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Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá ANO 34 - Nº 1205 www.sindmetalsjc.org.br De 16 a 22 de agosto de 2017 CONTRA REFORMAS GRUPOS NEONAZISTAS CAMPANHA SALARIAL 2017 Página 2 Página 4 Página 3 Metalúrgicos do país vão parar no dia 14 de setembro Ultradireita dá as caras nos EUA. Não passarão! E AMPLIAÇÃO DE DIREITOS QUEREMOS 9,2% DE REAJUSTE

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Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 34 - nº 1205www.sindmetalsjc.org.br

De 16 a 22 de agosto de 2017

contra reformas grupos neonazistas

c a m p a n h a s a l a r i a l 2 0 1 7

Página 2 Página 4

Página 3

Metalúrgicos dopaís vão parar nodia 14 de setembro

Ultradireita dá as caras nos EUA.Não passarão!

E AMPLIAÇÃO DE DIREITOS

QUEREMOS 9,2%DE REAJUSTE

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Metalúrgicos vão protestar em todo o país no dia 14 de setembro

Contra as reformas

Representantes de entidades sindicais metalúrgicas de todo o país aprovaram, em reunião na sexta-feira (11), a realização de um Dia Nacional de Lutas, Protestos e Greves, em 14 de setembro.

As manifestações terão como alvo as reformas do governo Michel Temer e servirão para impulsionar as campanhas salariais das cate-gorias com data-base no segundo semestre.

“Os metalúrgicos e demais cate-gorias vão mostrar sua insatisfação aos ataques contra os direitos tra-balhistas promovidos por Temer e sua equipe de corruptos”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Her-bert Claros.

O protesto envolve a CSP-Con-lutas, CUT, CTB, Força Sindical, UGT e Intersindical.

Esquenta Antes das mobilizações em

setembro, os metalúrgicos vão realizar um “esquenta” na última semana de agosto, com distribui-ção de um boletim unificado em todo o país.

Já no dia 29 de setembro, ocorre a plenária nacional de me-talúrgicos e trabalhadores do setor industrial.

Lideranças dos diversos sindicatos de metalúrgicos presentes na reunião

22 Jornal do Metalúrgico2

Palestra aborda os 100 anos da Revolução RussaEm comemoração aos 100 anos da Revolução Russa (1917-2017), o Sindicato vai sediar

uma palestra sobre o evento que marcou a tomada do poder pelos trabalhadores. O encontro acontece no dia 2 de setembro, às 9h, na subsede da zona sul, e contará com a presença do

historiador americano Kevin Murphy, um dos principais pesquisadores sobre o assunto.

20 equipes participam da 8ª edição do Campeonato de Futebol Society

Torneio dos metalúrgicos

ford dEMitE trabalhadores em layoffno abc

Sem qualquer negociação prévia com o sindicato local, a Ford de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, de-mitiu 364 trabalhadores que estavam com os contratos de

Falta pouco para a bola come-çar a rolar na 8ª edição do Cam-peonato de Futebol Society dos Metalúrgicos.

Neste ano, 20 equipes de diver-

Jogadores disputam a bola em

partida do último

torneio

Tanda Melo

RÁPIDAS

Sindicato cobra insalubridadena Retin

O Sindicato entrou com um processo na Justiça, nesta se-mana, cobrando o pagamento do adicional de insalubridade na fábrica Retin, na zona leste. A empresa de autopeças não paga o benefício aos trabalha-dores do setor de fundição, o que configura um grave ata-que aos direitos trabalhistas. É importante que todo trabalha-dor fiscalize seu ambiente de trabalho. Caso a empresa não esteja com os benefícios em dia, denuncie ao Sindicato.

Acidente deixa dois mortos na Gerdau de Minas Gerais

Uma explosão matou dois trabalhadores e deixou 10 feridos, na manhã desta terça-feira (15), na Gerdau, em Ouro Branco (MG). A fábrica sempre foi alvo de denúncias de irregularidades, mas mes-mo assim a Gerdau mantém a área em operação. O Sindica-to se solidariza com as famí-lias das vítimas e denuncia as práticas da empresa em São José dos Campos. A compa-nhia é conhecida na região pela repressão, assédio moral e ritmo acelerado de trabalho, o que acaba acarretando em acidentes.

Curso de violão oferece vagas para nova turma

O projeto Revolução Musical, curso de violão oferecido pelo Sindicato, está com vagas abertas. A atividade é gratui-ta e para participar basta ser sócio do Sindicato e realizar a inscrição, até o dia 1º de setembro, pelo telefone: 99139-1487 (Bob). As aulas da nova turma irão ocorrer na sede provisória do Sindicato (Rua Coronel Mora-es, 143, Centro), aos sábados, em dois horários: às 11h e às 13 horas. A previsão é de que o curso tenha início na primei-ra quinzena de setembro.

sas fábricas da região garantiram seu lugar no torneio, que começa no sábado (26), às 10h, no Espaço Golaço Society.

Antes do pontapé inicial, o Sindi-

cato convoca os representantes de cada time para a reunião que será realizada na segunda-feira (21), às 16h, na subsede das Chácaras Reu-nidas, na zona sul de São José.

A presença de todos é funda-mental neste momento, uma vez que será discutido o regulamento da competição, além da definição da tabela com os dias e os horários dos jogos.

“Mais uma vez estamos prepa-rando um belo campeonato para toda categoria”, afirma o diretor do Sindicato José Dantas Sobrinho

Para tirar dúvidas ou obter mais informações, o metalúrgico deve procurar os diretores do Sindicato ou ligar nos telefones: 3931-7020 (subsede da zona sul) e 99176-2887 (Ademir).

trabalho suspensos (lay-off), na sexta-feira (11).

As demissões são conside-radas um absurdo, visto que ocorrem em um momento de alta do setor automotivo.

Além disso, em 2016, a Ford foi beneficiada pelo PPE (Progra-ma de Proteção ao Emprego), aplicando a redução da jornada com diminuição salarial. O caso comprova que abrir mão de di-reitos não garante emprego.

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RÁPIDAS

Chegou a hora: metalúrgicos vão à luta por 9,2% de reajuste e direitos

Campanha Salarial 2017

Chega de enrolação

A Campanha Salarial deste ano tem alvo certo: vamos lutar com toda força pela renovação das Convenções Coletivas e por um reajuste de 9,2%.

Em ano de reforma trabalhista, os meta-lúrgicos vão se unir para impedir que os ata-ques cheguem à nossa região, com patrões tentando achatar salários e retirar direitos.

No seminário realizado dia 9, os sindi-catos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos discutiram sobre as es-tratégias e pauta de reivindicações.

Entre as atividades já definidas está a realização de um dia de mobilizações, na última semana de agosto.

Nas fábricas onde a PLR ainda não fechou, vamos acelerar as mobilizações

Trabalhadores da Fameccanica já elegeram as comissões de PLR

Seminário em Campinas discutiu as estratégias da Campanha Salarial

A luta dos metalúrgicos da MWL garantiu que os 94 trabalhadores demitidos pela fábrica, este mês, recebam uma indenização de quatro salários-base, PLR de R$ 4 mil, seis meses de convênio médico e 10 meses de vale-alimentação. Os cortes são resultado dos planos de terceirização adotados pelo grupo chinês proprietário da fábrica. O caso foi questionado pelo Sindicato, no TRT, que chegou a suspender as demissões.

2Jornal do Metalúrgico 3

Trabalhadores demitidos da MWL são indenizados

União cobra da GM benefício pago por INSS a lesionados

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação judicial contra a GM para cobrar o ressarcimento de R$ 5,5 milhões aos cofres do INSS, re-ferentes ao pagamento de 127 trabalhadores que adquiriram doenças e lesões na fábrica de São Caetano. A AGU destaca que as lesões ocorreram por negligência da empresa, sendo que os benefícios foram pagos pelo INSS. É isso aí. Já passou da hora das empresas pagarem pelos danos causados à saúde do trabalhador.

Embraer afasta trabalhadores de forma irregular

A Embraer está descumprindo a lei, ao afastar pelo INSS traba-lhadores que trazem atestado médico por doenças diferentes. A lei diz que o afastamento pelo INSS só pode acontecer quan-do o trabalhador apresenta a mesma doença num prazo de 60 dias. Do contrário, a respon-sabilidade é da própria empresa. O sindicato já tomou as pro-vidências para que a Embraer seja responsabilizada. Se você já passou por isso, em qualquer fábrica, denuncie ao Departa-mento Jurídico do Sindicato.

Metalúrgicos da RFCom e Parker têm eleição de Cipa

Os trabalhadores da RFCom, na zona sul, elegem nesta quarta-feira (16), os próximos cipeiros que estarão à frente da luta por melhores condições de trabalho na fábrica. Na Parker Filtros, zona leste, o período de inscri-ções de candidatos termina na sexta-feira (18). A eleição será dia 1º de setembro. Nas duas fábricas, os trabalhadores de-vem estar atentos ao candidatos para não escolher puxa-saco de patrão! Esta é a oportunidade para eleger verdadeiros repre-sentantes dos trabalhadores na Cipa das fábricas.

Com a Campanha Salarial já em andamento, é preciso pressionar os patrões para avançar nas negocia-ções de PLR.

Na zona sul, ainda tem muita fábrica travando as discussões e até mesmo enrolando para marcar as primeiras reuniões.

Na Friuli, Techal, Forming, Winnstal e RFCom está duro de

destravar as negociações. Em todas elas, os patrões se mantêm intran-sigentes.

Enquanto isso, as assembleias continuam acontecendo nas fábri-cas para fortalecer a organização dos metalúrgicos.

Na Sopeçaero, Pesola e Famec-canica, as comissões de PLR já fo-ram eleitas e estão aguardando,

junto com o Sindicato, que a pri-meira reunião seja agendada pelas empresas.

Na Sobraer, até agora a empresa só apresentou proposta de metas.

Acordos em CaçapavaOs trabalhadores da Domex e

MWL, em Caçapava, já fecharam a PLR.

Na MWL, os trabalhadores con-quistaram R$ 4 mil e 90 dias de es-tabilidade, após oito dias de greve. A princípio, a empresa estava se re-cusando a pagar a PLR.

O acordo só foi fechado após greve dos trabalhadores e audiência no Tribunal Regional do Trabalho.

Na Domex, os metalúrgicos en-traram em estado de greve depois que a empresa ofereceu R$ 1 mil de PLR. Com a pressão, as negocia-ções avançaram e o valor ficou em R$ 1.800.

Os metalúrgicos vão mos-trar toda força para barrar os efeitos da reforma trabalhis-ta. Os patrões foram benefi-ciados pelo governo e tenta-rão usar isso nas negociações. Mas os metalúrgicos não vão dar moleza. Aqui vai ter luta”, disse o presidente do Sin-dicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

a camPanha em nÚmeros

a produção do setor automotivo cresceu 23,5% este ano.

a inflação para o período da data-base da categoria está estimada em 2,2%.

entre as montadoras, a produção na Gm foi a que mais cresceu, com 11,65% em relação a 2016.

durante o seminário, economistas mostraram o quanto os Patrões estão Ganhando nas costas dos trabalhadores

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Em discussão na Câmara

Internacional

Órgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá - Rua Maurício Diamante, 65, São José dos Campos - CEP 12.209-570. Telefone (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: [email protected]. Responsabilidade: Diretoria do Sindicato. Edição: Rodrigo Correia. Redação: Lucas Martins, Manuela Moraes e Shirley Rodrigues. Editoração eletrônica: Bruno Galvão. Ilustração: Bruno César Galvão. Fotolito e Impressão: Unisind. Tel.: (11) 99907-9771

2Jornal do Metalúrgico 4

Reforma política quer manter os mesmos (corruptos) no poder

Eles não querem largar o osso e preparam mais uma legislação an-tidemocrática para mantê-los no poder. Assim podemos resumir a reforma política em discussão na Câmara dos Deputados.

Uma das principais propostas dessa reforma é a adoção do “dis-tritão” para eleger deputados e ve-readores.

Hoje, essas eleições ocorrem pelo sistema proporcional, que leva em conta, além dos votos do

Com a reforma política, congressistas querem manter tudo do jeito que está

Neonazistas mostram a cara nos EUA

Bolsonaro faz coro com eles

A ultradireita norte-americana saiu da toca ao promover manifes-tações em Charlottesville, estado da Virgínia, nos Estados Unidos.

Na sexta-feira (11), tochas ace-sas (utilizadas pela Ku Klux Klan no passado para aterrorizar e incendiar negros e suas casas) foram exibidas, assim como fuzis e pistolas.

Convocado às escondidas para evitar contraofensivas, o ato reuniu grupos que defendem o nazismo, o racismo e que são contra imigran-tes, judeus e homossexuais.

No dia seguinte, uma nova ma-nifestação dos supremacistas teve reação por parte de grupos de es-querda e antirracistas e o conflito se tornou inevitável. Infelizmente, a ativista Heather Hayer morreu atro-pelada por um ultradireitista, que feriu outras dezenas de pessoas.

A partir daí, manifestações con-tra os supremacistas pipocaram em várias cidades americanas.

Não há alternativa: para barrar as investidas neonazistas, é preciso que os trabalhadores e suas organi-zações exerçam sua autodefesa.

No Brasil, o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro tenta ser a cara da ultradireita, ao atacar mulheres, negros, LGBTs e as lutas dos trabalhadores.

O ex-militar tem conseguido relativo apoio nas pesquisas, mas isso é o resultado da profunda decepção dos brasileiros com o PT, PSDB, PMDB e todos os partidos que comandam a política nacional.

Bolsonaro, aliás, não condenou publicamente os atos neonazistas nos Estados Unidos. Por que será, hein?

candidato, a votação obtida pelo partido ou coligação. Com o dis-tritão, são eleitos os mais votados diretamente.

Apesar de ser mais fácil de en-tender, essa fórmula dificulta a reno-vação e facilita a reeleição de quem já tem mandato. Segundo analistas, entre 35% e 40% dos votos pro-porcionais seriam “desperdiçados” com a nova regra.

Não é à toa que o distritão tem o apoio do presidente Michel Temer,

do ex-deputado Eduardo Cunha e do chamado “centrão” (bloco de partidos especializado em “toma lá, dá cá”).

Regras antidemocráticasA cada mudança que eles fazem

na legislação eleitoral, mais antide-mocráticas ficam as eleições.

Com a “cláusula de barreira”, por exemplo, o Congresso Nacional quer limitar ainda mais a participa-ção dos partidos ideológicos, prin-cipalmente os de esquerda, na pro-paganda eleitoral e nos debates.

Ao mesmo tempo, os grandes partidos querem garantir uma for-tuna para dividirem entre si com a proposta de criação de um fundo de R$ 3,6 bilhões. Em síntese, tiram dinheiro do povo para se elegerem e governarem contra o povo.

“As mudanças que os trabalha-dores desejam não virão por meio das eleições, que são um jogo de cartas marcadas. Com a nova refor-ma política, eles querem aprofundar isso”, avaliou o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.

“É preciso mobilização, povo na rua, para arrancarmos todos os que estão aí”, concluiu.

Supremacistas brancos durante manifestação em Charlottesville, na sexta (11)

Reciclagem erradaPara economizar, a Verzani

está fazendo os funcionários usarem sapatos e uniformes

velhos, já utilizados por outros trabalhadores. Que

vergonha, hein? Reciclando itens de segurança... Pode parar com essa pão-durice.

Ritmo aceleradoNo 2ºT da S10 da GM, o

GMS estabeleceu uma carga de trabalho de arrancar o

couro, mas a liderança quer forçar ainda mais. O pessoal

já está fazendo até sete carros a mais por dia. Nesse ritmo, vai ficar todo mundo

lesionado. Chega!

Não aceitamos pressãoTem um certo gerente na TI Automotive que já foi o

bambambã do pedaço, mas agora está por baixo e quer mostrar serviço assediando o pessoal. Mal chegou e já quer bagunçar a área. Nem

vem, que não tem!

Prejuízo para o peãoPara a médica do trabalho da Parker Hannifin, toda doença do trabalhador é “psicológica”. Pra piorar,

a fábrica ainda está prejudicando o pessoal na hora de mandar os

atestados para o INSS. O bicho vai pegar!

Mudança pra piorSem consultar os

trabalhadores, a Techal simplesmente mudou o

plano de saúde, deixando muita gente que fazia

tratamento médico sem atendimento. Vamos tomar

providências!

Assédio sem limiteO facilitador “Bebezão

de Aço”, da Gerdau, está passando dos limites. Vive assediando o pessoal e até

demite quem questiona qualquer coisa. Sua batata

está assando.

DITO [email protected]