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CÂMARA MUNICIPAL DE GOUVEIA 1 - - - - ATA N.º 23/2012 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, 1 realizada no dia dez de dezembro de dois mil e doze. 2 - - - - Aos dez dias do mês de dezembro do ano de dois mil e doze, nesta 3 cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas 4 quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de 5 Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos 6 Amaro, Presidente, Armando José dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de 7 Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto 8 da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Luís Manuel Tadeu Marques, Vereadores, 9 comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e 10 Aprovisionamento. 11 - - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente 12 para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. 13 - - - - 1. APROVAÇÃO DE ATAS:- Procedeu-se à leitura da ata n.º 22/2012, 14 tendo sido a mesma aprovada, por unanimidade. 15 2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 16 3. INFORMAÇÕES 17 3.1) INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE 18 - - - - 3.1.1) REUNIÃO PÚBLICA DO MÊS DE DEZEMBRO:- Propôs ao 19 Executivo que a reunião pública do mês de dezembro, por ser coincidente com 20 o dia 24 de dezembro, Tolerância de Ponto, se realizasse no dia 20 de 21 dezembro, pelas 18 horas e 30 minutos, tendo merecido a concordância de 22 todos, pelo que devem ser afixados editais públicos a anunciar a alteração da 23 data e hora da reunião. 24 - - - - 3.1.2) JANTAR DE NATAL DA CÂMARA MUNICIPAL:- Informou que o 25 jantar de Natal da Câmara Municipal de Gouveia vai ter lugar no dia 21 de 26 dezembro, pelas 19 horas e 30 minutos, no restaurante “O Albertino”, em 27 Folgosinho. 28 Neste ano, há a particularidade de ser também um jantar solidário, pelo que 29 todas as pessoas que forem, deverão levar bens alimentares não perecíveis 30 que se destinarão à Loja Social. 31

CÂMARA MUNICIPAL DE GOUVEIA de 2012... · CÂMARA MUNICIPAL DE GOUVEIA 1 1 - ... 69 Posto isto, deliberou a Câmara, ... 152 Mais se deliberou submeter a presente propostaà consideração

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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- - - - ATA N.º 23/2012 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, 1

realizada no dia dez de dezembro de dois mil e doze. 2

- - - - Aos dez dias do mês de dezembro do ano de dois mil e doze, nesta 3

cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas 4

quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de 5

Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos 6

Amaro, Presidente, Armando José dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de 7

Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto 8

da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Luís Manuel Tadeu Marques, Vereadores, 9

comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e 10

Aprovisionamento. 11

- - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente 12

para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. 13

- - - - 1. APROVAÇÃO DE ATAS:- Procedeu-se à leitura da ata n.º 22/2012, 14

tendo sido a mesma aprovada, por unanimidade. 15

2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 16

3. INFORMAÇÕES 17

3.1) INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE 18

- - - - 3.1.1) REUNIÃO PÚBLICA DO MÊS DE DEZEMBRO:- Propôs ao 19

Executivo que a reunião pública do mês de dezembro, por ser coincidente com 20

o dia 24 de dezembro, Tolerância de Ponto, se realizasse no dia 20 de 21

dezembro, pelas 18 horas e 30 minutos, tendo merecido a concordância de 22

todos, pelo que devem ser afixados editais públicos a anunciar a alteração da 23

data e hora da reunião. 24

- - - - 3.1.2) JANTAR DE NATAL DA CÂMARA MUNICIPAL:- Informou que o 25

jantar de Natal da Câmara Municipal de Gouveia vai ter lugar no dia 21 de 26

dezembro, pelas 19 horas e 30 minutos, no restaurante “O Albertino”, em 27

Folgosinho. 28

Neste ano, há a particularidade de ser também um jantar solidário, pelo que 29

todas as pessoas que forem, deverão levar bens alimentares não perecíveis 30

que se destinarão à Loja Social. 31

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- - - - 3.1.3) REORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO TERRITÓRIO:- Deu 32

conhecimento do teor de uma carta da Associação Nacional de Municípios 33

Portugueses para o Chefe de Gabinete da Senhora Presidente da Assembleia 34

da República, dando conta de deliberação do Conselho Diretivo da ANMP, 35

solicitando o seguinte e passou a ler: “(…) que esta Reorganização 36

Administrativa das Freguesias promovida pela Assembleia da Republica, 37

através da criação de freguesias por agregação ou por alteração dos limites 38

territoriais, só deve acontecer naqueles casos em que tenha havido pronúncia 39

em tal sentido por parte dos órgãos municipais, e tendo por base exclusiva as 40

deliberações assumidas por esses mesmos órgãos.” 41

4. EXPEDIENTE 42

- - - - Não se analisou expediente na presente reunião. 43

5. DELIBERAÇÕES 44

- - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE DELEGAÇÃO DE 45

COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS NAS JUNTAS DE FREGUESIA EM MATÉRIA 46

DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DE VALETAS, BERMAS, RUAS E 47

PASSEIOS:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida 48

perguntando se as freguesias urbanas estavam excluídas do âmbito desta 49

delegação de competências, ao que Senhor Presidente respondeu que sim e, 50

agora, por razões acrescidas. 51

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando se era 52

possível saber que verbas é que estão associadas a esta delegação de 53

competências. 54

O Senhor Presidente recordou aquilo que, já no ano passado referiu, que se 55

trata de um princípio, ou seja, ou concordamos com a delegação de 56

competências ou não, independentemente das verbas envolvidas. Não se 57

lembra do valor em concreto, pelo que solicitou à Senhora Chefe de Divisão de 58

Finanças que prestasse essa informação. 59

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão de 60

Finanças, Património e Aprovisionamento, Dra. Alice Ferrão, informando que, 61

em relação à delegação e competências, em matéria conservação e limpeza de 62

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valetas, bermas, ruas e passeios é de 61.000,00 Euros, rigorosamente o 63

mesmo que foi concedido no ano de 2012. Quanto à delegação de 64

competências no âmbito da conservação de Escolas, o valor também é o 65

mesmo do corrente ano, ou seja, 22.355,00 Euros. 66

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que era essa 67

a explicação que pretendia obter. 68

Posto isto, deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções dos 69

Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos a favor 70

por parte do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores eleitos pelo 71

Partido Social Democrata e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 72

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a 73

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro, 74

proceder à aprovação da seguinte proposta: 75

“PROPOSTA 76

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS 77

CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DE VALETAS, BERMAS, RUAS E PASSEIOS 78

(Alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, 79

com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro) 80

Considerando que a Câmara Municipal de Gouveia considera um objetivo da maior 81

importância a conservação e limpeza de valetas, bermas, ruas e passeios nas 82

freguesias. 83

Considerando que as Juntas de Freguesia têm um contacto mais próximo da 84

realidade, dinamizando o envolvimento de toda a comunidade no sentido de 85

encontrar formas mais expeditas para a resolução de pequenos problemas que, 86

neste âmbito, envolvem a nossa vivência atual. 87

Propõe-se: 88

Ao abrigo das alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 89

Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, a 90

delegação nas Juntas de Freguesia, para o ano de 2013, depois de devidamente 91

autorizados pelas Assembleias de Freguesia, nas seguintes matérias: 92

Conservação e limpeza de valetas e bermas; 93

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Conservação e limpeza de ruas e passeios.” 94

Mais se deliberou submeter a presente proposta à consideração e aprovação 95

da Assembleia Municipal, nos termos do art.º 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 96

Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 97

de Janeiro. 98

- - - - 5.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE DELEGAÇÃO DE 99

COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS NAS JUNTAS DE FREGUESIA EM MATÉRIA 100

DE AQUECIMENTO, CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO DE 101

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO E 102

DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR:- Usou da palavra o Senhor Presidente 103

referindo que, face do encerramento de algumas escolas, o valor deveria ser 104

menor. Porém, pensa que isso não aconteceu. 105

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão de 106

Finanças, Património e Aprovisionamento, Dra. Alice Ferrão referindo que 107

neste caso ainda não foram feitas as contas finais determinantes do que 108

caberá a cada uma das freguesias aderentes em 2012. Porém o valor total a 109

considerar é de 22.355,00 Euros, que é o que está inscrito no Orçamento de 110

2013. 111

Posto isto, deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções dos 112

Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos a favor 113

por parte do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores eleitos pelo 114

Partido Social Democrata e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 115

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a 116

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro, 117

proceder à aprovação da seguinte proposta: 118

“PROPOSTA 119

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS 120

AQUECIMENTO, CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO DE 121

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO E 122

DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR 123

(Alínea g) do n.º 2 do artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a 124

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redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro) 125

Considerando ser da maior importância a manutenção em adequadas 126

condições de funcionalidade das instalações e equipamentos escolares. 127

Considerando que as Juntas de Freguesia têm um contacto mais próximo da 128

realidade, dinamizando o envolvimento de toda a comunidade no sentido da 129

preservação da sua escola, dispondo, assim, de formas mais expeditas para a 130

resolução de pequenos problemas e solicitações. 131

Propõe-se a delegação de competências nas Juntas de Freguesia, feita através 132

da celebração de um protocolo em que se estabelecem as respetivas 133

competências delegadas, bem como os inerentes meios financeiros a transferir. 134

Mais se propõe que os Protocolos sejam celebrados ao abrigo do disposto na 135

alínea g) do n.º 2 do art.º 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as 136

alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, para 2013, 137

depois de devidamente autorizados pela Assembleia de Freguesia. 138

Propõe-se, ainda, que a Câmara Municipal de Gouveia delegue nas Juntas de 139

Freguesia, a aquisição de combustível para o aquecimento, bem como 140

realização de pequenas obras de conservação e reparação, no ano de 2013, 141

nos estabelecimentos de ensino e de educação da rede pública a seguir 142

indicados e sediados nas freguesias: 143

• Escolas Básicas do 1.º Ciclo 144

• Jardins de Infância 145

Nas ações a realizar pela Junta de Freguesia consideram-se, nomeadamente: 146

• Substituição de vidros e telhas partidas; 147

• Substituição de lâmpadas; 148

• Arranjo de portas, fechaduras, torneiras e autoclismos; 149

• Limpeza das áreas de recreio; 150

• Fornecimento de lenha ou combustível para aquecimento.” 151

Mais se deliberou submeter a presente proposta à consideração e aprovação 152

da Assembleia Municipal, nos termos do art.º 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 153

Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 154

de Janeiro. 155

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- - - - 5.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CONTRATAÇÃO 156

DE EMPRÉSTIMO DE CURTO PRAZO NO MONTANTE ATÉ 772.768,00 157

EUROS:- Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, como fazem 158

todos os anos, o montante do empréstimo de curto prazo a que nos podemos 159

candidatar, segundo a DGAL, é de 772.768,00 Euros. Até aqui, não tem sido 160

necessária a sua utilização, porém não sabemos o que o futuro nos reserva e 161

esta medida é sempre uma boa opção. 162

Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que significa que tem 163

sido feita uma boa gestão do Orçamento, ao não ser utilizado este mecanismo 164

financeiro. 165

É exatamente isso – respondeu o Senhor Presidente – e dito pelo Senhor 166

Vereador Armando Almeida ainda tem mais valor, registo-o com muito agrado, 167

pois é pura verdade. 168

Retorquiu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que há que 169

reconhecer quando há uma boa execução orçamental e sem recurso a este 170

tipo de empréstimo, como tal, não necessita desta previsão antecipada. 171

Acrescentou o Senhor Presidente dizendo que pode nem sempre ser assim, 172

pode não ser só uma regra de boa gestão, pode ser igualmente um bom ato 173

financeiro a absorção atempada de fundos comunitários. O facto de se poder 174

recorrer a este mecanismo assegura-nos alguma tranquilidade, pois se 175

estivermos na eminência de o fazer, fá-lo-emos. O facto de se recorrer a este 176

empréstimo obriga-nos a pagá-lo no prazo de um ano. Por isso temos sempre 177

algum cuidado. 178

Dito isto, a regra de boa gestão verifica-se sempre que, recorrendo a esta via, 179

ela nos traz uma mais-valia. 180

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando dizendo que os 181

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista se iriam abster na votação, mas para 182

terminar queria dizer que, não concordando com as propostas orçamentais, 183

reconhecem que a gestão do orçamento tem sido bem feita. 184

De seguida, procedeu-se à votação da proposta, tendo a Câmara deliberado, 185

por maioria, com três abstenções por parte dos Senhores Vereadores eleitos 186

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pelo Partido Socialista, Armando José dos Santos Almeida, José Manuel 187

Correia Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço e com quatro votos a favor por 188

parte do Senhor Presidente, Álvaro dos Santos Amaro e dos Senhores 189

Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, Luís Manuel Tadeu 190

Marques, Joaquim Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto 191

da Costa e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o 192

n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redação que 193

lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, aprovar a seguinte 194

proposta: 195

“PROPOSTA 196

Empréstimo de Curto Prazo 197

Nº. 1 do artigo 39º. da Lei 2/2007, de 15 de Janeiro 198

Considerando que: 199

- A contração de um empréstimo de curto prazo, ao abrigo do nº. 1 do artigo 200

39º. da Lei 2/2007, de 15 de Janeiro, se destina a ultrapassar dificuldades 201

emergentes de tesouraria, derivadas de anacronismo entre a arrecadação de 202

receitas previstas e o imperativo de satisfazer compromissos com terceiros ou 203

de antecipar fundos provenientes do QREN; 204

- Poderá haver a necessidade acelerar a realização dessas mesmas obras de 205

modo a cumprirmos, perante o QREN, o grau de execução desejável, tendente 206

à obtenção de novos apoios comunitários; 207

- Com este tipo de empréstimo, não haverá necessidade de Visto do Tribunal 208

de Contas, por se tratar de uma operação financeira com a duração de um ano; 209

- Nos anos anteriores este pedido de autorização não foi concretizado, face à 210

boa gestão entre os compromissos assumidos na relação do Fundo Financeiro 211

Disponível. 212

Proponho, como ato de mera gestão de Tesouraria, a autorização para a 213

contratação de um empréstimo de curto prazo, junto da entidade bancária que 214

melhores condições oferecer, de harmonia com os requisitos estipulados no 215

artigo 39º. da Lei 2/2007, de 15 de Janeiro, no montante até 772.768,00 euros.” 216

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8

Mais se deliberou submeter a presente proposta à consideração e aprovação 217

da Assembleia Municipal, nos termos da alínea d) do n.º 2 do art.º 53.º da Lei 218

n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei 219

n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro. 220

- - - - 5.4) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CONTRATAÇÃO 221

DE UM EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO ATÉ AO MONTANTE 222

DE 515.000,00 EUROS:- Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que 223

fruto de uma boa gestão mereceram, junto da DGAL, uma avaliação muito 224

positiva. Assim, tivemos a possibilidade de termos, através de um Despacho do 225

Secretário de Estado do Orçamento ainda do Governo Socialista que este 226

Governo ratificou, um empréstimo excecionado de 300.000,00 Euros, destinado 227

a duas obras específicas: “A Qualificação do Espaço da Antiga Fábrica das 228

Bobines, com a Área Pública Envolvente e Requalificação da Praça do 229

Município” e o “Caminho Natural - Gouveia (Curral do Negro) - Folgosinho-230

Covão da Ponte Limite do Concelho”. Por outro lado vimos o valor do rateio 231

aumentar de 435.000,00 Euros para 800.000,00 Euros, por isso, no total 232

1.100.000,00 Euros. Tudo isto se ficou a dever aos bons indicadores 233

financeiros que apresentamos. 234

Como é evidente - prosseguiu – tivemos que ponderar o seu uso e em segundo 235

lugar como e onde obter. A razão por que vem aqui e agora nesta penúltima 236

reunião de Câmara e que irá à Assembleia Municipal de dezembro, é que o 237

IFDR onde o dinheiro é mais barato, tem regras e alturas muito próprias para a 238

apresentação de candidaturas que não se compadecem com o andamento das 239

obras. É provável que ainda vejamos uma outra candidatura aprovada e, a ser 240

assim, cá viremos pedir as necessárias alterações. 241

E, por isso, consultamos o mercado e assim propõe ao executivo a contratação 242

deste empréstimo de médio e longo prazo, neste montante, até 515.000,00 243

Euros que perfaz o valor que faltava para os 800.000,00 Euros autorizados 244

para este Município. 245

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que o Senhor 246

Presidente, noutros tempos, criticou este tipo de empréstimos, isto é, no seu 247

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9

último mandato à frente da Autarquia vão solicitar um empréstimo a pagar em 248

quinze anos, com três anos de carência, ou seja, já nada vai pagar deste 249

empréstimo e os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista vêm as obras que 250

obrigam a este empréstimo, como não prioritárias, tendo votado contra 251

algumas que foram apresentadas anteriormente. Por outro lado, queria ainda 252

dizer que lhes “cheira” um pouco a obras de campanha eleitoral, sem qualquer 253

ofensa e como tal entendem que não são prioritárias, vão votar contra este 254

empréstimo. 255

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que estes 256

empréstimos e as obras associadas que já foram objeto de candidatura, 257

contrariam aquilo que são as indicações do próprio Governo, a cuja família 258

política o Senhor Presidente pertence. Recorda que o Senhor Secretário 259

Adjunto da Economia, António Henriques fez um desafio às Autarquias, 260

dizendo que “para concentrarem no emprego e competitividade os projetos de 261

candidatura aos fundos comunitários em vez de dar prioridade às obras.” E diz 262

mais “(…) apelando o mesmo aos autarcas para serem realistas.” São pois 263

indicações do seu Governo que aponta um caminho e desafia mesmo, e 264

parece que esse desafio não está a ser seguido pela autarquia gouveense. 265

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, quanto ao não serem 266

prioritários, estão no seu pleno direito de achá-lo. Nós achamos que são 267

essenciais. Está resolvido, nesse aspeto! Cumprem cada um dos Grupos 268

políticos a sua opção. 269

Quanto às declarações proferidas por um membro do Governo, que respeita, 270

concerteza que tem direito a ter as suas opções, não vê que em nada contrarie 271

daquilo que referiu, mas ou aproveitamos ao máximo estes rateios e sempre foi 272

essa a nossa opção, ou perdê-mo-los. Durante dez anos, o nosso rumo foi 273

sempre este e pelos vistos com resultados que estão aí, mesmo que outros 274

discordem de opções, isso é a coisa mais rica que existe na democracia. Como 275

já explicou na Assembleia Municipal, acha que ninguém toma as opções em 276

termos de investimento por questões partidárias, pensa que isto responde, 277

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naturalmente, à questão, afirmação ou suspeita, do Senhor Vereador Armando 278

Almeida ao dizer que lhe “cheira” a campanha eleitoral, mas está no seu direito. 279

Quanto às declarações do membro do Governo, com certeza que o Senhor 280

Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Economia, estando o Governo 281

apostado, e bem, em fazer esses apelos, de que é importante que se tomem 282

essas opções, e é todavia importante que se realizem investimentos, que se 283

promova o empreendedorismo, a criação de emprego e se o Senhor Vereador 284

chegar a ser um dia a Presidente da Câmara verificará isso mesmo. Isto faz-lhe 285

lembrar quando, em 1995, era candidato a Deputado e recorda-se bem que a 286

grande dialética que existiu em Portugal era, citando António Guterres, “contra 287

a política de betão”. De 1995 até 2001 o quanto se investiu de uma maneira 288

impressionante na política de betão. Ou seja, isto é transversal a todos os 289

partidos políticos, há sempre aquelas marés, todos nós ouvimos seja deste 290

Governo, seja do Governo anterior, que agora se iniciam os novos ciclos da 291

política imaterial, novos ciclos da política das requalificações urbanas, que é o 292

máximo de “betão” e parece que já não se deve fazer mais nada. De resto o 293

QREN já não tem mais um cêntimo para alcatrão. Pois bem, somos todos 294

políticos aqui em Gouveia, o QREN não financia, mas vamos ter que fazer as 295

obras, mas já não vamos ter financiamento para se repavimentar a Estrada 296

Gouveia/S.Paio. Ainda tentámos batalhar, sem resultados, pelo que, mais ano, 297

menos ano, a Estrada Gouveia/S.Paio tem que ser requalificada. Conseguimos 298

incluir aquele início de troço da EN 232 na Requalificação do Espaço da 299

Bobines, pois caso contrário, a Câmara também teria que o fazer, porque está 300

deteriorada. 301

Considera que isto é transversal aos partidos todos, faz parte do bom discurso 302

político. Qual de nós é contra? Ele não é de certeza, assim como nenhum dos 303

presentes que se estimule a economia, mas há obras que nunca se poderão 304

pôr de lado, em absoluto. 305

Discutido o assunto, deliberou a Câmara, por maioria, com três votos contra 306

por parte dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Armando 307

José dos Santos Almeida, José Manuel Correia Santos Mota e Glória Cardoso 308

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Lourenço e com quatro votos a favor por parte do Senhor Presidente, Álvaro 309

dos Santos Amaro e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social 310

Democrata, Luís Manuel Tadeu Marques, Joaquim Lourenço de Sousa e Laura 311

Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa e em minuta de modo a produzir 312

efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 313

de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 314

11 de Janeiro, proceder à aprovação da proposta que a seguir se transcreve: 315

PROPOSTA 316

EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO, NO MONTANTE até 317

515.000,00 Euros 318

Considerando que: 319

1 – O Município de Gouveia, através de rateio do endividamento de médio e 320

longo prazo ao abrigo do previsto no nº. 2 e no nº.7 do artigo 66º. do 321

Orçamento de Estado para 2012, efetuado pela Direção Geral das Autarquias 322

Locais, viu o seu limite aumentar de 435.229,00, para 800,939,00 euros; 323

2 – A Câmara Municipal de Gouveia, irá iniciar, em 2013, diversos 324

investimentos, uns com hipóteses de candidatura aos fundos comunitários e 325

outros sem qualquer apoio exterior ao Orçamento Municipal; 326

3 - 0 montante deste empréstimo, até 515.000,00 euros, se enquadra dentro da 327

capacidade de endividamento rateada, face à evolução positiva registada em 328

2011, na situação financeira do Município de Gouveia. 329

Propomos: 330

a)- Que a Câmara Municipal delibere no sentido do solicitar ao Órgão 331

Deliberativo, nos termos do no.4 do artigo 540 da Lei no. 169/99, do 18 do 332

Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei no. 5-A/2002, de 16 de 333

Janeiro, a necessária autorização para a contração de um empréstimo de 334

médio e longo prazo, até ao montante 515.000,00 Euros, junto da CAIXA DE 335

CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, com sede em 336

Seia, no Largo Marques da Silva, nas condições que se anexam a esta 337

proposta; 338

b)- Que o produto do empréstimo se destine ao financiamento de parte das dos 339

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12

custos de realização das obras seguintes: 340

- Construção de um Sintético de Vila Nova de Tazem –31.500,00 euros (75% 341

componente nacional); 342

- Requalificação e Pavimentação do Troço Urbano da Estrada do Seminário – 343

135.000,00 euros (90% do Investimento total); 344

- Arruamentos, Vias e Espaços Verdes – 252.000,00 euros (90% do 345

investimento total); 346

- Espaço de Lazer em S.Paio – 17.428,00 euros (75% componente nacional); 347

-Beneficiação do acesso pedonal na Avenida Botto Machado – 25.200 euros 348

(90% do investimento total); 349

- Construção da Quarentena e Clínica do Parque Ecológico de Gouveia – 29 350

700 euros (90% do investimento total); 351

c)- Esta proposta seja submetida ao Órgão Deliberativo para aprovação das 352

alterações introduzidas, devendo esta proposta obedecer aos requisitos 353

precisos dos artigos 14º. e 15º. da Resolução nº. 14/2011 do Tribunal de 354

Contas.” 355

- - - - 5.5) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CONTRATO 356

PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICIPIO DE GOUVEIA E A DLCG - 357

DESPORTO, LAZER E CULTURA DE GOUVEIA, EEM, PARA O ANO DE 358

2013:- Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que a 359

leitura deste Contrato Programa e ao mesmo tempo do Plano de Atividades e 360

Orçamento da DLCG que pensa que poderão ser analisados em conjunto, lhe 361

suscita algumas dúvidas de legalidade. Verificaram que, para já, é um contrato 362

muito cauteloso pois inclui a salvaguarda, logo à partida, que não viu em 363

nenhum documento, da entrada em vigor só depois do Visto do Tribunal de 364

Contas, para além depois da reserva, em caso de haver compensação, não 365

sendo culpabilizado este ou aquele. Basta analisar o último documento para 366

verificar que isto nunca esteve previsto, é a primeira vez. 367

Depois contraria a Lei n.º 50/2012, que aponta para a dissolução da DLCG – 368

Empresa Municipal, no prazo de seis meses que terminam em fins de fevereiro. 369

Contraria também o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), cujo Plano 370

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13

aqui aprovamos, no Quadro III, que contempla uma verba, para 2013, com 371

cerca de 300.000,00 euros para o funcionamento da DLCG e agora verificamos 372

que esse montante estipulado e aprovado está em contradição, porque no 373

Contrato Programa contempla mais de um milhão de euros. Existe pois uma 374

contradição entre aquilo que está no PAEL e o consubstanciado no Contrato 375

Programa. 376

As transferências para a DLCG - continuou - enfermam dos mesmos erros do 377

ano anterior e já levantados pelo Tribunal de Contas, que conduziu à correção 378

neste Executivo da designação das verbas transferidas. Este contrato é a 379

tentativa de prolongar a vida a quem já tem a morte anunciada aguardando 380

apenas o funeral dele. Melhor seria que todos assumíssemos, de facto, a 381

responsabilidade e a inevitabilidade da sua extinção e acautelássemos o mais 382

que possível alguns postos de trabalho e a prestação de serviço aos 383

gouveenses. 384

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que não há nenhuma 385

contradição nem incoerência com a Lei 50/2012. A Lei que estabelece um 386

conjunto de critérios que não se verificando, até finais de fevereiro, tem que 387

haver uma deliberação para a extinção da Empresa Municipal. Estamos em 388

meados de dezembro de modo que, dito isto, temos que é nosso dever ou pelo 389

menos a nossa ideia e, a seu ver certa, de que se têm que comportar, hoje, 390

como se nada viesse a acontecer, em 2013, porque não tem como 100% 391

seguro que assim seja e se a Empresa tiver que ser extinta, se fará a sua 392

dissolução na oportunidade. Tanto ele como outros Presidentes de Câmara, 393

outros eleitos locais e a ANMP pugnam para que esta situação não se 394

verifique. Como já referiu e acabou de ser informado, na semana passada, a 395

ANMP, já não espera e a seu ver bem, pela Lei do Setor Empresarial para 396

suscitar a declaração de inconstitucionalidade por duas razões: Primeira, pela 397

falta de equidade; Segunda, pelo caráter de retroatividade desta Lei que tem, 398

de resto, algo que não é preciso serem muito especialistas para ver o quanto 399

errado é. Uma das coisas que lá tem é calcular os indicadores com base nos 400

últimos três anos. Então o ano de 2012 não conta, então quais são os três 401

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14

anos? 2009, 2010 e 2011 que levam a uma aplicação retroativa? Está errado. 402

De maneira que, se outras razões não houvessem, estas eram para nós razões 403

suficientes para nos comportarmos hoje, em termos de Orçamento e Contrato 404

Programa da DLCG, como se nada fosse acontecer. Se ocorrer, naturalmente 405

que teremos a situação acautelada ou no sentido de trabalharmos e 406

acautelarmos os postos de trabalho ou o maior número possível de postos de 407

trabalho, respeitando naturalmente os critérios da Lei, ou providenciando no 408

sentido da sua extinção. Vamos portanto comportar como se Empresa 409

continuasse a desenvolver o seu trabalho normalmente como aliás sucederá a 410

partir de 1 de janeiro de 2013. Como o Contrato Programa tem que ir para o 411

Tribunal de Contas, só produzirá efeitos a partir do Visto. Quanto à sua 412

remessa para o Tribunal de Contas já no ano corrente foi assim e obtivemos o 413

necessário Visto. 414

Quanto ao PAEL espera que não haja nenhuma incoerência. 415

Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço referindo que é 416

evidente que o Contrato Programa está corrigido de acordo com a 417

recomendação do Tribunal de Contas do ano anterior, estando as 418

transferências classificadas como subsídio à exploração. 419

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão, Dra. 420

Alice Ferrão, referindo que no ano passado estes 567.000,00 Euros estavam 421

todos classificados como transferências correntes, o que este ano não se 422

verifica, pois estão classificadas como subsídio à exploração. Só os 86.000,00 423

que dizem a atividades extra gestão de exploração, é que são fruto de uma 424

transferência corrente, pois destinam-se à realização de eventos. 425

Retomou a palavra o Senhor Vereador José Santos Mota pretendendo uma 426

explicação para a discrepância entre os documentos do PAEL, nomeadamente 427

o Quadro III, em que diz que em 2013 há uma transferência de 300.000,00 428

euros, não estando prevista qualquer transferência para a empresa a partir daí, 429

não sendo isso que aparece agora no Orçamento da Câmara. 430

Retomou a palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que na 431

altura o PAEL tinha o Programa I, com regras bastantes apertadas e o 432

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Programa II, que era um Programa aberto que tinha estratégias de 433

funcionamento para os próximos anos, quer da arrecadação das receitas quer 434

da forma como iriamos prever as despesas. É provável que tenhamos estimado 435

que a Empresa Municipal, nesse parâmetro, como só necessitando de 436

300.000,00 euros, durante o ano de 2013 porque, à semelhança do que disse 437

aqui, no ano passado era intenção passar uma série de coisas que, neste 438

momento, vão como subsídios à exploração, para contratação, para a empresa 439

faturar, porque senão jamais deixa de responder àquilo que são os critérios que 440

são impostos. É a estratégia do ano passado, não conseguimos chegar mesmo 441

assim a esse nível, sendo impossível gerir equipamentos sociais como a 442

Empresa Municipal gere, é irrealizável chegar a esse nível de faturação, bem 443

tentamos no ano passado, insistimos este ano, mas é inexequível lá chegar. De 444

modo que qualquer Governo da República que pense que gerir equipamentos 445

sociais não é só em Gouveia, mesmo em Coimbra, é fácil, não é. Sabemos que 446

o custo de funcionamento de qualquer um destes equipamentos é 447

imensamente elevado para aquilo que se pode cobrar, agora acha que nós, 448

sobretudo no Interior do País, não podemos deixar de ter serviços que são 449

essenciais e necessários para as populações e diz da sua experiência, porque 450

já passou pela gestão de recursos humanos do Município e pela Presidência 451

da Empresa e sabe bem avaliar qual é a diferença em termos de gestão de 452

uma parte e da outra e do custo que tem também. 453

É pena que isto aconteça, porque esta Empresa felizmente não tem passivo, 454

paga a tempo e horas aos seus fornecedores e nos últimos anos os subsídios à 455

exploração para a Empresa Municipal têm vindo a baixar gradualmente, porque 456

não é só o aperto que tem havido nas famílias portuguesas, na gestão da 457

Câmara Municipal, mas também na Empresa Municipal. Acha que era bom 458

reconhecer esta realidade, porque se reflete nos contratos programas quer do 459

ano passado, quer nas Contas, em que tem havido rigor e racionalização, 460

relativamente à despesa para se manter mesmo assim a qualidade de 461

funcionamento dos serviços. 462

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Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que até hoje não conseguia 463

compreender esse “fetiche” dos Senhores Vereadores eleitos pelo partido 464

Socialista para com a DLCG. Na questão das Empresas Municipais, ele próprio 465

pensou amadoramente antes de propôr a sua criação, existia uma criada pela 466

Câmara anterior que extinguimos e que para nada servia, não teve conteúdo. 467

Chegou a dizer isso na sua campanha, em 2001, ao seu opositor, mas ele 468

disse que iria criar mais, mas a questão é que ainda se lembra de qual foi a 469

nossa última discussão na última sessão da Assembleia Municipal. Já pediu 470

para as Empresas deste tipo serem vistas de outra forma pela Lei pelo 471

Governo, mas infelizmente também os comentadores e analistas portugueses 472

não percebem muitas vezes das coisas, mas falam pela rama e fazem notícia, 473

dizem isto como se fosse tudo igual e o Governo não teve a coragem que devia 474

ter tido, de distinguir os tipos de empresas municipais. É uma Lei cega de que 475

quem não tiver aquelas regras é extinta. Isto é um disparate. Agora que lhe 476

diga que devia haver uma regionalização e uma eventual extinção das 477

empresas municipais, admite que sim, mas não desta maneira cega, porque há 478

empresas municipais que nasceram e cresceram para fazer aquilo que o 479

Senhor Vereador Joaquim Lourenço acabou de relatar. E, uma de duas, ou vai 480

haver algumas regras menos apertadas em termos de gestão e não é apenas 481

regras financeira ou irão haver imensas dificuldades para gerir equipamentos 482

como aqueles que a Empresa gere. 483

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo 484

que esta Empresa Municipal não serviu para pagar vencimentos milionários à 485

Administração, nem serviu para esconder dívida do Município. 486

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que isso é verdade, 487

mas serviu para outras coisas e já na anterior reunião de Câmara vimos isso. 488

Serviu para gerir os equipamentos e para os Vereadores eleitos pelo Partido 489

Socialista, serviu para quê? – Perguntou o Senhor Presidente. 490

Para dar empregos a quem de facto não tinha de estar na Empresa Municipal. 491

Chegamos na última reunião a essa conclusão. Quando é que um engenheiro 492

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17

civil tem cabimento na Empresa Municipal, assim como outras pessoas que 493

não têm justificação ali permanecerem. 494

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que o que chegamos à 495

conclusão e foi honesto quando o disse, justamente pelas dificuldades que 496

acabamos de dizer, a empresa municipal acaba por ser um instrumento de 497

gestão mais flexível e lhe garante que nestes últimos quatro, cinco, seis anos, o 498

Senhor não tinha possibilidade de arcar ou de se responsabilizar tecnicamente 499

com algumas situações que consideramos imprescindíveis. 500

Mas se o Senhor Vereador disser que a Empresa deve ser extinta porque para 501

aquilo que foi criada não está a prosseguir os seus fins e é apenas o depósito 502

dos “jobs for the boys” ou para os tais vencimentos, como infelizmente, ao que 503

lhe dizem, o tal livro branco das 400 e tal empresas, parece que dita, aí sim! 504

Mas não é esse o caso. 505

E por isso é que há uma crítica séria da esquerda à direita, é uma Lei cega, 506

ainda por cima com aplicação retroativa, para quem vê uma Empresa Municipal 507

com objetivos, finalidades e instrumentos de gestão que nós temos visto. 508

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que o que é 509

certo é que vamos ter um problema, ou seja, a verificar-se o encerramento da 510

Empresa como é que os 43 trabalhadores vão ficar, quando a Troika impõe 511

uma redução de 2%, aliás o próprio PAEL também impõe, a redução de 2%, ao 512

ano. 513

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida considerando que este 514

era o momento importante para discutir a Empresa Municipal, os gouveenses 515

têm direito a ter uma piscina com água aquecida, um cinema com as condições 516

que tem, é evidente que isso tem custos e sabemos que têm que ser 517

suportados pelo Município. O que está em causa para o Senhor Vereador é 518

saber se a gestão destes espaços e não há estudos nenhuns que o 519

comprovem, se não seria mais eficaz e se não haveria ganhos, se fossem 520

feitos pelo próprio Município e não através da Empresa Municipal. Entendemos 521

que este era o momento para discutir o assunto, mas o Senhor Presidente 522

entende que se deve avançar e não se preocupar com este problema, pelo que 523

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em relação aos documentos apresentados, os Vereadores eleitos pelo Partido 524

Socialista votam contra. 525

Esclarecido o assunto, deliberou a Câmara, por maioria, com três votos contra 526

dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com três votos a 527

favor por parte do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores eleitos pelo 528

Partido Social Democrata, tendo o Senhor Presidente usado o voto de 529

qualidade, nos termos do n.º 2 do artigo 89.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 530

setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 531

de janeiro e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos de acordo com o 532

n.º 3 do artigo 92.º do citado diploma legal, proceder à aprovação do “Contrato 533

Programa a celebrar entre o Município de Gouveia e a DLCG – Desporto, 534

Lazer e Cultura de Gouveia, EEM, para o ano de 2013”, nos termos do 535

documento que se encontra anexo à presente ata e dela fica a fazer parte 536

integrante. 537

O Senhor Vereador Joaquim Lourenço não participou na presente votação, nos 538

termos do n.º 6 do art.º 90.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a 539

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 540

Mais se deliberou submeter a presente proposta à consideração da Assembleia 541

Municipal, nos termos do n.º 5 do art.º 47.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto. 542

- - - - 5.6) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DO PLANO DE 543

ACTIVIDADES E ORÇAMENTO PREVISIONAL DA DLCG – DESPORTO, 544

LAZER E CULTURA DE GOUVEIA, EEM, PARA O ANO DE 2013:- Deliberou 545

a Câmara, por maioria, com três votos contra dos Senhores Vereadores eleitos 546

pelo Partido Socialista e com três votos a favor por parte do Senhor Presidente 547

e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, tendo o 548

Senhor Presidente usado o voto de qualidade, nos termos do n.º 2 do art.º 89.º 549

da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida 550

pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro e em minuta de modo a produzir 551

efeitos imediatos de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º do citado diploma legal, 552

proceder à aprovação do Plano de Atividades e Orçamento Previsional da 553

DLCG - Desporto, Lazer e Cultura de Gouveia, EEM, para o ano de 2013, 554

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cujos documentos se encontram anexos à presente Ata e dela ficam a fazer 555

parte integrante. 556

O Senhor Vereador Joaquim Lourenço não participou na presente votação, nos 557

termos do n.º 6 do art.º 90.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a 558

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 559

- - - - 5.7) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À 560

TABELA DE TAXAS, TARIFAS E DEMAIS RECEITAS DO MUNICÍPIO DE 561

GOUVEIA PARA O ANO DE 2013:- Usou da palavra o Senhor Presidente 562

referindo que, com base no parecer técnico anexo à proposta, poderíamos ter 563

outros valores que não estes. Sem esquecermos a componente social que, 564

naturalmente, tem que existir, a Lei determina que a diferença entre o custo de 565

um serviço que é prestado ou de um bem que é fornecido e o preço pelo qual é 566

vendido, deverá ser diminuta. Porém tendo em atenção a situação de crise que 567

vivemos quedamo-nos pelo acréscimo de, apenas, 3%. 568

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que a Tabela 569

de Taxas cumpre rigorosamente o PAEL no que concerne ao aumento de 3% 570

das taxas. 571

O que já não percebe é em relação às tarifas pois tem uma variação de 572

aumentos para o qual não tem explicação entre 0 e mais de 11%, pretendendo 573

saber que critérios foram definidos para que ao passar de 5 a 10, a taxa é de 574

3,7%, de 10 a 15, é de 4,12%, depois quando é de 15-20 que é um escalão 575

maior, a taxa diminuiu. 576

Devidamente autorizado usou da palavra o Senhor Chefe de Divisão de 577

Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes, referindo que a intenção foi 578

analisar os escalões superiores, no sentido de inibir os consumos excessivos. 579

Os consumidores que na sua grande percentagem se enquadram nos escalões 580

0-5, 5-10, 10-15, tiveram uma média de crescimento semelhante à das taxas. A 581

partir daí, há um penalizar de quem gasta acima disso, ou seja, é considerado 582

que para um consumidor comum essa água já é excessiva, portanto 583

penalizamos quem enche as piscinas no Verão, quem utiliza a água para 584

regas, quem não se preocupa com perdas. No fundo é uma forma de obrigar as 585

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pessoas a terem o cuidado de consumir a água o quanto baste, porque 586

sabemos que o custo que pagamos às Águas Zêzere e Côa já não cobre, para 587

além das questões ambientais que estão por trás. Tem a ver com um inibidor 588

de consumo para os escalões superiores. 589

Retomou a palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que 590

concorda com essa explicação, mas não corresponde à realidade. 591

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que se o Senhor Vereador 592

subscreve a medida e é essa a nossa intenção, se isto não estiver 593

contemplado na proposta há um erro técnico que tem que se emendar. Se já 594

concordamos com o princípio e já fica satisfeito com isso, se este princípio que 595

é o nosso princípio que tem a sua concordância não estiver devidamente 596

espelhado está errado, fizemos mal as contas. 597

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dando conta 598

de que a subida do 1.º escalão das águas é de 4%, no 2.º escalão é de 3,7%, 599

pela lógica devia subir ou pelo menos manter, no 3.º escalão é 4,12%, 600

aumentou e depois volta a descer 4,10% e depois 5,9%, depois volta a baixar e 601

depois volta a subir, um critério de aumento do consumo não está espelhado. 602

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que, a ser assim, está errado, 603

vamos ter que alterar, se concordamos com o princípio e o princípio que foi 604

explicado é o correto feitas as contas. 605

Interveio a Senhora Vereadora Laura Costa explicando que está arredondado à 606

unidade, nos primeiros dois escalões, se é 3,9%, arredonda a 3%. 607

Retorquiu o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que não pode 608

arredondar às unidades, tem a aproximação à centésima que é para não haver 609

dúvidas, aí não há dúvidas sobre isso, 4%, 3,7%, 4,12%, 4,10%, 5,9%, 5% e 610

5,7%, é isto que está na proposta. 611

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que não se vai prender a isso. 612

Usou da palavra o Senhor Chefe de Divisão Eng.º António Mendes referindo 613

que a intenção foi de 3%, 3%, 4%, 4%, 5%, 5%, 5%, o 5,9% como é evidente é 614

o 5%, a intenção e aquilo que se colocou na folha foi 3%, nos 1.º e 2.º escalão, 615

4%, nos 3.º e 4.º escalão e 5%, nos restantes escalões, sendo que esta 616

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percentagem aplicada aos valores maiores dá ainda um acréscimo percentual 617

em valores brutos muito mais. 618

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que se o princípio é este, podem 619

confirmar-se as contas e retificar, pois pode ter havido algum lapso. 620

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que, em termos 621

matemáticos, centésimas, é uma aproximação mais do que suficiente, mas o 622

que vê é que de 4,12% baixa para 4,10% depois sobe para 5,9% e volta a 623

descer, é isto que está aqui em causa, no entanto concorda com o princípio. 624

Em relação a Vila Nova de Tazem, existem aumentos no 1.º escalão de 9,76%, 625

mas o problema é que não há aqui justificação, dando exemplo, Vila Nova de 626

Tazem, 9,76%, no 1.º escalão, no 2.º escalão de 3,92%, depois 11,25%, há 627

qualquer coisa que não bate certo. 628

Usou da palavra o Senhor Chefe de Divisão Eng.º António Mendes referindo 629

tem uma explicação técnica, no ano passado não se seguiu um critério 630

uniforme, ou seja, as diferenças entre os valores dos escalões quer praticado 631

pela Câmara de Gouveia, quer para as outras freguesias, que para Vila Nova 632

de Tazem são díspares, há uma aproximação gradual dos escalões que eles 633

tinha. O critério deste ano foi, aos preços de Vila Nova de Tazem, do ano 634

passado, aplicou-se exatamente as mesmas percentagens, 3%, 3%, 4%, 4%, 635

5%, 5%, 5%, daí dá um diferencial para cada escalão do que se vai praticar em 636

Gouveia do que se pratica em Vila Nova de Tazem. A esse diferencial foi 637

aplicado 30% e esses 30% foram adicionados ao valor do aumento dos 3% ou 638

dos 4% ou dos 5% em cada escalão, para esse diferencial seja diluído em 639

cerca três anos. Acrescentou-se a mesma percentagem, calculou-se o 640

diferencial mesmo assim do que é praticado em Gouveia, do que é praticado 641

em Vila Nova de Tazem a esse diferencial foi multiplicado por 0,3%, o resultado 642

disso foi somado àquele valor, daí as percentagens não terem essa relação, 643

porque a relação é uma relação de base que está no próprio critério. 644

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que o critério 645

de base, com o qual todos concordam, que é, quem mais consume, mais deve 646

pagar, não se espelha na Tabela das Tarifas. 647

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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Respondeu o Senhor Chefe de Divisão Eng.º António Mendes dizendo que 648

esse está explícito no primeiro crescimento, ou seja, aos valores base de 2012, 649

são aplicados exatamente os mesmos critérios, aí é garantido, depois, 650

pretende-se uma aproximação divido por 0,3%, para que daqui por três anos 651

ou cerca disso, se consiga chegar à igualização dos preços, o critério em si 652

está na primeira parte que foi multiplicado por 3, por 4 ou por 5 aquilo que já 653

existia, o resto é matemático. 654

Usou novamente da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que 655

fica a referência às tarifas de água relativamente à maior parte das freguesias 656

que não há um critério uniforme. 657

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que durante décadas não foi 658

uniforme, as orientações que foram dadas foi de 3%, 3%, 4%, 4%, 5%, 5%, 659

5%, foi esse o nosso entendimento, vamos com certeza ver se há algum 660

arredondamento a fazer. De seguida colocou a proposta à votação. 661

“Considerando que: 662

- Constituem receitas municipais, nos termos da alínea c) do artº. 10º. da Lei 663

2/2007, (Lei das Finanças Locais), o produto da cobrança de taxas e preços 664

resultantes da concessão de licenças e de prestação de serviços pelo 665

Município de acordo com o disposto nos artigos 15º. e 16º.” 666

- Que a Lei 53-E/2006, de 29 de dezembro alterou o regime jurídico das taxas 667

das autarquias introduzindo um novo regime de regulação das relações 668

jurídico-tributárias geradores da obrigação de pagamento de taxas às 669

autarquias locais, a qual entrou em vigor no ano de 2011 670

- De harmonia com o previsto na alínea c) do n.º 2 do art.º 8.º da referida Lei 671

53-E/2066, a obrigatória atualização do Estudo de Fundamentação Económica 672

e Financeira do valor real das taxas para 2013, fica fundamentado no parecer 673

técnico anexo, da responsabilidade da entidade que elaborou o estudo inicial e 674

posteriores atualizações. 675

- A Lei obriga a que seja encontrada uma equivalência entre o serviço prestado 676

ao Munícipe e o pagamento efetuado para que se operacionalize sendo, para 677

tanto, fundamental a determinação do custo total. 678

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

23

- Se verifica na maior parte das taxas municipais e individualmente 679

consideradas que o diferencial entre o custo real e o valor cobrado, em muitos 680

casos e em média, ascende a mais de 90%. 681

- O aumento dos valores a praticar se apresenta adequado, como 682

indispensável, tendo em vista a obtenção de uma redução gradual e 683

sistemática dos défices que se verificam. 684

- Interessa prosseguir o interesse público local e a satisfação das necessidades 685

financeiras da autarquia de modo a promover atividades sociais, educativas, de 686

qualificação urbanística, territorial e ambiental, entre outros; 687

- Face à Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso, Lei 8/2012, de 21 de 688

fevereiro, os pagamentos só podem ser realizados quando os compromissos 689

tiverem sido assumidos, em função do Fundo Disponível, não podendo contrair 690

despesa sem que se verifique a figura do Fundo Disponível positivo. 691

- Se mantém o incentivo à atividade económica do concelho materializado na 692

continuidade das ações cujo retorno é avaliado, fundamentalmente, em termos 693

de ajuda indireta à economia local. 694

Delibera a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte dos Senhores 695

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos a favor por parte 696

do Senhor Presidente da Câmara e dos Senhores Vereadores eleitos pelo 697

Partido Social Democrata, proceder à aprovação da Tabela de Taxas, Tarifas 698

e outras Receitas do Município de Gouveia, para vigorar no ano de 2013, 699

de acordo com o documento que se encontra anexo à presente Ata e dela fica 700

a fazer parte integrante e que nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da 701

Lei n.º 166/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei 5-A/2002, de 11 de 702

Janeiro, seja submetida à consideração da Assembleia Municipal de Gouveia, 703

ao abrigo da alínea e) do nº.2 do artigo 53.º da referida Lei.” 704

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos 705

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º do citado diploma legal. 706

- - - - 5.8) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DAS 707

TARIFAS DE ÁGUA, SANEAMENTO E RESIDUOS SÓLIDOS PARA O ANO 708

DE 2013: - “Considerando que, nos termos da alínea a) do nº. 3 do artigo 16º 709

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24

da Lei nº.2/2007, de 15 de Janeiro (Lei das Finanças Locais), os Municípios 710

podem fixar os preços e demais instrumentos de remuneração, relativos aos 711

serviços prestados no âmbito do abastecimento público de água, saneamento 712

de águas residuais e gestão de resíduos sólidos; 713

- Considerando que, ao abrigo da mesma disposição legal, os bens fornecidos 714

em gestão direta pelas unidades orgânicas municipais, não devem ser 715

inferiores aos custos direta e indiretamente suportados com a prestação 716

desses serviços e com o fornecimento desses bens; 717

- Considerando que a necessidade de dar cumprimento ao previsto na alínea c) 718

do n.º 2 do art.º 8.º da referida Lei 53-E/2066, a obrigatória atualização do 719

Estudo de Fundamentação Económica e Financeira, fica fundamentada no 720

parecer técnico anexo, da responsabilidade da entidade que elaborou o estudo 721

inicial (onde se incluíram as tarifas), bem como as posteriores atualizações. Tal 722

parecer justifica a total pertinência em adotar como válido, para o ano de 2013, 723

o Modelo de Fundamentação Económico e Financeiro aprovado para o ano de 724

2011, solução que se aceita e se propõe. 725

- A Lei obriga a que seja encontrada uma equivalência entre o serviço 726

prestado ao Munícipe e o pagamento efetuado para que se operacionalize 727

sendo, para tanto, fundamental a determinação do custo total. 728

- Se verifica para a totalidade das tarifas municipais e individualmente 729

consideradas que o diferencial entre o custo real e o valor cobrado, é 730

substancialmente superior ao incremento das tarifas que se propõe para o ano 731

de 2013. 732

- O aumento dos valores a praticar se apresenta adequado, como 733

indispensável, tendo em vista a obtenção de uma redução gradual e 734

sistemática dos défices que se verificam. 735

- Face à Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso, Lei 8/2012, de 21 de 736

fevereiro, os pagamentos só podem ser realizados quando os compromissos 737

tiverem sido assumidos, em função do Fundo Disponível, não podendo contrair 738

despesa sem que se verifique a figura do Fundo Disponível positivo. 739

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

25

- Considerando que é intenção dos Municípios, no âmbito dos princípios de 740

harmonização das regras plicáveis na Comunidade Intermunicipal da Serra da 741

Estrela, aproximar os preços e tarifários até à equalização, na área e concelhos 742

que a integram. 743

- Considerando, os aumentos propostos para as respetivas tarifas têm por 744

objetivo a tendente aproximação do custo cobrado ao custo real, cumprindo as 745

recomendações da entidade reguladora (ERSAR) que, a curto prazo, se 746

transformarão em obrigatórias. 747

- Considerando que os aumentos propostos, ainda assim, refletem uma 748

preocupação de proteção social, uma vez que o crescimento dos tarifários nos 749

escalões inferiores, onde generalizadamente se enquadram os consumidores 750

que menor disponibilidade económica, é bastante inferior ao proposto para os 751

escalões de consumo elevado, bem como ainda se mantêm inalterados os 752

valores para os consumidores protegidos. 753

- Considerando que a diferença entre o tarifário proposto para a freguesia de 754

Vila Nova de Tazem e o proposto para as restantes freguesias de que o 755

Município é entidade gestora, se enquadra no princípio tendencial de 756

aproximação e equalização, conforme definido e aprovado no ano de 757

integração daquele sistema na gestão do Município. 758

Delibera a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte dos Senhores 759

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos a favor por parte 760

do Senhor Presidente da Câmara e dos Senhores Vereadores eleitos pelo 761

Partido Social Democrata e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos de 762

acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 166/99, de 18 de Setembro, 763

alterada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à aprovação dos 764

tarifários relativos ao abastecimento público de água, saneamento de 765

águas residuais e gestão de resíduos sólidos, para o ano de 2013, ao 766

abrigo da alínea j) do n.º 1 do art.º 64 do citado diploma legal, de acordo com o 767

documento que se encontra anexo à presente Ata e dela fica a fazer parte 768

integrante.” 769

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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- - - - 5.9) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE EMISSÃO DE 770

AUTORIZAÇÃO PRÉVIA GENÉRICA FAVORÁVEL À ASSUNÇÃO DE 771

COMPROMISSOS PLURIANUAIS POR PARTE DA ASSEMBLEIA 772

MUNICIPAL:- Deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte 773

dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Armando José dos 774

Santos Almeida, José Manuel Correia Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço 775

e com quatro votos a favor por parte do Senhor Presidente, Álvaro dos Santos 776

Amaro e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, Luís 777

Manuel Tadeu Marques, Joaquim Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha 778

Oliveira Pinto da Costa, proceder à aprovação da “Proposta de Autorização 779

Genérica para Dispensa de Autorização Prévia da Assembleia Municipal” 780

e que a seguir se reproduz: 781

“Considerando o disposto no artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de 782

Junho, adaptado à Administração Local, que determina que a abertura de 783

procedimento relativo a despesas que deem lugar a encargo orçamental em 784

mais de um ano económico ou em ano que não seja o da sua realização, 785

designadamente com a aquisição de serviços e bens através de locação com 786

opção de compra, locação financeira, locação-venda ou compra a prestações 787

com encargos, não pode ser efetivada sem prévia autorização conferida pelo 788

Órgão Deliberativo salvo quando: 789 a) Resultem de planos ou programas plurianuais legalmente aprovados; 790

b) Os seus encargos não excedam o limite de 20 000 contos (99.759,58 €) em cada um dos anos 791

económicos seguintes ao da sua contração e o prazo de execução de três anos. 792

Considerando que, conforme dispõe a alínea c) do n.º 1 do art.º 6.º da Lei n.º 793

8/2012, de 21 de Fevereiro (Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em 794

Atraso), a assunção de compromissos plurianuais, independentemente da sua 795

forma jurídica, incluindo novos projetos de investimento ou a sua 796

reprogramação, contratos de locação, acordos de cooperação técnica e 797

financeira com os municípios e parcerias público-privadas, está sujeita a 798

autorização prévia da Assembleia Municipal, quando envolvam entidades da 799

administração local. 800

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27

Face aos considerandos enunciados propõe-se que: 801

Ao abrigo das disposições legais e enquadramento supra citados, procurando 802

replicar uma solução idêntica à preconizada para as demais entidades do 803

Sector Público Administrativo, a Assembleia Municipal de Gouveia delibere 804

(em reforço do consentimento legal previsto no art.º 22.º do Decreto-Lei 805

n.º 197/99, de 8 de Junho), para efeitos do previsto na alínea c) do n.º 1 do 806

art.º 6.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de Fevereiro, emitir autorização prévia 807

genérica favorável à assunção de compromissos plurianuais, nos casos 808

seguintes: 809

>Seguros de pessoal, imóveis e viaturas – 60.000,00 € 810

>Juros e amortizações de empréstimos - 1.659.207,20 € 811

>Contratos de locação financeira – PPI 2013/28 e 2013/52 812

>Acordos de Pagamento – PPI 2013/58 813

>Serviços de Revisor Oficial de Contas - 9.225,00 € 814

>Serviços de Medicina no Trabalho - 5.040, 00 € 815

>Serviços de Avença Postal – 36.000,00 € 816

>Comunicações (PT, TMN, Cabovisão, etc.) – 50.000,00 € 817

>Serviços de Segurança (Prosegur) – 1.850,00 € 818

>Manutenção de elevadores (OTIS) – 1.300,00 € 819

>Manutenção e atualização de software (AIRC, PH informática, Guarda 820

Digital, etc.) – 31.000,00 € 821

>Transportes escolares – AMR 2013/5008 4 822

>Recolha de Resíduos Sólidos (Planalto Beirão) – AMR 2013/5021 823

>Análises de Água (Cesab) – 8.000,00 € 824

>Fornecimento de água (AZC) – AMR/5019 825

>Tratamento de efluentes (AZC) - 5016 826

>Aquisição de energia elétrica – AMR 2013/5033” 827

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos 828

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 166/99, de 18 de Setembro, 829

alterada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro. 830

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28

- - - - 5.10) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DO ORÇAMENTO E 831

GRANDES OPÇÕES DO PLANO DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOUVEIA 832

PARA O ANO DE 2013:- Usou da palavra o Senhor Presidente iniciando a 833

exposição deste ponto da ordem de trabalhos com a leitura de uma Nota de 834

Apresentação: 835

“O Orçamento Municipal para 2013 enquanto instrumento de gestão essencial 836

no cumprimento dos objetivos estratégicos definidos para o Município de 837

Gouveia, constitui um fator de alavancagem do progresso, do desenvolvimento 838

e do bem-estar da comunidade Gouveense. 839

A estratégia orçamental para 2013, no atual quadro económico-financeiro, 840

assenta na prossecução da política de rigor e contenção orçamental tendo em 841

vista aprofundar a consolidação do equilíbrio financeiro e a concretização de 842

projetos estruturantes. 843

Portugal e a Europa encontram-se num momento de viragem e de clivagem 844

face ao paradigma económico e financeiro vigente ao longo de décadas. A 845

economia Europeia está a braços com uma grave crise sistémica. Todos o 846

sabemos. Esta é uma realidade, não escamoteável que todos temos de 847

enfrentar e com a qual temos de lidar, com um elevado e acrescido sentido de 848

responsabilidade e com recurso, por vezes, à imaginação e criatividade, para 849

das fraquezas e debilidades sabermos fazer forças e prosseguir o caminho. A 850

adversidade tem esse condão de despertar em nós capacidades que, em 851

circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas. 852

Para compreender este orçamento é pois crucial ter, uma noção correta da 853

situação económica e financeira em que nos encontramos e enquadrá-la, na 854

conjuntura nacional e internacional. 855

Numa altura em que o país está fortemente dependente da ajuda financeira, 856

falhar as metas que temos pela frente não é sequer uma opção. Esta 857

circunstância é válida à escala e dimensão nacional, tal como o é à escala e 858

dimensão municipal, no contexto de um exercício sério de governação. 859

Seria porventura, bem mais cómodo baixar os braços e esperar que o “mau 860

tempo” passasse. Aprendemos, todavia, que “os navios estão a salvo nos 861

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

29

portos, mas não foi para ficar ancorados que eles foram criados”. Fomos eleitos 862

com o compromisso e a missão de governar. Como tal, é esse o exercício a 863

que mais uma vez nos propomos, com este Orçamento, com todas as 864

contingências e constrangimentos que ele consagra, reconhecendo mas não 865

receando a adversidade. 866

Conscientes desta realidade, o Orçamento Municipal que propomos para 2013 867

é extremamente exigente, apresentando o valor global de 14.754.852 euros, 868

que é semelhante ao valor do orçamento para o ano corrente. As medidas do 869

orçamento são consistentes com um cenário prudente, que tem em conta os 870

próprios efeitos das medidas e a degradação das perspetivas económicas das 871

populações no período mais recente. 872

Em 2013 tudo aponta para que a recessão da economia seja igual ou mais 873

profunda ainda do que a do período que atravessamos. 874

O orçamento municipal para 2013, está sujeito a apertados constrangimentos 875

financeiros, decorrentes de alterações legislativas, que condicionam fortemente 876

a execução orçamental. A chamada Lei dos Compromissos e Pagamentos em 877

Atraso, LCPA, obrigou os Municípios a terem outras precauções contabilísticas 878

ou financeiras, reduzindo as possibilidades de gerar despesas. Com efeito, 879

através da Lei 8/2012, só se torna possível realizar pagamentos quando os 880

compromissos tiverem sido assumidos em conformidade com as regras e 881

procedimentos definidos na referida Lei. 882

Ou seja, os Municípios só poderão contrair novos compromissos, se tiverem 883

Fundo Disponível positivo para tanto, sendo que o cálculo desse Fundo 884

obedece a regras muito apertadas e com a utilização de valores reais (não 885

previsionais). 886

Ainda assim, este orçamento inclui, um conjunto coerente de medidas que 887

assentam em quatro pilares que concorrem, em nosso entender, para a 888

promoção da qualidade de vida da população e para aumentar a 889

competitividade do território e promover o seu crescimento económico. Neste 890

contexto, o Município de Gouveia apostará em 2013 em quatro medidas 891

fundamentais: 892

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30

- No desenvolvimento económico; 893

- No apoio socio-educativo; 894

- No aproveitamento e maximização dos financiamentos do QREN; 895

- No investimento diversificado nas Freguesias 896

Na formulação destas medidas, o Executivo Municipal teve a preocupação de 897

respeitar o princípio da equidade social na austeridade, através da justa 898

repartição dos sacrifícios, e não onerando as famílias com menores recursos. 899

Com o orçamento de 2012 iniciou-se um caminho de profundo ajustamento 900

financeiro com a introdução de novas regras de gestão que obrigaram a uma 901

racionalização nem sempre bem compreendida e que impôs uma disciplina 902

financeira apertada. 903

Em 2013 consolidam-se essas novas regras o que naturalmente não permite 904

“grandes margens” para novas opções. 905

Ainda assim, para além de mantermos a estratégia de aproveitamento máximo 906

dos recursos financeiros comunitários para os respetivos investimentos, não 907

deixámos de ter uma atenção particular para a política social nos mais variados 908

domínios, em particular na comparticipação de medicamentos e no apoio ao 909

arrendamento. 910

Em resposta à necessidade de aumentar a competitividade do nosso do 911

Concelho e ainda do ponto de vista da valorização do território e da sua 912

economia, não abandonámos a nossa aposta de mais de uma década, pelo 913

que concluiremos projetos com vista a possibilitar o aumento do investimento e 914

a incrementar a atividade económica, como o Loteamento da Zona Industrial 915

das Amarantes. Permitir-se-á assim incentivar a capacidade empreendedora no 916

Concelho, sublinhando-se aqui a importância de uma incubadora de empresas 917

a projetar nesta nova Zona Industrial. A par disto, apostaremos de novo no 918

Programa de Apoio ao Empreendedorismo e aos Estágios Profissionais. 919

Também a aposta no Turismo deve ser encarada, uma vez mais, como um 920

desafio no nosso Concelho. Este Orçamento reflete bem este objetivo, 921

mantendo o investimento em acessos como o Caminho Natural – um percurso 922

turístico “de excelência”, mas apostando também num outro conjunto de 923

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

31

iniciativas, como os roteiros e percursos pedestres, as provas desportivas e os 924

eventos de carácter cultural e sócio-ecomómico, como feiras e exposições, 925

para as quais encontraremos financiamento adequado, num total de 926

investimento de cerca de 300.000,00 euros. 927

A proposta do Orçamento para 2013 materializa-se, ainda, num conjunto de 928

medidas de caracter social e educativo, com vista a dar resposta à enorme 929

preocupação que este executivo sempre teve nesta área e que se 930

consubstancia no Programa SER GOUVEIA. 931

À semelhança do que sucedeu em 2012 o programa contempla quatro Eixos (O 932

Gouveia Social; O Gouveia Educa; O Gouveia Empreende e o Gouveia 933

Reabilita) e manterá disponíveis todos os apoios de carácter social e educativo 934

já aprovados, sem qualquer corte ou restrição financeira. Para 2013, só com o 935

Gouveia Social e o Gouveia Empreende, a previsão de despesa é de 90.000 936

euros. No que diz respeito ao Gouveia Educa e às despesas com a Educação, 937

o Município de Gouveia, inscreveu nas Atividades Mais Relevantes um valor 938

ainda superior a 600.000,00 euros, mantendo as medidas de apoio às 939

deslocações dos alunos do ensino secundário superior, para além do apoio à 940

frequência do ensino superior para uma dezena de jovens. 941

Gostaríamos ainda de realçar que este orçamento rejeita de uma forma muito 942

clara a ideia de que a prossecução de uma política menos exigente ou de 943

medidas de carácter menos expansionista poderiam levar a melhores 944

resultados. 945

Mantivemos por isso os mesmos valores para as taxas do IMI relativas a 2012, 946

mas ainda assim, convém notar abaixo do valor máximo previsto na lei. 947

Entendemos, também não abandonar a nossa opção estratégica da aposta em 948

investimentos na área da Regeneração Urbana, das Acessibilidades Intra-949

concelhias e dos Acessos Turísticos do Concelho. 950

Reiteramos a ideia inicial de que não perseguir objetivos e falhar metas não 951

pode sequer ser considerada uma opção. Seria um mau exercício de 952

governação. Tal como o rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar 953

obstáculos, também nós temos de o fazer e, por isso, abdicamos de fazer 954

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32

alguns investimentos, mas mantivemos e acrescentámos os que, em nosso 955

entender, são estruturantes. 956

Como exemplo é de particular realce a construção de um campo relvado 957

sintético, para utilização dos clubes e associações e incremento da prática 958

desportiva. 959

A Regeneração Urbana é face aos recursos de que dispomos, sem 960

comprometermos o nosso futuro, razão pela qual iremos proceder à 961

requalificação de duas zonas nobres da cidade: uma zona de entrada em 962

Gouveia – a Zona da antiga Fábrica das Bobines e a futura Praça do Município, 963

com um investimento global de 1.300.000,00 euros. 964

Em termos de qualidade de vida, e apenas no que se prende como o 965

investimento de capital, continuamos a aposta nas acessibilidades, com a 966

beneficiação de um conjunto de troços de estradas municipais; e, em termos de 967

turismo, apostámos num acesso privilegiado à Serra, o Caminho Natural, que 968

liga Gouveia a partir de Folgosinho ao Concelho de Manteigas, que permite 969

aproveitar um fluxo turístico que já existe e que devemos incrementar, porque 970

dessa forma valorizamos o território, os recursos endógenos e a economia que 971

nele se gera. 972

Finalmente e porque todas as freguesias merecem a nossa melhor atenção, 973

continuamos a aposta na melhoria da qualidade de vida, através de uma 974

gestão participada e, por isso com ainda mais eficiência, incrementando, mais 975

uma vez a delegação de competências na área da conservação de escolas e 976

limpeza de ruas, bermas e valetas, com valor global de 83.355 euros e a figura 977

das Obras Protocoladas com as Juntas de Freguesias onde se integram 978

investimentos como a Valorização de Espaços Públicos em algumas delas. 979

E... porque este será, seguramente, um ano difícil para todos nós, gostaríamos 980

de aqui deixar uma palavra de confiança e de esperança no futuro, 981

“Foi atravessando os rigores do inverno, que o tempo chegou à primavera” 982

Zálkind Platigórsky 983

Escritor Brasileiro, 1935-1979” 984

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33

Depois segue-se um Enquadramento Legal do Orçamento, que se anexa à 985

presente ata, dela ficando a fazer parte integrante, contendo os valores das 986

receitas aqui sintetizadas que dão os tais 14 milhões, quer nas grandes 987

rubricas quer depois desagregado quer no orçamento da receita, quer no 988

orçamento da despesa. 989

No Orçamento Municipal para 2013 prevê-se que o valor das receitas correntes 990

atinja o montante global de 9.297.723,00. Euros. 991

Comparativamente com 2012 verifica-se uma redução no valor previsto das 992

receitas correntes referentes a Impostos Diretos, que se justifica pela quebra 993

significativa das receitas em 2012, com o Imposto Único de Circulação e o 994

Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas. 995

No que respeita aos outros itens a mesma comparação. 996

Relativamente às receitas de capital para o exercício de 2013, prevê-se que o 997

seu montante global atinja € 5.457.129,00. 998

Comparativamente com 2012 ocorre, uma redução de, aproximadamente, 20%. 999

Esta situação verifica-se essencialmente pela redução das Transferências 1000

provenientes do FEF Capital que foram reforçar o FEF corrente. 1001

A venda de outros bens de investimentos (como sejam retomas de 1002

equipamentos usados) está considerada apenas com valores residuais pois à 1003

data da elaboração do orçamento não são conhecidos valores reais de 1004

realização de receita. 1005

No que respeita às despesas correntes no exercício de 2013 prevê-se que o 1006

seu valor atinja o montante global de € 7.708.281,00. 1007

Conforme referido anteriormente, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 52.º - 1008

A da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, no orçamento do município são 1009

inscritas verbas relativas às despesas a realizar por conta da Assembleia 1010

Municipal. 1011

Acrescentou ainda que não pode deixar de deixar registado o magnífico 1012

trabalho que os Senhores Vereadores fizeram, em particular, com a superior 1013

coordenação do Vereador que tem o pelouro financeiro e com a prestimosa 1014

ajuda dos dois Chefe de Divisão e, em particular, da Senhora Chefe de Divisão 1015

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que tem a supervisão financeira que, com um esforço muito grande, 1016

conseguimos com este rigor e transparência a que estamos obrigados e 1017

habituados, prosseguir com estes objetivos que quer o Vereador do pelouro, 1018

quer dos outros pelouros, não temos consagrado tudo quanto gostaríamos, 1019

mas essa é a nossa norma, não apenas pela Lei dos Compromisso e não 1020

apenas por consolidarmos alguns apertos em termos de gestão. Recorda que 1021

apresenta o seu último orçamento, dos seus mandatos, este Orçamento para 1022

2013, com um valor que é pouco mais de metade do que o Orçamento de 2001 1023

que herdou. Daí os graus de execução orçamental de que fazemos ponto de 1024

honra de terem sempre valores suficientemente importantes para os podermos 1025

considerar como um orgulho também em termos de gestão, porque o mais 1026

simples seria mesmo, nessas dificuldades de gestão, porventura encontramos 1027

aqui soluções mais habilidosas em termos de estratégia política para o ano que 1028

se avizinha, mas nós, mais uma vez, resistimos a isso, com o grande esforço 1029

dos Senhores Vereadores e dos Departamentos do Município que queria 1030

realçar. 1031

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida começando por fazer 1032

uma crítica que já é recorrente, da parte dos Vereadores eleitos pelo Partido 1033

Socialista, este é um documento da maioria do PSD para o qual os Vereadores 1034

eleitos pelo Partido Socialista em nada contribuíram apesar de mostrarem 1035

sempre a sua disponibilidade para participar na sua elaboração. Acontece isso 1036

noutros municípios com vantagens a nível da gestão. 1037

Na introdução que o Senhor Presidente fez ao Orçamento, lembra realmente 1038

esta frase “tal como um rio que pretende atingir (…)” é muito parecida, à do ano 1039

passado, não sabe se podia ser de outra maneira, porque vem na linha do que 1040

tem acontecido nos últimos anos. 1041

Para os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, o Orçamento construiu-se a 1042

partir das despesas, como é evidente e depois vão arranjar-se as respetivas 1043

receitas para cobrir essas despesas. A nível das despesas correntes verificam 1044

e já no ano passado viram isso também, que ultrapassam os 50% da despesa 1045

total e depois a nossa divergência é nas opções de investimento e aí 1046

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continuam na mesma, para dizer que o tal apoio ao empreendedorismo e 1047

criação de emprego com uma dotação de 30.000,00 Euros quando, por 1048

exemplo, com a VINAL, com a Feira de Atividades e com os Tapiscos, 1049

ultrapassa largamente essa verba e o investimento não é aí que se situa. 1050

Por outro lado não acredita nesta previsão de 1 milhão de euros no IMI 1051

considera que vai exceder largamente devido à avaliação que está a ser feita. 1052

Como no ano passado tinham 900 mil euros apontar para um milhão acha que 1053

é muito pouco e vai ultrapassar largamente. 1054

A nível das despesas questionou se o valor de 81.600,00 Euros para os 1055

edifícios escolares, acresce mais uma verba no valor de 20.000,00 Euros se é 1056

para pagar definitivamente a comparticipação a que o Município estava 1057

obrigado para a nova Escola. 1058

Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço que o antigo débito à DREC, 1059

no valor de cerca de 44.000,00 Euros, já está no PAEL. Nesta nova fase da 1060

construção são ainda devidas algumas verbas, que totalizam 101.600,00 1061

Euros, embora ainda não tenhamos recebido qualquer tipo de fatura. 1062

Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando 1063

relativamente aos subsídios de férias e natal, considerado no 010114, se de 1064

acordo com a Lei é para pagar subsídios de férias a quem aufere vencimentos 1065

inferiores a 600,00 euros. 1066

Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão Dra. 1067

Alice Ferrão dizendo que sim, referindo que está tudo contemplado, as contas 1068

foram feitas funcionário a funcionário. 1069

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que se no ano passado falou no 1070

rio, era bom sinal, era sinal que o rio era tormentoso no ano passado e também 1071

é tormentoso este ano, de modo que a imagem é igual. 1072

Quanto às opções de investimento são claras. Não sabe se já tiveram o acordo 1073

dos Vereadores eleitos pelo Partido Socialista para o que quer que seja e 1074

quanto à cooperação essa está clara, nem pretende comentar, pois cada um 1075

assume as suas responsabilidades no Orçamento. Podem estar aqui agora na 1076

reunião à espera que os Senhores Vereadores do Partido Socialista 1077

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proponham, certamente vão propor que se construa isto ou aquilo que se corte 1078

ali ou aqui. 1079

Lembrou ainda a questão do aumento do IMI a perspetiva está correta, porque 1080

se vier mais dinheiro do IMI, como saberão não é para financiar coisa alguma, 1081

pois o que resultar do acréscimo das avaliações não pode ser usado para a 1082

gestão corrente, mas sim para pagar dívidas ou então para comprar dívida 1083

pública. A previsão é correta, mas efetivamente pode vir a ser mais, mas se for 1084

mais não é para financiar o orçamento, então é correto o valor que lá está. Foi 1085

bem feita a previsão, porque mesmo admitindo, não está a deixar de admitir 1086

que possamos receber mais, só que se puséssemos aqui em vez de um 1087

milhão, um milhão e meio, estávamos a pôr irrealisticamente mais meio milhão 1088

na despesa. 1089

Aí tem o que poderia ser algo de um bom truque orçamental se quisesse fazer 1090

um orçamento para um ano eleitoral, o Senhor Vereador Armando Almeida deu 1091

de resto um bom exemplo, se quisesse chegava aqui e dizia muito bem, 1092

precisamos de financiar obras no valor de 300 ou 400 mil euros, faríamos uma 1093

previsão e um milhão e meio de euros, só que não seria correto. Por isso, não 1094

quisemos utilizar nenhuma maleabilidade para qualquer truque orçamental no 1095

sentido de empolar o orçamento. 1096

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que também 1097

os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista se associam a quem elaborou 1098

estes documentos, como é evidente, porque de facto dão trabalho, mas o que 1099

nos separa é o mar em termos de opções estratégicas não é agora a feitura do 1100

próprio documento que todos, de facto, reconhecemos que está bem feito. O 1101

que nos separa são de facto as estratégias e as opções. 1102

Interveio o Senhor Presidente questionando acerca das estratégias e opções 1103

dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista. 1104

Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que a maioria do 1105

executivo elabora o Orçamento e agora em reunião de Câmara é que pergunta 1106

quais são as opções e estratégias? 1107

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Isso faz-se antecipadamente. – Acrescentou o Senhor Vereador José Santos 1108

Mota. 1109

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que, por acaso, comentou com os 1110

Senhores Vereadores que achava estranho como é que os Vereadores eleitos 1111

pelo Partido Socialista não fizeram chegar sugestões. 1112

No ano passado fizemos e o Senhor Presidente não lhe deu importância. – 1113

Retorquiu o Senhor Vereador José Santos Mota. 1114

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que os Senhores Vereadores sabem 1115

que há uma reunião para se discutir o Orçamento, não lhes fazem chegar 1116

qualquer sugestão, chega a reunião de Câmara e apresenta-lhes o Orçamento 1117

com aquelas que são as nossas opções e os Senhores Vereadores dizem que 1118

não é tempo de apresentar as opções. Não foi tempo hoje, não foi tempo até 1119

aqui, então quando é que é? 1120

Retorquiu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que na ata do ano 1121

passado aquando a discussão do Orçamento e Plano de Atividades, ele próprio 1122

disse que considerasse esta proposta já para o próximo ano. Já aceitou alguma 1123

proposta dos Vereadores do Partido Socialista? Só votamos uma 1124

favoravelmente que não tinha custos para o Município e nem essa pôs em 1125

concreto no terreno. 1126

Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que o 1127

Município de Gouveia está, de facto, a “anos-luz” daquilo que deverá ser a 1128

discussão e participação nos orçamentos municipais e reforçando aquilo que 1129

acabou de dizer o Senhor Vereador Armando Almeida não é sério, 1130

politicamente, aquilo que o Senhor Presidente acabou de dizer, recebemos a 1131

documentação na quinta feira à tarde, queria que fizéssemos chegar as nossas 1132

propostas, até quando? Está, portanto, a “anos-luz” daquilo que muitos 1133

Municípios fazem pelo País fora, que são os chamados orçamentos 1134

participativos pelas comunidades locais, quando não pedem a nossa 1135

participação como é que alguma vez se vai pedir à população em geral que 1136

participe e elege um investimento para que seja consagrado nos orçamentos 1137

municipais. 1138

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De seguida colocou as seguintes questões e interrogações sobre se estamos a 1139

andar no caminho certo: 1140

- Pretendia saber se é opção deste orçamento retirar a Revisão da Carta 1141

Educativa; 1142

- É opção clara do Município ao incluir a Revisão do PDM neste Orçamento, 1143

sendo sério que vai ser tratado este ano ou uma vez mais é um elemento 1144

decorativo deste orçamento, porque fica sempre bem, de facto; 1145

- O Espaço dos Bellinos não está consignado neste Orçamento, pensavam os 1146

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista que, depois daquela conversa, viria 1147

aqui uma verba que consolidasse aquelas estruturas centenárias e retirasse, 1148

de uma vez por todas, aqueles taipais. Porque não resolver, de uma vez por 1149

todas, a questão das Parcerias Público Privadas, que já dura há quatro anos, 1150

após uma inauguração pomposa no início da obra; 1151

- Em relação ao Planalto Beirão, pretendia ser esclarecido porque é que esta 1152

referência deixou de estar neste Orçamento; 1153

- Verifica a existência de obras já acabadas ou inauguradas há muito tempo e 1154

que continuam a ser incluídas no Orçamento, realmente parece que é repetir, 1155

dando como exemplo, a obra do Recinto Desportivo de Paços da Serra, 1156

inaugurado no dia 5 de outubro de 2010 que ainda continua no orçamento, três 1157

orçamentos depois, ou seja, repetem-se ano após ano obras inscritas em 1158

Orçamentos anteriores. 1159

A obra do Largo do Rossio, na freguesia de Moimenta da Serra. Há quantos 1160

orçamentos esta obra está prevista? 1161

A Casa Mortuária de Lagarinhos, mas ainda bem, foi retirada do Orçamento 1162

porque parece que é sério que agora vai ser feita, deixou de ter uma verba de 1163

20.000,00 euros para ter 50.000,00 Euros, pelo menos indica que vai ser feita, 1164

apesar da junção de Lagarinhos com Rio Torto. 1165

- Relativamente à obra denominada de “Espaço de Lazer de S.Paio”, gostavam 1166

de ter uma perspetiva do que vai ser feito, pois não sabem o que é, gostavam 1167

de saber de que é que consta este projeto; 1168

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- Também em relação à obra de “Passeio Pedonal na Av.ª Botto Machado”, 1169

pretendia saber do que se trata. Será prioritário um investimento na Av.ª Botto 1170

Machado, aqui fica a dúvida para a qual gostava de ter uma resposta. 1171

- O projeto “Construção de Sintéticos”, dotado com uma verba de 280.000,00 1172

euros, já não sabe o que dizer a isso. Primeiro não sabe onde é que vão ser 1173

construídos e continua a colocar a mesma questão, ou seja, é prioritário a 1174

construção destes sintéticos? Não havia outras prioridades? – Perguntou. No 1175

entender dos Vereadores eleitos pelo Partido Socialista sim, é isto que nos 1176

separa, é o tal mar. 1177

- Quanto ao Programa “Gouveia Social”, está dotado com uma verba de 1178

35.000,00 Euros, pensando que é muito pobre, não pelo valor que lhe está 1179

consignado, não é disso que estão a falar. Pensam que este valor devia estar 1180

associado a um plano de integração no mundo do trabalho, já referiu isso no 1181

ano passado, é um erro aquilo que se faz, mas não é só neste Município que 1182

se passa isso. Este Programa enriquecido com um plano de integração no 1183

mundo do trabalho, aliás como estava e de alguma forma pensou levar por 1184

diante a Cáritas de Gouveia, que infelizmente não teve o apoio necessário, não 1185

se estando a referir ao apoio da Câmara, mas podiam ter entrado numa 1186

parceria com a Cáritas para pôr em marcha um programa que associasse a 1187

“ajuda caritativa” com aquilo que é fundamental que é a integração desta gente 1188

no mercado de trabalho. O que estamos a fazer é errado, não está a dizer que 1189

somos só nós que o fazemos, estamos a matar a fome às pessoas e não 1190

estamos a preparar as pessoas para elas próprias produzirem trabalho. 1191

Existem exemplos neste País que é e passou a fazer referência que “estas 1192

pessoas que são carentes, que temos que ajudar forçosamente estarem 1193

adstritas a um Plano de Integração”, nomeadamente, a Câmara é proprietária 1194

da Quinta Nevada que serve para muitas coisas, para as motas, é verdade, 1195

mas podia servir para trabalhar a terra, o Senhor Vereador defende isso 1196

pessoalmente, um programa que integrasse um programa caritativo com o 1197

trabalho em que as pessoas se tornassem mais realizadas, fazia a diferença. 1198

Não está a falar de que os 35.500,00 Euros, são pouco, é para ajudar mas 1199

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pensa que é pobre em termos de objetivos, ou seja, este programa esgota-se 1200

em si mesmo, isto é, dou-te um pacote de leite, dou-te um quilo de arroz e 1201

acabou aqui e daqui a uma semana, daqui a um mês, essas pessoas voltam 1202

aqui a pedir as mesmas coisas e não encontramos uma solução alternativa a 1203

isto. Acha que, paralelemente a esta, devia haver uma outra alternativa de 1204

integração social. 1205

- O Programa “Gouveia Empreende”, dotado com 30.000,00 euros, é a 1206

demonstração de que o emprego não é prioritário, contraria até o desafio que 1207

fez o Senhor Secretário de Estado da Economia, António Henriques, em que 1208

apela claramente à procura de criação de postos de trabalho. Não vê, 1209

claramente, neste programa, até porque vai ser feita brevemente a inauguração 1210

do Espaço Industrial, julga que, em boa hora, avançamos com ele, mas quando 1211

discutirmos a questão do Regulamento, porque se prende com a questão do 1212

emprego/trabalho/desemprego e com a situação de que a este espaço tem que 1213

estar associado algo mais, temos que pensar que não basta, com todo o 1214

respeito que tem pela pessoa que trabalha no Gabinete do Empreendedorismo 1215

da Câmara de Gouveia, mas não pode passar por aí. Uma situação de 1216

empreendedorismo, tem que passar por outras coisas, ir para o terreno, captar 1217

investimentos, captar as pequenas poupanças, fazer desafios às pessoas para 1218

que invistam, que criem os seus próprios postos de trabalho e as suas 1219

empresas, é preciso que a este espaço esteja associado algo mais, porque 1220

estamos a falar do Gouveia Empreende e, por isso, dizia à pouco que a verba 1221

de 30.000,00 euros, é insignificante. 1222

A prioridade continuam a ser, de facto, as obras e dá-lhe os parabéns, pois é 1223

de alguma forma coerente com doze anos de mandato, não tem dúvidas sobre 1224

isso e por isso lhe dá os parabéns. As grandes obras é que são o seu desígnio 1225

e a prova está aqui, é o Caminho dito Natural, as Bobines, as Estradas, 1226

enquanto que o Espaço dos Bellinos, o Mercado Municipal continuam a ser 1227

uma miragem. Esta é a realidade no Orçamento. 1228

- O Jardim Biológico com uma dotação de 30.000,00 Euros para uma Clínica, 1229

que pretendia saber de que se trata, pois tanto quanto conhece o espaço 1230

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envolvente onde funciona o Cervas está dotado de uma clinica, onde de facto 1231

faziam pequenas cirurgias aos animais. A pergunta que faz é se ainda existe 1232

esta clínica se não era preferível maximizar a utilização desse espaço em vez 1233

de estar a utilizar ou se é especificamente para o espaço do Jardim Biológico. 1234

Pensa, contudo, que se perderam doze anos para afirmar Gouveia enquanto 1235

destino para visita ao Jardim Biológico, pode acreditar, é com alguma tristeza 1236

que verifica que amigos seus lhe dizem que foram lá e ficam desiludidos com o 1237

espaço, claro, passaram doze anos e os investimentos ali foram muito poucos 1238

e aquilo que podia fazer a diferença em termos e destino turístico de muita 1239

gente que nos visita à Serra que era de facto o Parque Biológico que se 1240

mantem exatamente como estava há doze anos. Perdemos uma oportunidade 1241

e fizemos este desafio que era ligar o Parque Biológico ao Curral do Negro, 1242

fizemos esse desafio e estávamos dispostos a discutir isso e encontrar as 1243

melhores soluções, mas o Senhor Presidente pensou “à grande”, mandou fazer 1244

um estudo à Universidade de Aveiro, que depois acabou por não se 1245

concretizar, mas o que é certo é que aquele espaço podia fazer a diferença, os 1246

destinos turísticos e o Senhor Presidente fez referência a isso, os destinos 1247

turísticos têm que nos diferenciar de alguma coisa, o que é que diferencia 1248

Gouveia de uma outra qualquer cidade aqui na Beira Serra? Distingue-se, por 1249

exemplo, com o “Gouveia Art Rock”, distingue-nos dos outros concelhos, é uma 1250

referencia nacional, Art Rock só em Gouveia, é uma diferença e são essas 1251

diferenças que, de alguma forma, nos distinguem dos outros, não somos todos 1252

iguais, é isto que vê. Acha que se perdeu uma oportunidade. 1253

Verifica que a aposta continua a ser nos eventos, que no entender dos 1254

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista deram o que deram, não conhecem 1255

retorno destes eventos, pergunta o que é que ganharam com tantos eventos 1256

que foram feitos durantes estes doze anos? O Senhor Vereador não consegue 1257

encontrar retorno. 1258

- Aponta-se agora para a Exposerra. A Exposerra tem uma dotação de 1259

45.000,00 euros, tem uma receita de 25.000,00 euros, alguém vai pagar o 1260

resto. 1261

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- A Feira de Atividades Económicas, com um financiamento de 30.000,00 1262

euros, pergunta onde é que se vai buscar estes 30.000,00 euros? Quem vai 1263

pagar os 30.000,00 euros da Feira de Atividades Económicas, as outras sabe 1264

de onde vêm, as candidaturas estão identificadas, esta não conhece. 1265

- Tapiscos e Vinal, com 9.000,00 euros, há uma coisa que estes dois eventos 1266

fazem é que respeitam o PAEL há uma diminuição de apoios, eram 10.000,00 1267

euros passaram para 9.000,00 euros. 1268

- “Gouveia Pelos Sentidos”, com 20.000,00 euros, as receitas são 17.000,00 1269

euros, alguém vai ter que por o resto. 1270

- “Serra da Estrela por Gouveia”, com 20.000,00 euros, as receitas são 1271

17.000,00 euros, alguém vai ter que por os outros 3.000,00. 1272

É pois um conjunto de eventos que têm custos e que não conseguem 1273

identificar o retorno destas iniciativas, mas pode ser defeito seu e aceita isso. 1274

Manifestou alguma preocupação em relação às Águas do Zêzere e Côa com 1275

um valor de 1.350.000,00 Euros, é muito dinheiro para pagar, pois representa 1276

mais de 9% do Orçamento, dos 14.500.000,00 euros orçamentais a que devem 1277

acrescer o valor das amortizações do ano, de 1.699.750 Euros e 86.500,00 1278

Euros de juros, fora o passivo que irá ser gerado em 2013, fruto dos novos 1279

empréstimos. 1280

Este orçamento - prosseguiu - é coerente, isso ninguém pode dizer o contrário, 1281

caracteriza a estratégia definida pelo Senhor Presidente, dando-lhe os 1282

parabéns, mas está completamente em desacordo com ela. 1283

Perguntou ainda em relação às receitas previstas para a intervenção florestal, 1284

que têm a ver com algumas candidaturas a estabilização de emergência de 1285

incêndios, arborização, reabilitação de habitats florestais, construção de rede 1286

secundária, pelo que a questão que coloca é muito clara. Na última reunião de 1287

Câmara levantou o tema de que pode e vai haver situações de candidaturas 1288

duplas aos mesmos espaços, o Senhor Presidente concordou com o Senhor 1289

Vereador e está escrito em ata de que deveria haver uma reunião prévia ou 1290

várias reuniões de coordenação para saber quem é que vai fazer o quê e 1291

aonde. Estas candidaturas já foram aprovadas? Se já foram aprovadas como é 1292

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que vai haver a coordenação? Se não foram aprovadas, pretendia saber como 1293

é que se vai resolver o problema se existirem várias candidaturas aos mesmos 1294

espaços, nomeadamente à rede secundária. 1295

Senhor Presidente, aquilo que podia ser a colaboração para a elaboração de 1296

um Orçamento que não passava só pela vontade dos Vereadores eleitos pelo 1297

Partido Socialista, mas passa também por entidades externas ao Executivo, 1298

nomeadamente, as entidades que, pelo menos, teoricamente, têm a 1299

responsabilidade de gestão destes territórios. 1300

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que aquilo que disse e mantem, 1301

tem que ver no quadro mais geral da cooperação, disso já falamos, já cada um 1302

de nós registou os modos de pensamento, os nossos modos de fazer 1303

orçamentos, os nossos modos de participar, já dissemos tudo isso várias 1304

vezes. 1305

Em relação à questão das candidaturas, ainda não estão aprovadas, 1306

obviamente e ficamos já assentes se estiver de acordo, o Senhor enquanto 1307

Presidente de uma outra Instituição, se quiser, faz-nos chegar aquilo que a 1308

URZE está a pensar fazer, lhe garante que não vamos fazer duplicações. 1309

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota fazendo uma contraproposta, 1310

no sentido de se marcar uma reunião entre os responsáveis técnicos de uma e 1311

outra entidade e os dois responsáveis vêm o que é que está em marcha. 1312

Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que fez uma proposta, o Senhor fez 1313

uma contraproposta, só Deus sabe o que vamos fazer até lá, pois ainda 1314

estamos a fazer as candidaturas, perguntando ao Senhor Vereador se já tinha 1315

as suas candidaturas aprovadas. 1316

Respondeu o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que estão em 1317

marcha e algumas já estão aprovadas. 1318

Então se já estão aprovadas – prosseguiu o Senhor Presidente – para evitar 1319

que possamos estar a fazer trabalho em duplicado, nesse bom sentido de 1320

cooperação que o Senhor tanto evoca e bem, podia dar-nos conta das que 1321

estão aprovadas. 1322

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Usou novamente da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que 1323

para não acontecer chegar-se a uma comissão de florestas contra incêndios, 1324

como aconteceu em julho passado, porque não se podem encontrar os dois 1325

técnicos responsáveis pelas candidaturas, o Senhor Vereador nem participa 1326

nisso, apesar de estar disponível e dará instruções nesse sentido de marcar 1327

uma reunião entre os dois responsáveis para verem o que está em marcha o 1328

que falta fazer, o que um e outro pode fazer, para não chegarem a uma 1329

situação como no ano passado. 1330

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que dará orientações ao Técnico 1331

para fazer essa reunião desde que o Senhor Vereador nos faça chegar 1332

previamente aquilo que já está aprovado. Não é o que está em marcha, em 1333

marcha também nós temos, mas o que está aprovado, o senhor disse que já há 1334

candidaturas aprovadas, dê conhecimento disso que está aprovado e depois 1335

darei orientações ao técnico para fazer a reunião técnica nesse sentido. 1336

Relativamente às considerações e às felicitações pela coerência, recebe-as 1337

com todo o gosto, não tem problema algum, recebe com satisfação 1338

nomeadamente essa questão da coerência que é muito importante em política, 1339

coerência é uma das coisas muito importantes e a prova de que temos essa 1340

coerência, é porque, indiretamente, os Senhores Vereadores acabam de dizer 1341

que tinham um rumo, agora os Senhores estão a distância do mar desse rumo, 1342

estão no vosso direito, mas o problema é que gouveenses nunca interpretam 1343

assim, graças a Deus para a democracia e para Gouveia, mas pode ser 1344

presunção sua, há um reconhecimento que regista com agrado da parte dos 1345

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista que houve um rumo e que há 1346

coerência nesse rumo, em relação a este ano. Que os Senhores podiam ter 1347

outro rumo, também ano após ano fomos tentando perceber esse rumo não 1348

quer dizer que não tenha dito numa folha A4, em relação ao Parque Biológico e 1349

disse na altura que também nós queremos fazer um estudo de melhorar o 1350

Parque Biológico, alargá-lo a outras valências e porventura alargá-lo no seu 1351

hemisfério de atuação. 1352

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Mas há uma coisa que é coerente daquilo que lhe leu no Orçamento, como 1353

disse na última reunião, gostaria muito de ter requalificado o espaço do 1354

Mercado, têm um projeto feito para isso, de resto muito bonito, gostaria muito 1355

de ter feito não com aquilo que chegou a ouvir de fazer quase um tipo teleférico 1356

do parque biológico para a parte mais alta da Serra e fazer uma pista de 1357

downhill, coisas que foram tudo boas conversas que nunca deu muita 1358

expressão porque não quer ficar rotulado a coisas, a promessas que não fez. 1359

A única coisa que trabalharam muito e que a dada altura tiveram que 1360

abandonar, por muito que lhe custou, fruto da crise que há três anos se 1361

começou a sentir e fruto das dificuldades em termos de aposta no turismo foi, 1362

de facto, o Parque de Desportos de Inverno que continua a dizer que é um 1363

investimento âncora para a Região da Serra da Estrela, que podia ser em 1364

Gouveia, como deseja, como podia ser noutro lado qualquer, fomos nós que 1365

afirmamos, com esses tais eventos, que o Senhor Vereador acha bem que se 1366

faça uma coisa única, mas nunca achou bem que se fizesse uma coisa única 1367

quando fizemos cá o Campeonato do Mundo de Snowboard, durante quatro 1368

anos, para afirmarmos Gouveia no sentido de catapultarmos para podermos ter 1369

um Parque de Desportos de Inverno, o chamado Indoorsnow. Espera e deseja 1370

porque o projeto está feito e localizado numa parte do terreno. 1371

Fizemos uma aposta, consolidámos a aposta, conseguimos apesar de tudo, 1372

aqui sim, com um grande mar de dificuldades, a Parceria Público Privada e 1373

aproveita para responder o quanto isso nos penalizou no sentido de não 1374

podermos ter avançado com o que queríamos ou com metade do que 1375

queríamos ou com 1/3 do que queríamos, fomos fazendo o Plano A, B, C ou D. 1376

Pensa que estaremos na eminência de, mais quinze dias, poder dizer algo, 1377

porque tem que se fechar e tem andado neste mar de dificuldades porque, 1378

como explicou, tiveram uma opção ainda colocada na mesa no PO Centro de 1379

que, em vez de fazer as Bobines, fazer a recuperação do Pavilhão, dando 1380

como assente que não há PP. 1381

De maneira que tem algum embaraço em dizer se vamos ter uma PP 1382

pequenina e isso impõe que possamos, no limite dos limites, não tem a menor 1383

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dúvida e se houver alguma coisa, naturalmente, os Órgão Autárquicos e em 1384

particular a Assembleia Municipal de fevereiro, é isso que temos estabelecido, 1385

saberão. Não tem mais nada para já, pelo que ficamos por aqui e temos que 1386

pensar com o uso dos nossos recursos já sem hipótese de candidatura, a 1387

menos que, em 2013, as coisas que andam no “pay plane” acabem por poder 1388

sair e aí vamos ver, mas não tem qualquer esperança disso. 1389

Quanto à revisão da Carta Educativa não temos que retirar nada, não é uma 1390

questão orçamental, é uma questão política de qualidade educativa, embora é 1391

bom que tenhamos a noção, de que a carta educativa, enquanto instrumento 1392

de planeamento, teve a importância que teve na altura, agora a carta educativa 1393

tem que ter uma perspetiva diferente, pois temos uma infraestrutura educativa 1394

nova, não deixa de ser um instrumento que queremos ver. 1395

O mesmo é dizer do PDM, é uma coisa de facto absurda, foi assim no plano de 1396

urbanização que já estava em revisão quando cá chegou e ainda demorou 1397

mais quatro anos e é o mesmo com o PDM e aí acompanha-o nas suas 1398

preocupações e queria muito que, 2013, fosse um ano de importância 1399

reforçada, para a revisão do PDM, que se ganhasse o maior tempo possível, 1400

na sua revisão. Tem que haver, de facto, uma aceleração e nisso está 1401

completamente de acordo. 1402

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota chamando a atenção para o 1403

facto da questão da Reserva Ecológica ter passado para a responsabilidade 1404

dos Municípios. 1405

Relativamente ao Planalto Beirão, usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão 1406

de Finanças, Dra. Alice Ferrão, informando que, por força da reclassificação de 1407

algumas despesas, que passaram de capital para correntes, deixando de fazer 1408

parte dos projetos do PPI, antes integrando as Atividades Mais Relevantes, 1409

houve designações que mudaram. Em relação ao Planalto Beirão e a sua não 1410

menção expressa foi apenas uma questão de opção. 1411

Interveio o Senhor Presidente referindo que se o Planalto Beirão se classifica 1412

como uma despesa corrente, uma tarifa ou uma taxa de saneamento, ou a 1413

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água que se paga às Águas de Zêzere e Côa qual é a diferença para ser uma 1414

corrente e outra de capital. 1415

Passaram todas a ser correntes. – Referiu a Senhora Chefe de Divisão. 1416

Só que uma está identificada como Águas do Zêzere e Côa e a outra não está 1417

identificada. – Acrescentou o Senhor Vereador José Santos Mota. 1418

Relativamente às obras que têm vindo a aparecer em orçamento sucessivos, 1419

muitas delas tem que ver com o encerramento formal e financeiro no QREN 1420

que demora o seu tempo, devido à questão dos 5% últimos. Esta é uma 1421

explicação, mas pode haver outras, mas no caso do recinto de Paços da Serra 1422

não está, de facto, encerrada. Quanto à obra do Largo do Rossio, na freguesia 1423

de Moimenta da Serra, a obra ainda não está sequer dada por terminada. 1424

Quanto à Casa Mortuária de Lagarinhos, foi sério na Revisão Orçamental ter 1425

retirado a dotação pois não íamos gastar um euro, porque a aberturas das 1426

propostas foi feita agora e até à adjudicação e começo da obra, não íamos 1427

gastar um euro. Voltamos a incluir no orçamento porque a vamos fazer e agora 1428

com o valor correto. O mesmo é dizer do Espaço de Lazer da Freguesia de 1429

S.Paio, embora aqui ainda esperamos a aprovação da candidatura. Sobre de 1430

que irá constar o espaço, numa próxima reunião podemos trazer o estudo feito 1431

para o local. 1432

Relativamente ao passeio pedonal da Av.ª Botto Machado, foi uma solicitação 1433

da Junta de Freguesia de S.Julião, juntamente com a ABPG e trata-se da 1434

construção de uma faixa para a circulação de pessoas em cadeiras de rodas, 1435

andarilhos e canadianas, uma vez que se verificam várias quedas e com isso 1436

aproveita-se para requalificar aquele espaço. 1437

Quanto à questão do sintético, é um e será, diz será porque ainda falta burilar 1438

alguns aspetos, na freguesia de Vila Nova de Tazem, como uma infraestrutura 1439

do concelho, para utilização das associações e clubes do concelho, 1440

naturalmente, com prioridade para os Vilanoveneses, como lhes foi transmitido. 1441

O sintético surge aqui como uma opção, uma opção de uma infraestrutura 1442

desportiva que reconhecem como se não indispensável, pelo menos muito útil, 1443

e basta analisar com seriedade aquilo que é a utilização intensa do Estádio 1444

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Municipal, felizmente intensa é sinal que a nossa juventude se dedica muito ao 1445

desporto e neste caso ao futebol, para além do futebol feminino também, tem 1446

por isso uma pressão muito grande no Campo do Farvão. Foi, de resto, algo 1447

que dissemos e continua a afirmar categoricamente que considera uma 1448

infraestrutura muito importante na prática desportiva e de apoio à juventude e 1449

por isso não tivemos qualquer hesitação. É assim uma opção, são opções 1450

estratégicas diferenciadores entre nós e vós e sobre isso nada a recear. 1451

Quanto à questão do Gouveia Social, ouviu com muita atenção esse seu 1452

discurso, com o qual está globalmente de acordo, claro que fazemos 1453

programas assistencialistas, não é esse o melhor caminho, mas infelizmente a 1454

crise conduz-nos muitas vezes a essa situação, mas não é esse o caminho, 1455

completamente de acordo, o caminho de integração social, com certeza e se 1456

houver algum programa da Cáritas com certeza estamos disponíveis para a 1457

integração da sociedade, depois já é discutível se é darmos terrenos para as 1458

pessoas, de resto a Senhora Vereadora chegou a pensar no assunto, mas há 1459

tantos campos privados abandonados que as pessoas não usam, uma coisa é 1460

fazer o discurso bonito que todos subscrevemos por inteiro, depois é a 1461

aplicação prática no terreno. De maneira que sempre que houver a 1462

possibilidade de fazermos programa de integração somos muito mais a favor 1463

do que programas de assistência. 1464

Quanto ao Gouveia Empreende, com 30.000,00 euros ser insignificante, fica 1465

aqui o seu compromisso e a sua garantia de, se tivermos a possibilidade de 1466

pagar mais casos de rendas de apoio ao arrendamento, reforçar essa verba, 1467

porque na nossa opção estratégica e julgo que na vossa também, mas na 1468

nossa sempre coube isso e por isso é que apostámos em vários tipos de 1469

infraestruturas. 1470

Quanto à questão do Parque Biológico dos 30.000,00 euros parece que é 1471

obrigatório fazer uma quarentena naquele espaço. 1472

Interveio o Senhor Vereador Joaquim Lourenço explicando que cada animal 1473

tem que ter o seu espaço de quarentena, cada animal antes de entrar na sua 1474

área tem que passar pela quarentena. 1475

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Relativamente ao empreendedorismo, apenas dizer que vamos, naquele lote 1476

que foi destacado para que o Estado cumprisse com a sua palavra de fazer lá o 1477

Polo do Centro de Formação Profissional, perspetivar para ali não por uma 1478

questão de moda, mas por uma questão de importância a chamada 1479

“incubadora de empresas”, mas não vamos fazê-lo em 2013. Por isso não se 1480

encontra aqui nenhum euro consagrado para isso, porque realisticamente, 1481

vamos projetá-la, discuti-la, não sem que e face à importância que isso pode 1482

ter, possamos encontrar alguns espaços para podemos disponibilizar para os 1483

jovens que queiram começar a fazer as suas criatividades em termos de 1484

empreendedorismo de modo a podermos ter aqui o “training by training”, e 1485

tentar encontrar esse espaço para isso. 1486

Quanto à questão dos eventos de que o Senhor Vereador não sabe qual é a 1487

questão do retorno, também não lhe sabe dizer, pois não contratamos 1488

nenhuma empresa para analisar isso, mas há uma coisa que tem a garantia 1489

total que para si pode de nada valer, mas não tem qualquer dúvida que mesmo 1490

nas épocas de crise ou em particular nas épocas de crise há uma velha 1491

máxima que é aproximar quem vende de quem compra. Por isso é que seja por 1492

via das feiras, das exposições, das atividades económicas ou não, são 1493

importantes estes eventos. Aproveitou para informar que a Feira de Atividades 1494

Económicas é a Feira do Artesanato nas Festas do Senhor do Calvário, para 1495

essa nós ainda não conseguimos, quanto às outras estamos a tentar obter 1496

financiamento, já temos para a Exposerra que se vai realizar nos dias 1,2 e 3 1497

de fevereiro, com financiamento no PRODER e malfadadamente podemos não 1498

ter nem para a Vinal, nem para os Tapiscos, que os Senhores não atribuem 1499

importância, mas que nós sim. Essa é uma diferença que nos separará para 1500

todo o sempre, sendo que no retorno também não tem a menor dúvida, sempre 1501

disse que alguns dos eventos seja por afirmação da nossa Terra, seja por 1502

estímulo à economia local, sempre o disse e se o Senhor fizer um pequeno 1503

questionário a algumas atividades económicas, lembra-se bem aquando da 1504

inauguração do Museu da Miniatura Automóvel, como dizia o Dr. Taborda, que 1505

a mulher teve que ir à loja comprar as meias que se tinham esquecido de 1506

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trazer, ganhou a economia local com a aquisição das meias. Este é um mero e 1507

pequeno exemplo. 1508

Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que o Senhor 1509

Presidente considera como desenvolvimento da economia local a compra de 1510

umas meias. 1511

Respondeu o Senhor Presidente dizendo que o Senhor Vereador não entende 1512

que toma isso como um bom exemplo, pois se uma pessoa precisa de comprar 1513

um par de meias, se dez pessoas comprarem dez camisas não é importante 1514

para a economia local? 1515

O importante – respondeu o Senhor Vereador Armando Almeida - é a compra 1516

de queijo da serra. 1517

E compram queijo da serra e vinho – Retorquiu o Senhor Presidente – e vêm 1518

cá porque se ligou a uma iniciativa do Município que se chama Museu da 1519

Miniatura Automóvel e porque vêm cá, almoçam cá e também compram as 1520

meias, mas acha isso mal, a economia local não achará. 1521

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que a 1522

Estrutura do Mapa de Pessoal, pensa que o concurso aprovado na última 1523

reunião cabe aqui neste mapa, mas há situações que lhe causam algumas 1524

dúvidas aparecem número de postos de trabalho ocupados, número de vagas 1525

e vagas já são 46, não seriam para extinguir ou obedece a uma estrutura 1526

orgânica do Município ou ao número de vagas que o Municipio tem direito em 1527

determinados setores, não compreende, porquê já no ano passado tínhamos 1528

mais de 40 postos de trabalho vagos. 1529

Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que existe uma 1530

estrutura orgânica do Município agora, há um senão, que é os sucessivos 1531

orçamentos não querem saber da estrutura orgânica dos municípios. 1532

Usou da palavra o Senhor Presidente aproveitando para informar que 1533

hesitamos nesta matéria porque, por Lei, até 31/12/2012, teriam que ser 1534

adaptados os organigramas em função da legislação que saiu. Mas o que 1535

consideramos é que a legislação era para as Câmaras que tinham os cargos 1536

dirigentes em excesso, segundo as regras, não é o caso de Gouveia que tem 1537

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direito a mais do que aqueles que tem, não deixa de ser realçado e, por outro 1538

lado, como não sabemos se, efetivamente, a Empresa Municipal tem mesmo 1539

que ser extinta ou não, então decidimos que apresentaremos um novo 1540

organigrama, resultante disso mesmo, na reunião de Câmara que antecede a 1541

sessão da Assembleia Municipal de fevereiro, porque aí se tiver que haver a 1542

extinção da Empresa, então tem que haver a internalização das pessoas como 1543

a Lei indica e por isso temos que alterar o organigrama. 1544

Esclarecido o assunto, o Senhor Presidente colocou à votação o Orçamento e 1545

Grandes Opções do Plano (PPI e Atividades Mais Relevantes) da Câmara 1546

Municipal de Gouveia, para o ano de 2013, tendo os respetivos documentos 1547

sido aprovados por maioria e, em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 1548

de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com 1549

a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro, com 1550

três votos contra dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e 1551

com quatro votos a favor por parte do Senhor Presidente da Câmara e dos 1552

Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata. 1553

Mais se deliberou submeter o presente documento à aprovação do Órgão 1554

Deliberativo, nos termos da alínea b) do n.º 2 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 1555

18 de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, 1556

de 11 de Janeiro. 1557

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida que em nome dos 1558

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista apresentou a seguinte declaração de 1559

voto: 1560

“Declaração de Voto 1561

Estamos perante os últimos documentos de Orçamento e Plano deste 1562

mandato. 1563

Chegámos aqui, uma vez mais, sem qualquer participação na construção 1564

destas propostas. Durante o mandato o que devia ser um caldo de cultura 1565

democrático, participado e partilhado, conclui-se com o ingrediente de sempre: 1566

PSD. 1567

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O Orçamento é uma previsão das despesas correntes do município, dos 1568

investimentos e das correspondentes receitas para as cobrir. 1569

Verificamos que os documentos que nos apresentam, para 2013,seguem a 1570

linha dos anteriores. São mais do mesmo que vai dar no agravamento dos 1571

resultados já conhecidos. 1572

As receitas só aumentam através dos chamados impostos diretos à custa das 1573

taxas que vêm sendo coladas ao máximo do previsto na lei e que, como 1574

sabemos, tanto custam a suportar às famílias Gouveenses. Daí que vimos 1575

referindo ser muito difícil viver no nosso concelho. 1576

Desde que o PSD chegou à Câmara de Gouveia os impostos diretos (IMI; IUC; 1577

Transmissões Onerosas sobre Imóveis; Derrama; etc.) aumentaram 1578

exponencialmente. Alguns destes impostos quintuplicaram no seu valor real. 1579

No lado das despesas continuamos a verificar a ausência de uma estratégia na 1580

gestão por prioridades e necessidades. Não vemos qualquer comedimento ou 1581

corte nos gastos políticos, nas chamadas ”gorduras” e “luxos” desta gestão 1582

municipal. 1583

As despesas anuais com os credores são um caso sério e sem fim à vista. 1584

Hipotecamos o futuro com empréstimos e mais empréstimos que pesam 1585

significativamente nas despesas correntes. Aos executivos futuros, fica-lhes a 1586

árdua tarefa de pagar a dívida que continuamos a desconhecer o seu valor 1587

efetivo. 1588

Nas Grandes Opções do Plano propostas para 2013, concluímos que ao 1589

inverso do que seria o bom investimento que se queria sustentado, a 1590

proporcionar a criação do emprego em várias atividades e que devia ser 1591

alicerçado em estudos que definissem um rumo para o concelho, apresentam 1592

um esboço riscado ao sabor desta maioria que vai aumentar resultados já 1593

conhecidos. Não se desvia “nem um milímetro” do caminho traçado, há muito, 1594

pela maioria do PSD: Eventos e festas, cimentados, alcatrão, passeios, uma 1595

fonte e pouco mais. 1596

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53

As Freguesias foram completamente esquecidas, sabe-se lá se a pensar no 1597

seu encerramento. Podemos neste momento afirmar que nunca houve um 1598

mandato tão paupérrimo para as freguesias desde o 25 de Abril. 1599

Promessas com projetos caríssimos, anunciadas há mais de dez anos, que 1600

confirmamos hoje, serão remetidas para o arquivo morto. 1601

A missão dos Municípios é proporcionar boas condições de vida aos Munícipes 1602

e dinamizar a economia local, criando e atraindo investimentos. No nosso 1603

concelho as pessoas fogem para outras paragens porque já não e possível 1604

sobreviver aqui. Prova-se, por isso, que gastar nas festas, nos eventos, são 1605

opções falhadas que não atraíram nem vão atrair ninguém. 1606

O concelho de Gouveia está em agonia. Todos o sabemos. Precisa com 1607

urgência de ser revitalizado com outro tipo de investimentos, ajudando as 1608

pessoas com outras apostas, o que só se consegue com outros protagonistas. 1609

Os documentos que nos são presentes, nesta reunião, são mais do mesmo, 1610

sem respostas para os problemas de que sofre o nosso concelho. Porque não 1611

queremos ser coniventes nem responsabilizados pelos seus resultados, 1612

votamos contra o Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos para 2013. 1613

Os Vereadores do Partido Socialista” 1614

Usou da palavra o Senhor Presidente fazendo em nome dos eleitos pelo 1615

Partido Social Democrata a sua declaração de voto: 1616

“Declaração de Voto 1617

O Orçamento Municipal apresentado para 2013 dá continuidade à política de 1618

rigor e contenção orçamental de 2012, tendo em vista a consolidação do 1619

equilíbrio financeiro do Município de Gouveia e ao mesmo tempo permitir a 1620

realização de projetos estruturantes para o nosso Concelho pretendendo-se 1621

concretizar os objetivos estratégicos que definimos, orientados para o 1622

progresso e o desenvolvimento económico e social da Comunidade 1623

Gouveense. 1624

As novas regras na gestão financeira que vieram impor um significativo 1625

aumento no rigor pelas opções tomadas tendo sempre presente a necessidade 1626

de aumentar a competitividade do nosso Concelho e reforçar a sua economia. 1627

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Continuamos a valorizar o nosso território e os seus produtos endógenos, bem 1628

como concluir projetos que visam permitir o aumento do investimento e a 1629

criação de postos de trabalho, de que é exemplo, o loteamento da Zona 1630

Industrial das Amarantes e ainda a continuidade na aposta no 1631

empreendedorismo, por forma a incentivar a capacidade empreendedora dos 1632

Gouveenses, sobretudo dos mais jovens. 1633

Queremos prosseguir com os programas de apoio na área social os quais não 1634

sofrem qualquer corte nas suas verbas, indo assim de encontro aqueles que 1635

mais apoio necessitam nestes tempos difíceis que vivemos. 1636

Deste orçamento é ainda de registar o facto de continuarmos a apostar 1637

estrategicamente na regeneração urbana, nas acessibilidades inter -concelhias, 1638

nos acessos turísticos ao Concelho e na requalificação e pavimentação do 1639

troço urbano da estrada do Seminário, bem como numa nova estrutura 1640

desportiva em Vila Nova de Tazem, como forma de aliviar a pressão existente 1641

sobre o Estádio Municipal. 1642

Mantemos a aposta nas Freguesias dotando-as de melhores condições de vida 1643

e aumentando a sua atratividade com diversas obras de requalificação, como 1644

sejam, a requalificação do espaço público da ribeira das Aldeias ou a criação 1645

de um espaço de lazer na Freguesia de S. Paio, para além do apoio financeiro 1646

à construção da Casa Mortuária na Freguesia de Lagarinhos e ainda a obra de 1647

remodelação do Forno Comunitário na Freguesia de Arcozelo da Serra. 1648

Continuamos a colocar o enfoque na maximização do investimento através do 1649

financiamento comunitário, o que é aliás uma marca bem característica deste 1650

Executivo. 1651

Contrariamente aos eleitos do PS que se limitam a dizer mal de tudo, sem 1652

apontar alternativas nós tomamos as nossas opções, indicamos rumos, não 1653

nos alheamos da realidade, pelo contrário enfrentamo-la. 1654

Porque acreditamos nos Gouveenses, estamos dispostos a correr riscos para 1655

aumentar a capacidade competitiva e atrativa do nosso Concelho. 1656

Apesar das dificuldades, continuamos a acreditar nos Gouveenses e na sua 1657

determinação para ultrapassar dificuldades. 1658

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55

Acreditamos igualmente que as opções que tomámos ao construir este 1659

Orçamento contribuirão para melhorar o nível de vida dos Gouveenses e a 1660

atratividade do nosso Concelho. 1661

Os eleitos do PSD” 1662

- - - - 5.11) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REGULAMENTO 1663

PARA A AQUISIÇÃO E OCUPAÇÃO DOS LOTES DO LOTEAMENTO DA 1664

ZONA INDUSTRIAL DAS AMARANTES:- Usou da palavra o Senhor Vereador 1665

Armando Almeida referindo que os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista 1666

votam a favor, deixando uma recomendação relativamente a este Regulamento 1667

no sentido de que podia ser um pouco mais ambicioso na venda dos próprios 1668

espaços e com propostas mais inovadoras. 1669

Posto isto, deliberou a Câmara, por unanimidade e, em minuta de modo a 1670

produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 1671

169/99, de 18 de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 1672

5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à aprovação do Regulamento para a 1673

Aquisição e Ocupação dos Lotes do Loteamento da Zona Industrial das 1674

Amarantes - Gouveia, nos termos do documento que se encontra anexo à 1675

presente Ata e dela fica a fazer parte integrante. 1676

- - - - 5.12) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA RELATIVA À BASE 1677

DE DADOS DA BIBLIOTECA ESCOLAR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS 1678

DE GOUVEIA:- Considerando o pedido solicitado pelo Agrupamento de 1679

Escolas de Gouveia, no dia 29 de outubro de 2012, através do ofício 1047/2012 1680

para a resolução de problemas graves na Base de Dados da Biblioteca 1681

Escolar; 1682

Considerando que a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira possui meios 1683

técnicos e físicos capazes de dar resposta aos problemas apresentados pelo 1684

Agrupamento de Escolas de Gouveia; 1685

Considerando que é necessário que o Computador e o programa Docbase 1686

sejam transferidos para a Biblioteca Municipal; 1687

Delibera a Câmara, por unanimidade e, em minuta de modo a produzir efeitos 1688

imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 1689

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 1690

de Janeiro, que a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira assuma a tarefa de 1691

organizar a referida Base. 1692

O Senhor Vereador Armando Almeida não participou na presente votação, nos 1693

termos do n.º 6 do art.º 90.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a 1694

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1695

- - - - 5.13) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE 1696

UMA VERBA AO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GOUVEIA NO ÂMBITO 1697

DAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR 1º CICLO:- 1698

Considerando as competências dos Municípios ao nível da Educação, previstas 1699

no Decreto-Lei n.º 14460/2008, de 28 de Julho, que atribui aos mesmos 1700

competências específicas em matéria de atividades de enriquecimento 1701

curricular; 1702

Considerando que o Conselho Municipal de Educação, na reunião realizada a 1703

04 de julho de 2012, foi unanime na manutenção das parcerias existentes no 1704

âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular. 1705

Considerando que o protocolo com o Agrupamento de Escolas de Gouveia foi 1706

aprovado na reunião de Câmara de dia 09 de julho de 2012. 1707

Considerando que o Agrupamento de Escolas de Gouveia disponibiliza 1708

recursos humanos para a realização de uma atividade de enriquecimento 1709

curricular. 1710

Considerando que, segundo o n.º 7º do artigo 3º do Regulamento de acesso ao 1711

financiamento do programa das atividades de enriquecimento curricular no 1º 1712

ciclo do ensino básico, em anexo ao Despacho n.º 14460/2008, alterado pelo 1713

Despacho n.º 8636/2011, quando existe a referida disponibilização de recursos, 1714

o Agrupamento tem direito a receber, por parte da autarquia, um montante. 1715

Delibera a Câmara, por unanimidade e, em minuta de modo a produzir efeitos 1716

imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 1717

Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 1718

de Janeiro, que seja atribuída uma verba ao Agrupamento de Escolas de 1719

Gouveia, no valor de cinco mil quinhentos e doze euros e cinquenta 1720

C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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cêntimos Euros (5.512,50€). 1721

Esta proposta não produz qualquer efeito financeiro no ano de 2012. 1722

O Senhor Vereador Armando Almeida não participou na presente votação, nos 1723

termos do n.º 6 do art.º 90.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a 1724

redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1725

- - - - 5.14) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE MINUTA DO 1726

CONTRATO DA HASTA PÚBLICA PARA A CONCESSÃO DO DIREITO DE 1727

UTILIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DA LOJA EXTERIOR N.º 3 DO MERCADO 1728

MUNICIPAL:- Deliberou a Câmara, por unanimidade e, em minuta de modo a 1729

produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 1730

169/99, de 18 de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 1731

5-A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à aprovação da minuta do Contrato da 1732

Hasta Pública para a concessão do direito de utilização e exploração da 1733

Loja Exterior n.º 3 do Mercado Municipal, nos termos do documento que se 1734

encontra à presente ata e dela fica a fazer parte integrante. 1735

Mais se deliberou dar poderes ao Senhor Presidente da Câmara para marcar a 1736

data, hora e local em que ocorrerá a outorga do contrato, bem como dar 1737

poderes à oficial público, Dra. Alice Oliveira Ferrão e ao Senhor Presidente da 1738

Câmara para outorgarem o respetivo contrato escrito. 1739

6. OBRAS 1740

- - - - 6.1) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA 1741

SEMANA DE 2012/11/23 A 2012/12/05: 1742

ARQUITECTURA:- Daniel Mendes Carvalho, de Folgosinho, para 1743

Reconstrução de Edifício destinado a Habitação; De José Augusto Chaves 1744

Simões, de Nabais, para Construção de Habitação – Alteração ao Projeto 1745

Inicial; De Luís Ribeiro Gonçalves, de Nespereira, para Reconstrução e 1746

Ampliação de Habitação; De Ramiro Cabral Guedes, de São Paio, para 1747

Alteração e Ampliação de Habitação; De Vítor Manuel Diogo Morgado 1748

Gonçalves, de São Julião, para Construção de Habitação.- Deferidos de 1749

acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 1750

ESPECIALIDADES:- De António José Esteves Romano, de Folgosinho, para 1751

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Reconstrução de Edifício destinado a Garagem/Arrumos; De José Manuel 1752

Polónio de Sousa, de Nabais, para Construção de Arrecadação; De Lúcia 1753

Isabel Moreira Martins, de Vinhó, para Reconstrução de Cobertura; De Márcio 1754

Tiago Correia Saraiva, de Vila Nova de Tazem, para Construção de Habitação; 1755

De Sebastião Saraiva Ramos, de São Pedro, para Alteração e Ampliação de 1756

Edifício. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 1757

7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA 1758

- - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 237, referente ao 1759

dia sete de dezembro, pelo qual se verifica a existência dos seguintes saldos: 1760

Em Operações Orçamentais – Noventa e sete mil, novecentos e sessenta e 1761

quatro euros e trinta e cinco cêntimos (€97.964.35); Em Documentos – Oitenta 1762

e dois mil, trezentos e sete euros e cinquenta e um cêntimos (€82.307,51). 1763

- - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de 1764

despesas a que se referem as requisições números 1335 a 1395, bem como os 1765

pagamentos no montante de setecentos e doze mil, novecentos e vinte e sete 1766

euros e cinquenta cêntimos (€712.927,50) a que se referem as Ordens de 1767

Pagamento números, 4009, 4128, 4129, 4131, 4138, 4139, 4141, 4142, 4187 a 1768

4193, 4195 a 4261, 4262/1 a 4262/6, 4263/1 a 4263/6, 4264/1 a 4264/7, 4265/1 1769

a 4265/3, 4266/1 a 4266/4, 4267/1, 4267/2, 4268/1 a 4268/4, 4269/1 a 4269/10, 1770

4270/1 a 4270/6, 4271/1 a 4271/5, 4272/1 a 4272/3, 4273/1 a 4273/7, 4274/1 a 1771

4274/5, 4275/1 a 4275/3, 4276/1 a 4276/3, 4277/1 a 4277/4, 4278 a 4378, 1772

4381, 4285 a 4387, 4289, 4390, 4393 a 4412. 1773

- - - - E não havendo mais assuntos a tratar, pelo Senhor Presidente foi 1774

declarada encerrada a reunião, pelas dezoito horas, da qual para constar se 1775

lavrou a presente ata, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei n.º 5-A/2002, de 1776

11 de Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão Executivo, nos 1777

termos do n.º 2 do mesmo artigo. 1778

1779

A Chefe de Divisão 1780

1781

1782

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A Câmara Municipal 1783

1784

1785

1786

1787

1788

1789

1790

1791

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