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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

de Aljustrel e Almodôvar, CRL

RELATÓRIO E CONTAS 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Índice Pág.

1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ________________________________ 4

2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE ALJUSTREL E ALMODÔVAR _____________________________________ 5

2.1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO __________________________________________ 5 2.2. ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA ____________________________ 5 2.3. ASSEMBLEIA GERAL _________________________________________________________ 6

2.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral _______________________________ 6 2.3.2. Competência da Assembleia Geral ______________________________________ 6

2.4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO _______________________________________________ 7 2.4.1. Composição do Conselho de Administração ______________________________ 7 2.4.2. Competências do Conselho de Administração _____________________________ 7 2.4.3. Reuniões do Conselho de Administração _________________________________ 8 2.4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração ______ 8

2.5. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO ___________________________________________________ 9 2.5.1. Conselho Fiscal _______________________________________________________ 9 2.5.2. Revisor Oficial de Contas ______________________________________________ 9

2.6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE

FISCALIZAÇÃO ___________________________________________________________________ 10 2.7. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES ________________________________ 21

3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO _______________________ 23

3.1. INTRODUÇÃO ____________________________________________________________ 23 3.2. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO __________________________________________ 24 3.3. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL _______________________________________________ 31 3.4. MERCADOS FINANCEIROS ___________________________________________________ 35 3.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018 ___________________________________ 40 3.6. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE _______________________________________ 42 3.7. OUTROS FACTORES RELEVANTES ______________________________________________ 48 3.8. ANÁLISE FINANCEIRA ______________________________________________________ 53

3.8.1. Quadro de indicadores _______________________________________________ 53 3.8.2. Estrutura Patrimonial _________________________________________________ 56 3.8.3. Aplicações em Instituições de crédito___________________________________ 57 3.8.4. Crédito a clientes ____________________________________________________ 58 3.8.5. Crédito vencido _____________________________________________________ 59 3.8.6. Ativos não correntes detidos para venda ________________________________ 60 3.8.7. Ativos tangíveis e intangíveis __________________________________________ 60 3.8.8. Investimentos em associadas _________________________________________ 60 3.8.9. Outros Ativos _______________________________________________________ 60 3.8.10. Recursos de Clientes _________________________________________________ 61 3.8.11. Crédito / Recursos por balcão _________________________________________ 62 3.8.12. Capitais Próprios ____________________________________________________ 65 3.8.13. Rendibilidade _______________________________________________________ 65 3.8.14. Resultado Líquido ___________________________________________________ 66 3.8.15. Margem Financeira __________________________________________________ 67 3.8.16. Produto Bancário ____________________________________________________ 68

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3.8.17. Custos Administrativos _______________________________________________ 69 3.8.18. Provisões e Imparidade ______________________________________________ 70 3.8.19. Impostos ___________________________________________________________ 71

3.9. ATIVIDADE SEGURADORA ___________________________________________________ 72 3.9.1. Ramo não vida ______________________________________________________ 72 3.9.2. Ramo vida __________________________________________________________ 73

3.10. MOVIMENTO ASSOCIATIVO __________________________________________________ 74

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS _______________________________________ 75

4.1. BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 _______________________________________ 75 4.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 _____________________ 76 4.3. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 _________________ 77 4.4. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 _____ 78 4.5. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS INTEGRAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 _____________ 78 4.6. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 ______________ 80

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ___________________________ 133

6. PARECER DO CONSELHO FISCAL_______________________________________ 134

7. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS ____________________________________ 135

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1. Convocatória da Assembleia Geral

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e

Almodôvar, C.R.L., pessoa coletiva nº 500 984 549, com sede na Rua José Francisco da Silva Álvaro, nº4, em Aljustrel,

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Aljustrel sob o mesmo número, com o capital social realizado de €

5.000.000 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral,

no dia 28 de março de 2018, pelas 14 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel, para discutir e votar as

matérias da seguinte

1. ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2017 e do

relatório anual do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração

praticadas na Caixa Agrícola.

5. Discussão e votação da alteração integral dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes da proposta cujo

texto integral ficará à disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente

convocatória, sem prejuízo de, na Assembleia Geral, poderem ser propostas pelos Associados redações diferentes.

6. Discussão e votação da alteração do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola.

7. Discussão e votação da alteração da Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos

de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

8. Deliberação sobre Proposta de aumento do Capital Social, nos termos dos números 1 e 5 do artigo 16º e do número

4 do artigo 44º, todos do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (Decreto-Lei nº 24/91, de 11 de Janeiro), por

incorporação de reservas (reserva legal e outras reservas) no valor total de 600.000 € (seiscentos mil euros), dos

quais 400.000 € provenientes da reserva legal e 200.000 € provenientes de outras reservas, a atribuir

exclusivamente à Caixa Agrícola;

9. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda

convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

A Assembleia reunirá fora da sede social da Caixa Agrícola devido à inexistência de sala com condições para a realização

da mesma.

Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do

disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de

Agosto.

Aljustrel, 20 de fevereiro de 2018

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2. Estrutura e Prática de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola de Aljustrel e Almodôvar

2.1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, CRL adota o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração,

Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral,

para um mandato de três anos.

2.2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Assembleia Geral

Conselho de

Administração

Conselho Fiscal

Revisor Oficial de

Contas

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2.3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

2.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Vice-Presidente: Eng. Manuel Salvador Canijo de Quadros Costa

2.3.2. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de

contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho

Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

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2.4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo

de três e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por 5 membros efetivos e 1 suplente, com

mandato para o triénio 2016 / 2018.

2.4.1. Composição do Conselho de Administração

Efetivos:

Presidente: Dr. José Duarte Brando Albino

Vogal: Eng.º João Luís Fernandes Figueira

Vogal: Dr. Orlando José Matos Felicíssimo

Vogal: Sr. José Manuel Alexandre Palma

Vogal: Eng.º Técnico Manuel Caetano Mestre

Suplente:

Eng.º Técnico António Patrocínio Dias

2.4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de

acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades

e de orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior;

Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

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2.4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um total de

94 reuniões em 2017.

2.4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da

seguinte forma:

Presidente Executivo: Dr. José Duarte Brando Albino

Administrador Executivo: Eng.º João Luís Fernandes Figueira

Administrador Executivo: Dr. Orlando José Matos Felicíssimo

Administrador Não Executivo: Sr. José Manuel Alexandre Palma

Administrador Não Executivo: Eng.º Técnico Manuel Caetano Mestre

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2.5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de

Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de

atividades e de orçamento.

2.5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e 2 suplentes.

2.5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Efetivos:

Presidente: Dra. Maria da Luz Fernandes Romano Colaço

Vogal: Sr. António Francisco Raposo Pereira

Vogal: Eng.º Técnico António José Espada Martelo

Suplentes:

Eng.º Técnico Mário Augusto Nascimento Mangorrinha

Dr. Tiago Leote Cravo

2.5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, pelo menos, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2017, um total de 8

reuniões.

2.5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o

cargo a Sociedade:

Diz & Associados - SROC, LDA, representado pelo Sr. Dr. Rui Manuel Tavares Leitão,

ROC nº1519.

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2.6. Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, crl

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redação que

lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º,

número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o

Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALJUSTREL E

ALMODÔVAR, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA

AGRÍCOLA para o ano de 2017.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a refletir

adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o

âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos

assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da

mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado

qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo

que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria

das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela

atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a atual redação do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo

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Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso,

considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº

157/2014;

d. A Diretiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Diretiva de Requisitos

de Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de

Requisitos de Capital);

f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22;

g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade

na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada a elementos

como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza

geográfica à atuação da dita Instituição, fatores que determinam que a tais funções correspondam

muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos

Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer

comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insuscetíveis de

levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da

Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as

disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se

considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas

revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas

das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº

3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente

Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5,

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do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os

seguintes objetivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a

assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objetivos, valores e

interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,

fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade

organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização e os critérios

para a componente variável da remuneração, fundamentados no desempenho sustentável e

adaptado ao risco da Instituição, bem como no cumprimento das funções dos Membros do

Órgão de Administração.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la

periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do

art. 115º-C do RGICSF;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem,

consta das secções seguintes da presente Política;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos

respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma

sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de ações ou

instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de

qualquer parte da componente variável da remuneração;

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d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de

Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o

desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de

uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do

Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de

Assembleia Geral, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas

também outros critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo

a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada

aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:

CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição

desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de

presença de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º,

número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem

prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto, acrescendo a estas uma senha de

presença sempre que os mesmos compareçam em reuniões, ações de formação da própria Caixa,

da Caixa Central, da FENACAM, ou das empresas do Grupo, ou ainda, em quaisquer

reuniões/eventos intra ou extra Grupo, desde que cumulativamente, se encontrem em

representação da Caixa Agrícola e tenha sido solicitada a sua presença pelo Conselho de

Administração.

Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho

Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções.

Acresce, ainda, a esta remuneração, a atribuição dos mesmos benefícios, descontos e/ou isenções,

concedidos aos colaboradores desta Caixa Agrícola, relativamente ao preçário em vigor.

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5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros Executivos do Órgão de Administração, que é fixada pela Assembleia

Geral nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, número 1, do Estatuto Remuneratório do

Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no

referido Estatuto, consiste:

a) na parte fixa, montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia

Geral, a não ser quando estes membros sejam oriundos do quadro de pessoal da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, CRL, e tenham suspendido o respetivo contrato de

trabalho devido à sua eleição, caso em que terão direito a auferir, pelo menos a mesma retribuição

liquida que aufeririam caso o seu contrato de trabalho se mantivesse em vigor, quanto ao seu

valor, incluindo diuturnidades, isenção de horário, subsídios de alimentação, subsídio de estudo,

subsídio infantil, valor compensatório, ajudas de custo, aumentos de tabelas salariais, prémios de

antiguidade e outros, tudo atualizável nos mesmos termos e percentagens em que o forem os

salários e demais prestações dos trabalhadores da Caixa de Crédito Agrícola, de acordo com o

respetivo contrato coletivo de trabalho. Esta remuneração consiste numa componente fixa, paga

catorze meses por ano, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da

Instituição os respetivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal, etc;

b) na parte variável, num prémio de desempenho de quantia não superior a 30% de catorze vezes

o valor mensal da componente fixa a que o Administrador Executivo tenha direito;

c) acresce a esta remuneração a atribuição de telemóvel para uso no exercício das mesmas

funções; atribuição de viatura de serviço; direito ao reembolso de despesas de serviço desde que

devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos

colaboradores da Instituição; facilidades de reembolso de despesas não compreendidas, e acresce

ainda, a atribuição dos mesmos benefícios, descontos e/ou isenções, concedidos aos colaboradores

desta Caixa Agrícola, relativamente ao preçário em vigor;

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Relatório e Contas 2017 15

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

d) acresce ainda, para os membros que sejam oriundos do quadro de pessoal da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, CRL, e tenham suspendido o respetivo contrato de

trabalho devido à sua eleição, o acesso aos mesmos benefícios e concessões em vigor para os

demais trabalhadores da Caixa de Crédito Agrícola, como por exemplo, a possibilidade de acesso a

Crédito à Habitação nas mesmas condições e termos disponíveis para os demais trabalhadores da

Caixa de Crédito Agrícola, que usufruem deste produto ao abrigo do Acordo Coletivo de Trabalho

para o Crédito Agrícola, bem como, a possibilidade de acesso a financiamento de carácter ou

finalidade social ou decorrente da política de pessoal, conquanto verificados os pressupostos legal,

regulamentar ou convencionalmente exigíveis, ou ainda, a atribuição de prendas de natal aos filhos

menores de idade, nas mesmas condições e montantes, às que forem atribuídas aos filhos menores

de idade dos demais trabalhadores da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso

nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos,

designadamente para efeitos da atribuição e determinação da componente variável da

remuneração, é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos

termos acima descritos;

b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseie o

direito a uma componente variável da remuneração são os seguintes:

b.1) a evolução dos rácios e limites prudenciais;

b.2) o grau de cumprimento dos objetivos;

b.3) os resultados obtidos.

c) A avaliação do desempenho terá ainda em conta os vários tipos de riscos, atuais e futuros, bem

como, o custo dos fundos próprios e da liquidez necessária à Instituição;

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Relatório e Contas 2017 16

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

d) A definição do valor total da componente variável da remuneração combinará a avaliação do

desempenho individual e a avaliação do desempenho do Órgão de Administração como um todo

com os resultados globais da Instituição;

e) Como é usual no SICAM, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente

variável da remuneração dos Administradores Executivos, pelo que é inaplicável a alínea b) do nº 2

do art. 115º-E do RGICSF.

5.1.2 Quanto à aquisição do direito à componente variável da remuneração, malus e

clawback

a) Apenas se considerará que os Administradores Executivos são titulares de um direito adquirido à

componente variável e ao seu pagamento quando a mesma componente for sustentável à luz da

situação financeira da Instituição e fundamentada à luz do desempenho da mesma, do Conselho de

Administração e de cada Administrador Executivo, sendo que a componente variável não poderá

determinar um impacto superior a 3% dos resultados anuais líquidos da Instituição e não poderá

ser atribuída qualquer componente variável quando a Instituição apresente resultados negativos;

b) As regras constantes da presente secção serão aplicadas tendo em conta o facto de não ser

diferido o pagamento de qualquer parcela da componente variável da remuneração.

c) Sem prejuízo da legislação civil e laboral aplicável, a componente variável da remuneração será

alterada nos termos das alíneas seguintes, por aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou

reversão (clawback), caso o desempenho da Instituição regrida ou seja negativo, tendo em

consideração tanto a remuneração atual como as reduções no pagamento de montantes cujo

direito ao recebimento já se tenha constituído nos termos das alíneas a) e b);

d) A decisão de aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback) apenas

poderá incidir sobre Administradores executivos relativamente aos quais seja demonstrado, em

sede da respetiva avaliação, que participaram ou foram responsáveis por uma atuação que resultou

em perdas significativas para a Instituição, considerando-se sempre significativas as perdas que

impliquem o incumprimento de rácios ou limites prudenciais a que a Instituição esteja vinculada, ou

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Relatório e Contas 2017 17

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

que deixaram de cumprir os critérios de ínsitos na Política Interna de Seleção e de Avaliação dos

Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CCAM, designadamente a idoneidade;

e) Os mecanismos de redução (malus) e reversão (clawback) serão aplicados nos termos do nº 10

do art. 115º-E do RGICSF, ou seja, o primeiro corresponderá ao regime através do qual a

Instituição poderá, em sede de avaliação do desempenho, reduzir total ou parcialmente o montante

da remuneração variável que haja sido objeto de diferimento (se aplicável) e cujo pagamento ainda

não constitua um direito adquirido, nos termos das alíneas a) e b), e o segundo corresponderá ao

regime através do qual a Instituição, em sede de avaliação do desempenho, reterá o montante da

remuneração variável cujo pagamento já constitua um direito adquirido;

f) A decisão de aplicar os referidos mecanismos cabe ao órgão competente para a avaliação dos

Administradores Executivos, conforme definido na alínea a) da secção 5.1.1 supra.

5.1.3 Quanto ao rácio entre a componente fixa e a componente variável da

remuneração

a) Em caso algum poderá a componente variável exceder a componente fixa da remuneração.

b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, a componente variável não poderá ultrapassar 30%

de catorze vezes o valor mensal da componente fixa a que cada Administrador tenha direito.

5.1.4 Disposições gerais

a) Uma vez que a Instituição possui a natureza jurídica de cooperativa, é-lhe impossível atribuir

remuneração variável em ações ou em opções, pelo que são inaplicáveis os nºs 3, 4 e 5 do art.

115º-E do RGICSF;

b) Para além da componente variável da remuneração dos Administradores Executivos não são

atribuídos ou atribuíveis quaisquer prémios anuais ou outros benefícios pecuniários a que alude a

alínea h) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

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Relatório e Contas 2017 18

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

c) Os Administradores executivos não terão em caso algum direito a auferir uma remuneração sob

a forma de participação nos lucros, pelo que é inaplicável a alínea i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº

10/2011;

d) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato

que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo

pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não

concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente

pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art.

10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial

relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente

inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

f) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas entidades

que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo:

- FENACAM, pagou senhas de presença ao Presidente do Conselho de Administração, em virtude

deste ter representado a Caixa Agrícola, na Mesa da Assembleia Geral da Federação;

- Caixa Central, pagou senhas de presença ao Segundo Vogal do Conselho de Administração, em

virtude deste representar a Caixa Agrícola, enquanto membro efetivo, no cargo de Vogal do

Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central;

- CA Serviços, pagou senhas de presença ao Segundo Vogal do Conselho de Administração, em

virtude deste ter representado a Caixa Agrícola, enquanto membro efetivo, no cargo de Vogal do

Conselho Geral e de Supervisão da CA Serviços;

- CA Informática, pagou senhas de presença ao Segundo Vogal do Conselho de Administração, em

virtude deste ter representado a Caixa Agrícola, enquanto membro efetivo, no cargo de Vogal do

Conselho Geral e de Supervisão da CA Informática.

g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

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Relatório e Contas 2017 19

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

h) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como

remuneração.

i) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os

efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

j) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro

mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os

interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem

quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e

reversão;

k) Apenas poderá ser estipulada uma remuneração variável garantida no primeiro ano do primeiro

mandato de um Administrador Executivo e caso exista uma base de capital sólida e forte na

Instituição.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia

Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema

Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido

Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado

em doze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição

os respetivos salários.

Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que

devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos

colaboradores da Instituição.

Acresce, ainda, a esta remuneração, a atribuição dos mesmos benefícios, descontos e/ou isenções,

concedidos aos colaboradores desta Caixa Agrícola, relativamente ao preçário em vigor.

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Relatório e Contas 2017 20

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Fixa Variável Total

Assembleia Geral e Conselho Fiscal 8.823,06 0,00 8.823,06

Presidente da Assembleia Geral 0,00 0,00

Vice Presidente da Assembleia Geral 980,34 980,34

Secretário da Assembleia Geral 0,00 0,00

Presidente do Conselho Fiscal 2.614,24 2.614,24

Vogal do Conselho Fiscal 2.614,24 2.614,24

Vogal do Conselho Fiscal 2.614,24 2.614,24

Fixa Variável Total

Conselho de Administração 184.545,22 20.145,56 204.690,78

Presidente do Conselho de Administração 38.123,54 4.901,60 43.025,14

Vogal do Conselho de Administração 30.498,86 3.921,28 34.420,14

Vogal do Conselho de Administração 94.355,70 11.322,68 105.678,38

Vogal do Conselho de Administração 10.783,56 10.783,56

Vogal do Conselho de Administração 10.783,56 10.783,56

Total 213.513,84

Revisor Oficial de Contas

Serviços de Auditoria 11.040

Remuneração

Operações de crédito ou equiparadas realizadas com as entidades abrangidas pelo artigo 85.º do

RGICSF.

* nº 4 do artigo 85º do RGICSF

ÓRGÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

NOME COMPLETO OU DENOMINAÇÃO

SOCIAL DA

ENTIDADE COM RELAÇÃO, DIRECTA OU

INDIRECTA, COM

O TITULAR

VALOR

INICIAL/LIMITE DO

CRÉDITO OU PARTES

DE CAPITAL DETIDAS

DATA DA

CONCESSÃO

TAXA

DE

JURO

TIPO DE

CRÉDITO/PRODUTO

VALOR EM

DÍVIDA

DATA-FIM

ORLANDO JOSÉ MATOS FELICÍSSIMO 5.000,00 14-07-2017 11,60% CARTÃO CRÉDITO* 3.826,28

TOTAL 5.000,00 3.826,28

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Relatório e Contas 2017 21

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2.7. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011

auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no

ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo,

estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se atribui 1 ou 2 horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de

responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de

avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um

prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração,

são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos

colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de

desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores.

5. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação

de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e

procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são

relativas às relações com clientes e investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo

prazo.

6.A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o

desempenho do ano transato.

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Relatório e Contas 2017 22

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

7. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta

não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se

atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir.

8. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2017 os

colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes

remunerações:

Remuneração

Fixa Variável Total

Auditor Interno 27.102,00 1.263,39 28.365,39

Compliance 24.180,03 1.073,78 25.253,81

TOTAL 51.282,03 2.337,17 53.619,20

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Relatório e Contas 2017 23

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3. Relatório do Conselho de Administração 3.1. Introdução Senhores Associados,

Dando cumprimento ao que está estabelecido nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de

Aljustrel e Almodôvar, vimos submeter à apreciação da Assembleia-geral, o Relatório e Contas,

acompanhado do parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de

2017.

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Relatório e Contas 2017 24

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.2. Enquadramento macroeconómico

ECONOMIA INTERNACIONAL

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação

de alguns fatores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais

blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as

economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o

crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento

dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas

autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB

Mundial para 3% em 2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições

financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os

agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à

medida que alguns receios que limitavam o crescimento e otimismo se foram dissipando, sendo que

a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das

exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura

externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que

esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de

Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por

não acontecer.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 25

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em

quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área

do Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à

manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo

ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a

recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação

anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado

2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 26

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

O BCE decidiu manter as principais taxas diretoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no

caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25%

no caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de ativos, em Abril, os

montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil

milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o

BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de

euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até

Setembro de 2018.

A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de

2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e

terceiro trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores

e de emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de

sempre.

A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em

quase 17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores

estiveram ativamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de

recuperação do mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior

confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do

investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a

outros sectores, nomeadamente à atividade industrial.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 27

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente

a subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de

transportes.

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário

de crescimento em 2018. Os objetivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes

permanentes de impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos

concedidos às famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas

como forma de financiar a redução de impostos.

A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando

esta atualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o

cargo de Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de

2018. Apesar desta mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes

alterações na atual política de normalização das taxas de juro americanas.

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Relatório e Contas 2017 28

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro

(2,60% versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da

procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento

económico dos principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento

disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da

permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que

contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º

trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou

um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o

mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector

privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem

acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em

2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face

a uma evolução na política monetária europeia.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 29

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)

2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano,

sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de

riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da

Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de

gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens

energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo

do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector

hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo,

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Relatório e Contas 2017 30

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se

verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face

ao mesmo período do ano anterior).

O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de

euros, o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução

do défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104

milhões de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da atualização das estimativas

para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%.

Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objetivos mais ambiciosos, com o primeiro-

ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do

PIB.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 31

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.3. Mercado bancário nacional

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de

reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se

mudanças na gestão e nas estruturas de controlo acionista. Em termos sucintos, temos: a operação

de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo acionista

(Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injeção de 2,5 mil

milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado

pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a

conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os

restantes 25% como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco

Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular

ao Banco Santander.

Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos

aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado

crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos

particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

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Relatório e Contas 2017 32

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 – Dezembro 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro

de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de

crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais

significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução

no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o

crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no

segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito

a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão

de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no

crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

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Relatório e Contas 2017 33

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Valores em milhões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu

essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a

Dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao

crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo

crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0%

em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal

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Relatório e Contas 2017 34

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do

crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da

agricultura e pescas, indústrias extrativas, alojamento e restauração e atividades imobiliárias foi

possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respetivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores

com maior incumprimento continuam a ser o da construção, das atividades imobiliárias e do

comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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Relatório e Contas 2017 35

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.4. Mercados Financeiros

Mercados acionistas

O mercado de ações americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow

Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto

e finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o

S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673

pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis

elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do

sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na

Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron

ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza

política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha,

apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o

PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma

performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma

valorização de 7,4%.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 36

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro

relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de

14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra

esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade

entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado

desde 2015. Efetivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto

à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as

restantes moedas.

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais

de 80% das transações cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte

das políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando,

nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote

fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi

igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha

eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária,

a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de

juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já

tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao

dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre

107 e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 37

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

moeda, nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de

apreciação da sua moeda.

A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano,

depois do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o

comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o

processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU,

será sempre um dos principais fatores de mercado.

No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o

ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Matérias-primas

O mercado do petróleo teve alguns fatores relevantes que condicionaram de forma significativa a

sua evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior

equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em

risco a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de

retoma e reforço do consumo ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em

curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante

algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da atividade na China. Face à possibilidade de

ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reações negativas nos

mercados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na

segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade

nos cortes de produção na OPEP e com a perspetiva de um aumento do consumo no ano seguinte.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 38

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o

petróleo a encerrar o ano em torno dos $66.

O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o

ano a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de

normalização das taxas de juro e dos mercados acionistas terem acelerado, a performance do ouro

foi assinalável.

Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias

acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes fatores limitaram o movimento de subida das yields

dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos

registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais

significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas

agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na

classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o

spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos.

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016,

tendo as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respetivamente, no prazo dos 10 anos. Em

Espanha, a instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às

consequências económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Relatório e Contas 2017 39

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem

posicionado nas sondagens.

A yield do Bund alemão a 10 anos transacionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando

condicionado pelo programa de compra de ativos do BCE e também pelo baixo nível de oferta,

reflexo da sua saudável situação fiscal.

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Relatório e Contas 2017 40

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.5. Principais riscos e incertezas para 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas

monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos

agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do

programa de compra de ativos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da

Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha,

do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política

expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um fator determinante em

2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama

do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no

mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a

uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players

mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro,

no panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como

também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta atuação mais

rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições

financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos

players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através

do esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

(i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via

capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos

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Relatório e Contas 2017 41

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

e parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em

permanente mutação (ex. digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de

risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais

requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do

consumidor (ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e

segurança na condução da atividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex.

mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito

online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open

banking).

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Relatório e Contas 2017 42

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.6. Crédito Agrícola: Evolução recente

RESULTADO E BALANÇO

Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao

exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%

Aplicações em Instituições de Crédito 6.035 6.957 922 15,3%

Crédito a Clientes (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito a Clientes (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%

Provisões / Imparidades Acumuladas 715.648 652.134 -63.514 -8,9%

Aplicações em Títulos (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%

Activos não correntes detidos para venda 395.045 334.274 -60.770 -15,4%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 320.780 314.505 -6.275 -2,0%

Outros Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%

Recursos de Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%

Passivos Subordinados 116.534 106.782 -9.752 -8,4%

Outros Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%

Capitais Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017Variação

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Relatório e Contas 2017 43

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 396.270 407.803 11.534 2,9%

Juros e encargos similares 120.256 118.124 -2.132 -1,8%

Margem Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%

Result. de operações financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%

Outros resultados de exploração (*) 21.766 15.473 -6.294 -28,9%

Produto Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos de Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%

Custos de pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%

Gastos gerais administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%

Amortizações 13.238 12.488 -750 -5,7%

Provisões e imparidades 56.123 14.563 -41.561 -74,1%

Resultado antes de impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%

Impostos, após correc. e diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação2016 2017

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros

activos e outros resultados de exploração.

Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário

(SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de

euros face aos 72,1 milhões de euros alcançados em 2016.

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Relatório e Contas 2017 44

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Valores em milhões de euros

31-mar-17 30-jun-17 30-set-17 31-dez-17

Caixas Associadas 22,8 41,6 68,5 89,4

Caixa Central 0,8 8,2 46,3 55,2

SICAM (Consolidado) 23,5 43,6 119,3 147,6

Evolução do Resultado Líquido

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior,

em parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de

euros (+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do

Produto Bancário, designadamente nos resultados de ativos financeiros (+105,9%), da margem

financeira (+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Margem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões líquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancário 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para

290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução

das taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este

efeito tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em

resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias

de quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas

Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

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Relatório e Contas 2017 45

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Administativos 121 125 127 3 2,0%

Amortizações 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de

euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de

euros (+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Imparidade de outros activos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e imparidades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no

valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016.

Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131%

em 2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que

beneficiaram da retoma económica.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédito e juros vencidos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no ativo total do SICAM

que passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017,

contribuindo para este crescimento do ativo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785

milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

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Relatório e Contas 2017 46

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública

a crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provisões / Imparidades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédito líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de

recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em

bancos centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um

acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito

aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo

facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

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Relatório e Contas 2017 47

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (l íquido) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Clientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Relatório e Contas 2017 48

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.7. Outros fatores relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o

prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o

facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário1,

permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à

Gestora de Ativos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA

Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”2. Por

seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI

Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no

mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais

rentáveis em 2017, na sua respetiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do

prémio APFIPP.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido ações de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas

empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das

fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro

que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em

2016, realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das

Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia

portuguesa;

1 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.

2 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

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Relatório e Contas 2017 49

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo,

realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores

e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um

crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transações nos B24

registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das

transações encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução

semestral do volume de transações – operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24,

verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período

de 2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de

1.520 no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do

Grupo CA na rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se

refere ao número de transações em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%,

efetuando-se mais de 90 milhões de transações.

No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA ativos

e uma subida no número de transações de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de

transações.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a

débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola

de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No sentido de dinamizar a atividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos

e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas

conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

Grupo Lusiaves - Projeto “LUSITERRA”;

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Relatório e Contas 2017 50

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo

de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais

na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a

reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017

atingido quase os 100.000 fãs só no facebook.

Desde 2009, o programa de atualidade financeira revela ser uma parceria

acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em

geral. Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido

semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para

as empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente:

Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala

Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA.

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Ativa, o MUDA. Uma

iniciativa que tem como objetivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim

para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia

mais forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais

promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efetuou a divulgação desta ação nas suas

Agências, assim como através das redes sociais.

Foi implementado o canal direto de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de

canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar

iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Ações realizadas no final do ano 2017, através do

canal de comunicação digital mais direto com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas

as diversas ações de comunicação digital.

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Relatório e Contas 2017 51

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota

20, que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios

aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as

ações de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um

número crescente de participantes de ano para ano.

Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização

CA Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática

da poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube,

participando os 10 videos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das

profissões e vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi

promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a

iniciativa.

Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no

âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respetivos encarregados de edução,

de que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a

promoção e oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento

da matemática e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de

Professores de Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os

Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde

as competências como a destreza mental e as habilidades

de memória desempenham o papel principal.

Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do

Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo-nos

juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando atributos como talento, destreza e

inovação.

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Relatório e Contas 2017 52

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica

de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como

sejam:

Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe

“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;

João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian Espinoza, Pedro

Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram consagrados vencedor da Taça Nacional –

Cadetes, vencedor da Taça de Portugal – Juniores, vencedor Nacional de Escolas de

Infantis e Campeão Nacional de Fundo, respetivamente;

CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o

Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB),

Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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Relatório e Contas 2017 53

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8. Análise Financeira

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no exercício de 2017, de acordo com as

Normas Internacionais de Contabilidade (NIC).

3.8.1. Quadro de indicadores

Variação

Descrição 2015 2016 2017 %

Ativo Líquido 101.890.245 114.782.427 121.402.089 5,77%

Crédito a Clientes 68.840.515 72.772.456 80.420.282 10,51%

Crédito vencido 1.778.699 1.300.117 1.073.271 -17,45%

Rendimentos a Receber 445.328 373.283 356.762 -4,43%

Receitas com rendimento diferido 253.289 305.803 305.069 -0,24%

Imparidades de crédito 1.415.666 1.975.718 1.971.226 -0,23%

Provisões p/ garantias e compromissos assumidos 18.022 25.934 24.345 -6,13%

Recursos de clientes 87.719.682 97.237.126 101.599.947 4,49%

Fundos Próprios 8.094.313 8.111.754 8.930.208 10,09%

Capital 7.008.025 7.121.165 8.130.245 14,17%

Resultado Líquido 560.443 108.336 561.644 418,43%

Cash-Flow 902.310 816.018 536.261 -34,28%

Margem Financeira 2.120.528 2.419.815 2.379.765 -1,66%

Custos com pessoal 1.162.584 1.781.221 1.255.597 -29,51%

Gastos Gerais Administrativos 926.940 875.720 924.493 5,57%

Custos funcionamento = Custos c/ pessoal + GGA 2.089.524 2.656.941 2.180.089 -17,95%

Amortizações 130.869 125.308 102.879 -17,90%

Produto Bancário 3.179.238 3.354.679 3.124.823 -6,85%

Pela análise do quadro acima apresentado, destaca-se o crescimento do Ativo Líquido em 5,77%, o

crescimento do crédito concedido em 10,51% e dos Recursos de Clientes em 4,49%. No que

respeita aos custos de funcionamento, registou-se uma diminuição de 18%, devido ao efeito da

diminuição de responsabilidades originadas pela não ocorrência de reformas antecipadas em 2017.

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Relatório e Contas 2017 54

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Indicadores de Gestão 2015 2016 2017

Rácio de Solvabilidade

Rácio solvabilidade (Aviso 7/96) / Rácio de capital* 13,87% 13,93% 14,53%

Fundos Próprios Elegíveis 8.094.313 8.111.754 8.930.208

Requisitos Fundos Próprios / Risco total de exposição 58.372.163 58.238.011 61.450.415

Rácio solvabilidade (Aviso 6/99) / Rácio TIER I 13,05% 13,93% 14,53%

Fundos Próprios de Base 7.619.665 8.111.754 8.930.208

Fundos Próprios Complementares 474.648 0 0

Requisitos Fundos Próprios / Risco total de exposição 58.372.163 58.238.011 61.450.415

Rácio solvabilade Core Tier 1 (Aviso 3/2011) / Rácio CET1* 13,05% 13,93% 14,53%

Fundos Próprios Elegíveis CET1 (Common Equity TIER 1) 7.619.665 8.111.754 8.930.208

Requisitos Fundos Próprios / Risco total de exposição 58.372.163 58.238.011 61.450.415

Qualidade do Crédito

Crédito vencido bruto + 90 dias / Crédito Total 2,53% 1,75% 1,33%

Créditos vencidos > 90 dias 1.743.217 1.271.511 1.073.271

Credito total ( Crédito vivo + Crédito vencido) 68.840.515 72.772.456 80.420.282

Crédito com incumprimento / Crédito Total 2,55% 1,77% 1,33%

Créditos vencidos > 90 dias 1.743.217 1.271.511 1.073.271

Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido 13.369 18.108 0

Crédito total (Instr. 22/2011 BP) 68.840.515 72.772.456 80.420.282

Crédito vencido liquido / Crédito total liquido 0,50% 0,29% 0,88%

Crédito vivo líquido 66.659.807 70.501.612 77.710.010

Crédito vencido líquido 332.398 201.712 687.352

Crédito com incumprimento líquido / Crédito total liquido 0,15% -0,17% -1,08%

Crédito com incumprimento líquido 100.316 -122.852 -845.132

Créditos vencidos > 90 dias 1.743.217 1.271.511 1.073.271

Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido 13.369 18.108

Crédito total líquido (Instr. 22/2011 BP) 67.424.849 70.796.738 78.449.056

Crédito em risco / Crédito total 5,31% 3,71% 3,46%

Crédito em risco 3.652.917 2.703.278 2.784.981

Crédito total (Instr. 22/2011 BP) 68.840.515 72.772.456 80.420.282

Crédito em risco líquido / Crédito total líquido 3,32% 1,03% 1,04%

Crédito em risco líquido 2.237.251 727.560 813.755

Crédito total líquido (Instr. 22/2011 BP) 67.424.849 70.796.738 78.449.056

Relativamente aos indicadores de gestão que constam no quadro anterior, destaca-se as reduções

de crédito vencido, de crédito com incumprimento e de crédito em risco, fatores bastante

favoráveis na atual conjuntura económica e ainda a melhoria dos rácios de solvabilidade da CCAM.

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Relatório e Contas 2017 55

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Indicadores de Gestão 2015 2016 2017

Rácios de Eficiência

(Custos funcionamento + Amortizações) / Produto Bancário 69,84% 82,94% 73,06%

Custos com pessoal / Produto Bancário 36,57% 53,10% 40,18%

Rácios de Produtividade

Ativo 101.890.245 114.782.427 121.402.089

Nº de empregados 26 26 26

Ativo / Empregado 3.918.856 4.414.709 4.669.311

Custos c/ Pessoal / Ativo Liquido 1,14% 1,55% 1,03%

Fornecimentos e Serviços Terceiros / Ativo Liquido 0,91% 0,76% 0,76%

Produto bancario / nº empregados 122.278 129.026 120.185

Comissões líquidas / Produto bancário 29,18% 27,48% 29,01%

Rácio de Rendibilidade

Rendibilidade do Ativo 0,55% 0,09% 0,46%

Rendibilidade dos Capitais Próprios 6,38% 1,22% 5,91%

Produto Bancário / Ativo 3,12% 2,92% 2,57%

Racio de Transformação

Rácio de transformação (Instr. 16/2004) 76,86% 72,81% 78,82%

Crédito total (14 + 15 + 3304 - 53880) 68.840.515 72.772.456 80.420.282

Provisões / Imparidade acumulada para crédito 1.415.666 1.975.718 1.971.226

Aplicações em Dívida Pública 0 0 1.629.272

Depósitos clientes (400+ 5202) 87.719.682 97.237.126 101.599.947

Rácios de Transformação (DFOA) 78,44% 74,83% 80,73%

Credito total (14 + 15) 68.648.476 72.704.976 80.368.588

Aplicações em Dívida Pública 0 0 1.629.272

Depósitos clientes (40) 87.522.687 97.158.208 101.565.020

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Relatório e Contas 2017 56

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.2. Estrutura Patrimonial

Em 31 de dezembro de 2017, o Ativo Líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e

Almodôvar era de 121.402.089€.

Em 2017, a Estrutura Patrimonial da Caixa, apresentava-se distribuída pelas: Aplicações na Caixa

Central de 34.054.430€; Aplicações em Dívida Pública de 1.629.272€; crédito a clientes com um

saldo de 80.420.282€; recursos alheios de 101.599.947€ e com Capitais Próprios de 9.510.829€.

Estrutura Patrimonial 2015 2016 2017

Aplicações 25.109.406 36.283.343 34.054.430

Crédito 68.840.515 72.772.456 80.420.282

Aplicações em Dívida Pública 1.629.272

Recursos alheios -87.719.682 -97.237.126 -101.599.947

Capitais próprios -8.183.559 -8.857.008 -9.510.829

Rácio de Transformação do Crédito /

Recursos Alheios78,48% 74,84% 80,76%

-150.000.000

-100.000.000

-50.000.000

0

50.000.000

100.000.000

150.000.000

2015 2016 2017

Estrutura Patrimonial

Aplicações em Dívida

PúblicaCapitais próprios

Recursos alheios

Crédito

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Relatório e Contas 2017 57

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

0

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

2015 2016 2017

Recursos / Crédito

Recursos

Crédito

3.8.3. Aplicações em Instituições de crédito

Os excedentes visam garantir a liquidez, sendo depositados exclusivamente na Caixa Central por

imperativos estatutários. Em 31 de dezembro de 2017, a CCAM tinha excedentes no montante de

34.054.430€.

25.109.406

36.283.343

34.054.430

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

2015 2016 2017

Aplicações

Aplicações

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Relatório e Contas 2017 58

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.4. Crédito a clientes

O total do crédito a clientes, em 31 de dezembro de 2017, era de 80.368.588€, dos quais

25.281.816€ de crédito concedido a empresas e 54.013.501€ a particulares. O crédito vencido

registava o valor de 1.073.271€, enquanto os juros de crédito a receber totalizavam 356.762€.

Evolução do crédito 2015 2016 2017 %

Crédito a empresas 17.259.496 19.192.152 25.281.816 31,73%

Crédito a particulares 49.610.281 52.212.707 54.013.501 3,45%

Crédito vencido 1.778.699 1.300.117 1.073.271 -17,45%

Total do Crédito 68.648.476 72.704.976 80.368.588 10,54%

Juros de crédito a receber 445.328 373.283 356.762 -4,43%

Rendimentos diferidos (253.289) (305.803) (305.069) -0,24%

Total do Crédito + Juros 68.840.515 72.772.456 80.420.282 10,51%

Rácio de Transformação 76,86% 72,81% 78,82% 8,25%

60.000.000

65.000.000

70.000.000

75.000.000

80.000.000

85.000.000

2015 2016 2017

Evolução do Crédito

Crédito

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Relatório e Contas 2017 59

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.5. Crédito vencido

No final do ano de 2017 o total do crédito vencido era de 1.073.271€, registando uma diminuição

de 226.846€, relativamente ao ano anterior, contudo, o crédito total registou um crescimento na

ordem dos 10,51%, totalizando um valor de 80.368.588€.

O rácio de crédito vencido registou uma diminuição de 1,79% para 1,34% e a taxa de cobertura do

crédito vencido apresentou, em 2017, um valor de apenas 35,96%, isto devido à revogação do

modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal para adoção NIC,

passando assim o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza

análoga a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC

39 – Instrumentos Financeiros.

Evolução do crédito vencido 2015 2016 2017

Crédito Vencido Total 1.778.699 1.300.117 1.073.271

Crédito Total 68.648.476 72.704.976 80.368.588

Imparidades para Crédito Vencido 1.446.301 1.098.405 385.918

Rácio de crédito Vencido 2,59% 1,79% 1,34%

Taxa de Cobertura do Crédito Vencido 81,31% 84,49% 35,96%

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

2015 2016 2017

Evolução do Crédito Vencido

Crédito Vencido Total

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Relatório e Contas 2017 60

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.6. Ativos não correntes detidos para venda

Em 2017, existiam ativos não correntes detidos para venda, no valor de 827.972€, os quais diziam

respeito na sua totalidade a imóveis recebidos em recuperação de crédito, estando constituída uma

imparidade de 93.187€.

3.8.7. Ativos tangíveis e intangíveis

Foram investidos no exercício 45.835€ em novos equipamentos.

3.8.8. Investimentos em associadas

Em 31 de dezembro de 2017, a Caixa tinha participações no valor de 1.277.667€.

3.8.9. Outros Ativos

Em 31 de dezembro de 2017, existiam outros ativos líquidos no valor de 576.857€ cujo detalhe se

apresenta nas notas anexas.

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Relatório e Contas 2017 61

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.10. Recursos de Clientes

Os recursos de clientes registaram um crescimento, em 2017, face ao ano anterior, de 4,49%. No

quadro seguinte apresenta-se a evolução no último triénio.

Evolução dos depósitos 2015 2016 2017 %

Depósitos à Ordem 27.179.331 35.339.194 37.721.575 6,74%

Depósitos a Prazo 40.712.543 40.785.749 40.051.694 -1,80%

Depósitos de Poupança 19.625.728 20.958.054 23.785.328 13,49%

Outros Recursos 5.084 75.211 6.422 -91,46%

Total de Depósitos 87.522.687 97.158.208 101.565.020 4,54%

Juros de depósitos 196.995 78.918 34.927 -55,74%

Total de Depósitos + Juros 87.719.682 97.237.126 101.599.947 4,49%

0

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

2015 2016 2017

Evolução dos Depósitos

Depósitos de Poupança

Depósitos a Prazo

Depósitos à Ordem

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Relatório e Contas 2017 62

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.11. Crédito / Recursos por balcão

3.8.11.1. Crédito por balcão

No quadro e no gráfico seguinte apresenta-se a repartição dos créditos por balcão: o balcão da

sede representou 44% dos créditos captados, seguindo-se Almodôvar e Castro Verde, com 21% e

19%, respetivamente.

Crédito AljustrelMontes

VelhosMessejana Ervidel Almodôvar Castro Verde Total

Crédito Vivo a empresas e SPA 11.347.655 3.090.269 76.858 235.097 5.521.770 5.010.168 25.281.816

Crédito Vivo a particulares 23.094.232 4.783.612 1.561.841 2.970.701 11.271.618 10.331.497 54.013.501

Crédito Vencido 535.741 93.432 8 80.928 147.235 215.927 1.073.271

Total 34.977.628 7.967.313 1.638.708 3.286.726 16.940.622 15.557.591 80.368.588

2017

Aljustrel44%

Montes Velhos10%

Messejana2%

Ervidel4%

Almodôvar21%

Castro Verde19%

CréditoAljustrel

Montes

Velhos

Messejana

Ervidel

Almodôvar

Castro Verde

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Relatório e Contas 2017 63

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.11.2. Recursos por balcão

No gráfico seguinte apresenta-se a repartição dos recursos por balcão: o balcão de Almodôvar

representou 35% dos recursos captados, seguindo-se o balcão de Aljustrel com 26%.

Depósitos AljustrelMontes

VelhosMessejana Ervidel Almodôvar Castro Verde Totais

Depósitos à Ordem 9.413.628 4.145.610 1.540.776 2.301.857 12.429.132 7.890.572 37.721.575

Depósitos a Prazo 11.811.661 4.076.613 2.280.088 2.170.274 12.545.481 7.167.577 40.051.694

Depósitos de Poupança 5.220.115 3.432.697 1.644.974 1.590.275 10.850.757 1.046.510 23.785.328

Outros Recursos 6.422 0 0 0 0 0 6.422

Total 26.451.826 11.654.921 5.465.838 6.062.406 35.825.371 16.104.659 101.565.020

2017

Aljustrel26%

Montes Velhos12%

Messejana5%

Ervidel6%

Almodôvar35%

Castro Verde16%

RecursosAljustrel

Montes

Velhos

Messejana

Ervidel

Almodôvar

Castro Verde

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Relatório e Contas 2017 64

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.11.3. Crédito / Recursos por balcão

A relação de recursos / crédito por balcão é apresentada no quadro e no gráfico seguinte.

Recursos Crédito Recursos Crédito

Aljustrel 26.281.881 32.712.014 26.451.826 34.977.628

Montes Velhos 11.295.416 6.202.875 11.654.921 7.967.313

Messejana 5.126.909 1.193.090 5.465.838 1.638.708

Ervidel 6.072.750 3.430.380 6.062.406 3.286.726

Almodôvar 33.061.422 14.515.387 35.825.371 16.940.622

Castro Verde 15.319.830 14.651.229 16.104.659 15.557.591

Totais 97.158.208 72.704.976 101.565.020 80.368.588

Evolução dos recursos e do crédito 20172016

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

Aljustrel Montes

Velhos

Messejana Ervidel Almodôvar Castro

Verde

Crédito / Recursos

Recursos

Crédito

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Relatório e Contas 2017 65

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.12. Capitais Próprios

Capitais Próprios 2015 2016 2017

Capital Social 7.008.025 7.121.165 8.130.245

Reserva de Reavaliação 140.572 66.842 90.459

Reservas e resultados transitados 474.518 1.560.666 728.482

Resultados do exercício 560.443 108.336 561.644

Total 8.183.558 8.857.008 9.510.829

7.500.000

8.000.000

8.500.000

9.000.000

9.500.000

10.000.000

2015 2016 2017

8.183.558

8.857.008

9.510.829

milh

are

s d

e e

uro

s

ANOS

Evolução dos Capitais Próprios

3.8.13. Rendibilidade

Rentabilidade 2015 2016 2017

Rentabilidade dos Capitais Próprios

Cash Flow / Capitais Próprios 11,03% 9,21% 5,64%

Resultado Líquido / Capitais Próprios 6,85% 1,22% 5,91%

Rentabilidade do Activo Total

Cash Flow / Activo Total 0,89% 0,71% 0,44%

Resultado Líquido / Ativo Total 0,55% 0,09% 0,46%

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Relatório e Contas 2017 66

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.14. Resultado Líquido

Em 2017, o Resultado Líquido da Caixa de Aljustrel e Almodôvar foi de 561.644€. O resultado

apresentado em 2016, não corresponde ao real que foi de 704.069€, mas é o valor reexpresso do

impacto da adoção das NIC que ocorreu no dia 1 de janeiro de 2017 e de acordo com as NIC, a

adoção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospetivamente, pelo que a Caixa

ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos, tendo tido uma

diminuição do Resultado Líquido, conforme se detalha nas notas anexas.

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

2015 2016 2017

560.443

108.336

561.644

Resultado Líquido

Resultado Líquido

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Relatório e Contas 2017 67

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.15. Margem Financeira

A margem financeira registou uma ligeira diminuição de 1,66% relativamente ao ano anterior,

essencialmente, devido à continuação da queda das taxas de juro no mercado bancário.

1.900.000

2.000.000

2.100.000

2.200.000

2.300.000

2.400.000

2.500.000

2015 2016 2017

2.120.528

2.419.8152.379.765

Margem Financeira

Margem Financeira

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Relatório e Contas 2017 68

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.16. Produto Bancário

Em 2017, o produto bancário, apresentou um decréscimo de 6,85%, relativamente ao ano anterior,

registando os rendimentos de serviços e comissões, a mesma tendência verificada com a margem

financeira e anteriormente comentada.

3.000.000

3.050.000

3.100.000

3.150.000

3.200.000

3.250.000

3.300.000

3.350.000

3.400.000

2015 2016 2017

3.179.238

3.354.679

3.124.823

Produto Bancário

Produto Bancário

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Relatório e Contas 2017 69

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.17. Custos Administrativos

Os custos administrativos registaram uma diminuição de 35%, em relação ao ano anterior, em

tudo, devido à diminuição dos custos com o pessoal em 29,51%. Esta variação verificada no último

triénio foi em função do acréscimo de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas que a

Caixa promoveu, em 2016.

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2015 2016 2017

1.162.584

1.781.221

1.255.597

926.940 875.720 924.493

Custos Administrativos

Custos com

pessoal

Gastos GeraisAdministrativos

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Relatório e Contas 2017 70

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.18. Provisões e Imparidade

As provisões e imparidades tiveram um impacto positivo nos resultados da Caixa de Aljustrel e

Almodôvar, em 2017, no valor de 128.261€. As correções de valores associadas ao crédito a

clientes, tiveram um impacto positivo de 3.168€, assim como, as provisões líquidas de reposições e

anulações tiveram um impacto positivo de 1.589€. As imparidades de outros ativos líquidas de

reversões e recuperações tiveram igualmente um impacto positivo nos resultados de 123.504€.

(800.000)

(700.000)

(600.000)

(500.000)

(400.000)

(300.000)

(200.000)

(100.000)

-

100.000

200.000

31-dez-17 31-dez-16

(Pro-forma)

Provisões e Imparidade

Imparidade de outros activoslíquida de reversões erecuperações

Imparidade de outros activosfinanceiros líquida de reversões erecuperações

Provisões líquidas de reposições eanulações

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Relatório e Contas 2017 71

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.8.19. Impostos

Os impostos diferidos tiveram, em 2017, um impacto negativo nos resultados, em consequência da

redução de provisões/imparidades não aceites fiscalmente. Os impostos correntes registaram um

acréscimo relativamente ao ano anterior, devido ao aumento dos resultados.

-100%

-80%

-60%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

31-dez-17 31-dez-16

(Pro-forma)

Impostos

diferidos

correntes

Page 72: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e …...4 Relatório e Contas 2017 CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL 1. Convocatória da Assembleia Geral Nos termos do nº 2 do artigo

Relatório e Contas 2017 72

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.9. Atividade Seguradora 3.9.1. Ramo não vida

Prémios comerciais ramo não vida 2016 2017 Variação %

Acidentes Trabalho 53.440,34 71.946,20 34,6%

Acidentes Pessoais 46.886,83 53.685,90 14,5%

Automóvel 138.419,34 157.743,59 14,0%

CA Saúde 31.427,60 36.116,53 14,9%

Clinicard 64.882,76 68.175,16 5,1%

Máquinas Agrícolas 7.560,39 7.975,87 5,5%

Habitação 94.844,15 98.612,59 4,0%

Comércio e serviços 29.568,58 33.496,16 13,3%

Responsabilidade civil 30.678,52 35.797,49 16,7%

Protecção Financeira 27.891,40 22.312,74 -20,0%

Caçadores 3.933,53 3.836,03 -2,5%

Outros 4.044,56 5.783,58 43,0%

Total 533.578,00 595.481,84 11,6%

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

160.000,00

180.000,00

Prémios comerciais ramo não vida

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Relatório e Contas 2017 73

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.9.2. Ramo vida

Nº de Apólices

em carteira

Prémios

seguros ramo

vida

Nº de Apólices

em carteira

Prémios

seguros ramo

vida

Nº de Apólices

em carteiraPrémios

Proteção família 45 16.160 55 19.013 22% 18%

CA Vida plena 102 14.458 90 12.261 -12% -15%

CA Mulher 43 9.239 44 9.998 2% 8%

Proteção crédito habitação 589 255.910 663 276.670 13% 8%

Proteção crédito pessoal 282 53.624 244 47.254 -13% -12%

Proteção empresa viva 1 5.888 1 6.137 0% 4%

CA Pessoa-Chave 40 11.789 60 18.637 0% 0%

Proteção poupança investimento 105 2.990 62 2.100 -41% -30%

CA poupança ativa 334 451.431 305 61.893 -9% -86%

CA Renda 97 0 67 0 -31% 0%

Proteção poupança educação 6 3.260 5 3.080 -17% -6%

Proteção poupança reforma 426 279.841 342 119.776 -20% -57%

Fundos de Pensões 139 99.090 152 175.890 9% 78%

CA Express 295 4.927 436 6.985 48% 42%

CA INVEST 2024 1 10.000 0 0 -100% -100%

Total 2.505 1.218.607 2.526 759.693 -96% -38%

Produto

2016 2017 Variação %

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Prémios comerciais ramo vida

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Relatório e Contas 2017 74

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

3.10. Movimento Associativo

Sócios 2016 2017

Sócios existentes no inicio do ano 2574 2638

Socios admitidos durante o ano 107 121

Pedidos de demissão 43 10

Sócios existentes no fim do ano 2638 2749

2580

2600

2620

2640

2660

2680

2700

2720

2740

2760

2016 2017

Número de Associados

Número de

Associados

Aljustrel, 15 de fevereiro de 2018

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Relatório e Contas 2017

75

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

4. Demonstrações Financeiras 4.1. Balanço em 31 de Dezembro de 2017

31-dez-16

(Pro-forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

ACTIVO Notas Activo Bruto

Provisões,

Imparidades e

amortizações

Activo

Líquido

Activo

Líquido

Activo

LíquidoPASSIVO E CAPITAL Notas 31-dez-17

31-dez-16 (Pro-

forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 776.253 776.253 836.966 733.057 Recursos de bancos centrais 18

Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 1.167.544 1.167.544 1.354.689 1.403.394 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 19

Activos financeiros detidos para negociação 6 0 Recursos de outras instituições de crédito 20 9.570.872 8.091.999 4.596.137

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 7 0 Recursos de clientes e outros empréstimos 21 101.599.947 97.237.126 87.719.682

Activos financeiros disponíveis para venda 8 273.814 273.814 273.241 272.362 Responsabilidades representadas por títulos 22

Aplicações em instituições de crédito 9 34.054.430 34.054.430 36.283.343 25.109.406 Provisões 23 24.345 25.934 138.022

Crédito a clientes 10 80.420.282 1.971.226 78.449.056 70.796.738 67.424.849 Passivos por impostos correntes 16 50.540

Investimentos detidos até à maturidade 11 1.676.820 1.676.820 Passivos por impostos diferidos 16 10.056 10.357 10.644

Activos não correntes detidos para venda 12 827.972 93.187 734.785 751.827 2.625.853 Instrumentos representativos de capital 24

Outros activos tangíveis 13 3.789.747 1.971.099 1.818.647 1.875.691 1.965.738 Outros passivos subordinados 25

Activos intangíveis 14 6.046 6.046 0 Outros passivos 26 635.501 560.005 646.468

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 15 1.277.667 1.277.667 1.275.167 1.275.582 Total do Passivo 111.891.260 105.925.420 93.110.953

Activos por impostos correntes 16 0 40.866

Activos por impostos diferidos 16 596.215 596.215 616.290 354.040 Capital 28 8.130.245 7.121.165 7.008.025

Outros activos 17 648.597 71.739 576.857 677609,89 725.963 Prémios de emissão 28

Outros instrumentos de capital 29

Reservas de reavaliação 29 90.459 66.842 140.572

Outras reservas e resultados transitados 29 728.482 1.560.666 1.070.252

Lucro do exercício 561.644 108.336 560.443

Dividendos antecipados

Total dos Capitais Próprios 9.510.829 8.857.008 8.779.292

Total do Activo 125.515.387 4.113.298 121.402.089 114.782.427 101.890.245 Total do Passivo e dos Capitais Próprios 121.402.089 114.782.427 101.890.245

31-dez-17

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

Ana Alexandra Amante Honrado (Contabilista Certificado nº 91.785)

Presidente: Dr. José Duarte Brando Albino Vogal: Eng.º João Luís Fernandes Figueira Vogal: Dr. Orlando José Matos Felicíssimo Vogal: Sr. José Manuel Alexandre Palma Vogal: Eng.º Técnico Manuel Caetano Mestre

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Relatório e Contas 2017

76

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

4.2. Demonstração de resultados em 31 de Dezembro de 2017

RUBRICAS Notas 31-dez-1731-dez-16

(Pro-forma )

Juros e rendimentos similares 30 2.533.601 2.721.108

Juros e encargos similares 31 (153.836) (301.293)

Margem financeira 2.379.765 2.419.815

Rendimentos de instrumentos de capital 32 3 13

Rendimentos de serviços e comissões 33 997.569 1.013.774

Encargos com serviços e comissões 34 (91.174) (92.008)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 35

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 36 0 0

Resultados de reavaliação cambial 37 91 552

Resultados de alienação de outros activos 38 (208.528) (191.073)

Outros resultados de exploração 39 47.097 203.607

Produto bancário 3.124.823 3.354.679

Custos com pessoal 40 (1.255.597) (1.781.221)

Gastos gerais administrativos 41 (924.493) (875.720)

Amortizações do exercício 13/14 (102.879) (125.308)

Provisões líquidas de reposições e anulações 23 1.589 112.088

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 23 3.168 (630.913)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 23 123.504 (63.550)

Resultado antes de impostos 970.115 -9.944

Impostos

correntes 16 (388.697) (144.257)

diferidos 16 (19.775) 262.536

Resultado líquido do exercício 561.644 108.336

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

Ana Alexandra Amante Honrado (Contabilista Certificado nº 91.785)

Presidente: Dr. José Duarte Brando Albino Vogal: Eng.º João Luís Fernandes Figueira Vogal: Dr. Orlando José Matos Felicíssimo Vogal: Sr. José Manuel Alexandre Palma Vogal: Eng.º Técnico Manuel Caetano Mestre

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Relatório e Contas 2017

77

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

4.3. Demonstração de fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2017

31-dez-17 31-dez-16

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 3.529.754 3.734.882

Pagamentos de juros e comissões (288.822) (393.301)

Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.205.933) (2.029.407)

Contribuições para o fundo de pensões (4.450) (627.534)

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (297.291) (54.675)

Resultados cambiais e outros resultados operacionais

Recuperação de créditos incobráveis

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 47.188 204158,72

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 780.445 834.124

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito (2.200.000) 11173937,2

Activos financeiros detidos para negociação

Activos financeiros disponíveis para venda 570 878,36

Créditos a clientes 7.691.604 4002801,65

Investimentos detidos até à maturidade 1.629.272

Derivados de cobertura

Activos não correntes detidos para venda

Outros activos (42.843) (1.537.411)

7.078.604 13.640.206

Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação

Recursos de instituições de crédito 1.478.695 3495861,38

Recursos de clientes e outros empréstimos 4.406.811 9517444,01

Derivados de cobertura

Outros passivos 32.831 (86.750)

5.918.337 12.926.556

Caixa líquida das actividades operacionais (379.822) 120.473

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Dividendos recebidos 3 12,5

Alienações / (aquisições) de filiais e associadas (2.500) 600

Alienações / (aquisições) de activos tangíveis e intangíveis (45.835) (35.261)

Alienações / (aquisições) de propriedades de investimento

Caixa líquida das actividades de investimento (48.332) (34.649)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento / (diminuição) de capital 180.297 113140

Dividendos pagos

Emissão de dívida titulada e subordinada, liquida de reembolsos

Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros

Remuneração paga relativa a passivos subordinados

Reservas (143.760)

Caixa líquida das actividades de financiamento 180.297 (30.620)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (247.858) 55.204

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.191.655 2.136.451

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 1.943.797 2.191.655

A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 776.253 836965,79

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.167.544 1354688,99

1.943.797 2.191.655

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Relatório e Contas 2017

78

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

4.4. Demonstração de alterações de capital próprio em 31 de Dezembro de 2017

Reservas de Outras Resultados Resultado do Total dos

Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Capitais Próprios

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 (NCA) 7.008.025 140.572 451.395 23.123 474.518 560.443 8.183.558

Impacto da adopção das NIC - Entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 -

Imparidades do crédito (NIC 39) 768.689 768.689 768.689

Impostos Diferidos Activos (NIC 12) (172.955) (172.955) (172.955)

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 (Pro-forma) 7.008.025 140.572 451.395 618.857 1.070.252 560.443 8.779.292

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) (18.280) (18.280) (18.280)

Aplicação do resultado do exercício de 2015: -

Transferência para reservas e resultados transitados 520.882 560.443 1.081.326 (560.443) 520.882

Distribuição de resultados 49.725 (9.002) (562.244) (571.246) (521.521)

(…) - -

Reserva para formacão e educação cooperativa (5.624) (5.624) (5.624)

Aumento de capital 85180 - 85.180

Reembolso de capital (21.765) - (21.765)

Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto (3.189) 3.190 3.190 1

Resultado líquido do exercício de 2016 - 108.336 108.336

Outras alterações nos capitais próprios (70.541) 1.047 1.047 (69.494)

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 (Pro-forma) 7.121.165 66.842 957.652 603.013 1.560.665 108.336 8.857.008

Aplicação do resultado do exercício de 2016: - -

Transferência para reservas e resultados transitados 657.493 (549.157) 108.336 (108.336) -

Distribuição de resultados 70.400 (19.844) (53.856) (73.700) (3.300)

(…) - -

Reserva para formacão e educação cooperativa (2.157) (2.157) (2.157)

Aumento de capital 942180 (868.000) (868.000) 74.180

Reembolso de capital (3.500) - (3.500)

Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto (3.334) 3.337 3.337 3

Resultado líquido do exercício de 2017 - 561.644 561.644

Outras alterações nos capitais próprios 26.951 - 26.951

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 8.130.245 90.459 725.145 3.336 728.481 561.644 9.510.829

Outras Reservas e resultados transitados

4.5. Demonstração de resultados integral em 31 de Dezembro de 2017

31-dez-17

31-dez-16

(Pro-forma )

Resultado líquido do exercício 561.644 108.336

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos

Reserva de justo valor -3.334,00 592.543,51

Impostos

Ganhos/(Perdas) actuariais do período 26.951,00 -88.821,00

Impostos

Outros movimentos -2.157,00 -4.577,00

Rendimento reconhecido directamente no capital próprio 21.460 499.146

Total do rendimento integral do período 583.104 607.481

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

Ana Alexandra Amante Honrado (Contabilista Certificado nº 91.785)

Presidente: Dr. José Duarte Brando Albino Vogal: Eng.º João Luís Fernandes Figueira Vogal: Dr. Orlando José Matos Felicíssimo Vogal: Sr. José Manuel Alexandre Palma Vogal: Eng.º Técnico Manuel Caetano Mestre

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Relatório e Contas 2017

79

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

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Relatório e Contas 2017

80

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

4.6. Notas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM de Aljustrel e Almodôvar) é uma instituição de crédito constituída em 25 de Maio de 1911 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua José Francisco da Silva Álvaro n.º 4, em Aljustrel e através de uma rede de 6 balcões situados nos concelhos de Aljustrel, Almodôvar e Castro Verde. Os pontos do anexo não incluído são não aplicáveis.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram

preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adotadas, em cada

momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do

Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.

As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board

(IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores.

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adoção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as NIC, pelo que esta adoção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais.

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em 31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o princípio

do custo histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao justo valor. De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa

efetue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as atuais estimativas e julgamentos.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia 15

de Fevereiro de 2018. 2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa elaborar

as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de

Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga

passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adoção das NIC para efeitos da preparação e

apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

De acordo com as NIC, a adoção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospetivamente,

pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos. Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspetos materialmente relevantes

comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações financeiras

aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos:

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a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 67.424.849 240.605 67.184.244

Activos por impostos diferidos 354.040 -172.955 526.995

Outros elementos do activo 34.111.355 34.111.355

Total do Activo 101.890.245 67.650 101.822.595

Provisões 138.022 -528.084 666.106

Outros elementos do passivo 92.972.930 92.972.930

Total Passivo 93.110.953 -528.084 93.639.037

Outras reservas e resultados transitados 1.070.252 595.734 474.518

Lucro do exercício 560.443 560.443

Outros elementos do capital próprio 7.148.597 7.148.597

Total Capital Próprio 8.779.292 595.734 8.183.559

Total do Passivo e Capital Próprio 101.890.245 67.650 101.822.595

b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 70.796.738 -563.247 71.359.985

Activos por impostos diferidos 616.290 0 616.290

Outros elementos do activo 43.369.400 43.369.400

Total do Activo 114.782.427 -563.247 115.345.675

Provisões 25.934 -563.247 589.181

Outros elementos do passivo 105.899.486 105.899.486

Total Passivo 105.925.420 -563.247 106.488.667

Outras reservas e resultados transitados 1.560.666 595.734 964.932

Lucro do exercício 108.336 -595.734 704.069

Outros elementos do capital próprio 7.188.007 7.188.007

Total Capital Próprio 8.857.008 0 8.857.008

Total do Passivo e Capital Próprio 114.782.427 -563.247 115.345.675

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

Notas NIC Ajustamentos NCA

Margem Financeira 2.419.815 2.419.815

Produto bancário 3.354.679 3.354.679

Provisões líquidas de reposições e anulações 112.088 35.163 76.925

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações-630.913 -803.852 172.939

Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos-2.845.799 -2.845.799

Resultado antes de impostos -9.944 -768.689 758.745

Impostos

correntes -144.257 -144.257

diferidos 262.536 172.955 89.581

Resultado líquido do exercício 108.336 -595.734 704.069

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adoção das alterações às normas que se tornaram efetivas a 1 de Janeiro de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1

de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transações que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das atividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa.

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos ativos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos ativos relacionados com ativos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos ativos quando existem restrições na lei fiscal.

2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:

a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

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O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objetivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam, simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características individuais de cada uma. Relativamente à estrutura de governance do projeto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité com a responsabilidade de acompanhar o projeto mas também de assegurar que estão envolvidos neste projeto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo. O Grupo Crédito Agrícola encontra-se atualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos definidos, com o objetivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9, otimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos. Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projeto de implementação da IFRS 9. A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário e objetivos do Grupo para o projeto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adoção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.

c) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

d) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um ativo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, exceto certas locações de curto prazo e de ativos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um ativo identificado". (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

e) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contractos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja atividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

f) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir

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para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:

3.1 – Normas

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data)

b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se

iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os ativos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efetuar a transferência. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transações de pagamentos baseados em ações’

(a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transações de pagamentos baseados em ações liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em ações, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em ações seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar ativos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo

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de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11. (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospetiva (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

3.2 - Interpretações

a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transação" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transação” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transações em moeda estrangeira (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transação específica, a entidade deverá efetuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospetiva ou retrospetiva modificada (os impactos da adoção futura desta norma nas demonstrações financeiras da Caixa ainda não estão estimados a esta data).

2.3. Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida

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que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transações em moeda estrangeira Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de

câmbio em vigor na data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em

que ocorrem, de acordo com o efeito que as transações em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são

registadas na posição cambial. No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

Moeda Descrição da moeda Taxa de Câmbio

AUD Dólar Australiano 1,53493

BRL Real do Brasil 3,97440

CAD Dólar Canadiano 1,50416

CHF Franco Suiço 1,17038

CNY Yuan Renmimbi da China 7,80960

CVE Escudo de Cabo Verde 110,26500

DKK Coroa Dinamarquesa 7,44510

GBP Libra Esterlina 0,88722

JPY Iene Japonês 135,04000

MOP Pataca de Macau 8,45810

NOK Coroa Norueguesa 9,84200

RUB Rublo 69,39390

SCP Libra Escocesa 0,88722

SEK Coroa Sueca 9,84380

USD Dólar Americano 1,19970

ZAR Rand África do Sul 14,82330 c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afetar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objetos de análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação,

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conforme previsto na NIC 21. Os dividendos são registados nas respetivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.

d) Crédito e outros valores a receber

O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa relativos aos respetivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Imparidade A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM. Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de imparidade. Considera-se que um ativo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse ativo ou grupo de ativos.

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Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte forma: - Crédito concedido a empresas; - Crédito à habitação; - Crédito ao consumo; - Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares; - Outros créditos a particulares; - Extrapatrimoniais. Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estrangeira e contractos de locação financeira. De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos coletivos. Quando um grupo de ativos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos ativos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em ativos com características de risco de crédito similares. Sempre que se entende necessário, a informação histórica é atualizada com base nos dados correntes observáveis, para refletirem os efeitos das condições atuais. Os critérios de seleção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes: Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000

Euros;

Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros;

Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000 Euros;

Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e

igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real associada ou com LTV (loan-To-Value) superior a 80%;

Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados

superior a 500.000 Euros. A evidência de imparidade de um ativo ou grupo de ativos definidos pela Caixa está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros;

Dificuldades financeiras significativas do devedor;

Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

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o das condições e/ou capacidade de pagamento;

o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na capacidade de cumprimento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respetivos créditos à data de referência e o valor atualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percecionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação. Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses ativos e o valor atual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do ativo ou ativos financeiros. O valor de balanço do ativo ou dos ativos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados. Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados. Anulações de capital e juros Periodicamente, a Caixa abate ao ativo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respetivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração. Eventuais recuperações de créditos abatidos ao ativo são refletidas como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram. De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados. Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respetivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido. As recuperações de juros abatidos ao ativo são igualmente refletidos como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

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e) Outros ativos e passivos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos

financeiros detidos para negociação Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento

fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao justo valor

através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor

nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério,

os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em mercados

ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são

estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

ii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que

não sejam classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, ativos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com exceção de

instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por

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imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período, enquanto que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos diretamente em reservas.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de

aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em

que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos concedidos e contas a receber

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. Os valores aqui registados respeitam a ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros. No reconhecimento inicial, estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes ativos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um ativo financeiro para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o ativo financeiro numa data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respetivos juros, através do método da taxa de juro efetiva.

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vi) Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um ativo financeiro com o compromisso de revender esse ativo a um preço pré determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar. Os ativos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

vii) Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação

contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos

de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia

do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do SICAM.

viii) Imparidade em ativos financeiros

A Caixa efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros e outros valores a

receber, conforme referido acima. Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas

por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objetiva de

imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respetivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objetiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de

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dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

ix) Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respetivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que respeita a futuros transacionados em mercados organizados);

Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado,

incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Ativos financeiros detidos para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através de resultados", respetivamente. A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura. Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:

Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados ao

justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da NIC 39;

Derivados contratados com o objetivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros ao justo valor através de resultados”

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e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respetivamente.

h) Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto na IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para as NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Ativos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projetos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflete para além do exercício em que são realizados. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Ativos não correntes detidos para venda

A Caixa regista em “Ativos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objeto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos),

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que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Os ativos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação. Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os ativos executados judicialmente. Em exceção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de “ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Ativos”, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”: “Para que este seja o caso, o ativo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais ativos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes ativos.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com a NIC 37.

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, SA. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

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Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de

admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo.

l) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no ativo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efetivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efetiva (no ano da atribuição), respetivamente. A Caixa determina o valor atual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos atuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

m) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo, são reconhecidos em resultados quando o ato significativo tiver sido concluído; Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

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Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de Juro efetiva.

n) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em

transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas

filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

o) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

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3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são

continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de

estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adoção de

pressupostos pela gestão, que podem afetar o valor dos ativos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes: Provisões e perdas por imparidade A Caixa efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade. O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento. A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados. Justo valor dos instrumentos financeiros O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.

Benefícios a empregados As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando

pressupostos atuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

Ativos por impostos diferidos São reconhecidos ativos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja

provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efetuados julgamentos para determinação do montante de impostos diferidos ativos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperados de acordo com projeções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do ativo por impostos diferidos em exercícios futuros.

Avaliação de ativos imobiliários

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O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respetivas funções. Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação atualizada, quer numa inspeção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transações, relação oferta/procura e perspetivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adoção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação. O valor de realização dos ativos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário.

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:

Moedas nacionais 771.441 835.511

Moedas estrangeiras 4.812 1.455

776.253 836.966

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 872.390 1.010.602

Cheques a cobrar 295.138 344.065

Outras disponibilidades - -

1.167.528 1.354.667

Juros a Receber 15 22

1.167.544 1.354.689

Page 101: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e …...4 Relatório e Contas 2017 CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL 1. Convocatória da Assembleia Geral Nos termos do nº 2 do artigo

Relatório e Contas 2017

101

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

8. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 272.227 272.227

Instrumentos de capital 1.587 1.014

273.814 273.241

9. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

Em outras instituições de crédito:

Depósitos 34.024.601 36.224.601

34.024.601 36.224.601

Juros a receber 29.829 58.743

34.054.430 36.283.343

As aplicações estão na sua totalidade efetuadas na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, remuneradas, em 2017, a uma taxa de juro média anual de 0,40159%.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses - 1.000.000

Entre três meses e um ano 33.909.601 35.109.601

Entre um ano e três anos -

Entre três e cinco anos 115.000 115.000

Mais de cinco anos -

34.024.601 36.224.601

Juros a receber 29.829 58.743

34.054.430 36.283.343

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

10. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016 01-01-2016

Crédito interno

Empresas e administrações públicas 24.781.816 18.692.152 16.759.496

Desconto e outros créditos titulados 28.360 2.700 72.317

Empréstimos 23.561.239 17.941.465 15.884.024

Créditos em conta corrente 975.180 483.308 611.500

Descobertos em depósitos à ordem 164.927 213.504 140.255

Operações de locação financeira 45.399 47.959 50.407

Outros créditos 6.711 3.216 993

Particulares 53.637.946 51.928.557 49.455.779

Habitação 34.601.941 31.395.694 29.555.753

Consumo 4.167.419 3.738.895 2.458.742

Outras finalidades 14.868.586 16.793.968 17.441.284

Desconto e outros créditos titulados - - 2.000

Empréstimos 14.507.163 16.293.553 16.906.180

Créditos em conta corrente 237.000 397.500 409.000

Descobertos em depósitos à ordem 108.098 83.724 102.182

Operações de locação financeira 16.325 19.190

78.419.762 70.620.709 66.215.275

Crédito ao exterior

Habitação 353.858 260.557 154.500

Consumo 8.352 9.005 -

Outras finalidades 13.345 14.587 -

375.555 284.149 154.500

Outros créditos e valores a receber (titulados) 500.000 500.000 500.000

Juros a receber 356.762 373.283 445.328

Comissões associadas ao custo amortizado:

Receitas com rendimento diferido (305.069) (305.803) (253.289)

(305.069) (305.803) (253.288)

Total crédito não vencido 79.347.012 71.472.339 67.061.816

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 1.052.435 1.279.026 1.751.340

Juros vencidos 20.836 21.091 27.359

Total crédito e juros vencidos 1.073.271 1.300.117 1.778.699

80.420.282 72.772.456 68.840.515

Imparidades e Provisões

Para crédito e juros vencidos (1.971.226) (1.975.718) (1.415.666)

Para crédito de cobrança duvidosa

(1.971.226) (1.975.718) (1.415.666)

78.449.056 70.796.738 67.424.849

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa. Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme sucedeu até 31 de Dezembro de 2016. Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima encontram-se ajustados de forma a refletir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as NIC. Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente à comparabilidade da informação.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2017 31-12-2016

Até três meses 486.209 527.389

Entre três meses e um ano 1.711.667 1.113.279

Entre um ano e cinco anos 4.752.784 3.476.625

Mais de cinco anos 71.866.055 65.261.197

Indeterminada 1.603.568 2.393.966

80.420.282 72.772.456

11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Titulos detidos até à maturidade:Títulos cotados:

Títulos emitidos por residentesInstrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa 1.629.272 -

1.629.272 -

Juros a Receber 47.548

1.676.820 -

Em 31 de Dezembro de 2017, os investimentos financeiros a deter até à maturidade encontram-se registados ao custo amortizado. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. A carteira de investimentos detidos até à maturidade em 31 de Dezembro de 2017, tem os seguintes prazos contratuais:

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

À vista Até 3 meses

De 3 meses

a 1 anos

Mais de 5

anos Indeterminado Total

Investimentos detidos

até à maturidade - 1.629.272 1.629.272

Prazos residuais contratuais

31 dez 2017 em milhares de euros

12. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 827.972 964.343

827.972 964.343

827.972 964.343

Imparidade:

Imóveis (93.187) (212.516)

734.785 751.827

O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 964.343 212.515 470.852 (607.223) 143.661 (262.989) 827.972 (93.187) 734.785

Equipamento - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - -

964.343 212.515 470.852 (607.223) 143.661 (262.989) 827.972 (93.187) (93.187)

Valor Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 2.778.861 (153.008) 231.930 (2.046.448) (250.836) 191.328 964.343 (212.515) 751.827

Equipamento - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - -

2.778.861 (153.008) 231.930 (2.046.448) (250.836) 191.328 964.343 (212.515) 751.827

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efetuado pedidos de prorrogação do

prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito.

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

13. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros ativos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Amortizações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates bruto acumuladas líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 179.386 179.386 - 179.386

Edificios 538.158 278.542 11.295 538.158 289.837 248.321

Outros 1.531.701 403.181 12.948 30.400 1.544.649 433.581 1.111.068

Outros imóveis - - - - -

2.249.245 681.723 12.948 41.696 - 2.262.193 723.419 1.538.775

Equipamento:

Mobiliário e material 273.561 259.860 5.381 273.561 265.241 8.321

Máquinas e ferramentas 346.650 337.446 2.420 8.308 348.313 344.997 3.316

Equipamento informático 30.522 29.459 794 1.349 31.316 30.807 509

Instalações interiores 184.660 174.219 2.442 4.129 187.103 178.349 8.754

Material de transporte 172.867 102.012 16.999 23.149 189.866 125.161 64.705

Equipamento de segurança 258.638 196.738 3.131 11.440 261.769 208.178 53.591

Outro equipamento 83.652 83.178 7.101 7.428 79.866 79.718 148

1.350.551 1.182.912 32.887 61.183 - 1.371.793 1.232.450 139.343-

Equipamento em locação financeira: -

Equipamento 16.930 15.230 - 16.930 15.230 1.700

16.930 15.230 - - - 16.930 15.230 1.700

Outros activos tangíveis:

Património Artistico 4.705 - 4.705 - 4.705

Activos tangíveis em curso 134.125 - - 134.125 - 134.125

3.755.556 1.879.865 45.835 102.879 - 3.789.747 1.971.099 1.818.647

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Amortizações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates bruto acumuladas líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 179.386 179.386 - 179.386

Edificios 538.158 267.978 10.563 538.158 278.542 259.616

Outros 1.531.701 372.846 30.335 1.531.701 403.181 1.128.520

Obras em imóveis arrendados - - - - -

Outros imóveis - - - - -

2.249.245 640.824 - 40.899 - 2.249.245 681.723 1.567.522

Equipamento:

Mobiliário e material 287.339 262.672 10.966 273.561 259.860 13.702

Máquinas e ferramentas 352.269 337.095 460 6.430 346.650 337.446 9.203

Equipamento informático 34.232 30.871 2.298 30.522 29.459 1.063

Instalações interiores 182.717 165.868 1.943 8.351 184.660 174.219 10.441

Material de transporte 172.867 74.357 27.655 172.867 102.012 70.855

Equipamento de segurança 253.970 195.811 22.695 17.439 1.514 258.638 196.738 61.901

Outro equipamento 78.507 78.440 11.677 11.270 83.652 83.178 474

1.361.901 1.145.114 36.775 84.409 1.514 1.350.551 1.182.912 167.639-

Equipamento em locação financeira: -

Equipamento 16.930 15.230 - 16.930 15.230 1.700

16.930 15.230 - - - 16.930 15.230 1.700

Outros activos tangíveis:

Património Artistico 4.705 - 4.705 - 4.705

Activos tangíveis em curso 134.125 - - 134.125 - 134.125

3.766.907 1.801.169 36.775 125.308 1.514 3.755.556 1.879.865 1.875.691

31-12-2016 31-12-2017

31-12-2015 31-12-2016

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

14. ATIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Ativos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

31-12-2017

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 6.046 6.046 -

Outros activos intangíveis - -

Activos intangíveis em curso - - -

6.046 6.046 - - - -

31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 6.046 6.046 -

Outros activos intangíveis - -

Activos intangíveis em curso - - -

6.046 6.046 - - - -

31-12-2015

31-12-2016

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o software desenvolvido internamente no GCA e registado na Caixa, ascendia a 6.046 Euros estando totalmente amortizado.

15. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor de

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2017 31-12-2017 31-12-2016

Caixa Central de

Crédito Agrícola Mútuo IC Lisboa 0,42% 1.264.225 € 1.264.225 €

C A Informática outros Lisboa 0,16% 10.863 € 10.863 €

C A Seguros outros Lisboa 0,00% 59 € 59 €

Fenacam outros Lisboa 0,00% 20 € 20 €

C A Vida outros Lisboa 0,01% 2.500 € 0 €

1.277.667 1.275.167

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 30 de Junho de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

31-Dez-17 31-Dez-16 01-Jan-16

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 596.215 616.290 354.040

Por prejuízos fiscais reportáveis

596.215 616.290 354.040

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias (10.056) (10.357) (10.644)

(10.056) (10.357) (10.644)

586.158 605.933 343.397

Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar - 40.866

- 40.866 -

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar (50.540) -

(50.540) - -

(50.540) 40.866 - Em resultado da adoção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto remetemos para a mencionada nota deste anexo.

Activo Situação Resultado

Empresa líquido líquida líquido

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370

C A Informática 16.195.104 7.559.474 327.939

C A Seguros 214.871.600 45.234.567 2.031.039

Fenacam 8.303.491 5.508.860 547.749

C A Vida 1.607.061.582 110.016.753 6.652.580

Nota: Dados em fase de auditoria, podendo ainda ser alterados

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

31-Dez-16 31-Dez-17

Saldo inicialVariação em

resultados

Variação

em cap.

próprios

Saldo final

. Activos tangíveis e imparidade - -

. Activos intangíveis - -

. Provisões e imparidades não dedutíveis: - -

- Imparidade em créditos clientes 352.595 6.576 359.171

- Imparidade em garantias e compromissos

assumidos60.816 (357) 60.458

- Imparidade em devedores e outras aplicações - -

- Imparidade em activos não correntes detidos

para venda e outros activos22.316 (13.480) 8.837

- Imparidade em participações financeiras - -

- Provisão para riscos gerais bancários - -

- Provisões para outros riscos e encargos - -

. Pensões - -

- Reformas antecipadas 151.491 151.491

- Contribuição efectuada - -

- Prémio de antiguidade 29.072 (12.814) 16.258

- Encargos com saúde - -

- -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (10.356) 300 (10.056)

. Valias fiscais - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - -

Totais 605.933 (19.775) - 586.158

Descritivo

. Valorização ao justo valor por reservas de activos

31-Dez-15 01-Jan-16 31-Dez-16

Saldo finalAdopção

IAS/IFRS

Saldo

inicial

Variação

em

resultados

Variação

em cap.

próprios

Saldo final

. Activos tangíveis e imparidade - -

. Activos intangíveis - - - -

. Provisões e imparidades não dedutíveis: - -

- Imparidade em créditos clientes 383.296 (125.886) 257.410 95.184 352.595

- Imparidade em garantias e compromissos

assumidos51.124 (47.069) 4.055 56.761 60.816

- Imparidade em devedores e outras aplicações - -

- Imparidade em activos não correntes detidos

para venda e outros activos2.459 2.459 19.858 22.316

- Imparidade em participações financeiras - -

- Provisão para riscos gerais bancários - -

- Provisões para outros riscos e encargos 27.000 27.000 (27.000) -

. Pensões - -

- Reformas antecipadas 36.558 36.558 114.932 151.491

- Contribuição efectuada - -

- Prémio de antiguidade 26.557 26.557 2.514 29.072

- Encargos com saúde - -

- -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (10.644) (10.644) 287 (10.356)

. Valias fiscais - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - -

Totais 516.352 (172.955) 343.396 262.537 - 605.933

. Valorização ao justo valor por reservas de activos

Descritivo

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Relatório e Contas 2017

109

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-Dez-17 31-Dez-16

Impostos correntes

Impostos sobre os lucros do exercício 273.872 148.087

Correcções de impostos de exercícios anteriores 114.825 (3.830)

388.697 144.257

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias 19.775 (89.581)

Prejuízos fiscais reportáveis

19.775 (89.581)

Total de impostos reconhecidos em resultados 408.472 54.675

Resultado antes de impostos 970.115 758.745

Carga fiscal 42,11% 7,21% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2013 a 2016 encontram-se ainda abertos para inspeção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade. Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018.

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Relatório e Contas 2017

110

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser demonstrada como segue:

31-dez-17

31-dez-16

Descritivo

Taxa de imposto

Montante

Taxa de imposto

Montante

Resultado antes de impostos

970.115

758.745

IRC - taxa geral (21%)

21%

203.724

21%

159.336

Derrama municipal (até 1,5%)

1,5%

14.552

1,5%

11.381

Derrama estadual (3% - 7%)

0,00%

0,00%

22,50%

218.276

22,50%

170.718

Gastos relativas a exercícios anteriores

0,03%

338

0,00%

Imparidades não dedutíveis

47,83%

463.993

27,39%

207.846

Provisões não dedutíveis

3,33%

32.324

0,00%

Ajustamentos relativos a benefícios aos empregados

(0,51%)

(4.913)

0,33%

2.514

Contribuição sobre o sector bancário

0,47%

4.590

0,45%

3.415

Outros encargos não dedutíveis

0,47%

4.585

11,23%

85.175

Eliminação da dupla tributação económica

0,00%

0,00%

Benefícios fiscais

(0,11%)

(1.055)

(0,15%)

(1.146)

Outros valores dedutíveis

(46,87%)

(454.719)

(45,45%)

(344.839)

Dedução de prejuízos fiscais

0,00%

0,00%

Derramas municipal e estadual

0,00%

1,50%

11.381

Tributações autónomas

1,08%

10.453

1,72%

13.023

Impacto do imposto corrente em resultados

28,23% 273.872 19,52%

148.087

Impacto do imposto diferido em resultados

2,04% 19.775 (11,81%)

(89.581)

Custo com imposto do exercício

30,27% 293.647 7,71%

58.505

Correções de impostos relativas a exercícios anteriores

11,84%

114.825

(0,50%)

(3.830)

Total de custo com imposto

42,11%

408.472

7,21%

54.675

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Relatório e Contas 2017

111

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

17. OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Outros activos

Sector Público Administrativo

IVA a recuperar 4.430

Outros 4.786 4.786

Despesas a debitar a clientes

Bonificações a receber 2.994 2.401

Outros devedores diversos 201.139 217.642

213.348 224.829

Outros Juros e Rendimentos similares 103.701 109.514

Outros Rendimentos a receber 908 1.605

104.609 111.119

Despesas com encargo diferido

Seguros 19.739 16.797

Outras Rendas-encargos a diferir 120 120

Comtribuições para o FGD, FGCAM e SII -

Outras despesas a diferir 4.672 2.858

24.531 19.775

Valores a regularizar

Operações cambiais a liquidar - -

Operações activas a regularizar 305.388 397.614

Responsabilidades com pensões e outras

Outras operações a regularizar 720 187

306.108 397.801

648.596 753.525

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos (71.739) (75.915)

(71.739) (75.915)

576.857 677.610

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

20. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Recursos de instituições de crédito no país

Depósitos 9.569.648 8.090.953

9.569.648 8.090.953

Juros a pagar 1.223 1.045

9.570.872 8.091.999

O saldo de 2017 no montante de 9.570.872 euros e em 2016 de 8.091.999 euros, refere-se à conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM. Esta conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM foi criada no âmbito das Linhas de refinanciamento TLTRO do BCE ao SICAM com o objetivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento. As operações TLTRO têm vencimento em Março de 2021 e são remuneradas a uma taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com reembolso antecipado obrigatório, caso a evolução do crédito elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE. As CCAM terão acesso a esta linha de financiamento por intermédio de operações com a CCCAM, através das quais serão efetuadas transferências de fundos de acordo com o crédito concedido por cada CCAM e com um limite inicialmente estabelecido de acordo com o Ponderador de Carteira de Crédito Total (PCCT) de cada uma. Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

30-06-2017 31-12-2016

Até três meses 9.569.648 8.090.953

9.569.648 8.090.953

Juros a pagar 1.223 1.045

9.570.871 8.091.999

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Relatório e Contas 2017

113

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

21. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Depósitos

À ordem 37.721.575 35.339.194

A prazo 40.051.694 40.785.749

De poupança 23.785.328 20.958.054

Cheques e ordens a pagar 5.084 70.470

Outros 1.338 4.741

101.565.020 97.158.208

Juros a pagar 34.927 78.918

101.599.947 97.237.126

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2017 31-12-2016

Até três meses 59.445.422 57.612.361

Entre três meses e um ano 38.804.925 37.228.994

Entre um ano e três anos 3.072.317 2.076.250

Entre três e cinco anos 46.070 133.620

Mais de cinco anos 196.286 106.983

101.565.020 97.158.208

Juros a pagar 34.927 78.918

101.599.947 97.237.126

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Relatório e Contas 2017

114

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

23. PROVISÕES E IMPARIDADES O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o

seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-Dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-Dez-17

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 1.975.718 1.662.552 (1.665.721) (1.324) - 1.971.226

em instituições de crédito

Imparidade em AFDV

- Intrumentos de dívida - - - - - -

- Intrumentos de capital - - - - - -

- Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas (0) - - - - (0)-

Imparidade em AFT e AI - - - - - -

Imparidade em ANCDV 212.517 143.661 (262.989) - - 93.188

Imparidade em outros activos 75.914 - (4.175) - - 71.739-

Imparidade para garantias e compromissos assumidos 25.934 30.559 (32.148) - - 24.345-

Provisões: -

- Riscos bancários gerais - - - - - -

- Outros riscos e encargos - - - - - -

- Outras provisões - - - - - -

- - - - - -

2.290.082 1.836.772 (1.965.034) (1.324) - 2.160.498

Saldos em Reposições e Saldos em

1-Jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-Dez-16

Imparidade para crédito a clientes e aplicações 1.415.666 1.227.337 (1.159.671) (70.861) 563.247 1.975.718

em instituições de crédito (Notas 8 e 9)

Imparidade em AFDV (Nota 7)

- Intrumentos de dívida - - - - - -

- Intrumentos de capital - - - - - -

- Outros títulos - - - - - -

- - - - - -

Imparidade em investimentos em filiais e associadas (Nota 17) 185 - (185) - - (0)

Imparidade em AFT e AI (Nota 15 e 16) - - - - - -

Imparidade em ANCDV (Nota 13) 153.008 250.836 (191.327) - - 212.517

Imparidade em outros activos (Nota 19) 71.687 4.227 - - 75.914

Imparidade para garantias e compromissos assumidos 18.022 7.912 - - - 25.934

Provisões:

- Riscos bancários gerais - - - - - -

- Outros riscos e encargos 120.000 - (120.000) - - -

- Outras provisões - - - - - -

120.000 - (120.000) - - -

1.778.568 1.490.312 (1.471.183) (70.861) 563.247 2.290.082

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adotou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Os impactos contabilísticos resultantes da adoção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

26. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Credores e outros recursos

Recursos Conta-Cativa 7.005 7.005

Outros Recursos 8.613 2.552

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 46.297 40.128

Contribuições para a Segurança Social 20.681 19.629

Imposto sobre o Valor Acrescentado 3.421 2.906

Cobranças por conta de terceiros 1.603 1.607

Contribuições para outros sistemas de saúde 4.317 4.571

Credores diversos

Credor por fornecimento de bens 31.914 32.246

Outros credores 6.795 7.018

Responsabilidades com Pensões 11.534

Encargos a pagar

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 124.554 133.012

Prémio de antiguidade 107.371 129.207

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 1.469 737

Compromissos irrevogáveis assumidos perante terc 6.644 860

Valores a regularizar

Outras operações a regularizar 264.816 166.992

635.501 560.004

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

27. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em

rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2017 31-12-2016

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 253.281 177.695

Compromissos perante terceiros

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 3.913.134 3.389.420

Compromissos revogáveis 1.592.530 2.156.673

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 25.322 -

Valores recebidos para cobrança 38.871 13.211

5.823.138 5.736.999

28. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros. Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

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Relatório e Contas 2017

117

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

29. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO

EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-Dez-17 31-Dez-16 1-Jan-16

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para venda 4,08 1,27

Reservas de reavaliação do imobilizado 0 115.073 118.264

Outas reservas de reavaliação 111.737

Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (21.282) (48.233) 22.308

90.459 66.842 140.572

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 646.679 505.865 393.776

Outras reservas 78.466 1.047.521 653.353

Resultados transitados 3.337 7.280 23.123

728.481 1.560.666 1.070.252

Lucro do exercício 561.644 108.336 560.443

1.380.583 1.735.843 1.771.267

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adoção das NIC. O detalhe deste impacto

encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.

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Relatório e Contas 2017

118

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 151 392

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 185.129 246.044

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2.534 2.633

Empréstimos 661.904 661.018

Créditos em conta corrente 46.229 39.333

Descobertos em depósitos à ordem 47.755 51.855

Operações de locação financeira 1.716 1.863

Outros créditos 134 145

Particulares

Habitação

Outros créditos 556.422 535.773

Consumo

Outros créditos 279.507 266.028

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 364

Empréstimos 619.747 709.541

Créditos em conta corrente 19.065 24.945

Descobertos em depósitos à ordem 39.100 46.277

Operações de locação financeira 845 978

Crédito externo

Particulares

Habitação

Outros créditos 5.778 1.817

Consumo

Outros créditos 191 165

Outras finalidades

Empréstimos 515 1.133Descobertos em depósitos à ordem 19 29

Outros créditos e valores a receber (titulados) 14.266,68 14.967,00

Juros de crédito vencido 37.495 107.512

Juros de activos financeiros disponíveis para venda

Emitidos por residentes

Instrumentos de divida 8.273 8.296

Outros investimentos detidos até à maturidade 6.823

Outros juros e rendimentos similares

2.533.601 2.721.108

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Relatório e Contas 2017

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CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

31. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país 18.032 16.591

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 133.675 284.702

Outros juros e encargos similares

Amortização prémio-IDM 2.128 0

153.836 301.293

32. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 3 13

3 13

33. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-20106

Por garantias prestadas

Garantias e avales 5.538 5.791

5.538 5.791

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 25.059 20.155

Outros compromissos irrevogáveis 151 1.779

25.210 21.935

Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - 8

Cobrança de valores 249 515

Transferência de valores 11.662 12.732

Gestão de cartões 380 370

Anuidades 69.616 60.779

Montagem de operações 1.624

Operações de crédito

Outras operações de crédito 237.540 239.021

Outros serviços prestados 448.471 459.403

769.541 772.828

Outras comissões recebidas 197.281 213.220

997.569 1.013.774

Page 120: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e …...4 Relatório e Contas 2017 CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL 1. Convocatória da Assembleia Geral Nos termos do nº 2 do artigo

Relatório e Contas 2017

120

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

A rubrica de outras comissões recebidas diz respeito mais concretamente à comissão de manutenção de DO, comissão de cheques e ordens de levantamento, comissões de extrato e emissões de 2ªs vias de documentos, comissões de mora ou contencioso, comissões de compra/venda de moeda estrangeira, emissão de cadernetas e outras comissões recebidas. Sendo a comissão de manutenção de DO, a que apresenta maior relevância com um total de 86.252,87. 34. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Por garantias recebidas 1.143 1.143

Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 201 236

Operações de crédito 369 369

Cobrança de valores 10.808 13.309

Outros serviços bancários 78.653 76.950

91.174 92.008 A rubrica outros serviços bancários, prestados por terceiros, diz respeito à comissão interbancária com transferências de valores e comissão interbancárias de cartões.

36. RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Títulos

Valorizados ao justo valor

Ganhos-UP's-residentes-AFDV 0 0

0 0

37. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Operações cambiais à vista 91 552

Operações cambiais a prazo

91 552

Page 121: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Aljustrel e …...4 Relatório e Contas 2017 CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL 1. Convocatória da Assembleia Geral Nos termos do nº 2 do artigo

Relatório e Contas 2017

121

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

38. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Ganhos em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - 16.253

Outros activos tangíveis

Ganhos realizados

- 16.253

Perdas em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda

Perdas realizados 208.528 207.326

Outros activos tangíveis

Perdas realizados - 1.514

208.528 208.840

(208.528) (191.073)

39. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesas 20 432

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 19.155 97.333

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 55.711 105.662

Rendimentos da prestação de serviços diversos 47.657 85.891

Outros 28.908 10.801

151.451 300.119

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos (21.447) (16.952)

Contribuições para o FGCAM (15.029) (12.426)

Outras perdas realizadas - outros activos tangíveis (1.514)

Outros encargos e gastos operacionais (41.563) (44.055)

(78.039) (74.947)

Outros impostos

Impostos Indirectos (22.075) (16.426)

Impostos Directos (4.240) (5.141)

(26.315) (21.567)

47.097 203.606

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Relatório e Contas 2017

122

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

40. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 211.598 210.210

Empregados 785.410 780.672

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões (Nota 43) 4.450 543.273

Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social 190.304 186.413

SAMS 49.055 51.733

Outros encargos sociais obrigatórios: 7126,26 6.665

Outros custos com pessoal: 2.256

Indemnizações contratuais 4.945

Outros 2.707

1.255.597 1.781.221

O encargo com o Fundo de Pensões apresenta um valor considerável em 2016, em função do acréscimo de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas que a Caixa promoveu. O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Direcção 1 1

Quadros técnicos 2 2

Comerciais 21 20

Administrativos 3 2

Auxiliares 3 3

Total 30 28

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Relatório e Contas 2017

123

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

41. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 52.821 47.394

Material de consumo corrente 17.016 12.954

Publicações -

Material de higiene e limpeza 545 540

Outros fornecimentos de terceiros 3.450 4.717

73.832 65.604

Com serviços:

Rendas e alugueres 14.233 14.180

Comunicações 85.378 84.437

Deslocações, estadas e representação 22.793 23.070

Publicidade e edição de publicações 64.851 50.688

Conservação e reparação 56.086 56.520

Transportes 25.074 27.051

Formação de pessoal 3.266

Seguros 34.144 37.218

Serviços especializados:

Avenças e honorários 44.368 38.548

Judiciais contencioso e notariado 8.837 32.831

Informática 284.171 265.507

Segurança e vigilância

Limpeza 29.936 29.618

Bancos de dados 4.149 3.703

Outros serviços especializados:

Estudos e consultas 1.661 111

Consultores e auditores externos 26.661 3.134

Avaliadores externos 19.139 17.674

Sibs 53.058 57.674

Outros serviços de terceiros 72.856 68.154

850.661 810.115

924.493 875.720

O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a faturar pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ascende a 13.579 Euros. 42. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 15), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. No quadro abaixo apresentamos as posições de Balanço, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, relativamente a transações entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016.

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Relatório e Contas 2017

124

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Associadas ColigadasCaixa

CentralTotal Associadas Coligadas

Caixa

CentralTotal

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito 18.631 853.774 872.406 - - 1.010.624 1.010.624

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - 272.227 - 272.227 - 272.227 - 272.227

Aplicações em instituições de crédito - - 34.054.430 34.054.430 - - 36.283.343 36.283.343

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - 167.754 875 168.629 - 186.540 - 186.540

Associadas ColigadasCaixa

CentralTotal Associadas Coligadas

Caixa

CentralTotal

Custos:

Juros e encargos similares - - 18.032 18.032 16.589 16.589

Encargos com serviços e comissões - - 33.091 33.091 37.008 37.008

Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - -

Gastos gerais administrativos 100.384 414.308 5.027 519.719 392.376 94.986 487.362

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 185.280 185.280 - 8.296 246.436 254.732

Rendimentos de instrumentos de capital - 3 - 3 - 13 13

Rendimentos de serviços e comissões - 262.347 6.825 269.172 - 281.060 4.481 285.541

Outros resultados de exploração - 18 4.219 4.237 - 410 40.826 41.235

31-Dez-17 31-Dez-16

31-Dez-17 31-Dez-17

As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas.

43. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no ativo e a

reformados e pensionistas, foram efetuados estudos atuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A.

Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a designar-se NIC

19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas

desvios atuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como “outro rendimento integral”.

A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação

correspondente às remensurações acumuladas de 21.282 Euros.

Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos ativos do

plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo

corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Custos

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Relatório e Contas 2017

125

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

com pessoal”, ascendendo a 31 de Dezembro de 2017 a 4.450 Euros, conforme se detalha nos quadros

abaixo.

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM ALJUSTREL E

ALMODÔVAR com referência a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2017, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de

complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS),

com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à

CCAM ALJUSTREL E ALMODÔVAR, é o seguinte:

31-12-2017

F.2016 Valor atual das Responsabilidades por serviços passados 1.191.678

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 273.926

F.2 Com licenças sem vencimento 16.164

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 901.588

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós emprego referente à CCAM ALJUSTREL E ALMODÔVAR é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 15.359

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Relatório e Contas 2017

126

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 388

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais -27.766

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores

realizados

-27.766

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas

condições dos planos

0

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -12.019

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM ALJUSTREL E ALMODÔVAR foi o seguinte:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 1.207.761

H.1 (+) Contribuições efectuadas 11.297

H.1.1 Pela CCAM ALJUSTREL E ALMODÔVAR 0

H.1.2 Pelos empregados 11.297

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 29.918

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 8.406

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 7.591

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 36.231

H.5.1 Por reformas antecipadas 35.115

H.5.2 Outros 1.116

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 9.285

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2017 1.202.644

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2017

(H.7.2016 – A.4.2016)

-5.116

O movimento ocorrido durante o exercício de 2017, relativo ao valor atual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2016 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2016 1.219.295

G.1 (+) Custo do serviço corrente 15.359

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 4.062

H.1.2 Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 11.297

G.2 (+) Custo dos juros 22.754

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades -20.214

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Relatório e Contas 2017

127

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reforma

antecipadas

0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 36.231

H.5.1 Por reformas antecipadas 35.115

H.5.2 Outros 1.116

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 9.285

F.2017 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2016 1.191.678

K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2017 – F.2016) -27.617

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2017 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 1.191.678

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2017 (Aviso 7/2008)* 0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 1.177.173

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 102

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adoção

da IAS 19.

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto,

os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram

transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício

no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2016 Desvios atuariais em 31-12-2016 -48.232

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2017 – Ganhos e

perdas atuariais

26.951

RI.2017 Desvios atuariais em 31-12-2017

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

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Relatório e Contas 2017

128

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 107.723

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 21.485

N.2016 Total 129.208

Prémio de Antiguidade 31-12-2017

N.1.2017 Com trabalhadores no ativo 93.623

N.2.2017 Com licenças sem vencimento 13.748

N.2017 Total 107.372

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo -14.100

O.2. Com licenças sem vencimento -7.736

O. Total -21.836

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Relatório e Contas 2017

129

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

44. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de Mercado

O risco de mercado reflete o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de

mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro,

taxas de câmbio, preços de ações, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis

equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites de risco

de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de

instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada uma

política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido

a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos

responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.

Risco Cambial

O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições

abertas” nessas mesmas moedas.

A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efetivamente, o perfil definido para o

risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida.

Risco de Taxa de Juro

A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua atividade, contrata

operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.

O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos fatores, nomeadamente:

diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos ativos, passivos e elementos extrapatrimoniais

(risco de repricing);

alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afetam as distintas massas patrimoniais e

extrapatrimoniais (risco de base); e

existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu ativo satisfazendo nas

datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.

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Relatório e Contas 2017

130

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que

se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio

de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são

centralmente aplicados em ativos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida

pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais

ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma

equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa,

estável e com elevada permanência.

Numa ótica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta

e acompanhados os seguintes aspetos:

Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-

se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e

permanência. São efetuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses

conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes

de financiamento adicionais.

Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição

estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de

Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de

permanência dos recursos projetados.

Manutenção de uma almofada de ativos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento

inesperado de saídas de caixa.

Risco de Crédito

As atividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para

uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto

significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o

desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento

com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes.

Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um

processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de

modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares.

Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do

risco, com base na adoção de metodologias que permitem obter uma visão mais exata do perfil de risco da

sua carteira.

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Relatório e Contas 2017

131

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

45. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Aljustrel e Almodôvar está inscrita na Autoridade de Supervisão

de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º,

alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a atividade de

intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito

Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da

atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros,

SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de contratos de seguros e de

adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das

participações de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe

remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão

definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de

Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas

Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no Balanço, na

rubrica de Outros Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de

mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas

referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM

nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2015 2016 2017 % por

Origem

2017

Ramos Não Vida CA Seguros 108.381,69 174.328,81 169.546,13 64,6%

Ramo Vida CA Vida 75.664,05 99.746,12 82.463,76 31,4%

Fundos de Pensões CA Vida 4.389,29 6.985,33 10.336,84 3,9%

Total 188.435,03 281.060,26 281.060,26 100,0

%

A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de

quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo,

passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

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Relatório e Contas 2017

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46. RÁCIOS PRUDENCIAIS

A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”. No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 13,93%, situando-se nos 14,53% a 31 de Dezembro de 2017. Por seu lado, o rácio de capital total situou-se nos 14,53%, cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador.

2017 2016

Fundos Próprios de Base (TIER 1) 8.930.208 8.111.754

Common Equity TIER 1 (CET1) / Fundos próprios (Core Tier I) 8.930.208 8.111.754

Fundos Próprios Complementares (TIER 2) 0 0

Fundos Próprios Totais 8.930.208 8.111.754

Risco ponderado total (para risco de crédito) 54.615.727 51.183.526

Risco ponderado total (para risco operacional) 6.834.687 7.054.484

Riscos Ponderados Totais 61.450.415 58.238.011

Requisitos de Fundos Próprios (para risco de crédito) 4.369.258 4.094.682

Requisitos de Fundos Próprios (para risco operacional) 546.775 564.359

Requisitos de fundos próprios 4.916.033 4.659.041

Rácio de Capital / Rácio de Solvabilidade 14,53% 13,93%

Rácio CET1 / Rácio Core TIER 1 14,53% 13,93%

Rácio TIER 1 14,53% 13,93%

Rácio TIER 2 0,00% 0,00%

47. EVENTOS SUBSEQUENTES

Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.

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Relatório e Contas 2017

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5. Proposta de Aplicação de Resultados

Em cumprimento do preceituado nos Estatutos, o Conselho de Administração, propõe à Assembleia-

geral que os Resultados Líquidos do exercício de 2017, no montante de 561.643,55€ sejam aplicados

da seguinte forma:

Resultado líquido 561.643,55

561.643,55

Reserva legal 112.328,71

Reserva para educação e formação cooperativa 5.616,44

Reserva para mutualismo 10,00

Reserva especial - Remuneração do capital social 79.390,00

Outras reservas 364.298,40

561.643,55

Aplicação de Resultados 2017

Propõe-se que o capital social seja remunerado à taxa de 1,00%, arredondado para a unidade

imediatamente inferior, cabendo a própria Caixa o montante de 68.885,00€

Propõe-se que os Resultados Transitados, aprovados e aguardando aprovação de contas, no

montante de 3.336,73€ sejam integradas em outras reservas.

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6. Parecer do Conselho Fiscal

Aos dezasseis dias de fevereiro de dois mil e dezoito, na Vila de Aljustrel, e Sede da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo de Aljustrel e Almodôvar, CRL, reuniu o Conselho Fiscal da mesma sob a presidência

da Sra. Dra. Maria da Luz Fernandes Romano Colaço, encontrando-se também presentes o Sr.

António Francisco Raposo Pereira e o Sr. Eng.º Técnico Agrário António José Espada Martelo, tendo

sido aberta a sessão pelas quinze horas.

Em cumprimento do Art.º 32.º dos Estatutos desta Caixa, foram verificadas as contas através duma

análise eficiente à respetiva documentação de suporte, referentes ao ano findo, assim como foram

prestados todos os esclarecimentos por parte dos colaboradores da Caixa relativamente às questões

que se apresentaram menos claras. Feita esta análise e prestadas as informações que o Conselho

Fiscal entendeu por convenientes e constatando-se que a análise demonstrava indiscutível

transparência e irrepreensível correção, proferiu-se o seguinte:

PARECER

1.º Considera-se que na próxima Assembleia-geral, deve ser aprovado o Relatório e Contas do

Conselho de Administração, relativo ao Exercício de 2017;

2.º Considera-se que o resultado do Exercício de 2017, da importância de 561.643,55 Euros, deve

ter a aplicação proposta pelo Conselho de Administração por esta se afigurar como a melhor opção

de gestão;

3.º Considera-se que pelo empenho e brio evidenciados no exercício das funções e tarefas que lhe

estão designadas, devem ser louvados o Conselho de Administração e Colaboradores.

Aljustrel, 16 de fevereiro de 2018

O CONSELHO FISCAL

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7. Certificação Legal de Conta

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