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:1. :..r 1ST tI BAS B J N ). R 1A S 71 C.Ap.3 - PESn LA~O (/ FLAS H" I\l-~VEDO & ALVES (2009) A destilação súbita ou instantânea (flash)' é uma operação de separação continua do um andar de equilíbrio onde uma mistura líquida de dois ou mais componentes é parcialmente vaporizada através da passagem por uma válvula de expansão (de volume interno muito pequeno). É o processo de destilação em continuo mais simples, ocorre num único andar, com for- mação de uma fase vapor em equilíbrio com um líquido fi partir da corren- te de alimentação (ver Fig. 3-1) . . As quedas de temperatura e de pressão da corrente de alimentação na passagem através da válvula podem ser ajustadas para a vaporização da alimentação originar o vapor. de composição desejada. O vapor e o líquido em equilíbrio formados são posteriormente separados e removidos num recipiente designado por câmara ou separado r de fases. A expansão atra- vés da válvula é considerada iscntálpica, e, por isso, um balanço de ener- gia em torno da válvula permite determinar a temperatura (T dentro do separador de fases. ) A menos que a volatilidade relativa dos componentes da mistura seja grande, é pequeno o grau de separação obtido através de uma destilação súbita. Esta técnica de separação é, por isso, usada na indústria como uma pré-separação ou operação auxiliar de preparação de correntes que irão ser posteriormente tratadas noutros tipos de separação mais eficientes. 8.1 M.ISTURAS BINÁRIAS Sendo F, V e L os caudais molares da corrente de alimentação (ver o esquema da Fig. 3-1) e das fases vapor e liquida produzidas, Qn a quanti- dade de calor forneci da pelo permutador de calor e Q o calor trocado! pela câmara de flash, temos as seguintes equações- de balanços de massa e de energia: zpF = yV +xL Fh F +Q= Vh v +LhL onde I Na maior parte dos casos, Q~ 0, pois a câmara está bem isolada e, por isso, conaideramos que é adiabática; se a câmara ceder calor para o exterior, Q é negativo. 2 Nas equações seguintes, Zy é a fracção mola}"global do componente mais volátil, independeu- temente da fase ou fases em que fi alimentação se encontra, isto é, moles do componenw mais volãtil no liquido e no vapor ZF = --_. ---- moles totais no líquido e no vapor

Cap 3 Destilação Flash - Azevedo e Alves 2009

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destilação flash

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  • :1. :..r 1ST tI B A S B J N ). R 1A S 71

    C.Ap.3 - PESn LA~O (/FLAS H"I\l-~VEDO& ALVES (2009) A destilao sbita ou instantnea (flash)' uma operao de separaocontinua do um andar de equilbrio onde uma mistura lquida de dois ou

    mais componentes parcialmente vaporizada atravs da passagem poruma vlvula de expanso (de volume interno muito pequeno). o processode destilao em continuo mais simples, ocorre num nico andar, com for-mao de uma fase vapor em equilbrio com um lquido fi partir da corren-te de alimentao (ver Fig. 3-1) .. As quedas de temperatura e de presso da corrente de alimentao na

    passagem atravs da vlvula podem ser ajustadas para a vaporizao daalimentao originar o vapor. de composio desejada. O vapor e o lquidoem equilbrio formados so posteriormente separados e removidos numrecipiente designado por cmara ou separado r de fases. A expanso atra-vs da vlvula considerada iscntlpica, e, por isso, um balano de ener-gia em torno da vlvula permite determinar a temperatura (T dentro doseparador de fases. )

    A menos que a volatilidade relativa dos componentes da mistura sejagrande, pequeno o grau de separao obtido atravs de uma destilaosbita. Esta tcnica de separao , por isso, usada na indstria como umapr-separao ou operao auxiliar de preparao de correntes que iro serposteriormente tratadas noutros tipos de separao mais eficientes.

    8.1 M.ISTURAS BINRIAS

    Sendo F, V e L os caudais molares da corrente de alimentao (ver oesquema da Fig. 3-1) e das fases vapor e liquida produzidas, Qn a quanti-dade de calor forneci da pelo permutador de calor e Q o calor trocado! pelacmara de flash, temos as seguintes equaes- de balanos de massa e deenergia:

    zpF = yV +xL

    FhF +Q= Vhv +LhLonde

    I Na maior parte dos casos, Q ~ 0, pois a cmara est bem isolada e, por isso, conaideramosque adiabtica; se a cmara ceder calor para o exterior, Q negativo.

    2 Nas equaes seguintes, Zy a fraco mola}"global do componente mais voltil, independeu-temente da fase ou fases em que fi alimentao se encontra, isto ,

    moles do componenw mais voltil no liquido e no vaporZF = --_. ----

    moles totais no lquido e no vapor

  • 72

    r------------IIIIF,Zf,hr

    p, T

    PpTf IIIII1-------------

    DgSTILAAo SB['i'AlVl1STU[{t\S [J[NltlAS 73

    V,y,hvdeclive da recta. Sabendo a fraco vaporizada {, obtemos o declive, que,como mostra a Eq. (3.2), dado por -(1 - f)/f e, se soubermos a composioda alimentao, marcamos a ordenada na origem da recta operatria.Podemos tambm marcar o ponto para o qual zF = x. Substituindo staigualdade na Eq. (3.2), conclumos facilmente que x "" y = Zp. Marcamos,pois, a recta operatria, usando este ponto e o declive da recta.

    Para uma dada composio da corrente de alimentao, o valor de zpest fixo. Quando varia a fraco vaporizada, t, a fraco molar do cornpo-nente mais voltil no vapor e no lquido variam tambm, como mostra aFig. 32(a). A Fig. 32(b) mostra como a temperatura depende com a com-posio, a uma presso constante.

    IIII

    IIIII

    ___ JL,x,h

    Q

    .-----.-----::;;o,~J ~llO0.8 ~

    t x ~l1100....... ~.~--"'~. "'.~~f~';J ~;::~~, ..... f-oi L~Y,I,,

    FIGURA 31: Destilao sbita. A zona a tracejado define o volume de controlo usa-do para obter as equaes dos balanos de massa e de energia cmara de flash. Y

    A quantidade de calor QH cedida pelo permutador de calor (se existir) calculada facilmente atravs de um balano de energia ao permutador:

    0.6 f=oL -9:.....::~ (sem vapcrzaer ,XY"Zr

    ,f- J( (vapcrtzao completa),II,

    80

    90

    L

    com Tl> TF. Uma vez que a entalpia hv pode ser calculada sabendo TF' anica incgnita QH"

    Definindo a fraco da alimentao que vaporizada como f = VIF, vemda equao de balano mssico ao componente mais voltil: ,

    Domesmo modo, a grandeza LlF a fraco da corrente de alimentaoque permanece na fase lquida, que definida por q '" LIF", 1 - [, sendo,pois, LW", (1 - f)/f.

    A Eq. (3.1) ou (3.2) a recta operatr-ia que exprime o balano de massae que representada num grfico cujas coordenadas sejam "composio dovapor" (v) em funo da "composio do lquido" (x) origina uma recta.Para traar esta recta precisamos apenas de dois pontos ou de um ponto e o

    ZF l-fy=----xf f

    e, da equao do balano de energia,

    hF = fhv +(l-f)hL

    70L- ~~ __~~~_U~~~ ~o 0.20.2 004 zf 0.6

    (a)0.8 1

    x0.4 :if 0.6

    (b)

    (3,1)-

    FIGURA 3-2: Representao grfica da destilao sbita (a uma dada presso cons-tante): (a) diagrama y-x; (b) diagrama Tx.y. .

    (3.2) Podemos igualmente representar a destilao sbita num diagramaentalpia-composio (ver Fig. 3-3).

    Da equao de balano (de energia) vemos que as entalpias do lquidosaturado (de composio x), do vapor saturado (de composio y) e de ali-mentao (de composio zF) so colineares. Assim, sabendo estas composi-es o diagrama h-x-y para o sistema permite-nos determinar as entalpias.

    Para uma mistura binria dos componentes A e B, a entalpa da ali-mentao obtm-se facilmente (para o caso mais comum de esta correnteser lquida) de

    (3.3)

    (3.4)

    onde TF a temperatura da corrente de alimentao e Tref a temperaturada condio de referncia, fixada para o clculo das entalpias das vrias

  • 6.1 MISTURAS EINUIAS

    r

    0.6 f=o(Semvapor1lw;lo

    1----9'-..:~I. X - Y~Lr

    d-II (vaporl",1o """,pleIIII

    0.4

    7473

    DESTILAO SIlITA

    correntes. A Eq. (3.4) considera que nula a entalpia de mistura dos com-ponentes da mistura lquida (o que uma boa aproximao, apenas se oscomponentes forem estrutural e quimicamente semelhantes). De notarque, embora a alimentao seja um lquido, na Fig. 33 o ponto representa-tivo da alimentao, F, est na zona bifsica.

    oS p consto LInhade unio f _1~ hv .. _ _..~.!...;.,v---...,Ul

    declive da recta. Sabendo a fraco vaporizada [. obtemos o declive, que.como mostra a Eq. (3.2). dado por -(1 - ()/f e. se soubermos a composioda alimentao, marcamos a ordenada na origem da recta operatria.Podemos tambm marcar o ponto para o qual zF = x. Substituindo' estaigualdade na Eq. (3.2), conclumos facilmente que x = y = zp. Marcamos,pois, a recta operatria, usando este ponto e o declive da recta.

    Para uma dada composio da corrente de alimentao, o valor de ZFest fixo. Quando varia a fraco vaporizada, f, a fraco molar do compo-nente mais voltil no vapor e no lquido variam tambm, como mostra aFig. 3-2(a). A Fig. 32(h) mostra como a temperatura depende com a com-posio. a uma presso constante.

    'Ituo'"~li xl'lOO ,.,.1'

  • ;1.1 Ml~TUHAS BINRIAS 75 76 DES'l'lLAAo 's IIITA

    )

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