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MÓDULO 09 – CAPÍTULO 9 – SÉCULO XIX: ASPECTOS CULTURAIS A transferência da Corte portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro em 1808, trouxe a influência cultural de estrangeiros no Brasil. Entretanto, é importante lembrar que a cultura produzida no Brasil colonial permaneceu sendo manifestada em seus aspectos mais populares. Da mesma forma, permaneceu também a influência europeia sobre a cultura brasileira. O que mudou foi justamente o papel do Estado, que passou a intervir na criação de determinadas condições para um desenvolvimento artístico, científico e intelectual na nova sede de governo luso. D. João VI incentivou a vinda de vários artistas, escritores e cientistas ao Brasil. Naturalistas e desenhistas, passaram a estudar e retratar a fauna e flora brasileira, como também a vida cotidiana, cabendo destaque a Jean Debret. Debret chegou ao Brasil em 1816, com a Missão Artística Francesa, cujo papel era fundar uma escola de artes e ofícios. Nasceu assim, em 1816 a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, após a independência passou a se chamar Academia Imperial das Belas Artes, com o advento da República, em 1889, recebeu o nome de Escola Nacional de Belas Artes, em 1965 passou a se chamar Escola de Belas Artes. Literatura – O Romantismo foi a escola literária que marcou praticamente todo Segundo Reinado, tendo como características: nacionalismo ufanista, indianismo, sentimentalismo, linguagem

Cap. 09 10 - brasil império - 3º ano

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MÓDULO 09 – CAPÍTULO 9 – SÉCULO XIX: ASPECTOS CULTURAISA transferência da Corte portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro em 1808, trouxe a influência cultural de estrangeiros no Brasil. Entretanto, é importante lembrar que a cultura produzida no Brasil colonial permaneceu sendo manifestada em seus aspectos mais populares. Da mesma forma, permaneceu também a influência europeia sobre a cultura brasileira. O que mudou foi justamente o papel do Estado, que passou a intervir na criação de determinadas condições para um desenvolvimento artístico, científico e intelectual na nova sede de governo luso. D. João VI incentivou a vinda de vários artistas, escritores e cientistas ao Brasil. Naturalistas e desenhistas, passaram a estudar e retratar a fauna e flora brasileira, como também a vida cotidiana, cabendo destaque a Jean Debret. Debret chegou ao Brasil em 1816, com a Missão Artística Francesa, cujo papel era fundar uma escola de artes e ofícios. Nasceu assim, em 1816 a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, após a independência passou a se chamar Academia Imperial das Belas Artes, com o advento da República, em 1889, recebeu o nome de Escola Nacional de Belas Artes, em 1965 passou a se chamar Escola de Belas Artes.Literatura – O Romantismo foi a escola literária que marcou praticamente todo Segundo Reinado, tendo como características: nacionalismo ufanista, indianismo, sentimentalismo, linguagem brasileira, individualismo e abolicionismo. Principais representantes:Cultura indígena – Gonçalves Dias e José de Alencar. Cultura africana – Castro Alves

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Regionalismo – José de AlencarCultura Popular – Manuel Antonio de Almeida.Na Música, os temas eram variados retratando o amor, a emoção, a liberdade, o nacionalismo, o folclore e a cultura popular. Como destaque temos:Na Música Clássica – Temos - Carlos Gomes, obra O Guarani, era cultuado pela elite. D. Pedro I o apreciava, ao ponto de investir em seu trabalho. Na Música Popular, destaca-se Chiquinha Gonzaga, de classe média, sofreu todos os preconceitos contra uma mulher que desejava ser artista em uma sociedade patriarcal. O Circo - tinha a função de levar população do interior a cultura urbana, as novas músicas, danças, peças teatrais, tornando a oportunidade de lazer e cultura para a população considerada mais pobre. O Entrudo – uma festividade que envolvia a classe pobre e a elite, com um diferencial, os pobres brincavam nas ruas jogando água e farinha, enquanto a elite em suas janelas jogavam água suja nos pobres. ( Nesta festividade usavam-se mascaras e bonecos gigantes ) Dando origem a que chamamos de Carnaval.

CAPÍTULO 10 – A CRISE DA MONARQUIA Após a Guerra do Paraguai, a monarquia entrou em declínio. Fatores contribuíram para tal declínio, como as transformações econômicas e sociais pelas quais o país passou a partir de meados do século XIX, que deram proeminência política a grupos sociais, como os cafeicultores do Oeste Paulista, comerciantes e banqueiros. De maneira geral, concentramos a análise acerca da queda da monarquia brasileira

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Em quatro grandes questões:• A questão política – o descompasso entre representação/organização política e economia nacional)• A questão militar – reivindicação dos militares para a participação na vida política do país; defesa da República, do abolicionismo e inspiração positivista.• A questão religiosa – conflito entre as autoridades do imperador e do papa por conta da determinação papal de expulsão do maçons das irmandades religiosas que não contou com a ordem cumpra-se do imperador. Bispos que seguiram a determinação papal foram condenados.• A questão abolicionista – Escravos: símbolo de status social, propriedade privada, base de sustentação da aristocracia decadente do Nordeste e do Vale do Paraíba, obstáculo à imigração. – Progressiva transição do trabalho escravo para o livre: Lei do Ventre Livre (1871 ) - Lei do Sexagenário ( 1885 ) – Lei Áurea ( 1888 ). Em 1889 temos o advento da República pelos militares.

MÓDULO 10 – CAPÍTULO 01 – A REPÚBLICA DA ESPADA A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICAVários movimentos aconteciam para a Proclamação da República. • A propaganda feita pelos republicanos desde 1870.• A decepção dos políticos desencadeados e conservadores pós-abolição.• O critério de federalistas e o entusiasmo da juventude militar. Os militares desde o fim da Guerra do Paraguai colidiam com a monarquia, que teimava em impedir manifestações políticas.

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Nas eleições de agosto de 1889, os parlamentares eleitos eram dos partidos Conservadores e Liberal. Empossados resolveram abater as correntes políticas que se opunham ao regime monárquico, o visconde de Ouro Preto queria colocar Guarda Nacional em local de destaque em relação aos militares do Exército. A Guarda Nacional estava muito mais equipada em armamento modernos. Benjamin Constant, tomando conhecimento do fato exclamou: O exército brasileiro não é composto por janizaros, mas em cada soldado pulsa o coração de um cidadão e de um patriota. Desta forma, a facção militar passou a comandar a oposição republicana à monarquia. Era necessário convencer o marechal Deodoro da Fonseca a liderar o movimento. Deodoro hesitava. Por fim, o marechal concordou e liderou o movimento de 15 de novembro de 1889, que pois fim a Monarquia. O GOVERNO PROVISÓRIO Instalado o governo provisório, seu primeiro decreto foi oficializar a República federativa sob a denominação República dos Estados Unidos do Brasil. Em seguida foram tomadas outras medidas:• a grande naturalização de estrangeiros;• a separação entre a Igreja e Estado;• a regulamentação do casamento e do registro civil;• a secularização dos cemitérios;• a reforma do código criminal;• a reforma do ensino;• conversão das províncias em Estados.

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Rui Barbosa, merece destaque pois recebeu o cargo de Ministro da Fazenda, com a responsabilidade de uma reforma bancária e financeira. Rui Barbosa decretou uma reforma financeira, onde assentou a garantia do meio circulante sobre títulos da dívida pública, ampliando a emissão de dinheiro por bancos autorizados, visando também, à possibilidade de industrialização no País. Mas em vez de usar o dinheiro para a indústria, passou-se a especular a Bolsa de Valores, negociando ações de indústrias inexistentes. Não demorou muito e a bolsa faliu. A crise gerada por essa política econômica passou a ser chamada de encilhamento. Em 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a Constituição Republicana do Brasil, modelada na Constituição dos Estados Unidos.As instituições que vigoravam no Império foram alteradas.Entre o texto constitucional e a realidade política e socioeconômica do País, as diferenças eram enormes e tornou-se impossível aplicar na prática, o que a Constituição na teoria assegurava. Segundo a Constituição o primeiro presidente e vice da República seriam escolhido pelo voto indireto. Assim foram eleitos: Marechal Deodoro da Fonseca e o Marechal Floriano Peixoto. O GOVERNO CONSTITUCIONAL DE DEODORO DA FONSECA (1891)O governo de Deodoro inicia-se em crise.A rejeição do Congresso ao presidente tornou-se cada vez mais consistente, o Congresso recebeu Deodoro friamente, enquanto Floriano Peixoto recebeu uma

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calorosa recepção.Devido às críticas, Deodoro resolveu substituiu o Ministério, que estava no poder desde o governo provisório. A 3 de novembro de 1891, Deodoro fechou o Congresso, prometendo novas eleições e uma revisão na Constituição. O País ficou indiferente ao golpe de Deodoro, com exceção do Rio Grande do Sul, onde parecia ocorrer tentativa de oposição por meio de luta armada. Ao mesmo tempo, a crise econômica provocada pelo Encilhamento aumentava em razão das várias falências.Em 23 de Novembro de 1891, Deodoro da Fonseca renunciou a Presidência. O GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTOFloriano assumiu o governo em condições difíceis: além da crise política, arrastava-se uma grave crise econômica desde o Encilhamento. Colocou nos governos estaduais homens de sua confiança e deu início a medidas econômicas de caráter popular como: redução dos aluguéis de trabalhadores, redução do preço de artigos alimentícios e construção de casas populares em substituição às precárias moradias. Nos primeiros dias de janeiro de 1892, apareceram na imprensa insinuações no sentido de se respeitar a Constituição e de se proceder a novas eleições presidenciais. O artigo 42 da Carta Magna de 1891 estabelecia que, no caso de vacância do cargo de presidente da República antes de cumprido dois anos de mandato, proceder-se-ia a uma nova eleição. Floriano não convocou as eleições. Varias contestações e revoltas vieram, exigindo sempre novas eleições presidenciais.

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No fim do seu mandato, Floriano foi apoiado por muitos militares a permanecer na presidência, surgindo aí um movimento que entraria para a história do Brasil com o nome de florianismo. Por outro lado, o Marechal havia assumido, em 1891, um compromisso com os paulistas de devolver o poder aos civis no final de seu governo.Confiante de que o militar cumpriria o acordo firmado, o Partido Republicano Paulista indicou Prudente de Morais para a sucessão presidencial. A vitória do paulista levou os florianistas a planejar um golpe para impedir sua posse. Contudo, Floriano manteve sua palavra, frustrando um possível golpe militar. Encerrou-se o período chamado República da Espada, e a oligarquia cafeeira, através do PRP, tornou-se soberana no poder.

CAPÍTULO 2 – A REPÚBLICA OLIGARQUICA (I)

Prudente de Morais – deu início à chamada República Oligárquica, representando os interesses dos cafeicultores paulistas. Assumindo a presidência em 1894, deparou-se de imediato com dois problemas: a pacificação do Rio Grande do Sul, onde ainda existiam alguns focos remanescentes da Revolução Federalista, e o afastamento dos militares da política, principalmente dos chamados florianistas. Existia ainda, o grave problema econômico resultante das crises herdadas da Monarquia, do Encilhamento e das despesas militares com as Revoltas Federalista e da Armada. Na política externa Prudente de Moraes reatou relações diplomáticas com Portugal.

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Com a Inglaterra, o Brasil disputava a posse da ilha de Trindade, que estava ocupada pela marinha inglesa, devido sua localização geográfica no meio do Atlântico. Entretanto a ilha pertencia ao Brasil. Outra disputa foi com a Argentina, na questão de Palmas ou também chamada de Missões.Mas, o maior problema do governo de Prudente de Moraes foi Canudos. CANUDOS (1896 – 1897) A Revolta de Canudos expressou basicamente a falta de terras, a miséria e o abandono das populações rurais do interior do país, tendo forte caráter messiânico. GUERRA DE CANUDOS:• Líder: Antônio Maciel ( Antônio Conselheiro )• Localização: Arraial de Belo Monte, fundado no interior da fazenda de Canudos, à margem do rio Vasa-Barris.• Religiosidade popular• Crítica à República: obrigatoriedade do casamento civil – separação Igreja/Estado.• Messianismo• Concentração fundiária e opressão dos coronéis• Miséria• Oposição a Canudos: governo federal, Igreja Católica e coronéis.• Massacre aos revoltosos pelas tropas do Exército.CAMPOS SALESO café, desde o Império, era o principal produto de exportação. A produção cafeeira concentrava-se, no início da República, no Oeste Paulista.

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A expansão capitalista da economia cafeeira promoveu o desenvolvimento da rede ferroviária, a ampliação dos portos e dos serviços urbanos. Além disso, difundiu o trabalho assalariado no campo e na cidade, possibilitando o aumento do mercado consumidor e estimulando a produção manufatureira e industrial. Esta euforia do café, entra em crise de superprodução devido a concorrência estrangeira. Esta crise se fazia também em função do Encilhamento e das Revoltas da Armada e Federalista. Esta crise do café ocasionou uma queda nos preços do café em torno de 40%. A baixa atingiu os cafeicultores, mas o governo federal criou uma política de defesa do nível de renda dos proprietários. Assim, o governo passou a desvalorizar a moeda, de modo que, ao trocá-lo por libras provenientes da venda do café, os cafeicultores recebiam uma quantia maior de moeda brasileira, o que compensava o declínio dos preços. A desvalorização da moeda nacional implicou na inflação, com prejuízos aos assalariados. Os banqueiros estrangeiros não viam com bons olhos essa desvalorização da moeda, pois receavam não receber os empréstimos efetuados. Campos Sales, faz negociações com o principal credor do Brasil, começou a elaboração do Funding-loan – para renegociação da dívida externa. Com esta atitude foi colocado em prática a política deflacionária, que cortou o crédito à indústria e ao comércio, criou novos impostos e aumentou o valor dos que já existiam, causando falência, desemprego e crise social. A POLÍTICA DOS GOVERNADORESO pacto oligárquico era composto pelos grupos dominantes de São Paulo, Minas

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Gerais e oligarquias de alguns estados, destacando-se o Rio Grande do Sul. Mais tarde, porém, essa política dos governadores se tornaria conhecida como “política do café com leite” em virtude da preponderância dos estados de São Paulo e Minas Gerais na presidência da República, na qual se alternavam paulista e mineiros. O poder dos “coronéis” residia no controle sobre os eleitores, principalmente a partir dos chamados “currais eleitorais”, ou seja, eleitores controlados que votavam sempre nos candidatos indicados pelos coronéis em troca de pequenos favores. Havia, ainda, a Comissão Verificadora de Poderes, composta por membros da Câmara dos Deputados, que tinha a incumbência de verificar as listas das eleições e diplomar o vencedor. Evidentemente, a Comissão só diplomava os candidatos da situação e degolava os candidatos – mesmo se fossem os vencedores nas urnas – da oposição.

MÓDULO 11 – CAPÍTULO 03 – A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (II ) RODRIGUES ALVES Campos Sales, ao implantar a política dos governadores, possibilitou a preponderância política dos Estados de São Paulo e Minas Gerais.No final do governo de Campos Sales, as oligarquias já tinham escolhido o seu sucessor: Rodrigues Alves, grande produtor de café e ex-governador do estado de São Paulo.O grande objetivo de Rodrigues Alves e seu programa de governo era o saneamento e a urbanização da cidade do Rio de Janeiro. A cidade ainda conservava muito da época colonial, com ruas estreitas, praças pequenas, falta de

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Saneamento básico e de higiene, fatores esses responsáveis por epidemias, como febre amarela, dengue, varíola, cólera, peste bubônica e malária, que dificultavam o comércio internacional e a imigração. URBANIZAÇÃO E SANEAMENTORodrigues Alves, ao propor o saneamento e a urbanização da capital do País, visava alavancar o desenvolvimento nacional.O prefeito Pereira Passos, responsável pelas obras de reurbanização , começou o famoso “bota-abaixo”: casas e prédios antigos foram demolidos. Muitas dessas construções serviam de moradia para população pobre que acabaram montando barracos nos morros, surgindo assim as favelas.No lugar dos velhos prédios, surgiram grandes avenidas. Ao mesmo tempo, o Dr. Osvaldo Cruz colocava nas ruas cariocas suas equipes mata-mosquitos. Ele havia concluído que a febre amarela era transmitida por um mosquito. Assim ele formou um contingente de 85 homens que tinham a missão de percorrer quintais, jardins, porões, telhados para realizar a limpeza e jogar petróleo nos alagados. A imprensa que fazia oposição ao presidente Rodrigues Alves, criticava o bota-abaixo, ridicularizando a operação mata-mosquito.Em 1904, a febre amarela estava praticamente extinta no Rio de Janeiro. Mas existia um mal maior: a varíola. Osvaldo Cruz sabia que a única defesa era a vacinação em massa.Em 1904, Osvaldo Cruz solicitou a aprovação de uma lei estabelecendo a obrigatoriedade da vacina. Sem espera pela lei, ele determinou aos seus funcionários que começassem a vacinação. O erro foi não ter conscientizado

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A população da necessidade dessa vacinação. A oposição reaparece com força total. Revolta da Vacina. Política de Salvação, Revolta de Juazeiro e Guerra do Contestado, foram revoltas que surgiram durante a política café com leite, envolvendo a população carente e governantes. O surto econômico na Amazônia, aproximadamente de 1880 a 1920; a borracha matéria-prima de exportação para países industrializados, onde atraía mão de obra nordestina, com este surto há também a invasão do Acre ( pertencente a Bolívia).CONVÊNIO DE TAUBATÉOs governadores dos estado de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, reuniram-se para elaborar um acordo de valorização do café, por meio de uma política de intervenção estatal na economia : compra do excedente de café pelos governos estaduais, mais tarde assumida pelo governo federal. AFONSO PENHA – assumiu a presidência, mas faleceu e seu vice NILO PEÇANHA assumiu a presidência e anuncia seu apoio ao MARECHAL HERMES DA FONSECA, que assume a presidência, quebrando a rotina e o marasmo da política, mostrando a fragilidade da política café com leite. REVOLTA DA CHIBATA (MARINHA)• Local – Rio de Janeiro• Lideranças – João Cândido – Gregório Nascimento – André Avelino.• Reivindicações – Fim dos castigos corporais na Marinha; Melhoria na alimentação e nos salários; Diminuição da jornada de trabalho.• Resultado – Promessa de anistia (não cumprida) por parte do governo; Prisões arbitrárias; Expulsões da Marinha; Fuzilamentos; Deportações; Extinção chibata.

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O BRASIL E A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 – 1918• 1914 – 1917 : O Brasil manteve-se em posição de neutralidade.• 1917 – Com o afundamento de navios mercantes brasileiros pelos alemães, o presidente Venceslau Brás, foi obrigado a rever esta situação. O Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha e apreendeu navios alemães que se encontravam ancorados em portos brasileiro.O Brasil não entrou em combate direto participou apenas com o patrulhamento do litoral brasileiro e da costa africana e missões médicas. EFEITOS DA PRIMEIRA GUERRA NO BRASILSurto Industrial As primeiras fábricas brasileiras surgiram na segunda metade do século XIX, em decorrência da Tarifa Alves Branco, da abolição do tráfico de escravos, que liberou capitais, e da atuação do Barão de Mauá. No início do século XX, a cidade de São Paulo passou a crescer em ritmo acelerado. • Industrias de bens de consumo não duráveis, visando substituir as importações.• Maquinários baratos, utilizando mão de obra de imigrantes.• Os investidores eram os grandes fazendeiros de café e comerciantes importantes, as indústrias que surgiam eram de tecido e alimentos.• Durante a Primeira Guerra a substituição de importações foi fortemente acelerada, gerando assim o grande surto industrial.Urbanização Rápido crescimento urbano em razão da industrialização.

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Contexto social • Burguesia Industrial –oriunda do setor cafeeira e com ele identificada politicamente.• Classe média – funcionários públicos e profissionais liberais – identificados com o liberalismo e contrários à corrupção política oligárquica.• Operariado – maioria de imigrantes – Experiência de luta de classes na Europa: capital versus trabalho. – Reivindicações – direitos trabalhistas.Fim da Primeira Guerra Mundial• Recuperação da economia europeia• Redução das importações de produtos brasileiros na Europa.• Aumento dos estoques de café e da dívida externa. A Sucessão As transformações econômicas e sociais que estavam acontecendo no país em decorrência da Primeira Guerra Mundial, o surto industrial e o desenvolvimento do operariado ainda não haviam atingido as bases das estruturas políticas. Tanto é que na sucessão presidencial, venceu, a chapa formada por Rodrigues Alves (paulista) e Delfim Moreira (mineiro). Portanto, o café com leite ainda conseguia manter-se no poder. Rodrigues Alves morreu antes de assumir o poder, Delfim Moreira assumiu o governo e convocou novas eleições.Foi indicado o paraibano Epitácio PessoalCAPÍTULO 4 – A REPÚBLICA OLIGARQUICA E A REVOLUÇÃO DE 1930