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Camara mirim cartilha

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Cartilha da Câmara Cidadã 2013

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1- O VEREADOR: Vereador é sinônimo de Edil. Vereador, éo cidadão eleito para cuidar da liberdade, da segurança, da paz do bem estar dos

munícipes. Verear é do verbo verear que significa administrar, reger, governar. Os Vereadores existem para representar os cidadãos dos seus municípios. Cada Vereador é o

representante da população. Eles têm o poder de fazer as leis que atendam aos interesses da comunidade. 2- A CÂMARA MUNICIPAL:

Também chamada de Câmara de Vereadores, a Câmara Municipal é a sede do Poder Legislativo. A divisão de Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) é feita pela Constituição Federal. Além do Poder Legislativo, também existe no município o Poder Executivo, que é exercido pelo

Prefeito e pelos Secretários.

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Todo país tem uma Constituição, que é o conjunto de leis que estabelecem os direitos e os deveres dos cidadãos. A atual Constituição brasileira está em vigor desde 1988. A Constituição também garante a independência do Poder Legislativo Municipal. Isso significa que nenhuma autoridade, de qualquer órgão ou Poder, pode interferir nos trabalhos da Câmara Municipal.

3- SEDE: A Câmara Municipal tem de ter sua sede, que pode ser no prédio da Prefeitura, ou em outro

prédio. È na sede, onde, necessariamente, reúnem-se os Vereadores para realização de suas sessões e a prática de todos os atos. 4- COMPOSIÇÃO:

A Câmara Municipal de constituída de no mínimo, nove Vereadores e, no máximo, de cinquenta e cinco. O número de Vereadores é proporcional à população do município. Esse critério é chamado de PROPORCIONALIDADE. 5- INSTALAÇÃO:

Istalar-se á a Câmara Municipal, no dia 1° de janeiro, do ano seguinte ao da eleição municipal, que é o início da legislatura.

Em início da legislatura, a Câmara reunir-se á, no dia 1° de janeiro, para dar posse ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores e para eleger a Mesa da Câmara. Suspende, em seguida, os seus trabalhos para reiniciá-los em data fixada no Regimento Interno. 6- FUNÇÕES DA CÂMARA:

A Câmara dos Vereadores exerce importantes funções para a sociedade. São elas: A)FUNÇÃO LEGISLATIVA:

A Câmara, no exercício de sua função legislativa, participa da elaboração de leis de interesse do município.

A função legislativa é a que mais se destaca entre as funções da Câmara. Por meio das leis, os cidadãos têm seus direitos assegurados. Além disso, as leis também são importantes para a harmonia entre os Poderes, orientam a vida das pessoas e dirigem a administração pública.

Sabemos, por exemplo, que um Prefeito só pode fazer o que estiver permitido pelas leis, ou seja, ele não pode fazer nada que a lei não autorize. Por isso as normas municipais são tão importantes para o funcionamento da cidade.

Cabe também aos Vereadores dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito. B)FUNÇÃO FISCALIZADORA:

Através da função fiscalizadora, é possível ter um controle de como o Prefeito e os Secretários estão administrando o município, utilizando os recursos públicos. A Câmara cumpre esta importante função com o auxílio do Tribunal de Contas.

Cabe aos Vereadores acompanhar todas as ações do Executivo: realização de obras, compra de material e de equipamentos, contratação de funcionários, prestação de serviços, fornecimento da merenda escolar, etc.

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Os Vereadores podem solicitar que o Prefeito ou qualquer Secretário municipal compareça à Câmara para dar explicações sobre os seus atos. Caso queira apurar alguma irregularidade, a Câmara pode formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). c) FUNÇÃO JUDICIÁRIA:

A Câmara exerce uma função judiciária, porque cabe a ela processar e julgar o Prefeito quando ele cometer alguma irregularidade. E julga os próprios Vereadores que também cometam irregularidades. Todos os anos, os Vereadores julgam as contas da Prefeitura, decidindo se o Prefeito teve uma atuação REGULAR ou IRREGULAR na aplicação dos recursos públicos.

PRESTAÇÃO DE CONTAS: Anualmente, o Prefeito deve remeter as contas do município para os Vereadores apreciarem e após o parecer do Tribunal de Contas, voltam para a Câmara para serem votadas. Essa prestação de contas deve conter todos os gastos realizados (pagamento de servidores, compra de materiais e equipamentos, manutenção de escolas e hospitais, obras realizadas, etc) e também todo o dinheiro arrecadado durante o ano. Os Vereadores devem observar atentamente como estão sendo aplicados os recursos públicos.

D) FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: A Câmara também exerce uma função administrativa, organizando seus serviços, como a

composição da Mesa Diretora, a organização e o funcionamento das Comissões. E)FUNÇÃO DE ASSESSORAMENTO:

Os Vereadores também podem auxiliar o Poder Executivo a administrar o município, fazendo indicações de ações a serem tomadas em favor da população.

Através de indicações, os Vereadores podem sugerir a construção de escolas, a abertura de estradas, limpeza pública, assistência à saúde, entre outros. 7- FUNCIONAMENTO DA CÂMARA: 7.1-LEGISLATURA:

Legislatura é todo o período do mandato, que dura 4 anos. Inicia-se no dia 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição municipal. 7.2-SESSÃO LEGISLATIVA:

Sessão Legislativa é o período de um ano. 7.3-REGIMENTO INTERNO: O regimento interno disciplina todas as atividades da Câmara. É um documento muito importante para o seu funcionamento, porque define as articulações dos órgãos da Câmara, a tramitação dos projetos de lei e todas as questões administrativas. Ele é elaborado pelo conjunto dos Vereadores e, para ter validade, precisa ser aprovado pelo Plenário. O regimento interno da Câmara deve estar de acordo com a Lei Orgânica do Município.

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO: A Lei Orgânica do Município é o conjunto de normas que regem o município. Na Lei Orgânica estão definidas as atribuições dos Poderes e dos órgãos, bem como os deveres e os direitos dos cidadãos. A Lei Orgânica funciona como a “Constituição” do município.

8- ÓRGÃOS: A Câmara Municipal funciona com os seguintes órgãos:

Mesa: Dirige a Casa Plenário: Reúne todos os Vereadores para votar as leis e tomar as decisões importantes Bancadas: Reúnem os membros dos diversos partidos Líderes: São os representantes das bancadas

Há ainda a Secretaria da Câmara, que cuida da parte administrativa e das finanças. MESA DIRETORA:

A Mesa Diretora, eleita pelos Vereadores, tem a responsabilidade de conduzir os trabalhos legislativos e administrar a Câmara. É composta geralmente pelo Presidente, Vice-Presidente, 1º e 2º Secretários.

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O Regimento Interno da Câmara é que define a forma como os membros são eleitos (se a votação é aberta ou secreta), a duração do mandato e a possibilidade de reeleição. PLENÁRIO:

O Plenário é composto por todos os Vereadores. É no plenário que os Vereadores debatem as matérias e os projetos de lei que tramitam na Câmara. Também é no plenário que os Vereadores autorizam os empréstimos, convênios e julgam as contas do Prefeito.Por isso, pode-se dizer que o Plenário é o órgão decisório da Câmara. BANCADAS: Os Vereadores organizam-se em bancadas, que reúnem os partidos com representação na Câmara.

Os partidos formam bancadas para articular ações e votar conjuntamente matérias de seu interesse. Assim, em todas as Câmaras existem a bancada do governo e a bancada da oposição. LÍDERES:

Cada bancada tem um líder que a representa. O líder, escolhido entre os partidos que compõem a bancada, fala em nome de todos os que representam. 9-COMISSÕES:

As Comissões têm como objetivo discutir e elaborar pareceres sobre os projetos em tramitação. Elas podem ser permanentes ou temporárias.

As Comissões Permanentes fazem parte da própria estrutura da Câmara. São elas: Comissão de Constituição e Justiça, Comissão de Finanças, Comissão de Saúde, Comissão de Educação, Comissão de Meio Ambiente e demais que for previsto no Regimento Interno. As Comissões Temporárias são criadas com a finalidade de tratar de um assunto específico, com prazo para terminar. Elas podem ser de dois tipos: Comissões Especiais: são formadas para analisar um determinado assunto, que pela sua importância e urgência precisa ser tratado separadamente. Elas também têm um prazo para concluir seus trabalhos. Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): criada com o objetivo de apurar um determinado fato, ou seja, cumpre uma função investigativa. Assim, como as Comissões Especiais, as CPIs têm um prazo certo para conclusão do seu trabalho. 10- SESSÕES:

A Câmara realiza periodicamente reuniões para a votação das matérias. Essas reuniões são chamadas de sessões plenárias. Ela é publica, mas excepcionalmente é secreta, convocada pelo Presidente, de ofício ou mediante requerimento, de Vereadores ou Comissão, declarada a finalidade da sessão, aprovado pelo Plenário. As sessões podem ser: - Ordinárias: realizadas nos dias e horas marcadas pelo Regimento Interno - Extraordinárias: realizadas emhorário diferente sessões ordinárias. - Especiais: realizadas para homenagens e comemorações. -Audiências Públicas: realizadas com a participação direta da população. 11- QUÓRUM

Quórum é o número de Vereadores necessário para que uma sessão e uma votação aconteçam. Esse número varia de acordo com o tipo da sessão e a matéria que vai ser votada. 12- PROPOSIÇÕES QUE OS VEREADORESPODEM APRESENTAR NA CÂMARA: a) Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município:

O Vereador pode criar uma proposta para alterar a Lei Orgânica do Município, mas essa proposta tem uma tramitação diferenciada na Câmara: é votada em dois turnos e aprovada por 2/3 dos Vereadores da Casa. b) Projetos de lei:

Projeto de lei é a proposição que tem por finalidade regular as matérias no município e que precisa ser sancionada pelo Prefeito. Os Vereadores podem apresentar projetos de Leis Complementares, projetos de Leis Ordinárias e projetos de Leis Delegadas. Vale ressaltar que quem apresenta um projeto de lei é dono da iniciativa, porém, quando a lei é aprovada, passa a ser uma lei da Câmara. c) Projetos de resolução:

As resoluções são atos que têm efeito apenas no interior da Câmara e não necessitam da sanção do Prefeito para sua promulgação.

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Os Projetos de Resolução tratam de temas como a criação de Comissões Especiais, elaboração do Regimento Interno, destituição da Mesa ou de qualquer de seus membros, concessão de licença a Vereadores, etc. d) Projetos de decreto legislativo:

São normas que só podem ser definidas pela Câmara de Vereadores e provocam efeitos externos. Para entrar em vigor não tem que passar pela sanção do Prefeito. Exemplos desse tipo de matéria são a concessão de títulos honoríficos e a aprovação ou rejeição das contas do Município. e) Emendas a projetos de lei, de resolução ou de decreto legislativo:

Emendas são proposições apresentadas pelo Vereador, quando ele deseja alterar a forma ou conteúdo da proposição principal: projetos de lei, de resolução ou de decreto legislativo. f) Indicação ao Executivo ou aos Vereadores:

Indicação é uma espécie de sugestão por escrito apresentada pelo Vereador. Através da indicação, o Vereador pode sugerir medidas de interesse público aos Poderes competentes ou também para sugerir a manifestação de uma ou mais comissões sobre determinado assunto, visando à elaboração de projeto sobre matéria de iniciativa da Câmara. g) Moções:

Moção é a proposição em que é sugerida a manifestação, apelo, congratulação ou protesto da Câmara sobre determinado assunto. h) Requerimentos:

O requerimento é um instrumento muito comum nos trabalhos legislativos. Há várias espécies de requerimento: quanto à forma são verbais ou escritas; e quanto a decisão sobre eles, uns são despachadas apenas pelo Presidente; outros são despachados pelo Presidente, mas ouvida a Mesa; e outros são indicados pelo Plenário.

Através dele, o Vereador pode solicitar providências administrativas e relativas ao Regimento Interno, bem como obter informações da Mesa Diretora da Câmara, do Prefeito ou de qualquer outra autoridade do Executivo Municipal. i) Parecer:

O parecer é o pronunciamento da Comissão ou da Assessoria Técnico Legislativa sobre matéria sujeita ao seu estudo. Normalmente, é oferecido por escrito pelo Relator da matéria. j) Recurso:

Recurso é a proposição destinada a alterar decisões tomadas por órgãos da Casa - Presidência da Câmara, Presidências das Comissões, Mesa Diretora e Comissões. 13. PROCESSO LEGISLATIVO OU TRAMITAÇÃO 13.1 Introdução

As proposições tramitam consoante rito traçado pelo processo legislativo. O processo legislativo estabelece normas de elaboração das proposições, como iniciativa,

apresentação, emenda, publicação, parecer, discussão, votação, sanção, promulgação, veto. Cada proposição tem curso autônomo, salvo emenda que é proposição acessória, dependente da

principal. Projeto de lei tramita assim: é apresentado, distribuído, numerado, publicado; vai à (as) Comissão

(ões), o Presidente designa relator, é relatado, discutido e votado. Sobe ao Plenário, é discutido e votado; se aprovado é encaminhado ao Prefeito que sanciona, promulga ou veta: se rejeitado, vai ao arquivo.

Emendas podem ser oferecidas na Comissão ou no Plenário. Se no Plenário o projeto desce às Comissões. 13.2INICIATIVA DE PROJETO DE LEI

A iniciativa dos projetos de lei pode ser: - privativa do Prefeito; - privativa da Câmara; - concorrente, do Prefeito e da Câmara; - popular.

A iniciativa das leis cabe, assim, ao Prefeito, cabe a qualquer Vereador, cabe à Comissão da Câmara e cabe aos cidadãos.

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13.2.1 INICIATIVA PRIVATIVA DO PREFEITO São de iniciativa do Prefeito as leis sobre: - criação de cargos, funções e empregos públicos ou aumento de sua remuneração; organização

administrativa; servidores públicos. São também de iniciativa privada do Prefeito as leis orçamentárias:

- lei que institui o plano plurianual; - lei de diretrizes orçamentárias; e - lei orçamentária anual. 13.2.2 INICIATIVA POPULAR

O projeto de lei de iniciativa popular obedecerá a requisitos como: a) - ser o projeto de interesse específico do município, do distrito, da cidade, da vila ou bairro; b) - ter a manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do Município; c) - assinatura do eleitor no projeto; d)estar a assinatura do eleitor acompanhada do seu nome e endereço completos, e número do titulo eleitoral, da Circunscrição e da Zona Eleitoral e da Seção em que vota.

Há ainda a ser observado: a) - o projeto receberá a numeração dos projetos de lei ordinária; b) - o primeiro signatário, ou quem for indicado, poderá usar da palavra para discuti-lo nas Comissões ou no Plenário; c) - a Mesa designará um Vereador, indicado pelo primeiro signatário, para atuar como se fora ó autor do projeto. 13.2.3 EMENDA POPULAR

A participação popular pode também ser exercida pela apresentação de emenda ao projeto de lei que esteja tramitando na Câmara Municipal. 13.3 URGÊNCIAS PARA PROJETO DE LEI DO PREFEITO

A Constituição Federal autoriza ao Presidente da República solicitar urgência para projetos de sua iniciativa. Constituições Estaduais autorizam ao Governador também fazê-lo.

É de se admitir que, por analogia, possa o Prefeito solicitar urgência para os projetos de sua iniciativa.

O prazo para apreciação do projeto, com urgência, na área federal é de até quarenta e cinco dias. Se, nesse prazo, não for votado, o projeto entrará na Ordem do Dia, em primeiro lugar, até que seja

votado. É necessária a manifestação da Câmara, sem a votação, embora vencido o prazo, o projeto não será considerado aprovado. A Câmara, tem que votar, rejeitando ou aprovando, total ou parcialmente, o projeto. O prazo não é contado, é suspenso no recesso. 13.4 APRESENTAÇÃO -

O projeto é apresentado à Mesa. 13.5 DISTRIBUIÇÕES ÁS COMISSÕES

O Presidente da Câmara, ao receber a proposição faz a distribuição à (às) Comissão (ões) competente (s). 13.6 NUMERAÇÃO

A proposição então é numerada e recebe capa. 13.7 PUBLICAÇÃO

A publicação da proposição deve ser feita, no mínimo, fixando uma de suas cópias no painel de avisos da Câmara. 13.8 COMISSÕES

A proposição pode ser destinada a uma ou mais Comissões. Se for distribuída a mais de uma vai sendo apreciada seguidamente: primeira pela Comissão que examina preliminar, como constitucionalidade, jurídícidade e técnica legislativa, atribuição da Comissão de Constituição. Depois, é passada para a Comissão que apreciará o mérito. 13.8.1 DESIGNAÇÃO DO RELATOR

O Presidente da Comissão, ao receber o projeto, designa relator um dos Vereadores, membro da Comissão, para oferecer parecer.

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13.8.2 PAUTA É prudente colocar o projeto na pauta da Comissão e distribuir, previamente, cópia do projeto e do

parecer do relator aos membros da Comissão. 13.8.3 PARECER

É indispensável que cada proposição, para ser discutida e votada, tenha parecer. O parecer deverá ser breve, claro e conclusivo. O parecer compõe-se/de três partes: relatório, voto do relator e parecer da Comissão. É feito, no relatório, um resumo do que pleiteia o projeto. O relator, depois de relatar o projeto, dá o seu voto, aprovando-o, aprovando-o com restrições,

rejeitando-o ou votando pela prejudicialidade. O projeto pode cuidar de matéria disciplinada em lei idêntica, nesse caso, vota-se pela

prejudicialidade. Sugere-se arquivar o projeto. 13.8.4 VISTA

O (s) membro (s) da Comissão pode (m) pedir vista do projeto, com o parecer, para melhor examina-lo, que lhes será concedida, pelo prazo de duas ou três sessões, como determinar o Regimento Interno. 13.8.5 DISCUÇÃO E VOTAÇÃO

É discutido e votado o projeto na Comissão e no Plenário. A discussão e a votação podem ser adiadas, na Comissão, ou no Plenário, mediante requerimento

aprovado, na Comissão ou no Plenário, respectivamente. DISCUSSÃO

Há prazo para discussão. VOTAÇÃO

Há, no Regimento Interno, duas modalidades de votação: descoberta e secreta. PROCESSO

A votação descoberta pode ser pelo processo simbólico ou nominal. O Presidente, para fazer a votação simbólica, ou convida os Vereadores que estiverem a favor da

proposição a permanecer sentados e proclamará o resultado. A votação nominal, será feita pela chamada de cada Vereador que responderá sim, se estiver a

favor, ou não, se estiver contra a proposição. A votação secreta processar-se-á por meio de cédulas que serão depositadas em urna, colocada à

vista dos Vereadores, e somente acontecerá para votação de cassação de mandato, ( Prefeito ou Vereador). 13.8.6 PARECER DA COMISSÃO

Na comissão, o voto do relator é discutido e, encerrada a discussão, é votado. Se aprovado, o voto do relator passa a ser o parecer da Comissão. Se rejeitado, o Presidente designa outro relator para redigir o parecer vencedor, que passará a ser o parecer da Comissão. 13.9 RETIRADA DO PROJETO

Projeto ou qualquer proposição pode ser retirada de tramitação desde que requerida pelo Autor ao Presidente da Câmara. , que deferirá se a proposição estiver sem parecer ou com parecer contraditório. Havendo parecer (es) favorável (is) o deferimento dependerá do Plenário. 14-PLENÁRIO 14.1 AVULSOS - CÓPIAS E ORDEM PO DIA

O projeto sobe ao Plenário. Entra na Ordem do Dia. Cópias (=avulsos) são distribuídas. 14.2DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

É discutido o projeto, se receber emenda volta à Comissão, se não receber é votado. Votado, pode ser: - aprovado, total ou parcialmente; - aprovado com emenda; ou - rejeitado. A aprovação parcial dar-se-á mediante requerimento aprovado de destaque de parte do projeto

para votação em separado. A parte não destacada poderá ser aprovada e a parte destacada poderá ser rejeitada.

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Aprovado, vai ao Prefeito; rejeitado, vai ao arquivo. A discussão, a votação e os adiamentos de uma e outra processar-se- ão como nas Comissões.

14.3PARTICIPAÇÃO DO EXECUTIVO VOTAÇÃO OBRIGATÓRIA Os projetos de lei têm de ser votados, necessariamente. Não há mais aprovação por decurso de

prazo. O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa. Esgotado o prazo,

sem manifestação da Câmara Municipal, o projeto não estará automaticamente aprovado, será incluído na Ordem do Dia, na frente dos que estiverem, até que seja votado. 14.4SANÇÃO

O Prefeito tem prazo para se manifestar sobre o projeto. Se o aprova, sanciona, se rejeita, veta-o. A sanção (=aprovação) é expressa ou tácita. Expressa, quando oPrefeito se manifesta. E tácita,

quando silencia, no prazo fixado. A sanção transforma o projeto em lei.

14.5PROMULGAÇÃO Silenciando, sobre o projeto, cabe ao Prefeito promulgar, sem demora; se não o fizer, cabe ao

Presidente da Câmara fazer. Promulgação é o ato que atesta a existência da lei. As propostas de emendas à Lei Orgânica do Município, os decretos legislativos e as resoluções não

estão sujeitas à sanção. Portanto, não são encaminhadas ao Prefeito. São promulgadas pelo Presidente da Câmara

Municipal. 14.6PUBLICAÇÃO

A lei precisa ser publicada para se tornar conhecida e adquirir força para ser executada. A publicação da lei será em jornal oficial do município (Diário Oficial) ou por Jornal local,

independentemente da divulgação por outros meios. 14.7VETO

O Prefeito poderá vetar o projeto: - totalmente, portanto contra todo; ou - parcialmente, abrangendo, texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.

14.8PRAZO O Prefeito tem prazo para veto.

14.9RAZÕES O veto tem de ser justificado. O Prefeito justifica o veto, considerando o projeto inconstitucional

e/ou contrario ao interesse público. 14.10COMUNICAÇÃO

É dever do Prefeito comunicar urgente à Câmara o veto e os motivos do veto ao projeto. 14.11VOTAÇÃO

É obrigatório a votação do veto. O veto é apreciado em prazo legal, somente podendo ser rejeitado por maioria qualificada.

Esgotado sem deliberação, por exemplo, dentro de trinta dias, a contar do seu recebimento, o veto será colocado, na Ordem do Dia da sessão imediataem primeiro lugar, sobrestadas as demais proposições, atenua votação final.

É assim : Vota-se a matéria vetada. Vota-se sim ou não. O voto sim aprova o projeto ou dispositivo vetado. O

voto não rejeita o projeto ou dispositivo. 15. TÉCNICA LEGISLATIVA ARTIGO

Cada artigo deve tratar de um assunto. Os artigos são escritos abreviados, assim Art. expressos em números ordinais 1° ao 9° e em números cardinais de 10 em diante. PARÁGRAFOS

O parágrafo deve desdobrar assunto do artigo. O parágrafo único escreve-se por exemplo. Parágrafo único, seguido de ponto. Se houver mais de um parágrafo usa-se o sinal § seguidos de números ordinais 1°, 2° e 3°...

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INCISOS Os incisos são usados para desdobramento de assunto do artigo ou do parágrafo. Escreve-se em

algarismos romanos seguidos de travessão: I-, II-. III-... ALÍNEAS

As alíneas são usadas para desdobramento de inciso. Escrevem-se em letras minúsculas com parêntese fechado: a), b), c)... 16. COMPOSIÇÃO DA LEI

A lei é constituída de várias partes, como: Titulo ou cabeçalho, que se divide em epígrafe, que é o número e a data da lei. Exemplo: Lei n°

4.320 de 17 de março de 1964; e ementa, que vem logo a baixo e é resumo da lei. Exemplo: “Criam-se normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal”.

Texto do corpo, que são os artigos menos o (s) artigo (s) sobre a vigência e revogação. Cláusula de vigência, que é o artigo que estabelece quando vige a lei. Exemplo: Esta lei entra em

vigor na data de sua publicação. Cláusula de revogação, que é o artigo sobre revogação. Exemplo: Revogam-se as disposições em

contrário. O encerramento se dará com a assinatura do Prefeito. Referenda, que é a assinatura do Secretário do Município. “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de

participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está

marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de

inferioridade dentro do grupo social” (DALLARI, D.A)

Mesa Diretora:

Presidente- Beto Silva

Vice Presidente- Pastora Débora

1ª Secretaria- Cleonice

2ª Secretaria- Profª Rosilene

Vereadores(as):

Dr°Valdevino Simões

André Camargo

Nega

Osni Ceará

Juvanete

Oseias

Marcelo do Tião

http://www.camarapontal.pr.gov.br

http://www.facebook.com/CamaradeVereadoresPontaldoParana

e-mail:[email protected] e-mail:[email protected] Redação: José Paulo P. Ferreira

Correção: Carla Santana, Cintia Fioravante

Pontal do Paraná 2013.