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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP.
CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - FCT.
CURSO: Arquitetura e Urbanismo
DISCIPLINA: Desenho Técnico
ALUNO (A): ...........................................................................................................................................
Prof. Dra. Daniele Barroca Marra Alves
2020
SUMÁRIO
1. FOLHA DE DESENHO: LEIAUTE E DIMENSÕES ................................................................... ___
2. CALIGRAFIA TÉCNICA ........................................................................................................ ___
3. INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO ............................................................................ ___
4. CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS: PARALELAS E PERPENDICULARES ............................. ___
5. ÂNGULOS ............................................................................................................................ ___
6. CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO: TANGÊNCIA E CONCORDÂNCIA ............................... ___
7. DIVISÃO DE SEGMENTOS EM PARTES IGUAIS OU PROPORCIONAIS ............................ ___
8. ELEMENTOS DE TRIÂNGULOS ............................................................................................. ___
9. ELEMENTOS DE POLÍGONOS ............................................................................................. ___
10. ELEMENTOS DE QUADRILÁTEROS ................................................................................... ___
11. NOÇÕES DE ESCALA ........................................................................................................ ___
12. TEORIA ELEMENTAR DO DESENHO PROJETIVO .............................................................. ___
13. ESTUDO DO PONTO .......................................................................................................... ___
14. ESTUDO DA RETA ............................................................................................................... ___
15. ESTUDO DO PLANO .......................................................................................................... ___
16. COTAGEM ......................................................................................................................... ___
17. PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ............................................................................................... ___
18. VISTAS ORTOGRÁFICAS .................................................................................................... ___
19. VISTAS EM CORTE .............................................................................................................. ___
20. SEÇÃO ............................................................................................................................. ___
1. FOLHA DE DESENHO: LEIAUTE E DIMENSÕES
➔ NBR 10068: Folha de desenho - Leiaute e dimensões
➔ NBR 10582: Apresentação da folha para desenho técnico
1. Formato do papel
2. Espaço para o desenho
3. Margens da folha de papel
01 Folha de Desenho Des. Técnico
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Horizontal
Vertical
FOLHA DE DESENHO - FORMATO DO PAPEL
Dimensões e divisões
O formato básico de papel A0 (A zero) é o retângulo de lados medindo 841 x 1.189 mm,
tendo a área aproximada de um metro quadrado. Do formato básico deriva os demais
formatos através do processo de bipartição.
02 Folha de Desenho Des. Técnico
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2. CALIGRAFIA TÉCNICA
Elementos do corpo tipográfico
Tipografia é a arte ou processo de especificar, organizar e projetar tipos. Todos os
corpos tipográficos têm elementos em comum, independente da representação da letra.
Existem centenas de diferentes corpos tipográficos que podem ser usados para expressar as
informações no Desenho. Seu uso está relacionado com uma série de fatores, dentre os quais
o propósito do desenho. O projetista deve reconhecer os elementos e as características de
cada projeto, e levar em consideração que diferentes corpos topográficos podem trazer
diferentes impressões ao usuário.
O corpo tipográfico é definido de acordo com um número de elementos. Nas linhas
base são iniciadas as letras, de ambas as formas, tanto minúsculas quanto maiúsculas. A altura
do corpo da letra é referenciada como altura-x da letra minúscula, uma importante dimensão
do projeto da letra, pois geralmente determina a legibilidade do tipo (texto). As linhas
ascendentes compreendem as partes das letras maiores que são maiores que a altura-x.
Todas as letras minúsculas do alfabeto determinarão uma linha ascendente comum, a qual é
mais alta que as letras maiúsculas. Por outro lado, as linhas descendentes compreendem as
partes das letras que estão abaixo da linha de base. Na maioria dos corpos tipográficos, a
altura das letras maiúsculas é menor que a das ascendentes, portanto existe uma linha do
maiúsculo para a maiúscula, a qual que define sua altura.
As serifas são os acabamentos adicionados no final do traço da letra. As famílias de
letras que não possuem esse acabamento no traçado são chamadas de estilo sem serifa,
usada aqui no Desenho Técnico. As serifas têm aparências diferentes, dependendo da
maneira como são colocadas no traçado da letra, podendo ser curvada ou não.
03 Caligrafia Técnica Des. Técnico
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2. CALIGRAFIA TÉCNICA
Em toda representação gráfica, acompanhada de textos explicativos, será utilizada a
caligrafia técnica, como é mostrada a seguir:
Maiúsculas:
A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z
Minúsculas:
a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z
Algarismos:
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0
EXERCÍCIOS:
Faça todas as letras do alfabeto (maiúsculas e minúsculas) e os algarismos de 0 até o 9.
04 Caligrafia Técnica Des. Técnico
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EXERCÍCIO SOBRE CALIGRAFIA TÉCNICA (PARA CASA)
1. Refaça as letras do alfabeto (maiúsculas e minúsculas) e os algarismos de 0 à 9 usando o
quadriculado abaixo.
2. Refaça todas as do alfabeto (maiúsculas e minúsculas) e os algarismos de 0 à 9 sem o
quadriculado:
3. Usando a caligrafia técnica, escreva abaixo o seu nome, o nome de seu curso e o nome
desta disciplina.
05 Caligrafia Técnica Des. Técnico
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3. INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
A. Classificação do Desenho
1. Desenho de Expressão ou Desenho Artístico;
2. Desenho de Representação ou Desenho Técnico;
3. Desenho de Resolução ou Precisão (resolve problemas graficamente).
O Desenho de resolução subdivide-se em:
a. Desenho Geométrico - estuda os problemas de Geometria Plana elementar.
b. Geometria Descritiva - estuda os problemas de Geometria Espacial.
c. Perspectiva - estuda os problemas relacionados ao aspecto da figura.
B. Alguns lembretes
1- Fazer o possível para que duas linhas não se cortem muito obliquamente.
2- Fazer o possível para que dois pontos não fiquem muito próximos.
3- Escolher sempre o processo que tenha menor número de operações gráficas.
4- Não fazer operações desnecessárias e aproveitar, quando possível, traços já desenhados.
5- Ao traçar uma linha faze-la de comprimento suficiente para não prolonga-la mais tarde.
6- Não usar linhas de construção pontilhadas, nem tracejadas, pois o ponto procurado pode
estar entre dois traços ou dois pontos.
7- Traçar várias paralelas ou perpendiculares, referidas sempre a uma mesma reta base.
8- Procurar usar sempre pontos, linhas e segmentos dados, ao invés dos obtidos para não
acumular erro gráfico.
9- Sempre que possível, conferir as respostas gráficas.
C. Morfologia Geométrica
Desenho é a expressão gráfica da forma, e deste modo não é possível desenho sem o
conhecimento das formas a serem representadas.
06 Desenho Básico Des. Técnico
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Morfologia significa estudo da forma e assim morfologia geométrica é o estudo das
formas geométricas. Chamam-se elementos fundamentais da geometria o ponto, a linha e o
plano. Esse último é um caso particular da superfície.
Linha Geométrica:
É o resultado do deslocamento de um ponto sobre um plano. A linha pode ter
diferentes direções.
Se a trajetória do ponto se dirige em uma única direção sem nunca desviar, ele dará
origem a uma linha reta. Possui infinitos pontos e é infinita nas duas direções.
Se distinguirmos um ponto na reta, esta ficará dividida em duas partes chamadas semi-
retas. As semi-retas têm origem neste ponto e não tem fim.
Se distinguirmos dois pontos de uma reta, o espaço entre estes pontos chama-se
segmento de reta. Por ser limitado, possui comprimento definido.
Portanto: A reta é infinita, pois não tem começo nem fim;
A semi-reta tem começo, mas não tem fim;
O segmento de reta tem começo e fim.
Convenções:
Os pontos são representados por letras maiúsculas, as retas por letras minúsculas e os
planos por letras gregas minúsculas.
Por dois pontos podemos passar infinitas linhas curvas, mas somente uma reta.
07 Desenho Básico Des. Técnico
Por um único ponto passam infinitas linhas curvas e retas.
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Distância
1. Distância entre dois pontos é o comprimento determinado por um sistema de medida
(metro, centímetro, milímetro, etc.).
2. Distância entre ponto e reta é o segmento perpendicular à reta, contendo como
extremidades o ponto e o pé da perpendicular à reta considerada.
3. Distância entre duas retas paralelas é a distância entre um ponto qualquer de uma das
retas até a outra.
Posições relativas
a) Pontos colineares são pontos que pertencem a uma mesma reta.
b) Segmentos colineares são segmentos que pertencem a uma mesma reta.
c) Segmentos consecutivos: a extremidade de um é coincidente com a de outro.
d) Retas concorrentes:
Oblíquas:
Perpendiculares:
e) Retas paralelas: guardam a mesma distância entre s e t.
08 Desenho Básico Des. Técnico
4. CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS: PARALELAS E PERPENDICULARES
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a. Com o uso do compasso,
traçar a mediatriz de um
segmento AB dado
A B
b. Dados: o ponto A e a reta r,
traçar a perpendicular à reta r
que passe pelo ponto A. A r
r A
+
A r
A +
r
09 Construções fundamentais Des. Técnico
c. Caso notável:
o ponto A está próximo
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à margem do papel (não
prolongar a reta).
A r
+
A
+
r
10 Construções fundamentais Des. Técnico
a. Traçar por um ponto A,
a reta s paralela à reta r.
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A
+
r
A
+
r
b. Traçar as paralelas a uma d
reta r dada a uma distância r
d de r.
11 Construções fundamentais Des. Técnico
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EXERCÍCIOS
1) Construa um retângulo.
Dados: base inferior e base superior = 40 mm; laterais = 30 mm
2) Construa 3 linhas paralelas à linha dada, tanto à esquerda quanto à direita.
Distância entre as linhas = 20 mm
12 Exercícios Des. Técnico
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5. ÂNGULOS
Duas semi-retas de mesma origem definem um ângulo plano.
Classificação dos ângulos
1. Ângulo reto: = 90º
2. Ângulo agudo: < 90º
3. Ângulo obtuso: 90º < < 180º
4. Ângulo raso: = 180º
5. Ângulo de volta cheia: = 360º
6. Ângulo convexo: < 180º
7. Ângulo côncavo: > 180º
13 Ângulos Des. Técnico
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a. Transportar um ângulo dado
sobre uma semi-reta Or dada.
O r
b. Construir um ângulo que seja
igual a soma algébrica dos ângulos
dados ( + + )
r
c. Construir um ângulo que seja a
subtração de dois ângulos dados
( − )
14 Ângulos Des. Técnico
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d. Divisão de um ângulo em
duas partes iguais. A
V
B
e. Construir a bissetriz de um ângu-
lo dado, sem usar o vértice do mes- A
mo (vértice inacessível). B
C
D
15 Ângulos Des. Técnico
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f. Trissecar (dividir em três
partes iguais) um ângulo reto.
g. Trissecar um ângulo A
qualquer
V
B
EXERCÍCIOS
1. Construir os ângulos:
(60º e 120º), (30º e 150º), (15º e 165º), (45º e 135º), (75º e 105).
2. Construir o polígono, sendo dados os ângulos e seus respectivos segmentos:
ângulos internos segmentos
B = 120º A-B = 70mm
C = 90º B-C = 55mm
D = 300º C-D = 45mm
E = 45º D-E = 70mm
F = 105º E-F = 90mm
G = 270º F-G = 65mm
G-H = 45mm
Obs.: para fechar o polígono, unir H com A. Identificar cada ângulo e colocar cada medida
ao longo de seu respectivo segmento.
16 Ângulos Des. Técnico
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RESPOSTAS DO EXERCÍCIO 1
17 Ângulos - exercícios Des. Técnico
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RESPOSTA DO EXERCÍCIO 2
18 Ângulos - exercícios Des. Técnico
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6. CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO: TANGÊNCIA E CONCORDÂNCIA
O conjunto de pontos que estão a uma mesma distância de um ponto do plano,
denomina-se circunferência. A região determinada no plano, pela circunferência, é
denominada círculo.
circunferência círculo
Elementos do círculo:
semi- círculo
curva circular
setor circular
zona circular
segmento circular
Elementos da circunferência:
19 Circunferência e círculo Des. Técnico
O - centro
OP- um dos raios
AB - corda genérica
CD - um dos diâmetros
- ângulo circunscrito
- ângulo central
- ângulo inscrito
PD - arco da circunferência
CD - semicircunferência
O A
B
C
D
K
P
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Reta Tangente, Secante e não - Secante
P tangente
não-secante
C
D secante
Em relação a duas circunferências temos:
.o’ .o secantes
.o=o’ concêntricas
. o’ .o tangentes
20 Circunferência Des. Técnico
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a. Construir a circunferên-
cia que contém os três
pontos dados ( A, B e C). A
B
C
b. Obter o raio de uma
dada circunferência,
com centro desconhecido.
21 Circunferência Des. Técnico
a. Dado o centro “O” da
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circunferência procurada
e a reta “t”, determinar a
circunferência de centro
em “O” e tangente em “t”. O
t
b. Dados, o ponto “E”, a reta r
“t” e a dist. “r”. Determinar
as circunferências que tan-
genciem a reta “t” em “E”, E t
com raio igual à dist. “r”.
c. Dados o centro “C” da
circunferência conhecida,
e o centro “O” da circun-
ferência procurada, tangente C
à circunferência de centro O
“C”. Determine a circun-
ferência de centro “O”.
22 Tangência Des. Técnico
a. Concordar uma circunfe-
rência dada, por meio de
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duas retas que incidem num
ponto “P” dado.
P O
b. Concordar uma cir-
cunferência com uma reta “t”
passando por um ponto “A” A
dado.
c. Concordar um segmento
AB com um arco de
circunferência que deverá
passar “obrigatoriamente”, C
por um ponto “C” fora
deste segmento.
A B
23 Concordância Des. Técnico
d. Concordar, com um arco
de circunferência, duas retas r
convergentes.
/ / 2020
s
e. Concordar um arco de cir-
cunferência, em A, com um
ponto P.
f. Concordar duas retas
paralelas com um arco. r
s
24 Exercícios Des. Técnico
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+
+ P
A
EXERCÍCIOS
1. Dizemos que há concordância entre linhas quando ________________________________
__________________________________________________________________________________
2. Quando a mudança de direção não é harmoniosa, formando um vértice, dizemos que
ocorreu __________________________________________________________________________
3. Trace uma semi-reta concordante em cada extremidade do arco AB.
4. Trace uma semi-circunferência de 1,5 cm de raio concordante com a semi-reta t, na origem
A, tanto para baixo quanto para cima da reta.
25 Exercícios Des. Técnico
A B
A
t
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EXERCÍCIOS
5. Trace dois arcos de 2,0 cm de raio que sejam concordantes com o arco AB, no ponto A, e
que parta para direções opostas.
6. Trace, no sentido horário e também anti-horário, três semi-circunferências (de raio 1,5 cm,
2,0, cm e 2,5 cm) que sejam concordantes com a semi-reta t, em sua origem A.
26 Escalas Des. Técnico
A
B
t
A
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7. DIVISÃO DE SEGMENTOS, EM PARTES IGUAIS OU PROPORCIONAIS
a. Dividir um segmento dado
em partes proporcionais.
Dados: 2, 1, 3, 2.
AB= 70 mm
b. Dividir o segmento dado
em um número dado de
partes iguais.
Dados: AB = 70 mm
nº de partes = 5.
27 Divisão de segmentos Des. Técnico
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8. TRIÂNGULOS
A
c b
B a C
A, B, C - vértices;
a, b, c - lados, respectivamente, opostos aos vértices;
- ângulos internos de vértices A, B e C, respectivamente.
Os triângulos podem ser divididos quanto aos ângulos, e quanto aos lados:
a) Quanto aos lados:
1. Equilátero: tem 3 lados iguais.
2. Isósceles: tem 2 lados iguais.
3. Escaleno: tem 3 lados desiguais.
b) Quanto aos ângulos:
1. Retângulo: tem 1 ângulo reto.
2. Acutângulo: tem todos os ângulos agudos.
3. Obtusângulo: tem um ângulo obtuso.
Elementos do Triângulo
a) Vértices, lados e ângulos.
b) Alturas, medianas, bissetrizes e mediatrizes.
28 Triângulos Des. Técnico
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9. POLÍGONOS
Um polígono é uma figura formada pela junção de segmentos, extremidade a
extremidade, como nas figuras abaixo:
Polígonos Regulares:
Dividindo-se uma circunferência em “n” partes iguais e unindo-se os pontos ou
traçando-se tangentes a esses pontos obteremos um polígono regular.
O polígono é inscrito quando unimos os pontos de divisão, e será circunscrito quando
traçarmos tangentes à circunferência pelos pontos de divisão.
inscrito circunscrito
29 Polígonos Des. Técnico
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10. QUADRILÁTEROS
a) Quadrado
A B
Obs.: lados iguais e ângulos iguais.
D C
b) Retângulo
A B
Obs.: lados AD/BC diferentes de AB/DC e ângulos iguais.
D C
c) Paralelogramo
A B
Obs.: lados e ângulos iguais, 2 a 2.
C D
d)Losango
A
D B Obs.: lados e ângulos iguais, 2 a 2. (diagonais ortogonais)
C
e) Trapézio
A B A B A B
D C D C D C
Isósceles (AD = BC) Retângulo ( = 90º) Escaleno (AD = BC)
30 Quadriláteros Des. Técnico
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11. NOÇÕES DE ESCALA
Introdução
A representação em desenho de qualquer objeto, forma e projeto de engenharia ou
arquitetura, corresponde a dimensões reais muito diversas, e obriga a recorrer a escalas nessa
representação.
Vamos pensar no desenho de uma construção. E que essa construção será colocada dentro
de um determinado terreno.
Imaginemos que o terreno seja um retângulo de 20 por 40 metros e que a construção seja um
quadrado de 10 metros de lado.
O problema aqui é desenhar esse terreno existente e essa construção imaginada em uma
folha de papel com dimensões bastante reduzidas em comparação com os objetos em
questão no mundo real.
O engenheiro ou o arquiteto convenciona que desenhará o conjunto em um papel,
representando nele sempre a distância de um metro por um traço de um centímetro de
comprimento. Dessa forma, o terreno de 20 x 40 metros será desenhado como um retângulo
de 20 x 40 centímetros. E, em alguma parte do terreno ele coloca um quadrado de 10
centímetros de lado, o qual representa a construção.
Adotando esta convenção, cada metro vale no desenho apenas um centímetro, e se o
centímetro é a centésima parte do metro, podemos afirmar que o desenho em questão é
justamente 100 vezes menor do que o terreno e a construção.
O lado do terreno que mede 20 metros é representado no desenho com 20 centímetros, 100
vezes menor, e assim por diante para os demais elementos.
Desse modo, este número que nos diz quantas vezes um desenho é menor do que o objeto
real chama-se escala numérica, ou simplesmente escala.
De forma simples podemos definir escala como sendo a relação entre o valor de uma
distância medida no desenho e sua correspondente no terreno.
As escalas podem ser numéricas ou gráficas. No caso da escala numérica, de acordo com o
que foi visto anteriormente, a distância de 1 metro desenhada no papel equivale a uma
distância de 100 metros no real, pois a relação é de “1 no papel para 100 no real”. Por
exemplo, no caso da escala 1 para 100 (no papel, em centímetros), podemos dizer que 1
centímetro no papel equivale a 100 centímetros (1 metro) no real.
Desse modo, o comprimento no papel chama-se distância gráfica e o comprimento real do
objeto denomina-se distância natural, donde se conclui que escala é a relação entre essas
duas distâncias.
O valor da escala é adimensional, ou seja, não tem dimensão (unidade).
31 Escalas Des. Técnico
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Conceitos
Objeto - tudo que admite representação gráfica.
Distância Gráfica (d) - comprimento considerado no desenho.
Distância Natural (D) - comprimento considerado no objeto.
Escala (E) - relação entre distância gráfica e distância natural.
Título de uma escala - é a fração que representa uma escala.
Ex: 1:10 - 1/10
1:100 - 1/100
1: 2,5 - 1/2,5
Por questões de ordem prática o numerador é reduzido à unidade (1)
As escalas podem ser numéricas, ou gráficas:
Escala Numérica:
Representada pelo título da escala.
Título > 1 - Ampliação. Ex.: 2:1 - 30mm = 60mm
Título < 1 - Redução. Ex.: 1:2 - 30mm = 15mm
Título = 1 - Natural. Ex.: 1:1 - 30mm = 30mm
Na prática:
1) Quando procuro a escala de um desenho devo proceder assim:
E = d/D
2) Quando procuro a grandeza de um objeto:
D = d/E
3) Quando procuro o comprimento no desenho:
d = D . E
32 Escalas Des. Técnico
/ / 2020
Exemplo: d = 1 e D = 500
E = 1 / 500 ou 1 : 500 (Pronúncia: escala de um para quinhentos).
Título: fração decimal d/D.
Na prática usa-se escala cujo título tenha para numerador a unidade.
Principais escalas e suas aplicações:
Aplicação Escala
Detalhes de terrenos urbanos ............................................................ 1:50
Planta de pequenos lotes e edifícios ..................................................1:100 e 1:200
Planta de arruamentos e loteamentos urbanos ................................ 1:500 e 1:1.000
Planta de propriedades rurais ........................................................... 1:1.000 1:2.000 1:5.000
Planta cadastral de cidades e grandes propriedades rurais ................. 1:5.000 1:10.000 1:25.000
Cartas de municípios ........................................................................ 1:50.000 1:100.000
Mapas de estados, países, continentes ...................................................... 1: 200.000 a 1:10.000.000
Exemplo 1: Qual a distância gráfica de uma rua com largura de 17 metros, representada na
escala 1:1.000?
Obs.: sempre converter as unidades antes de realizar os cálculos, caso as unidades sejam
diferentes.
E = d/D ➔ d = D . E ➔ d = 1700 (cm) . 1/1000 (sem unidade) ➔ d = 1,7 cm
Exemplo 2: Qual a escala do desenho sabendo que o comprimento no papel é de 5 cm e o
comprimento equivalente no real é de 0,5 quilômetros?
E = 5 cm / 0,5 Km ➔ E = 5 cm / 50.000 cm ➔ E = 0,0001 ➔ E = 1:10.000
33 Escalas Des. Técnico
/ / 2020
Exercícios:
1) Qual das escalas é maior, 1:1.000.000 ou 1:1.000?
2) Qual das escalas é menor, 1:10 ou 1: 1.000?
3) Determinar o comprimento de uma via onde a escala do desenho é de 1:18.000 e a via foi
representada por uma linha com 17,5 cm de comprimento.
4) Determinar qual a escala de uma carta sabendo-se que distâncias homólogas no mapa e
no terreno são, respectivamente, 225 mm e 4,5 km.
5) Calcular o comprimento no desenho de uma rua com 30 m de comprimento nas escalas
abaixo:
Escala Comprimento
1:100 ➔ __________
1:200 ➔ __________
1:250 ➔ __________
1:500 ➔ __________
1:1.000 ➔ __________
34 Escalas - Exercícios Des. Técnico
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Escala Gráfica
Definição: É a representação gráfica de uma escala numérica. Consiste de um segmento
de reta dividido de modo a mostrar graficamente a relação entre as dimensões de um objeto
no desenho e no terreno.
Objetivo - A escala gráfica é aplicada principalmente em trabalhos sujeitos a cópias
fotográficas, pois guarda a proporcionalidade de redução ou ampliação, juntamente com o
trabalho fotográfico.
Essas escalas são representadas por linhas divididas numa razão décupla, e sua
subdivisão é decimal e se chama Talão.
Ex: 10 0 10 20
Talão
Classificação
1) Escala Simples ou Ordinária;
2)Escala Transversal ou Decimal;
3) Escala Triangular.
35 Escalas Des. Técnico
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2) Construir a escala transversal e fazer a leitura “gráfica” para as seguintes medidas: 14,40 m;
28,80 m; 20,90 m.
36 Escalas - Exercícios Des. Técnico
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EXERCÍCIOS
1) Conhecendo a escala gráfica (m) apresentada no mapa que apresenta parte da FCT-
UNESP, e sabendo que FCT-UNESP é dividida em Área Norte, Área Central e Área Sul, calcule:
a) a escala numérica aproximada do mapa (usar a escala gráfica da parte superior - metros);
b) o comprimento da face da quadra da Área Central que está voltada para a Rua Roberto
Simonsen (de um canto a outro da face da quadra);
c) o perímetro da quadra que contém a Área Central da faculdade.
37 Escalas - Exercícios Des. Técnico
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2) Conhecendo a escala gráfica apresentada no mapa abaixo:
a) calcule a escala numérica aproximada (arredondada) do mapa;
b) calcule o perímetro (no mundo real) da Área para Circos e Parques de Diversão;
c) reduza a distância gráfica apresentada para a metade do seu valor (o desenho ocupará a metade da área
atual). Calcule o novo valor da escala numérica. Com o compasso, redesenhe a Área para Circos e
Parques de Diversão, mantendo a rotação do desenho original.
Obs.: use somente a marcação superior da escala gráfica apresentada no mapa.
38 Escalas - Exercícios Des. Técnico
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