CAMANDUCAIA - Consultoria turística, inteligencia ... · Além do Plano, fizemos também a atualização do inventário da oferta turística, que é o primeiro passo para compreensão

2014 - 2017

Brasília | 2014

Isabela Rosa SetteMauro Knüpfer CoutinhoMarcela Pimenta Campos CoutinhoGláucia Beatriz de Oliveira Borba

CAMANDUCAIA - MG

MONTE VERDE

Onde o Romance Encontra a Natureza

MONTE VERDE

Onde o Romance Encontra a Natureza

Prefeitura Municipal de Camanducaia

Prefeito: Edmar Cassalho Moreira DiasSubprefeito de Monte Verde: Rubens OsisSecretário de Turismo e Chefe de Gabinete: Bruno Rosa

Turismo 360 Consultoria www.t360consultoria.com Coordenação Isabela Sette

Crédito das ImagensAcervo AHPMV -Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde

Projeto gráfico e diagramação Agência Galo Índia

Consultores Gláucia OliveiraGraziele VilelaMauro CoutinhoMarcela PimentaRenata Coutinho

IABS - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e SustentabilidadeDiretor presidente: Luis Tadeu AssadContribuição Especial: Núcleo de Turismo IABS

Colaboradores Locais

NOME ENTIDADE | EMPRESA

Adélia Carvalho | Espaço AdéliaAfonso Celso | Café ShamahAlexandre dos Santos | Banco do Brasil Bruno Rosa | Chefe de Gabinete / Sec. TurismoDanilo Batista | Cantina Portali di Napolil Edmar Dias | PrefeitoErnani Pereira Vieira | Produtor CulturalFernanda Paiva | Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de MinasFernanda Pereira Vieira | Chopp do FritzHilda Justino | Hotel AmanitaJorg Schwabe | Fritz Cervejaria ArtesanalJosé Aparecido Silva | PrefeituraJosé Justino | Hotel AmanitaLeia Oliveira | Pousada Oliveri Leonardo D’amore | Pousada Villa D’amore / Associação Comercial de MVLuciola Ciavatta | Pousada Carícia do Vento

Luis Gustavo C. Almeida | Pousada Mirante da Colyna / COMTUR / AHPMVMarcel Pinho | Site monteverde.comMarcus Vinícius Nascimento | Prefeitura de CamanducaiaMaria Isabel Carvalho de Barros | Pousada Encontro da PedraMaria Mercedes Alba | Polos VerdesPedro Alves de Oliveira | Câmara MunicipalRicardo Vieira da Conceição | Polícia Militar de Minas GeraisRoseli | Pousada AlavamoahRubens Osis | Subprefeitura de Monte VerdeRubens de Oliveira | Rádio Monte Verde FMRubens Gelschyn | Mimos com ArteSilvia Trova | Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde - AHPMVSonia Kohen | Villa DonnaSusi Bell Lança | Espaço AdéliaTania Maria P. Theodoro | Câmara dos VereadoresTiago Mentor | Minas ZenWagner Lopes | Banco do Brasil

Plano Municipal de Turismo de Camanducaia – MG (2014-2017) / Isabela Rosa Sette, Mauro Knupfer Coutinho, Marcela Pimenta Campos Coutinho, Gláucia Beatriz de Oliveira Borba (autores) Turismo 360 Consultoria / Prefeitura de Camanducaia - MG/ Editora IABS, Brasília-DF, Brasil - 2014. ISBN 978-85-64478-27-5 88 p. 1. Turismo. 2. Planejamento de Destinos Turísticos. 3. Estudo e Inventário da Oferta Turística. 4. Diagnóstico Turístico. I. Título. II. Turismo 360 . III. Prefeitura de Camanducaia - MG. IV. Editora IABS.

Realização: Execução: Apoio:

CDU: 338.48371.23

MENSAGEM DO PREFEITO DE CAMANDUCAIA

O turismo é, sem sombra de dúvidas, uma atividade de fundamental importância para o Município de Camanducaia. Além de gerador de empregos, contribui para a dinamização da economia e estimula a inovação e o empreendedorismo, tornando nossa cidade mais acon-chegante e estruturada para nossos moradores e turistas.

Monte Verde se consagra como um dos destinos de inverno de maior destaque no país, recebendo um número expressivo de turistas que buscam paz, tranquilidade, natureza preservada e bons serviços. No entanto, é nossa preocupação investir para que o destino se supere diariamente, oferecendo uma estrutura cada vez mais adequada e serviços de qualidade. E, além disso, siga se estruturando de modo a maximizar os benefícios que a atividade pode gerar.

Em 2013, tivemos um grande avanço na área do turismo para o município, com destaque para a elaboração do inventário da ofer-ta turística e do Plano Municipal de Turismo. Fizemos questão de desenvolver o Plano Municipal de forma participativa, convidando empresários, comerciantes e moradores de todo o município para nos auxiliarem a estabelecer as estratégias e definir as prioridades de ações dos próximos anos. Durante o processo de construção do Plano, ouvimos, debatemos, propusemos e definimos diretrizes junto com aqueles que lidam diariamente com o turismo, assim como os caminhos que devere-mos seguir. Temos certeza que a organização, o planejamento e a cooperação entre os setores público, privado e sociedade civil são fatores-chave na competitividade turística de um destino e respon-sáveis pelos melhores resultados.

Edmar Dias Prefeito Municipal de Camanducaia/MG

MENSAGEM DO SUBPREFEITO DE MONTE VERDE

A confecção do Plano Municipal de Turismo é umas das principais estratégias para estruturar ações que possibilitem uma alavanca-gem do turismo no município, enquanto atividade econômica.

O Distrito de Monte Verde, um dos principais destinos turísticos de inverno do Brasil, é o principal foco territorial de atuação do Plano. Mas as atividades voltadas ao turismo também são possíveis em outras localidades do município.

A participação de diversos atores para definir os eixos estratégicos para o desenvolvimento do setor e gerar ações que resultem em va-lores percebidos pelo turista são de fundamental importância. E, com o processo conduzido de forma participativa, as diretrizes e os resultados irão proporcionar aumento de competitividade e melho-ria da qualidade da oferta turística.

O planejamento é a principal ferramenta para que ações possam gerar resultados. Para o turismo é essencial a fidelização do turista, a perenidade dos resultados econômicos e a eficiência dos investi-mentos públicos e privados com retornos econômicos ao município e investidores. A excelência na prestação dos serviços turísticos também será uma das metas a ser perseguida, com as devidas ações para qualificar a mão de obra local.

Com a participação da população, empreendedores e o poder pú-blico municipal, o Plano proporciona um norte comum e indica as diretrizes, bem como as ações necessárias para o desenvolvimento do turismo. Desta forma, acredito que temos no Plano o início de uma grande oportunidade de transformação e desenvolvimento, para que todos os envolvidos na atividade possam ser beneficiados, seja turista, cidadão, empreendedor ou poder público.

Rubens OsisSubprefeito de Monte Verde

PALAVRA DO SECRETÁRIO DE TURISMO

O Município de Camanducaia acaba de dar um passo muito impor-tante no turismo com a elaboração do Plano Municipal de Turismo. Em nosso município, temos o Distrito de Monte Verde, que hoje está posicionado entre os principais destinos turísticos de inverno e ro-mance do Brasil. O turismo é uma das prioridades desta gestão e a busca pela sua estruturação, organização e melhoria da qualidade dos serviços é primordial.

É imprescindível, portanto, trabalhar o planejamento, considerando não só as ações sob responsabilidade do poder público municipal, mas envolvendo também o empresariado e a sociedade civil orga-nizada. Os planos estratégicos constituem-se cada vez mais numa importante ferramenta para a gestão do turismo dos municípios. Sua realização de maneira participava permite a definição conjunta do caminho a ser seguido, considerando uma maior cooperação e sinergia na execução das ações.

Para a elaboração do Plano Municipal de Turismo, contratamos a Turismo 360, uma empresa de consultoria especializada com uma equipe de profissionais experientes na área. O Plano Municipal de Turismo foi elaborado a partir de oficinas participativas, com a pre-sença de empresários do trade, população e parceiros do município. Além do Plano, fizemos também a atualização do inventário da oferta turística, que é o primeiro passo para compreensão do ter-ritório no que diz respeito aos serviços e equipamentos turísticos, bem como os de apoio.

Agora, com este documento que apresentamos, podemos dizer que o município sabe o caminho que quer seguir com destino à susten-tabilidade do desenvolvimento turístico. Mãos à obra!

Bruno RosaChefe de Gabinete e Secretário Municipal de Turismo

1. INTRODUÇÃO 152. ASPECTOS METODOLÓGICOS 193. CENÁRIO GLOBAL DO TURISMO: DADOS E TENDÊNCIAS 22 3.1. Panorama Mundial 23 3.2. Cenário Brasil 27 3.3. Minas Gerais 294. DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DE CAMANDUCAIA/MG 335. DIAGNÓSTICO: ASPECTOS GERAIS DO TURISMO NO DESTINO 36 5.1. Oferta Turística 37 5.1.1. Informações Básicas e Infraestrutura 38 5.1.2. Equipamentos Turísticos 38 5.1.3. Atrativos Turísticos 41 Principais Conclusões da análise da Oferta Turística do destino 41 5.2. Análise da Demanda 43 5.2.1. Demanda Turística no Brasil 43 5.2.2. Aspectos Gerais: Demanda Turística em Minas Gerais 45 5.2.3. O município de Camanducaia/Monte Verde 47 Principais Conclusões da análise da Demanda Turística do destino 48 5.3. Competitividade Turística 49 5.4. Posicionamento Online 55 Principais Resultados 58 5.5. A Política de Turismo Atual e a Governança Turística do Município 616. ANÁLISE FOFA: FORÇAS, OPORTUNIDADES, FRAQUEZAS E AMEAÇAS 65 7. DIRETRIZES ESTRATÉGICAS 68 7.1. Visão 69 7.2. Eixos Temáticos, Linhas de Atuação e Ações 71 7.3. Mapa Estratégico 798. METAS E INDICADORES DE MONITORAMENTO 83REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85 Lista de Siglas 86

SUMÁRIO

1> INTRODUÇÃO

1 INTRODUÇÃO

PLANO MUNICIPAL DE TURISMO

INTRODUÇÃO

A atividade turística tem se destacado nos cenári-os nacional e internacional, o que tem provocado uma ampliação dos estudos sobre o tema, e maior preocupação dos governos e da sociedade com a sua gestão, de modo a favorecer o seu desenvolvi-mento. Como atividade de extrema importância econômica, o turismo possui uma cadeia produtiva extensa que qualifica sua multidisciplinaridade e exige participação de diversos setores da socie-dade e da economia. O seu planejamento é com-plexo, uma vez que envolve um grande número de atividades e pessoas, com diferentes expectativas e necessidades. É extremamente delicado alinhar o traba-lho desses diferentes atores, de forma a obter um conjunto integrado de ações para melhorar a quali-dade dos produtos e serviços turísticos e, conse-quentemente, melhorar a qualidade dos serviços prestados à população local. Isso porque muitos dos serviços são únicos e não diferenciam turistas de residentes, principalmente no que se refere à in-fraestrutura básica. O Plano Municipal de Turismo é uma ferra-menta de planejamento que consiste na construção de um documento no qual são definidas as estraté-gias de desenvolvimento turístico do destino, bem como as diretrizes, programas e projetos a serem executados. Como o turismo envolve uma ampla rede de atores ligada ao desenvolvimento, – empresariado de diversos setores como hotelaria, restaurantes, agências e operadores, poder público e associa-ções, ONGs e entidades de classe –, é fundamen-tal que a elaboração do Plano aconteça de forma participativa. Esse modelo permite distribuir a res-ponsabilidade de execução entre o poder público, empresariado e sociedade civil. O Município de Camanducaia (MG) tem uma vocação clara para o turismo, com destaque espe-

cial para o Distrito de Monte Verde, que já possui uma demanda expressiva de turistas. Para que o turismo siga se desenvolvendo de maneira a maxi-mizar os seus benefícios e minimizar os impactos negativos, o Plano Municipal, construído de forma democrática e participativa por meio da consulta direta aos atores locais, constitui a principal ferra-menta para orientar a gestão municipal do turismo, considerando seu contexto regional, nacional e in-ternacional.

O CONTEÚDO DESSE DOCUMENTO ENCONTRA-SE DIVIDIDO EM 7 SEÇÕES:

1. Aspectos metodológicos de elaboração do plano; 2. Panorama global do turismo, apresentando o cenário mundial e as características do Brasil e de Minas Gerais; 3. Dados socioeconômicos de Camanducaia; 4. Apresentação do diagnóstico do destino; 5. Análise das forças, oportunidades, fraquezas e ameaças; 6. Apresentação das diretrizes estratégicas para desenvolvimento do turismo no destino e, por fim;

7. Apresentação das metas e indicadores de moni-toramento.

15

2> ASPECTOS

METODOLÓGICOS

2 ASPECTOS METODOLÓGICOS

PLANO MUNICIPAL DE TURISMO CAMANDUCAIA - MG 2014 - 2017

ASPECTOS METODOLÓGICOS

O processo de construção do Plano Munici-pal de Turismo de Camanducaia foi feito de forma participativa, por meio de oficinas técnicas condu-zidas junto a atores da iniciativa privada, poder pú-blico e terceiro setor ligados ao turismo no destino. Inicialmente foi realizada uma ampla pes-quisa, considerando fonte de dados secundários, a fim de diagnosticar a situação atual do turismo

A etapa de diagnóstico envolveu, portanto, a análise dos seguintes aspectos:

1 Governança Turística, por meio de entrevistas semiestruturadas com atores estratégicos do tu-rismo no destino, como: Secretário de Turismo de Camanducaia; Subprefeito de Monte Verde; Presidente da Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde – AHPMV; Presidente da Associação Comercial de Monte Verde – ACMV, Presidente do Conselho Municipal de Turismo; Presidente do Cir-cuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas; 2 Demanda Turística atual, por meio de pesquisas de demanda realizadas pela Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais – SETUR/MG (atual Se-cretaria de Estado de Turismo e Esportes – SETES);

3 Oferta Turística, a partir do Inventário da Oferta Turística do destino realizado, em 2013, pela Tu-rismo 360 Consultoria;

4 Competitividade Turística, por meio dos relató-rios do estudo de competitividade turística ela-borados pela Fundação Getúlio Vargas – FGV no destino, nos anos de 2009, 2010 e 2013, e impacto do turismo nas finanças públicas municipais, rea-lizado pela SETUR/MG e Instituto Kultur; e 5 Posicionamento Online, a partir da análise de redes sociais e sites especializados em viagem na internet.

Após a etapa de diagnóstico, foi realizada a 1ª ofi-cina técnico-participativa em Monte Verde, ocorrida nos dias 5 e 6 de Novembro de 2013. Nessa oficina foram apresentados os dados obtidos a partir do diagnóstico feito anteriormente, bem como discutidos, de maneira coletiva e com

no destino. Em seguida, foram realizadas duas ofi-cinas técnico-participativas, com o objetivo de dis-cutir o diagnóstico do turismo no destino e definir estratégias para o seu desenvolvimento. O esquema a seguir demonstra as etapas de construção do Plano Municipal de Turismo de Ca-manducaia – Monte Verde:

auxílio de um moderador, alguns aspectos rele-vantes da situação atual do destino. Em seguida, foi aplicada a metodologia de planejamento conheci-da como FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, configurando-se em um cruzamento de cenários para identificar as diretrizes estratégicas do turismo no destino. Por último, foram elencadas as prioridades para o turismo no destino, na visão dos atores presentes. A 2ª oficina técnico-participativa ocorreu no dia 21 de Novembro de 2013 e envolveu a definição da visão de futuro do turismo no destino (Onde que-remos chegar?) e a elaboração de um plano de ação para cada uma das diretrizes estratégicas definidas anteriormente, por meio de trabalhos em grupo. Estiveram presentes cerca de 30 pessoas em cada uma das oficinas, dentre empresários dos setores de hotéis, restaurantes, espaços de even-tos, além de representantes da Prefeitura, Câmara Municipal e associações locais. A partir das informações obtidas nas ofici-nas, a Turismo 360 Consultoria trabalhou a consoli-dação e organização dos dados, além da redação do documento final do Plano Municipal de Turismo de Camanducaia – Monte Verde, apresentado a seguir.

1 Em inglês, conhecida como SWOT – Strength, Weakness, Opportunities and Threats

19 20

>

Plano Municipal do Turismo de Camanducaia - MG

Consolidação, organização e redação - Turismo 360

Diagnóstico(Turismo 360)

Competitividade Turística (FGV)

Impacto turismo nas finanças Públicas Municipais

(SETUR/Kultur)

Governança Turística e análise de leis, atas reuniões, relatórios

Demanda e Oferta Turística

Posicionamento Online(internet/redes sociais)

1ª Oficina: 5 e 6 Nov 2013ć�%TVIWIRXE¨¤S�HS�(MEKR´WXMGSć�(IJMRM¨¤S�IWXVEXªKMEW�I�HMVIXVMÎWć�4VMSVMÊ¨¤S�HI�E¨¶IW

2ª Oficina: 21 Nov 2013ć�(IJMRM¨¤S�HE�:MW¤S�HI�*YXYVSć�)PEFSVE¨¤S�HS�4PERS�HI�%¨¤S

1

3> CENÁRIO

GLOBAL DO TURISMO: DADOS

E TENDÊNCIAS

3.1. Panorama Mundial 23

3.2. Cenário Brasil 27

3.3. Minas Gerais 29

3 CENÁRIO GLOBAL DO TURISMO: DADOS E TENDÊNCIAS


3.1 PANORAMA MUNDIAL

Durante as últimas seis décadas, o turismo tem experimentado um crescimento contínuo. Um número crescente de destinos vem ampliando e in-vestindo no desenvolvimento da atividade, fazendo dela um fator-chave de desenvolvimento econômi-co, mediante o surgimento de novas empresas, cri-ação de empregos e melhoria da infraestrutura. Além dos impactos econômicos diretos que o turismo pode gerar, há ainda impactos indiretos, além dos induzidos pela atividade. A contribuição direta do setor no PIB - Produto Interno Bruto em 2012 foi de dois trilhões de dólares, o que re-presenta 2,9% do PIB mundial, segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC, 2013). Esse im-pacto econômico direto envolve, principalmente, setores como hotéis, agências de viagens, compan-hias aéreas e outros serviços de transporte de pas-sageiros. A contribuição total do setor de turismo para o PIB – incluindo os setores impactados indi-retamente e induzidos – foi de cerca de seis trilhões de dólares em 2012, o que corresponde a 9,3% do PIB Mundial (WTTC, 2013). Em 2012, o setor de turismo gerou mais de 100 milhões de empregos, correspondendo a 3,4% do número total de empregados no mundo. A esti-mativa é que, em 2020, o turismo seja responsável por 7.790.000 empregos, o que será fortemente impulsionado pelos grandes eventos esportivos de 2014 e 2016. (WTTC, 2013). Ao longo dos próximos 10 anos (até 2023), espera-se que o turismo contribua com 6,9 trilhões de dólares para o PIB e gere 72 milhões de novos empregos, representando cerca de 340 milhões de empregos ao redor do mundo (WTTC, 2013b).

Prevê-se um aumento de 3,3% ao ano no número de chegadas de turistas internacionais em todo o mundo, chegando a 1,8 bilhão em 2030. As chegadas em destinos emergentes deverão crescer com o dobro do ritmo dos destinos com economia avançada (OMT, 2013). De acordo com a OMT (2013), as viagens cuja motivação foi de lazer, férias ou recreação corresponderam a mais de metade das chegadas de turistas internacionais em 2012 (52% ou 536 milhões de chegadas). Cerca de 14% dos turistas internacionais viajaram para fins comerciais ou profissionais e outros 27% viajaram para outros ob-jetivos, tais como visitar amigos e parentes, razões religiosas, saúde, dentre outros, como demonstra o gráfico abaixo:

De acordo com a Organização Mundial de Turismo – OMT (2013), as chegadas de turistas in-ternacionais no mundo têm mostrado um cresci-mento praticamente ininterrupto, apesar de algu-mas quebras ocasionais – de 25 milhões em 1950, para 278 milhões em 1980, 528 milhões em 1995; e 1 bilhão em 2012, aproximadamente.

Ainda segundo a OMT (2013), os principais destinos turísticos internacionais, considerando o número de chegadas internacionais de turistas e receita gerada são França e Estados Unidos, respec-tivamente. A França se mantém no topo do ranking de chegadas internacionais, com 83 milhões de visitantes em 2012, e ocupa a 3ª posição quando analisadas as receitas geradas por turistas inter-nacionais. Os Estados Unidos ocupam a 1ª posição em receitas geradas, com 126 bilhões de dólares, e o 2º lugar em chegadas internacionais de turistas. A Espanha, assim como em 2011, continua a ser o 2º país em receitas geradas – ocupando o 1º lugar quando analisado apenas o continente europeu –, e é o 4º país com maior número de chegadas inter-nacionais de turistas.

23 24

CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTAS

25 milhões

278 milhões

528 milhões

1 bilhão

1950 1980 1995 2012

Fonte: OMT, 2013 - Adaptação Turismo 360 Consultoria

CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTAS,POR MOTIVAÇÃO (2012)

Férias, lazer, recreação

52%

27%

14%

7%

Visita a amigos e parentes, religião, outros

Negócios

Não especificado

Fonte: OMT, 2013 - Adaptação Turismo 360 Consultoria Fonte: OMT, 2013

Chegadas Internacionais de Turistas

Rank

Milhões Mudança (%)

1 França

2 Estados Unidos

3 China

4 Espanha

5 Itália

6 Turquia

8 Reino Unido

7 Alemanha

9 Federação Russa

10 Malásia

TF

TF

TF

TF

TF

TF 34.7

TF

TCE

TF

TF

81.6

62.7

57.6

56.2

46.1

29.3

28.4

22.7

24.7

35.7

83.0

67.0

57.7

57.7

46.4

29.3

30.4

25.7

25.0

10.5

5.0

4.9

3.4

6.6

5.7

3.6

5.5

11.9

0.6

3.0

1.8

6.8

0.3

2.7

0.5

-0.1

7.3

13.4

1.3

Série 2011 2012 11/10 12/11

Receitas Internacionais de Turismo

RankBilhões

US$ Local $

Mudança (%) Mudança (%)

1 Estados Unidos

2 Espanha

3 França

4 China

5 Macao (China)

6 Itália

8 Reino Unido

7 Alemanha

9 Hong Kong

10 Austrália

43.0

115.6

59.9

54.5

48.5

38.5

35.1

38.9

27.7

31.5

41.2

126.2

55.9

53.7

50.0

43.7

36.4

38.1

32.1

31.5

38.3

11.7

14.0

16.2

5.8

12.1

10.9

8.2

24.6

8.1

-4.2

9.2

-6.6

-1.5

3.2

13.7 13.3

3.7

-1.9

16.0

0.2 -0.2

2011 2012 11/10 12/11

3.8

9.2

1.2

6.7

0.8

5.2

6.2

15.6

12/11


O continente americano recebeu 163 mi-lhões de turistas internacionais em 2012, o que sig-nificou um crescimento de 5% quando comparado ao ano anterior. Da mesma forma, houve também um aumento (+ 6%) na receita do turismo interna-cional, atingindo 213 bilhões de dólares. O conti-nente recebe, portanto, cerca de 16% do total de chegadas internacionais de turistas, além de 20% do total de receitas (OMT, 2013). A OMT (2013) ressalta que turistas chineses gastaram o recorde de 102 bilhões de dólares em viagens internacionais em 2012, o que correspon-deu a um aumento de 37% quando comparado a 2011. Impulsionados pelo aumento considerável de renda, a flexibilização das restrições sobre as viagens ao exterior e uma moeda valorizada, o gas-to do turista chinês aumentou quase oito vezes em 12 anos. Além do Panorama apresentado pela OMT, o Fórum Econômico Mundial realiza também um es-tudo acerca da competitividade turística de países, chamado Travel & Tourism Competitiveness Report (BLANKE & CHIESA, 2013). Tal estudo analisa a competitividade de 140 países no turismo, por meio da análise de 14 pilares:

1) Politicas públicas, regras e regulações; 2) Sustentabilidade ambiental; 3) Proteção e segurança; 4) Saúde e higiene; 5) Priorização do turismo; 6) Infraestrutura do transporte aéreo; 7) Infraestrutura do transporte terrestre; 8) Infraestrutura turística; 9) Infraestrutura tecnológica; 10) Competitividade do preço na indústria de via-gens e turismo; 11) Recursos Humanos; 12) Afinidade /percepção nacional por viagens e turismo; 13) Recursos Naturais e; 14) Recursos Culturais. Cada um desses pilares é, por sua vez, constituído por uma série de variáveis individuais. O relatório aponta como sendo os países mais com-petitivos no turismo em 2013:

Dentre as principais tendências do setor de turis-mo para os próximos 15 anos, a OMT (2011) res-salta: Ĉ��(IQERHE�MRXVEVVIKMSREP�IQ�GSRX®RYS�GVIWGMQIR-to;

Ĉ��6IHY¨¤S�HS�XIQTS�XSXEP�HEW�ZMEKIRW�

Ĉ� � ,¢� YQ� TSXIRGMEP� GVIWGMQIRXS� QEMW� EGIPIVEHS�do turismo nas próximas décadas. Destinos con-solidados ou novos destinos turísticos podem se beneficiar dessa oportunidade, a partir de políti-cas adequadas relativas ao ambiente de negócios, infraestrutura, facilidades, marketing e recursos humanos;

Ĉ� �'SQ�IWWEW�STSVXYRMHEHIW�� WYVKIQ�XEQFªQ�HI-safios no que diz respeito à maximização dos bene-fícios sociais e econômicos e minimização dos im-pactos negativos que o turismo pode causar;

Ĉ� �3�TEHV¤S�HI� GVIWGMQIRXS�HS� XYVMWQS�IQ� PSRKS�prazo será mais moderado, sustentável e inclusivo.

Além das tendências citadas acima, vale ressaltar também:

Ĉ��&YWGE�HI�I\TIVM«RGMEW�»RMGEW��EYX«RXMGEW�I�MRHM-viduais – enfraquecimento dos pacotes de viagens padronizados;

Ĉ� �9XMPMÊ¨¤S�HE� MRXIVRIX�TEVE�FYWGE�HI� ZMEKIRW�I�destinos adequados ao seu comportamento e as-pirações, além do crescimento do e-commerce no setor. Ĉ� � ,MTIVGSRIGXMZMHEHI�� S� EZER¨S� XIGRSP´KMGS� I� SW�hábitos resultantes têm um importante efeito so-bre a forma de consumo, uma vez que a informação é instantânea, fácil de ser obtida e não requer pre-sença física. Ĉ� � 'VIWGIRXI� YWS� HEW� VIHIW� WSGMEMW� RS� XYVMWQS�� ª�clara a influência delas nas decisões de viagens, atrativos a visitar, serviços a serem utilizados, etc.

Ĉ� �:EPSVMÊ¨¤S�HSW�IPIQIRXSW�HI�WYWXIRXEFMPMHEHI��associada à proteção do meio ambiente, valoriza-

A Suíça aparece como o país mais competi-tivo em função das riquezas naturais e culturais, com um vasto número de Patrimônios da Humani-dade, considerando a sua pequena extensão terri-torial. Destaca-se também os altos investimentos em sustentabilidade ambiental e desenvolvimento do turismo de forma sustentável. O país investe ain-da na qualificação profissional para a indústria do turismo e, não é por acaso, que a Suíça concentra muitas das melhores escolas de hotelaria do mun-do. Soma-se a isso a excelente infraestrutura de transporte terrestre, infraestrutura turística, bem como a segurança. (BLANKE & CHIESA, 2013). No ranking geral, o Brasil aparece na 51ª posição em 2013, subindo uma posição quando comparado a 2011. Observado apenas o ranking do Continente Americano, o Brasil ocupa a 7ª posição, atrás de Estados Unidos, Canadá, Barbados, Pa-namá, México e Costa Rica. Interessante ressaltar que o Brasil ocupa o 1º lugar geral no que diz res-peito a recursos naturais e o 23º com relação aos recursos culturais, em função da quantidade de sítios tombados pelo Patrimônio Mundial, grande proporção de área protegida, e a mais rica fauna do mundo (BLANKE & CHIESA, 2013).

ção das culturas tradicionais e geração de bene-fícios para as comunidades (conceitos de respon-sabilidade sócioambiental e consumo sustentável).

25 26

País Ranking 2013 Nota Ranking 2011

Suiça 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

51

5,66

5,39

5,39

5,38

5,38

5,32

5,31

5,28

5,24

5,23

4,37

1

2

4

8

7

6

3

9

5

10

52

Alemanha

Austria

Espanha

Reino Unido

Estados Unidos

Canadá

França

Suécia

Singapura

Brasil

Fonte BLANKE & CHIESA, 2013



3.2 CENÁRIO BRASIL

Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT, 2013) demonstram que, em 2012, a América Latina recebeu cerca de 8% do fluxo de turistas internacionais, sendo que, deste total, 2,6 % das chegadas correspondem à América do Sul e cerca de 0,6% ao Brasil. Apesar dos modestos números em relação a outros destinos do mundo, observa-se um cresci-mento da atividade turística no Brasil nos últimos dois anos, que assumiu a ponta na América do Sul em número de chegada de turistas internacionais no ano de 2012, ultrapassando a Argentina. (OMT, 2013)

No Brasil, segundo dados do World Travel & Tourism Council (WTTC, 2013) , a estimativa é que, em 2020, a atividade turística seja responsável por 7.790.000 empregos, o que será fortemente impul-sionado pelos grandes eventos esportivos de 2014 e 2016. O crescimento da atividade turística no PIB brasileiro, assim como sua potencial capacidade de gerar trabalho, ocupação e renda são aspectos positivos resultados da gestão turística estabeleci-da no país, principalmente após a criação do Minis-tério do Turismo, em 2003. Tal fato é evidenciado pelos números referentes ao gasto de turistas es-trangeiros, que evoluiu de 2,47 bilhões de dólares em 2003 para 6,64 bilhões em 2013, segundo o Ministério do Turismo. Vale ressaltar que, com o aumento da ren-da de uma parcela da população brasileira, o tu-rismo doméstico foi impulsionado. Em setembro de 2012, o Ministério do Turismo publicou um es-tudo realizado pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, intitulado Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Bra-sil – 2010/2011 que foi realizado por meio de mais de 30 mil entrevistas em 137 municípios do Brasil. Esse estudo revela que 48,5% dos brasileiros rea-lizaram pelo menos uma viagem em 2011, sendo que na classe de renda mais baixa essa proporção é de 39,2%, enquanto na classe mais elevada chega a 78%. O estudo realizado pela FIPE em 2012 apon-ta também que o número médio de viagens em 2011, por domicílio brasileiro, foi de 2,6 viagens. Nas classes de renda mais elevadas, o número mé-dio de viagens aumenta, conforme pode ser obser-vado no quadro acima ao lado: A pesquisa anual de conjuntura econômica, realizada pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e Ministério do Turismo em 2013, demonstra o cres-

O mapa abaixo demonstra a distribuição do fluxo turístico internacional para o Brasil em 2012:

cimento do número de desembarques no Brasil, que era de 5,375 milhões em 2003, chegando a 9,4 milhões em 2012. E a expectativa é a de que, com a proximidade de realização dos megaeventos esportivos, esses números cresçam significativa-mente. Com relação aos desembarques internacio-nais, destacam-se os turistas oriundos de países da América do Sul, responsáveis por aproximada-mente 48% do fluxo para o Brasil conforme aponta gráfico mais abaixo. A tendência do turismo brasileiro é de cres-cimento. O financiamento da atividade no país vem ocupando espaço de destaque, junto às demais áreas sociais não protegidas constitucionalmente, como meio ambiente, cultura, esporte e lazer, no debate sobre políticas públicas. Os dados da OMT apontam que turismo brasileiro deve continuar crescendo nos próximos anos acima da média mundial. Cabe ao setor gover-namental o papel de regular e estimular os investi-mentos privados, fomentando assim o desenvolvi-mento econômico social das regiões.

27 28

Fonte: Ministério do Turismo

13,43%

Américado Norte

48,38%

Américado Sul

1,59%África

0,82%Oceania

5,13%Ásia

29,83%Europa

0,78%

AméricaCentral

MAPA DO FLUXO TURÍSTICO INTERNACIONAL PARA O BRASIL:

Número de

Viagens

Classe de Renda Mensal Familiar

(SM - Salários Mínimos)

De 0 a 4SM

De 4 a 15SM

Acima de 15SM

Total

56,9

29,2

10,8

2,1

1,0

100,0

40,3

33,5

17,7

5,9

2,6

100,0

31,9

34,7

19,8

9,6

4,0

100,0

2,6

48,1

31,4

14,3

4,3

1,9

100,0

1

2 ou 3

4 a 6

7 a 10

11 ou mais

TOTAL

Média

Fonte: Ministério do Turismo / FIPE

NÚMERO DE VIAGENS DOMÉSTICAS NO

DOMICÍLIO, POR RENDA (EM %) - 2011

CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTAS AO BRASIL ANO 2011 48%

América do Sul

5%Ásia

30%Europa

2%África

13%América do Norte

1%Oceania

1%América Central e Caribe

Fonte: Ministério do Turismo / FGV

O Brasil foi o país da América do Sul que mais recebeu turis-tas internacionais em 2012



3.3 MINAS GERAIS

Minas Gerais segue o ritmo brasileiro de crescimento da atividade turística. Dados do Ob-servatório de Turismo de Minas Gerais apontam um crescimento continuo do fluxo turístico no Estado. No ano de 2008 era de 16,1 milhões de turistas, passando para 25,5 milhões em 2012, conforme gráfico com dados anuais:

No entanto, a movimentação dos aeropor-tos de Minas Gerais foi crescente nos últimos anos, com destaque para o Aeroporto Internacional Tan-credo Neves em Confins, representado no gráfico abaixo:

Apesar do crescimento do fluxo turístico, observou-se, no ano de 2012, uma queda da re-ceita turística em Minas Gerais, justificada pelo gasto médio individual menor que no ano de 2011, somada à diminuição da permanência média indi-vidual, segundo informações da SETES – Secretaria de Estado de Turismo e Esportes de Minas Gerais.

Minas Gerais possui políticas públicas es-truturadas no setor de turismo. Os resultados po-dem ser percebidos diretamente no setor econômi-co do Estado, principalmente no que diz respeito à geração de emprego. Segundo dados da Pesquisa de Impacto do Turismo nas Finanças Públicas Mu-nicipais, realizada pela Secretaria de Estado de Turismo em 2011, o setor turístico em Minas Gerais empregou 354.648 trabalhadores em 2009, sen-do 62.369 em atividades tipicamente turísticas e 292.279 em atividades parcialmente turísticas. Tais dados evidenciam o valor econômico do turismo para o Estado de Minas Gerais, o que reforça ainda mais a importância de se estabelecer políticas públicas que garantam a perpetuidade dos benefícios que o setor pode trazer, contribuindo para sua gestão e organização de maneira respon-sável, cooperada e sustentável (SEPLAG, 2012).

29 30

FLUXO DE TURISTAS DE MINAS GERAIS:(EM MILHÕES)

Fonte: SETES/MG

16,1

2008

18,7

2009

20,0

2010

24,2

2011

25,5

2012

RECEITA TURÍSTICA DE MINAS GERAIS:(EM BILHÕES DE REAIS)

Fonte: SETES/MG

6,9

2008

8,3

2009

8,8

2010

11,6

2011

9,4

2012

MOVIMENTAÇÃO AEROPORTO DE CONFINS:(EM MILHÕES DE PASSAGEIROS)

2010

7,3

9,410,4

2011 2012

Fonte: SETES/MG - Adaptado Turismo 360 Consultoria

4> DADOS SÓCIO-

ECONÔMICOS DE CAMANDUCAIA/

MG

4 DADOS SÓCIOECONÔMICOS DE CAMANDUCAIA-MG


DADOS SÓCIOECONÔMICOS

Camanducaia está localizada no extremo sul do Estado de Minas Gerais fazendo limite com Extrema, Itapeva, Cambuí, Córrego do Bom Jesus, Paraisópolis, Gonçalves, Sapucaí-Mirim, São José dos Campos (SP) e Joanópolis (SP). O município foi emancipado no ano de 1840 por meio da Lei no 171, de 23/3/1840 e possui dois distritos: Monte Verde e São Matheus de Minas. A época precisa do início do arraial que deu origem ao município não é totalmente conhecida. Sabe-se que foi anterior a 1775, sendo o vilarejo formado por aventureiros em busca de ouro, uma

Seguindo a tendência do que é apresentado em Minas Gerais e no Brasil acerca do Produto In-terno Bruto, o setor de serviços em Camanducaia tem maior destaque do que os setores de agro-pecuária e industrial, conforme gráfico abaixo:

vez que a localidade estava situada em uma das rotas seguidas pelos “bandeirantes paulistas de Atibaia”(IBGE, 2013). O município surgiu com o nome de Jaguari, cujo território foi desmembrado do município de Pouso Alegre pela Lei provincial n.° 171, de 23 de março de 1840. A instalação da sede ocorreu em 3 de maio de 1842. O termo Camanducaia signifi-ca, em tupi-guarani, feijão queimado, sendo esse o atual nome da cidade que se levanta à margem direita do rio Jaguari (IBGE, 2013).

O turismo se destaca como atividade econômica do município. O estudo realizado pela Secretaria de Estado de Turismo – SETUR/MG com o Instituto Kultur – Cultura, Turismo e Sustentabili-dade aponta, por um lado, a informalidade do setor e, por outro, o crescente investimento público na atividade entre os anos de 2006 a 2009, conforme apontado no gráfico abaixo:

33 34

MAPA DO MUNICÍPIO DE CAMANDUCAIA

Minas Gerais

Camanducaia

Monte Verde

Fonte: IBGE, 2012

Informações Gerais do Município:

Síntese da Informação

Área de Unidade Territorial

Estabelecimentos de Saúde SUS

Índice de Desenvolvimento Humano municipal 2010 (IDHM 2010)

Pessoal Ocupado TotalPIB Per Capta a Preços Correntes 2011

População Residente 2010

Densidade Demográfica

Bioma

Altutide Máxima

Altitude Mínima

Temperatura Máxima Anual

Temperatura Mínima Anual

7 Estabelecimentos

0,689

5.113 pessoas

12.896,89 reais

21.080 pessoas

Mata Atlântica

2082.0 m

1000.0 m

26.4 C

14.3 C

528, 476 KM 2

39,89 Hab/KM 2

40,000

PRODUTO INTERNO BRUTO DE CAMANDUCAIA (VALOR ADICIONADO) DADOS DE 2009

Fonte: IBGE, 2009

0

80,000

120,000

160,000

Agrop

ecuá

ria

Indú

stria

Serviços

EVOLUÇÃO DOS GASTOS TURÍSTICOS E DA ARRECADAÇÃO DO ISSQN DO TOTAL DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS E DAS ATIVIDADES TIPICAMENTE TURÍSTICAS EM CAMANDUCAIA 2006 – 2009 (R$)

Fonte: Kultur

2006 2007 2008 2009

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Gastos em turismoArrecadação ISSQN - total

Arrecadação ISSQN - atividadestipicamente turísticas

5> DIAGNÓSTICO:

ASPECTOS GERAIS DO

TURISMO NO DESTINO

5.1. Oferta Turística 37

5.2. Análise da Demanda 43

5.3. Competitividade Turística 49

5.4. Posicionamento Online 55

5.5. A Política de Turismo Atual

e a Governança Turística do Município 61

5 DIAGNÓSTICO: ASPECTOS GERAIS DO TURISMO NO DESTINO


5.1 OFERTA TURÍSTICA

A oferta turística de um destino engloba um somatório de bens e serviços diretos e de apoio que podem ser oferecidos ao turista ou que possam ser úteis durante a sua estadia. Segundo o Ministério do Turismo – MTur (2006, p. 13), a oferta turística pode ser entendida como tudo aquilo que o local tem para oferecer aos seus turistas atuais e poten-ciais, sendo representada por uma gama de atra-ções, bens e serviços que determinarão a preferên-cia do visitante (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2006). De acordo com o MTur (2006), a Inventari-ação da Oferta Turística consiste no levantamento, identificação e registro dos atrativos turísticos, serviços e equipamentos turísticos, e da infraestru-tura de apoio ao turismo como instrumento base de informações para fins de planejamento e gestão da atividade turística. Ainda segundo o MTur (2006), o inventário permite a identificação e quantificação dos atrati-vos, equipamentos e serviços, além de subsidiar, a partir dos dados gerados, a sua análise e qualifica-ção. Isso possibilita o planejamento e definição das políticas de turismo com mais segurança e eficá-cia. No ano de 2013, foi realizado o Inventário da Oferta Turística de Camanducaia/Monte Verde pela Turismo 360 Consultoria, por meio de contrato com a Prefeitura de Camanducaia (MG). A elaboração do inventário de Camanducaia utilizou como referência a metodologia do Ministé-rio do Turismo, conhecido como INVITUR. O trabalho contou com uma ampla pesquisa de campo, que consistiu na visita a cada um dos e-quipamentos e atrativos selecionados para obten-ção das informações, durante os meses de Outubro a Dezembro de 2013. No total, foram aplicados 402 formulários, divididos em três grandes componentes, como demonstra a tabela a seguir:

Ressalta-se que, para a opção “emprega-dos temporários”, há indícios de que o número seja maior, considerando a mão de obra utilizada na re-alização de eventos permanentes ou festas popu-lares. Entretanto, os entrevistados, na maioria das vezes, não souberam responder o campo relativo à “Geração de Emprego e Renda” das categorias C2 e C5.

Seguindo a metodologia do INVITUR, cada um desses componentes é dividido em categorias, e ainda em tipos e subtipos. A partir dos resultados obtidos com a ela-boração do inventário, foi possível constatar que o número total de empregados permanentes do setor turístico de Camanducaia é de 830, sendo 156 tem-porários, conforme quadro a seguir:

5.1.1 Informações Bási-cas e Infraestrutura

5.1.2 Equipamentos Turísticos

37 38

A - Informações Básicas e Infra-estrutura

B- Equipamentos Turísticos

Tipo de Formulário Quantidade

C- Atrativos

142

218

42

TOTAL 402

Fonte: Inventário da Oferta Turística 2013 - Adaptação Turismo 360


Nº de EmpregadosPermanentes

Nº de EmpregadosTemporários

Nº de Empregadoscom Deficiência

830 156 2

Foram aplicados os seguintes formulários nessa categoria:

A1 - Informações Básicas e Infra-estrutura

A2 - Meios de Acesso


A3 - Sistema de Comunicação

3

1

14

TOTAL 142


A4 - Sistema de Segurança 3

A5 - Sistema Médico Hospitalar 9

A6 - Sistema Educacional 14

A7 - Outros Equipamentos 98

B1 - Serviços e Equipamentos de Hospedagem

B2 - Serviços e Equipamentos para Gastronomia


B3 - Serviços e Equipamentos de Agenciamento

133

63

1

TOTAL 218


B4 -Serviços e Equipamentos para Transporte 15

B5 - Serviços e Equipamentos para Eventos 2

B6 - Serviços e Equipamentos de Lazer e Entretenimento 3

B7 - Outros Serviços e Equipamentos Turísticos1

Fonte: RAIS

Estabelecimentos formais do setor de hospedagem em Camanducaia 20122

Com Funcionários Sem Funcionários Total

Hotéis e Similares 61 32 93

Outros tipos de alojamentonão especificados anteriormente

26 07 33

Total 87 39 126

Os formulários A7 – Outros Equipamentos abrangem o comércio do Distrito de Monte Verde, do qual se destacam as lojas de vestuário e arte-sanato. Importante esclarecer que tais estabeleci-mentos foram inventariados por serem considera-dos como atrativos do distrito, o que não acontece com o comércio na sede. Já para os demais formulários foram con-siderados os estabelecimentos e as informações de ambos, sede e distrito.

Com relação aos equipamentos turísticos (formu-lários B) foram identificados:

Nos dados oficiais sobre os estabelecimen-tos formais do setor de hospedagem, extraídos da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), apontam que, em 2012, havia 126 equipamentos de hospedagem no Município de Camanducaia.

2 Categorias RAIS: Hotéis e Similares e Outros tipos de aloja-mento não especificados anteriormente

Camanducaia é o 2º município de Minas Gerais com maior número de estabelecimentos formais de hospedagem


PLANO MUNICIPAL DE TURISMO CAMANDUCAIA - MG 2014 - 201739 40

A quantidade de meios de hospedagem e outros tipos de alojamento existentes em Caman-ducaia se destaca em Minas Gerais por ficar atrás apenas da capital, Belo Horizonte, que em 2012, segundo a RAIS, tinha 477 equipamentos nessas categorias. O crescimento desse tipo de equipa-mento tem sido constante nos últimos anos e tam-bém merece destaque, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Segundo esse modelo, após um forte ritmo de crescimento, ocorre a consolidação e, depen-dendo da estratégia adotada pelo destino pode ha-ver declínio, estagnação ou rejuvenescimento. Na década de 2000 foram abertos muitos empreendimentos, o que conduz a uma percepção de consolidação do destino. No entanto, 21,05% do total de equipamentos de hospedagem foram inau-gurados em apenas três anos, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013, apontando uma tendência de crescimento de oferta na década de 2010 superior ao da década de 2000. Esse crescimento acelerado da oferta vem causando uma mudança no perfil da oferta e é especialmente preocupante para o posi-cionamento do destino e sua sustentabilidade.

Para os formulários B2 – Serviços e Equipamentos para Gastronomia têm-se como dados relevantes:

Ĉ� (SW� �� IUYMTEQIRXSW� MRZIRXEVMEHSW�� IWX¤S�localizados em Monte Verde e cinco em Camandu-caia - sede;Ĉ��3�Q«W�HI�QEMSV�SGYTE¨¤S�HSW�)UYMTEQIRXSW�TEVE�Gastronomia é JULHO e o mês de menor ocupação é NOVEMBRO;Ĉ��4SV�JEPXE�HI�HEHSW��R¤S�JSM�TSWW®ZIP�EJIVMV�E�XE\E�média de ocupação.Ĉ� �%WWMQ� GSQS�SW� IUYMTEQIRXSW� HI�LSWTIHEKIQ��a maioria foi aberta nos anos 2000 e 2010, confir-mando que o destino ainda vive uma fase de forte crescimento, conforme pode ser observado na ta-bela abaixo:

Em relação aos equipamentos de agencia-mento, apenas uma agência de receptivo foi iden-tificada em Camanducaia (formulário B3) e esse equipamento emprega duas pessoas de forma per-manente. Abaixo, segue um breve resumo das in-formações obtidas:

Ĉ��*EM\E�)X¢VME�HSW�'PMIRXIW��E��ERSW�

Ĉ��6IRHE�1ªHME��E��WEP¢VMSW�Q®RMQSW�

Ĉ��4VMRGMTEMW�6SXIMVSW�- City Tour de 4x4 em Monte Verde;- Esportes de Aventura no Rio Jaguary;- Passeio nas Pedras;- Caminhadas guiadas; - Prática de alpinismo (escalada em rocha e rapel);- Prática de canoagem; - Voo livre (parapente); - Passeios com bicicleta.

Ĉ��%TVS\MQEHEQIRXI��HSW�ZMWMXERXIW�HI�1SRXI�Verde utilizam os serviços da agência.

Da categoria B4 - Serviços e Equipamen-tos para Transportes, 12 dos 15 estabelecimentos inventariados oferecem passeios locais pelos prin-cipais pontos turísticos de Monte Verde, dois são utilizados em traslados e um é considerado como especial. Nenhum dos estabelecimentos soube in-formar o volume anual de passageiros. Para a categoria B5 – Serviços e Equipa-mentos para Eventos foram inventariados dois es-paços em Camanducaia – sede. Já para a categoria B6 – Serviços e Equipa-mentos de Lazer e Entretenimento os três estabe-lecimentos inventariados foram em Monte Verde. Destaca-se que a Fazenda Radical também teve os dados contabilizados como Equipamento de Hospedagem. E por último, na categoria B7 – Outros Ser-viços e Equipamentos Turísticos, foram coletados dados sobre o Portal de Entrada de Monte Verde que tem como principais atividades o fornecimento de informações turísticas, a realização de pesqui-sas e orientação em geral.

Vale destacar ainda que a maioria dos equi-pamentos de hospedagem foi aberta na década de 2000, conforme tabela abaixo:

O verdadeiro crescimento do destino ainda está acontecendo e não se pode afirmar que Monte Verde – Camanducaia atingiu o estágio de consoli-dação, segundo o modelo do ciclo de evolução do destino Turístico, publicado por Butler em 1980 e citado por vários autores.

NÚMERO DE EMPREENDIMENTOS FORMAIS DE HOSPEDAGEM EM CAMANDUCAIA. ENTRE 2006 E 2012

Fonte: Adaptado RAIS

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

87

9295

106 111115 126

Década de 1960

Década de 1970

Início da Atividade Quantidade

Década de 1980

2

4

13

Década de 1990

Década de 2000

29

44

Década de 2010

Não Informado

28

13

Total 133


CICLO DE EVOLUÇÃO NA AREA DO TURISMO

Fonte: Butler, 1980

tempo

consolidação

Envolvimento

Desenvolvimento

Declínio

Rejuvenecimento

Exploração

Estagnação

A

B

C

D

Enú

me

ro d

e t

uris

tas

Número Total de Hotéis / Pousadas em Monte Verde 129

Número Total de Hotéis / Pousadas em Camanducaia - Sede 4

Número Total de Unidades Habitacionais (UHs)

Número Total de Leitos

1604 UHs

4024

Número UHs adaptadas para portadores de deficiência 36

Mês de maior ocupação

Meses de Menor ocupação

Julho

Nov / Out / Mar

Valor médio das diárias R$ 249,89

Média de taxa de ocupação total do destino 60%

Número de estabelecimentos cadastrados no CADASTUR 8

Número de estabelecimentos informais declarados 18


3

Dos formulários B1 – Serviços e Equipamentos de Hospedagem destacam-se como dados relevantes:

3 O valor pode não refletir a realidade do município, já que muitos estabelecimentos não souberam informar a taxa de ocupação e não há um registro formal dos dados.

Década de 1960

Década de 1970

Início da Atividade Quantidade

Década de 1980

1

2

3

Década de 1990

Década de 2000

10

21

Década de 2010

Não Informado

21

5

Total 63


5.1.3 Atrativos Turísti-cos

Nessa categoria, foram mapeados 42 atra-tivos turísticos, classificados como naturais, cul-turais, de caráter técnico, científico ou artístico ou eventos permanentes. Vale destacar a variedade de atrativos naturais e culturais, evidenciados pela quantidade de festas e celebrações, conforme ta-bela abaixo:

C1 - Atrativos

Naturais

Tipo de Formulário Nomes

14

Quantidade


1- Parque Estadual do Cadete

2- Parque Verner Grinberg

3- Parque Municipal Pinheiro Velho

4- Roda D’Água

5- Rio Jaguary

6- Chapeu do Bispo

7- Pedra Partida

8- Pedra Redonda

9- Pico do Selado

10- Platô

11- Cachoeira dos Pretos

12- Cascata da Sidema

13- Queda D’Água Gato de Botas

14- Queda D’Água Pedreira

C2 - Atrativos

Culturais22

1- Sede da Fazenda Esperança

2- Igreja Matrix de Camanducaia

3- Festa da Padroeira

4- Carnaval

5- Reveillon

6- Aniversário de Camanducaia

7- Museu da MPB

8- Encontro de Bandas

9- III Fest Car de Camanducaia

10- Festa do Padroeiro de Monte

verde

11- Camanducaia Country Club

12- Festival de Inverno

13- Festival de Natal

14- Fábrica de Chocolate

15- Arraial da Família

16- Comemoração da Independência

17- Comemoração dia das Crianças

18- Festa de Nossa Senhora

Aparecida

19- Festa de São Matheus

20- Festa do Bom Jesus

21- Arraial Cultural

22- Semana Cultural

C4 - Atrações

Técnicas, Artísticas

e Científicas

3

C4 - Eventos 3

1- Cerâmica Unger’s Art Gallery

2-Ateliê de Cerâmica do Leite

3- Orquidário

1- Encontro de Motoqueiros

2-Campeonato de Muay Thai

3- Motocross

Total 42


PLANO MUNICIPAL DE TURISMO41

Principais Conclusões da análise da Oferta Turística do destino

Considerando a percepção dos pesquisadores e da coordenação de campo do Inventário da Oferta Turística, pode-se concluir que:

> A oferta turística do destino está concentrada no Distrito de Monte Verde, notadamente no nú-cleo urbano principal, compreendido pela Av. Monte Verde e Av. Sol Nascente;

> A infraestrutura da avenida Monte Verde é a que está melhor preparada para o turismo, com pavi-mentação e elementos estéticos interessantes;

> Em contrapartida, a Avenida Sol Nascente apre-senta problemas na pavimentação, alternando trechos pavimentados com trechos sem pavimen-tação e estado de conservação geral muito ruim;

> A oferta gastronômica concentra-se na Av. Mon-te Verde, mas há equipamentos muito procurados na Av. Sol Nascente. Já na Villa da Fonte é possível encontrar equipamentos com características mais “populares”;

> Há carência na operação turística receptiva do destino: apenas uma agência oferece passeios regulares e não há oferta de atividades que ali-nhem romance (principal posicionamento do des-tino) com ecoturismo;

> Sobre o preenchimento dos formulários houve uma boa recepção na maioria dos estabelecimen-tos. Entretanto, é notável a ausência de registro de informações básicas para o planejamento turísti-co. Como exemplo cita-se o Portal de Entrada que não soube informar o número de visitantes anuais que passam por Monte Verde;

> Uma tendência que começa a ser observada é o deslocamento de turistas para a região rural de Camanducaia, notadamente para os bairros Bom Jardim e Jaguary de Cima. Esse último já é co-nhecido pelos romeiros que percorrem a Estrada da Fé, com destino à Aparecida/SP.



5.2 ANÁLISE DA DEMANDA

A análise da demanda é um dos primeiros passos para o entendimento e planejamento da atividade turística em qualquer destino. Essa de-manda é analisada a partir das características que determinam o perfil dos turistas, sejam eles atuais (que efetivamente frequentam e visitam ou desti-no) ou potenciais (aqueles que ainda não visitam o destino, mas têm condições de se tornar turistas no futuro). O principal e mais atual estudo disponível para que se possa entender o comportamento da demanda turística no Brasil é o Caracterização do Turismo Doméstico no Brasil, – 2010/2011, publicado pela FIPE. Esse estudo é especialmente importante para Monte Verde, uma vez que a de-manda turística do município é essencialmente do-méstica, segundo as informações dos empresários da região e considerando as observações realiza-das em campo, durante a realização do estudo da oferta do município, apresentada anteriormente. Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Turismo – SETUR/MG divulgou a Pesquisa de De-manda – 2011, que incluía o Município de Caman-ducaia na amostragem. No entanto, ao se analisar os dados estratificados apenas do Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas, do qual Camandu-caia participa, os resultados são incompatíveis com a realidade vivida pelos empresários de turismo do município, que estão concentrados no Distrito de Monte Verde. Dessa forma, os dados desagregados para a região não foram considerados para traçar o perfil do turista do município.

5.2.1 Demanda Turística no Brasil

43 44

Nº de Domicílios Urbanos

(em 1.000)

Itens 2011

Proporção dos Domicilíos

com Viajantes

2005 2007

42.196,0 47.856,0 49.227,0

37,3% 38,2% 44,0%

(em %)

Proporção dos Domicilíos

com Viajantes15.739,1 18.281,0 21.659,9

(em 1.000)

Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil. Ministério do Turismo, 2012.

PARTICIPAÇÃO RELATIVA ENTRE O EMISSIVO E O RECEPTIVO NAS VIAGENS DOMÉSTICAS, EMNÚMEROS DE TURISTAS


5

5 10 15 20 25

10

15

20

25

emissivos (%)

rece

ptiv

os (%

)

Prepoderantemente receptores

SP

SC

PEPR

RS MG

CE

BA RJ

GOPrepoderantemente emissivos

Esse cenário é extremamente favorável ao desenvolvimento turístico de Camanducaia, uma vez que o município se encontra na região Sudeste, principal polo emissor e receptor de turistas do Bra-sil (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2012). Além disso, devido a suas características de oferta e localiza-ção, atende ao mercado de maior demanda atual: período de viagem entre dois e três dias, tendo o automóvel como principal meio de transporte. To-dos esses fatores explicam o crescimento da ativi-dade turística no município e a ampliação da oferta de equipamentos como pousadas, restaurantes e atrativos. Quando analisados os dados dos estados brasileiros, a pesquisa aponta que os mais desen-volvidos se destacam como os mais importantes centros receptivos e emissivos. Em número de turistas, em apenas cinco estados, – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia –, tem-se mais de 50% do emissivo do país e quase 50% do receptivo.

A pesquisa demonstra também se o estado se caracteriza como predominantemente emissor: relação nº do Emissivo/Receptivo maior que 1 ou predominantemente receptor com o Nº do Emis-sivo/Receptivo inferiores a 1. Os dados do quadro e gráfico abaixo indi-cam que os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, entre os de maior significado em valores absolutos, caracterizam-se como pre-dominantemente emissores.

4 Foram descontadas as respostas em duplicidade (Do-méstica, Internacional e Rotineira) para concluir que, em 48,5% dos domicílios do Brasil, há pelo menos um turista.

A pesquisa de Caracterização e Dimensio namento do Turismo Doméstico no Brasil iniciou-se em 1998 e está em sua 5ª edição, sendo coor-denada pelo Ministério do Turismo. Tal pesquisa se configura como uma das principais fontes de infor-mação acerca da demanda turística nacional, uma vez que é realizada em 137 municípios brasileiros. Tem como população de pesquisa o conjunto de domicílios particulares permanentes, situados nas áreas urbanas do país, e pretende levantar da-dos sobre as viagens realizadas em 2011. No ano de 2012, a pesquisa envolveu 37 mil domicílios brasileiros. A pesquisa foi capaz de dimensionar que, em 48,5% dos domicílios brasileiros, pelo menos um dos seus residentes realizou alguma viagem em 2011. Do total de domicílios com turistas, 44% deles é de turismo doméstico, 4,3% de turismo in-ternacional e 7% de viagens rotineiras (pelo menos 10 vezes no ano para o mesmo destino) . A quantidade de viagens realizadas vem aumentando consideravelmente, acima do cresci-mento de outros setores, uma vez que a população está aumentando e o número de domicílios com viajantes no Brasil também cresceu desde 2005, como pode ser observado no quadro a seguir:

4

5.2.2 Aspectos Gerais: Demanda Turística em Minas Gerais

Com relação aos principais centros emisso-res de turistas para Minas Gerais, destaca-se, em 1º lugar, o próprio estado de Minas Gerais, seguido dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como pode ser observado no gráfico abaixo:

Por outro lado, quando analisados os prin-cipais geradores de receita para o estado, ou seja, aqueles que mais gastam, os turistas do estado de São Paulo atingem a 1ª posição, correspondendo a 27,2% do total. Em seguida, tem-se o estado de Minas Gerais (25,4%) e o estado do Rio de Janeiro (15,4%):

PRINCIPAIS EMISSORES DE TURISTAS PARA MINAS GERAIS (%)


40

MG

24.2

SP

14.8

RJ

4.2

GO

3.5

ES

3

DF

2

PR

1.7

BA

0.7

RS

0.7

SC

5

outros

PRINCIPAIS GERADORES DE RECEITAS EM MINAS GERAIS (%)


27.2

SP

25.4

MG

15.4

RJ

4.9

GO

4.9

DF

3.8

PR

3.3

ES

2.6

BA

2

SC

1.6

MT

8.9

outros



Como já citado anteriormente, além da pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, a SETUR/MG realiza, anualmente, uma pesquisa de demanda turística. O objetivo é traçar o perfil dos turistas e excursionistas que visitam Minas Gerais durante a alta, média e baixa temporada, suas principais motivações, nível socioeconômico e ex-pectativas em relação aos produtos e serviços con-sumidos durante sua estadia. O perfil dos gastos dos turistas e visitantes também é traçado neste estudo. Em 2012, a pesquisa de demanda foi rea-lizada por meio de três pesquisas quantitativas sobre demanda turística em 60 municípios e dis-tritos do estado, contemplando todas as regiões de planejamento.

Os principais dados sobre a demanda

turística de Minas Gerais a partir dessa

pesquisa são:

�"� %� JEM\E� IX¢VME� HSW� XYVMWXEW� HS� IWXEHS� ª�� IQ� WYE�maioria, de 21 a 30 anos (34%) e de 31 a 40 anos (23%). Pode-se inferir, portanto, que a faixa etária predominante é jovem, de 21 a 40 anos (57%);

�"� �5YERXS�ES�KVEY�HI�IWGSPEVMHEHI��41% possui o ensino médio completo e 24% possui ensino supe-rior completo;

�"��)\MWXI�GIVXS�IUYMP®FVMS�GSQ�VIPE¨¤S�ES�K«RIVS�HSW�turistas: 54% do sexo masculino e 46% do sexo feminino;

�"� � 70% dos turistas que visitam Minas Gerais moram no próprio Estado. Destaca-se também o volume de turistas oriundos do estado de São Pau-lo (12%) e Rio de Janeiro (7%). Dentre as cidades de residência, há destaque para as capitais dos es-tados já citados: Belo Horizonte, com 8% do total; São Paulo, com 5%, e Rio de Janeiro, com 4%.

�"� � %� VIRHE� JEQMPMEV� QªHME� HSW� XYVMWXEW� HI� 1MREW�Gerais encontram-se, em sua maioria, na faixa de R$ 1.021 a 2.040 (27%), e 2.040,01 a R$ 3.570 (23%), ou seja, 50% dos entrevistados possuem renda familiar de 1,5 a 5,26 salários mínimos;

�"��'SQ�VIPE¨¤S�¡�SVKERMÊ¨¤S�HEW�ZMEKIRW��88% dos turistas organizam a viagem por conta própria, sem utilização de agências. �"��3�QIMS�HI�XVERWTSVXI�QEMW�YXMPMÊHS�TEVE�GLIKEV�ao estado é o ônibus rodoviário, com 61%, seguido de veículo próprio (20%). O transporte aéreo cor-responde à apenas 5% do total;

�"� �7SFVI�SW�EGSQTERLERXIW�RE�ZMEKIQ��56% afir-mou que viajam sozinhos; 13% com familiares/filhos e 11% de casal.

�"� � 3� TVMRGMTEP� QIMS� HI� LSWTIHEKIQ� YXMPMÊHS� RS�estado é a casa de amigos/parentes, com 56% do total, e 34% dos entrevistados utilizam hotéis/pousadas. - Esse cenário é ligeiramente diferente do cenário nacional, no qual 64,2% dos turistas uti-lizam casas de amigos/ parentes, e apenas 22,9% se hospedam em hotéis, pousadas ou resorts.

�"� � %� GSQTSWM¨¤S� HSW� KEWXSW� HI� ZMEKIQ� ª� JSVQE-da por: 31% compras; 23% alimentação; 21% hospedagem; 11% transporte na cidade; 9% atra-tivos e passeios; e 6% outros.

�"��%�média diária de permanência em Minas Gerais é de 5,73 dias, de maneira geral. Quando analisa-das as motivações de viagem, o turista de negócios é o que possui a maior permanência média diária, com 8,3 dias, seguido dos que visitam amigos e parentes (7,1 dias). Os que participam de congres-sos/convenções apresentam uma média de 5,6 dias e os que viajam com motivo de estudos ou cur-sos, 5,2 dias;

�"� �3�gasto médio diário individual é de R$ 92,11. Da mesma maneira, quando analisadas as motiva-ções de viagem, percebe-se um gasto médio diário individual mais elevado no turismo de compras (R$ 271, 41).

�"� �.¢�S�gasto médio total da viagem é de R$ 527, 98. Nesse item, o gasto médio total da viagem do turista de negócios é bastante superior (R$ 745,87)

�"��3�TVMRGMTEP�motivo apontado para as viagens é a visita a amigos e parentes, que corresponde a 29%

do total. Em seguida, tem-se a motivação de negó-cios (25%) e lazer/passeio (24%);

�"��5YERHS�E�QSXMZE¨¤S�HE�ZMEKIQ�ª�PEÎV��SW�TVMRGM-pais atrativos procurados referem-se ao segmento ecoturismo, ou seja, a busca pelo contato com a natureza, com 40% do total. O turismo cultural aparece em 2º lugar, correspondendo a 34% das respostas.

�"��%�TVMRGMTEP�JSRXI�HI�MRJSVQE¨¤S�TEVE�IWGSPLE�HE�cidade é: 23% por indicação de amigos e parentes e 11% por indicação da empresa onde trabalham. Sendo que 59% afirmaram já conhecer a cidade. A informação obtida na internet e redes sociais cor-respondem a 2% do total.

�"� � 69% dos entrevistados afirmaram que a via-gem atendeu plenamente as expectativas, sendo uma avaliação bastante positiva. 21% afirmaram que a viagem superou as expectativas e apenas 1% demonstrou total descontentamento (não satisfez as expectativas).

�"��'SQ�VIPE¨¤S�ES�nível de satisfação médio antes e após a vista (considerando de um a 10), observa-se uma variação positiva de 0,4 pontos. Dos turis-tas que visitam a cidade pela primeira vez, a média atribuída antes da visita foi de 8 pontos e após a visita de 8,4 pontos. Para os que já conheciam a ci-dade, foram atribuídos 8,1 pontos para antes, e 8,5 pontos para depois.

�"� � %� TIWUYMWE� UYIWXMSRE� XEQFªQ�UYEP� E� TVMQIMVE�imagem que vem à cabeça quando se fala Minas Gerais, de modo a identificar os principais ícones do Estado. Nesse sentido, a gastronomia aparece em destaque com 22% das respostas, seguidas das Montanhas (18%) e as Paisagens (9%).��

CAMANDUCAIA - MG 2014 - 2017 46

5.2.3 O Município de Camanducaia / Monte Verde

A pesquisa realizada pela SETUR/MG, que envolve todas as regiões do estado, segue uma metodologia válida para se obter um retrato do tu-rismo em Minas Gerais como um todo. Inclui a apli-cação de questionários no Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas e no Município de Caman-ducaia, mais especificamente. No entanto, os dados desagregados apenas dessa região ou município não foram considerados para compreensão da realidade local ou para es-truturar a tomada de decisão no âmbito regional, pois sua metodologia segue um padrão único para todo o estado, o que pode não ser a melhor opção dado ao contexto local. Enquanto o principal meio de transporte no estado, segundo a pesquisa da SETUR/MG, é o ônibus rodoviário (61%), os empresários da região afirmam que esse meio de transporte é muito pouco utilizado pelos turistas que visitam Monte Verde. Dessa forma, os dados



A partir dos dados da demanda turística nacional e estadual e das informações coletadas, durante as oficinas participativas de elaboração do Plano Municipal de Turismo de Camanducaia e de outras entrevistas realizadas com os empresários de Monte Verde, as principais conclusões sobre as características da Demanda Turística estão des-tacadas abaixo:

Principais conclusões da análise da Demanda Turística do destino

�> O perfil de idade do público que visita o des-tino atualmente é jovem (de 21 a 40 anos), sendo necessário promover ações e estruturar produtos turísticos adequados a essa demanda;

�" O principal mercado emissor é São Paulo;

�" Dentre os turistas cuja motivação é o lazer, des-taca-se a relevância dos segmentos de ecoturismo e turismo de aventura, que podem ser aborda-dos de forma mais eficaz em termos de oferta de produtos e serviços, alinhados ao posicionamento de romance já estabelecido pelo destino;

�" A permanência média do turista no destino (2,3 dias) pode e deve ser estimulada a aumentar, por meio da oferta de atividades complementares na própria região, induzindo a um aumento no gasto médio diário.

�" A internet e as redes sociais configuram-se em fontes de informações relevantes de qualquer destino turístico. Isso é reforçado pelo fato da organização das viagens ser feita pelos próprios turistas, sem ajuda profissional. É importante,

portanto, que sejam definidas estratégias de co-municação online, bem como de monitorar as opiniões acerca do destino nos principais sites de viagens e redes sociais.

�" Na opinião dos turistas, há necessidade de me-lhoria da limpeza e transporte público da cidade, bem como na sinalização e informações turísticas;

�" Experiências inovadoras e sensoriais podem ser desenvolvidas e estimuladas, de modo a aumentar o índice de superação das expectativas dos turis-tas;

�" Os temas “Natureza”, “Gastronomia” e “Frio”, com destaque para as “Montanhas”, são elemen-tos importantes para a promoção e divulgação do destino.


Fonte: Pesquisa de Demanda de Turismo, SETUR/MG, 2013.

Qual a primeira imagem que vem a cabeça quando se fala em Minas Gerais?

Gastronomia 18%

Montanhas15%

Paisagens9%

Gastronomia 31%

Montanhas12%

Paisagens9%

Gastronomia 24%

Cidades/regiões

8%

CaracterísticasUrbanas

8%

De Minas Gerais para Minas Gerais De São Paulo para Minas Gerais Do Rio de Janeiro para Minas Gerais

para o local/ região, obtidos a partir da extrapola-ção dos dados estaduais, devem ser previamente analisados antes de serem utilizados. As entrevistas com empresários apontam que as principais origens dos turistas do município são São Paulo e Minas Gerais. Nesse sentido, a ima-gem que vem a cabeça desse público quando escu-tam “Minas Gerais” deve ser trabalhada para me-lhorar o posicionamento do destino: Camanducaia – Monte Verde. Sendo assim, a SETUR/MG ques-tionou aos turistas dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, qual a imagem que vem a cabeça quando escutam “Minas Gerais”? Os resultados, apresentados no diagrama a seguir, demonstram o destaque da gastronomia, das montanhas e da paisagem natural. Ressalta-se que, tais elementos, podem ser melhor trabalhados no posicionamento de Monte Verde.



5.3 COMPETITIVIDADE TURÍSTICA

No ano de 2008, o MTUR - Ministério do Turism definiu 65 destinos turísticos prioritários no país, denominados Destinos Indutores do De-senvolvimento Turístico Regional, a serem trabal-hados, visando à obtenção de padrão de qualidade internacional. Em Minas Gerais, foram escolhidos quatro destinos pelo MTUR, sendo eles: Belo Horizonte, Tiradentes, Ouro Preto e Diamantina. Com o intuito de avaliar o nível de competi-tividade desses destinos turísticos, a FGV - Funda-ção Getúlio Vargas, em parceria com o MTUR e o SEBRAE Nacional, criou uma metodologia chama-da “Índice de Competitividade Turística”.

No modelo analítico elaborado, a competitividade turística foi definida como:

A capacidade crescente de gerar negócios nas atividades econômicas relacionadas com o setor de turismo, de forma susten-tável, proporcionando ao turista uma ex-periência positiva.

(MINISTÉRIO DO TURISMO, 2013).

49 50

A construção do instrumento de pesquisa partiu da definição de 13 dimensões, divididas em variáveis e essas, por sua vez, em perguntas.

>>>>>>

Dimensões Variáveis

Infraestrutura Geral

Capacidade de atendimento médico para o turistaFornecimento de energiaServiço de proteção ao turistaEstrutura urbana nas áreas turísticas

Acesso aéreoAcesso Aéreo 2 (aeroporto que atendo o destino)Acesso RodoviárioAcesso Aquaviário (se houver)Acesso Ferroviário (se houver)Sistema de Transporte no destinoProximidade de grandes centros emissivos de turistas

Atrativos NaturaisAtrativos CulturaisEventos ProgramadosRealizações técnicas, científicas ou artísticas

Acesso

Serviços e Equipamentos Turísticos

Sinalização TurísticaCentro de Atendimento ao TuristaEspaço para eventosCapacidade dos meios de hospedagemCapacidade do turismo recpetivoEstrutura de qualificação para o turismoCapacidade dos restaurantes

Atrativos Turísticos

Marketing e Promoção do Destino

Plano de MarketingParticipação em feiras e eventosPromoção do destinoPágina do destino na internet (website)

Políticas Públicas

Estrutura Municipal para apoio ao turismoGrau de cooperação com o governo federalGrau de cooperação com o governo estadualPlanejamento para a cidade e para a atividade turísticaGrau de cooperação público-privada

Pesquisa de demandaPesquisas de ofertaSistema de estatísticas do turismoMedição dos impactos da atividade turísticaSetor específico de estudos e pesquisas

Capacidade de qualificação e aproveitamento do pessoal localPresença de grupos nacionais ou internacionais do setor de turismoConcorrência e barreiras de entradaPresença de empresas de grande porte, filiais ou subsidiárias

Estrutura e legislação municipal de meio ambienteAtividades em curso potencialmente poluidorasRede pública de coleta e tratamento de esgotoColeta e destinação pública de resídiuosUnidades de conservação no território municipal

Produção cultural associada ao turismoPatrimônio histórico e culturalEstrutura municipal para apoio a cultura

Fonte: Ministério do Turismo, 2013 - Adaptação Turismo 360 consultoria

Monitoramento

Capacidade Empresarial

Aspectos Ambientais

Aspectos Culturais

GovernançaProjetos de cooperação regionalPlanejamento turístico regionalRoteirizaçãoPromoção e apoio a comercialização de forma integrada

Cooperação Regional

Aspectos da economia localInfraestrutura de comunicaçãoInfraestrutura e facilidades para negóciosEmpreendimentos ou eventos alanvacadores

Economia Local

Acesso à educaçãoEmpregos gerados pelo turismoPolítica de enfrentamento e prevenção à exploração sexual infanto-juvenilUso de atrativos e equipamentos turísticos pela populaçãoCidadania, sensibilização e participação na atividade turística

Aspectos Sociais



Em 2009, seguindo a mesma metodologia adotada pelo MTUR, a Secretaria de Estado de Tu-rismo de Minas Gerais – SETUR/MG definiu outros 18 destinos indutores do turismo no Estado, den-tre eles o Município de Camanducaia. Sendo assim, a FGV foi contratada para aferição da competitivi-dade desses destinos. Tal estudo foi realizado em 2009, 2010 e 2013. Vale destacar que os resultados relativos à competitividade turística devem ser analisados de maneira crítica pelo destino, que deve considerar implicações relativas às características geográfi-cas, econômicas, sociais, bem como seu posiciona-mento de mercado. Nesse contexto, não se espera que alguns destinos alcancem, necessariamente, o índice mais alto em todas as dimensões (FGV, 2013). O Índice Geral de Competitividade de um destino é o resultado da soma ponderada das 13 dimensões avaliadas. A média geral dos destinos indutores de Minas Gerais, em 2013, foi de 53,9. O resultado geral de Camanducaia foi de 62,5, acima da média MG, porém abaixo do resultado obtido em 2010, que foi de 63,6:

As dimensões que obtiveram melhores de-sempenhos em Camanducaia, – com índices acima do nível 4 (estabelecido pela FGV, varia entre 61 e 80), e variações positivas quando comparado ao ano de 2010 –, foram: Infraestrutura Geral, Acesso, Atrativos Turísticos e Aspectos Ambientais. A di-mensão Aspectos Culturais também registrou uma variação positiva, porém se manteve no nível 3 (que varia entre 41 e 60, segundo a FGV).

0

20

40

60

80

100

2009 2010 2013

62,9 63,6 62,5

51,5 54,5 53,9

Camanducaia Média Indutores Estaduais

Fonte: FGV, 2013

62,9 63,6 62,5 -1,1 53,9

Infraestrutura geral

Acesso

20132009 2010

57,8 61,7 77,5

Índice de competividade turística de Camanducaia - por dimensão



Marketing e Promoção

Políticas Públicas

Cooperação Regional

Monitoramento

Economia Local

Capacidade Empresarial

Aspectos Sociais

Aspectos Ambientais

Variação2010 - 2013

MédiaMG

15,8 70,7

Aspectos Culturais

Fonte: FGV, 2013 - Adaptação Turismo 360 consultoria

Índice Geral - Camanducaia

61,2 61,5 66,0 4,5 54,9

58,4 59,4 42,8 -16,6 38,6

60,6 59,8 65,2 5,4 62,3

74,8 77,9 63,9 -14 35,9

86,7 87,1 75,1 -12 52,2

77,8 81,3 78,1 -3,2 57,0

63,0 63,6 45,9 -17,7 28,7

57,4 58,2 56,6 -1,6 60,3

47,6 40,6 38,9 -1,7 49,8

71,3 69,5 69,5 0 58,7

68,8 74,6 76,0 1,4 71,5

38,3 38,1 54,2 16,1 52,8

Legenda - Variação Positiva Negativa Estável

5 Importante ressaltar que a média de 2009 é referente à amostra de 10 destinos. Em 2010, essa amostra foi ampliada para 17 destinos e, em 2013, a média se refere a 18 destinos: Araxá, Brumadinho, Caeté, Camanducaia (Monte Verde), Capitólio, Caxambu, Governador Valadares, Ipatinga, Itabira, Juiz de Fora, Maria da Fé, Montes Claros, Poços de Caldas, Santana do Riacho, São João Del-Rei, São Lourenço, Sete Lagoas e Uberlândia.

Na tabela abaixo, serão apresentados os principais itens positivos da competitividade turística de Caman-ducaia, considerando as dimensões que sofreram evolução e atingiram mais de 61 pontos, bem como os fatores limitantes para a sua evolução.

Dimensão Aspectos Positivos Fatores que devem ser considerados para evolução do índice

Ĉ�(MWTSRMFMPMHEHI�HI�WIVZM¨S�T»FPMGS�HI�atendimento médico a emergência 24 horas;Ĉ�*SVRIGMQIRXS�MRMXIVVYTXS�HI�IRIVKME�IPªXVMGE�ao longo do ano;Ĉ�4VIWIRË�HI�YQ�KVYTEQIRXS�IWTIGMEP�HI�atendimento ao turista no pelotão da polícia militar que atende a Monte Verde;Ĉ�)\MWX«RGME�HI�(IJIWE�'MZMP�RS�HIWXMRS�Ĉ�3JIVXE�HI�IPIQIRXSW�HI�HVIREKIQ�REW�¢VIEW�turísticas;Ĉ�4VIWIRË�HI�´VK¤S�VIWTSRW¢ZIP�TIPE�GSRWIVZE¨¤S�YVFERE�Ĉ�3JIVXE�HI�FERLIMVSW�T»FPMGSW�RS�IRXSVRS�HEW�¢VIEW�XYV®WXMGEW�

-RJVEIWXVYXYVE�+IVEP

Ĉ�%IVSTSVXS�UYI�EXIRHI�ES�QYRMG®TMS�JSVE�HI�WIY�XIVVMX´VMS��%IVSTSVXS�-RXIVREGMSREP�HI�+YEVYPLSW��E��OQ�HS�HIWXMRS��UYI�GSRXE�GSQ�EQTPE�MRJVEIWXVYXYVE�HI�WIVZM¨SW�I�VIGIFI�ZSSW�REGMSREMW�I�MRXIVREGMSREMW�regulares;Ĉ�3JIVXE�HI�XVERWTSVXIW�TEVE�S�HIWPSGEQIRXS�HSW�UYI�IQFEVGEQ�I�HIWIQFEVGEQ�RE�VSHSZM¢VME��GSQS�X¢\MW�I�µRMFYW�GSRZIRGMS�nais;Ĉ�%YW«RGME�HI�GSRKIWXMSREQIRXSW�HYVERXI�E�alta temporada;Ĉ�(MWTSRMFMPMHEHI�HI�ZEKEW�T»FPMGEW�TEVE�IWXEGMSREQIRXS�REW�¢VIEW�XYV®WXMGEW�

Ĉ�3�QYRMG®TMS�R¤S�GSRXE�GSQ�YRMHEHIW�EZERËHEW�HI�VIWKEXI�para casos de emergência;Ĉ�-RI\MWX«RGME�HI�YQ�TVSKVEQE�HI�TVSXI¨¤S�ES�XYVMWXE�RE�TSP®GME�civil;Ĉ�%YW«RGME�HI�YQ�GSVTS�HI�FSQFIMVSW�GSQ�KVYTS�HI�FYWGE�I�salvamento;Ĉ�%YW«RGME�HI�PM\IMVEW�I�XIPIJSRIW�T»FPMGSW�RS�IRXSVRS�HEW�¢VIEW�XYV®WXMGEW�Ĉ�,¢�TVIGEVMIHEHI�RE�MPYQMRE¨¤S�HE�%ZIRMHE�1SRXI�:IVHI��UYI�ETVIWIRXE�XVIGLSW�XSXEPQIRXI�¡W�IWGYVEW�

Acesso

Ĉ�3�XIVQMREP�VSHSZM¢VMS�UYI�EXIRHI�S�HIWXMRS�VIUYIV�MRXIVZIR�¨¶IW�IQIVKIRGMEMW�RS�XIXS��GSQ�MRJMPXVE¨¶IW��I�T¢XMS�HI�QERSFVEW��UYI�IWX¢�GIHIRHS��EPªQ�HI�I\MKMV�GSRHM¨¶IW�HI�GSRJSVXS�QEMW�EHIUYEHEW�ESW�TEWWEKIMVSW�UYI�S�YXMPMÊQ��GSQS�FERGSW�GSQ�IRGSRWXSW�I�PSNEW�IQ�JYRGMSREQIRXS�Ĉ�%YW«RGME�HI�EGIWWS�JIVVSZM¢VMS�TEVE�S�HIWXMRS�Ĉ�-RI\MWX«RGME�HI�PMRLEW�HI�XVERWTSVXI�YVFERS�UYI�EXIRHEQ�¡W�TVMRGMTEMW�EXVE¨¶IW�XYV®WXMGEW�HIRXVS�HI�1SRXI�:IVHI��FIQ�GSQS�HI�YQE�PMRLE�VIKYPEV�HI�XVERWTSVXI�XYV®WXMGS��µRMFYW�SY�similar) que interligue os principais atrativos do destino;Ĉ�%�VIKYPEQIRXE¨¤S�HSW�X¢\MW�R¤S�ª�IZMHIRXI�TEVE�S�XYVWMXE��XIRHS�IQ�ZMWXE�E�MRHMWTSRMFMPMHEHI�HI�XE\®QIXVS�SY�XEFIPE�ZMW®ZIP�TEVE�S�XYVMWXE�


Ĉ�)ZMH«RGME�HI�TVIWIVZE¨¤S�EQFMIRXEP�RS�entorno do principal atrativo natural MRHMGEHS��3�4EVUYI�1YRMGMTEP�:IVRIV�+VMRFIVK�Ĉ�%XVEXMZSW�GYPXYVEMW�TEVE�SW�UYEMW�L¢�JPY\S�XYV®WXMGS��XIRHS�WMHS�S�TVMRGMTEP�MRHMGEHS�S�4SPS�+EWXVSRµQMGS�HE�%:��1SRXI�:IVHI�I�IZMH«RGME�HI�GSRWIVZE¨¤S�YVFER®WXMGE�HS�WIY�entorno;Ĉ�)\MWX«RGME�HI�IZIRXSW�TVSKVEQEHSW�UYI�EXVEIQ�XYVMWXEW��IRXVI�SW�UYEMW�IWX¤S�S�*IWXMZEP�HI�-RZIVRS��S�*IWXMZEP�HI�2EXEP�I�EW�corridas de aventura;Ĉ�%XVEXMZSW�HI�VIEPMÊ¨¶IW�XªGRMGEW��GMIRX®JMGEW�SY�EVX®WXMGEW�UYI�KIVEQ�E�EXVE¨¤S�de visitantes ao logo de todo o ano com MRXIVIWWI�IWTIG®JMGS��MRHITIRHIRXIQIRXI�HI�YQE�HEXE�IWTIGMEP�RS�GEPIRH¢VMS�HI�IZIRXSW��XIQ�WMHS�E�%4%�*IVR¤S�(MEW��SFWIVZE¨¤S�HI�JPSVE�I�JEYRE �S�TVMRGMTEP�EXVEXMZS�MRHMGEHS�RIWXE�GEXIKSVME�

Ĉ�3�IWXYHS�HI�GETEGMHEHI�HI�GEVKE�SY�WYTSVXI�R¤S�ª�ETPMGEHS�ES�4EVUYI�1YRMGMTEP�:IVRIV�+VMRFIVK��S�UYI�TSHIVME�QMRMQMÊV�S�MQTEGXS�HE�EXMZMHEHI�XYV®WXMGE�WSFVI�SW�VIGYVWSW�Ĉ�(MJMGYPHEHI�HI�EGIWWS�SY�HI�GMVGYPE¨¤S�HI�TIWWSEW�GSQ�HIJMGM«RGME�RIWWI�EXVEXMZS�REXYVEP�Ĉ�%W�GSRHM¨¶IW�HI�EGIWWMFMPMHEHI�TEVE�TIWWSEW�GSQ�HIJMGM«RGME�RS�TSPS�KEWXVSRµQMGS�HE�%:��1SRXI�:IVHI�R¤S�IWX¤S�HIRXVS�HSW�TEHV¶IW�VIGSQIRHEHSW�

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Ĉ�-RI\MWX«RGME�HI�'´HMKS�%QFMIRXEP�1YRMGMTEP�SY�WMQMPEV�Ĉ�4VIWIRË�HI�EXMZMHEHIW�TSXIRGMEPQIRXI�TSPYMHSVEW��GSQ�EPZEV¢�HI�JYRGMSREQIRXS��GSQS�GMQIRXIMVEW�I�YWS�MRXIRWS�HI�HIJIRWMZSW�EKV®GSPEW�REW�TPERXE¨¶IW�HI�FEXEXEW �Ĉ�%YW«RGME�HI�IWXE¨¤S�HI�XVEXEQIRXS�HI�¢KYE�TEVE�E�WYE�VIYXMPMÊ¨¤S�Ĉ�'EV«RGME�HI�GEQTERLE�HI�IHYGE¨¤S�TIVM´HMGEW�TEVE�S�YWS�VEGMSREP�HI�¢KYE�Ĉ�3�HIWTINS�MR�REXYVE�HI�IWKSXS�RS�6MS�'EQERHYGEME�


5



Os índices que sofreram variação negativa, quando comparado com os resultados obtidos em 2009 e 2010, foram: Serviços e Equipamentos Turísticos, Marketing e Promoção, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Monitoramento, Economia Local e Capacidade Empresarial. O índice da dimensão Aspectos Sociais se manteve estável. A tabela abaixo resume os principais itens apontados como negativos para cada uma dessas dimensões:

Vale apontar ainda as sugestões da FGV para melhoria do índice da dimensão Aspectos Culturais que, apesar de ter avançado bastante em 2013, quando comparado a 2010, ainda possui carências que podem ser trabalhadas. Apresentam-se também as sugestões de melhoria da dimensão Aspectos Sociais, que se manteve estável em relação a 2010:

Dimensão Itens Negativos

Serviços e EquipamentosTurísticos

Ĉ�1EY�IWXEHS�HI�GSRWIVZE¨¤S�HE�WMREPMÊ¨¤S�XYV®WXMGE�ZM¢VME�IQ�1SRXI�:IVHI�Ĉ�-RI\MWX«RGME�HI�WMREP^ME¨¤S�XYV®WXMGE�HIWGVMXMZE�SY�MRXIVTVIXEXMZE�RSW�EXVEXMZSW�Ĉ�%YW«RGME�HI�MRGIRXMZS�JSVQEP�ES�YWS�HI�XIGRSPSKMEW�UYI�TVMSVMÎQ�E�UYIWX¤S�EQFMIRXEP�IQ�IWXEFIPIGMQIRXSW�HI�LSWTIHEKIQ�Ĉ�%�QEMSVME�HSW�QIMSW�HI�LSWTIHEKIQ�R¤S�GYQTVI�UYIWMXSW�HI�EGIWWMFMPMHEHI�TEVE�TIWWSEW�GSQ�HIJMGM«RGME�SY�QSFMPMHEHI�VIHY^MHE�Ĉ�%YW«RGME�HI�IQTVIWEW�HI�VIGITXMZS�PSGEMW�Ĉ�%YW«RGME�HI�IWXVYXYVE�HI�UYEPMJMGE¨¤S�TVSJMWWMSREP��GYVWSW�PMZVIW��XªGRMGSW�SY�HI�KVEHYE¨¤S��IQ�¢VIEW�VIPEGMSREHEW�ES�XYVMWQS�

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Aspectos Culturais

Dimensão Recomendações

Aspectos Sociais


Ĉ�'VMEV�YQE�TSP®XMGE�QYRMGMTEP�HI�TVSXI¨¤S�HS�TEXVMQµRMS�MQEXIVMEP�UYI�H«�GSRXE�HS�VIKMWXVS�I�HE�TVIWIVZE¨¤S�HE�XVEHM¨¤S�HI�TVSHY¨¤S�HE�KIPIME�HE�8ME�2EXE�

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5.4 POSICIONAMENTO ONLINE

A internet é considerada uma ferramenta decisiva na escolha de um destino turístico, e foi a principal fonte de informação dos 1,87 milhões de turistas estrangeiros que vieram ao Brasil em 2012, segundo o Ministério do Turismo. As Webs interativas 3.0 e 4.0 se diferen-ciam dos guias de viagem e meios convencionais de promoção do turismo, uma vez que expõem a avaliação dos próprios usuários que estiveram nos hotéis, pousadas e atrativos turísticos. Um dos maiores sites de viagens do mundo, o Trip Advisor, já acumulou 100 milhões de opiniões de visitantes virtuais. Neste contexto, foi realizada uma pesquisa nos principais sites de busca, redes sociais e de-mais sites relacionados ao destino turístico Ca-manducaia/Monte Verde com o intuito de identifi-car como o destino se apresenta na internet, bem como apresentar as principais características dos canais de vendas e distribuição. Foram visitados 28 endereços eletrônicos na internet que são importantes fontes de consulta durante a escolha de um destino turístico. Os sites visitados foram separados em “Sites de busca”, “Informações sobre destinos turísticos”, “Reservas online” e “Redes sociais”, apresentados a seguir:

55 56

A pesquisa no site Google proporciona, aproximadamente, 894 mil resultados para o ver-bete “camanducaia MG” e 1.450.000 resultados para “Monte Verde MG”. Além da busca pelo nome do município e de seu distrito, também foram realizadas pesquisas por termos mais abrangentes que indicam, atual-mente, o posicionamento mercadológico do desti-no e sua vocação em relação ao segmento turístico, com o objetivo de correlacionar o termo a outros destinos de igual posicionamento/vocação em todo o Brasil. A tabela a seguir apresenta o resultado ob-tido no site de busca por esses termos:

Site de Busca Logo-Marca Importância

Googlewww.google.com.br

Principal site debuscas no Brasil

Pesquisa no site do Google pelo termo:

Resultados de Busca no Google por Termos Gerais

Resultado

“Destino de inverno Brasil”

1.930.000 resultadosPrimeira página: entre os 10 resultadoslocalizados, 05 citamMonte Verde.

“Ecoturismo em Minas Gerais”

329.000 resultados

Primeira página: aparece o site GuiaMonte Verde (MG) -Ecoturismo eAventura.

“Destino Romântico”

2.740.000 resultados

Primeira página: entre os 10 resultados04 citam Monte Verde.

Fonte: Turismo 360 consultoria

Sites de informações sobre destinos turísticos pesquisados

Informações sobre destinos turísticos Logomarca Importância

Alugue Temporada - Guia Viajantes

www.aluguetemporada.com.br

Férias Brasil

www.feriasbrasil.com.br

Roteiros de Charme

www.roteirosdecharme.com.br

Um dos principais sites de aluguel por temporada do Brasil que possui um espaço para informações turísticas

Site do portal terra dedicado à promoção do Turismo no Brasil.

Associações de hotéis Roteiros de Charme. Oferece opções de hospedagem com a proposta de turismo de luxo.

Site da editora Abril - Revista Viagem & Turismo e Guia 4 Rodas - Viaje Aquiwww.viajeaqui.abril.com.br

A editora Abril é a responsável pela publicação de uma das principais revistas de turismo do Brasil e do guia de viagens mais respeitado e comprado do país.

Trip Advisorwww.tripadvisor.com.br

Um dos principais sites que auxiliam no planejamento de viagens, além de permitir ao viajante avaliar o destino e todos os serviços utilizados.

UOL Eco Viagemwww.ecoviagem.uol.com.br Amos os sites do portal UOL, fornecem

informações sobre destinos turísticos nacionais e internacionais.UOL Viagem

www.viagem.uol.com.br


Sites de informações sobre destinos turísticos pesquisados

Reservas On-Line Logomarca Importância

Booking.com

www.booking.com

Site dedicado à comercialização de

hospedagem no Brasil e no mundo.

Decolar.com

www.decolar.com

Site dedicado à comercialização de passagem,

hospedagem, pacote, cruzeiro e aluguel de

carro em todo o mundo.

Hotel Urbano

www.hotelurbano.com

Site dedicado à comercialização de

hospedagem, passeios, pacote e cruzeiro em

todo o mundo.


Ao realizar a busca pelo termo “destino de inverno”, o Google retorna como primeira opção o endereço “Alugue Temporada”, que aborda os 10 melhores destinos de inverno do Brasil, citando entre eles Monte Verde, Gramado (RS), Campos do

Todos os sites pesquisados apresentaram registros sobre o destino Monte Verde/MG. Visando avaliar os canais de distribuição e venda de serviços turísticos, foram visitados três

Jordão (SP) e Petrópolis (RJ). Além da pesquisa pelos termos acima des-critos, foram consultados sete sites dedicados para fornecer informações gerais sobre destinos turísti-cos brasileiros, conforme abaixo:

sites especializados na comercialização online de hospedagem, pacotes e passeios, conforme a ta-bela a seguir.



Redes sociais pesquisadas

Rede social Logomarca Importância

Facebook

www.facebook.com.brRede social mais utilizadas pelos brasileiros.

Foursquare

www.foursquare.com

Rede social para compartilhar e salvar lugares

visitados pelos usuários.

Twitter

www.twitter.com.br

Microblog mais utilizado pelos brasileiros.


Nº de usuários

40 milhões

1,11 bilhões

500 milhões

Youtube

www.youtube.com.br

Site de compartilhamento de vídeos1 bilhão

Números dos destinos nas redes sociais em outubro 2013

Rede social Facebook YoutubeFoursquare

Resultados para Camanducaia, MG Local (marcação estive aqui):32.775

Total de check-in:2.073

4.300 resultados

Resultados para Monte Verde, MG Local (marcação estive aqui):63.242


11.800 resultados

Resultados para Campos do Jordão, SP Local (marcação estive aqui):847.482


14.200 resultados

Resultados para Gramado, RS Local (marcação estive aqui):912.165


15.400 resultados

Fonte: Turismo 360 consultoriaSites de informações sobre Monte Verde

Sites de Monte Verde Logomarca Importância

Guia Monte Verde

www.guiamonteverde.com.br

Sites dedicados à comercialização de passeios

em Monte Verde.

Monte Verde.org

www.monteverde.org.br

Monte Verde

www.monteverde.com.br


Monte Verde Online

www.monteverdeonline.com.br

Monte Verde Tur

www.monteverde.tur.br

Monte Verde Vip

www.monteverdevip.com.br

Monte Verde Minas

www.monteverdeminas.com.br

Companhia 4x4

www.companhia4x4.com.br

Monte Verde Off Road

www.monteverdeoffroad.com.br

Agência Monte Verde

www.agenciamonteverde.com.br

Circuito Fazenda Radical

www.fazendaradical.com.br

Espaço Adélia

www.espacoadelia.com.br

Monte Moto

www.montemoto.com.br

As redes sociais permitem visualizar a opi-nião dos visitantes sobre o destino, seus atrativos e sobre as empresas prestadoras de serviços. Além disso, são consideradas uma potente ferramenta de promoção, uma vez que é possível direcionar aos

Todos os sites dedicados a Monte Verde ofe-recem informações que auxiliam o visitante na hora de decidir sobre onde se hospedar, opções de pas-seios, e como chegar. A seguir será apresentado o resultado da pesquisa realizada em todos os sites.

PRINCIPAIS RESULTADOS

O principal atrativo de Camanducaia é Mon-te Verde, distrito localizado, aproximadamente, a 30 km do município. Conhecido como Suíça Mi-

Além de sites que fornecem informações e opiniões sobre diversos destinos turísticos, foram visitados

Vencedor do prêmio VT, promovido pela re-vista Viagem e Turismo, de melhor destino de in-verno em 2008 e em 2009, e do Concurso Cidades Românticas em 2009, Monte Verde atrai, principal-mente, casais em busca de romantismo. Em 2013, ficou entre os cinco melhores destinos de inverno do país. O cenário romântico de Monte Verde é o principal ponto destacado pela maioria dos sites visitados.

“Monte Verde é, acima de tudo, uma cidade romântica. Muitos casais apaixonados escolhem o local para comemorar o dia dos namorados, aniversários de namoro, e principalmente, para passar a lua de mel. As pousadas e hotéis capri-cham na decoração e oferecem um clima de ro-mantismo inesquecível, regado a champagne e pétalas de rosa. Os chalés com hidro são os mais cobiçados pelos casais. Luxo é o que não falta!” (Monte Verde Online, 2013)

Durante a pesquisa, identificou-se que são poucos os sites que abordam o turismo em família, principalmente em relação ao público infantil. Na parte dedicada a recomendações do site decolar.com, o próprio turista opina sobre o local visitado e apenas 10% dos viajantes recomendam Monte Verde às famílias com crianças mais velhas.

VIAJANTES FREQUENTES

Casais jovens65%

Para adultos65%

Famílias com crianças mais velhas10%

Fonte: Site Decolar.com, 2013

diferentes perfis de público as informações sobre os produtos distintos, incluindo os destinos turísticos. Sendo assim, foram pesquisadas as principais redes sociais do Brasil:

também sites que abordam especificamente o des-tino em análise, conforme tabela a seguir.

neira, Monte Verde é um dos principais destinos de inverno do Brasil. A pesquisa nas redes sociais indicou que ex-istem várias páginas, perfis, locais e comunidades sobre Camanducaia e Monte Verde, porém a visi-bilidade ainda é pequena. No Facebook, enquanto Monte Verde possui 63.242 marcações de “estive aqui”, Gramado e Campos do Jordão possuíam, em outubro de 2013, respectivamente, 912.165 e 847.482 marcações.



Nº Atração / Passeio

Rede social


Nº Atração / Passeio

1 Arvorismo

2 Chapéu do Bispo (Trilha)3 Espaço Adélia

4 Mega Tirolesa5 Mirante

6 Paintball7 Passeio a cavalo e charrete8 Passeio de bike9 Passeio de Jipe

10 Passeio de monomotor11 Passeio de Moto

12 Passeio de Quadriciclo

13 Patinação no gelo14 Pedra da Onça (trilha)

15 Pedra Partida (trilha)16 Pedra Redonda (trilha)

17 Pico do Selado (trilha)18 Platô (trilha)19 Rafting20 Travessia Monte Verde - São Francisco Xavier

21 Trilha do Caçador22 Trilha do Pinheiro Velho

Número dos meios de hospedagem cadastrados - Outubro 2013

Reservas On-Line Brasil Camanducaia (Sede)

Booking.comwww.booking.com

Decolar.comwww.decolar.com

Hotel Urbanowww.hotelurbano.com


Minas Gerais Distrito Monte Verde

9.612 745 1 82

3.045 Não informado 0 56

Não informado

Agência / Estabelecimento

Companhia 4x4 Passeios de jipe

Monte Verde Off Road


Descrição dos serviços oferecidos

Passeios de jipe e quadriciclo

Agência Monte Verde Passeios com guia, cavalgadas, montanhismo e 4x4

Circuito Fazenda Radical Tirolesa, paintball e passeios de quadriciclo (terceirizados)

Espaço Adélia Esportes de aventura e lazer para crianças

Monte Moto Passeios de jipe e locação de motos

Os atrativos de Monte Verde são, na grande maioria, relacionados ao ecoturismo e ao turismo de aventura. As caminhadas até as montanhas e os passeios de jipes, quadriciclos, motos, bicicletas e cavalos são os mais citados nos sites de turismo.

Não há muitas referências à Monte Verde como uma experiência gastronômica. Os elemen-tos tradicionais da gastronomia são o Fondue, a Truta e o Chocolate, porém não foi encontrado ne-nhum site que forneça um guia gastronômico. O site Trip Advisor é o que relaciona o maior número de restaurantes: 48 no total. Com divulgação em site específico, página no Facebook, site de notícias da globo.com e no portal G1, o Festival Gastronômico de Monte Verde está atualmente em sua 4ª edição (2013). Porém, nos sites turísticos de Monte Verde não foi identi-ficada uma divulgação adequada aos parâmetros e importância do festival, sendo poucas as referên-cias encontradas.

6 Os 12 atrativos citados pelo TripAdvisor são: Pedra Redonda, Pedra Partida, Pico Selado, Mega Tirolesa (Circuito Fazenda Radical) Chapéu do Bispo, Cachoeira dos Pretos, Trilha do Pinheiro Velho, Casa dos Beija-flores, Espaço Adélia, Shopping Center Celeiro, Di Freddo Pub e Parada da Fonte.

Os sites permitem refinar a pesquisa es-pecificando destino ou estabelecimento, tipos de acomodação, período desejado, preços, serviços oferecidos, recomendações e avaliações de hós-pedes.

Ao final da análise de posicionamento on-line, é possível concluir que Camanducaia deve dedicar esforços à criação/consolidação de uma marca única que congregue todos os elementos que dão característica ao destino, assim como for-talecer a presença da marca na internet. Vale ressaltar a necessidade de criação de

No site TripAdvisor, entre os 12 atrativos citados, seis são naturais . Foram encontradas 22 opções de passeios e de atrativos em Monte Verde, conforme detalhado a seguir:

Em relação aos meios de hospedagem, Mon-te Verde possui uma ampla rede de pousadas e chalés. Entre os sites pesquisados, o site booking.com é o que apresenta maior variedade, com 82 estabelecimentos cadastrados, fornecendo comen-tários e avaliações. Entre as seis pousadas mineiras associa-das ao “Roteiros de Charme”, está a Pousada SPA Mirante da Colyna, localizada em Monte Verde, e vencedora do prêmio de melhor hotel da Zarpo em 2013, instituição que avalia os melhores hotéis do Brasil. As opções de hospedagem são facilmente encontradas nos sites especializados em reservas online. Os sites analisados oferecem diversas op-ções e permitem efetuar reservas em tempo real.

6 Não havendo opções de comercialização online, os passeios e atrativos de Monte Verde po-dem ser reservados por meio de contato telefônico ou e-mail. A pesquisa online por passeios em Mon-te Verde retorna seis endereços de agências e esta-belecimentos especializados:

um portal de promoção que incorpore toda a in-formação turística do destino, preferencialmente sob a gestão da rede de empresários. Outro fator importante é o fortalecimento da presença de Mon-te Verde nas redes sociais, com informações dire-tamente ligadas ao posicionamento definido pelo destino, a partir dos desdobramentos deste plano.



5.5 A POLÍTICA DE TURISMO ATUAL E A GOVERNANÇA TURÍSTICA DO MUNICÍPIO

O Município de Camanducaia possui um Plano Diretor, instituído pela Lei Complementar n° 020, de 2006. Dentre os objetivos gerais da política de desenvolvimento urbano citada na Lei, o turismo aparece em seu art. 9º, que destaca:

VII – A Consolidação do município de Camanducaia, no distrito de Monte Verde, como destino, nacional e interna-FLRQDO�GH�WXULVPR�H�VHUYL¨RV�DƲQV��DWUDYªV�GD�RUGHQD¨¤R�GR�uso do solo, com vistas a proporcionar o desenvolvimento equilibrado das atividades principais e complementares (LEI COMPLEMENTAR NO 020 DE 2006).

O turismo é considerado também uma das diretrizes setoriais da política urbana do município e estabelece no art. 40º, que:

A Política Municipal para o Turismo deve potencializar a riqueza dos recursos naturais e do patrimônio histórico cultural presentes no território tendo como meta elevar o desenvolvimento socioeconômico no município. (LEI COMPLEMENTAR NO 020 DE 2006)

Instituída pela Lei nº 1786/11, a política municipal de turismo institui normas destinadas a promover e incentivar o turismo sustentável como fator de desenvolvimento social, cultural e ambien-tal, e apresenta, dentre as diretrizes:

I- A prática do turismo como forma de promover, valorizar e preservar o patrimônio histórico, natural, cultural, pai-sagístico e arquitetônico do município;II- Buscar no turismo uma alternativa de crescimento, em-prego e desenvolvimento econômico e social da popula-ção; ,,,��9DORUL]D¨¤R�GR�VHU�KXPDQR�FRPR�GHVWLQDW¢ULR�ƲQDO�GR�desenvolvimento turístico;IV- Valorização da imagem de Camanducaia e do Distrito de Monte Verde na região, no estado e na união;(...)VII – Consolidar a oferta de produtos turísticos para inser-ção no mercado;VIII – Fortalecer a Instância de Governança da Secretaria Municipal de Turismo enquanto espaço gestor de um desti-

61 62

no indutor, tanto no âmbito nacional como internacional;,;�Ř�$SULPRUDU�DV�D¨¶HV�GH�SURPR¨¤R�GH�TXDOLƲFD¨¤R�GD�cadeia produtiva turística regional;X – Melhorar o sistema de informação turística da região (...) (LEI Nº 1786/11)

Camanducaia possui também um Conselho Municipal de Turismo – COMTUR, criado em 2005, bem como um Fundo Municipal de Turismo. Tais as-pectos permitiram ao município pontuar no ICMS Turístico, nos termos da Lei nº 18030/2009, dos De-cretos Estaduais nº 45.403/2010 e nº 45.625/2011, e da Resolução SETUR nº 06/2010, recebendo re-passes referentes aos anos de 2010, 2011 e 2012. O COMTUR de Camanducaia é um órgão consultivo e de assessoramento, com a finalidade de planejar, estabelecer e coordenar as ações voltadas à formulação da política municipal de turismo do município, conforme estabelece a Lei nº 1480/2008. É composto por 16 membros repre-sentantes da comunidade com vínculo e interesses no desenvolvimento turístico do município. A partir de entrevistas realizadas com al-gumas lideranças do setor de turismo do destino, foram identificadas ainda algumas instituições/entidades importantes para o setor, com destaque para:Ĉ� %,41:� Ā� %WWSGME¨¤S� HI� ,SXªMW� I� 4SYWEHEW� HI�Monte VerdeĈ�%WWSGME¨¤S�'SQIVGMEP�HI�1SRXI�:IVHIĈ�'MVGYMXS�8YV®WXMGS�7IVVEW�:IVHIW�HS�7YP�HI�1MREWĈ�7IGVIXEVME�1YRMGMTEP�HI�8YVMWQSĈ�7YFTVIJIMXYVE�HI�1SRXI�:IVHI

Todas as cinco instituições identificadas integram atualmente o COMTUR, que mantém reu-niões regulares e é o ambiente legítimo de debate e troca de informações necessárias para a definição das estratégias de desenvolvimento turístico do município.

Além dos instrumentos estruturados de governança local, Camanducaia faz parte da As-sociação do Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas, que envolve outros 23 municípios da região: Bom Repouso, Brazópolis, Bueno Brandão, Cachoeira de Minas, Cambuí, Conceição dos Ouros, Congonhal, Consolação, Córrego do Bom Jesus, Es-tiva, Extrema, Gonçalves, Heliodora, Itapeva, Mun-hoz, Natércia, Paraisópolis, Pouso Alegre, São João da Mata, Sapucaí Mirim, Senador Amaral, Tocos do Moji e Toledo. O Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas é uma instância de governança regional do turismo, e integra o Programa de Regionalização do Turismo de Minas Gerais, liderado pela Secre-taria de Estado de Turismo – SETUR/MG. Trata-se de uma política pública estadual criada em 2001 e regulamentada pelo Decreto no Estadual nº 43321 de 2003 , com o objetivo de possibilitar a articula-ção dos agentes das regiões turísticas do Estado em uma rede de cooperação. A Instância de Governança Regional é uma região turística e o órgão responsável pela efetiva estruturação da gestão compartilhada do turismo no âmbito regional, segundo as diretrizes do Pro-grama de Regionalização do Ministério do Turismo. Estar inserido em uma região turística consolidada continua sendo condição básica para que o mu-nicípio esteja no mapa de regionalização do Minis-tério do Turismo, no qual Camanducaia esteve em suas três edições anteriores (2004, 2006 e 2009), e na última versão lançada em dezembro de 2013. A partir de 2014, as regiões e municípios presentes no mapa de regionalização serão catego-rizados em níveis, de acordo com o estágio de de-senvolvimento em que se encontram:

Ĉ� 1YRMG®TMS��indicará o nível de atratividade, gestão e de organização do setor como meio de a-ferir o desenvolvimento turístico;

Ĉ� 6IKM¤S��indicará o nível de desenvolvimento turístico, a partir da ponderação do nível de desen-volvimento dos municípios que a compões, somado ao fator de cooperação regional entre estes.

Fonte: Ministério do Turismo. Programa de Regionalização 2013.

A categorização representa um avanço im-portante no Programa de Regionalização e per-mitirá ao Ministério do Turismo direcionar esforços e recursos para ações mais adequadas às necessi-dades de cada município ou região, o que evita que o tratamento generalizado de realidades diferentes acabe comprometendo o alcance das metas traça-das para o desenvolvimento do turismo no país. Camanducaia tem sua política de desen-volvimento do turismo elaborada a partir das di-retrizes do Programa de Regionalização. Portanto, as ações serão implementadas em função do seu estágio de desenvolvimento, bem como a região turística que pertence: Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas. Essa participação no mapa de regionaliza-ção e a correta indicação dos interlocutores regio-nal e municipal serão fundamentais para captação de recursos e projetos junto ao Ministério do Tu-rismo e demais parceiros.

6> ANÁLISE FOFA:

FORÇAS, OPORTUNIDADES,

FRAQUEZAS E AMEAÇAS

6 ANÁLISE FOFA: FORÇAS, OPORTUNIDADES, FRAQUEZAS E AMEAÇAS


ANÁLISE FOFA: FORÇAS, OPORTUNIDADES, FRAQUEZAS E AMEAÇAS A matriz FOFA é uma ferramenta de planejamento importante para se obter um diagnóstico da realidade atual e construir cenários que auxiliam no direcionamento estratégico do destino turístico. Em Camanducaia – Monte Verde, a análise foi dividida por eixos temáticos e os resultados consolidados são apresentados a seguir.

65 66

Para concluir a análise dos cenários foram definidos quatro eixos estratégicos. As fraquezas priori-tárias de cada eixo foram trabalhadas de modo a gerar um plano de ação de curto prazo. A análise de todo o cenário, junto com o plano de curto prazo, levou ao detalhamento das diretrizes estratégicas do Plano.

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FORÇAS

FRAQUEZAS

OPO

RTUNIDADES

AMEAÇAS

7> DIRETRIZES

ESTRATÉGICAS

7.1. Visão 697.2. Eixos Temáticos, Linhas de Atuação

e Ações 71

7.3. Mapa Estratégico 79

7 DIRETRIZES ESTRATÉGICAS


7.1 VISÃO

O conceito de visão expressa onde se pre-tende chegar, configurando-se em uma projeção sobre a forma como a atividade turística precisa ser vista no futuro. Para o Município de Camanducaia, com des-taque para o Distrito de Monte Verde, foram apon-tados pelos participantes das oficinas técnicas al-guns elementos fundamentais do destino turístico, que remetem a características já existentes ou que precisam ser desenvolvidas, que foram norteadores da construção da visão:

69

Considerando esses elementos, a visão do destino turístico foi definida como:

Romance Natureza Charme

Gastronomia ClimaOferta

Cultural

Refúgio Tranquilidade O jeito simplesdo mineiro

Fonte: Turismo 360 Consultoria

Monte Verde – “Onde o romance encontra a Natureza”Ser um destino turístico referência no Bra-sil no segmento de romance aliado à na-tureza: um refúgio de paz, tranquilidade e clima agradável, reconhecido pela boa gastronomia e ampla oferta cultural, onde se resgata a simplicidade dos charmosos vilarejos de Minas Gerais.



7.2 EIXOS TEMÁTICOS, LINHAS DE ATUAÇÃO E AÇÕES

A partir do diagnóstico e da análise de cenário realizado, foram listados os eixos temáti-cos e os objetivos estratégicos ligados a cada um deles, bem como as linhas de atuação e as ações propostas para o desenvolvimento do turismo no destino. Inicialmente foram definidos seis Eixos Temáticos, conforme demonstrados na figura ao lado:

71

Fonte: Turismo 360 Consultoria

Serviços eEquipamentos

Turísticos

Capacitação eSensibilização

Infraestrutura

Apoio/Realização de

Eventos

Gestão eLegislação

Marketing ePromoção

Para cada eixo temático foram identificadas linhas de atuação. Essas foram detalhadas em ações propos-tas. A seguir, serão apresentadas as ações definidas, separadas por eixo temático:



Ação Prazo

Linha de Atuação: Material Promocional e Internet

Parceiros para execução

Elaborar/consolidar marca única do destino Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMVCurto

Contratar assessoria permanente para promoção do destino em redes sociais

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMVCurto

Criar portal de promoção que congregue toda informação turística do destino, preferencialmente gerido pela rede de empresários

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMVMédio

Produzir 100 mil mapas turísticos por ano para distribuição aos turistas

Prefeitura Municipal de Camanducaia, Companhia MelhoramentosCurto

Fazer a revisão do mapa turístico de Monte Verde, atualizando informações e diagramação


Incluir todos os equipamentos legalmente estabelecidos no material promocional do destino


Estabelecer parceria entre Prefeitura Municipal de Camanducaia e os sites comerciais já existentes sobre o destino Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, sites comerciais de Monte VerdeCurto

Criação do site institucional promocional de Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMV, Circuito Turístico Serras VerdesCurto

Ação Prazo

Linha de Atuação: Planejamento de Marketing


Contratação de empresaespecializada para elaboraçãode um Plano de Marketing


Contratação de assessoria deimprensa para SecretariaMunicipal de Turismo durante um ano

Prefeitura Municipal de CamanducaiaCurto

Criar um calendário de eventos para a cidade

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMV, Circuito Turístico Serras Verdes

Curto

Manter atualizado o calendário de eventos semestralmente


Curto

Divulgar nacionalmente o calendário de eventos da cidade


Médio

Ação Prazo

Linha de Atuação: Calendário de Eventos


Participação nas principais feiras e eventos de turismo do país. Destaque para: Feira das Américas (ABAV), Festival de Turismo de Gramado, Salão do Turismo, Encontros BRAZTOA


Médio

Promover e estimular aparticipação de empresas de Camanducaia/Monte Verde em rodadas de negócios com operadoras e agências turísticas, durante as principais feiras e eventos de turismo

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMV, Circuito Turístico Serras VerdesMédio

Ação Prazo

Linha de Atuação: Participação em Feiras e Eventos e Apoio a Comercialização


Marketing e Promoção: Sugestões de Consultoria

Promover FAMTOURS com operadores e agências que trabalham destinos de inverno e romance


Médio

Promover press trips com jornalistas especializados dos principais jornais e revistas (foco em São Paulo e Belo Horizonte)



Ação Prazo

Linha de Atuação: Material Promocional e Internet


Elaborar/consolidar marca única do destino Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMVCurto

Contratar assessoria permanente para promoção do destino em redes sociais


Criar portal de promoção que congregue toda informação turística do destino, preferencialmente gerido pela rede de empresários

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMVMédio

Produzir 100 mil mapas turísticos por ano para distribuição aos turistas


Fazer a revisão do mapa turístico de Monte Verde, atualizando informações e diagramação


Incluir todos os equipamentos legalmente estabelecidos no material promocional do destino


Estabelecer parceria entre Prefeitura Municipal de Camanducaia e os sites comerciais já existentes sobre o destino Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, sites comerciais de Monte VerdeCurto

Criação do site institucional promocional de Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMV, Circuito Turístico Serras VerdesCurto

Ação Prazo

Linha de Atuação: Planejamento de Marketing


Contratação de empresaespecializada para elaboraçãode um Plano de Marketing


Contratação de assessoria deimprensa para SecretariaMunicipal de Turismo durante um ano


Criar um calendário de eventos para a cidade


Curto

Manter atualizado o calendário de eventos semestralmente


Curto

Divulgar nacionalmente o calendário de eventos da cidade


Médio

Ação Prazo

Linha de Atuação: Calendário de Eventos


Participação nas principais feiras e eventos de turismo do país. Destaque para: Feira das Américas (ABAV), Festival de Turismo de Gramado, Salão do Turismo, Encontros BRAZTOA


Médio

Promover e estimular aparticipação de empresas de Camanducaia/Monte Verde em rodadas de negócios com operadoras e agências turísticas, durante as principais feiras e eventos de turismo


Ação Prazo

Linha de Atuação: Participação em Feiras e Eventos e Apoio a Comercialização


Marketing e Promoção: Sugestões de Consultoria

Promover FAMTOURS com operadores e agências que trabalham destinos de inverno e romance


Médio

Promover press trips com jornalistas especializados dos principais jornais e revistas (foco em São Paulo e Belo Horizonte)



PLANO MUNICIPAL DE TURISMO73 CAMANDUCAIA - MG 2014 - 2017 74

Elaborar uma estratégia para atuar junto à sociedade civil, incluindo os recursos e processos necessários para a conscientização/ sensibilização ecológica e cultural

Sociedade Civil e AssociaçõesCurto

Ação Prazo Parceiros para execução

Verificar a viabilidade jurídica do projeto de formação de guias mirins

Prefeitura Municipal de Camanducaia (jurídico)Curto

Operacionalizar a Escola Comunitária profissionalizante para execução de cursos

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV, SENACCurto

Ação Prazo

Linha de Atuação: Cursos Profissionalizantes


Capacitação e Sensibilização

Capacitar os atendentes no Portal de informação ao turista

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV, AHPMV, SENACMédio

Linha de Atuação: Turismo nas Escolas


Efetuar benchmarking para inserção de disciplinas de turismo nas escolas

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV, SENACCurto

Linha de Atuação: Sensibilização Ecológica e Cultural

Realizar missões educacionais para outros municípios

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV, agências de viagem

Médio

Ação Prazo

Linha de Atuação: Turismo nas escolas


Capacitação e Sensibilização: Sugestões da Consultoria

Formatar roteiros turísticos que incluam os equipamentos de Turismo Rural

Agências de Viagem, Sites comerciais e ACMVMédio

Formatar roteiros com comercialização regular que possam unir romance com atividades na natureza


Enviar ofício ao Banco do Brasil para solicitar implantação de agência e caixa eletrônico em Monte Verde

COMTUR, AHPMV e ACMV, Pefeitura de CamanducaiaCurto

Ação Prazo

Linha de Atuação: Serviços de Apoio




Linha de Atuação: Roteiros e Produtos Turísticos

Implementar informativo sobre a baixa aceitação de cartões na rotina de confirmação das reservas.

ACMV e Prefeitura de CamanducaiaCurto

Mapear equipamentos de Turismo Rural

Prefeitura Municipal de CamanducaiaMédio

Sensibilizar e conceder incentivos para roteiros que estejam adaptados a pessoas com deficiência

Agências de viagem e ACMVMédio

Implementar central de compras para concentrar pedidos

ACMVLongo

Ação Prazo



Serviços e Equipamentos Turísticos: Sugestões da Consultoria



Negociar pacotes de internet com maior velocidade

ACMVMédio

Implementar campanha de sensibilização para ampliar a oferta de produtos e serviços a pessoas com deficiência

Prefeitura Municipal e ACMVLongo

Formatar roteiros turísticos que incluam os equipamentos de Turismo Rural


Formatar roteiros com comercialização regular que possam unir romance com atividades na natureza


Enviar ofício ao Banco do Brasil para solicitar implantação de agência e caixa eletrônico em Monte Verde

COMTUR, AHPMV e ACMV, Pefeitura de CamanducaiaCurto

Ação Prazo






Implementar informativo sobre a baixa aceitação de cartões na rotina de confirmação das reservas.

ACMV e Prefeitura de CamanducaiaCurto

Mapear equipamentos de Turismo Rural


Sensibilizar e conceder incentivos para roteiros que estejam adaptados a pessoas com deficiência

Agências de viagem e ACMVMédio

Implementar central de compras para concentrar pedidos

ACMVLongo

Ação Prazo



Serviços e Equipamentos Turísticos: Sugestões da Consultoria



Negociar pacotes de internet com maior velocidade

ACMVMédio

Implementar campanha de sensibilização para ampliar a oferta de produtos e serviços a pessoas com deficiência

Prefeitura Municipal e ACMVLongo

Realizar campanha explicativa etreinamento para divulgar a importância do cadastro.



Reaproximar-se do SEBRAE - Realizar um levantamento dos empresários interessados em participar em uma possível ação junto a entidade

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV e AHPMVCurto

Ação Prazo

Linha de Atuação: Parcerias Estratégicas


Gestão e Legislação


Realizar cobranças formais para revisão, aplicação e fiscalização do Plano Diretor de Camanducaia, especialmente em Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMV, Circuito Turístico Serras Verdes e Sociedade Civil

Curto

Disponibilizar pessoal capacitado para prestar assessoria presencial na subprefeitura de Monte Verde, para o cadastro.


Exigir CADASTUR para renovação do alvará (nos casos em que o cadastro é obrigatório)


Linha de Atuação: CADASTUR

Linha de Atuação: Planejamento Urbano

Formar comissão para estudar legislação e propor medida alternativa para a inadequação do período de férias da creche de Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMVCurto

Realizar Estudo de Demanda Turística em Monte Verde.


Ação Prazo

Linha de Atuação: Estudos e Pesquisas



Linha de Atuação: Gestão Comunitária

Realizar estimativa de fluxo turístico em Monte Verde


Manter inventário da oferta atualizado


Contratar sistema informatizado para facilitar a inserção e utilização dos dados do inventário da oferta


Ação Prazo



Gestão e Legislação: Sugestões da Consultoria


PLANO MUNICIPAL DE TURISMO75 CAMANDUCAIA - MG 2014 - 2017 76

Realizar campanha explicativa etreinamento para divulgar a importância do cadastro.



Reaproximar-se do SEBRAE - Realizar um levantamento dos empresários interessados em participar em uma possível ação junto a entidade

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV e AHPMVCurto

Ação Prazo

Linha de Atuação: Parcerias Estratégicas


Gestão e Legislação


Realizar cobranças formais para revisão, aplicação e fiscalização do Plano Diretor de Camanducaia, especialmente em Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, AHPMV, ACMV, Circuito Turístico Serras Verdes e Sociedade Civil

Curto

Disponibilizar pessoal capacitado para prestar assessoria presencial na subprefeitura de Monte Verde, para o cadastro.


Exigir CADASTUR para renovação do alvará (nos casos em que o cadastro é obrigatório)


Linha de Atuação: CADASTUR

Linha de Atuação: Planejamento Urbano

Formar comissão para estudar legislação e propor medida alternativa para a inadequação do período de férias da creche de Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMVCurto

Realizar Estudo de Demanda Turística em Monte Verde.


Ação Prazo




Linha de Atuação: Gestão Comunitária

Realizar estimativa de fluxo turístico em Monte Verde


Manter inventário da oferta atualizado


Contratar sistema informatizado para facilitar a inserção e utilização dos dados do inventário da oferta


Ação Prazo



Gestão e Legislação: Sugestões da Consultoria

Manutenção viária das ruas de Monte Verde


Ação Prazo

Linha de Atuação: Qualidade Urbana


Infraestrutura

Realizar o calçamento das principais ruas de Monte Verde

Prefeitura Municipal de Camanducaia (Secretaria de Obras), Ministério do Turismo, Copasa, Secretaria de Estado do Turismo.

Médio

Elaborar projeto paisagístico para Av. Monte Verde, Portal e Estrada/ Vila.

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV, AHPMV, DERCurto

Implementar projeto para melhorar a localização e situação dos cavalos em Monte Verde, além de adequar a abordagem

Prefeitura Municipal de Camanducaia, ACMV, AHPMV.Curto

Estabelecimento de parceria entre sindicato e empresários para que a ABMV possa prestar assistência médica aos funcionários dos equipamentos turísticos existentes na cidade.

ABMV, Câmara de Vereadores, ACMV, AHPMVCurto


Exigência de tratamento de esgoto para os novos projetos de construção

Prefeitura Municipal de Camanducaia, CopasaCurto

Ação Prazo

Linha de Atuação: Sustentabilidade


Estabelecimento de termos de ajuste com prazo para adequação dos esgotos das construções já existentes


Elaboração de programa de incentivo a coleta seletiva e adoção de práticas sustentáveis

ACMV, AHPMV, Prefeitura Municipal de Camanducaia, CMMACurto

Linha de Atuação: Saúde

Disponibilidade de serviço de Urgência – SAMU, em Monte Verde

Construção de uma Unidade de Pronto Atendimento em Monte Verde

Regularizar o fornecimento de energia elétrica e de água durante todo o ano e a temporada

Prefeitura Municipal de Camanducaia, Copasa e Cia de energia

Longo

Limitar construções e exploração do espaço urbano no Plano Diretor de Camanducaia


Disponibilidade de transporte público regular em Monte Verde



Padronizar sinalização turística municipal segundo orientações do Ministério do Turismo


Ação Prazo

Linha de Atuação: Sinalização


Infraestrutura – Sugestões da Consultoria

Implementar sinalização turística para o acesso rodoviário

DER, Prefeitura Municipal de CamanducaiaMédio

Melhorar sinalização de acesso ao distrito de Monte Verde



Implementar sinalização turística informativa/ descritiva nos atrativos turísticos


Melhoria do escoamento das águas pluviais

Prefeitura Municipal de Camanducaia, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Copasa

Longo


Prefeitura Municipal de CamanducaiaLongo



Manter Corpo de bombeiros e/ou brigada de incêndio ativa no município




Ação Prazo



Infraestrutura



Médio










Ação Prazo












Longo








Ação Prazo













Longo











Ação Prazo



Infraestrutura



Médio










Ação Prazo












Longo








Ação Prazo













Longo







Ação Eventos já estabelecidos Possíveis Parceiros

Investir e buscar parcerias para realização de eventos no destino

Ministério do Turismo, Ministério da Cultura, Secretaria de Estado de Turismo de MG, Secretaria de Cultura de MG, Empresa Melhoramentos

CarnavalRéveillonAniversário de CamanducaiaFestival de InvernoFestival GastronômicoFestival de Natal

Apoiar e buscar parcerias para eventos de interesse turístico realizados no destino

Ministério do Turismo, Ministério da Cultura, Secretaria de Estado de Turismo de MG, Secretaria de Cultura de MG, Empresa Melhoramentos

Encontro de MotoqueirosFestival de CinemaFesta do Peão

Ação Eventos Prioritários

Linha de Atuação: Realização de Eventos

Possíveis Parceiros

Apoio / Realização de Eventos

Linha de Atuação: Apoio a Eventos de Terceiros


Estimular ações de captação de eventos regionais, nacionais e internacionais, de interesse turístico.


Avaliar junto ao COMTUR os impactos dos eventos realizados e definir a sua continuidade

Prefeitura Municipal de Camanducaia e COMTURMédio

Ação Prazo

Linha de Atuação: Criação/Captação de novos eventos para o destino


Apoio/Realização de Eventos: Sugestões da Consultoria

Linha de Atuação: Medição de Impactos dos Eventos



7.3 MAPA ESTRATÉGICO

79

>>

>

Monte Verde: Onde o romance encontra a natureza

Serviços eEquipamentos

Turísticos

Serviços de Apoio

Roteiros eProdutosTurísticos

Capacitação eSensibilização

CursosProfissionalizantes

Turismo nasEscolas

SensibilizaçãoEcológica e

Cultural

Marketing ePromoção

MaterialPromocional e

internet

Planejamento de Marketing

Calendário deEventos

Participação emFeiras e Eventos

/ Apoio aComercialização

Gestão eLegislação

ParceiriasEstratégicas

PlanejamentoUrbano

CADASTUR

Estudos e Pesquisas

GestãoComunitária

Infraestrutura

QualidadeUrbana

Sustentabilidade

Saúde

Sinalização

Apoio/Realização de

Eventos

Realização deEventos

Apoio aEventos deTerceiros

Criação/Captação de

Novos Eventos

Medição deImpacto dos

Eventos

Ser um destino turístico referência no Brasil, no segmento de romance aliado à natureza:um refúgio de paz, tranquilidade e clima agradável, reconhecido pela boa gastronomia e ampla oferta cultural, onde se resgata a simplicidade dos charmosos vilarejos de Minas Gereais.

Visão:

Áreas de Atuação:

Eixos Temáticos:

8> METAS E

INDICADORES DE MONITORAMENTO

8 METAS E INDICADORES DE MONITORAMENTO


METAS E INDICADORES DE MONITORAMENTO Para entender a dinâmica do turismo e veri-ficar na prática o seu impacto no território, faz-se necessário a existência de um sistema de monito-ramento que auxilie na transformação dos dados em informação útil para os empresários e gestores públicos do turismo de um destino. Assim, é importante buscar informações que subsidiem o desenvolvimento de produtos adequa-dos às necessidades dos clientes, que orientem as estratégias de promoção mais objetivas, bem como permita a análise de impactos da atividade no ter-ritório. Dessa maneira, a busca de conhecimentos e informação deve permitir a mensuração de resul-tados, bem como subsidiar a análise de tendências futuras.

Além dos indicadores, é importante o es-tabelecimento de metas, que serão monitoradas a partir dos indicadores propostos. Para a recomendação dos indicadores foram privilegiadas fontes de informações já existentes, disponibilizadas de forma gratuita por institutos de pesquisa e afins, possibilitando um monitora-mento de baixo custo. Além disso, foram sugeridas outras formas de coletas de dados primários para indicadores considerados essenciais para o moni-toramento, mas que ainda não possuem coleta sistêmica de informações. Abaixo, segue a apresentação dos indicado-res, bem como das metas estabelecidas:

83

Meta 2014

Indicador

Descrição Número de estabelecimentos de hospedagem formais (hotéis e similares e outros alojamentos) em atividades econômicas do setor Turismo em Camaducaia, apurado em 31 de dezembro do ano corrente, por meio da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Atualmente, segundo o inventário realizado, há 133 estabelecimentos de hospedagem e, pela RAIS, há apenas 126 formalizados. A meta será, portanto, que todos os estabelecimentos sejam formalizados.

Número de estabelecimentos de hospedagem formais do setor de turismo

Fonte Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS)

Série Histórica 2009 2010 2011 2012

106 111 115 126

133

Metas

Indicador

Descrição Número de empresas de Camanducaia com cadastro regulares no CADASTUR. Trata-se de um sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor do turismo, executado pelo Ministério do Turismo, em parceria com os órgãos oficiais de turismo nos estados. O cadastro é obrigatório para os meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras, organizadores de eventos, parques temáticos, acampamentos e guias de turismo. Quanto maior o número de empresas cadastradas, maior o esforço do setor público na mobilização e legalização dos prestadores, favorecendo a arrecadação de impsotos e garantindo, melhores condições durante as viagens.

Número de prestadores de serviços cadastrados no CADASTUR

Fonte CADASTUR - www.cadastur.turismo.gov.br

Série Histórica

2014 2015 2016

2013

50

2017

8

100 120 135


Metas

Indicador

Descrição Índice obtido com relação à competitividade turística, a partir do estudo realizado pela SETUR/MG em

parceria com a Fundação Getúlio Vargas - FGV.

Índice de competitividade turística

Fonte Relatório do Índice de Competitividade Turística - FGV

2014 2015 2016

64

2017

65 67 70

Série Histórica 2009 2010 2013

62,9 63,6 62,5

Metas

Indicador

Descrição Número absoluto de marcações “estive aqui” para Monte Verde no facebook.

Número de marcações “estive aqui” para Monte Verde no facebook

2014 2015 2016

64.000

2017

70.000 75.000 80.000

Série Histórica 2013

63.242

Indicador

Sugestões de novos indicadores futuros (ainda sem coleta de dados):

Fluxo Turístico

Descrição Fonte

Número absoluto do fluxo de turistas regionais, nacionais e internacionais que se deslocam pelo baixo são Francisco num determinado ano.

Pesquisa de demanda turística / Boletins de ocupação hoteleira

Receita Turística

Número absoluto da receita gerada pelos turistas regionais, nacionais e internacionais que se deslocam pelo Baixo São Francisco num determinado ano. O indicador é composto pela soma dos gastos realizados por todos os turistas na região com transporte interno, alimentação, hospedagem, atrativos e passeios e outros.

Pesquisa de demanda turística

Gasto Médio Individual

Número absoluto do gasto médio individual de viagem, composto por gastos realizados por cada turista com transporte interno, alimentação, hospeda-gem, atrativos e outros.


Nível de satisfação dos turistas

Nota atribuída pelos turistas aos seguintes serviços ou dimensões turísticas: segurança pública, transporte público, qualidade da hospedagem, atrativos turísticos, informação turística, sinalização turística, opções de lazer e entretenimento, guias de turismo, hospitalidade, limpeza pública, gastronomia e restaurantes, comércio e preços. Os entrevistados avaliam cada dimensão entre uma nota de 01 a 10. O indicador corresponde à media do nível de satisfação dos visitantes com os serviços turísticos.


Taxa de ocupaçãohoteleira

Proporção entre a oferta de unidades habitacionais (UH’s) ocupadas sobre a oferta diária de UH’s vezes o número de dias do mês.

Boletins de ocupação hoteleira

Receita gerada pormídia espontânea

Receita gerada pelos meios de comunicação que realizaram de forma direta ou indireta, matérias sobre Camanducaia / Monte Verde em reportagens ou notas na imprensa, sem custos para os órgãos públicos e entidades da região. A mensuração possibilita identificar o potencial de divulgação da região como fonte de matérias relevantes para os meios de comunicação mensurada pelo tamanho da matéria e seu respectivo preço de publicação.

Clipping de notícias


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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85

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WTTC (World Travel & Tourism Council). Travel & Tourism Economic Impact: Brazil. Reino Unido, 2013.

WTTC (World Travel & Tourism Council). Economic Impact of Travel & Tourism: Mid-Year Update Octo-ber, 2013: World. Reino Unido, 2013b.

LISTA DE SIGLAS (por ordem alfabética)

SIGLA SIGNIFICADO

ACMV Associação Comercial de Monte VerdeAHPMV Associação de Hotéis e Pousadas de Monte VerdeCOMTUR Conselho Municipal de TurismoFOFA Forças, Oportunidades, Fraquezas e Amea-çasFGV Fundação Getúlio VargasFIPE Fundação Instituto de Pesquisas EconômicasIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaMTUR Ministério do TurismoOMT Organização Mundial de TurismoONGs Organizações não governamentaisPIB Produto Interno BrutoRAIS Relação Anual de Informações SociaisSETUR/MG Secretaria de Estado de Turismo de Minas GeraisSETES/MG Secretaria de Estado de Turismo e Es-portes de Minas GeraisSEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas EmpresasUHs Unidades HabitacionaisWTTC World Travel & Tourism Council


AUTORES

Isabela Rosa SetteBacharel em turismo pela PUC-MG, possui especialização em Gestão Pública pela Fundação João Pinheiro e em Turismo e Desenvolvimento Sustentável pela UFMG. Trabalhou na SETUR/MG na área de políticas do turismo. Foi premia-da em 1º lugar no 6º Prêmio de Excelência em Gestão Pública do Estado de Minas Gerais na categoria “experiências e ideias inovadoras implementáveis”. Atualmente, é consultora da Fundação Getúlio Vargas, no projeto “Índice de Competitividade Turística dos Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional”, em parceria com o Ministério do Turismo e o SEBRAE Nacional.

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Mauro Knpfer CoutinhoBacharel em turismo pela PUC-MG, possui Máster em Planejamento turístico com foco em Desenvolvimento Sustentável pela Universitat de Les Illes Balears - Espanha. Trabalhou em projetos de desenvolvimento turístico inter-nacionais em conjunto com a Organização Mundial do Turismo e atuou em to-das as regiões do Brasil na formação de instâncias de governança municipais e no desenvolvimento de planos estratégicos participativos para o Ministério do Turismo. Tem experiência em articulação institucional e na elaboração e gestão de projetos.

Marcela Pimenta Campos CoutinhoBacharel em Turismo, possui Master em Gestão Turística com foco em turismo sustentável pela Universitat de Les Illes Balears - Espanha. Atuou em parceria com a Organização Mundial do Turismo no Projeto Rotas do Leste do Uruguai, foi interlocutora entre Minas Gerais e a OMT na implementação do Programa Volunteers, Minas Gerais – Brasil 2010: Rota das Grutas de Lund. Coordenou o inventário da oferta turística de Minas Gerais entre os anos de 2008 e 2010. Foi responsável pela coordenação dos projetos da Agência Espanhola de Co-operação Internacional para o Desenvolvimento em Alagoas, sob gestão IABS. Atualmente é coordenadora do Núcleo de Turismo do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade.

Glaucia Beatriz de Oliveira BorbaEspecialista em Sustentabilidade e Desenvolvimento Local e Bacharel em Tu-rismo pela Universidade Federal de Ouro Preto/MG, é Diretora de Planejamen-to das Políticas de Turismo da Secretaria de Turismo do Estado de Minas Gerais, atuando na coordenação de ações de planejamento turístico em todo o Estado e ministrando palestras e debates em todo o Brasil sobre politicas públicas e descentralização do turismo.

Agradecimentos especiais:

COMTUR - Conselho Municipal de Turismo de Camanducaia

AHPMV - Associação de Hotéis e Pousadas de Monte Verde

ACMV - Associação Comercial de Monte Verde

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CAMANDUCAIA - Consultoria turística, inteligencia ... · Além do Plano, fizemos também a atualização do inventário da oferta turística, que é o primeiro passo para compreensão