4
CAIO PRADO JUNIOR – Evolução Política do Brasil Capítulo 1 – A Colonização Caráter Geral da Colonização Problemas portugueses para colonizar as terras brasileiras: déficit populacional, outras colônias já estabelecidas. Expansão ultramarina século XV : burguesia comercial em busca de lucro. Caso Brasil: decepção num primeiro momento, não existência de metais preciosos (não viram metais preciosos) não viram riquezas de fácil extração. abandono da burguesia comercial de qualquer projeto de colonização. Diante das invasões: Uti Posidetis como forma de defesa portuguesa. Capitanias hereditárias: diante da impossibilidade da coroa de financiar um projeto de colonização, entrega para a iniciativa privada(burguesia comercial) as rédeas do processo. As capitanias como solução surgem devido ao sucesso de outros empreendimentos em colônias portuguesas. Caráter feudal do projeto de capitanias: Proprietários de terra não eram donos da terra, eram somente responsáveis pelos fluxos de capital e de burocracia que ocorriam sobre ela. CPJ assinala que as capitanias portanto não deixaram grandes marcas na formação do brasil, somente a idéia de que a riqueza está ligada à terra, posse da terra e seus recursos naturais caráter agrário exportador da colônia exploração ligada á posse fundiária. A Economia Colonial A produção brasileira se funda na Grande exploração agrícola ou no trabalho individual de pequenos agricultores? Impossibilidade da pequena propriedade de competir – altos investimentos iniciais, ausência do trabalho escravo(por parte dos trabalhadores livres), ausência de um mercado interno que absorvesse a produção. Ausência de mercado nos centros urbanos Economia agrícola como base material da colônia.

Caio Prado Junior

Embed Size (px)

DESCRIPTION

caio prado juniot

Citation preview

CAIO PRADO JUNIOR Evoluo Poltica do Brasil Captulo 1 A Colonizao Carter Geral da ColonizaoProblemas portugueses para colonizar as terras brasileiras: dficit populacional, outras colnias j estabelecidas. Expanso ultramarina sculo XV : burguesia comercial em busca de lucro. Caso Brasil: decepo num primeiro momento, no existncia de metais preciosos (no viram metais preciosos) no viram riquezas de fcil extrao. abandono da burguesia comercial de qualquer projeto de colonizao. Diante das invases: Uti Posidetis como forma de defesa portuguesa. Capitanias hereditrias: diante da impossibilidade da coroa de financiar um projeto de colonizao, entrega para a iniciativa privada(burguesia comercial) as rdeas do processo. As capitanias como soluo surgem devido ao sucesso de outros empreendimentos em colnias portuguesas. Carter feudal do projeto de capitanias: Proprietrios de terra no eram donos da terra, eram somente responsveis pelos fluxos de capital e de burocracia que ocorriam sobre ela.CPJ assinala que as capitanias portanto no deixaram grandes marcas na formao do brasil, somente a idia de que a riqueza est ligada terra, posse da terra e seus recursos naturais carter agrrio exportador da colnia explorao ligada posse fundiria. A Economia ColonialA produo brasileira se funda na Grande explorao agrcola ou no trabalho individual de pequenos agricultores?Impossibilidade da pequena propriedade de competir altos investimentos iniciais, ausncia do trabalho escravo(por parte dos trabalhadores livres), ausncia de um mercado interno que absorvesse a produo.Ausncia de mercado nos centros urbanos Economia agrcola como base material da colnia. A Sociedade colonial A sociedade colonial brasileira o reflexo fiel de sua base material: a economia agrria que descrevemos.Latifundio Absorve a terra / Senhor rural monopoliza a riqueza, o prestigio e o domnio. Alta rentabilidade do acar devido a seu preo no mercado internacional, e devido ao monoplio que o brasil detinha da produo da cana, favorecendo assim a formao de grande fortunas. Opo metodolgica: Simplicidade da estrutura social: Duas classes proprietrios rurais, senhores de engenho e de fazendas/ populao de trabalhadores do campo, escravos e semilivres. O Estatuto poltico da colnia O poder que os latifundirios possuam em termos materiais ( posse da terra, do engenho, dos escravos) se refletia no poder que possuam dentro da ordem poltica, de modo que chegavam a ofuscar o poder que teoricamente a coroa tinha na colnia. Na observao de um fato social no podemos nos limitar ao sistema jurdico que teoricamente o rege. A realidade objetiva por vezes muito mais ampla, quando no contrria a ele. Desse modo: Se dentro do sistema poltico vigente na colnia s descobrimos a soberania, o poder poltico da coroa, vamos encontra-lo, de fato, investido nos proprietrios rurais que o exercem atravs das administraes municipais.

A COLNIA (II)Novas condies econmicasContradio fundamental do regime: interesses nacionais e portugueses dispares. Progresso econmico (exportaes e minerao) barrados pela opresso colonial da metrpole. Diante da decadncia do reino portugus devida a insucessos no comrcio das Indias e guerras com a Espanha, a colnia brasil aumenta de importncia sobrando como ltima base em que se apoiasse a atividade mercantil do reino portugus Parasitismo LusitanoRestries comerciais canalizao das atividades comerciais da colnia pela metrpole.Novas formas sociais e polticasA relativa simplicidade da estrutura social brasileira no primeiro sculo e meio do descobrimento se complica na segunda metade do sculo XVII, com o aumento da riqueza e desenvolvimento econmico do pas pela intromisso de novas formas econmicas e sociais.Economia agrria desenvolvimento da economia mobiliria : comercio e crdito. Queda nos preos do acar no mercado mundial. Surgimento de uma burguesia de negociantes: embate com a velha burguesia agrria.Processo de deslocamento da autoridade polticaAlinham-se assim, frente a frente, diferenciados pela evoluo econmica e social da colnia, interesses opostos: de um lado os dos brasileiros, especialmente dos proprietrios rurais, a aristocracia fundiria nacional, que mais diretamente sofria o nus da opresso colonial; de outro os da metrpole, e a eles ligados, os dos mercadores portugueses, a burguesia nacional.A REVOLUO D.Joo VI no Brasil Processo de emancipao poltica do Brasil Singularidades desse processo histrico. Inserida dentro dos processos de independncia de outras colnias americanas CONTRADIO: diferentemente das outras colnias americanas, onde a independncia ocorre por um processo de ruptura adrupto e violento, no Brasil o governo metropolitano que guia o processo de autonomia poltica da colnia.Junto da vinda da famlia portuguesa para o Brasil, a mudana do centro poltico da metrpole para os territrios da colnia, ocorre uma mudana no panorama econmico da colnia isso causando desdobramentos no arranjo politico do Brasil. Abertura dos portos as naes amigas.