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CÂMARA MUNICIPAL DE GOUVEIA 1 - - - - ATA N.º 20/2012 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, 1 realizada no dia vinte e dois de outubro de dois mil e doze. 2 - - - - Aos vinte e dois dias do mês de outubro do ano de dois mil e doze, nesta 3 cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas 4 quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de 5 Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos 6 Amaro, Presidente, Armando José dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de 7 Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto 8 da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão, 9 Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento. 10 - - - - JUSTIFICAÇÃO DE FALTA:- Deliberou a Câmara, por unanimidade, 11 considerar justificada a falta dada pelo Senhor Vereador Luís Manuel Tadeu 12 Marques que, por se encontrar em representação do Município nas 13 comemorações do 128º aniversário do Comando Distrital da PSP da Guarda, 14 não pode estar presente na reunião. 15 - - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente 16 para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. 17 - - - - 1. APROVAÇÃO DE ATAS:- Tendo-se procedido à leitura da ata n.º 18 19/2012, foi a mesma aprovada, por maioria, com a abstenção do Senhor 19 Presidente por não ter estado presente na respetiva reunião. 20 2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 21 3. INFORMAÇÕES 22 3.1) INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE 23 - - - - 3.1.1) MAPA DE PESSOAL DA DLCG:- Entregou aos Senhores 24 Vereadores eleitos pelo Partido Socialista a conta 63 da DLCG – Empresa 25 Municipal. 26 - - - - 3.1.2) REVISOR OFICIAL DE CONTAS:- Na sequência do Relatório de 27 Auditoria feito pelo Revisor Oficial de Contas, presente à última sessão da 28 Assembleia Municipal sobre o qual os Senhores Veradores eleitos pelo Partido 29 Socialista colocaram algumas dúvidas, deu conta de que havia sido recebida 30 uma comunicação da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, sobre os 31

CÂMARA MUNICIPAL DE GOUVEIA de 2012... · 52 Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que eles cumprem 53 as orientações da Ordem e nesse documento está transcrito

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

1

- - - - ATA N.º 20/2012 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, 1

realizada no dia vinte e dois de outubro de dois mil e doze. 2

- - - - Aos vinte e dois dias do mês de outubro do ano de dois mil e doze, nesta 3

cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas 4

quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de 5

Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos 6

Amaro, Presidente, Armando José dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de 7

Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto 8

da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão, 9

Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento. 10

- - - - JUSTIFICAÇÃO DE FALTA:- Deliberou a Câmara, por unanimidade, 11

considerar justificada a falta dada pelo Senhor Vereador Luís Manuel Tadeu 12

Marques que, por se encontrar em representação do Município nas 13

comemorações do 128º aniversário do Comando Distrital da PSP da Guarda, 14

não pode estar presente na reunião. 15

- - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente 16

para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. 17

- - - - 1. APROVAÇÃO DE ATAS:- Tendo-se procedido à leitura da ata n.º 18

19/2012, foi a mesma aprovada, por maioria, com a abstenção do Senhor 19

Presidente por não ter estado presente na respetiva reunião. 20

2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 21

3. INFORMAÇÕES 22

3.1) INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE 23

- - - - 3.1.1) MAPA DE PESSOAL DA DLCG:- Entregou aos Senhores 24

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista a conta 63 da DLCG – Empresa 25

Municipal. 26

- - - - 3.1.2) REVISOR OFICIAL DE CONTAS:- Na sequência do Relatório de 27

Auditoria feito pelo Revisor Oficial de Contas, presente à última sessão da 28

Assembleia Municipal sobre o qual os Senhores Veradores eleitos pelo Partido 29

Socialista colocaram algumas dúvidas, deu conta de que havia sido recebida 30

uma comunicação da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, sobre os 31

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chamados exames simplificados, onde justificam a afirmação feita no Relatório 32

Semestral, dizendo que “no caso dos exames simplificados porque o revisor 33

auditor proporciona um nível de segurança moderado, a sua opinião deve ser 34

expressa de forma negativa, isto é, declarando se nada ou algo chegou ao seu 35

conhecimento que o leve a concluir que as demonstrações financeiras contêm 36

distorções que afetem de forma materialmente relevante a sua conformidade 37

com o referencial adotado na preparação das mesmas.”, ou seja, não havendo 38

evidências de que haja demonstrações financeiras contendo distorções, usa-se 39

a forma negativa para se declarar. 40

Deve confessar - continuou o Senhor Presidente – de que tal como disse na 41

última reunião, a sua intenção é que antes do próximo exame, poder pedir 42

outras explicações ao Senhor Revisor. 43

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que isso não esclarece 44

nada. 45

Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que se lermos com 46

cuidado, se lermos pela negativa, compreende-se, porque acabam por dizer 47

que nada chegou ao seu conhecimento que demonstre que há evidências. 48

Retorquiu o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que não ter chegado 49

ao conhecimento também é grave, ou ele não pediu ou não lhe deram, alguma 50

coisas se passa. 51

Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que eles cumprem 52

as orientações da Ordem e nesse documento está transcrito capítulo a capítulo 53

a orientação para aquilo que eles escreveram. 54

Perguntou o Senhor Vereador José Santos Mota se voltariam a pedir 55

esclarecimentos, tendo o Senhor Presidente respondido que não iria pedir mais 56

esclarecimentos, aquilo que iria fazer era, no próximo exame regular que será 57

em abril, solicitar-lhes outro tipo de linguagem que, de alguma maneira, seja 58

percetível. 59

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão de 60

Finanças, Património e Aprovisionamento, Dra. Alice Ferrão, referindo que, 61

quando confrontados com a reação havida ao Relatório, ficaram muito 62

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admirados porque a ideia deles é que não tinha havido evidências que 63

demonstrassem distorções, sendo que têm que fazer estas afirmações pela 64

negativa. No entanto, este palavreado já veio também no primeiro Relatório 65

feito por estes Revisores Oficiais de Contas. O estranho é que os anteriores 66

ROC’s, que trabalharam connosco desde 2007 até 2011, usaram termos 67

corretos e perceptíveis, parecendo que existem duas leis para o mesmo 68

assunto. Ora, se até 2011, não houve distorções, não iam aparecer agora em 69

2012, sendo que os anteriores Revisores fizeram um exame minucioso às 70

contas do Município. 71

- - - - 3.1.3) PEDIDO DE AGENDAMENTO:- Solicitou ao Executivo a devida 72

autorização para a inclusão das propostas de aprovação de cláusulas 73

contratuais na ordem de trabalhos, nos termos do n.º 4 do art.º 11.º do 74

Regimento da Câmara Municipal de Gouveia, uma vez que os documentos 75

apenas foram rececionados na sexta feira à tarde. 76

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que, quando 77

apresentam neste Órgão uma proposta, dizem logo que fica para a próxima 78

reunião de Câmara e já não é a primeira nem a segunda vez que tal acontece, 79

isto para não dar outros exemplos, em que o comportamento é exatamente o 80

mesmo. Vão discutir e aprovar, mas recomenda que não se volte a fazer isto, 81

pois não custava nada na sexta feira dizer que seria feita uma adenda com os 82

pontos tais e tais. 83

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que fica aceite a sua 84

recomendação, mas voltará a fazer exatamente a mesma coisa, embora seja 85

cioso do cumprirmento de formalidades, sendo muito institucionalista nessa 86

matéria. Agora se os documentos chegaram na sexta feira e separam-nos três 87

semanas até à próxima reunião que será a 12 de novembro e como este 88

assunto não tem nenhuma decisão política, porquanto é um ato técnico 89

resultante de uma aprovação que já fizemos, colocamos o assunto à 90

consideração deste Órgão. Se fosse uma questão que obedecesse a uma 91

leitura e discussão, nunca a colocaria assim, mas isto é um ato meramente 92

burocratico em que a Lei obriga a que seja o Executivo a aprovar e que se 93

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consubstancia na aprovação das cláusulas contratuais dos empréstimos já 94

autorizados previamente pelo Órgão Deliberativo. 95

Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço pedindo desculpa pelo 96

sucedido, mas se não estivesse ausente na sexta feira à tarde, este assunto 97

ainda teria seguido, nem que fosse mesmo no fim da tarde. 98

Posto isto autorizou o Executivo a introdução na Ordem de Trabalhos dos 99

pontos 5.6), 5.7), 5.8) e 5.9). 100

3.2) INTERVENÇÃO DA SENHORA VEREADORA LAURA COSTA 101

- - - - 3.2.1) FATURAS DA ÁGUA:- Deu conhecimento de que este assunto 102

está ainda em análise, porquanto a funcionária responsável esteve de baixa. 103

Estamos a fazer uma análise percentual que corresponde a 10% do universo 104

de consumidores que teve a intervenção do mesmo leitor. 105

Na próxima reunião, com o rigor necessário e para tentar responder às 106

questões que foram levantadas, traremos o assunto. 107

- - - - 3.2.2) SIADAP:- Informou que, em 2009, a Avaliação do Desempenho 108

efetuou-se de acordo com o disposto no n.º 2 do art.º 30.º do Decreto 109

Regulamentar n.º 18/2009, de 4 de setembro, tendo sido atribuído um ponto a 110

todos os trabalhadores do Município. 111

Em 2010, foram cumpridas todas as disposições legais aplicáveis e 112

nomeadamente as que dizem respeito às percentagens máximas relativas à 113

diferenciação de desempenho, não tendo existido iniciativas no sentido de 114

haver reconhecimento de desempenho “Excelente”. 115

Em 2011, foram cumpridas todas as disposições legais aplicáveis e 116

nomeadamente as que dizem respeito às percentagens máximas relativas à 117

diferenciação de desempenho, não tendo existido iniciativas no sentido de 118

haver reconhecimento de desempenho “Excelente”. 119

3.3) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR JOSÉ MOTA 120

- - - - 3.3.1) ESCOLA BÁSICA DE GOUVEIA:- Antes da inauguração da Escola 121

Básica de Gouveia, alertou para o desaparecimento da placa evocativa do 122

lançamento da 1.ª Pedra da obra, tendo o Senhor Presidente ficado surpreso 123

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dizendo que iria averiguar, pelo que pretendia saber se já está identicado o 124

paradeiro da pedra e quando será reposta. 125

Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço informando que a pedra 126

já foi encontrada e encontra-se no estaleiro municipal, tendo o Senhor 127

Presidente acrescentado que iremos arranjar maneira de a colocar. 128

3.4) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR ARMANDO ALMEIDA 129

- - - - 3.4.1) COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE JOVENS E CRIANÇAS:- Queria 130

falar acerca de uma questão que lhes foi colocada, sobre procedimentos 131

havidos na CPCJ, da qual a Senhora Vereadora Laura Costa é responsável, 132

porquanto é Presidente daquele Órgão. Ao que se consta, pois pensa que é 133

público, é de que a Psicóloga Sandra Tavares, havia assinado um documento 134

solicitando esclarecimentos à Entidade Superior e que ela própria teria sido 135

chamada à Câmara Municipal, na presença de todos os Vereadores do PSD e 136

havia sido despedida ou então que reconsiderasse a sua assinatura naquele 137

documento, para poder vir a ser readmitida o que parece que veio a acontecer. 138

Pretendia saber se isto é verdade, se foi isto que se passou e se podemos ter 139

acesso ao documento que assinou a Senhora Psicóloga, no sentido de saber e 140

averiguar se há realmente alguma gravidade nesse procedimento. 141

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que é puramente falso, 142

esclarecendo que a Senhora Dra. Sandra Tavares é da CPCJ e continua na 143

CPCJ, pois não se pode despedir da CPCJ uma pessoa que é nomeada em 144

Assembleia Municipal. 145

Quanto à outra questão, a Senhora Dra. Sandra Tavares esteve a trabalhar na 146

Câmara, contratada de resto pela DLCG, até começar a funcionar o CLDS, 147

onde iniciou funções como Coordenadora do Projeto. 148

Quanto à questão de ele próprio e os Senhores Vereadores do PSD terem tido 149

uma conversa com a Senhora Dra. Sandra Tavares é verdade, agora quanto ao 150

conteúdo que o Senhor Vereador Armando Almeida referiu é puramente falso, 151

nem passaria pela cabeça nem a ele, nem a ninguém que pelo facto a Dra. 152

Sandra Tavares, pelos vistos, ter assinado uma carta cujo teor ignora e que a 153

Senhora Vereadora Laura Costa também não sabe, em absoluto, mas querem 154

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conhecer, tanto quanto proventura os Senhores Vereadores, fosse motivo de 155

despedimento. 156

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida pretendendo 157

saber porque motivo a Senhora Vereadora Laura Costa respondeu a um ofício 158

do Diretor do Agrupamento de Escolas de Gouveia a informar que “(…) a 159

Senhora Psicóloga Dra. Sandra Tavares já não se encontra ao serviço do 160

Município de Gouveia (…)” e isto no dia 16 de outubro. Então não foi despedida 161

na sexta feira anterior e depois não veio cá e foi readmitida ? – Perguntou o 162

Senhor Vereador. 163

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que isso é absolutamente falso, tendo 164

o Senhor Vereador Joaquim Lourenço acrescentado dizendo que no dia 1 de 165

outubro ela passou a ser funcionária contratada pela Fundação D.Laura dos 166

Santos para o CLDS. 167

Usou da palavra a Senhora Vereadora Laura Costa referindo que a resposta 168

não foi antes, pois segundo informação da Dra. Sandra Tavares estaria a 169

terminar um trabalho de avaliação de alguns alunos com a Dra. Dulce, da 170

Equipa Multidisciplinar. Na altura foi-lhe dito para não iniciar novos trabalhos 171

uma vez que o CLDS estava para começar, pois veio a autorização em final de 172

setembro de que o CLDS teria sido aprovado e, no dia 1 de outubro, a Dra. 173

Sandra Tavares, entrou efetivamente em funções na Fundação D.Laura dos 174

Santos, como Coordenadora desse Projeto. Recuperou o ofício do Senhor 175

Diretor do Agrupamento e respondeu dizendo e bem que a Dra. Sandra 176

Tavares, naquele momento, já não estaria em funções, pois se no ano passado 177

a pudemos dispensar, este ano não seria possível. 178

Porém, temos a intenção de ter uma nova Psicologa através de uma 179

candidatura ao Centro de Emprego a qual poderá vir a colaborar com o 180

Agrupamento de Escolas. 181

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que 182

então terá que ser retirado o seu nome do Mapa 63 do pessoal da DLCG. 183

Interveio o Senhor Vereador Joaquim Lourenço esclarendo que esse mapa tem 184

a data de 30 de setembro, mesmo que a pessoa seja contratada a prazo não 185

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se pode despedir de um momento para o outro, mas pela data de referência, 186

30 de setembro, era ainda funcionária da DLCG. 187

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que a sua 188

preocupação reside, segundo o que se consta, pois também não conhece o 189

documento, no enorme mau estar entre os membros da Comissão muito devido 190

ao comportamento e gestão da Senhora Vereadora Laura Costa que é a 191

Presidente dessa Comissão. É isso que o preocupa neste momento, para além 192

da outra situação do despedimento da Dra. Sandra Tavares que, segundo o 193

Senhor Presidente é mentira. Pensa porém, que a forma como são tratados os 194

assuntos nessa Comissão é inquietante. Agora se é verdade ou não é, se 195

calhar iremos averiguar. 196

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que a Senhora Vereadora 197

Laura Costa representa o Município na CPCJ, foi eleita de entre os pares, para 198

presidir àquele Órgão e irá manter-se no cargo. O seu recato enquanto 199

Presidente da Câmara obriga-o a não ter que se pronunciar sobre aquilo que o 200

Senhor Vereador acabou de dizer quanto a eventuais “maus-estares”. 201

“Mas já ouviu falar desse mau estar na CPCJ?” – Perguntou o Senhor Vereador 202

José Santos Mota. 203

“Não”. – Respondeu o Senhor Presidente. Os assuntos da CPCJ - prosseguiu 204

- são demasiado complexos para que, infelizmente, tenha que haver alguém 205

interessado em tentar criar algum mau estar na CPCJ. Era bom que todos nós 206

e todas as Instituições que lá estão representadas, estivessem embuídos do 207

mesmo espírito, querendo realçar em particular a coordenação do Juíz 208

Armando Leandro, Presidente da Comissão Nacional, em ter uma preocupação 209

saudável, muito importante que quer sublinhar, no sentido de que questões tão 210

complexas, como são as questões tratadas no âmbito da CPCJ, não tenham 211

que vir para a “praça pública”. É esta a preocupação do Juiz Armando Leandro 212

e de si próprio enquanto Presidente da Câmara, de maneira que esperamos 213

que isso que os Senhores Vereadores manifestam como preocupação, que 214

ouviram, não afetem a discussão dos assuntos intervencionados no seio da 215

CPCJ. 216

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3.5) INTERVENÇÃO DA SENHORA VEREADORA GLÓRIA LOURENÇO 217

- - - - 3.5.1) DESINFEÇÃO DOS CONTENTORES DO LIXO:- Pretendia saber 218

quais são os períodos em que é feita a limpeza e desinfeção dos contentores 219

do lixo, quer nas freguesias, quer na cidade, já que alguns encontram-se com 220

odor muito incomodativo. 221

Devidamente autorizado usou da palavra o Senhor Chefe de Divisão de 222

Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes, informando que foi detetado 223

um problema com a empresa prestadora deste serviço específico, relativo à 224

qualidade de serviço, porquanto se verificou que a limpeza dos contentores foi 225

executada com tecnologia a frio e não a quente como era exigido no caderno 226

de encargos. Tal situação pode ter afetado a qualidade de execução e a sua 227

mais precoce degradação, pelo que, o Município está em conversações com a 228

firma procurando uma solução que envolva a equivalente compensação, razão 229

que tem prolongado o intervalo de tempo entre limpezas e condicionou a 230

eventual celebração de novo contrato. 231

4. EXPEDIENTE 232

- - - - Não se analisou expediente na presente reunião. 233

5. DELIBERAÇÕES 234

- - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DA 235

UTILIZAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS NO MERCADO MUNICIPAL DE 236

GOUVEIA:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo 237

que os Vereadores eleitos pelo partido Socialista votam a favor, mas não 238

podem deixar de lamentar, em relação ao espaço do Mercado Municipal, que já 239

deveria ter sido reconsiderada uma remodelação ou alteração, pois o mesmo 240

está completamente ultrapassado, devia ter sido remodelado e tornado mais 241

atrativo para que haja pessoas interessadas. 242

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota reforçando que se há 243

tanta loja vaga é de facto uma preocupação muito grande, pois há anos atrás 244

disputava-se quem é que as conseguia ter, hoje a quantidade de lojas que 245

estão vagas é preocupante e é isto que, de alguma forma, os inquieta e daí o 246

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Senhor Vereador Armando Almeida ter dito que associar a esta ocupação 247

outras preocupações de renovar este espaço, seria importante. 248

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que o que está em causa agora, 249

é pôr as lojas em hasta pública. As outras preocupações, são questões de 250

natureza diferente, muito importantes, que podemos discutir em outra altura e 251

contexto. Mas, caso pretendam falar agora, tudo bem, estamos cá para isso. 252

Não tem muitas dúvidas de que aquele espaço devia ser remodelado, mas 253

também não tem certezas, nem nenhum de nós, se quiser pensar seriamente, 254

tem. Por mais remodelado e atraente que fosse, mesmo assim teríamos lojas 255

disponíveis pois, infelizmente para nós, não temos dinâmica empresarial para 256

tomarem de concessão as lojas, mas essa é a lei inexorável da vida. O Senhor 257

Vereador Armando Almeida dirá que a culpa é do Presidente da Câmara, por 258

isto ou por aquilo, mas ele dirá que o Presidente da Câmara terá as suas 259

culpas, mas infelizmente para o País, o interior de Portugal continua a não ter a 260

importância estratégica que devia ter, não teve nos últimos 30 ou 40 anos 261

passados da democracia, quer ressalvar que ao dizer isto não quer dizer que 262

esteja contra a democracia, mas gostaria de ter visto, na democracia, outras 263

medidas para o Interior. Ainda tem esperança de ver, mas já tinha há três, há 264

quatro, há sete, há dez, que haja políticas públicas ativas que possam fomentar 265

o desenvolvimento no Interior. 266

Posto isto, deliberou a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a 267

produzir efeitos imediatos de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 268

169/99, de 18 de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 269

5 – A/2002, de 11 de Janeiro, autorizar a abertura de Procedimento por 270

Hasta Pública para Atribuição da Utilização de Espaços Comerciais no 271

Mercado Municipal de Gouveia, bem como proceder à aprovação do 272

respetivo Caderno de Encargos e Programa de Procedimento, de acordo 273

com os documentos que se encontram anexos à presente Ata e dela fica a 274

fazer parte integrante. 275

Mais se deliberou nomear a seguinte Comissão: 276

Presidente da Comissão: Prof.º Joaquim Lourenço de Sousa, Vereador; 277

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Vogal: Dra. Alice Oliveira Ferrão, Chefe de Divisão de Finanças, Património e 278

Aprovisionamento; 279

Vogal: Eng.º António Manuel Monteiro Mendes, Chefe de Divisão de 280

Infraestruturas e Ambiente. 281

- - - - 5.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO PEDIDO DE CESSÃO DE POSIÇÃO 282

CONTRATUAL DA FIRMA ADJUDICATÁRIA CHUPAS E MORRÃO S.A, À 283

FIRMA IRMÃOS ALMEIDA CABRAL LDA, PARA A EXECUÇÃO DA 284

EMPREITADA DO CAMINHO NATURAL – GOUVEIA (CURRAL DO 285

NEGRO), FOLGOSINHO (COVÃO DA PONTE), LIMITE DO CONCELHO:- 286

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que pretendia 287

ser esclarecido se, com esta cedência de contrato, há garantias que não 288

haverá alteração aos valores contratualizados, tendo o Senhor Presidente 289

respondido que que isso decorre do contrato e da jurisprudência. Não pode ser 290

de outra maneira. 291

Interveio novamente o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando ainda 292

se, no futuro, não poderão aparecer contratos a mais ou alterações ao projeto, 293

tendo o Senhor Presidente respondido que acerca dos trabalhos a mais a 294

existirem, terão que estar dentro da Lei que, hoje em dia, está de tal forma 295

alterada e as regras tão apertadas, que já não é como era antigamente. 296

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota perguntando se o 297

adiantamento que foi aprovado em reunião de Câmara foi pago ao empreiteiro, 298

tendo o Senhor Presidente respondido que não. 299

De seguida analisou o Executivo o pedido de Cessão de Posição Contratual da 300

Firma Adjudicatária Chupas e Morrão SA, à Firma Almeida Cabral Lda., tendo 301

em consideração que: 302

“1- O pedido formulado enquadra-se legalmente no previsto na regulamentação 303

em vigor, cumprindo, designadamente o previsto no artigo nº. 319 do Código 304

da Contratação Pública; 305

2- São aceitáveis os fundamentos apresentados pela atual firma adjudicatária e 306

comprovada a verificação dos requisitos exigíveis para a autorização da 307

cessão; 308

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3- A firma a co-contratar – Irmãos Almeida Cabral, Lda, caracteriza-se pela sua 309

idoneidade, competência técnica e eficiente disponibilidade de resposta, 310

segundo o conhecimento e avaliação dos serviços prestados (recentes 311

empreitadas) ao Município de Gouveia, relação que garante confiança na 312

assumpção do presente compromisso; 313

4- As declarações apresentadas pelas duas entidades – atual e futuro 314

adjudicatários – que se encontram anexas à presente ata e que dela ficam a 315

fazer parte integrante, esclarecem e salvaguardam as relações e 316

compromissos assumidos entre todas as entidades envolvidas, permitindo 317

concluir como regulamentar e ajustada a decisão de autorização da cessão de 318

posição contratual requerida. 319

Deste modo, delibera a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte 320

dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com três votos a 321

favor por parte do Senhor Presidente da Câmara e dos Senhores Vereadores 322

eleitos pelo Partido Social Democrata e em minuta de modo a produzir efeitos 323

imediatos de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 324

Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 325

de Janeiro, autorizar a Cessão de Posição Contratual da Firma 326

Adjudicatária Chupas e Morrão SA, à Firma Almeida Cabral Lda., para a 327

execução da Empreitada do “Caminho Natural – Gouveia (Curral do 328

Negro), Folgosinho (Covão da Ponte), Limite do Concelho.” 329

- - - - 5.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE 330

SUBSÍDIO À EQUIPA DE FUTEBOL FEMININO DA FUNDAÇÃO D. LAURA 331

DOS SANTOS:- Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço 332

referindo que é um tratamento pontual e é semelhante ao que se fazia com o 333

Desportivo de Gouveia e com as equipas que militam no campeonato nacional. 334

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que discordam 335

da atribuição deste subsídio no valor que é proposto porque, pelos vistos, a 336

Equipa de Futebol Feminino da Fundação D.Laura dos Santos tem muito 337

mérito. Começam o campeonato em princípios de agosto, vai até maio, 338

fazendo muitas deslocações, em que a mais perto é Albergaria, percorrem todo 339

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o País, faz publicidade ao Município de Gouveia e quando vemos a atribuição 340

ao Vilanovenses de 7.048,00 Euros, ao Clube Desportivo de Gouveia um valor 341

de 12.310,00 Euros, consideram o agora proposto muito pequeno. 342

Compreende que é outra estrutura que há ali uma espécie de semi-343

profissionalismo nos atletas, mas se depois atendermos ao Clube Camões que 344

tem aqui também 3.900,00 Euros, consideramos que o subsídio mesmo que 345

pontual de 1.500,00 Euros é muito exíguo. 346

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, desses que referiu, 347

também está a atribuição do subsídio à Fundação, porquanto este é um 348

subsídio extraordinário, pois têm o subsídio normal de 7.212,69 Euros, 349

justamente porque a equipa anda nos campeonatos nacionais e faz publicidade 350

nos equipamentos ao Município de Gouveia, ao que o Senhor Vereador 351

Armando Almeida reforçou que, como tal, devia ser superior a 1.500,00 Euros. 352

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que isso está bem é a sua opinião, é 353

diferente, mas não pela justificação que deu porque a Fundação D.Laura dos 354

Santos já recebe subsídio regular como as outras entidades que referiu, 355

recebem consoante o programa de atividades. 356

Retorquiu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que, ao fazer-se uma 357

proposta destas, concorda com ele, é porque é pouco o dado a título ordinário 358

e, como tal, vai dar mais 1.500,00 Euros. 359

Interveio novamente o Senhor Presidente dizendo que já atribuímos a todas a 360

entidades uma verba que já aprovamos. No entanto não fora o lapso do Centro 361

Hípico que estamos agora a regularizar não havia mais qualquer subsídio. Mas 362

eis senão quando, reconhecendo que, como no passado, os Juniores do 363

Desportivo de Gouveia, também ganharam na Distrital, entraram no 364

Campeonato Nacional, os Juniores receberam o seu subsídio e depois por esta 365

razão com a condição de sustentarem o logotipo do Município, para além do 366

apoio ordinário e porque estão na 1.ª Divisão Nacional e porque percorrem o 367

País, nós ajudamos mais. Podíamos não fazer. Portanto, porque promovem o 368

Município de Gouveia no Campeonato Nacional e em coerência com o que 369

fizemos com os Juniores do Desportivo de Gouveia é mais uma alavancagem. 370

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Agora o Senhor Vereador pode dizer assim que, como subsídio pontual, por 371

esta razão e para este efeito, é pouco. Isso é diferente agora não confundir as 372

coisas. 373

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que, tendo 374

em conta um dos considerandos da proposta que refere “a Equipa de Futebol 375

Feminino da Unidade Desportiva da Fundação D. Laura dos Santos, 376

concretizou a proeza de acesso, nesta temporada, à 1.ª Liga Nacional de 377

Futebol” e implicando isto custos de deslocações, refeições, entre outros, que 378

não cabem certamente nos 7.000,00 Euros atribuídos, como tal entende que 379

este subsídio extraordinário/pontual devia ser maior. Contudo os Vereadores 380

eleitos pelo Partido Socialista votam favoravelmente. 381

“Assim e considerando: 382

- Que o n.º 1 do artigo 5.º e n.º 1 do artigo 7.º do Regulamento Municipal de 383

Atribuição de Subsídios e Apoios às Coletividades do Concelho de Gouveia 384

aprovado em reunião de Câmara a 10 de Janeiro de 2011 com as alterações 385

introduzidas em reunião da Câmara Municipal de Gouveia a 09 de Abril de 386

2012, prevê a atribuição de subsídios pecuniários numa perspetiva de 387

desenvolvimento estrutural e organizacional das associações e o 388

desenvolvimento de atividades de relevante interesse municipal; 389

- Que as associações desportivas estimulam a educação para o desporto nas 390

faixas etárias mais jovens, apresentando uma oferta desportiva que contempla 391

cada vez mais população; 392

- Que as associações desportivas contribuem para a ocupação dos tempos 393

livres, contribuindo para uma formação harmoniosa e saudável; 394

- Que o desporto é uma área de grande mobilização, enquanto fenómeno 395

social, contribuindo para os tempos de lazer e de vivência das populações; 396

- Que a Equipa de Futebol Feminino da Unidade Desportiva da Fundação D. 397

Laura dos Santos, concretizou a proeza de acesso, nesta temporada, à 1.ª Liga 398

Nacional de Futebol; 399

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- Que este excelente trabalho na área do desporto deve ser reconhecido pelo 400

Município através do apoio aos custos inerentes à participação no referido 401

Campeonato; 402

- Que o equipamento que irão utilizar fará publicidade ao Município de Gouveia. 403

Delibera a Câmara, por unanimidade, ao abrigo do Regulamento Municipal de 404

Atribuição de Subsídios e Apoios às Associações do Concelho de Gouveia, 405

aprovado em reunião de Câmara a 10 de Janeiro de 2011 e os critérios para 406

atribuição de apoios anuais às associações do Concelho de Gouveia, 407

aprovados em reunião de Câmara a 23 de Maio de 2011 e da alínea b) do nº 4 408

do art.º 64 da Lei 169/99 de 18 de Setembro e da alínea b) do nº 2 do art.º 21 409

da Lei 159/99 de 14 de Setembro, proceder à atribuição de um subsídio no 410

montante de 1.500,00 euros (mil e quinhentos euros) a liquidar em dezembro 411

de 2012.” 412

Informação de Cabimento e Compromisso: 413

Número de compromisso sequencial 5444. 414

- - - - 5.4) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE 415

SUBSÍDIO AO CENTRO HÍPICO DE GOUVEIA:- Usou da palavra o Senhor 416

Vereador Joaquim Lourenço dizendo que se tratou de uma falha dos Serviços, 417

pois tendo entrado o programa de atividades na data certa, por lapso, não foi 418

incluído na lista dos subsidiados. 419

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que conhece 420

uma Instituição que há uns anos entregou uma proposta no terminus da 421

entrega dos Planos de Atividades e foi rejeitada, não sabendo se isto 422

aconteceu neste caso ou não, tendo a Senhora Vereadora Laura Costa 423

informado que neste caso deu entrada nos serviços e tem o respetivo carimbo 424

de entrada. 425

“Considerando: 426

• Que o Centro Hípico de Gouveia desenvolve uma atividade única no 427

panorama concelhio; 428

• Que o Plano de Atividades do Centro Hípico de Gouveia não foi 429

considerado no processo de atribuição de subsídios ordinários 2012; 430

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• Que o Centro Hípico de Gouveia tem em funcionamento uma escola de 431

equitação que desenvolve uma componente de formação desportiva; 432

• Que a promoção de atividades de equitação aplicadas à oferta turística 433

é um elemento diferenciador; 434

Delibera a Câmara, por unanimidade, ao abrigo da alínea b) do nº 2 do art. 7 e 435

do nº 1 do art. 21 do Regulamento Municipal de Atribuição de Subsídios e 436

Apoios às Associações do Concelho de Gouveia, aprovado em reunião de 437

Câmara a 10 de Janeiro de 2011 e da alínea b) do nº 4 do art.º 64 da Lei 438

169/99 de 18 de Setembro e da alínea b) do nº 2 do art. 21 da Lei 159/99 de 14 439

de Setembro, proceder à atribuição do subsídio de 1.647,00 Euros (mil 440

seiscentos e quarenta e sete euros) ao Centro Hípico de Gouveia, a liquidar 441

de imediato.” 442

Informação de Cabimento e Compromisso: 443

Número de compromisso sequencial 5445. 444

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 445

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 446

a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 447

- - - - 5.5) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REALIZAÇÃO DA 448

FEIRA SEMANAL E ABERTURA DO MERCADO MUNICIPAL, NO DIA 1 DE 449

NOVEMBRO, FERIADO NACIONAL:- A Feira Semanal de Gouveia e abertura 450

do Mercado Municipal, realizar-se-á no próximo dia 01 de novembro, quinta-451

feira, Feriado Nacional. 452

Considerando que nos termos do n.º 2 do Artigo 8.º do Regulamento das 453

Feiras e da Venda Ambulante do Concelho de Gouveia, o qual refere “... 454

Quando o dia pré-estabelecido para a realização da feira semanal em Gouveia 455

coincida com feriado, aquela realizar-se-á no dia seguinte, ou em outro 456

qualquer dia, sempre que, por motivos devidamente justificados, a Câmara 457

assim entender, devendo para tanto, ouvir a Associação Comercial e de 458

Feirantes e dar disso conhecimento, através de aviso ou edital.” 459

Considerando, ainda que, à semelhança de situações anteriores idênticas, a 460

Câmara Municipal já deliberou manter a realização da Feira e abertura do 461

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Mercado na mesma data. 462

Delibera a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a produzir efeitos 463

imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 464

setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 465

de janeiro, autorizar a realização da Feira Semanal e abertura do Mercado 466

Municipal no dia 01 de novembro, quinta-feira, Feriado Nacional, devendo, 467

em consequência proceder-se à elaboração do respetivo Edital Público e de 468

outros de igual teor que serão afixados nos lugares de estilo, a anunciar a data 469

da realização da mesma. 470

- - - - 5.6) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 471

CONTRATO DE FINANCIAMENTO REEMBOLSÁVEL A CELEBRAR COM O 472

IFDR, NO MONTANTE DE 107.839,00 EUROS, DESTINADO À OBRA DE 473

“QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO DA ANTIGA FÁBRICA DAS BOBINES, COM 474

A ÁREA PÚBLICA ENVOLVENTE E REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DO 475

MUNICÍPIO”:- Deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte 476

dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Armando José dos 477

Santos Almeida, José Manuel Correia Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço 478

e com três votos a favor por parte do Senhor Presidente, Álvaro dos Santos 479

Amaro e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, 480

Joaquim Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, 481

proceder à aprovação das Cláusulas Contratuais relativo ao Contrato de 482

Financiamento Reembolsável, a celebrar com o Instituto Financeiro para o 483

Desenvolvimento Regional I.P. (IFDR), no montante de 107.839,00 Euros 484

(cento e sete mil, oitocentos e trinta e nove euros) destinado à empreitada de 485

“Qualificação do Espaço da Antiga Fábrica das Bobines, com a Área 486

Pública envolvente e Requalificação da Praça do Município” e que a seguir 487

se transcrevem: 488

CONTRATO DE FINANCIAMENTO REEMBOLSÁVEL 489

MINUTA 490

Entre, 491

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PRIMEIRO OUTORGANTE, o Estado, através do Instituto Financeiro para o 492

Desenvolvimento Regional I.P. (IFDR), representado pelo Presidente do 493

Conselho Diretivo, José dos Santos Soeiro, cargo para 494

o qual foi nomeado pelo Despacho n.º 15701/2010, de 12 de outubro, do 495

Primeiro-ministro e dos Ministros de Estado e da Finanças e da Economia e da 496

Inovação, publicado no DR. n.º 203, de 19/10/2010, ao abrigo do disposto no 497

n.º 2 do art.º 30.º do Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de fevereiro, a seguir 498

também designado por Mutuante. 499

E 500

SEGUNDO OUTORGANTE, Município de Gouveia, NIPC n.º 506 510 476, com 501

sede na Avenida 25 de Abril, em Gouveia, representado por Álvaro dos Santos 502

Amaro, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Gouveia, com 503

domicílio profissional em Santo António dos Olivais, portador do Bilhete de 504

Identidade n.º 2525335, válido até 09/06/2016, emitido em 09/07/2005, pelo 505

Arquivo de Identificação de Coimbra, que outorga na qualidade de 506

representante legal, a seguir também designado por Mutuário. 507

Considerando que: 508

A República Portuguesa celebrou, em 19 de novembro de 2010, um 509

contrato de empréstimo-quadro, adiante designado por QREN-EQ, com o 510

Banco Europeu de Investimento (BEI), para o financiamento de operações 511

aprovadas a cofinanciamento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento 512

Regional (FEDER) e pelo Fundo de Coesão; 513

O Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de fevereiro, no seu artigo 30.º, atribuiu 514

ao IFDR a concessão, em nome do Estado, de financiamentos no âmbito 515

do QREN-EQ; 516

O Despacho n.º 6572/2011, de 4 de abril (publicado no DR, 2ª Série, n.º 80, 517

de 26 de abril), dos Ministros de Estado e das Finanças e da Economia, da 518

Inovação e do Desenvolvimento, que estabelece as condições de acesso e 519

de utilização de financiamento no âmbito do QREN-EQ contratado entre a 520

República Portuguesa e o BEI, abriu uma fase de candidatura a 521

financiamento, à qual o Segundo Outorgante se candidatou para 522

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financiamento parcial da contrapartida nacional da operação QREN de que 523

é beneficiário; 524

O pedido de financiamento reembolsável apresentado pelo Segundo 525

Outorgante foi aprovado de forma condicionada pela Comissão de 526

Coordenação e Supervisão carecendo ainda de aprovação ex post por 527

parte do BEI; 528

A não aprovação pelo BEI da afetação de fundos do QREN-EQ contratado 529

com a República Portuguesa ao financiamento da contrapartida nacional da 530

operação QREN dará lugar à exigibilidade antecipada total do 531

financiamento reembolsável concedido através do presente contrato, por 532

iniciativa do Primeiro Outorgante; 533

A contração do financiamento reembolsável objeto do presente contrato foi 534

aprovada por deliberação da Assembleia Municipal de 27/09/2012, 535

entidade do mutuário competente a autorizar a contração do financiamento 536

reembolsável de 107.839,00 euros. 537

Se encontram reunidos os requisitos necessários para a outorga do 538

presente contrato; 539

ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 4 e no n.º 12, ambos do Despacho n.º 540

6572/2011, de 4 de abril, é de comum acordo e de boa fé celebrado o presente 541

contrato de financiamento reembolsável, que se rege pelas cláusulas 542

seguintes: 543

Cláusula 1.ª 544

Objeto 545

1- O presente contrato tem por objeto a concessão pelo Primeiro Outorgante, 546

na qualidade de Mutuante, de um financiamento reembolsável ao Segundo 547

Outorgante, na qualidade de Mutuário, para financiamento parcial da 548

contrapartida nacional da Operação QREN CENTRO-09-0141-FEDER-549

023001 de que este é beneficiário no âmbito do Programa Operacional 550

Regional do Centro (Mais Centro) 551

2- O presente financiamento reembolsável obedece aos termos e condições 552

previstos no Despacho n.º 6572/2011, de 4 de abril. 553

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Cláusula 2.ª 554

Definições 555

Para efeito do presente contrato as expressões identificadas têm o seguinte 556

significado: 557

a) QREN-EQ – Empréstimo-quadro contratado entre a República 558

Portuguesa e o Banco Europeu de Investimento em 19 de novembro de 559

2010; 560

b) Monitorização Operacional e Financeira (MOF) - Processo de recolha 561

mensal de informação relativa a operações financiadas pelos Programas 562

Operacionais FEDER/Fundo de Coesão, de acordo com o qual a 563

Autoridade de Gestão integra no Sistema de Informação FEDER/Fundo 564

de Coesão, os dados reportados ao último dia do mês anterior, e através 565

do qual no dia 15 de cada mês é possível apurar a realização financeira 566

acumulada de cada operação QREN à data de reporte; 567

c) Aferição da realização financeira da operação QREN – Procedimento 568

de verificação do índice de realização financeira da operação QREN por 569

consulta ao resultado do processo de MOF reportado pela Autoridade de 570

Gestão através do Sistema de Informação FEDER/Fundo de Coesão, que 571

tem lugar mensalmente nos 10 dias úteis subsequentes à conclusão 572

desse processo; 573

d) Período de utilização – período de disponibilização do financiamento 574

reembolsável ao Mutuário, através do desembolso inicial e de 575

desembolsos intercalares; 576

e) Período de carência – período durante o qual se vencem juros sobre o 577

montante do financiamento reembolsável utilizado não sendo efetuada a 578

amortização do capital. 579

Cláusula 3.ª 580

Finalidade 581

O financiamento reembolsável concedido pelo Mutuante ao Mutuário tem por 582

finalidade financiar, parcialmente, a contrapartida nacional da operação QREN 583

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CENTRO-09-0141-FEDER-023001 de que o Segundo Outorgante é 584

beneficiário. 585

Cláusula 4. ª 586

Valor 587

1- O financiamento reembolsável é concedido pelo Mutuante ao Mutuário por 588

um valor de até 107.839,00 € (cento e sete mil oitocentos e trinta e nove 589

euros). 590

2- O valor do financiamento reembolsável é ajustado por forma e na medida 591

do necessário a assegurar que: 592

a) Não exceda 50% do custo total da operação QREN; 593

b) Em conjunto com o cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão, não 594

exceda 90% do custo total da operação QREN; 595

c) Não exceda o valor do custo total previsto na decisão de aprovação do 596

cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão da operação QREN, 597

deduzido do valor do cofinanciamento e das componentes não elegíveis 598

a financiamento pelo BEI no âmbito do QREN-EQ. 599

3- O valor do financiamento reembolsável pode ser ajustado em qualquer 600

momento da vigência do financiamento, inclusive durante o período de 601

utilização. 602

4- O financiamento reembolsável observa as condições previstas na Ficha 603

Técnica do Financiamento Reembolsável e Simulação do Plano de 604

Utilização e Reembolso, que constituem respetivamente, os anexos 1 e 2 605

ao presente contrato e que dele fazem parte integrante. 606

Cláusula 5. ª 607

Prazo 608

O financiamento reembolsável tem o prazo de 8 anos a contar da data da 609

primeira utilização do mesmo. 610

Cláusula 6. ª 611

Utilização 612

1- O financiamento reembolsável é disponibilizado ao Mutuário através de 613

desembolsos parcelares, classificados em: 614

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a) Desembolso inicial, 615

b) Desembolso intercalar. 616

2- O desembolso inicial equivale ao produto entre: i) o valor global do 617

financiamento reembolsável; e ii) o índice de realização financeira da 618

operação QREN. 619

3- O índice de realização financeira da operação QREN resulta do quociente 620

entre: i) a realização financeira acumulada da operação QREN, apurada na 621

MOF à data do último reporte disponível; e ii) o valor do custo total 622

considerado na decisão de aprovação da operação QREN. 623

4- Para efeito do cálculo do valor do desembolso inicial previsto no contrato 624

releva o apuramento da MOF com referência ao mês de outubro de 2011. 625

5- Os desembolsos intercalares equivalem, no seu conjunto, ao valor do 626

financiamento reembolsável deduzido do valor do desembolso inicial. 627

6- O número de desembolsos intercalares é calculado em função do índice de 628

realização financeira da operação QREN, apurado para efeito de cálculo do 629

desembolso inicial, nos seguintes termos: 630

a) Um desembolso intercalar único, quando o índice de realização 631

financeira da operação QREN é igual ou superior a 0,6; 632

b) Dois desembolsos intercalares de igual valor, quando o índice de 633

realização financeira da operação QREN é igual ou superior a 0,3 e 634

inferior a 0,6; 635

c) Três desembolsos intercalares de igual valor, quando o índice de 636

realização financeira é inferior a 0,3. 637

7- O valor de cada desembolso intercalar equivale ao quociente entre: i) o 638

valor do financiamento reembolsável deduzido do valor do desembolso 639

inicial; e ii) o número de desembolsos intercalares resultantes da aplicação 640

da metodologia identificada no número anterior. 641

8- No momento da efetivação de cada desembolso proceder-se-á ao recálculo 642

do seu valor, com referência à MOF mais atual, mantendo-se neste 643

recálculo inalteradas as demais condições do financiamento. 644

Cláusula 7. ª 645

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22

Condições de utilização 646

1- A primeira utilização do financiamento reembolsável tem lugar no prazo de 5 647

dias úteis após início da produção de efeitos do presente contrato nos 648

termos da cláusula 19.ª e inclui o desembolso inicial acrescido do primeiro 649

desembolso intercalar. 650

2- Os desembolsos intercalares subsequentes têm lugar no prazo de 10 dias 651

úteis após a conclusão processo de recolha mensal de informação da MOF, 652

quando a operação QREN registe um índice de realização financeira igual 653

ou superior a: 654

a) 0,6 e o empréstimo reembolsável se encontre fracionado em dois ou três 655

desembolsos intercalares; 656

b) 0,3 e o empréstimo reembolsável se encontre fracionado em 3 657

desembolsos intercalares. 658

3- No caso do financiamento reembolsável se encontrar fracionado em três 659

desembolsos intercalares, o segundo e terceiro desembolso intercalar 660

podem ter lugar, em simultâneo, quando após a primeira utilização o índice 661

de realização financeira da operação QREN atinja um valor igual ou superior 662

a 0,6. 663

4- O período de utilização do financiamento reembolsável não pode ser 664

superior ao período de carência de amortização de capital. 665

5- A realização dos desembolsos parcelares depende ainda da verificação das 666

seguintes condições: 667

a) Regularidade da situação fiscal e contributiva do Mutuário; 668

b) Inexistência de suspensão de pagamentos no âmbito da operação 669

QREN cuja contrapartida nacional é financiada através do presente 670

contrato; 671

c) Inexistência de dívidas do Mutuário no âmbito da operação QREN cuja 672

contrapartida nacional é financiada através do presente contrato; 673

d) Inexistência de incumprimento de pagamento de juros no âmbito do 674

presente contrato; 675

676

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23

e) Atualização do montante da garantia bancária/seguro caução/conta 677

caucionada pelo montante total do financiamento reembolsável que 678

resultará do desembolso a realizar, nos casos em que o Mutuário tenha 679

prestado essa modalidade de garantia. 680

f) Os desembolsos parcelares são efetuados por transferência para a 681

conta do Mutuário com o NIB 0035 03543 0000 3178 930 13. 682

Cláusula 8.ª 683

Taxa de juro 684

1- A taxa de juro contratual é de 3,901% (três virgula novecentos e um por 685

cento), ao ano e corresponde à taxa suportada pela República Portuguesa 686

no âmbito do QREN-EQ celebrado com o BEI, acrescida de uma margem 687

de 20 pontos base. 688

2- Em caso de alteração da taxa de juro suportada pela República Portuguesa 689

no âmbito do QREN-EQ, a mesma repercute-se na taxa de juro contratual 690

do período de contagem de juros que se inicie após essa alteração, 691

devendo para tanto ser notificada pelo Primeiro Outorgante ao Segundo 692

Outorgante. 693

Cláusula 9.ª 694

Reembolso 695

1- O financiamento reembolsável tem um período de carência de amortização 696

de capital de 6 semestres. 697

2- Caso a utilização do financiamento reembolsável venha a ultrapassar o 698

período de carência este será ajustado em conformidade, até ao limite 699

máximo de 6 semestres. 700

3- Durante o período de carência são devidos juros que incidem sobre o 701

montante do financiamento reembolsável em cada momento utilizado. 702

4- Os juros são calculados dia a dia e pagos semestral e postecipadamente, 703

vencendo-se no primeiro dia útil após o final do semestre, aferido em 704

função da data da primeira utilização do financiamento reembolsável. 705

5- O reembolso do capital inicia-se no semestre subsequente ao fim do 706

período de carência do financiamento reembolsável. 707

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24

6- O reembolso do capital e juros é efetuado em 10 prestações semestrais, 708

iguais e sucessivas, e tem lugar no primeiro dia útil após o final de cada 709

semestre, determinado nos termos previstos no n.º 5. 710

7- No prazo de 5 dias úteis após a data da primeira utilização do 711

financiamento reembolsável, o Mutuante notifica o Mutuário do plano de 712

reembolso do financiamento, relevando esta notificação para os efeitos 713

previstos no n.º 3 da presente Cláusula. 714

8- O Mutuante notifica o Mutuário da atualização do plano de reembolso 5 715

dias úteis após a realização de cada desembolso intercalar. 716

717

Cláusula 10.ª 718

Modo de reembolso 719

O pagamento do capital e juros a realizar pelo mutuário, nos termos do 720

presente contrato, deve ser efetuado por transferência para a conta do 721

Mutuante com o NIB 0781 0112 0112 0014 3904 1. 722

Cláusula 11.ª 723

Mora 724

Em caso de atraso no pagamento de qualquer prestação de juros ou de capital 725

e juros há lugar a um agravamento da taxa de juro contratual de 2% (dois por 726

cento) ao ano que incide sobre o montante em dívida até à data do efetivo 727

pagamento, sem prejuízo do acionamento de outras garantias. 728

Cláusula 12.ª 729

Garantias 730

Para garantir ao Mutuante o integral e pontual cumprimento das obrigações 731

decorrentes do presente contrato o Mutuário constitui a favor do Mutuante uma 732

garantia, conforme documento de garantia em anexo 3 ao presente contrato e 733

que dele faz parte integrante. 734

Cláusula 13.ª 735

Vencimento antecipado 736

1- Há lugar a vencimento antecipado total do financiamento reembolsável por 737

iniciativa do Mutuante no caso de: 738

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a) O BEI não aprovar a operação para financiamento com fundos do 739

QREN-EQ; 740

b) A operação deixar de ser cofinanciada por FEDER ou por Fundo de 741

Coesão; 742

c) A operação QREN registar uma redução da contrapartida nacional 743

necessária à sua execução, designadamente em resultado do aumento 744

da taxa de cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão aplicada, que 745

determine que o valor da contrapartida nacional, deduzido do valor das 746

componentes não elegíveis a financiamento pelo BEI no âmbito do EQ, 747

caso estas existam, seja nulo; 748

d) Incumprimento pelo Mutuário da obrigação de pagamento de juros ou de 749

capital e juros nas datas contratualmente definidas. 750

2- Há lugar a vencimento antecipado parcial do financiamento reembolsável 751

por iniciativa do Primeiro Outorgante sempre que houver lugar ao 752

ajustamento do valor do financiamento reembolsável por forma e na 753

medida do necessário a assegurar que: 754

a) Não exceda 50% do custo total da operação QREN; 755

b) Em conjunto com o cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão, não 756

exceda 90% do custo total da operação QREN; 757

c) Não exceda o valor do custo total previsto na decisão de aprovação do 758

cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão da operação QREN, 759

deduzido do valor do cofinanciamento e das componentes não elegíveis 760

a financiamento pelo BEI no âmbito do QREN-EQ. 761

3- Pode ainda haver lugar a vencimento antecipado, total ou parcial, do 762

financiamento reembolsável em caso de incumprimento, por parte do 763

Mutuário, das obrigações estabelecidas na Cláusula 15.ª. 764

4- Caso se verifique alguma das situações previstas nos números anteriores, 765

o Mutuante notifica o Mutuário para efeito de pagamento do montante do 766

capital e juros que se mostrem devidos no prazo de 30 dias corridos, sem 767

que para tal seja necessário qualquer procedimento ou formalidade judicial. 768

Cláusula 14.ª 769

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Reembolso antecipado 770

1- O Mutuário pode efetuar o reembolso antecipado, parcial ou total, do 771

financiamento concedido. 772

2- O reembolso antecipado por iniciativa do Mutuário pode ser efetuado nas 773

datas de pagamento de capital e juros, devendo este informar o Mutuante 774

dessa intenção com uma antecedência mínima de 5 dias úteis. 775

Cláusula 15.ª 776

Obrigações do Mutuário 777

Na execução do presente contrato o Mutuário obriga-se a: 778

a) Cumprir integral e pontualmente as obrigações de pagamento de capital e 779

juros; 780

b) Realizar a operação QREN nos prazos que constam da decisão de 781

cofinanciamento de FEDER ou Fundo de Coesão; 782

c) Reportar à Autoridade de Gestão a totalidade da despesa incorrida no 783

âmbito da operação QREN, incluindo a componente de despesa de 784

natureza não elegível para efeito de financiamento por FEDER ou Fundo 785

de Coesão, caso a mesma exista; 786

d) Comunicar ao Mutuante qualquer facto suscetível de dar lugar à 787

exigibilidade antecipada, total ou parcial, do financiamento reembolsável 788

objeto do presente contrato, no prazo de 5 dias úteis após tomar 789

conhecimento do mesmo; 790

e) Prestar toda a informação solicitada pelo Mutuante e pela Comissão de 791

Coordenação e Supervisão prevista no n.º 13 do Despacho n.º 792

6572/2011, de 4 de abril, no âmbito do acompanhamento da execução do 793

presente contrato; 794

f) Cumprir as obrigações que assumiu com a aprovação da operação para 795

cofinanciamento pelo FEDER ou pelo Fundo e Coesão; 796

g) Disponibilizar ao público os sumários não técnicos dos estudos de 797

impacto ambiental caso a operação se encontre sujeita a processo de 798

avaliação de impacto ambiental ou a avaliação de biodiversidade; 799

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h) Manter em arquivo e permanentemente atualizados todos os documentos 800

relacionados com a operação QREN, nomeadamente estudos ambientais 801

realizados no âmbito da avaliação de impacto ambiental, os sumários não 802

técnicos dos estudos de impacto ambiental e estudos em matéria de 803

natureza e biodiversidade que atestem o cumprimento das diretivas 804

europeias relativas a habitats e pássaros, bem como disponibilizá-los ao 805

BEI e às autoridades nacionais sempre que estas o solicitem; 806

i) Dispor de seguros relativos as atividades a realizar no âmbito da 807

operação e aos ativos que a constituem ou que lhe estão afetos segundo 808

as modalidades e os procedimentos usuais no sector em que se inserem 809

as atividades de natureza idêntica à operação. 810

Cláusula 16.ª 811

Responsabilidade por despesas 812

Ficam a cargo do Mutuário todas as despesas relacionadas com a celebração 813

e execução do presente contrato, designadamente as resultantes da 814

constituição e cancelamento de garantias por este prestadas. 815

Cláusula 17.ª 816

Alterações ao contrato 817

1- Qualquer alteração ao presente contrato deverá revestir a forma de 818

documento escrito assinado pelos Outorgantes. 819

2- Constitui exceção ao disposto no número anterior as alterações do valor 820

constante da cláusula 4ª., da Ficha Técnica do Financiamento 821

Reembolsável e da Simulação do Plano de Utilização e Reembolso, que 822

constituem, respetivamente, os anexos 1 e 2 ao presente contrato e que 823

dele fazem parte integrante, que se venham a revelar necessárias ao longo 824

da vigência do contrato, sendo as mesmas formalizadas pelo Mutuante ao 825

Mutuário, através de carta registada com aviso de receção. 826

3- Após o último desembolso, será celebrada adenda ao presente contrato, a 827

qual refere as modificações ocorridas nos termos do número anterior, 828

sendo ajustados os valores inicialmente contratados aos valores dos 829

desembolsos efetivamente concretizados. 830

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Cláusula 18.ª 831

Comunicações 832

1- Todas as comunicações e notificações a realizar entre as partes, nos 833

termos do presente contrato de financiamento reembolsável, devem, sob 834

pena de nulidade, ser efetuadas para os seguintes endereços: 835

- Primeiro Outorgante/Mutuante: 836

Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional, I.P. (IFDR) 837

Rua de São Julião, 63, 838

1149-030, Lisboa 839

Tel.: 218 814 000 840

Fax: 218 881 111 841

Email: [email protected] 842

- Segundo Outorgante/Mutuário: 843

(Município de Gouveia) 844

Avª. 25 de Abril, 6290-554 Gouveia 845

Tel.: 238 490 210 846

Fax: 238 494 686 847

Email: [email protected] 848

2- As notificações entre os Outorgantes são preferencialmente efetuadas 849

através dos endereços de email identificados no número anterior. 850

3- Qualquer alteração dos endereços identificados no n.º 1 só será valida 851

após comunicação, por escrito, à outra parte. 852

Cláusula 19.ª 853

Vigência 854

O presente contrato produz efeitos na data da sua assinatura por todos os 855

outorgantes ou da comunicação ao Mutuante da obtenção do visto do Tribunal 856

de Contas, quando aplicável, e cessará quando se verificar, por parte do 857

Mutuário, a amortização integral do capital e o pagamento dos juros resultantes 858

do financiamento reembolsável concedido ao Mutuário. 859

Celebrado em dois exemplares que serão assinados pelos Outorgantes ficando 860

cada um deles na posse de um exemplar. 861

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Pelo Primeiro Outorgante/Mutuante Pelo Segundo Outorgante/Mutuário

Data: Data:

José Santos Soeiro

Presidente do Conselho Diretivo do IFDR

(Álvaro dos Santos Amaro)

(Presidente da Câmara Municipal de Gouveia)

ANEXOS: 862

1)Ficha Técnica do Financiamento Reembolsável; 863 2) Simulação do Plano de Utilização e Reembolso; 864 3) Documento(s) de Garantia. 865 Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 866

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 867

a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 868

- - - - 5.7) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 869

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO A CELEBRAR COM A CAIXA DE CRÉDITO 870

AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, NO MONTANTE DE 871

42.161,00 EUROS DESTINADO À OBRA DE “QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO 872

DA ANTIGA FÁBRICA DAS BOBINES, COM A ÁREA PÚBLICA 873

ENVOLVENTE E REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DO MUNICÍPIO”:- 874

Deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte dos Senhores 875

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Armando José dos Santos Almeida, 876

José Manuel Correia Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço e com três votos 877

a favor por parte do Senhor Presidente, Álvaro dos Santos Amaro e dos 878

Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, Joaquim 879

Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, proceder 880

à aprovação das Cláusulas Contratuais relativo ao Contrato de Empréstimo a 881

celebrar com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, CRL, no 882

montante de 42.161,00 Euros (quarenta e dois mil, cento e sessenta e um 883

euros) destinado à empreitada de “Qualificação do Espaço da Antiga 884

Fábrica das Bobines, com a Área Pública envolvente e Requalificação da 885

Praça do Município” e que a seguir se transcrevem: 886

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 887

Entre a: ----------------------------------------------------------------------------------------------- 888

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--CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, 889

com sede em Seia, no Largo Marques da Silva, N.I.P.C. 501 216 022, 890

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Seia, sob o atrás 891

referido número, com o capital social realizado de € 17.044.550,00 (variável), 892

adiante designada abreviadamente por CAIXA AGRÍCOLA. ------------------------- 893

E o: --------------------------------------------------------------------------------------------------- 894

MUNICÍPIO DE GOUVEIA, autarquia local, NIPC 506 510 476, com sede na 895

Av. 25 de Abril, em 6290-554 Gouveia, representado pelo Senhor Presidente 896

da Câmara Municipal, Sr. Álvaro dos Santos Amaro (Dr.), com poderes para 897

este acto nos termos das deliberações camarárias certificadas em anexo: acta 898

da sessão ordinária da Câmara de 24/09/2012 e acta da Assembleia Municipal 899

de 27/09/2012; adiante designado por MUNICÍPIO ou MUTUÁRIO. ---------------- 900

* É celebrado o presente contrato de empréstimo, que se rege pelas cláusulas 901

seguintes: -------------------------------------------------------------------------------------------- 902

CLÁUSULA PRIMEIRA (Pressupostos contratuais) ------------------------------------ 903

1. O presente contrato regula os termos e condições do empréstimo de 904

longo prazo no montante de QUARENTA E DOIS MIL CENTO E SESSENTA E 905

UM EUROS [€ 42.161,00] que a CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO 906

MUTUÁRIO, com a finalidade e os pressupostos previstos nos números 907

seguintes e com as condições, obrigações, direitos e garantias previstos nas 908

cláusulas subsequentes. ------------------------------------------------------------------------- 909

2. O empréstimo destina-se a dotar a autarquia de meios financeiros 910

necessários para fazer face ás despesas provenientes da componente nacional 911

de obras, consignadas no Plano Plurianual de Investimento para 2012, 912

designadamente para a seguinte obra: Qualificação do Espaço da Antiga 913

Fábrica das Bobines com a Área Pública envolvente e Requalificação da 914

Praça do Município. ----------------------------------------------------------------------------- 915

3. O MUNICÍPIO DE GOUVEIA declara que: (i) a contratação deste 916

empréstimo se enquadra nos termos dos artigos 38º e 39º da Lei das Finanças 917

Locais (Lei nº 2/2007, de 15.01), (ii) o empréstimo tem previsão orçamental e 918

não tem qualquer relação com outro acto ou contrato de crédito ou outras 919

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obrigações que o MUNICÍPIO tenha assumido e cujo valor deva ser 920

considerado e englobado, e (iii) a contratação dele foi aprovada por deliberação 921

da sua Assembleia Municipal de 27/09/2012 e conforme deliberação da sua 922

Câmara Municipal de 24/09/2012. ------------------------------------------------------------- 923

4. Este contrato e o empréstimo, incluindo a efectiva concessão e tomada de 924

fundos, pressupõem e ficam subordinados à verificação cumulativa e à 925

confirmação dos requisitos e condições legais aplicáveis e aos previstos nos 926

números anteriores, bem como à obtenção do visto prévio favorável do Tribunal 927

de Contas e à sua comunicação pelo MUNICÍPIO à CAIXA AGRÍCOLA.---------- 928

5. Independentemente do momento da verificação de qualquer das 929

condições e requisitos previstos no número anterior, ou doutra condição 930

contratual, seja de alguma deliberação, autorização, ou visto prévio, seja de 931

qualquer outro acto, a disponibilidade do empréstimo e a possibilidade de o 932

MUTUÁRIO solicitar fundos ou deles dispor, ao abrigo deste contrato, finda 933

decorridos trinta e seis [36] meses a contar da data deste contrato. ---------------- 934

CLÁUSULA SEGUNDA (Crédito, Utilização e Confissão de dívida) --------------- 935

1. A CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO um 936

empréstimo de QUARENTA E DOIS MIL CENTO E SESSENTA E UM EUROS 937

[€ 42.161,00] cujos fundos serão disponibilizados nos termos dos números 938

seguintes. -------------------------------------------------------------------------------------------- 939

2. O capital do empréstimo será disponibilizado por tranches, durante o 940

período de utilização de trinta e seis [36] meses, a contar da data deste 941

contrato e após solicitação escrita do MUTUÁRIO, sendo que a primeira 942

utilização terá de ser pedida no prazo de trinta dias a contar da data do visto 943

prévio favorável do Tribunal de Contas previsto no número quatro da cláusula 944

primeira, mas dentro do prazo previsto no seu número cinco, e desde que 945

verificados os demais requisitos previstos nessa cláusula. ---------------------------- 946

3. O crédito dos capitais será feito na Conta D.O. do MUTUÁRIO identificada 947

na Cláusula Terceira, após solicitação escrita da Câmara Municipal do 948

MUTUÁRIO, dirigida à CAIXA AGRÍCOLA, com dois [2] dias de antecedência e 949

a indicação do montante e da data para esse crédito, a qual não pode 950

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ultrapassar o prazo de dez dias seguintes à data do respectivo pedido, sendo 951

que a não observância dessa condição é motivo para a recusa da concessão 952

ou disponibilização dos fundos do crédito. -------------------------------------------------- 953

4. O MUTUÁRIO confessa-se devedor das/s quantia/s mutuada/s, através 954

do respectivo crédito na sua referida Conta D.O.; e obriga-se a pagá-la/s com 955

os respectivos juros e despesas de processamento do crédito. ---------------------- 956

CLÁUSULA TERCEIRA (Processamento) ------------------------------------------------ 957

1. As quantias mutuadas e as obrigações relativas ao empréstimo são 958

processadas em conta interna constituída pela CAIXA AGRÍCOLA, com a 959

numeração que o sistema automático atribuir e que poderá ser alterada, que 960

funcionará por contrapartida da conta de depósitos à ordem com o NIB 0045 961

4061 40103016828 84, designada por “Conta D.O.”, titulada em nome do 962

MUNICÍPIO MUTUÁRIO, na CAIXA AGRÍCOLA. ----------------------------------------- 963

2. O crédito do capital mutuado e os débitos das obrigações de pagamento 964

emergentes deste contrato serão processados e efectuados na referida Conta 965

D.O., que o MUTUÁRIO se obriga a ter suficientemente provisionada, nas 966

datas de vencimento das suas obrigações, e que autoriza a CAIXA AGRÍCOLA 967

a movimentar e debitar, para efectivar quaisquer pagamentos. ---------------------- 968

3. Os extractos das referidas contas e as notas de lançamento emitidas pela 969

CAIXA AGRÍCOLA e relacionadas com o empréstimo constituem documentos 970

bastantes para prova da dívida do MUTUÁRIO e dos registos e movimentação 971

dessas contas. -------------------------------------------------------------------------------------- 972

CLÁUSULA QUARTA (Prazo e Reembolso de capital) ------------------------------- 973

1. O prazo contratual é de quinze [15] anos, a contar deste contrato, nele 974

se incluindo o prazo previsto no número cinco da cláusula primeira e também o 975

período de carência de capital de trinta e seis [36] meses a contar da data 976

deste contrato. -------------------------------------------------------------------------------------- 977

2. O empréstimo será reembolsado em prestações semestrais, sucessivas e 978

constantes, de capital e juros, vencendo-se a primeira seis [6] meses, após o 979

decurso do período de carência de capital, e cada uma das demais no 980

correspondente dia de cada semestre subsequente. ------------------------------------ 981

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CLÁUSULA QUINTA (Juros) ------------------------------------------------------------------ 982

1. A quantia mutuada vence juros, postecipados e contados dia a dia, à taxa 983

de juro anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações 984

diárias da taxa EURIBOR a seis [6] meses (base 30/360) durante o mês de 985

calendário anterior a cada período semestral, e arredondada à milésima de 986

ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a 987

cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida do ‘spread’ ou margem 988

de [6,000%] seis pontos percentuais, o que se traduz na taxa de juro nominal 989

actual de [6,484%] seis vírgula quatrocentos e oitenta e quatro por cento. ------- 990

2. A taxa anual efectiva (TAE) deste contrato, calculada nos termos do Dec.- 991

Lei nº 220/94, de 23.08, é de [6,589%] seis vírgula quinhentos e oitenta e nove 992

por cento. --------------------------------------------------------------------------------------------- 993

3. Os juros vencem-se e serão pagos em prestações semestrais, a contar da 994

data deste contrato, fazendo-se na primeira prestação ao acerto que seja 995

necessário do período de contagem dos juros. -------------------------------------------- 996

4. Durante o período de carência de capital, são devidos os juros contados e 997

exigíveis nos termos do número anterior. Após o período de carência, os juros 998

serão contados e pagos em prestações constantes de capital e juros e com a 999

mesma periodicidade. ---------------------------------------------------------------------------- 1000

5. Em caso de mora no pagamento de qualquer obrigação ou quantia são 1001

devidos, à CAIXA AGRÍCOLA, juros moratórios a uma taxa equivalente à taxa 1002

nominal aplicável acrescida de quatro pontos percentuais, a título de mora e 1003

cláusula penal, que se vencem e são exigíveis diariamente e sem dependência 1004

de interpelação. ------------------------------------------------------------------------------------ 1005

6. A CAIXA AGRÍCOLA pode capitalizar juros remuneratórios de prazo não 1006

inferior a três meses e juros moratórios de prazo não inferior a um ano, 1007

adicionando-os ao capital, para seguirem o regime deste (cf. DL 344/77, DL 1008

204/87, DL 344/77 e DL 83/86). ---------------------------------------------------------------- 1009

CLÁUSULA SEXTA (Condições gerais) --------------------------------------------------- 1010

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1. As prestações de capital e de juros e as demais obrigações contratuais 1011

são exigíveis e devem ser pagas pelo MUTUÁRIO nas datas dos seus 1012

vencimentos, independentemente de qualquer aviso ou interpelação. ------------- 1013

2. Os pagamentos serão imputados pela ordem seguinte: a despesas, a 1014

juros, começando pelos de mora, e depois, a capital. ----------------------------------- 1015

3. A taxa de juro nominal aplicável em cada período de contagem será 1016

adequada em função das variações do indexante previsto para a sua 1017

determinação e a respectiva periodicidade, aplicando-se automática e 1018

independentemente da comunicação que a esse respeito a CAIXA AGRÍCOLA 1019

fará ao MUTUÁRIO, tomando em consideração que a taxa de referência 1020

aplicável e as suas modificações são publicadas pelos meios adequados e se 1021

encontram publicitadas e acessíveis nas instalações ao público nos balcões da 1022

CAIXA AGRÍCOLA. ---------------------------------------------------------------------------------- 1023

4. No empréstimo e relativamente aos actos processados no seu âmbito e 1024

previstos na Tabela de Preçário da CAIXA AGRÍCOLA, que em cada momento 1025

estiver em vigor e divulgada aos seus balcões, incidem as respectivas 1026

comissões e encargos, com os valores e critérios nela indicados, o que o 1027

MUTUÁRIO aceita, e a que acrescem os inerentes impostos e encargos legais. 1028

5. Durante a vigência do contrato e após comunicação escrita ao 1029

MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA poderá substituir o indexante se no sistema 1030

bancário passar a ser usado outro com características e metodologia 1031

objectivas, associado a uma variável financeira adequada ao tipo de crédito e 1032

que reflicta as condições de mercado, bem como poderá alterar o spread ou 1033

margem ou outro factor que influa na determinação da taxa de juro ou nos 1034

custos do crédito, e outras condições do crédito, como previsto na lei e neste 1035

contrato, fazendo-o em termos razoáveis, atentas as boas práticas bancárias e 1036

observando os princípios da objectividade, transparência, confiança, 1037

proporcionalidade e adequação, com base em razão atendível, por sobrevirem 1038

ou serem motivados por variações de mercado e factos objectivos e relevantes, 1039

externos ou alheios à CAIXA AGRÍCOLA, ou fora do seu controlo directo, 1040

designadamente a alteração especial das condições de mercado, o aumento 1041

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de taxas e custos do crédito, ou do refinanciamento no sistema bancário 1042

nacional e internacional. Com a comunicação dessas alterações ao 1043

MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA indicará a data de início da sua aplicação e 1044

o prazo razoável para ele optar pela sua aceitação, expressa ou tácita, ou pela 1045

resolução do contrato através de escrito devidamente assinado, caso em que, 1046

nesse mesmo prazo, o MUTUÁRIO fica obrigado a reembolsar as quantias 1047

mutuadas e a pagar os juros e encargos emergentes do contrato. ------------------ 1048

6. A falta ou demora da CAIXA AGRÍCOLA na cobrança de créditos e na 1049

efectivação de débitos na Conta D.O., ou no exercício de algum direito ou 1050

faculdade, não representa a concessão de moratória, nem significa renúncia ou 1051

perda de qualquer prazo ou direito e à percepção dos créditos e quantias que 1052

lhe sejam devidas. --------------------------------------------------------------------------------- 1053

7. O MUTUÁRIO obriga-se especialmente ao seguinte: ---------------------------- 1054

a) A fornecer prontamente à CAIXA AGRÍCOLA sempre que ela solicite, os 1055

documentos e informações relativos aos requisitos e condições previstos na 1056

Cláusula Primeira, bem como os relacionados com a aplicação das quantias 1057

mutuadas e com a disponibilidade e aplicação das verbas e valores a que se 1058

reporta a Cláusula Oitava. ----------------------------------------------------------------------- 1059

b) A processar e movimentar verbas das suas receitas na referida sua Conta 1060

D.O. 1061

c) A dar imediato conhecimento à CAIXA AGRÍCOLA de todo e qualquer 1062

acto ou diligência administrativa, judicial ou extrajudicial de que seja citado ou 1063

interpelado, ou de outro facto que de alguma forma possa afectar ou pôr em 1064

risco as garantias e o cumprimento das suas obrigações contratuais. -------------- 1065

8. Ficam autorizadas e aceites, sem necessidade de outro consentimento ou 1066

comunicação, a cessão da posição contratual e a cessão de créditos, total ou 1067

parcial, que a CAIXA AGRÍCOLA pretenda fazer e nas condições que entender. 1068

CLÁUSULA SÉTIMA (Incumprimento e exigibilidade) --------------------------------- 1069

1. O não cumprimento pontual de quaisquer obrigações do MUTUÁRIO para 1070

com a CAIXA AGRÍCOLA, ainda que decorrentes de outros actos e títulos, 1071

produz o vencimento antecipado e a exigibilidade imediata de todas as demais 1072

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obrigações, sem embargo de outros direitos conferidos por lei ou contrato, e 1073

especialmente nos casos seguintes: --------------------------------------------------------- 1074

a) Se não for paga alguma das prestações de capital ou de juros, no 1075

respectivo prazo, ou os juros moratórios e os encargos, ou outras quantias 1076

devidas, nas datas estabelecidas ou que forem indicadas pela CAIXA 1077

AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1078

b) Se não forem respeitadas as disposições relativas às garantias e à 1079

consignação das verbas referidas na Cláusula Oitava, ou se sobre elas recair 1080

alguma oposição, apreensão ou outra providência judicial, administrativa ou 1081

extrajudicial; ou se sobrevier facto que afecte o seu valor, integralidade e livre 1082

disponibilidade. ------------------------------------------------------------------------------------- 1083

c) Se as quantias mutuadas forem usadas em fim diferente do contratado; e 1084

se não forem entregues os documentos ou não forem prestadas as 1085

informações que o devam ser à CAIXA AGRÍCOLA, ou neles/as haja falsidade, 1086

defeito ou omissão. -------------------------------------------------------------------------------- 1087

2. Em caso de incumprimento e nos acima referidos, a CAIXA AGRÍCOLA 1088

fica autorizada a movimentar e debitar a referida Conta D.O. e outras contas de 1089

qualquer natureza nela tituladas em nome do MUTUÁRIO ou da respectiva 1090

Câmara Municipal, para obter o pagamento das obrigações emergentes deste 1091

contrato e de qualquer obrigação, inclusive de descoberto em conta bancária, 1092

podendo proceder à compensação com quaisquer saldos credores, 1093

independentemente da verificação dos pressupostos da compensação legal. --- 1094

CLÁUSULA OITAVA (Garantia: consignação de receitas) ---------------------------- 1095

1. Para garantia do bom, pontual e integral pagamento de todas as 1096

obrigações e responsabilidades do MUTUÁRIO decorrentes deste contrato, 1097

quer de capital e juros, à taxa e sobretaxa contratadas, incluindo de mora, quer 1098

das despesas judiciais e extrajudiciais que a CAIXA AGRÍCOLA faça, o 1099

MUNICÍPIO procede à consignação das suas receitas, incluindo as verbas ou 1100

transferências da sua participação no IRS, as verbas correspondentes ao 1101

Fundo de Regularização Municipal, ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, ao 1102

Fundo Geral e de Coesão Municipal e de outros apoios a que tenha direito, 1103

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inclusive ao abrigo de Quadros Comunitários de Apoio, e com observância do 1104

disposto na Lei das Finanças Locais. -------------------------------------------------------- 1105

2. A CAIXA AGRÍCOLA fica autorizada a receber directamente do Estado as 1106

receitas ou verbas destinadas ao MUNICÍPIO e que nos termos deste contrato 1107

se destinam a ser consignadas, até ao limite das importâncias devidas, em 1108

cada momento, e afectadas ao pagamento dessas obrigações. --------------------- 1109

3. O MUNICÍPIO obriga-se a disponibilizar as importâncias necessárias, nos 1110

termos dos números anteriores, e a processar o seu depósito ou crédito na 1111

sobredita sua Conta D.O., ou noutra que a CAIXA AGRÍCOLA indicar, bem 1112

como dará instruções às entidades pagadoras para efectuarem as 1113

transferências para essa Conta e prestará as informações que a CAIXA 1114

AGRÍCOLA lhe solicitar, a qual fica autorizada a cativar e consignar em conta 1115

as quantias e valores necessários, para assegurar e efectivar o pagamento do 1116

que lhe seja devido, nos termos deste contrato. ------------------------------------------ 1117

CLÁUSULA NONA (Tramitação de Dados) ----------------------------------------------- 1118

Os dados deste contrato e da Conta DO referida na cláusula terceira, dos 1119

respectivos intervenientes, ou com eles relacionados, podem ser processados 1120

informaticamente e usados pela CAIXA AGRÍCOLA, que também poderá 1121

recolher informação adicional e facultar esses elementos às autoridades e 1122

entidades judiciais, administrativas e de supervisão bancária e financeira, bem 1123

como a entidade à qual seja cedido o crédito, com salvaguarda da confidência 1124

e das regras legais. -------------------------------------------------------------------------------- 1125

CLÁUSULA DÉCIMA (Foro e Comunicações) ------------------------------------------- 1126

1. Para solucionar questões relacionadas com este contrato fica designado 1127

como competente, no que por lei for disponível, o foro da Comarca da CAIXA 1128

AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1129

2. As comunicações entre as partes devem ser efectuadas por escrito, por 1130

carta ou por telecópia, dirigidas para os seus endereços mencionados neste 1131

contrato. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 1132

Gouveia, quarta-feira, 10 de Outubro de 2012. -------------------------------------------- 1133

Isento de Imposto de Selo nos termos do artº 6º do Código do Imposto de Selo. 1134

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A CAIXA AGRÍCOLA 1135

Pelo MUTUÁRIO, o Presidente da Câmara do Município de Gouveia” 1136

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 1137

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 1138

a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1139

- - - - 5.8) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 1140

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO A CELEBRAR COM A CAIXA DE CRÉDITO 1141

AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, NO MONTANTE DE 1142

84.919,00 EUROS DESTINADO À OBRA DE “MELHORIA DAS 1143

ACESSIBILIDADES INTRA-CONCELHIAS”:- Deliberou a Câmara, por 1144

maioria, com três abstenções por parte dos Senhores Vereadores eleitos pelo 1145

Partido Socialista, Armando José dos Santos Almeida, José Manuel Correia 1146

Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço e com três votos a favor por parte do 1147

Senhor Presidente, Álvaro dos Santos Amaro e dos Senhores Vereadores 1148

eleitos pelo Partido Social Democrata, Joaquim Lourenço de Sousa e Laura 1149

Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, proceder à aprovação das Cláusulas 1150

Contratuais relativo ao Contrato de Empréstimo a celebrar com a Caixa de 1151

Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, CRL, no montante de 84.919,00 1152

Euros (oitenta e quatro mil, novecentos e dezanove euros) destinado à 1153

empreitada de “Melhoria das Acessibilidades Intra-Concelhias” e que a 1154

seguir se transcrevem: 1155

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 1156

Entre a: ----------------------------------------------------------------------------------------------- 1157

--CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, 1158

com sede em Seia, no Largo Marques da Silva, N.I.P.C. 501 216 022, 1159

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Seia, sob o atrás 1160

referido número, com o capital social realizado de € 17.044.550,00 (variável), 1161

adiante designada abreviadamente por CAIXA AGRÍCOLA. ------------------------- 1162

E o: --------------------------------------------------------------------------------------------------- 1163

MUNICÍPIO DE GOUVEIA, autarquia local, NIPC 506 510 476, com sede na 1164

Av. 25 de Abril, em 6290-554 Gouveia, representado pelo Senhor Presidente 1165

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da Câmara Municipal, Sr. Álvaro dos Santos Amaro (Dr.), com poderes para 1166

este acto nos termos das deliberações camarárias certificadas em anexo: acta 1167

da sessão ordinária da Câmara de 24/09/2012 e acta da Assembleia Municipal 1168

de 27/09/2012; adiante designado por MUNICÍPIO ou MUTUÁRIO. ---------------- 1169

* É celebrado o presente contrato de empréstimo, que se rege pelas cláusulas 1170

seguintes: -------------------------------------------------------------------------------------------- 1171

CLÁUSULA PRIMEIRA (Pressupostos contratuais) ------------------------------------ 1172

6. O presente contrato regula os termos e condições do empréstimo de 1173

longo prazo no montante de OITENTA E QUATRO MIL NOVECENTOS E 1174

DEZANOVE EUROS [€ 84.919,00] que a CAIXA AGRÍCOLA concede ao 1175

MUNICÍPIO MUTUÁRIO, com a finalidade e os pressupostos previstos nos 1176

números seguintes e com as condições, obrigações, direitos e garantias 1177

previstos nas cláusulas subsequentes. ------------------------------------------------------ 1178

7. O empréstimo destina-se a dotar a autarquia de meios financeiros 1179

necessários para fazer face ás despesas provenientes da componente nacional 1180

de obras, consignadas no Plano Plurianual de Investimento para 2012, 1181

designadamente para a seguinte obra: Melhoria das Acessibilidades Intra-1182

Concelhias. ----------------------------------------------------------------------------------------- 1183

8. O MUNICÍPIO DE GOUVEIA declara que: (i) a contratação deste 1184

empréstimo se enquadra nos termos dos artigos 38º e 39º da Lei das Finanças 1185

Locais (Lei nº 2/2007, de 15.01), (ii) o empréstimo tem previsão orçamental e 1186

não tem qualquer relação com outro acto ou contrato de crédito ou outras 1187

obrigações que o MUNICÍPIO tenha assumido e cujo valor deva ser 1188

considerado e englobado, e (iii) a contratação dele foi aprovada por deliberação 1189

da sua Assembleia Municipal de 27/09/2012 e conforme deliberação da sua 1190

Câmara Municipal de 24/09/2012. ------------------------------------------------------------- 1191

9. Este contrato e o empréstimo, incluindo a efectiva concessão e tomada de 1192

fundos, pressupõem e ficam subordinados à verificação cumulativa e à 1193

confirmação dos requisitos e condições legais aplicáveis e aos previstos nos 1194

números anteriores, bem como à obtenção do visto prévio favorável do Tribunal 1195

de Contas e à sua comunicação pelo MUNICÍPIO à CAIXA AGRÍCOLA.---------- 1196

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10. Independentemente do momento da verificação de qualquer das 1197

condições e requisitos previstos no número anterior, ou doutra condição 1198

contratual, seja de alguma deliberação, autorização, ou visto prévio, seja de 1199

qualquer outro acto, a disponibilidade do empréstimo e a possibilidade de o 1200

MUTUÁRIO solicitar fundos ou deles dispor, ao abrigo deste contrato, finda 1201

decorridos trinta e seis [36] meses a contar da data deste contrato. ---------------- 1202

CLÁUSULA SEGUNDA (Crédito, Utilização e Confissão de dívida) --------------- 1203

5. A CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO um 1204

empréstimo de OITENTA E QUATRO MIL NOVECENTOS E DEZANOVE 1205

EUROS [€ 84.919,00] cujos fundos serão disponibilizados nos termos dos 1206

números seguintes. -------------------------------------------------------------------------------- 1207

6. O capital do empréstimo será disponibilizado por tranches, durante o 1208

período de utilização de trinta e seis [36] meses, a contar da data deste 1209

contrato e após solicitação escrita do MUTUÁRIO, sendo que a primeira 1210

utilização terá de ser pedida no prazo de trinta dias a contar da data do visto 1211

prévio favorável do Tribunal de Contas previsto no número quatro da cláusula 1212

primeira, mas dentro do prazo previsto no seu número cinco, e desde que 1213

verificados os demais requisitos previstos nessa cláusula. ---------------------------- 1214

7. O crédito dos capitais será feito na Conta D.O. do MUTUÁRIO identificada 1215

na Cláusula Terceira, após solicitação escrita da Câmara Municipal do 1216

MUTUÁRIO, dirigida à CAIXA AGRÍCOLA, com dois [2] dias de antecedência e 1217

a indicação do montante e da data para esse crédito, a qual não pode 1218

ultrapassar o prazo de dez dias seguintes à data do respectivo pedido, sendo 1219

que a não observância dessa condição é motivo para a recusa da concessão 1220

ou disponibilização dos fundos do crédito. -------------------------------------------------- 1221

8. O MUTUÁRIO confessa-se devedor das/s quantia/s mutuada/s, através 1222

do respectivo crédito na sua referida Conta D.O.; e obriga-se a pagá-la/s com 1223

os respectivos juros e despesas de processamento do crédito. ---------------------- 1224

CLÁUSULA TERCEIRA (Processamento) ------------------------------------------------ 1225

4. As quantias mutuadas e as obrigações relativas ao empréstimo são 1226

processadas em conta interna constituída pela CAIXA AGRÍCOLA, com a 1227

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numeração que o sistema automático atribuir e que poderá ser alterada, que 1228

funcionará por contrapartida da conta de depósitos à ordem com o NIB 0045 1229

4061 40103016828 84, designada por “Conta D.O.”, titulada em nome do 1230

MUNICÍPIO MUTUÁRIO, na CAIXA AGRÍCOLA. ----------------------------------------- 1231

5. O crédito do capital mutuado e os débitos das obrigações de pagamento 1232

emergentes deste contrato serão processados e efectuados na referida Conta 1233

D.O., que o MUTUÁRIO se obriga a ter suficientemente provisionada, nas 1234

datas de vencimento das suas obrigações, e que autoriza a CAIXA AGRÍCOLA 1235

a movimentar e debitar, para efectivar quaisquer pagamentos. ---------------------- 1236

6. Os extractos das referidas contas e as notas de lançamento emitidas pela 1237

CAIXA AGRÍCOLA e relacionadas com o empréstimo constituem documentos 1238

bastantes para prova da dívida do MUTUÁRIO e dos registos e movimentação 1239

dessas contas. -------------------------------------------------------------------------------------- 1240

CLÁUSULA QUARTA (Prazo e Reembolso de capital) ------------------------------- 1241

3. O prazo contratual é de quinze [15] anos, a contar deste contrato, nele 1242

se incluindo o prazo previsto no número cinco da cláusula primeira e também o 1243

período de carência de capital de trinta e seis [36] meses a contar da data 1244

deste contrato. -------------------------------------------------------------------------------------- 1245

4. O empréstimo será reembolsado em prestações semestrais, sucessivas e 1246

constantes, de capital e juros, vencendo-se a primeira seis [6] meses, após o 1247

decurso do período de carência de capital, e cada uma das demais no 1248

correspondente dia de cada semestre subsequente. ------------------------------------ 1249

CLÁUSULA QUINTA (Juros) ------------------------------------------------------------------ 1250

7. A quantia mutuada vence juros, postecipados e contados dia a dia, à taxa 1251

de juro anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações 1252

diárias da taxa EURIBOR a seis [6] meses (base 30/360) durante o mês de 1253

calendário anterior a cada período semestral, e arredondada à milésima de 1254

ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a 1255

cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida do ‘spread’ ou margem 1256

de [6,000%] seis pontos percentuais, o que se traduz na taxa de juro nominal 1257

actual de [6,484%] seis vírgula quatrocentos e oitenta e quatro por cento. ------- 1258

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8. A taxa anual efectiva (TAE) deste contrato, calculada nos termos do Dec.- 1259

Lei nº 220/94, de 23.08, é de [6,589%] seis vírgula quinhentos e oitenta e nove 1260

por cento. --------------------------------------------------------------------------------------------- 1261

9. Os juros vencem-se e serão pagos em prestações semestrais, a contar da 1262

data deste contrato, fazendo-se na primeira prestação ao acerto que seja 1263

necessário do período de contagem dos juros. -------------------------------------------- 1264

10. Durante o período de carência de capital, são devidos os juros contados e 1265

exigíveis nos termos do número anterior. Após o período de carência, os juros 1266

serão contados e pagos em prestações constantes de capital e juros e com a 1267

mesma periodicidade. ---------------------------------------------------------------------------- 1268

11. Em caso de mora no pagamento de qualquer obrigação ou quantia são 1269

devidos, à CAIXA AGRÍCOLA, juros moratórios a uma taxa equivalente à taxa 1270

nominal aplicável acrescida de quatro pontos percentuais, a título de mora e 1271

cláusula penal, que se vencem e são exigíveis diariamente e sem dependência 1272

de interpelação. ------------------------------------------------------------------------------------ 1273

12. A CAIXA AGRÍCOLA pode capitalizar juros remuneratórios de prazo não 1274

inferior a três meses e juros moratórios de prazo não inferior a um ano, 1275

adicionando-os ao capital, para seguirem o regime deste (cf. DL 344/77, DL 1276

204/87, DL 344/77 e DL 83/86). ---------------------------------------------------------------- 1277

CLÁUSULA SEXTA (Condições gerais) --------------------------------------------------- 1278

9. As prestações de capital e de juros e as demais obrigações contratuais 1279

são exigíveis e devem ser pagas pelo MUTUÁRIO nas datas dos seus 1280

vencimentos, independentemente de qualquer aviso ou interpelação. ------------- 1281

10. Os pagamentos serão imputados pela ordem seguinte: a despesas, a 1282

juros, começando pelos de mora, e depois, a capital. ----------------------------------- 1283

11. A taxa de juro nominal aplicável em cada período de contagem será 1284

adequada em função das variações do indexante previsto para a sua 1285

determinação e a respectiva periodicidade, aplicando-se automática e 1286

independentemente da comunicação que a esse respeito a CAIXA AGRÍCOLA 1287

fará ao MUTUÁRIO, tomando em consideração que a taxa de referência 1288

aplicável e as suas modificações são publicadas pelos meios adequados e se 1289

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encontram publicitadas e acessíveis nas instalações ao público nos balcões da 1290

CAIXA AGRÍCOLA. ---------------------------------------------------------------------------------- 1291

12. No empréstimo e relativamente aos actos processados no seu âmbito e 1292

previstos na Tabela de Preçário da CAIXA AGRÍCOLA, que em cada momento 1293

estiver em vigor e divulgada aos seus balcões, incidem as respectivas 1294

comissões e encargos, com os valores e critérios nela indicados, o que o 1295

MUTUÁRIO aceita, e a que acrescem os inerentes impostos e encargos legais. 1296

13. Durante a vigência do contrato e após comunicação escrita ao 1297

MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA poderá substituir o indexante se no sistema 1298

bancário passar a ser usado outro com características e metodologia 1299

objectivas, associado a uma variável financeira adequada ao tipo de crédito e 1300

que reflicta as condições de mercado, bem como poderá alterar o spread ou 1301

margem ou outro factor que influa na determinação da taxa de juro ou nos 1302

custos do crédito, e outras condições do crédito, como previsto na lei e neste 1303

contrato, fazendo-o em termos razoáveis, atentas as boas práticas bancárias e 1304

observando os princípios da objectividade, transparência, confiança, 1305

proporcionalidade e adequação, com base em razão atendível, por sobrevirem 1306

ou serem motivados por variações de mercado e factos objectivos e relevantes, 1307

externos ou alheios à CAIXA AGRÍCOLA, ou fora do seu controlo directo, 1308

designadamente a alteração especial das condições de mercado, o aumento 1309

de taxas e custos do crédito, ou do refinanciamento no sistema bancário 1310

nacional e internacional. Com a comunicação dessas alterações ao 1311

MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA indicará a data de início da sua aplicação e 1312

o prazo razoável para ele optar pela sua aceitação, expressa ou tácita, ou pela 1313

resolução do contrato através de escrito devidamente assinado, caso em que, 1314

nesse mesmo prazo, o MUTUÁRIO fica obrigado a reembolsar as quantias 1315

mutuadas e a pagar os juros e encargos emergentes do contrato. ------------------ 1316

14. A falta ou demora da CAIXA AGRÍCOLA na cobrança de créditos e na 1317

efectivação de débitos na Conta D.O., ou no exercício de algum direito ou 1318

faculdade, não representa a concessão de moratória, nem significa renúncia ou 1319

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perda de qualquer prazo ou direito e à percepção dos créditos e quantias que 1320

lhe sejam devidas. --------------------------------------------------------------------------------- 1321

15. O MUTUÁRIO obriga-se especialmente ao seguinte: ---------------------------- 1322

d) A fornecer prontamente à CAIXA AGRÍCOLA sempre que ela solicite, os 1323

documentos e informações relativos aos requisitos e condições previstos na 1324

Cláusula Primeira, bem como os relacionados com a aplicação das quantias 1325

mutuadas e com a disponibilidade e aplicação das verbas e valores a que se 1326

reporta a Cláusula Oitava. ----------------------------------------------------------------------- 1327

e) A processar e movimentar verbas das suas receitas na referida sua Conta 1328

D.O. 1329

f) A dar imediato conhecimento à CAIXA AGRÍCOLA de todo e qualquer 1330

acto ou diligência administrativa, judicial ou extrajudicial de que seja citado ou 1331

interpelado, ou de outro facto que de alguma forma possa afectar ou pôr em 1332

risco as garantias e o cumprimento das suas obrigações contratuais. -------------- 1333

16. Ficam autorizadas e aceites, sem necessidade de outro consentimento ou 1334

comunicação, a cessão da posição contratual e a cessão de créditos, total ou 1335

parcial, que a CAIXA AGRÍCOLA pretenda fazer e nas condições que entender. 1336

CLÁUSULA SÉTIMA (Incumprimento e exigibilidade) --------------------------------- 1337

3. O não cumprimento pontual de quaisquer obrigações do MUTUÁRIO para 1338

com a CAIXA AGRÍCOLA, ainda que decorrentes de outros actos e títulos, 1339

produz o vencimento antecipado e a exigibilidade imediata de todas as demais 1340

obrigações, sem embargo de outros direitos conferidos por lei ou contrato, e 1341

especialmente nos casos seguintes: --------------------------------------------------------- 1342

d) Se não for paga alguma das prestações de capital ou de juros, no 1343

respectivo prazo, ou os juros moratórios e os encargos, ou outras quantias 1344

devidas, nas datas estabelecidas ou que forem indicadas pela CAIXA 1345

AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1346

e) Se não forem respeitadas as disposições relativas às garantias e à 1347

consignação das verbas referidas na Cláusula Oitava, ou se sobre elas recair 1348

alguma oposição, apreensão ou outra providência judicial, administrativa ou 1349

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extrajudicial; ou se sobrevier facto que afecte o seu valor, integralidade e livre 1350

disponibilidade. ------------------------------------------------------------------------------------- 1351

f) Se as quantias mutuadas forem usadas em fim diferente do contratado; e 1352

se não forem entregues os documentos ou não forem prestadas as 1353

informações que o devam ser à CAIXA AGRÍCOLA, ou neles/as haja falsidade, 1354

defeito ou omissão. -------------------------------------------------------------------------------- 1355

4. Em caso de incumprimento e nos acima referidos, a CAIXA AGRÍCOLA 1356

fica autorizada a movimentar e debitar a referida Conta D.O. e outras contas de 1357

qualquer natureza nela tituladas em nome do MUTUÁRIO ou da respectiva 1358

Câmara Municipal, para obter o pagamento das obrigações emergentes deste 1359

contrato e de qualquer obrigação, inclusive de descoberto em conta bancária, 1360

podendo proceder à compensação com quaisquer saldos credores, 1361

independentemente da verificação dos pressupostos da compensação legal. --- 1362

CLÁUSULA OITAVA (Garantia: consignação de receitas) ---------------------------- 1363

4. Para garantia do bom, pontual e integral pagamento de todas as 1364

obrigações e responsabilidades do MUTUÁRIO decorrentes deste contrato, 1365

quer de capital e juros, à taxa e sobretaxa contratadas, incluindo de mora, quer 1366

das despesas judiciais e extrajudiciais que a CAIXA AGRÍCOLA faça, o 1367

MUNICÍPIO procede à consignação das suas receitas, incluindo as verbas ou 1368

transferências da sua participação no IRS, as verbas correspondentes ao 1369

Fundo de Regularização Municipal, ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, ao 1370

Fundo Geral e de Coesão Municipal e de outros apoios a que tenha direito, 1371

inclusive ao abrigo de Quadros Comunitários de Apoio, e com observância do 1372

disposto na Lei das Finanças Locais. -------------------------------------------------------- 1373

5. A CAIXA AGRÍCOLA fica autorizada a receber directamente do Estado as 1374

receitas ou verbas destinadas ao MUNICÍPIO e que nos termos deste contrato 1375

se destinam a ser consignadas, até ao limite das importâncias devidas, em 1376

cada momento, e afectadas ao pagamento dessas obrigações. --------------------- 1377

6. O MUNICÍPIO obriga-se a disponibilizar as importâncias necessárias, nos 1378

termos dos números anteriores, e a processar o seu depósito ou crédito na 1379

sobredita sua Conta D.O., ou noutra que a CAIXA AGRÍCOLA indicar, bem 1380

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como dará instruções às entidades pagadoras para efectuarem as 1381

transferências para essa Conta e prestará as informações que a CAIXA 1382

AGRÍCOLA lhe solicitar, a qual fica autorizada a cativar e consignar em conta 1383

as quantias e valores necessários, para assegurar e efectivar o pagamento do 1384

que lhe seja devido, nos termos deste contrato. ------------------------------------------ 1385

CLÁUSULA NONA (Tramitação de Dados) ----------------------------------------------- 1386

Os dados deste contrato e da Conta DO referida na cláusula terceira, dos 1387

respectivos intervenientes, ou com eles relacionados, podem ser processados 1388

informaticamente e usados pela CAIXA AGRÍCOLA, que também poderá 1389

recolher informação adicional e facultar esses elementos às autoridades e 1390

entidades judiciais, administrativas e de supervisão bancária e financeira, bem 1391

como a entidade à qual seja cedido o crédito, com salvaguarda da confidência 1392

e das regras legais. -------------------------------------------------------------------------------- 1393

CLÁUSULA DÉCIMA (Foro e Comunicações) ------------------------------------------- 1394

3. Para solucionar questões relacionadas com este contrato fica designado 1395

como competente, no que por lei for disponível, o foro da Comarca da CAIXA 1396

AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1397

4. As comunicações entre as partes devem ser efectuadas por escrito, por 1398

carta ou por telecópia, dirigidas para os seus endereços mencionados neste 1399

contrato. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 1400

Gouveia, quarta-feira, 10 de Outubro de 2012. -------------------------------------------- 1401

Isento de Imposto de Selo nos termos do artº 6º do Código do Imposto de Selo. 1402

A CAIXA AGRÍCOLA 1403

Pelo MUTUÁRIO, o Presidente da Câmara do Município de Gouveia” 1404

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 1405

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 1406

a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1407

- - - - 5.9) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 1408

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO A CELEBRAR COM A CAIXA DE CRÉDITO 1409

AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, NO MONTANTE DE 1410

118.000,00 EUROS DESTINADO À OBRA DE “CAMINHO NATURAL - 1411

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GOUVEIA (CURRAL DO NEGRO), FOLGOSINHO (COVÃO DA PONTE), 1412

LIMITE DO CONCELHO”:- Deliberou a Câmara, por maioria, com três 1413

abstenções por parte dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, 1414

Armando José dos Santos Almeida, José Manuel Correia Santos Mota e Glória 1415

Cardoso Lourenço e com três votos a favor por parte do Senhor Presidente, 1416

Álvaro dos Santos Amaro e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido 1417

Social Democrata, Joaquim Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha 1418

Oliveira Pinto da Costa, proceder à aprovação das Cláusulas Contratuais 1419

relativo ao Contrato de Empréstimo a celebrar com a Caixa de Crédito Agrícola 1420

Mútuo da Serra da Estrela, CRL, no montante de 118.000,00 Euros (cento e 1421

dezoito mil euros) destinado à empreitada de “Caminho Natural - Gouveia 1422

(Curral do Negro) – Folgosinho - Covão da Ponte, Limite do Concelho” e 1423

que a seguir se transcrevem: 1424

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 1425

Entre a: ----------------------------------------------------------------------------------------------- 1426

--CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, 1427

com sede em Seia, no Largo Marques da Silva, N.I.P.C. 501 216 022, 1428

matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Seia, sob o atrás 1429

referido número, com o capital social realizado de € 17.044.550,00 (variável), 1430

adiante designada abreviadamente por CAIXA AGRÍCOLA. ------------------------- 1431

E o: --------------------------------------------------------------------------------------------------- 1432

MUNICÍPIO DE GOUVEIA, autarquia local, NIPC 506 510 476, com sede na 1433

Av. 25 de Abril, em 6290-554 Gouveia, representado pelo Senhor Presidente 1434

da Câmara Municipal, Sr. Álvaro dos Santos Amaro (Dr.), com poderes para 1435

este acto nos termos das deliberações camarárias certificadas em anexo: acta 1436

da sessão ordinária da Câmara de 24/09/2012 e acta da Assembleia Municipal 1437

de 27/09/2012; adiante designado por MUNICÍPIO ou MUTUÁRIO. ---------------- 1438

* É celebrado o presente contrato de empréstimo, que se rege pelas cláusulas 1439

seguintes: -------------------------------------------------------------------------------------------- 1440

CLÁUSULA PRIMEIRA (Pressupostos contratuais) ------------------------------------ 1441

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11. O presente contrato regula os termos e condições do empréstimo de 1442

longo prazo no montante de CENTO E DEZOITO MIL EUROS [€ 118.000,00] 1443

que a CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO, com a 1444

finalidade e os pressupostos previstos nos números seguintes e com as 1445

condições, obrigações, direitos e garantias previstos nas cláusulas 1446

subsequentes. -------------------------------------------------------------------------------------- 1447

12. O empréstimo destina-se a dotar a autarquia de meios financeiros 1448

necessários para fazer face ás despesas provenientes da componente nacional 1449

de obras, consignadas no Plano Plurianual de Investimento para 2012, 1450

designadamente para a seguinte obra: Caminho Natural - Gouveia (Curral do 1451

Negro) – Folgosinho - Covão da Ponte, Limite do Concelho. -------------------- 1452

13. O MUNICÍPIO DE GOUVEIA declara que: (i) a contratação deste 1453

empréstimo se enquadra nos termos dos artigos 38º e 39º da Lei das Finanças 1454

Locais (Lei nº 2/2007, de 15.01), (ii) o empréstimo tem previsão orçamental e 1455

não tem qualquer relação com outro acto ou contrato de crédito ou outras 1456

obrigações que o MUNICÍPIO tenha assumido e cujo valor deva ser 1457

considerado e englobado, e (iii) a contratação dele foi aprovada por deliberação 1458

da sua Assembleia Municipal de 27/09/2012 e conforme deliberação da sua 1459

Câmara Municipal de 24/09/2012. ------------------------------------------------------------- 1460

14. Este contrato e o empréstimo, incluindo a efectiva concessão e tomada de 1461

fundos, pressupõem e ficam subordinados à verificação cumulativa e à 1462

confirmação dos requisitos e condições legais aplicáveis e aos previstos nos 1463

números anteriores, bem como à obtenção do visto prévio favorável do Tribunal 1464

de Contas e à sua comunicação pelo MUNICÍPIO à CAIXA AGRÍCOLA.---------- 1465

15. Independentemente do momento da verificação de qualquer das 1466

condições e requisitos previstos no número anterior, ou doutra condição 1467

contratual, seja de alguma deliberação, autorização, ou visto prévio, seja de 1468

qualquer outro acto, a disponibilidade do empréstimo e a possibilidade de o 1469

MUTUÁRIO solicitar fundos ou deles dispor, ao abrigo deste contrato, finda 1470

decorridos trinta e seis [36] meses a contar da data deste contrato. ---------------- 1471

CLÁUSULA SEGUNDA (Crédito, Utilização e Confissão de dívida) --------------- 1472

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9. A CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO um 1473

empréstimo de CENTO E DEZOITO MIL EUROS [€ 118.000,00] cujos fundos 1474

serão disponibilizados nos termos dos números seguintes. --------------------------- 1475

10. O capital do empréstimo será disponibilizado por tranches, durante o 1476

período de utilização de trinta e seis [36] meses, a contar da data deste 1477

contrato e após solicitação escrita do MUTUÁRIO, sendo que a primeira 1478

utilização terá de ser pedida no prazo de trinta dias a contar da data do visto 1479

prévio favorável do Tribunal de Contas previsto no número quatro da cláusula 1480

primeira, mas dentro do prazo previsto no seu número cinco, e desde que 1481

verificados os demais requisitos previstos nessa cláusula. ---------------------------- 1482

11. O crédito dos capitais será feito na Conta D.O. do MUTUÁRIO identificada 1483

na Cláusula Terceira, após solicitação escrita da Câmara Municipal do 1484

MUTUÁRIO, dirigida à CAIXA AGRÍCOLA, com dois [2] dias de antecedência e 1485

a indicação do montante e da data para esse crédito, a qual não pode 1486

ultrapassar o prazo de dez dias seguintes à data do respectivo pedido, sendo 1487

que a não observância dessa condição é motivo para a recusa da concessão 1488

ou disponibilização dos fundos do crédito. -------------------------------------------------- 1489

12. O MUTUÁRIO confessa-se devedor das/s quantia/s mutuada/s, através 1490

do respectivo crédito na sua referida Conta D.O.; e obriga-se a pagá-la/s com 1491

os respectivos juros e despesas de processamento do crédito. ---------------------- 1492

CLÁUSULA TERCEIRA (Processamento) ------------------------------------------------ 1493

7. As quantias mutuadas e as obrigações relativas ao empréstimo são 1494

processadas em conta interna constituída pela CAIXA AGRÍCOLA, com a 1495

numeração que o sistema automático atribuir e que poderá ser alterada, que 1496

funcionará por contrapartida da conta de depósitos à ordem com o NIB 0045 1497

4061 40103016828 84, designada por “Conta D.O.”, titulada em nome do 1498

MUNICÍPIO MUTUÁRIO, na CAIXA AGRÍCOLA. ----------------------------------------- 1499

8. O crédito do capital mutuado e os débitos das obrigações de pagamento 1500

emergentes deste contrato serão processados e efectuados na referida Conta 1501

D.O., que o MUTUÁRIO se obriga a ter suficientemente provisionada, nas 1502

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datas de vencimento das suas obrigações, e que autoriza a CAIXA AGRÍCOLA 1503

a movimentar e debitar, para efectivar quaisquer pagamentos. ---------------------- 1504

9. Os extractos das referidas contas e as notas de lançamento emitidas pela 1505

CAIXA AGRÍCOLA e relacionadas com o empréstimo constituem documentos 1506

bastantes para prova da dívida do MUTUÁRIO e dos registos e movimentação 1507

dessas contas. -------------------------------------------------------------------------------------- 1508

CLÁUSULA QUARTA (Prazo e Reembolso de capital) ------------------------------- 1509

5. O prazo contratual é de quinze [15] anos, a contar deste contrato, nele 1510

se incluindo o prazo previsto no número cinco da cláusula primeira e também o 1511

período de carência de capital de trinta e seis [36] meses a contar da data 1512

deste contrato. -------------------------------------------------------------------------------------- 1513

6. O empréstimo será reembolsado em prestações semestrais, sucessivas e 1514

constantes, de capital e juros, vencendo-se a primeira seis [6] meses, após o 1515

decurso do período de carência de capital, e cada uma das demais no 1516

correspondente dia de cada semestre subsequente. ------------------------------------ 1517

CLÁUSULA QUINTA (Juros) ------------------------------------------------------------------ 1518

13. A quantia mutuada vence juros, postecipados e contados dia a dia, à taxa 1519

de juro anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações 1520

diárias da taxa EURIBOR a seis [6] meses (base 30/360) durante o mês de 1521

calendário anterior a cada período semestral, e arredondada à milésima de 1522

ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a 1523

cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida do ‘spread’ ou margem 1524

de [6,000%] seis pontos percentuais, o que se traduz na taxa de juro nominal 1525

actual de [6,484%] seis vírgula quatrocentos e oitenta e quatro por cento. ------- 1526

14. A taxa anual efectiva (TAE) deste contrato, calculada nos termos do Dec.- 1527

Lei nº 220/94, de 23.08, é de [6,589%] seis vírgula quinhentos e oitenta e nove 1528

por cento. --------------------------------------------------------------------------------------------- 1529

15. Os juros vencem-se e serão pagos em prestações semestrais, a contar da 1530

data deste contrato, fazendo-se na primeira prestação ao acerto que seja 1531

necessário do período de contagem dos juros. -------------------------------------------- 1532

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16. Durante o período de carência de capital, são devidos os juros contados e 1533

exigíveis nos termos do número anterior. Após o período de carência, os juros 1534

serão contados e pagos em prestações constantes de capital e juros e com a 1535

mesma periodicidade. ---------------------------------------------------------------------------- 1536

17. Em caso de mora no pagamento de qualquer obrigação ou quantia são 1537

devidos, à CAIXA AGRÍCOLA, juros moratórios a uma taxa equivalente à taxa 1538

nominal aplicável acrescida de quatro pontos percentuais, a título de mora e 1539

cláusula penal, que se vencem e são exigíveis diariamente e sem dependência 1540

de interpelação. ------------------------------------------------------------------------------------ 1541

18. A CAIXA AGRÍCOLA pode capitalizar juros remuneratórios de prazo não 1542

inferior a três meses e juros moratórios de prazo não inferior a um ano, 1543

adicionando-os ao capital, para seguirem o regime deste (cf. DL 344/77, DL 1544

204/87, DL 344/77 e DL 83/86). ---------------------------------------------------------------- 1545

CLÁUSULA SEXTA (Condições gerais) --------------------------------------------------- 1546

17. As prestações de capital e de juros e as demais obrigações contratuais 1547

são exigíveis e devem ser pagas pelo MUTUÁRIO nas datas dos seus 1548

vencimentos, independentemente de qualquer aviso ou interpelação. ------------- 1549

18. Os pagamentos serão imputados pela ordem seguinte: a despesas, a 1550

juros, começando pelos de mora, e depois, a capital. ----------------------------------- 1551

19. A taxa de juro nominal aplicável em cada período de contagem será 1552

adequada em função das variações do indexante previsto para a sua 1553

determinação e a respectiva periodicidade, aplicando-se automática e 1554

independentemente da comunicação que a esse respeito a CAIXA AGRÍCOLA 1555

fará ao MUTUÁRIO, tomando em consideração que a taxa de referência 1556

aplicável e as suas modificações são publicadas pelos meios adequados e se 1557

encontram publicitadas e acessíveis nas instalações ao público nos balcões da 1558

CAIXA AGRÍCOLA. ---------------------------------------------------------------------------------- 1559

20. No empréstimo e relativamente aos actos processados no seu âmbito e 1560

previstos na Tabela de Preçário da CAIXA AGRÍCOLA, que em cada momento 1561

estiver em vigor e divulgada aos seus balcões, incidem as respectivas 1562

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comissões e encargos, com os valores e critérios nela indicados, o que o 1563

MUTUÁRIO aceita, e a que acrescem os inerentes impostos e encargos legais. 1564

21. Durante a vigência do contrato e após comunicação escrita ao 1565

MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA poderá substituir o indexante se no sistema 1566

bancário passar a ser usado outro com características e metodologia 1567

objectivas, associado a uma variável financeira adequada ao tipo de crédito e 1568

que reflicta as condições de mercado, bem como poderá alterar o spread ou 1569

margem ou outro factor que influa na determinação da taxa de juro ou nos 1570

custos do crédito, e outras condições do crédito, como previsto na lei e neste 1571

contrato, fazendo-o em termos razoáveis, atentas as boas práticas bancárias e 1572

observando os princípios da objectividade, transparência, confiança, 1573

proporcionalidade e adequação, com base em razão atendível, por sobrevirem 1574

ou serem motivados por variações de mercado e factos objectivos e relevantes, 1575

externos ou alheios à CAIXA AGRÍCOLA, ou fora do seu controlo directo, 1576

designadamente a alteração especial das condições de mercado, o aumento 1577

de taxas e custos do crédito, ou do refinanciamento no sistema bancário 1578

nacional e internacional. Com a comunicação dessas alterações ao 1579

MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA indicará a data de início da sua aplicação e 1580

o prazo razoável para ele optar pela sua aceitação, expressa ou tácita, ou pela 1581

resolução do contrato através de escrito devidamente assinado, caso em que, 1582

nesse mesmo prazo, o MUTUÁRIO fica obrigado a reembolsar as quantias 1583

mutuadas e a pagar os juros e encargos emergentes do contrato. ------------------ 1584

22. A falta ou demora da CAIXA AGRÍCOLA na cobrança de créditos e na 1585

efectivação de débitos na Conta D.O., ou no exercício de algum direito ou 1586

faculdade, não representa a concessão de moratória, nem significa renúncia ou 1587

perda de qualquer prazo ou direito e à percepção dos créditos e quantias que 1588

lhe sejam devidas. --------------------------------------------------------------------------------- 1589

23. O MUTUÁRIO obriga-se especialmente ao seguinte: ---------------------------- 1590

g) A fornecer prontamente à CAIXA AGRÍCOLA sempre que ela solicite, os 1591

documentos e informações relativos aos requisitos e condições previstos na 1592

Cláusula Primeira, bem como os relacionados com a aplicação das quantias 1593

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mutuadas e com a disponibilidade e aplicação das verbas e valores a que se 1594

reporta a Cláusula Oitava. ----------------------------------------------------------------------- 1595

h) A processar e movimentar verbas das suas receitas na referida sua Conta 1596

D.O. 1597

i) A dar imediato conhecimento à CAIXA AGRÍCOLA de todo e qualquer 1598

acto ou diligência administrativa, judicial ou extrajudicial de que seja citado ou 1599

interpelado, ou de outro facto que de alguma forma possa afectar ou pôr em 1600

risco as garantias e o cumprimento das suas obrigações contratuais. -------------- 1601

24. Ficam autorizadas e aceites, sem necessidade de outro consentimento ou 1602

comunicação, a cessão da posição contratual e a cessão de créditos, total ou 1603

parcial, que a CAIXA AGRÍCOLA pretenda fazer e nas condições que entender. 1604

CLÁUSULA SÉTIMA (Incumprimento e exigibilidade) --------------------------------- 1605

5. O não cumprimento pontual de quaisquer obrigações do MUTUÁRIO para 1606

com a CAIXA AGRÍCOLA, ainda que decorrentes de outros actos e títulos, 1607

produz o vencimento antecipado e a exigibilidade imediata de todas as demais 1608

obrigações, sem embargo de outros direitos conferidos por lei ou contrato, e 1609

especialmente nos casos seguintes: --------------------------------------------------------- 1610

g) Se não for paga alguma das prestações de capital ou de juros, no 1611

respectivo prazo, ou os juros moratórios e os encargos, ou outras quantias 1612

devidas, nas datas estabelecidas ou que forem indicadas pela CAIXA 1613

AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1614

h) Se não forem respeitadas as disposições relativas às garantias e à 1615

consignação das verbas referidas na Cláusula Oitava, ou se sobre elas recair 1616

alguma oposição, apreensão ou outra providência judicial, administrativa ou 1617

extrajudicial; ou se sobrevier facto que afecte o seu valor, integralidade e livre 1618

disponibilidade. ------------------------------------------------------------------------------------- 1619

i) Se as quantias mutuadas forem usadas em fim diferente do contratado; e 1620

se não forem entregues os documentos ou não forem prestadas as 1621

informações que o devam ser à CAIXA AGRÍCOLA, ou neles/as haja falsidade, 1622

defeito ou omissão. -------------------------------------------------------------------------------- 1623

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6. Em caso de incumprimento e nos acima referidos, a CAIXA AGRÍCOLA 1624

fica autorizada a movimentar e debitar a referida Conta D.O. e outras contas de 1625

qualquer natureza nela tituladas em nome do MUTUÁRIO ou da respectiva 1626

Câmara Municipal, para obter o pagamento das obrigações emergentes deste 1627

contrato e de qualquer obrigação, inclusive de descoberto em conta bancária, 1628

podendo proceder à compensação com quaisquer saldos credores, 1629

independentemente da verificação dos pressupostos da compensação legal. --- 1630

CLÁUSULA OITAVA (Garantia: consignação de receitas) ---------------------------- 1631

7. Para garantia do bom, pontual e integral pagamento de todas as 1632

obrigações e responsabilidades do MUTUÁRIO decorrentes deste contrato, 1633

quer de capital e juros, à taxa e sobretaxa contratadas, incluindo de mora, quer 1634

das despesas judiciais e extrajudiciais que a CAIXA AGRÍCOLA faça, o 1635

MUNICÍPIO procede à consignação das suas receitas, incluindo as verbas ou 1636

transferências da sua participação no IRS, as verbas correspondentes ao 1637

Fundo de Regularização Municipal, ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, ao 1638

Fundo Geral e de Coesão Municipal e de outros apoios a que tenha direito, 1639

inclusive ao abrigo de Quadros Comunitários de Apoio, e com observância do 1640

disposto na Lei das Finanças Locais. -------------------------------------------------------- 1641

8. A CAIXA AGRÍCOLA fica autorizada a receber directamente do Estado as 1642

receitas ou verbas destinadas ao MUNICÍPIO e que nos termos deste contrato 1643

se destinam a ser consignadas, até ao limite das importâncias devidas, em 1644

cada momento, e afectadas ao pagamento dessas obrigações. --------------------- 1645

9. O MUNICÍPIO obriga-se a disponibilizar as importâncias necessárias, nos 1646

termos dos números anteriores, e a processar o seu depósito ou crédito na 1647

sobredita sua Conta D.O., ou noutra que a CAIXA AGRÍCOLA indicar, bem 1648

como dará instruções às entidades pagadoras para efectuarem as 1649

transferências para essa Conta e prestará as informações que a CAIXA 1650

AGRÍCOLA lhe solicitar, a qual fica autorizada a cativar e consignar em conta 1651

as quantias e valores necessários, para assegurar e efectivar o pagamento do 1652

que lhe seja devido, nos termos deste contrato. ------------------------------------------ 1653

CLÁUSULA NONA (Tramitação de Dados) ----------------------------------------------- 1654

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Os dados deste contrato e da Conta DO referida na cláusula terceira, dos 1655

respectivos intervenientes, ou com eles relacionados, podem ser processados 1656

informaticamente e usados pela CAIXA AGRÍCOLA, que também poderá 1657

recolher informação adicional e facultar esses elementos às autoridades e 1658

entidades judiciais, administrativas e de supervisão bancária e financeira, bem 1659

como a entidade à qual seja cedido o crédito, com salvaguarda da confidência 1660

e das regras legais. -------------------------------------------------------------------------------- 1661

CLÁUSULA DÉCIMA (Foro e Comunicações) ------------------------------------------- 1662

5. Para solucionar questões relacionadas com este contrato fica designado 1663

como competente, no que por lei for disponível, o foro da Comarca da CAIXA 1664

AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1665

6. As comunicações entre as partes devem ser efectuadas por escrito, por 1666

carta ou por telecópia, dirigidas para os seus endereços mencionados neste 1667

contrato. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 1668

Gouveia, quarta-feira, 10 de Outubro de 2012. -------------------------------------------- 1669

Isento de Imposto de Selo nos termos do artº 6º do Código do Imposto de Selo. 1670

A CAIXA AGRÍCOLA 1671

Pelo MUTUÁRIO, o Presidente da Câmara do Município de Gouveia” 1672

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 1673

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 1674

a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1675

6. OBRAS 1676

- - - - 6.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO PEDIDO DE RECEÇÃO DEFINITIVA 1677

E LIBERTAÇÃO DE CAUÇÃO RELATIVAMENTE AO ALVARÁ DE 1678

LOTEAMENTO N.º 9/98, SITO NO LUGAR DE CABEÇO MARIA, LOTEADOR 1679

VITOR MANUEL RODRIGUES QUINTELA:- Acerca deste assunto usou da 1680

palavra o Senhor Vereador José Santos Mota solicitando um pedido de 1681

esclarecimento e que se prende com o facto de não ter entendido muito bem 1682

como é que os Serviços Técnicos de uma proposta inicial de 4.800,00 euros, 1683

se altera para 3.400,00 euros e agora sugerem 1.500,00 euros. Isto significa 1684

portanto que vale a pena protestar ou reclamar. 1685

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Portanto pretendia saber como se justifica esta passagem dos 4.800,00 euros 1686

para os 1.500,00 euros. Há certamente uma justificação que o Senhor 1687

Vereador não compreendeu. 1688

Devidamente autorizado usou a palavra o Senhor Chefe de Divisão de 1689

Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes, referindo que a primeira 1690

redução, dos 4.800,00 Euros para os 3.000,00 Euros, decorre de uma situação 1691

de excesso de zelo técnico, por terem sido mobilizados para a 1692

responsabilidade do loteador determinados trabalhos de qualificação do 1693

espaço, executados na empreitada, que a maior simplicidade da solução do 1694

projeto das obras de urbanização do loteamento não continha. A segunda 1695

redução não se reporta a questões técnicas mas à aplicação de um princípio 1696

de bom senso e justiça; de facto, embora a o valor real a pagar se quantifique 1697

nos 3.000,00 Euros, foi tido em conta o facto da empreitada, que também 1698

incluiu os trabalhos de urbanização em falta, ter sido objeto de uma 1699

candidatura com comparticipação, pelo que, o que se propõe é que o loteador 1700

pague exatamente o valor da comparticipação nacional, ou seja, a quantia 1701

efetivamente despendida pela Câmara Municipal para a execução dos 1702

respetivos trabalhos. 1703

Retomou a palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que os 1704

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista não têm nada contra esta proposta, 1705

mas é a questão da imagem exterior do Município que de facto os preocupa, 1706

contudo votam favoravelmente. 1707

Usou ainda da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida aproveitando para 1708

questionar acerca do processo das contrapartidas da Urbanização Mira Serra 1709

(Barreiros). 1710

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, na altura, foi solicitado um 1711

parecer jurídico que, de resto, o fez suspender. Tem a confessar que de 1712

momento não tem presente o ponto da situação deste assunto, mas pede aos 1713

Senhores Vereadores para que na próxima reunião de Câmara, o Senhor 1714

Vereador Luís Tadeu, que tem acompanhado esse processo, possa vir 1715

esclarecer. 1716

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De seguida analisou o Executivo o pedido de receção definitiva e libertação de 1717

caução referente ao loteamento urbano com o alvará n.º 9/98, de que foi 1718

loteador Vítor Manuel Rodrigues Quintela, sito no lugar de “Cabeço Maria”, na 1719

freguesia de São Pedro, concelho de Gouveia, tendo a Câmara deliberado, por 1720

unanimidade e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos de acordo com 1721

o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redação que 1722

lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, que o Loteador - 1723

Vítor Manuel Rodrigues Quintela, proceda ao pagamento do valor residual das 1724

obras de urbanização assumidas pelo Município, num total de 1.563,66 euros 1725

(mil quinhentos e sessenta e três euros e sessenta e seis cêntimos), de acordo 1726

com a Informação dos Serviços Técnicos, que se encontra anexa à presente 1727

ata e dela fica a fazer parte integrante, solução que legitima a emissão da 1728

Receção Definitiva das Obras de Urbanização referente ao referido alvará de 1729

loteamento e consequente libertação da respetiva caução. 1730

Mais se deliberou proceder à revogação da deliberação acerca deste assunto, 1731

aprovada, por unanimidade, na reunião de Câmara realizada no dia 13 de 1732

dezembro de 2010. 1733

- - - - 6.2) EMISSÃO DE CERTIDÃO DE DESTAQUE:- De António Dias 1734

Rodrigues, contribuinte n.º 106797468, residente na Rua da Ponte Nova, 1735

freguesia de Cativelos, concelho de Gouveia, vem na qualidade de proprietário 1736

de um prédio misto, sito no lugar de “Tapada ou Ponte Nova”, freguesia de 1737

Cativelos, concelho de Gouveia, inscrito na respetiva matriz sob o n.º 230 e 1738

descrito na Conservatória do Registo Predial sob o n.º 112/19860717, requerer 1739

nos termos do n.º 4, do art.º 6.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, 1740

na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de março, 1741

a emissão de certidão de destaque de uma parcela de terreno com a área de 1742

228 m2. – Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo 1743

com a informação dos Serviços Técnicos. 1744

- - - - 6.3) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA 1745

SEMANA DE 2012/10/08 A 2012/10/18: 1746

ARQUITECTURA:- De Alberto de Jesus Arcanjo Nogueira, de Paços da Serra, 1747

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para Alteração e Ampliação de Moradia; De Júlio Pereira de Albuquerque, de 1748

São Paio, para Alteração ao Projeto Inicial; De Sumol+Compal Marcas, SA, de 1749

Paços da Serra, para Construção de um cais de cargas e descargas; De 1750

Sumol+Compal Marcas, SA, de Paços da Serra, para Construção de uma 1751

ETAR. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 1752

ESPECIALIDADES:- De Glória Maria Fonseca Brites Cardoso, de Arcozelo da 1753

Serra, para Reconstrução de Moradia; De Maria Emília Gonçalves Silvestre 1754

Póvoas Pereira, de Arcozelo da Serra, para Ampliação de Moradia; De Piet 1755

Lodewijk M. Smis, de Nabais, para Alteração e Ampliação de Moradia; De 1756

Martinho Pereira Castanheira, de Folgosinho, para Ampliação de Moradia. - 1757

Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 1758

7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA 1759

- - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 203, referente ao 1760

dia dezanove de outubro, pelo qual se verifica a existência dos seguintes 1761

saldos: Em Operações Orçamentais – Um milhão e três mil, duzentos e 1762

noventa e quatro euros e cinquenta e sete cêntimos (€1.003.294,57); Em 1763

Documentos – Oitenta e nove mil, setecentos e dezoito euros e setenta e seis 1764

cêntimos (€89.718,76). 1765

- - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de 1766

despesas a que se referem as requisições números 1105 a 1110, 1112 a 1201, 1767

1203 a 1206, bem como os pagamentos no montante de trezentos e trinta e 1768

três mil, oitocentos e vinte e seis euros e trinta e um cêntimos (€333.826,31) a 1769

que se referem as Ordens de Pagamento números, 3600 a 3603, 3608 a 3634, 1770

3636 a 3685, 3687 a 3688, 3690 a 3759, 3768, 3773 a 3807. 1771

8. PRESENÇA DE PÚBLICO 1772

- - - - 8.1) Senhor Fernando Oliveira Viegas, de Ribamondego:- Referiu que 1773

a sua vinda à reunião de Câmara, mais uma vez, se prende com os assuntos 1774

que já abordou das últimas vezes que cá veio. 1775

Em primeiro lugar, congratulou-se pelo facto dos serviços do Município se 1776

terem deslocado finalmente para arranjar os buracos e a parte elétrica embora 1777

só lá esteja um candeeiro, mas está à espera que lá vão. Além de se 1778

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congratular com isso, quer também afirmar que a Câmara não lhe fez nenhum 1779

favor, tudo o que lá foi feito, a pessoa que lá foi bem viu a razão que tinha 1780

quando reclamou. A Câmara não o beneficiou em nada, nem em candeeiros 1781

nem em nada, falta lá, mas cuidado que não fica beneficiado em nada, o que 1782

foi feito na freguesia é o que lá foi reposto, exceto a parte da limpeza que, 1783

desde 2002, nunca mais fizeram, mas que virá a ser resolvida noutro lado, 1784

porque isso não é competência da Câmara. 1785

Entretanto também vinha cá por causa dos pagamentos daquele dinheiro da 1786

CCDRC, já de 2007. A última vez que cá esteve, foi-lhe prometido que lhe iam 1787

mandar por escrito, realmente, recebeu a carta, telefonaram-lhe e depois 1788

mandaram por escrito. O que mandaram foi que o seu advogado entrasse em 1789

contacto com o advogado da Câmara para resolver esse dinheiro, os 1790

pagamentos que se referem aos dois processos. Contatou o advogado, ele via 1791

que não havia interesse nisso, mas pediu-lhe, para que amanhã não houvesse 1792

dúvidas, que não havia interesse nisso, os advogados entrarem em contato e o 1793

advogado da Câmara propôs uma reunião para ver se chegávamos a um 1794

consenso de um acordo global. Essa reunião foi feita no dia 4 de setembro, não 1795

havia datas antes, havia pessoas de férias tanto da Câmara como o advogado 1796

da Câmara, depois também do seu advogado e então foi acordado para o dia 4 1797

de setembro. No dia 4 de setembro, estivemos nesta sala e qual não foi o seu 1798

espanto quando vem a ter conhecimento de que o dinheiro já estava em poder 1799

da Câmara, o dinheiro que sempre reclamou que devia vir para a sua conta já 1800

estava em poder da Câmara. Congratulou-se com isso, então já era fácil vir 1801

para a sua conta e aguardamos, tivemos a ver se chegávamos a um acordo, 1802

passado um mês recebe uma carta do advogado da Câmara que em relação à 1803

proposta do acordo global aquilo não era nada, porque o que lá vinha não era 1804

um acordo global, mas sim de alguns processos. O seu advogado contatou o 1805

advogado da Câmara dizendo que podíamos negociar processo a processo, 1806

pois isto não era o acordo global. 1807

Mas em relação àquele dinheiro que vem reclamando há muito tempo, também 1808

foi informado que se encontra disponível para entrega, no montante de 1809

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317.000,00 Euros. 1810

No dia 4 de outubro contatou a Câmara para ver se realmente podia vir receber 1811

porque não vá agora dizer-se que o Fernando Viegas tinha o dinheiro à 1812

disposição e não quis receber, ficaram de lhe dar uma resposta e até hoje. E 1813

portanto agora vinha saber o que é que se está a passar, o dinheiro já está em 1814

poder da Câmara, já não está em Tribunal porque razão não lhe pagam. 1815

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que em relação à questão do 1816

arranjo dos buracos, o Senhor Fernando Viegas diz que a Câmara não fez 1817

favores ao ter realizado esses trabalhos e ele queria reforçar isso mesmo, a 1818

Câmara não anda cá para fazer favores, a Câmara age e reage muitas vezes 1819

em função daquilo que pode fazer em cada momento, onde quer fazer e onde 1820

pode fazer. 1821

Quanto à questão do pagamento desse valor queria recordar ao Senhor 1822

Fernando Viegas que hoje mesmo o Senhor poderia estar em condições até de 1823

dizer o contrário do que disse em atas que estão aqui na Câmara, tempos 1824

houve, não muito distantes, julga que está em atas, o Senhor chegou a acusar-1825

nos de que sabia que nós já tínhamos gasto o dinheiro a fazer outros 1826

pagamentos e teve a oportunidade de lhe dizer que isso nunca tinha 1827

acontecido. 1828

Bom depois fazer-lhe aqui duas ou três correções em relação ao que disse 1829

pelas informações que nós temos do advogado da Câmara que não coincidem 1830

exatamente com aquelas que o Senhor Fernando Viegas disse, de modo que 1831

talvez seja importante esclarecê-las ou o Senhor com o seu advogado ou nós 1832

com o nosso, não está a dizer quem é que esteja a falar totalmente certo. As 1833

orientações, quando nós temos advogados metidos na gestão de alguns 1834

processos, ou seja, o que nós fazemos é transmitir orientações aos nossos 1835

advogados, foi sempre assim que fizemos de modo que está por isso em 1836

condições de dar conta das orientações que nós transmitimos ao nosso 1837

advogado e do conhecimento que temos é que ele fez e faz rigorosamente 1838

aquilo que naturalmente nós estabelecemos como boa solução para a Câmara, 1839

o advogado não está apenas para cumprir as ordens da Câmara o advogado 1840

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faz também aquilo que em conversa connosco, ele é o nosso fornecedor de 1841

serviços, nós damos as nossas orientações, ele pode aconselhar-nos, é para 1842

isso que lhe pagamos, aconselhar-nos qual o caminho mais indicado. É assim 1843

que nós vemos a relação entre um cliente que somos nós e o nosso fornecedor 1844

de serviços. E o que nós dissemos ao advogado depois dessa reunião de 4 de 1845

setembro, o que sempre dissemos ao nosso advogado e temos a certeza que 1846

ele sempre o transmitiu nas reuniões com o seu advogado, é que sempre 1847

estivemos disponíveis para fazer um acordo global. Sempre, foi sempre assim, 1848

não estamos para fazer nenhuma negociação processo a processo, mas sim 1849

acordo global, de maneira que nós não alteramos nada a nossa postura, 1850

sempre dissemos isso e sempre agimos dessa maneira. E nessa circunstância 1851

o nosso advogado mandou para o advogado do Senhor Fernando Viegas uma 1852

proposta muito concreta, embora não a tenha aqui comigo mas posso ir busca-1853

la, de qual era a nossa posição no processo A, processo B, processo C, 1854

processo D. E depois dizia duas coisas no final e avançava em relação à última 1855

reunião propondo que nesse acordo global houvesse duas situações, uma, 1856

avançava com um valor global para esse acordo além de processo a processo 1857

que era à volta de 150 mil euros a mais, por isso prova maior de uma tentativa 1858

de negociação, ninguém é bom juiz em causa própria, mas é manifesta e clara 1859

a intenção de se chegar a acordo. A outra parte é claro tem toda a legitimidade 1860

de dizer que não concorda, que discorda. E dizia ainda outra coisa, que estava 1861

disponível o advogado para reunir no escritório do seu advogado, aliás, num 1862

dia, salvo o erro, que o Dr. Castanheira Neves iria até a Tondela, posso estar 1863

equivocado mas ouvi falar em Tondela e não ripostou. E o que o nosso 1864

advogado nos disse é que não teve sequer resposta. Nem à proposta nem à 1865

possibilidade de se fazer essa reunião, isto foi recentemente, tem uma semana, 1866

quinze dias, não teve resposta alguma. E lá também se dizia da nossa 1867

disponibilidade da transferência agora que temos o dinheiro que saiu do 1868

Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça e que está depositado 1869

numa conta na Caixa Geral de Depósitos, esse dinheiro nunca se lhe tocou, 1870

não sabe como mas quando demos conta ele estava numa conta desse tal 1871

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Instituto porque tinha sido previamente depositado à ordem dos autos. Na 1872

verdade, recuperámo-lo como não podia deixar de ser e o que é facto é que ele 1873

está agora à nossa disponibilidade nessa conta na Caixa Geral de Depósitos. 1874

E quer voltar a repetir ao Senhor Fernando Viegas aquilo que sempre 1875

dissemos. Julga que seria importante que os advogados tivessem orientações 1876

muito claras de ambas as partes e pudessem chegar a acordo, porque nós 1877

sempre vimos, mal ou bem, sempre dissemos coerentemente nessa 1878

negociação que está para se ver também em termos jurídicos, não em termos 1879

contabilísticos, ainda na semana passada o Senhor Vereador Joaquim 1880

Lourenço lhe dizia e quer salvaguardar isso mesmo e a Senhora Dra. Alice 1881

Ferrão a mesma coisa e quer que isso fique registado que, em termos 1882

contabilísticos, já não tem aqui nenhum tipo de classificação ou 1883

enquadramento, porque aquele não era dinheiro do FEDER, da CCDRC, 1884

aquele dinheiro é a contrapartida autárquica que nós tivemos que colocar para 1885

receber o dinheiro do FEDER, nunca foi dinheiro do FEDER, nunca foi dinheiro 1886

da CCDRC, pedindo à Senhora Chefe de Divisão de Finanças que 1887

esclarecesse. 1888

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão de 1889

Finanças, Património e Aprovisionamento, Dra. Alice Ferrão esclarecendo que 1890

o senhor Fernando Viegas entregou na Câmara duas faturas de trabalhos 1891

imprevistos que, aos preços da Câmara, totalizavam perto de 707.000,00 1892

euros. Através dessas faturas, foi feito um pedido ao FEDER que enviou à 1893

Câmara a sua comparticipação no valor de 388.000,00 Euros. Essa quantia foi 1894

paga, na altura, ao empreiteiro Fernando Oliveira Viegas. Para completar o 1895

pagamento faltava a componente nacional, no valor de 317.000,00 Euros que 1896

foi colocada na Caixa Geral de Depósitos, em Depósito Autónomo, à ordem 1897

dos Autos, uma vez que corriam no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo 1898

Branco, dois processos judiciais contra a Câmara pela não aceitação dos 1899

valores totais das faturas. 1900

Retomou a palavra o Senhor Presidente referindo que esse dinheiro e foi 1901

discutido no âmbito da CCDRC, sempre esteve disponível, sempre foi dito pelo 1902

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nosso advogado como sendo uma parte importante do acordo, que repete, já 1903

não tem nenhuma relevância em termos contabilísticos para a Câmara, quer 1904

salvaguardar isso, mas acha que era por isso, salvo melhor opinião, o Senhor 1905

até pode dizê-lo aqui e fica registado que, em relação à proposta ou 1906

contraproposta, para o acordo global que o advogado da Câmara fez, para si 1907

não tem, não vale, que nem merece resposta, aquilo foi enviado ao seu 1908

advogado, tivemos conhecimento pelo nosso advogado que nos deu 1909

conhecimento. Acha que deve ter resposta, porque é em função da resposta 1910

que nós podemos também reagir. 1911

Retomou a palavra o Senhor Fernando Oliveira Viegas dizendo que o dinheiro 1912

foi recebido em 2007 e depositado em 2008. O dinheiro esteve depositado 1913

desde 2007? Onde é que andou o dinheiro? – Perguntou. 1914

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que já lhe explicou e não tem que lhe 1915

dar mais explicação alguma sobre isto, era dinheiro da Câmara Municipal e não 1916

dinheiro do FEDER. 1917

Continuou o Senhor Fernando Viegas dizendo que foi recebido da CCDRC e 1918

não estavam lá os recibos, vocês mandaram dizer que estavam lá os recibos. 1919

Foi recebido em 2007, foram pedidos diversas vezes os recibos e esses 1920

recibos nunca os passei, até hoje, entretanto receberam em dezembro de 2007 1921

e em 2008 é que o foram depositar, sabe que não foi à ordem do processo, é 1922

claro que não foi à ordem do processo, que não esteve na Caixa Geral de 1923

Depósitos. Não ficou agregado a nenhum processo. 1924

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que o depósito foi feito à ordem dos 1925

autos. O Senhor pode dizer o que entender e fazer o que entender. 1926

O que entender não – continuou o Senhor Fernando Viegas - vim cá perguntar 1927

diversas vezes onde é que está o dinheiro e como é que eu posso recebê-lo. E 1928

o Tribunal não aceitou, tenho tudo por escrito. 1929

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que o Tribunal não aceitou, o dinheiro 1930

foi para o Instituto de Gestão Financeira. 1931

Aí está que eu sempre disse que estava lá e não o podia receber. – Referiu o 1932

Senhor Fernando Viegas. 1933

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Respondeu o Senhor Presidente dizendo que o Senhor não disse isso, o que o 1934

Senhor sempre disse é que nós o gastamos a pagar outras coisas. 1935

Disse e mantenho – respondeu o Senhor Fernando Viegas - desde 2007 a 1936

2008 não o puseram lá, afirmo e não tenho medo de o dizer. 1937

Retorquiu o Senhor Presidente perguntando como pode manter uma coisa 1938

destas se acaba de dizer onde é que o dinheiro estava? O senhor não tem 1939

medo de o dizer e nós não temos medo de o ouvir e de responder. O que o 1940

Senhor diz não é verdade, nunca usamos o dinheiro para gastar em coisa 1941

alguma, como está nas atas, 1942

Não o pôs em 2007, lá. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 1943

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não tem a data na cabeça e 1944

como não quer estar a dizer coisas que não tem a certeza, mas uma coisa 1945

sabe firmemente é de que depositamos o dinheiro por conta dos autos na 1946

Caixa Geral de Depósitos. O Juiz mais tarde veio dizer que não aceitava, o 1947

dinheiro foi para o Instituto, do Instituto tivemos que o voltar a pedir, está neste 1948

momento depositado na Caixa numa conta à ordem da Câmara. E como lhe 1949

explicou há um texto recentemente enviado ao seu advogado, não sabe dizer a 1950

data exatamente, que foi enviado ao seu advogado com uma proposta mais 1951

uma vez em coerência com o que sempre dissemos para a negociação global 1952

com o credor que é o Senhor Fernando Viegas. Estamos à espera de uma 1953

resposta. 1954

Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o ofício da Câmara não 1955

merece resposta. Eu transmiti logo isso, no dia 4 de outubro, está aí o Senhor 1956

Vereador Joaquim Lourenço que lhe diga, isto não merece resposta, transmiti 1957

logo, isto não é proposta global o que está aqui, para nós não é proposta. 1958

O advogado da Câmara fez uma proposta ao seu advogado, o seu advogado já 1959

respondeu? – Perguntou o Senhor Presidente. 1960

Respondi eu em nome do advogado, porque o advogado para já nem queria 1961

fazer essa reunião, era a quarta vez, sem resultados. – Respondeu o Senhor 1962

Fernando Viegas. 1963

Peço desculpa, não houve reunião alguma. Houve uma proposta escrita. – 1964

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Referiu o Senhor Presidente. 1965

Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que isso foi à base de uma 1966

reunião que tivemos no dia 4 de outubro. 1967

Depois da reunião houve uma proposta, está aí. – Respondeu o Senhor 1968

Presidente. 1969

O que ele disse podemos negociar processo a processo porque isto não é 1970

acordo global. – Retorquiu o senhor Fernando Viegas. 1971

Volto a repetir isso é uma proposta global. – Referiu o Senhor Presidente. 1972

Não é global, porque se fosse global tinha que cá ter os processos todos e não 1973

tem, vá lá ver e diga quantos processos lá estão. - Retorquiu o Senhor 1974

Fernando Viegas. 1975

A mim não me manda ver nada, nós temos um advogado que fez uma 1976

proposta, o seu advogado já lhe respondeu? – Perguntou o Senhor Presidente. 1977

Não responde, isso não merece resposta. – Respondeu o Senhor Fernando 1978

Viegas. 1979

Então diga isso “não merece resposta”. – Referiu o Senhor Presidente. 1980

O que eu – continuou o senhor Fernando Viegas - transmiti à Câmara, 1981

interrompeu o Senhor Presidente dizendo que a mim não transmite nada, mas 1982

sim o seu advogado transmite por escrito ao nosso. 1983

Não interessa por escrito – interveio o Senhor Fernando Viegas - , se fosse 1984

uma proposta global não tinha cá isto quanto “… à fatura 867, de 49.000 euros, 1985

o Município de Gouveia desconhece em absoluto”. Então uma fatura que aqui é 1986

entregue, tem carimbo de entrega, a Câmara desconhece? 1987

Não discuto a proposta do nosso advogado, o seu advogado discute com o 1988

advogado da Câmara. Aqui não discuto mais. – Referiu o Senhor Presidente. 1989

Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que ele é que transmite as 1990

ordens ao seu advogado, o que a Câmara faz ao dela, também ele faz ao seu, 1991

o seu só foi fazer a reunião a quarta vez porque não queria, porque quer esse 1992

dinheiro que lhe pertence, não se interessava dos processos que estão em 1993

Tribunal. 1994

Interveio o Senhor Presidente dizendo que não há nenhuma reunião desde que 1995

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o advogado da Câmara mandou essa proposta ao seu advogado, não houve 1996

mais reunião alguma. Faça o que entender, mas era importante que o 1997

advogado da Câmara tenha uma resposta. O advogado da Câmara fez uma 1998

proposta concreta ao seu advogado. 1999

Interveio o Senhor Fernando Viegas dizendo que não fez uma proposta 2000

concreta global, fez de processos, está aqui, estão meia dúzia de processos, o 2001

resto nada e há outra coisa que está aqui na proposta “O Executivo não aceita 2002

quaisquer outras pretensões.” Se não aceita vamos fazer outras propostas de 2003

quê? 2004

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não discuta aqui com o Senhor 2005

Fernando Viegas em reunião de Câmara, uma carta que o advogado da 2006

Câmara escreveu ao do Senhor Fernando Viegas e que o seu ainda não 2007

obteve resposta. 2008

O meu advogado não vai aceitar porque a Câmara não vale a pena. – 2009

respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2010

Então responda isso. – Referiu o Senhor Presidente. 2011

Não é preciso, estou eu a responder. Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2012

É o seu advogado que tem que responder, referiu o Senhor Presidente. 2013

Não interessa, estou eu a responder. Tanto que o dinheiro que eu venho pedir, 2014

não me interessa dos processos para nada, alguém há-de resolver, mas se a 2015

Câmara diz aqui que “desconhece a fatura em absoluto”, se a Câmara diz que 2016

“o executivo não aceita qualquer outras pretensões” e se a Câmara diz que se 2017

encontra disponível para a entrega no montante de 317 mil euros, que é isso 2018

que eu venho cá pedir, não é o resto, quero saber, quando posso receber esse 2019

dinheiro. Como o Tribunal disse peguem no dinheiro e paguem ao homem, 2020

vocês não me entregaram, puseram lá no depósito em 2008 e ninguém lhe 2021

podia mexer só vocês e não quero que me acusem foi isso que transmiti ao 2022

Vereador com quem falei, que podia vir a receber o dinheiro ou não, não quero 2023

que amanhã me acusem porque o homem não recebeu porque não quis. 2024

Quanto aos processos mais tarde se há-de resolver, se o advogado da Câmara 2025

diz que a Câmara desconhece faturas, não vale a pena. Agora o dinheiro dos 2026

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dois processos, os 317 mil, posso receber, não posso, fica agregado? 2027

Respondeu o Senhor Presidente referindo que não iria dizer nem mais uma 2028

palavra, o advogado do senhor Fernando Viegas ou o Senhor Fernando Viegas 2029

como queira responde ao advogado da Câmara dizendo isso ou o que o 2030

Senhor entender. 2031

Não respondo nada. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas - Só preciso de 2032

saber se esse dinheiro que felizmente já o têm, pois por Lei já o tinham 2033

perdido, mas felizmente já o têm, o dinheiro ao fim de três anos ficavam sem 2034

ele e era mau porque a Câmara precisa, o Concelho precisa e, portanto, o 2035

empreiteiro precisa e esse dinheiro é o que me interessa e desde 2008 que o 2036

Tribunal disse entreguem o dinheiro ao homem e vocês não foram buscar, ficou 2037

lá, fizeram cartas para a Caixa, a Caixa não deu e foram sim senhora e bem 2038

foram buscar ao Instituto de Gestão Financeira. Agora pergunta porque razão 2039

não pagam ao empreiteiro? Quer receber e veio cá e já transmitiu isso no dia 4 2040

de outubro, não quero que amanhã digam que o homem não recebeu porque 2041

não quis receber, estava escrito e não quis receber, não damos o dinheiro mais 2042

nada desde 2008. O resto estes processos que puseram aqui e outros nada, 2043

desconhecem, não merece resposta, havemos de ver no Tribunal. Como é que 2044

há-de ficar isso, disse o Senhor Fernando Viegas. 2045

Não volto a dizer nem mais uma palavra. – Retorquiu o Senhor Presidente. 2046

Onde é que está o dinheiro e quando é que me pagam, agora já sei que a 2047

Câmara tem o dinheiro, estão a pagar juros. – Referiu o Senhor Fernando 2048

Viegas. 2049

O Senhor compreenda que quando um advogado faz uma proposta a outro 2050

advogado, o outro advogado tem todo o direito de, por ele e pelo cliente dele 2051

de discordar de não aceitar, de não querer. Diga-o. - Referiu o Senhor 2052

Presidente. 2053

Quando é uma proposta global, que eram os processos que fomos ter a 2054

reunião à base desses processos, estão aqui os processos, pedi ao advogado 2055

para lá ir, houve a reunião no dia 4 de agosto e recebi a resposta no dia 4 de 2056

outubro. – referiu o Senhor Fernando Viegas. 2057

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Não estou a falar de reunião, mas da carta, da última carta que o advogado da 2058

Câmara escreveu ao seu advogado e ainda não teve resposta. – Referiu o 2059

Senhor Presidente. 2060

Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o que tem aqui é uma 2061

carta da Câmara para receber, o que mandaram foi para esses dois processos 2062

e são esses que quero saber onde está o dinheiro. O advogado um dia sentado 2063

aqui nesta cadeira também confirmou que o dinheiro se encontra disponível e 2064

também o Senhor Vereador me disse na reunião que o dinheiro se encontra 2065

disponível. 2066

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que o advogado disse e bem, o Senhor 2067

Vereador disse e bem disse, com autorização nossa, porque essa é a verdade, 2068

o advogado disse a verdade, o Vereador disse a verdade. O seu advogado 2069

com orientação sua, responda ao nosso advogado ou responda o Senhor ao 2070

advogado da Câmara, como quiser. 2071

Eu não respondo, pois isto não é acordo global e andamos a perder tempo. – 2072

Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2073

Então transmita isso, tem que ser por escrito. – Retorquiu o Senhor Presidente. 2074

Quando se refere na carta “o executivo não aceita quaisquer outras 2075

pretensões” , portanto não vale a pena. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2076

Está aí por escrito nosso, falta por escrito o seu. – Retorquiu o Senhor 2077

Presidente. 2078

Não vale a pena, se a Câmara não aceita o que é que vamos fazer? – 2079

respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2080

Falta por escrito o seu, a resposta a essa carta.- Repetiu o Senhor Presidente. 2081

E a proposta que nós mandámos? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2082

A proposta que os Senhores mandaram teve a nossa contraproposta. – 2083

Respondeu o Senhor Presidente. 2084

Mas fugiram aos processos. – Retorquiu o Senhor Fernando Viegas. 2085

E agora o seu advogado diz a resposta, mas não fugimos a nada. – Respondeu 2086

o Senhor Presidente. 2087

Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que a 2088

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metodologia foi a mesma, depois da nossa reunião do dia 4 de setembro, 2089

ficaram os Senhores de apresentar uma proposta para base de negociação. 2090

Foi enviada. Receberam uma contraproposta da parte do Município que seguiu 2091

a mesma linha de metodologia que os Senhores apresentaram. Em termos de 2092

apresentação o Senhor coloca aquela que o seu advogado nos enviou e coloca 2093

a que retribuímos, lado a lado, e vê que a metodologia seguida foi a mesma, à 2094

exceção de uma coisa, que é o valor global final. 2095

Agora, na sequência disso, o Senhor Fernando Viegas já disse aqui várias 2096

vezes que já transmitiu à Câmara, não transmitiu à Câmara, se quiser clarificar, 2097

transmitiu ao Senhor Vereador Joaquim Lourenço, no dia 4 de outubro, que 2098

estava a representar a Câmara, mas para que não haja duvidas, aquilo que lhe 2099

solicitou é aquilo que o Senhor Presidente lhe pede aqui hoje, é verdade ou 2100

não é, eu disse-lhe, concordando ou discordando, por favor, deem uma 2101

resposta à nossa contraproposta, nem que mais não seja, para dizer que não 2102

concordamos com nada disto e estão fechadas as negociações. 2103

Mas transmiti-lhe a si. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2104

Está bem Senhor Fernando Viegas – prosseguiu o Senhor Vereador Joaquim 2105

Lourenço - mas se foram os advogados a relacionarem-se, entenderá que 2106

institucionalmente não compete a mim, nem ao Senhor diretamente fazermos 2107

isto, não custa nada que o seu advogado, positivamente ou negativamente, 2108

numa linha, duas linhas, diga “processo encerrado”, nem que seja isto, que é 2109

para nós sabermos. Até agora eu sentei-me a esta mesa, no dia 4 de 2110

setembro, de boa fé, para chegarmos a um processo de entendimento, é 2111

evidente que, nem de longe, nem de perto, as posições se aproximaram ainda, 2112

mas tinha esperança que houvesse da vossa parte também uma 2113

contraproposta no sentido de aproximarmos posições, porque isto é que uma 2114

negociação, eu pelo menos vim para a conversa consigo e com o seu 2115

advogado com esse princípio de boa fé, e acredito que os Senhores também. 2116

Mas neste momento a “bola” está do vosso lado, para além do que me 2117

transmitiu verbalmente. Aquilo que transmitiu aqui hoje, que o seu advogado, 2118

institucionalmente o diga assim. É a minha opinião. 2119

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Na reunião que você teve, viu alguma coisa em contrário, não havia boa 2120

vontade de todas as partes, diferente de situações anteriores que já houve que 2121

nem vale a pena falar? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2122

Acabei de o afirmar aqui e por isso lhe digo, fazem uma contraproposta, porque 2123

continuo a dizer que se colar uma proposta à outra, a metodologia, os itens, 2124

são os mesmos, que é para não perdermos na forma. – Retorquiu o Senhor 2125

Vereador Joaquim Lourenço. 2126

É diferente. – Interveio o Senhor Fernando Viegas. 2127

É diferente o parágrafo final, é diferente quanto a montantes. – Respondeu o 2128

Senhor Vereador Joaquim Lourenço. 2129

Não, se for à nossa proposta lá vê todos os processos que estão em Tribunal, 2130

aqui são quatro ou cinco e depois diz que “o Município de Gouveia não aceita 2131

qualquer dívida de juros.” Está aqui alguma dívida de juros, não estão todas. – 2132

Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2133

Essa é a nossa contraproposta. - Respondeu o Senhor Vereador Joaquim 2134

Lourenço. 2135

Mas se vocês não aceitam o que é que interessa, se está em Tribunal, lá em 2136

cima é que se resolve. - Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2137

Relativamente aos juros tínhamos acordado entre os dois fechar primeiro os 2138

contratos e tratar dos juros à posteriori. - Respondeu o Senhor Vereador 2139

Joaquim Lourenço. 2140

Não, eu disse que os processos tinham que ser todos. Fiquem bem cientes que 2141

eu nunca vou prescindir dos juros. E está na Lei pagar os juros. – Respondeu o 2142

senhor Fernando Viegas. 2143

Eu disse vamos processo a processo em termos práticos, trataríamos de juros 2144

depois. – Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço. 2145

Mas eu quero tudo, porque os processos estão lá em Tribunal, assim não é um 2146

acordo global. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2147

No final chegaremos a um acordo global. – Respondeu o Senhor Vereador 2148

Joaquim Lourenço. 2149

Mas têm que entrar todos os processos que estão em Tribunal ou só entram 2150

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quatro ou cinco, quando dizem que não aceitam juros, quando dizem que não 2151

aceitam quaisquer outras pretensões, o que é que vamos fazer? – Questionou 2152

o Senhor Fernando Viegas. 2153

Para concluir usou da palavra o Senhor Presidente referindo que a resposta 2154

está aí se quiser dar a resposta ao advogado. 2155

Não dou, não vale a pena estarmos a perder tempo. – Respondeu o Senhor 2156

Fernando Viegas. 2157

Todas as cartas devem ter uma resposta. – Retorquiu o Senhor Presidente. 2158

A minha também esteve três anos à espera de uma resposta e nunca teve uma 2159

resposta até hoje, o Senhor é o primeiro que se deve penalizar porque não deu 2160

resposta e eu é que tenho resposta a não dar em dois anos e nem três, porque 2161

o Senhor também não deu. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2162

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando ao Senhor 2163

Fernando Viegas se estes 317 mil euros correspondem a que serviços e 2164

quando é que passou a fatura. E saber se estes 317 mil euros, estão 2165

consignados nas provisões e riscos dos 530 mil euros, tendo o Senhor 2166

Presidente respondido que não, então quer dizer – prosseguiu o Senhor 2167

Vereador – que é o tal depósito autónomo que está disponível para fazer o 2168

pagamento. 2169

Usou da palavra o Senhor Fernando Viegas referindo que esta fatura 2170

correspondem a serviços feito em 2005 que nunca mais resolviam, faturei em 2171

2006 e a partir de um determinado momento que houve aqui um 2172

desentendimento com um Vereador, viu-se que aquilo já não valia a pena e foi 2173

para Tribunal, foi ainda para o Conselho Superior de Obras Públicas, porque 2174

não podia ir diretamente para o Tribunal, primeiro tinha que ir para lá, em 2006, 2175

depois houve um acordo também com a Banca e com fornecedores que entrou 2176

um milhão, dois acordos, ainda se fez mais um, isso foi de trabalhos de 2005, 2177

faturados em 2006 da Estrada de Nabais. E que entraram em junho, julho ou 2178

agosto para o Tribunal. Entretanto, entrou em Tribunal e está até hoje, já 2179

naquela altura uma fatura era de 600 mil e outra de 300 mil para o Tribunal de 2180

Castelo Branco já era de 800 mil euros, era de juros naquela altura, desde o 2181

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Conselho Superior até ao Tribunal. Entretanto em 2010 vim a descobrir que a 2182

Câmara tinha pedido à CCDRC mediante essas faturas, que tinha lá os recibos 2183

e a CCDRC mandou em dezembro de 2007 e de dezembro de 2007 até 2008, 2184

esse dinheiro não me foi entregue, em dezembro de 2008, um ano depois, é 2185

isso que eu digo onde é que o dinheiro andou durante um ano e isso é que eu 2186

digo que foram pagas outras coisas com o dinheiro, posso não ter razão, mas 2187

continuo a afirmá-lo e já o afirmei em Tribunal e continuo a dizer de 2007 a 2188

2008 onde é que esteve o dinheiro, quanto é que rendeu à Câmara, se esteve 2189

numa conta bancária, se foi para pagar outros, se não esteve e agora desde 2190

2008 que não me pagaram, existiu aquele incidente no Tribunal, o Tribunal não 2191

aceitou, peguem no dinheiro e paguei ao homem e não me pagaram até hoje. 2192

Fiquei realmente contente que a Câmara já tenha o dinheiro, se o foram buscar 2193

é muito bom, só que o dinheiro não está nas minhas mãos e continuam a pagar 2194

juros, desde 2006 a 2012 estão a pagar juros e não há interesse nisso. E 2195

quando dizem na carta que o dinheiro está disponível para receber o advogado 2196

diz vá lá receber senão amanhã dizem que ele tinha por escrito e não foi lá e 2197

contatei o Senhor Vereador que me disse que iria resolver, não me disse nada 2198

e vim à reunião. Só quero esse dinheiro, o resto dos processo hão-de resolver-2199

se e vão entrar outros, também é certo que me dizem aqui que faturas que a 2200

Câmara não tem conhecimento, há anos, faturas que entraram aqui e não tem 2201

conhecimento? Agora dos juros não vou prescindir nem que seja um tostão. 2202

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que há aqui 2203

duas questões, segundo a sua interpretação, uma é o contencioso que pelos 2204

visto não conseguem resolver com acordo algum, global, não é global, já vi que 2205

isto vai ser resolvido em Tribunal. Agora também há qui uma coisa clara para 2206

si, há aqui uma dívida e há aqui dinheiro, há cabimentação para pagar essa 2207

dívida no valor de 317 mil euros, pelos vistos os serviços foram realizados, 2208

pague-se à empresa Fernando Oliveira Viegas os tais 317 mil euros que deve 2209

precisar de dinheiro e pertence-lhe. Por isso pergunta porque é que não 2210

pagam? 2211

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que o Senhor Vereador 2212

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Armando Almeida disse “há cabimentação, logo pode pagar-se”, devo 2213

esclarecer mais uma vez que esse dinheiro, contabilisticamente, já não terá 2214

nenhum registo contabilístico, de modo que não tem que haver cabimentação, 2215

não está provisionado, não tem nenhum registo. Já saiu da Câmara para o 2216

depósito autónomo. O Senhor Fernando Viegas nesta última intervenção disse 2217

uma coisa que era importante que o Senhor Vereador considerasse. “Eu 2218

próprio até já disse em Tribunal que o dinheiro foi gasto para pagar outras 2219

coisas”, há o processo que corre em Tribunal onde a própria CCDRC já foi 2220

chamada a Tribunal, por isso nada mais posso acrescentar sobre isto. O 2221

dinheiro em depósito não tem atualmente qualquer registo contabilístico é 2222

como se não estivesse na Câmara. Se o Senhor Vereador está muito 2223

preocupado com esta situação, eu também estou e por isso temos procurado 2224

junto do Senhor Fernando Viegas uma contraproposta, o Senhor Fernando 2225

Viegas tem todo o direito de não concordar com a nossa proposta, só tem que 2226

o transmitir, eu até posso aceitar como bom, perguntando ao advogado da 2227

Câmara, se ele achar como boa a sua resposta à carta que ele lhe mandou 2228

como contraproposta nossa, se ele achar isso e estamos a falar do campo 2229

jurídico e tal como o Senhor eu também não sou advogado e por isso temos 2230

advogados a quem damos orientações e com quem nos aconselhamos tal 2231

como o Senhor. Com esta ressalva, de perguntar ao advogado da Câmara, se 2232

ele considera como correta a resposta que o Senhor Fernando Viegas dá hoje 2233

na reunião de Câmara que fica escrita, como resposta à carta que ele mandou 2234

ao seu advogado se for correto, para mim basta. 2235

Para mim isso não interessa o que me interessa são os 317 mil euros posso 2236

receber, não posso? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2237

Responda à carta, ou se não quer que o seu advogado responda onde também 2238

se fala nisso, se o Senhor Fernando Viegas com todo o direito que lhe assiste 2239

entende que não deve responder àquela carta, mas se quiser responder como 2240

disse o Vereador Joaquim Lourenço pode responder numa linha, num 2241

parágrafo, dez linhas, dez folhas, pode responder item a item, pode responder 2242

só a essa parte, porque também consta da carta, eu é que perguntarei ao 2243

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advogado da Câmara, com esta ressalva, se o advogado da Câmara 2244

considerar que juridicamente é válida como resposta, será assim considerada. 2245

Interveio o Senhor Fernando Viegas dizendo que a ele não lhe interessa, está 2246

tudo em Tribunal, a ele o que me interessa e veio cá desde sempre é solicitar 2247

que lhe deem os 317 mil euros que lhe pertencem. 2248

Como está em Tribunal esta parte e todas as partes é por isso que eu tenho 2249

todos os cuidados de falar juridicamente que eu não percebo de Leis, por isso 2250

se o advogado da Câmara considerar que juridicamente está a resposta dada 2251

àquela carta já não precisa de responder a mais nada. – Referiu o Senhor 2252

Presidente. 2253

E não respondo e não houve nenhuma contraproposta, isto não é nenhuma 2254

contraproposta, são uns processos, demos os processos todos e vão analisar 2255

aqueles que receberam e aqueles que eu recebi, não estão os processos todos 2256

e quando a Câmara diz que não aceita mais nada de juros, a Câmara não 2257

aceita mais outras pretensões, a Câmara não conhece as faturas que deram 2258

entrada, então como entrego aqui uma fatura e passados anos a Câmara não 2259

conhece a fatura como é que é possível? No dia 14 ou 24 de 2010, o Senhor 2260

Presidente recebeu uma carta em mão na CCDRC, em Coimbra, para entregar 2261

os recibos, caso contrário perdia o dinheiro e deram-lhe o prazo de 15 dias, 2262

tenho isso por escrito se quiser posso trazer à próxima reunião pública. 2263

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão Dra. 2264

Alice Ferrão referindo que, em relação à fatura que a Câmara desconhece, não 2265

impede que o Senhor Fernando Viegas forneça uma segunda via para 2266

analisarmos, porque não conhece essa fatura nem nos Serviços quer 2267

consultou. 2268

Mas já estou habituado a isso, já tive aqui um processo que também disseram 2269

que não entreguei e depois dei uma segunda via, também de mais de 3 mil 2270

euros e em relação a essa fatura também me pediram uma segunda via. – 2271

Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2272

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que o Senhor Fernando Viegas 2273

responde à carta do advogado se quiser, se não quiser ele perguntará ao 2274

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advogado da Câmara se as suas afirmações que estão gravadas nesta reunião 2275

de Câmara, são o suporte jurídico e dispensam a resposta. Se assim for, não 2276

precisa de mais nada. 2277

Interveio o Senhor Fernando Viegas dizendo que não responde, a Câmara, por 2278

intermédio do advogado, é que devia responder ao meu advogado aos 2279

processos todos que temos em Tribunal, para uma proposta de acordo global. 2280

Quando a Câmara não respondeu aos processos e limita-se a dizer que 2281

desconhece faturas que ainda não entraram que vão entrar agora, não aceita 2282

quaisquer dívidas de juros. Eu não prescindo deles, só me interessa o dinheiro, 2283

isso não interessa, só preciso saber recebo ou não recebo? Se os Senhores 2284

quiserem que eu venha receber, venho receber, se não quiserem que eu venha 2285

receber não venho e continua. 2286

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não vai dizer mais uma palavra, 2287

o Senhor tem todo o direito de dizer ao advogado que não responde, é uma 2288

opção sua, está tudo na carta que o Senhor não quer responder, vou perguntar 2289

ao advogado se todas as suas afirmações hoje aqui proferidas, servem na 2290

estratégia jurídica que não é a minha, para resposta à carta que o Senhor hoje 2291

declara que para si serve que não vai haver resposta alguma. 2292

Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que não vai haver resposta, 2293

porque isto não é nenhuma contraproposta, isto é brincar, não aceitarem nada, 2294

e desconhecerem faturas, o Executivo não aceita outras pretensões, não vale a 2295

pena. 2296

Nós não brincamos, são coisas sérias demais e se o Senhor não concorda com 2297

o que está aí na carta, então deveria responder e se o seu advogado não 2298

quiser responder eu perguntarei ao advogado da Câmara. – Referiu o Senhor 2299

Presidente. 2300

E os 317 mil euros, posso receber? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2301

Estão na carta que o Senhor deve responder. Se o seu advogado não quer 2302

responder perguntei ao advogado da Câmara. 2303

Quero saber se me pode pagar ou não? - Interveio o Senhor Fernando Viegas. 2304

Senhor Fernando Viegas, perguntarei ao advogado da Câmara se a sua 2305

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resposta hoje na Câmara, substitui a resposta do seu advogado a essa carta. – 2306

Retorquiu o Senhor Presidente. 2307

Não vale a pena estarmos a falar que não houve nenhuma contraproposta. Se 2308

são dez processos que vão, são dez processos que vêm. – Referiu o Senhor 2309

Fernando Viegas. 2310

Respondeu o Senhor Presidente dizendo “a nossa proposta foi feita de 2311

propósito para não haver essa dúvida, foi feita com a mesma metodologia”. 2312

De acordo global, não estão cá os processos e quando dizem que não aceitam, 2313

não vale a pena.- Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2314

Mas se não estão lá os processos, se tem dúvidas, então o seu advogado que 2315

esclarecesse junto do advogado da Câmara.- Referiu o Senhor Presidente. 2316

Não vale a pena. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2317

Acho que tudo vale a pena, agora se o Senhor acha que não, perguntarei ao 2318

advogado se esta resposta que o Senhor deu hoje na Câmara é juridicamente 2319

bastante. – Referiu o Senhor Presidente. 2320

O meu advogado faz tudo para ter os acordos, já em 2008 ou 2009, em 2321

fevereiro de 2010, quando me pagaram um de 40 e tal mil euros também 2322

pediram a mesma coisa, em fevereiro de 2010, pediu à Juíza vamos fazer, mas 2323

o colega não aceitou, mas isso está em Tribunal. 2324

Já houve uns quantos a serem julgados em Tribunal não já? – Perguntou o 2325

Senhor Presidente. 2326

Não, pelo menos que saiba não. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2327

Não houve três ou quatro? – Retorquiu o Senhor Presidente. 2328

Respondeu a Senhora Chefe de Divisão Dra. Alice Ferrão respondendo que 2329

eram injunções. 2330

Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando ao Senhor 2331

Presidente se tem consciência de que isto em termos de juros já vai em cerca 2332

de 90 mil euros, desses 317 mil euros e isto é dinheiro. 2333

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que aqui nesta casa tem-se 2334

consciência e estamos todos empenhados, já disse o que tinha a dizer e não 2335

tenho mais nada a acrescentar. E perguntarei ao advogado se a sua resposta 2336

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de hoje é juridicamente bastante. 2337

Em relação ao advogado eu até tenho consideração, porque o homem tem 2338

apaziguado e tem tentado chegar a acordo, tal como o Senhor Vereador 2339

Joaquim Lourenço que também se mostrou disponível. 2340

E eu também. – Interveio o Senhor Presidente. 2341

Não sei, digo-lhe de caras, que não sei. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2342

Mas digo-lhe de caras que sim. – Respondeu o Senhor Presidente. 2343

Quando vim há uns anos para receber de uma Vereadora que tinha cá 150 mil 2344

euros, vim cá para receber e foi a partir daí que começaram os problemas, foi 2345

da Variante do Arcozelo da Serra e como eram números muito grandes pedi ao 2346

advogado era de um milhão e seiscentos mil, depois era de diversos processos 2347

e não era só com a Câmara era também com empreiteiros e aquilo tinha que 2348

ter acompanhamento e chamei o advogado que se sentou, cumprimentou 2349

todos, sentamo-nos com educação, ninguém fez nenhuma confusão, foi para 2350

pagar a obra da variante do Arcozelo, em 2006. Recebia da Câmara hoje 50 2351

mil, amanhã 20 mil, depois mais 30 mil e iria recebendo e íamos andando. 2352

Quando a Vereadora Dra. Ana Maria disse que queria pagar aquela obra eu 2353

disse que não, disse que só podia pagar parte da obra, porque não tinha os 2354

autos feitos, a seguir vamos para esta obra ao pé do Turismo e depois vamos 2355

para outra e tudo a mesma coisa e depois faz-me a seguinte pergunta, então o 2356

Senhor Presidente tem conhecimento disso? Eu disse não sei se tem, se não 2357

tem, mas uma coisa é certa, a Dra. Alice já ouviu isto e volto a afirmar, os 2358

políticos não deixam fazer os autos ao Fernando Viegas. Isto é grave para o 2359

Fernando Viegas. Foi verdade. E está a Dra. Alice que não me deixa mentir. 2360

Mas que políticos? Eu? – Perguntou o Senhor Presidente. 2361

Não sei, por isso é que eu disse que não sei, os políticos aqui da Câmara quem 2362

são? - Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2363

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão Dra. 2364

Alice Ferrão dizendo que, em relação aos trabalhos a mais, na altura ninguém 2365

fazia os autos, porque corria o boato nos Serviços Técnicos – o Senhor Eng.º 2366

António Mendes sabe deste assunto - de que não se faziam autos de trabalhos 2367

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a mais porque os políticos não deixavam e quando soube disso comuniquei ao 2368

Senhor Presidente e fizeram-se os autos. 2369

Naquela altura - retomou a palavra o Senhor Fernando Viegas - a Senhora 2370

Vereadora Dra. Ana Maria disse que iria falar com o Senhor Presidente, eu 2371

próprio falei porque não podiam pagar, paguem só aquilo e fica o resto. O 2372

Senhor pode não saber, mas muitas vezes a imagem do Fernando Viegas é 2373

má, mas nunca o prejudiquei a si, nem a nenhum Presidente, sempre cumpri 2374

com as obras. E esta coisa estou à vontade para dizer e se às vezes tem a 2375

imagem do Fernando Viegas é porque arranjam problemas. 2376

Eu já lhe disse olhos nos olhos e seguindo um bom princípio de que “vale mais 2377

um mau acordo do que uma boa demanda”. E não quero que tenha dúvidas 2378

que eu quero um acordo e um acordo implica uma negociação. 2379

Referiu o Senhor Fernando Viegas que em 2006, começaram os problemas aí, 2380

não lhe pagavam porque não tinha os autos, porque os políticos não deixavam 2381

que se elaborassem. Em 2006, a Dra. Ana Maria acompanhada pela Dra. Alice 2382

disse vamos falar e viemos para a semana, só que já não foi essa Vereadora já 2383

foi com o Dr. Luís Tadeu e aí começaram os problemas e nessa reunião eu 2384

com o meu advogado, o Vereador e a Dra. Alice, apresentei-lhe o meu 2385

advogado que não conhecia, cumprimentaram-se e aí é que foi grave, o meu 2386

advogado dirigiu-se ao Dr. Luís Tadeu e disse “Senhor Doutor, por onde vamos 2387

começar?” - porque eram diversas obras - ele dá dois berros e um murro na 2388

mesa, uma falta de respeito, o advogado ficou admirado e levantou-se para se 2389

ir embora. Fomos para Tribunal mas não foi o Fernando Viegas. Por isso paga 2390

ou não me paga? – Perguntou o Senhor Presidente. 2391

Já lhe disse, vou perguntar ao advogado da Câmara se as suas declarações de 2392

hoje são juridicamente bastantes para a resposta à carta que ele mandou. – 2393

respondeu o Senhor Presidente. 2394

Esta carta, para mim, não me diz nada que fique claro, não me diz nada. – 2395

respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2396

É uma falta de respeito para com o advogado. – Retorquiu o Senhor 2397

Presidente. 2398

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Não é falta de respeito, porque o homem só faz aquilo que a Câmara diz. Ele 2399

está aqui a dizer que a Câmara não aceita. Em fevereiro de 2010 ali no 2400

Tribunal numa ação em que vocês pagaram 45 mil euros, o vosso advogado 2401

pediu ao Juiz e a mim, o homem disse em Tribunal, sou eu próprio que quero 2402

resolver isto, o homem até tem tido feito os possíveis. 2403

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que ele faz segundo as orientações do 2404

seu cliente. Tem ordens para procurar tudo para fazer o acordo. O seu 2405

advogado é que no dia em que fomos ao Conselho Superior de Obras 2406

Públicas, onde nunca mais fui, nem sequer sabia ao que ía, para se tentar 2407

fazer um acordo de uma divergência que havia da Estrada de Nabais, o seu 2408

advogado disse perante o Juiz Conselheiro estas palavras “Senhor Juiz 2409

Conselheiro, esta estrada, no Tribunal, o Juiz até há-de mandar desfazê-la 2410

para a voltar a medir para provar que o meu cliente tem razão em relação às 2411

medições”. 2412

Respondeu o Senhor Fernando Viegas, não foi bem assim, eu estava presente 2413

e o Senhor Presidente foi lá duas vezes e a segunda vez até fui eu que falei e 2414

não foi o advogado e o Senhor levantou um processo ao Eng.º Mendes e nem 2415

entrou e primeira vez foi o advogado que falou, a segunda vez fui eu. 2416

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que a primeira vez ouviu o advogado 2417

do Senhor Fernando Viegas dizer aquelas palavras e um advogado que diz isto 2418

ou ele ou o cliente nunca quererão um acordo com a Câmara, foi isto que lá foi 2419

dito e até dizia com seu ar vitorioso que poderia ganhar a demanda. 2420

Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o que o advogado disse foi 2421

em 2006 e a estrada ainda não estava alcatroada, só estava aquele primeiro 2422

piso, se for preciso abre-se a estrada e vê-se o que o é que lá estava 2423

enterrado. 2424

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que o seu advogado disse “esta 2425

estrada, no Tribunal, o Juiz até há-de mandar desfazê-la para a voltar a medir 2426

para provar que o meu cliente tem razão” esta postura é que não é de 2427

negociação. 2428

Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o Senhor Presidente foi 2429

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para lá simplesmente com uma ideia e, aos serviços, era só levantar um auto a 2430

um funcionário e até hoje ainda não vimos esse auto que foi pedido ao 2431

funcionário. 2432

Bom, dinheiro não recebo, toda a gente sabe que a Câmara já tem o dinheiro e 2433

não me paga. Isso é o que interessa. – Terminou o Senhor Fernando Viegas, 2434

retirando-se de seguida da sala de reuniões. 2435

- - - - E não havendo mais assuntos a tratar, pelo Senhor Presidente foi 2436

declarada encerrada a reunião, pelas dezassete horas e trinta minutos, da qual 2437

para constar se lavrou a presente ata, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei 2438

n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão 2439

Executivo, nos termos do n.º 2 do mesmo artigo. 2440

2441

A Chefe de Divisão 2442

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2444

A Câmara Municipal 2445

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