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PA PA PA PA PA UT UT UT UT UT A • Informes • Avaliação da Campanha Salarial • Deliberação sobre a deflagração de greve nacional, por prazo indeter- minado, a partir da 0 (zero) hora do dia 16 de setembro SE É GREVE QUE ELES QUEREM, VÃO TER Ano XXIV • Edição 115 • Setembro de 2009 CAMP ANHA SALARIAL 2009 A Direção da ECT con- tinua com sua postura de enrolar o trabalha- dor! Primeiro apresentou uma vergonhosa proposta de 4,5%, depois suspendeu as negocia- ções, se negando ao debate com o Comando de Negocia- ção da Fentect. Agora, dia 9 de setembro, voltou atrás e um de seus chefões, Pedro Bifa- no (Digep), acenou com a pos- sibilidade de reabrir a negoci- ação e sair com um acordo válido para dois anos. No entanto, fi- cou só na conversa! Não houve apresen- tação de nova proposta e é certo que se houver, isso deve ocorrer na última hora, numa tentativa clara de evitar o debate sério junto à categoria e, novamen- te, ludibriar o trabalhador. Mas nós não vamos permi- tir. Todos os sindicatos estão na iminência de decretar uma nova greve, portanto os traba- lhadores devem estar atentos às discussões que serão reali- Aumento da receita da ECT engorda bolso dos REVEN´s A Empresa está com seu discurso pronto: “Não temos condições financeiras de atender às reivindicações dos trabalhadores”. Mas como explicar a reestrutu- ração das REOP’S trans- formadas em Regiões de Vendas, aumentando com isto os salários dos atuais REVEN’s? E ainda a cria- ção de várias funções e de mais sete CODIS espalha- das pelo interior? Tudo para beneficiar an- tigos ditadores que com o novo modelo se fortalece- ram. A exemplo do antigo REOP 05, que por sua pos- tura ditatorial foi premiado com uma das mais rentáveis Regiões. Ou seja, para a Di- retoria Regional ações de assédio moral, terrorismo e autoritarismo são critérios positivos para ascensão pro- fissional. Esta é a política do atual gabinete, onde o CO- NEG é quem dita as nor- mas. E o Diretor Regional... Companheiros, este dis- curso é uma velha prática de meia dúzia de iluminados que não aceitam o fim de seus privilégios e o pior, que- rem ampliar a farra do boi. Os números da Empre- sa contradizem a mentira dos diretores e demonstram que há sim recursos para valorizar o trabalhador: • Receita com Aditivo do Contrato Bradesco x ECT: R$ 168 milhões • projeção de receita com Banco Postal (2009): R$ 290 milhões (algumas tarifas de serviços do Ban- co Postal tiveram até 500% de reajuste) • objetos distribuídos/dia: 33 milhões, receita/dia: R$ 21 milhões (se multiplica- do o número de objetos por R$ 0,65 da carta simples) • Lucro 2008: R$ 800 milhões • Crescimento Operaci- onal 3,9% E mais: • 87% dos funcionários são de nível básico • 8,0% dos funcionários são de nível médio • 4,7% dos funcionários são de nível superior. Com estes percentuais como pode a despesa de pessoal da ECT ser tão alta? Serão as remunera- ções singulares? As FAG’s? As FAT’s? Sabemos que os trabalhadores de nível bási- co são os que ganham os mais baixos salários. Valorizar nosso trabalho, exigir melhores condições de trabalho e garantir o fim dos privilégios devem ser o nosso lema, porque o lema da Empresa é este: “o rico cada vez fica mais rico, o pobre cada vez fica mais pobre, e o motivo todo mundo já conhece é que o de cima sobe e o debaixo desce...” Vamos inverter esta ló- gica, a unidade e resistên- cia farão a ECT rever sua postura e de fato negociar com os trabalhadores. Por- que se não negociar, os Correios vão parar! ASSEMBLÉIA GERAL ASSEMBLÉIA GERAL ASSEMBLÉIA GERAL ASSEMBLÉIA GERAL ASSEMBLÉIA GERAL Dia: 15 de setembro Horário: 18h30 (1ª convocação) ou 19h (2ª convocação) Local: em frente à Agência Central zadas na Assembléia do dia 15. É imprescindível a participação maciça dos atendentes comer- ciais, OTT´s, carteiros e do pes- soal administrativo, que têm sido vitimados ano após ano pela desvalorização do traba- lhador de base e pela super- valorização de meia dúzia de iluminados que se acham os donos dos Correios. Anos atrás, o trabalhador de base dos Correios chegava a receber sete salários mínimos. Hoje não che- ga a receber o equivalente a dois e, em 2010, o míni- mo deve ir para R$ 507, e o piso da ECT representará pou- co mais de um salário mínimo. Uma realidade vergonhosa para uma das empresas públi- cas que mais fatura no Brasil e que, no entanto, paga os pio- res salários aos seus empre- gados. Não se deixe iludir pelos padrinhos que nessa época sur- gem nos CDD´s tentando con- vencê-los a abandonar a luta, a não participar da greve. Não sucumba às ameaças, não se deixe enga- nar. Estas pessoas não se importam com as difi- culdades que você, traba- lhador, viven- cia no seu dia-a-dia nem tampouco com a desva- lorização de sua mão-de-obra. Querem apenas sugá-lo e ga- rantir as vantagens que elas próprias tiram do resultado do seu suor. Vamos à luta para mudar esta realidade! Você precisa refletir: qual o seu papel nesta história? Dia 15 tem Assembléia na Capital e você não pode faltar e dia 16, acontecem assem- bléias nas principais cidades do interior, às 7h30 e nós temos a certeza de que os companhei- ros do interior não vão se fur- tar de participar dessa luta! Se é greve o que eles querem, é greve que eles vão ter!

CAMPANHA SALARIAL 2009 SE É GREVE QUE ELES QUEREM, …€¦ · SE É GREVE QUE ELES QUEREM, VÃO TER Ano XXIV • Edição 115 • Setembro de 2009 CAMPANHA SALARIAL 2009 ADireção

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Page 1: CAMPANHA SALARIAL 2009 SE É GREVE QUE ELES QUEREM, …€¦ · SE É GREVE QUE ELES QUEREM, VÃO TER Ano XXIV • Edição 115 • Setembro de 2009 CAMPANHA SALARIAL 2009 ADireção

PAPAPAPAPAUTUTUTUTUTAAAAA• Informes• Avaliação da Campanha Salarial• Deliberação sobre a deflagração de greve nacional, por prazo indeter-

minado, a partir da 0 (zero) hora do dia 16 de setembro

SE É GREVE QUE ELES QUEREM, VÃO TER

Ano XXIV • Edição 115 • Setembro de 2009

CAMPANHA SALARIAL 2009

ADireção da ECT con-tinua com sua posturade enrolar o trabalha-

dor! Primeiro apresentou umavergonhosa proposta de 4,5%,depois suspendeu as negocia-ções, se negando ao debatecom o Comando de Negocia-ção da Fentect. Agora, dia 9de setembro, voltou atrás e umde seus chefões, Pedro Bifa-no (Digep), acenou com a pos-sibilidade de reabrir a negoci-ação e sair com umacordo válidopara doisanos. Noentanto, fi-cou só naconversa! Nãohouve apresen-tação de novaproposta e écerto que sehouver, issodeve ocorrerna última hora, numa tentativaclara de evitar o debate sériojunto à categoria e, novamen-te, ludibriar o trabalhador.

Mas nós não vamos permi-tir. Todos os sindicatos estãona iminência de decretar umanova greve, portanto os traba-lhadores devem estar atentosàs discussões que serão reali-

Aumento da receita da ECTengorda bolso dos REVEN´s

A Empresa está com seudiscurso pronto: “Não temoscondições financeiras deatender às reivindicaçõesdos trabalhadores”. Mascomo explicar a reestrutu-ração das REOP’S trans-formadas em Regiões deVendas, aumentando comisto os salários dos atuaisREVEN’s? E ainda a cria-ção de várias funções e demais sete CODIS espalha-das pelo interior?

Tudo para beneficiar an-tigos ditadores que com onovo modelo se fortalece-ram. A exemplo do antigoREOP 05, que por sua pos-tura ditatorial foi premiadocom uma das mais rentáveisRegiões. Ou seja, para a Di-retoria Regional ações deassédio moral, terrorismo eautoritarismo são critériospositivos para ascensão pro-fissional. Esta é a política doatual gabinete, onde o CO-NEG é quem dita as nor-mas. E o Diretor Regional...

Companheiros, este dis-curso é uma velha práticade meia dúzia de iluminadosque não aceitam o fim deseus privilégios e o pior, que-rem ampliar a farra do boi.

Os números da Empre-sa contradizem a mentirados diretores e demonstramque há sim recursos paravalorizar o trabalhador:

• Receita com Aditivo doContrato Bradesco x ECT:R$ 168 milhões

• projeção de receitacom Banco Postal (2009):R$ 290 milhões (algumas

tarifas de serviços do Ban-co Postal tiveram até 500%de reajuste)

• objetos distribuídos/dia:33 milhões, receita/dia: R$21 milhões (se multiplica-do o número de objetos porR$ 0,65 da carta simples)

• Lucro 2008: R$ 800milhões

• Crescimento Operaci-onal 3,9%

E mais:• 87% dos funcionários

são de nível básico• 8,0% dos funcionários

são de nível médio• 4,7% dos funcionários

são de nível superior.Com estes percentuais

como pode a despesa depessoal da ECT ser tãoalta? Serão as remunera-ções singulares? As FAG’s?As FAT’s? Sabemos que ostrabalhadores de nível bási-co são os que ganham osmais baixos salários.

Valorizar nosso trabalho,exigir melhores condiçõesde trabalho e garantir o fimdos privilégios devem sero nosso lema, porque olema da Empresa é este:“o rico cada vez fica maisrico, o pobre cada vez ficamais pobre, e o motivotodo mundo já conhece éque o de cima sobe e odebaixo desce...”

Vamos inverter esta ló-gica, a unidade e resistên-cia farão a ECT rever suapostura e de fato negociarcom os trabalhadores. Por-que se não negociar, osCorreios vão parar!

ASSEMBLÉIA GERALASSEMBLÉIA GERALASSEMBLÉIA GERALASSEMBLÉIA GERALASSEMBLÉIA GERALDia: 15 de setembro

Horário: 18h30 (1ª convocação) ou 19h (2ª convocação)Local: em frente à Agência Central

zadas na Assembléia do dia 15.É imprescindível a participaçãomaciça dos atendentes comer-ciais, OTT´s, carteiros e do pes-soal administrativo, que têmsido vitimados ano após anopela desvalorização do traba-lhador de base e pela super-valorização de meia dúzia deiluminados que se acham osdonos dos Correios.

Anos atrás, o trabalhadorde base dos Correios chegava

a receber sete salários

mínimos .Hoje não che-

ga a receber oequivalente a dois

e, em 2010, o míni-mo deve ir para R$ 507, e opiso da ECT representará pou-co mais de um salário mínimo.Uma realidade vergonhosapara uma das empresas públi-cas que mais fatura no Brasile que, no entanto, paga os pio-res salários aos seus empre-gados.

Não se deixe iludir pelos

padrinhos que nessa época sur-gem nos CDD´s tentando con-vencê-los a abandonar a luta,a não participar da greve. Nãosucumba às ameaças, não se

deixe enga-nar. Estaspessoas nãose importamcom as difi-culdades quevocê, traba-lhador, viven-cia no seu

dia-a-dia nemtampouco com a desva-

lorização de sua mão-de-obra.Querem apenas sugá-lo e ga-rantir as vantagens que elaspróprias tiram do resultado doseu suor.

Vamos à luta para mudaresta realidade! Você precisarefletir: qual o seu papel nestahistória?

Dia 15 tem Assembléia naCapital e você não pode faltare dia 16, acontecem assem-bléias nas principais cidades dointerior, às 7h30 e nós temos acerteza de que os companhei-ros do interior não vão se fur-tar de participar dessa luta!

Se é greve o que elesquerem, é greve que eles

vão ter!

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Setembro de 20092 ECETISTA NA LUTA

RETRATOS DA INCOMPETÊNC

Bicicletas sucateadas: ECT não paga o conserto

O caos administrativo se instalou nos Correios e fazOSintect-GO esteve nas

unidades do interior econstatou as péssimas

condições dos Correios emGoiás. A lista de problemas in-clui sobrecarga, desvio de fun-ção, falta de estrutura e de ma-terial, filas enormes nas agên-cias devido à falta de atendi-mento e a total insegurançapara os atendentes.

Este é o resultado do des-preparo do diretor regional,que assumiu o cargo há 18meses e até hoje não disse aque veio. Nesse tempo, os Cor-reios apenas regrediram, en-quanto seu coordenador de ne-gócios e o antigo REOP 05(atual REVEN), que tambémse mostram gestores incompe-tentes, que apenas sabem as-sediar os trabalhadores. O re-

latório das visitas foi entregueao diretor regional e o Sintectaguarda a realização de umareunião com a Empresa paraexigir providências imediatas.

Um relatório semelhantesobre Goiânia foi entregue àdiretoria regional há um ano eaté hoje nada foi feito. O dire-tor sequer se dignou a respon-dê-lo. Será que ele não respon-de porque não quer ou porquenão sabe o que fazer? Será queos trabalhadores serão, maisuma vez, ignorados pela ECT?

O que se pode ver são pes-soas que se fazem de cegos,surdos e mudos, que não as-sumem suas responsabilida-des, ficando apenas com asbenesses de suas funções, masjuntos vamos acabar com estedescaso.

Insegurança nas unidadesA insegurança permeia o

trabalho no interior. Assaltos earrombamentos são constan-tes, causando grande aflição.A unidade de Bonópolis, porexemplo, já foi assaltada duasvezes e sofreu seis arromba-mentos. Lá somente uma câ-mera de vigilância funciona.Em Nazário houve três assal-tos e oito arrombamentos. EmCaturaí, o atendente foi assal-tado por criminosos que che-garam a levá-lo como refém.

Os assaltos são realizadosa mão armada, colocando em

risco a vida dos trabalhadores,que não têm como se defen-der. Em 99% das unidades nãohá portas-giratórias para coi-bir a ação dos marginais, as câ-meras de vigilância além denão funcionarem, estão malposicionadas e algumas aindasão de “mentira”. Enquanto adireção dos Correios ignora asituação, os criminosos agem.Em Domiciano Ribeiro aindapodem ser vistas marcas debalas nas paredes, resultantesdo último assalto. Será que oConeg conviveria com isso?

Bicicletas e motos

Há poucas bicicletas dis-poníveis no interior, e as exis-tentes necessitam de reparose consertos constantes. Comoem muitas cidades os Correi-os não dispõem de convênioscom oficinas, os carteiros sãoobrigados a pagar os conser-tos para não ficar a pé. E opior, não há ressarcimento,porque as pequenas oficinasnão dispõem de notas fiscais,documento necessário parareaver o dinheiro. Resultado:muitos carteiros estão pagan-do para trabalhar. Em Faina,

os funcionários chegam a fa-zer “vaquinhas” para arrumaras bicicletas da agência en-quanto em Ceres, 80% das en-tregas são realizadas a pé, por-que a Empresa não fornecemotos. Os carteiros reivindi-cam motos paras as unidadesque ainda não possuem. O ve-ículo é importante para a rea-lização de entregas de objetosembaraçosos e pesados. EmItapuranga, os funcionáriosdenunciam que já chegaram aentregar caixas de até 30 qui-los nos braços.

Uniformes Em relação à uniformiza-

ção dos carteiros a situação ésimplesmente vergonhosa.Não há fornecimento regularde uniformes (calças, camise-tas, meias, tênis e bonés). Oque se vê são carteiros comuniformes rasgados, desbota-dos ou incompletos. Muitos co-legas trabalham completamen-te descaracterizados. Em Aru-anã, o carteiro não usa unifor-me há mais de um ano.

Material do FNDE: transporte braçal Excesso de entregas se acumulam

Ecetista usa calça deuniforme com remendo

Paredes mofadas

Equipamentos sucateados e falta de materialAlém de computadores

sucateados e obsoletos, o in-terior sofre com a falta de im-pressoras e de suprimentosbásicos como tinta, papel eaté de carimbo. As quedas deenergia são constantes e nãohá nobreak. As balanças sãoantigas, os aparelhos de faxestão quebrados e, em algu-mas cidades, os trabalhadoressão obrigados a comprar o ma-terial de limpeza, que não éfornecido há muito tempo. EmSanta Bárbara o único apare-

lho de telefone existentepertence a um dos funcioná-rios. Em Adelândia, para ga-rantir o atendimento, os fun-cionários são obrigados apagar do próprio bolso as im-pressões de documentos emoutros locais.

Em Bela Vista, os veículossão estacionados longe da uni-dade e os carteiros carregamnas mãos o material do FNDEpor mais de 200 metros, já quea unidade não possui carrinhosde transportar as cargas.

Correios SaúdeA ECT tem obrigação de

oferecer assistência médicaaos trabalhadores, conforme oacordo coletivo. No entanto, emmuitas cidades não há profissi-onais credenciados ao Correi-os Saúde e a Empresa não ga-rante o acesso ao atendimentoem outras cidades próximas.Em casos de urgências, o tra-balhador acaba pagando peloatendimento particular e nãorecebe reembolso.

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Setembro de 2009 3ECETISTA NA LUTA

IA E DO DESCASO Diante da ineficiênciados gestores, a categoriaprecisa reagir

Trabalhador, esta é a nossa realidade. Uma políticaque não condiz com o momento que estamos vivenciando.Uma Empresa que há anos vem sendo apontada como amelhor Empresa pública do País, com a credibilidade dasociedade nos serviços prestados, principalmente porvocês, carteiro e atendente comercial, que lidam dia-a-dia com o cliente. A direção do Sindicato tem buscado detodas as formas resolver os problemas que atingem ostrabalhadores, inclusive apontando soluções, mas o dire-tor regional sequer responde aos nossos ofícios. Ao ado-tar esta postura de ignorar nossa entidade, ele está igno-rando você trabalhador, que sofre as conseqüências des-te descaso.

Diretor regional que não se preocupa com seus traba-lhadores está preocupado com a Empresa? diretor regio-nal que mantém ao seu lado, em sua gestão, ditadores,terroristas está preocupado se você está sendo assaltado,se tem uniforme, se na agência não tem segurança? Ana-lise. Essa Empresa é nossa e somos nós que a carrega-mos nas costas, portanto temos que reagir e iniciar defato uma mudança que venha atender aos nossos interes-ses.

A verdade é que tudo pode estar ligado às indicaçõespolíticas sem muito critério, o que muito atrapalha, resul-tando em administradores despreparados à frente do tra-balho. O diretor regional não valoriza você, que labutatodos os dias, que enfrenta todo tipo pressão, e que apre-senta todos os resultados satisfatórios. Será que eles nãopercebem que sempre fomos compromissados com o tra-balho? Se as chefias, principalmente do CTCE, exerces-sem de fato suas atribuições, com certeza o tal “climaorganizacional” seria melhor. Aliás, no CTCE tem muitochefe pra pouco índio, vocês OTT’s não acham?

O momento é de lutar por um PCCS justo, que con-temple de fato os interesses da categoria, acabando comos apadrinhamentos; de lutar para garantir segurança paraos atendentes, que estão aterrorizados com os vários as-saltos; de garantir contratação, pois somente assim dimi-nuiremos a sobrecarga de trabalho e conseqüentementediminuiremos os altos índices de afastamentos; de exigirque cessem as várias inaugurações de agências, sem oefetivo necessário para garantir o bom atendimento à so-ciedade. Você atendente sabe disso, essas inauguraçõesnada mais são que ações politiqueiras, já que são feitassem a menor estrutura.

A situação é séria, companheiros, precisamos nos or-ganizar, pois somente assim vamos alcançar vitórias.Tenham consciência disso, não podemos titubear nemfraquejar, o momento é de termos muita garra e determi-nação. Nossas conquistas só vieram através de muita lutae desta vez não será diferente.

Nos trabalhadores merecemos ser tratados com dig-nidade e respeito. Vamos lutar por uma campanha sala-rial justa, garantir uma Empresa pública e tirar de cenaadministradores que não têm compromisso com os traba-lhadores nem com a sociedade. Nós sempre estivemosdispostos a arregaçar nossas mangas, portanto merece-mos reconhecimento. Não podemos permitir que os “ilu-minados” continuem agindo como se fossem donos daECT. Vamos juntos mudar o quadro que se encontra anossa Regional, exigindo o fim da ditadura e o estabeleci-mento da democracia e respeito aos trabalhadores.

PALAVRA DO SINDICATO

z dos ecetistas, sua maior vítima

Sobrecarga de trabalho e desvio de função

Com relação aos trabalha-dores, o que se vê nas unida-des do interior é uma situaçãocompletamente ilegal sob di-versos pontos de vista, desta-camos a presença de:

• funcionários da Prefeitu-ra trabalhando nos Correios;

• mão-de-obra temporáriae terceirizada cobrindo fériasde carteiros e atendentes;

• encaminhamento de car-teiros para outras cidades, semo pagamento de diárias e ali-mentação;

• serviço de entrega pormão-de-obra terceirizada;

• excesso de horas-extras.A situação é crítica em São

Patrício e em Água Limpa,onde não há carteiro e funcio-nários da Prefeitura são os res-ponsáveis pelas entregas. Si-tuação semelhante aconteceem Professor Jamil, que há 13anos não conta com um car-teiro. Em Brazabrantes, o aten-dente desempenha também afunção de carteiro, além da so-brecarga de trabalho, está ca-racterizado o desvio de função.

Em conseqüência do défi-cit de pessoal, os poucos fun-cionários sofrem com o exces-so de trabalho. Em Goianápo-lis, por exemplo, o fluxo postaldiário é de, em média, 2 milobjetos. Trabalho realizado por

Pressão e assédio moralO clima nas unidades do

interior é de uma guerra vela-da. Não há diálogo entre che-fia e colaboradores, e os tra-balhadores são perseguidospelos Reops, o que tem feitocom que muitos se calem. Sãotambém vitimados por chefiasopressoras, que exigem o cum-

primento de metas excessivas,chegando a cortar o ponto detrabalhadores que necessitamse ausentar do serviço para ira consultas médicas.

Em Ceres, os carteiros têmsido obrigados a trabalharemaos sábados, sem direito a ti-ckets. Em Jesúpolis, o geren-

te foi orientado a não permitiro acesso de sindicalista à uni-dade, o que é um absurdo.

A pressão e o assédio mo-ral se dão devido às exigênci-as dos gestores que cobramresultados, mas não oferecemas mínimas condições de tra-balho.

apenas um carteiro e dois aten-dentes comerciais. Em boaparte das unidades, o contratocom a pessoa responsável pe-los serviços gerais foi rescin-dido e os ecetistas estão sen-do obrigados a realizar o tra-balho de limpeza.

Em todas as unidades oatraso na entrega e acúmulode correspondências geramconstante reclamações porparte da população.

A sobrecarga de trabalho eo desvio de função são conse-quências da falta de contrata-ção, já que a diretoria regionalnão se comprometeu em terum efetivo de reserva.

Péssimas condições físicas das unidadesAs unidades do interior não

dispõem de espaço físico ade-quado para a realização dasatividades dos Correios. Alémdisso, em sua maioria, funcio-nam em edifícios que necessi-tam de reformas, apresentan-do problemas de inflitração,

mofo, na fiação elétrica etc.Em Morro Agudo a situa-

ção está crítica, em dias dechuva, os trabalhadores so-frem com as goteiras e infil-trações. Em Nazário, a portade acesso à unidade está em-perrada há meses. Em Cam-

po Limpo, a unidade dos Cor-reios funciona no posto rodo-viário e não dispõe de banhei-ro. A opção é o uso do banhei-ro comunitário, que está empéssimas condições, ou aguar-dar o horário de almoço parautilizar o do restaurante.

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Setembro de 20094 ECETISTA NA LUTA

Sintect em açãoVítima de assalto, atendenterecebe indenização da ECT

O atendente comercialEdmilson Wesley Francoacaba de ser indenizadopelos Correios por danosmorais. Em 13 de abril de2007, a agência Canaã, emque Edmilson estava lota-do, foi assaltada.

Na época, a agência jáfuncionava como um ban-co postal, mas não dispu-nha de porta giratória nemde vigilante armado. Dian-te da omissão da ECT comrelação à segurança deseus empregados, a Justi-ça determinou que a Em-presa pagasse pelos danosmorais sofridos pelo aten-dente comercial.

O carteiro motorizado

Órgão de divulgação doSintect-GO • Gestão 2008/2011

ECETISTAna luta

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DOS CORREIOS E TELÉG

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SINTECT - GOSINTECT - GOFentect/CUT

Fone: (62) 3280-4415Rua Anhangá, Qd. 32A, Lt.25

Vila Brasília - Cep 74.911-380Aparecida de Goiânia (GO)

www.sintectgo.org.br Jornalista: Daniela Martins (JP 2044)

Já está nas mãos do presi-dente Lula um relatório de 37páginas sobre o futuro da ECTe o governo pretende lançar,em breve, uma Medida Provi-sória cujo teor é ainda desco-nhecido. Sabe-se apenas quetrará mudanças na Lei Postale no Estatuto dos Correios.

Para avaliar o tema, acon-tece dias 10 e 11 de setembro,em Brasília, o 10º Consin,quando ecetistas de todo o paísestarão debatendo medidas dedefesa contra mais este ata-que ao monopólio dos Correi-

10º Consin debate plano dereestruturação dos Correios

os. Os diretores Eziraldo dosSantos, Eduardo Pereira eWesley Furtado participam doCongresso como representan-tes do Sintect-GO.

Entre os assuntos que se-rão abordados estão:

• a ampliação do âmbitode atuação da ECT, que pre-vê a possibilidade de atuaçãodos Correios no exterior;

• a alteração do objetivoda ECT, com a implantaçãode serviços de Logística Inte-trada, Correio Digital e Servi-ços Financeiros Postais;

• a utilização de mecanis-mos já existentes no arca-bouço juridico da Adminis-tração Pública Federalpara aquisições singularesda ECT, com a Parceria Pú-blico-Privada para transporteaéreo de carga noturna e pra-zo ampliado de contratações;

• organização da ECTcomo Empresa Pública soba forma de Sociedade porAções (Correios SA);

• aperfeiçoamento dosmecanismos de Governança;

• outras propostas..

Eurípedes Pedro da Silva,lotada na cidade Ipameri,também deve ser indeniza-do em breve por danos mo-rais. Seu pedido judicial foideferido em primeira ins-tância, mas a ECT entroucom recurso. Eurípidestambém foi vítima de umassalto que ocorreu à suaunidade, quando ele serviude escudo humano para oscriminosos por mais deduas horas.

Os exemplos vitoriososdos colegas Edmilson eEurípides demonstram quevale a pena o trabalhadornão se omitir. Você que jáfoi assaltado, busque seusdireitos!

Após amplo debate, aComissão Permanente deNegociações da Fentect re-abriu as negociações com oInstituto Postalis em tornodo saldamento do plano BDe das alterações feitas noPostalprev. Para que possa-mos realizar um amplo de-bate serão realizados reuni-ões regionais, envolvendo,ao final, todos os sindicatos.

Trabalhadores exigem seus direitosNo dia 7 de outubro, o Sin-

tect-GO participará do encon-tro com os sindicatos das regi-ões norte e centro-oeste. An-tes, dias 22 e 23 de setembro,a Fentect oferece aos dirigen-tes sindicais interessados umcurso básico sobre Previdên-cia Complementar e estrutura-ção dos fundos de pensão. Oobjetivo é prepará-los para arealização de uma negociação

consciente, buscando omelhor para os participan-tes do Postalis.

Os Sindicatos estão em-penhados em fazer comque esta negocição não sejamais um “faz-de-conta” eque realmente os direitosdos trabalhadores sejamrespeitados, inclusive coma recuperação de prejuízosjá causados à classe.

POSTALIS/ POSTALPREV

Quarenta mil de trabalha-dores deverão fazer parte daMarcha Nacional pela redu-ção da jornada de trabalho de44 para 40 horas semanaissem redução de salário. Amarcha, promovida pela cen-trais sindicais, acontecerá emBrasília no dia 7 de outubro.Os ecetistas interessados em

Jornada de 40 horas já!participar do movimento de-vem procurar o Sintect-GO atéo próximo dia 1º.

A Proposta de Emenda àConstituição (PEC) 231/95,que trata da redução da jorna-da de trabalho de 44 para 40horas semanais sem reduçãode salário, já foi aprovada emcomissão especial e agora pre-

Hora-extra e trabalho aosfinais de semana e feriados

Ao efetivar seu contra-to de trabalho, o colabora-dor se obriga a cumprir asoito horas diárias, perfazen-do 44 semanais. As horas-extras requerem novo ajus-te, ou seja, somente pode-rão ser exigidas pela Em-presa se o trabalhador a

elas se comprometer, me-diante a assinatura em ter-mo de convocação. Casonão aceite, deverá informarpor escrito no ato da con-vocação. Portanto, a hora-extra e trabalhos aos finaisde semana e feriados nãosão obrigatórios.

Empresa reintegra carteiroe paga salários retroativos

A Justiça indeferiu pe-dido dos Correios de auto-rização para demitir o car-teiro Leandro Borges daSilva, que tem estabilidadeem razão de ter sofrido aci-dente de trabalho, e estavasendo acusado pela Empre-sa de ter praticado faltagrave.

Afastado enquanto aECT realizava o processoadministrativo e abria aação na Justiça, Leandroganhou agora o direito aorecebimento de seus salá-rios referentes a este tem-po e deve ser reconduzidoimediatamente ao seu pos-to de trabalho.

cisa ser votada em dois turnosna Câmara de Deputados.

O movimento sindical de-fende que com a redução dajornada, os trabalhadores irãoganhar mais qualidade de vida,mais tempo para o lazer e acultura. Além disso, estima-seque sejam gerados 2 milhõesde empregos.