

a. Caso haja, é realizada uma avaliação de riscos e medidas mitigatórias;

b. Caso não haja, o fluxo segue para (4);

4. O Serviço é selecionado;

5. Avalia-se a existência de risco no serviço;

a. Caso haja, é realizada uma avaliação de riscos e medidas mitigatórias;

Page 159: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

159

b. Caso não haja, o fluxo segue para (6);

6. A origem é definida;

7. O destino é, então, definido;

8. Define-se, a parti daí,o período;

9. Verifica-se a existência de cotação;

a. Caso haja, selecionam-se fornecedores;

i. Cotações são solicitadas;

ii. Confirma-se recebimento de cotação;

1. Caso confirmado, cotação segue para análise;

2. Solicita-se aprovação;

3. A aprovação é recebida;

4. Verifica-se se tudo está ok;

a. Caso não esteja, o fluxo retorna ao (9);

b. Caso esteja tudo ok, o fluxo segue para (∆∆∆);

b. (∆∆∆) Caso não haja, verifica-se necessidade de programação;

i. Caso exista, cria-se programação;

ii. Solicita-se aprovação;

iii. Recebe-se confirmação de programação;

iv. Verifica-se se tudo está ok;

1. Caso não esteja, o fluxo retorna ao item (9.b);

2. Caso esteja, o fluxo segue para verificar necessidade de re-programação;

a. Caso seja necessário, o fluxo segue diretamente para (¥);

b. Caso não seja necessário, o fluxo segue para verificação de necessidade de

acompanhamento;

i. Caso seja necessário, verifica-se programação do cliente;

1. Caso não exista, solicita-se programação;

a. Recebe-se programação;

b. Fluxo segue para (***);

2. Caso exista, segue para captação do Sislog;

3. Captado, segue fluxo segue para (***);

ii. (***) Caso não seja necessário, verifica-se existência de outro serviço;

1. Caso haja, o fluxo retorna a (4);

Page 160: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

160

2. Caso não haja, verifica-se existência de outra tarefa;

a. Caso haja, o fluxo segue para (2);

b. Caso não haja, verifica-se se a cotação está completa;

i. Caso não esteja, o fluxo retorna a (9.a.i);

ii. Caso a cotação esteja completa, segue para (¥);

Segue (¥):

1. Informações são enviadas para acompanhamento operacional;

2. Riscos são informados e fluxo segue, paralelamente para (A);

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

3. É realizado acompanhamento operacional;

4. Recebe-se programação;

5. Tarefa é selecionada;

6. Serviço é selecionado;

7. Confirma-se agendamento;

8. Confirmação de agendamento é recebida;

9. Verifica-se se tudo está ok;

a. Caso não esteja, o fluxo retorna para verificação de necessidade de programação em

(∆∆∆);

b. Caso esteja ok, a execução do serviço é solicitada;

i. Verifica-se se há acompanhamento;

1. Caso não haja, aguarda-se confirmação da execução;

a. Verifica-se se há outro serviço;

i. Caso positivo, o fluxo retorna para (6);

Page 161: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

161

ii. Em caso negativo, verifica-se se há outra tarefa;

1. Caso haja, o fluxo retorna para (5);

2. Caso não haja, informa-se conclusão e, paralelamente, o fluxo segue para (A);

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

3. O cliente é informado;

2. Caso haja acompanhamento, confirmação de início é recebida;

3. Recebe-se confirmação de andamento e análise de risco;

4. Verifica-se se tudo está ok;

a. Caso não esteja, o problema é analisado;

i. Medidas necessárias são executadas;

ii. O cliente é informado;

iii. Verifica-se se tudo está ok;

1. Caso não esteja, o fluxo retorna a (4.a.i);

2. Caso esteja tudo ok, o fluxo segue para re-avaliação em (4);

b. Caso esteja tudo ok, recebe-se confirmação da execução;

c. Verifica-se se há outro serviço;

i. Caso positivo, o fluxo retorna para (6);

ii. Em caso negativo, verifica-se se há outra tarefa;

1. Caso haja, o fluxo retorna para (5);

2. Caso não haja, informa-se conclusão e, paralelamente, fluxo segue para (A);

(A)

• Há uma gestão de Risco;

• Informações de Tarefas/Serviços são encaminhadas;

• Classifica-se e faz-se o ranking;

• Carga segue para armazenagem.

3. O cliente é informado;

Page 162: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

162

Os fluxos de carga, referentes a:

1) Container: 1.3 - Granel Líquido;

1.4 - Carga Geral;

2) Granel Sólido: 2.1 – Container;

2.2 – Granel Sólido;

3) Granel Líquido: 3.1 – Container;

3.2 – Granel Líquido;

4) Carga Geral: 4.1 – Container

4.2 – Carga Geral

Seguem exatamente o mesmo padrão de fluxo que o apresentado no item 1.2

(descrito anteriormente).

4.3 NORMATIZAÇÃO TECNOLÓGICA

A normatização tecnológica deve ser desenvolvida para estabelecer a metodologia de

aplicação das diversas tecnologias nas áreas de lacre eletrônico, rastreamento, escaneamento e

demais componentes voltados ao controle dos processos de cadeia logística. Dentro dessa

avaliação, deve ser criada uma classificação de aplicabilidade das tecnologias aos processos

definidos anteriormente.

Para cada componente tecnológico da cadeia logística deverão ser consideradas

características relativas a:

• Segurança da Informação, através da ISO 27001 e correlatas;

• Disponibilidade contra Falhas;

• Infra-estrutura Segura;

• Controle de Comunicação;

• Integração Tecnológica;

• Integração da Informação;

Page 163: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

163

• Rastreabilidade da Informação.

4.4 MODELO DE ACREDITAÇÃO

O modelo de acreditação deve ser desenvolvido de forma a permitir a avaliação e

pontuação os diversos fornecedores de serviços da cadeia de suprimentos dentro dos conceitos

estabelecidos pela OMA, C-TPAT, esse programa definirá as diretrizes de segurança dos

processos. De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial (INMETRO)3 a Acreditação é:

é atestação de terceira parte relacionada a um organismo de avaliação da conformidade, comunicando a demonstração formal da sua competência para realizar tarefas específicas de avaliação da conformidade. No Inmetro é de caráter voluntário e representa o reconhecimento formal da competência de um Organismo de Avaliação da Conformidade - OAC para desenvolver tarefas específicas, segundo requisitos estabelecidos.

A Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO atua na acreditação de Organismos

de Avaliação da Conformidade – O”AC.

As diretrizes básicas estão relacionadas em:

• Acreditação de Laboratórios;

• Acreditação de Organismos de Certificação;

• Acreditação de Organismos de Inspeção;

• Acreditação de Organismos de Verificação e Desempenho.

A Acreditação é um selo regulador que classificará a empresa e/ou produto em níveis de

confiabilidade, dentro de padrões aceitáveis de qualidade e segurança, para sua utilização no

processo de Cadeia Logística Segura. Com esse selo, além de garantir que o produto está apto a

ser utilizado, a empresa poderá implantar um processo de melhoria contínua dos produtos por

ela comercializados.

Métrica para Padronização e Homologação dos Serviços deverá obedecer a

Normatização de Processo e a Normatização Tecnológica, criando condições para avaliação de

3 Disponível em < http://www.abralam.org.br/arquivos/dd211.pdf>. Acesso em: 22 de set. 2009.

Page 164: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

164

nível de serviço. Estes níveis de serviço serão utilizados para a Acreditação dos prestadores de

serviços.

Outro passo a ser implementado é o processo de auditoria para acreditação de

instituições e empresas, que deve seguir os seguintes passos:

1. Definição de metas de aprendizado para a Instituição/empresa

• Avaliação das características-chave da entidade

• Definição de metas

• Plano de projeto para as metas

2. Alinhamento da Gestão do programa com as metas

• Acompanhamento e alinhamento das metas

3. Identificação de instrumentos para avaliar a integração das metas ao

programa operacional

• Avaliações de atividades específicas

• Atividades departamentais

• Atividades de campo

4. Coleta, análise e emissão da conclusão da auditoria

• Uma vez que as informações sobre o desempenho do programa são

coletadas, elas são compartilhadas e analisadas por um comitê, em conjunto

com o diretor do programa ou diretor da Instituição; posteriormente, são

comparadas às metas. Dessa forma, é obtido o GRAU da entidade quanto às

metas.

5. Uso das informações para a melhoria contínua

• Com as informações em mãos, a Instituição pode melhorar seu programa

gerencial e operacional de forma contínua.

Page 165: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

165

5 CONCLUSÕES E ABERTURAS PARA TRABALHOS FUTUROS

O presente trabalho estabelece os alicerces para a elaboração de futuros modelos de

automação de processos voltados à segurança da cadeia logística, por meio da proposição de

uma metodologia que possibilite a cada setor de negócios a formulação de métricas de controle

de qualidade e desempenho as quais, atualmente, não são usuais no setor logístico nacional.

Para atingir este objetivo, foi realizado o mapeamento dos processos do fluxo logístico

já existente, realizado de forma segmentada em diferentes cadeias de suprimentos, com o

propósito de análise e definição de tais processos. Para a elaboração deste trabalho, os

processos da cadeia logística foram analisados sob o ponto de vista do planejamento e

acompanhamento dos processos e serviços agregados, tais como: inspeção de carga, estufagem

e desova de contêiner, serviços de limpeza e reparos de contêiner, bem como os de análise

físico-química para os granéis. Para o efeito de estudo foram divididos os processos relativos à

operação de conteineres e de granéis. A metodologia proposta permitiu a modelagem de um

processo global a partir da classificação da natureza inicial e final de carga (granel sólido,

granel líquido, contêiner e carga geral), da análise das tarefas e serviços envolvidos para cada

etapa dos processos, possibilitando avaliar risco e tomar medidas mitigatórias na etapa de

planejamento, bem como acompanhar e monitorar as condições de segurança e eficiência,

tomando as medidas corretivas necessárias.

É importante esclarecer que tal metodologia atende aos conceitos e diretrizes

internacionais de segurança. Assim, as normatizações de processo e tecnológica devem

considerar as principais diretrizes de segurança internacionais como o estabelecido pela

Organização Mundial das Aduanas (OMA) através do SAFE Framework of Standards, pela

International Maritime Organization (IMO) através do Código Internacional de Segurança e

Proteção a Navios e Instalações Portuárias (ISPS-Code), pelo Governo dos Estados Unidos da

América através do Container Security Initiative (CSI) e do Safe Ports Act, da ISO

International Organization for Standardization através da ISO 28000 e correlatas, considerando,

também, as normativas nacionais estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal Brasileira

através do Plano Nacional de Segurança Aduaneira (PNSA) da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) e

Conhecimento de Trânsito Eletrônico (CTe).

Page 166: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

166

Todos estes programas, por estarem sendo tratados como iniciativas isoladas, não tem

apresentado os resultados desejados. O ISPS-Code começou a ser implementados no portos

brasileiros e, ainda hoje é utilizado de como sistema de segurança patrimonial, carecendo na

maioria dos portos de programas de manutenção de sua infraestrutura e uma programa de

evolução. A Nota Fiscal Eletrônica encontra-se em implantação com um cronograma de

desenvolvimento que vem sendo cumprido, os demais como o PNSA e o CSI apresentam-se

com um piloto no porto de Santos, porém poucos impactos até o momento, apesar de estarem

apoiados no Safe Framework da OMA.

A prospecção tecnológica dos componentes aplicáveis à cadeia logística segura foi

elaborada analisando-se os sistemas de inspeção não intrusiva de carga, os sistemas de

rastreamento e lacres eletrônicos com seus componentes de AVL - Automatic Vehicle Location,

sistemas de comunicação, equipamentos embarcados e sistemas de gestão de informação. Estas

tecnologias apoiarão os futuros modelos pois fornecerão os dados e informações necessários ao

monitoramento das operações da cadeia logística.

Para que os futuros modelos de automação possam contribuir para a melhoria da

segurança e eficiência dos processos foi utilizado o método SCOR (Supply Chain Operations

Reference) como ferramenta de modelagem dos mesmos. Este método possibilita a modelagem

da automação de processos da cadeia logística segura, buscando concomitantemente aumento

de segurança e produtividade do setor. Assim, a adoção de medidas de controle de carga exige

que as operações logísticas sejam planejadas, acompanhadas e corrigidas sempre que as metas e

objetivos de segurança ou eficiência estabelecidos não estiverem sendo alcançados, alem de

possibilitar a abordagem de todos da maioria das exigências do diversos programas de

segurança já citados. Desta forma, o setor de logística poderá se valer destas ferramentas que

auxiliarão a competitividade do setor.

A adoção de um modelo de gestão como o proposto permite uma visão global da cadeia

de suprimentos e sua eficiência e, por preconizar a segurança, poderá proporcionar uma

aproximação do comércio exterior brasileiro com seus principais parceiros no que tange a um

maior e melhor controle sobre o tráfico de armas e drogas, possibilitando melhorar sua

classificação de risco; isto poderá contribuir para a diminuição dos tempos de liberação da

carga brasileira nos portos estrangeiros, com conseqüente diminuição do chamado Custo Brasil.

A partir deste trabalhos podem ser desenvolvidos os seguintes estudos:

Page 167: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

167

• Modelo de Normatização Tecnológica para os processos da cadeia segura

através de um estudo detalhado dos riscos inerentes a cada operação, segundo a

classificação aqui proposta.

• Modelo de Acreditação para os processos e prestadores de serviço da cadeia

logística, envolvendo entidades acreditadoras, processo de gestão e conceitos

legais e tecnológicos aplicados.

• Modelagem dos processos voltados ao resíduos sólidos de embarcações,

abordando a análise de seu conteúdo e destinação final.

• Modelagem dos processos relativos a gestão e controle de medicamentos

distribuídos pelo Estado Brasileiro.

• Desenvolvimento de protótipo de sistema baseado no modelo apresentado e

voltado a integração dos componentes tecnológicos aplicados.

Page 168: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

168

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aprendendo a Exportar www.aprendendoaexportar.gov.br/informacoes/documentosdeexportacao.htm. Acesso em 05 dez. 2009 as 19:03h.

Associação Brasileira de Laboratórios Acreditados. http://www.abralam.org.br/arquivos/dd211.pdf. Acesso em: 22 de set. 2009 as 17:50h.

ANDRADE, A. A. et al. Development and Application of an Expert System With Real Time Learning Operability for Automated Industrial and Portuary Systems. In: 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2008, Heraklion. Anais 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Heraklion : WSEAS Press, 2008.

ARRUDA, J. R. de A. História antiga e medieval. São Paulo: Atica, 1991, 528 p.

BRAGA, A. L. Proposição e Implementação do Modelo de Troca Eletrônica de Dados para o Sistema Portuário Brasileiro. 2002. Dissertação (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

BRASILIANO, A. C.R. Entendendo riscos corporativos. In: Revista Boa Gestão de Riscos: Normas e Regulamentações, Ed. 44 São Paulo, 2009

Chile. Servicio de Impuestos Internos (Internal Tax Service). Estatísticas sobre Factura Electrônica. Disponível em www.sii.cl/portales/efactura/estadistic.htm.. Acesso em: 08 jan. 2009 as 18:02h.

COMÉRCIO EXTERIOR. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior . Disponível em: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=2353&refr=608. Acesso em:05 dez. 2009 as 18:01h.

DEVLIN, G.; BLEAKLEY, M. Strategic Alliances: Guideliness for Success, Long Range Planning., v. 21, n. 5, 1988.

DIAS, E. M. et al. (A) Model Automation for Managing Port Processes. In: 6th WSEAS International Conference on (E-ACTIVITIES`07), 2007, Tenerife. Anais do 6th WSEAS International Conference on (E-ACTIVITIES´07). Tenerife :World Scientific and Engineering Academy and Society Press, 2007.

Page 169: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

169

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior , Brasília. Present the site of the Secretaria de Comercio Exterior and information about brazilians exports. Avaliable in <http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/secex/porteempresa/2006_2005/exp_porte_2006_comentario.pdf>. Accessed at: 01 November 2007 at 11:03h. TORRES, LUIS FERNANDO – Estudo Analítico e Operacional da Supervia Eletrônica de Dados: Um Modelo de Gestão Eletrônica para os Portos Brasileiros; Tese de Mestrado present to Escola Politécnica da USP, São Paulo, 2007. BRAGA, ANDRÉA LÚCIA – Proposição e Implementação do Modelo de Troca Eletrônica de Dados para o Sistema Portuário Brasileiro; Tese de Doutorado present to Escola Politécnica da USP, São Paulo, 2002. SEBRAE, São Paulo. Present the site of SEBRAE and information about enterprises. Available in: <http://www.sebrae.com.br/>. Accessed at: 01 November 2007 at 10:17h. CODESP, Santos. Present the site of port of Santos and information about statistical summary of the exporting. Available in: <http://www.portodesantos.com/doc/nav.php?a=historico_ carga&d=negocios>. Accessed at: 01 November 2007 at 10:37h. PORTER, Michael E., The Competitive Advantage of Nations. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1989. KAUFFMAN, R. G., The New Relationships in Business Marketing, 1998. Available in: <http://www.sbaer.uca.edu/Research/1998/SMA/index.html>. Accessed at: 03 November 2007 at 9:12h. CASTELAR PINHEIRO, A, Encarando o desafio das exportações, in Castelar Pinheiro, A., Markwald, R. e Valls Pereira, O desafio das exportações, BNDES, 2002. PORTER, Michael E. Competitive strategy, Rio de Janeiro: Editora Campus, 1985. BUSSINGER, V., 2004, IDELT- Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente, www.idelt.com.br. DEVLIN, G., BLEAKLEY, M., /Strategic Alliances: Guideliness for Success, Long Range Planning/, v. 21, n. 5, 1988, pp. 18-23. FRANKEL, R., /A General Alliance Model: an Examination and Design of Alliances Between Manufacturers and Service Suppliers/. Ph.D. Dissertation, Michigan State University, East Lansing, Michigan, 1995. HAYES, R.H., WHEELWRIGHT, S.C., /Restoring Our Competitive Edge/. 1 ed. New York, Wiley & Sons, 1984. KANTER, R.M., /Collaborative Advantage: The Art of Alliances/, Harvard Business Review, July-August, 1994, pp. 96-108.

Page 170: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

170

LAMBERT, D., EMMELHAINZ, M.A., GARDNER, J., "Developing and Implementing Supply Chain Partnerships", International Journal of Logistics Management, v. 7, n. 2, 1996 pp. 1-17. LAURINDO, FERNANDO J. B.; MORAES, RENATO de O.; CARVALHO, MARLY M., Management of IT projects and its strategic alignment, In: Oliveira, Vanderlí Fava de(*); Rutkowski, Jacqueline(*); Perez, Ronald, 2004, “Productive networks for regional development”, Ouro Preto, ABEPRO, p.p.115-138 LAURINDO, FERNANDO JOSÉ B., A study about the evaluation of the effectiveness of IT in he organizations, Tese (Doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000, pp. 166. LAURINDO, FERNANDO JOSÉ B.; MORAES, RENATO de O.; CARVALHO, MARLY M. DE, 2003, Strategy for the Competitive. LEE, HAU L.; PADMANABHAN, V.; WHANG, SEUNGJIN. /Information distortion in a supply chain: the bullwhip effect. Management Science/, V.43, N.4, Abril 1997. PARASURAMAN, A., ZEITHAML, V., BERRY, L., /SERVQUAL: A Multiple-Item Scale for Measuring Consumer Perceptions of Service Quality, Journal of Retailing/, V.64, Spring, 1988. SCOTT, C.; WESTBROOK, R., /New Strategic Tools for Supply Chain Management/, /International Journal of Physical Distribution and Logistics Management/, (21:1), 1991. SHAPIRO, JEREMY F., /Modeling the Supply Chain/, Pacific Grove CA: Duxbury Press, 2001. SONNENBERG, F.K., 1992, /Partnering: Entering the Age of Cooperation, Journal of Business Strategy/, 1992, v. 13, n. 3, pp. 49-52.

DIAS, E.M. (B) et al. Security Supply Chain. In: 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2008, Heraklion. WSEAS Press, 2008. GARCIA, Valêncio. Modelo de automação Colaborativa para aumentar a eficácia nos processos do gerenciamento da cadeia logística de suprimentos, São Paulo, 2008. CALDWELL, Stephen L.. Maritime Security – The SAFE port act and efforts to secure our nation’s seaport, 2007. SETCESP, Roubo de Carga, 2007. Site < http://www.setcesp.org.br/arquivos/seguranca/Jan_Dez2007.pdf> access on 06/25/2008, at 11:34 AM WCO – World Customer Organization. Convenção de Kyoto,. 2006

Page 171: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

171

U.S. Customer and Border Protection, Container Security Initiative, 2006. BURROUGH, P. A.; MCDONNELL, R. A. Principles of geographical information systems: Spatial information systems and geostatistics. 2. ed. New York: Oxford University Press, 1998.

DIAS, E.M. et al.(C) The Implementation of The Electronic Tax Documents in Brazil as a Tool to Fight Tax Evasion. In: 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, ISBN: 978-960-474-097-0, 2009.

BRASIL. Ajuste Sinief n º 07, de 30 de setembro de 2005. Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on May 25, 2009 at 11:36am. BRASIL. Ajuste Sinief n º 09, de 25 de outubro de 2007. Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on May 25, 2009 at 11:39am. BRASIL. Constitution of the Federative Republic of Brazil, of October 05, 1988. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Accessed on January 04, 2009 at 12:02 pm. BRASIL. Protocolo ICMS n º 10, de 18 de abril de 2007. Estabelece obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para os setores de fabricação de cigarros e distribuição de combustíveis líquidos. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on January 08, 2009 at 12:02 pm. BRASIL. Protocolo ICMS n º 68, de 04 de julho de 2008. Altera as disposições do Protocolo ICMS 10/07, que estabelece a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para os setores que especifica. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on January 08, 2009. CAMPOS, A. C. M. Validade Jurídica e Eficácia Probatória do Documento Eletrônico. In: TRIBUTAÇÃO E PROCESSO. São Paulo: Editora Noeses, 2007, pág. 50 - 75 ENCAT – Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais. Projeto Conceitual do Sistema NF-e. Available at: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/docs/Projeto_Conceitual_Sistema_NFe_Versao_22_07_06.doc. Accessed on January 09, 2009 at 11:43am. MELLO, N. O. Nota Fiscal Eletrônica: Consolidação de um novo paradigma na administração tributária Brasileira . In: Direito Tributário Linguagem e Método. São Paulo: Editora Noeses, 2008. p. 741 – 772.

Page 172: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

172

Grupo de Automação de Sistemas Industrias e Portuários da Escola Politécnica da Univerisidade de São Paulo, Relatório técnico do desenvolvimento do anteprojeto da Central de Operações e Vigilância – COV - do Plano Nacional de Segurança Aduaneira da Secretaria da Receita Federal, 2007

FONSECA, F. R. et al. Analysis Referentials for the Definition of a Hydric Supply Information Management System. In: 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2009, Rodos. Anais do 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Rodos : WSEAS Press, 2009.

ANDRADE, A. A. Emprego de Sistemas Especialistas em Sistemas Supervisórios de Automação Industrial. São Paulo: Dissertação (Mestrado) – EPUSP, 2001. BAPTISTA, J.M. Como Melhorar a Qualidade em Sistemas de Abastecimento de Água. In: 4º CONGRESSO DA ÁGUA, 1998, Lisboa (Portugal), Anais eletrônicos... 1998. Available at <www.aprh.pt/congressoagua98/files/com/c71.pdf>. Accessed on: Nov. 01, 2008. At 10:23am BARRELLA, W.D.; BRUNSTEIN, I. Necessidades e tendências dos sistemas ERP, 2000. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DA PRODUÇÃO UNESP, 2000, Bauru. Anais eletrônicos... Bauru, 2000. Available at: <http://www.simpep.feb.unesp.br/anais7/ana7c.html>. Accessed on: Nov 14, 2008, p.1-3 at 10:21 am. CERRI, M, L. Enterprise Resource Planning: Um estudo sobre estratégias de implantação. São Paulo: Dissertação (Mestrado) – EP-USP, 2004, p.20-33. CARMO, C. M. TÁVORA JÚNIOR, J. L. Avaliação da eficiência técnica das empresas de saneamento brasileiras utilizando a metodologia DEA. In: XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 2003, Porto Seguro, Anais… 2003, p.3-5. Available at: < http://www.anpec.org.br/encontro2003/artigos/D32.pdf>. Accessed on: Nov 16, 2008 at 9:23am. DI BERNADO, L. Métodos e Técnicas de Tratamento de Água. São Paulo: RIMA, 2005. FILHO, M. Automação no saneamento básico: diferentes necessidades para um mesmo objetivo. Controle & Instrumentação, São Paulo ed. 61, 2001, p.50-62. MEDEIROS, A.C.M.; FERREIRA, S.B.L. Administração de projetos complexos: ERP na Petrobras, São Paulo, 2003. In: SOUZA, C.A.; SACCOL, A.Z. (Org.). Sistemas ERP no Brasil: teoria e casos. São Paulo, 2003. HOUAISS - Dicionário online. Available on: <http://houaiss.uol.com.br/>. Accessed on: Dec 06, 2008 at 9:25am.

Page 173: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

173

PEREIRA, S. L. SOUZA, M. Instrumentação inteligente empregada na gestão de sistemas de tratamento de água e análise de benefícios e vantagens. Controle e Instrumentação, São Paulo, Ano 10, n.117, 2006, p.58-66. PETTERSON, R, Visuals for Information: Research and Practice. California , EUA: Educational Technology Publications, 1989. SABESP – Site da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Available at <http://www.sabesp.com.br/>. Accessed on: Nov 14, 2008 at 12:25pm. SACCOL, A.Z. Um olhar crítico sobre modismos em tecnologia da informação: analisando o discurso dos vendedores de pacotes ERP, 2003. In: SOUZA, C.A. SACCOL, A.Z. (Org.). Sistemas ERP no Brasil: teoria e casos. São Paulo: Atlas Paulo, 2003. p.324-347. SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento. Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA: Diagnóstico dos serviços de água e esgotos, 2002. Brasília, DF. Available At <http://www.snis.gov.br/diag_2002_ae.htm>. Accessed on: Nov 01, 2008 at 12:22 pm. EBATA, Y. Development of the Intranet based SCADA (supervisory control and data acquisition system) for power system. In: POWER ENGINEERING SOCIETY WINTER MEETING, 2000, Cingapura, Anais… 2000, p.20-80. Available at: <http://ieeexplore.ieee.org/Xplore/login.jsp?url=/iel5/6841/18401/00847593.pdf?arnumber=847593>. Accessed on: Feb 08, 2008 at 12:22pm.

FONTANA, C. F. Modelo de Automação de um Sistema de Controle de Carga para a Aduana nos Portos Brasileiros. 2004. 129 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo 2004.

FONTANA, C. F. et al. Technological Model for Application of Mobile Technology in the Process of Port Monitoring. In: 9th WSEAS Int. Conf. on AUTOMATION & INFORMATION (ICAI´08), 2008, Bucharest. AUTOMATION & INFORMATION: THEORY AND ADVANCED TECHNOLOGY. Bucharest : WSEAS Press, 2008.

CODESP, Mensário Estatístico de Movimentação. Available at http://www.portodesantos.com.br/authority/estatistica.html. Accessed in Jan. 14 2008 at 8:02 am. CODESP, Serviço de Imprensa. Available at http://www.portodesantos.com/releases/arquivo2/0307.html. Accessed in Jan. 14 2008 at 8:05am. CODESP, Relatório da Administração 2006. Available at: http://www.portodesantos.com.br/relatorio/CODE SP-RELATORIO2006.PDF. Accessed in Jan. 14 2008, 8:07am.

Page 174: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

174

Supervia de Dados - "Supervia of information in the port of Santos' it is an electronic means of data, aiming the exchange of documents between the entities and authorities established in the Port of Santos, with maximum speed and reliability of communication through the Internet. With application of computer technology in the state of the art, aim to implement operational efficiency, minimise errors and reduce the cost of communication. Available at http://www.portodesantos.com/supervia/projeto.html. Accessed in Jan. 21 2008, 8:09am. H.M.Deitel, P.J.Deitel, Java – How to Program, Sixth Edition. Deitel & Associates, Inc. CARLSON, DAVID - Modelagem de Aplicações XML com UML – Aplicações práticas de e-business. Pearson Education do Brasil, 2002. ECKEL, BRUCE, Thinking in Java, Third Edition. Prentice Hall. COAD, PETER, MAYFIELD, MARK, Projeto de Sistemas em Java – Construindo Aplicativos e Melhores Applets. Makron Books do Brasil Editora Ltda. HOLZNER, STEVEN, Desvendando XML, Editora Campus Ltda., 2001. LIN, Y.B., and CHLAMTAC, I. Wireless and Mobile Network Architectures, John Wiley & Sons,Inc, 2001. DONG, ANDY; MAHER, MARY; DARUWALA, YOHANN, Construction Defect Reporting Using Mobile and Digital Workbench Technologies, Joint International Conference on Computing and Decision Making in Civil and Building Engineering, ISBN 2-921145-58-8, 2006, pp. 3597-3606. CHITTARO, LUCA; ZULIANI, FRANCESCO; CARCHIETTI, ELIO, Mobile Devices in Emergency Medical Services: User Evaluation of a PDAbased Interface for Ambulance Run Reporting. Mobile Response, Springer-Velag, Berlin, 2007, pp. 20-29. HJ Scholl, R Fidel, S Liu, M Paulsmeyer, K Unruh, E-Gov Field Force Automation: Promises, Challenges, and Stakeholders. Electronic Government: Sixth International Conference, ISBN 978-3-540-74443-6, 2007, pp. 127-142. CHEN, Y; KAMARA, JM, Using Mobile Computing For Construction Site Management, Engineering, Construction and Architectural Management, Vol. 15, No. 1, 2008, pp. 7-20. TRENTHAM, G; HJ Scholl, Current Practices in Field Force Automation: Decision Support and Information Management for the Field Force, Hawaii International Conference on System Sciences, IEEE Digital Library Xplore, 2008, pp. 1530-1605.

FONTANA, C. F. et al. Technological model for application of mobile technology in the process of highway transportation of imported sulfur . In: 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2009, Rodos. Anais do 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Rodos : WSEAS Press, 2009.

Page 175: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

175

Private Port Facility : the one exploited by a public or private legal entity, within or outside the area of the port, used in the movement of passengers or in the movement of storage of goods, intended to or coming from waterway transportation. (Wording given by Law No. 11.314 of 2006). Source: Presidency of the Republic – Civil Department – Sub-chief Office for Legal Affairs. Law No. 8.630, of February 25, 1993. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8630.htm - Accessed on August 29, 2008, 5:15pm. DNPM-DEM, Mineral Commodity Summaries – 2000.

FONTANA, C. M. et al. Model for Control of Solid Wastes from Vessels. In: 8tht WSEAS International Conference on System Science and Simulation in Engeneering (ICOSSSE`09), 2009, Genova. Anais do 8th WSEAS International Conference on System Science and Simulation in Engeneering. Genova : WSEAS Press, 2009.

ANVISA Resolution 117. Available at < http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php>. Accessed on 08/17/09, 4:43pm. PHILOMENA, Antônio Libório e QUINTANA, Cristiane Gularte. O tratamento dado aos resíduos sólidos pela administração do Porto do Rio Grande: uma abordagem relacionada à educação ambiental. Available at: <http://www.seer.furg.br/ojs/index.php/sinergia/article/view/590/149>. Accessed on 08/17/2009, 4:47pm. ZAKON, Abraham. Lixões e aterros envenenam o ambiente. Available at: <http://www.usinaverde.com.br/admin/anexos/artigoazakon.pdf>. Accessed on 08/17/09. GOMES, Olívio Antônio Palheta. GESTÃO AMBIENTAL PORTUÁRIA: análise da qualidade ambiental da Companhia Docas do Pará – CDP. <http://www.cdp.com.br/arquivo/artigos/Gestao%20Ambiental%20Portuaria.pdf>. Accessed on 08/19/2009, 2:23pm. DIAS E. M., FONTANA C. F., MORI F. H., FACIOLI L. P., ZANCUL P. J.. Security Supply Chain. In: 12th WSEAS International Conference on Systems, 2008, Heraklion. New Aspects of Systems. Heraklion : WSEAS Press, 2008. v. Part I. p. 771-776.

GARCIA, V. Modelo de automação Colaborativa para aumentar a eficácia nos processos do gerenciamento da cadeia logística de suprimentos. 2008. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

GARCIA, V. et al. Automation Model to Increase Efficiency in the Supply Chain Management Processes. In: 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2008, Heraklion. Anais 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Heraklion : WSEAS Press, 2008.

Page 176: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

176

HAYES, R.H.; WHEELWRIGHT, S.C. Restoring Our Competitive Edge. New York: Wiley & Sons, 1984.

LUDOVICO, N. Logística Internacional: um enfoque em comércio exterior . São Paulo: Saraiva, 2007. 387 p.

KURAMOTO, A. S. et al. Automation of Port Facilities for Import of GNL . In: 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2009, Rodos. Anais do 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Rodos : WSEAS Press, 2009.

DAIDEL, Notas de aula da disciplina PEA-5727, Tópicos de Eficiência Energética, 2008. Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Matriz Energética Brasileira 2030. Available at: < www.epe.gov.br/>. Accessed on: August 12, 2008, 3:56pm. GASNET, O Site do Gás Natural. Available at: <http://www.gasnet.com.br/>. Accessed on: August 12, 2008, 3:58pm. LOURENÇO, SERGIO RICARDO, Gás Natural: Perspectivas e Utilização, Dissertação de mestrado, Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, 2003. Associação Portuguesa do Veículo a Gás Natural. Available at <http://www.apvgn.pt/>. Accessed on: August 12, 2008, 4:03pm. Ricardo Takeshi Uemura, Geração de GNL para Contingenciamento em Plantas, Course Completion Article PME2599 Projeto Integrado II, Polytechnic School of the University of São Paulo, 2006. Alert! The International Maritime Human Element Bulletin , Issue No. 15, September 2007, ISSN 1747-5015. Available at <http://www.he-alert.org>. Accessed on: August 12, 2008, 11:24am. ISO, ISO 17894:2005: Ships and Marine Technology. Available at: <http://www.iso.org>. Accessed on: August 12, 2008, 10:23am. Environmental Protection Department of the Government of Hong Kong. Available at: <http://www.epd.gov.hk/>. Accessed on: August 17, 2008, 5:30pm. Yokogawa Europe BV, Process Control and Plant Safety, Business Briefing: LNG Review 2005, Technology & Services, 2005, pp. 1-3. IEC, IEC 61508: Functional safety of electrical/electronic/programmable electronic safety-related systems (brochure). Available at: <http://www.iec.ch/>. Accessed on: August 12, 2008, 8:30am.

Page 177: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

177

Sistema Instrumentado de Segurança garante funcionamento seguro da planta, Revista Petro & Química, Valete Editora Técnica Comercial Ltda., Edição 283, Abril de 2006. Available at: <http://www.editoravalete.com.br/site_petroquimica/edicoes/ed_283/283.html>. Accessed on: August 12, 2008, 10:20am. INMETRO <http://www.inmetro.gov.br>. Accessed on: August 12, 2008, 10,22am. ABNT, NBR IEC 60079: Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas. Available at: <http://www.abntnet.com.br>. Accessed on: August 12, 2008, 9:30pm. Siemens, Solutions for Oil & Gas Industry. Available at: < http: //www. industry. siemens. com/ oil-gas/ en/ processes/ midstream/ lng/terminals.htm>. Accessed on: August 12, 2008, 2:05pm. HART Communication Foundation. Available at: <http://www.hartcomm2.org>. Accessed on: August 12, 2008, 2:10pm. Website of manufacturer Rosemount. Available at: <http://www.rosemount-tg.com/lng/>. Accessed on: August 15, 2008, 10:15pm. Carrera, Ricardo Ariane Siva, Modelagem dinâmica e controle de turbinas a gás, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, Master’s Degree Dissertation, Area of Systems and Control, 2006. Siemens, Oil & Gas Technologies - LNG Terminals. Available at: http:// www. industry. siemens. com/ oil-gas/ EN/ references/ lng_terminals.htm>. Accessed on: August 12, 2008, 1:00pm.

(A) MELLO, N. O.; FONTANA, C. F.; DIAS, E. M. The Impacts of Eletronic Invoice Implementation in Brazil . In: 6º CONTECSI - International Conference on Information Systems and Technology Management, 2009, São Paulo. Anais do 6ºCONTECSI, 2009.

BRASIL. Ajuste Sinief n º 07, de 30 de setembro de 2005. Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Acessado em 09 de jan. 2009. BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acessado em 04 de jan. 2009, 1:10pm. BRASIL. Protocolo ICMS n º 10, de 18 de abril de 2007. Estabelece obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para os setores de fabricação de cigarros e distribuição de combustíveis líquidos. Disponível em: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Acessado em 08 de jan. 2009.

Page 178: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

178

BRASIL. Protocolo ICMS n º 68, de 04 de julho de 2008. Altera as disposições do Protocolo ICMS 10/07, que estabelece a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para os setores que especifica. Disponível em: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Acessado em 08 de jan. 2009. CAMPOS, A. C. M. Validade Jurídica e Eficácia Probatória do Documento Eletrônico. In: TRIBUTAÇÃO E PROCESSO. São Paulo: Editora Noeses, 2007, pág. 50 - 75 ENCAT – Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais. Projeto Conceitual do Sistema NF-e. Disponível em: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/docs/Projeto_Conceitual_Sistema_NFe_Versao_22_07_06.doc. Acessado em 09 de jan. 2009, 10:30am. MELLO, N. O. Nota Fiscal Eletrônica: Consolidação de um novo paradigma na administração tributária Brasileira . In: Direito Tributário Linguagem e Método. São Paulo: Editora Noeses, 2008. p. 741 – 772. PEREIRA, S. A. et al. Governança Eletrônica na Administração Pública: Estudo de Caso sobre a Nota Fiscal Eletrônica – NF-e. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 18, 2008. Anais. Disponível em http://www.congressocfc.org.br/hotsite/trabalhos_1/421.pdf. Acessado em 25 de out. 2008, 10:33am.

MELLO, N. O. et al. The Evolution of the Electronic Tax Documents in Latin America. In: 8tht WSEAS International Conference on System Science and Simulation in Engeneering (ICOSSSE`09), 2009. Genova : WSEAS Press, 2009.

Centro de Estudios de La Economia Digital. Santiago Chamber of Commerce. Perspectivas de La Factura Electrónica em Chile. 2002. Available at: www.sii.cl/factura_electronica/camara_comercio.pdf. Accessed on 08/28/2009. Chile. Servicio de Impuestos Internos (Internal Tax Service). Documentation Técnica del Sistema. Available at: www.sii.cl/factura_electronica/tecnica.htm. Accessed on: 08/28/2009. Chile. Servicio de Impuestos Internos (Internal Tax Service). Estatísticas sobre Factura Electrônica. Available at: www.sii.cl/portales/efactura/estadistic.htm. Accessed on: 09/01/2009. DIAN – Dirección de Impuestos y Aduanas Nacionales de Colômbia. Available at www.dian.gov.co. Accessed on 08/28/2009. DIAS, E. M.; FERNANDEZ, M.L.A.; FONTANA, C.F. and MELLO, N.O. The Implementation of The Electronic Tax Documents in Brazil as a Tool to Fight Tax Evasion. Proceedings of the 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, ISBN: 978-960-474-097-0, 2009, p.p. 455 – 463. ENCAT – Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais. Projeto Conceitual do Sistema NF-e. Available at:

Page 179: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

179

http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/docs/Projeto_Conceitual_Sistema_NFe_Versao_22_07_06.doc. Accessed on January 09, 2009, 9:15am. MELLO, N. O. Nota Fiscal Eletrônica: Consolidação de um novo paradigma na administração tributária Brasileira . In: Direito Tributário Linguagem e Método. São Paulo: Editora Noeses, 2008. p. 741 – 772. SAT – Servicio de Administración tributaria del México. Comprobantes Fiscales Digitales (facturación electrónica). Available at: www.sat.gob.mx/sitio_internet/e_sat/comprobantes_fiscales/default.asp. Accessed on 08/28/2009, 3:15pm. SRI – Servicio de Rentas Internas del Equador. Available at: www.sri.gov.ec. Accessed on 08/28/2009.

MELLO, N. O. et al. The Implementation of the Electronic Tax Documents in Brazil as a Tool to Fight Tax Evasion. In: 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2009, Rodos. Anais do 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Rodos : WSEAS Press, 2009.

BRASIL. Ajuste Sinief n º 07, de 30 de setembro de 2005. Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on May 25, 2009, 2:00pm. BRASIL. Ajuste Sinief n º 09, de 25 de outubro de 2007. Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on May 25, 2009, 2:05pm. BRASIL. Constitution of the Federative Republic of Brazil, of October 05, 1988. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Accessed on January 04, 2009, 2:30pm. BRASIL. Protocolo ICMS n º 10, de 18 de abril de 2007. Estabelece obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para os setores de fabricação de cigarros e distribuição de combustíveis líquidos. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on January 08, 2009, 3:15pm. BRASIL. Protocolo ICMS n º 68, de 04 de julho de 2008. Altera as disposições do Protocolo ICMS 10/07, que estabelece a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para os setores que especifica. Available at: http://www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on January 08, 2009, 10:00am. CAMPOS, A. C. M. Validade Jurídica e Eficácia Probatória do Documento Eletrônico. In: TRIBUTAÇÃO E PROCESSO. São Paulo: Editora Noeses, 2007, pág. 50 - 75

Page 180: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

180

ENCAT – Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais. Projeto Conceitual do Sistema NF-e. Available at: http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/docs/Projeto_Conceitual_Sistema_NFe_Versao_22_07_06.doc. Accessed on January 09, 2009. MELLO, N. O. Nota Fiscal Eletrônica: Consolidação de um novo paradigma na administração tributária Brasileira . In: Direito Tributário Linguagem e Método. São Paulo: Editora Noeses, 2008. p. 741 – 772.

MELLO, N. O. et al. New Technologies for Nota Fiscal Paulista (São Paulo tax Invoice): Automation of the Tax Documents Issue Process in the Retail of the State of São Paulo - Brasil. In: 8tht WSEAS International Conference on System Science and Simulation in Engeneering (ICOSSSE`09), 2009, Genova. Anais do 8th WSEAS International Conference on System Science and Simulation in Engeneering. Genova : WSEAS Press, 2009.

Andy Dong; Mary Maher; Yohann Daruwala, Construction Defect Reporting Using Mobile and Digital Workbench Technologies, Joint International Conference on Computing and Decision Making in Civil and Building Engineering, ISBN 2-921145-58-8, 2006, pp. 3597-3606. BRASIL. ICMS Convention nº 85 of October 04, 2010. It establishes hardware, software and general requirements for the development of a Tax Voucher Issuing (ECF) piece of equipment, the procedures applicable to the ECF user taxpayer and to the accredited companies, and other covenants. Available at: www.fazenda.gov.br/confaz. Accessed on August 05, 2009 BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Available at: www.ibge.gov.br Accessed on August 20, 2009. CONFAZ. ICMS Collection - Current Amounts as of 2008. Available at: www.fazenda.gov.br/confaz/boletim/. Accessed on August 20, 2009, 4:15pm. DIAS, E. M.; FERNANDEZ, M.L.A.; FONTANA, C.F. and MELLO, N.O. The Implementation of The Electronic Tax Documents in Brazil as a Tool to Fight Tax Evasion. Proceedings of the 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, ISBN: 978-960-474-097-0, 2009, p.p. 455 – 463. TRENTHAM, G; SCHOLL, HJ, Current Practices in Field Force Automation: Decision Support and Information Management for the Field Force, Hawaii International Conference on System Sciences, IEEE Digital Library Xplore, 2008, pp. 1530-1605. HJ Scholl, R Fidel, S Liu, M Paulsmeyer, K Unruh, E-Gov Field Force Automation: Promises, Challenges, and Stakeholders. Electronic Government: Sixth International Conference, ISBN 978-3-540-74443-6, 2007, pp. 127-142. LIN, Y.B., and CHLAMTAC, I. Wireless and Mobile Network Architectures, John Wiley & Sons,Inc, 2001.

Page 181: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

181

MELLO, N. O. Nota Fiscal Eletrônica: Consolidação de um novo paradigma na administração tributária Brasileira . In: Direito Tributário Linguagem e Método. São Paulo: Editora Noeses, 2008. p. 741 – 772. NOTA FISCAL PAULISTA. Information on the São Paulo Tax Invoice. Available at: www.nfp.fazenda.sp.gov.br. Accessed on August 20, 2009, 3:30pm. SÃO PAULO. Information on/about the State of São Paulo. Available at: www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/principal_conheca Accessed on August 20, 2009, 3:35pm. SÃO PAULO. Law 12.685 of August 28, 2007. It provides on the creation of a Program for Incentive of Tax Citizenship of the State of São Paulo, and other covenants. Available at: www.nfp.fazenda.sp.gov.br. Accessed on August 10, 2009, 3:40pm.

RUSSO, A. F. Comércio internacional,um modelo para segurança portuária e modernização Aduana brasileira. 2006. 122 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

RUSSO, A. F. et al. Customs Security System Model. In: 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2008, Heraklion. Anais 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Heraklion : WSEAS Press, 2008.

CASTELLA, Eduardo Marcelo. Aspectos de viabilização e otimização dos serviços públicos. – A tecnologia da informação jurídica – organizador Dr. Hugo César Hoeschl. Revista IJURIS. Disponível em <http://www.phoenix-library.org/download.php?ref=7028&format=PDF>. Acesso em: 20 set. 2004, 14:25. COIMBRA, Delfim Bouças. O conhecimento de carga no transporte marítimo. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2000. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1988. CSI. Disponível em <http://www.cbp.gov>. Acesso em: 27 maio 2006, 16:00h. DECRETO-LEI 37, de 18 de novembro de 1966. Dispõe sobre o imposto de importação, reorganiza os serviços aduaneiros e dá outras providências. Disponível em: www.infoconsult.com.br, Acesso em 27 maio 2006, 16:05h. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E RECURSOS HUMANOS – SRF. Ministério da Fazenda. Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/EstTributarios/PalestrasCIAT/2000/Portugues/organizacional.htm>. Acesso em: 27 maio 2006 as 17:00h.

Page 182: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

182

ISPS-CODE. Disponível em: <http://www.dotars.gov.au/transsec/imo/imo_isps_info.aspx>. Acesso em: 27 maio 2006, as 13:05h KEEDI, Samir. Logística de transporte internacional: veículo prático de competitividade. São Paulo: Aduaneiras, 2001 as 12:30h. LEI 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências. (LEI DOS PORTOS). Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L8630.htm>,. Acesso em 27 maio 2006, 16:30h.. OLIVEIRA, Carlos Tavares de. Modernização dos portos. 3. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2000. OMA. Disponível em: <http://www.wcoomd.org/ie/En/Topics_Issues/topics_issues.html>. Acesso em: 27 maio 2006 as 10:00h. PÁSCOA, Carlos Louzada. Supervisor do Projeto Memória da Unafisco Sindical. Brasília, 1999. REGULAMENTO ADUANEIRO, Decreto 4.543, de 26 de dezembro de 2002. Regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior. Ministério da Fazenda. Receita Federal. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Decretos/2002/dec4543.htm. Acesso em 27 maio 2006, 16:25h. VIEIRA, Guilherme Bergmann Borges. Transporte internacional de cargas. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2002.

TORRES, L. F. Estudo Analítico e Operacional da Supervia Eletrônica de Dados: um modelo de gestão eletrônica para os portos brasileiros. 2008. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

TSUZUKI, F. et al. Access Control Systems Integration Model tergeting Public Security in Ports. In: 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2008, Heraklion. Anais 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Heraklion : WSEAS Press, 2008.

OPC Unified Architecture Wolfgang Mahnke, Stefan-Helmut Leitner and Matthias Damm / Springer ISBN: 3540688986 OPC - Fundamentals, Implementation, and Application Frank Iwanitz and Jürgen Lange / Hüthig - ISBN: 3778529048

U.S. CUSTOMS AND BORDER PROTECTION. U.S. Government. Container Security Iniciative – 2006 – 2011 Strategic Plan. United States: August 2006 Available at:

Page 183: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

183

http://www.cbp.gov/linkhandler/cgov/border_security/international_activities/csi/csi_strategic_plan.ctt/csi_strategic_plan.pdf, Acesso em 12/12/09, as 20:30h. COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Porto de Santos. Informações e Dados Estatísticos sobre o Porto de Santos, relatórios gerenciais da Cia. Docas do Estado de São Paulo – CODESP. Santos: 2007. Available at: <http://www.portodesantos.com.br/authority/estatistica.html> Acesso em 12/12/09, as 20:32h. COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Cartilha do Controle de Acesso nas Áreas Restritas do Porto de Santos. Santos: 2005. Available at: < http://www.superviadedados.com.br/ > Acesso em 12/12/09, as 20:35h. COMISSÃO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA NOS PORTOS, TERMINAIS E VIAS NAVEGÁVEIS - CONPORTOS. Ministério da Justiça. Plano Nacional de Segurança Pública Portuária. 1st ed. Brasília: [s.n.], 2002, 23 p. Available at: http://www.mj.gov.br/senasp/biblioteca/documentos/plano%20nacional.pdf. Acesso em 12/12/09, as 20:30h.

Rastreamento Graber via GPS www.graber-rastreamento.com.br/transportadora.htm. Acessado em 02 jun. 2009, as 19:00.

VICENTE, D. T. et al. The use fo AVL integrated with RFID for the transportation of fractioned cargo. In: 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2009, Rodos. Anais do 13th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Rodos : WSEAS Press, 2009.

Caixeta-Filho, J. V. Gestão Logística do Transporte de Cargas. São Paulo. Editora Atlas. 2001 SOARES, R.C. Estudo de Código de Barras por Análise de Imagens. Campinas. UNICAMP. 2001 FAHL C.R. Um estudo sobre a viabilidade de implantação de etiquetas inteligentes como vantagem competitiva em um Centro de Distribuição. Campinas. Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa. 2005 AZEVEDO M.R.P.L. Modelo de Automação Aplicado a Cargas em Trânsito. São Paulo. University of São Paulo. VIEIRA, M. et al. The Impact of Electronic Invoice in the Safe Supply Chain. In: 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS, 2008, Heraklion. Anais 12th WSEAS International Conference on SYSTEMS. Heraklion : WSEAS Press, 2008. ENCAT , Encontro Nacional dos Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais.

Page 184: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

184

SRF, Coordenação Geral de Fiscalização da Secretaria da Receita Federal. DIAS, E. M. ; VIANNA JÚNIOR, Edison de Oliveira ; PIQUEIRA, José Roberto Castilho . Cargo Control System based on Internet facilities. Wseas Transactions On Computers, v. 3, p. 2102-2107, 2004 BRAGA, Andrea Lucia ; ALMEIDA, José Luiz Antunes de ; DIAS, E. M. ; PIQUEIRA, José Roberto Castilho. Model of Electronic Data Interchange for Brazilian Port System. Wseas Transactions on Computers, v. 3, p. 2112 - 2117, 04 dez. 2004.

Page 185: CAIO FERNANDO FONTANA - teses.usp.br · A seguir, serão apresentadas as propostas de normatização do processo de cadeia logística ... (IMO), through the International Code of

185

7 ANEXOS

ANEXO A – SISTEMA DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA CADEIA LOGÍSTICA