CAP - INTERVENÇOES E PESQUISAS EM GRUPOS.pdf

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    I61 Intervenções e pesquisas em terapia cognitivo-comportamen-tal com indivíduos e grupos. – Carmem Beatriz Neufeld ...[et al.] – Novo Hamburgo : Sinopsys, 2014.

      16x23 cm ; 448p.

      ISBN 978-85-64468-17-7

      1. Psicologia – erapia cognitivo-comportamental – Inter-venção – Pesquisa. 2. Psicologia – erapia comportamental –Indivíduos – Grupos. I. Neufeld, Carmem Beatriz. II. ítulo

     

    CDU 159.922Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto – CRB 10/1023

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    © Sinopsys Editora e Sistemas Ltda., 2014Intervenções e pesquisas em terapia cognitivo-comportamentalcom indivíduos e grupos 

    Carmem Beatriz Neufeld e colaboradores

    Capa: Maurício Pamplona 

    Revisão: Alexandre Müller Ribeiro e Mônica Ballejo Canto

    Supervisão editorial: Mônica Ballejo Canto

    Editoração: Formato Artes Gráficas 

    Sinopsys Editora Fone: (51) 3066-3690E-mail: [email protected]: www. sinopsyseditora.com.br

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     Aos membros do LaPICC-USP, os 81 personagens que, ao longodestes cinco anos, se aventuraram a escrever esta história junto comigo.

    Dedicatória

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    Alice Costa MacedoAna Irene Fonseca MendesAna Paula Uhlmann Corder

    André Luiz Moreno da SilvaAndré Vilela Komatsu

    Anelisa Vaz de CarvalhoAysa Mara Roveri Arcanjo

    Camila Bonagamba

    Camila Garcia Zanca

    Camila Spadotto BalarinCarla CamilloCarla Cristina Cavenage

    Carla Cristina DaolioCarolina Abdalla Gomide

    Carolina Prates Ferreira RossettoCaroline da Cruz Pavan-Cândido

    Cesar Oscar Ornelas

    Cristiane Rosa CamposDaniela Cristina Bruno Sato

    Dayane Rattis TheodozioDeise Coelho de Souza

    Eduarda Rezende FreitasElienay Eiko Rodrigues Umekawa

    Fabiana Faria RezendeFelipe Pereira Sabino

    Fernanda Villela Frioli

    Gabriel Arantes TiraboschiGabriel Vieira CândidoGabriela Afonso

    Gabriela Salim Xavier

    Iara da Silva FreitasIsabela Lamante Scotton

    Isabela Maria Freitas FerreiraJaqueline Pereira Dias

    Juliana Maltoni NogueiraJuliana Pardo Moura Campos Godoy

    Juliana Siquinelli Padula

    Juliana Tomé Garcia

    Katherine de Godoi dos SantosKátia Alessandra de Souza CaetanoLeandro Miranda Yokoyama

    Membros do LaPICC-USP de 2009 a 2013 em ordem alfabética:

    Leonardo Zaiden LonghiniLivia Junqueira Dias

    Liziane Souza Leite

    Luís Paulo Bertocco Ezequiel

    Luiza Campos Menezes

    Marcella Cassiano

    Maria Claudia Rodrigues

    Maria Tereza de França Souza

    Mariana Ducatti Almeida

    Mariana Fortunata DonadonMariana Furtado Silva

    Mariana Guedes de Oliveira Franco

    Mariana Pavan

    Mariana Simões Floria

    Marina Bernardo Mandarini

    Marina Mara Martins Rodrigues

    Matheus Felipe de Souza

    Miliane Putti

    Mirian Van Der Geest Nayara Aparecida Saran

    Nayara Benedittini

    Nívea Passos Maehara Matosinho

    Paola Passareli Carrazzoni

    Patrícia Cavalari Nardi

    Patrícia Pinta Monteiro

    Paula Mayara Souza Theodoro

    Priscila de Camargo Palma

    Rafael Vasques

    Renata de Castro ModaRenata Martins Ferrari

    Renata Panico Gorayeb

    Sarah Camila Almeida Dobrochinski

    Sarah Oliveira

    Saulo Valmor Batista

    Taciane Motta Marconato

    Thalita Martins

    Thaís Barbosa Benedetti

    Vanessa Ruiz Vaz GomezVictor Cavallari Souza

    Wadson do Carmo Alonso

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     Aos pacientes e participantes dos estudos e intervenções do LaPICC-USP quese dispuseram a ensinar e a aprender conosco, cujo bem estar é foco de todo otrabalho, e cuja confiança desejo sempre merecer.

     Aos queridos colegas e amigos Eucia Beatriz Lopes Petean, César Alexis Galerae Sebastião de Sousa Almeida, sem o apoio de quem o trabalho provavelmentenão alcançaria os mesmos resultados, cujos conselhos, encorajamento e

    amizade fizeram a diferença em muitos momentos. À equipe LaPICC-USP, ensinantes e aprendentes deste processo cotidiano, cujaconfiança inicial não foi abalada mesmo ao entrarem em um laboratório jovem,e cujas contribuições, erros e acertos foram definidores do curso desta história.

     Aos colaboradores/autores deste livro, parceiros incansáveis, dedicados e tena-zes, companheiros cotidianos de embates e vitórias científicas, cuja confiançae empenho fazem ideias se tornarem em ações, fazendo a diferença na vida demuitas pessoas.

     Aos meus muitos e queridos amigos que nunca se furtaram da torcida, doapoio e do suporte, cujas palavras de incentivo foram fundamentais, e querevelam sua importância nas pequenas ações do dia a dia.

     Aos meus familiares, de longe ou de perto, com quem aprendi a semear, comquem sempre posso contar, que me suportam com sua torcida e suas preces, atuan-do como fortificantes do processo de germinação das sementes que são lançadas.

     Ao meu esposo, Davi Biaggi, apoiador inconteste, avaliador exigente e companheiro

    generoso de todas as horas, cujas falas sempre alcançam o objetivo mais acertado esem o apoio de quem não teria chegado tão rápido e tão longe.

     Agradecimentos

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    Carmem Beatriz Neufeld. Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do RioGrande do Sul. Mestre em Psicologia Social e da Personalidade pela Pontifícia Universidade Católicado Rio Grande do Sul. Professor Doutor II do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Laboratório dePesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Orientadora do Programa de Pós--Graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidadede São Paulo. Presidente da Federação Brasileira de erapias Cognitivas (Gestão 2011-2013/ 2013-2015). Bolsista Produtividade do CNPq. Contato: [email protected]; [email protected]

     Alexandra Longo Camperoni. Doutora pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidadede São Paulo. Cirurgiã Pediátrica. Médica Assistente no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: [email protected]

     Alexandre Elias Trivellato. Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Doutor e Mestre emCirurgia e raumatologia Buco-Maxilo-Faciais pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba –UNICAMP. Graduação na Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP. Professor AssociadoII do Departamento de Cirurgia e raumatologia Buco-Maxilo-Facial e Periodontia, Faculdade deOdontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – FORP/USP. Coordenador do Cursode Residência em Cirurgia e raumatologia Buco-Maxilo-Faciais da Faculdade de Odontologia de Ri-beirão Preto – FORP/USP. Contato: [email protected]

     Ana Irene Fonseca Mendes. Doutora e Mestre em Psicobiologia pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicóloga pela Faculdadede Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Colaboradorade Pesquisa e Supervisora de estágio do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo--Comportamental – LaPICC-USP. Psicóloga Clínica. Contato: [email protected]

     André Luiz Moreno. Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.Especialista em erapia Cognitiva pela WP. Psicólogo pela Faculdade de Filosofia, Ciências eLetras de Ribeirão Preto pela Universidade de São Paulo. Professor substituto da UniversidadeFederal do riângulo Mineiro. Contato: [email protected]

     André Vilela Komatsu. Mestrando em Psicologia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras deRibeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicólogo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letrasde Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: [email protected]

     Autores

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    Bruno Rodrigues da Silva . Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Institutode Biologia da Universidade Estadual de Campinas. Estagiário em Comportamento de

     Anfípodes no Laboratório de Interação entre Comunidades Marinhas – LICOMAR. Contato:[email protected]

    Carla Cristina Cavenage. Psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Pretoda Universidade de São Paulo. Colaboradora de Pesquisa do Laboratório de Pesquisa e IntervençãoCognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Contato: [email protected]

    Carla Cristina Daolio. Psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Pretoda Universidade de São Paulo. Colaboradora de Pesquisa do Laboratório de Pesquisa e IntervençãoCognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Contato: [email protected]

    Carolina Prates Ferreira Rossetto. Psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de

    Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Colaboradora de Pesquisa do Laboratório de Pesquisae Intervenção Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Contato: [email protected]

    Caroline da Cruz Pavan-Cândido. Mestre em Psicologia pela Faculdade de Filosofia Ciências eLetras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Especialista em erapia Analítico-Comportamental pelo Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento. Psicóloga pela Uni-versidade Federal de São Carlos. Supervisora do estágio de erapia Analítico-Comportamentaldo Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP e Profes-sora da Faculdade de Psicologia/Universidade do Oeste Paulista – Unoeste. Contato: [email protected]

    Cássio Edvard Sverzut . Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado na

    Universidade de Washington. Doutor e Mestre em Cirurgia e raumatologia Buco-Maxilo-Facialpela Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Professor Associado II do Departamentode Cirurgia e raumatologia Buco-Maxilo-Facial e Periodontia da Faculdade de Odontologia deRibeirão Preto da Universidade de São Paulo. Graduação em Odontologia pela Faculdade deOdontologia de Araraquara – UNESP. Contato: [email protected]

    César Bataglion. Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Doutor e Mestre emReabilitação Oral pela FORP-USP. Especialista em Disfunção emporomandibular e DorOrofacial. Professor Associado do Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdadede Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Orientador do Programa dePós-Graduação em Odontologia Restauradora – Sub-Área: Dentística. Coordenador do Curso

    de Oclusão, Disfunção emporomandibular e Dor Orofacial em Pacientes com NecessidadesEspeciais: Abordagem Multidisciplinar da FORP-USP. Contato: [email protected]

    Fábio Antonio Perecim Volpe. Doutor pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto daUniversidade de São Paulo. Cirurgião Pediátrico. Médico Assistente no Hospital das Clíni-cas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato:[email protected]

    Gabriel Vieira Cândido. Doutorando em Psicologia pela Faculdade de Filosofia Ciências eLetras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Mestre em Psicologia Experimental:

     Análise do Comportamento pela PUC-SP. Supervisor do estágio de erapia Analítico-Com-

    portamental do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP e Professor da Faculdade de Psicologia/Universidade do Oeste Paulista – Unoeste. Contato:[email protected]

    xii  Autores

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    Gabriela Affonso. Psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto daUniversidade de São Paulo. Colaboradora de pesquisa do Laboratório de Pesquisa e Intervenção

    Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Contato: [email protected] Maria Freitas Ferreira . Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal do riânguloMineiro. Colaboradora de pesquisa do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Com-portamental – LAPICC-USP. Contato: [email protected]

    Katherine Godoi. Graduanda em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letrasde Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Bolsista FAPESP de Iniciação Científica doLaboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Contato:[email protected]

    Kátia Alessandra de Souza Caetano. Doutoranda em Psicologia no LaPICC-USP pelo Programa

    de Pós-graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Pretoda Universidade de São Paulo. Mestre em Psicobiologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências eLetras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicóloga pela Universidade Federal deUberlândia. Contato: [email protected]

    Luiza Campos Menezes. Mestranda em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras deRibeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letrasde Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: [email protected]

    Marcella Cassiano. Mestranda em Psicologia no LaPICC-USP pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicóloga pela Faculdadede Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Supervisora deestágio do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP.Contato: [email protected]

    Maria Claudia Rodrigues. Mestranda na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Uni-versidade de São Paulo pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental. Psicóloga pela Fa-culdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato:[email protected]

    Mariana Ducatti. Mestranda em Psicobiologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letrasde Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicóloga pela Universidade de Ribeirão Preto– UNAERP. Contato: [email protected]

    Marina Bernardo Mandarini. Graduanda em Psicologia na Faculdade de Filosofia, Ciências eLetras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: marina [email protected]

    Mario Francisco Juruena . Pós-Doutorado no Instituto de Psiquiatria do King's College Londone USP. Doutorado em Psiquiatria pela Universidade de Londres. Mestre pelo Departamento dePsicobiologia da UNIFESP-EPM, Mestre em Affective Neuroscience, na Universitei Maastricht,Holanda. Professor do Departamento de Neurociências e Comportamento da Universidade deSão Paulo. Coordenador do Programa de Assistência, Ensino e Pesquisa em Estresse, raumae Doenças Afetivas (EsraDA) do HC da FMRP-USP. Professor Convidado (Senior Lecturer)no King's College London. reinamento em Psicoterapia Cognitiva no Beck Institute for

    Cognitive Terapy and Research. Contato: [email protected]ícia Cavalari Nardi. Mestre em Psicologia no LaPICC-USP pela Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Especialista em erapia

    Autores xiii

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    xiv  Autores

    Cognitivo-Comportamental pelo Instituto de erapias Cognitivas do Paraná. Psicóloga pelaFaculdade Assis Gurgacz. Colaboradora e Supervisora de estágio do Laboratório de Pesquisa e

    Intervenção Cognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Psicóloga Clínica. Contato: [email protected]

    Priscila de Camargo Palma . Doutoranda e Mestre em Psicologia no LaPICC-USP pela Faculdadede Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Especialista emerapia Cognitivo-Comportamental pelo Instituto de erapias Cognitivas do Paraná. Psicólogapela Faculdade Assis Gurgacz. Supervisora de estágio do Laboratório de Pesquisa e IntervençãoCognitivo-Comportamental – LaPICC-USP. Contato: [email protected]

    Renata Panico Gorayeb. Doutora em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto da Universidade de São Paulo. Mestre em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências

    e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicóloga pelo Instituto de Psicologiada Universidade de São Paulo. Psicóloga Assistente no Hospital das Clínicas da Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: [email protected]

    Ricardo Gorayeb. Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Pós-Doutorado pela Uni-versidade de Duke, pela Universidade Johns Hopkins e pela Universidade de Jaume. Doutor eMestre em Psicologia Experimental pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.Psicólogo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade deSão Paulo. Professor Associado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidadede São Paulo, atuando no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina – FMRPUSP.Orientador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e

    Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Contato: [email protected] Valmor Batista . Mestrando em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras deRibeirão Preto da Universidade de São Paulo. Psicólogo pela Universidade Paulista. Colaboradorde Pesquisa e Supervisor de estágio no Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Compor-tamental – LaPICC-USP. Contato: [email protected]

     Vanessa Ruiz Vaz Gomez. Psicóloga contratada pelo Serviço de Psicologia Pediátrica doHospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letrasde Ribeirão Preto- USP. Contato:[email protected]

     Yvone Avaloni Moraes Villela de Andrade Vicente. Doutora e Mestre em Medicina (Clínica

    Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Professora Doutora e Chefe da Divisão deCirurgia Pediátrica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.Contato: [email protected]

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    Sumário

    Prefácio ............................................................................................ 19  Bernard Pimentel Rangé

    Apresentação ................................................................................... 23

      César Alexis Galera e Eucia Beatriz Petean

    1  Do Atendimento à População à Formação de Terapeutas,

    Supervisores e Pesquisadores: A Implementação de um

    Laboratório de Pesquisa e Intervenção ....................................... 25

      Carmem Beatriz Neufeld, Ana Irene Fonseca Mendes,Caroline da Cruz Pavan-Cândido, Renata Panico Gorayeb,

    Priscila de Camargo Palma, Patrícia Cavalari Nardi,

    Gabriel Vieira Cândido, Marcella Cassiano, Saulo Valmor Basta,

    Carolina Prates Ferreira Rosseo e Carla Crisna Cavenage

    Parte I – Programas de Intervenção em Grupo

    2  PRO-META: Programa Cognivo-Comportamental

    de Educação Alimentar em Grupo .............................................. 44

      Carmem Beatriz Neufeld, Gabriela Aonso e André Luiz Moreno

    3  PRHAVIDA – Programa Cognivo-Comportamental

    de Habilidades de Vida para Crianças e Adolescentes ................ 80

      Carmem Beatriz Neufeld, Carla Crisna Daolio, Marcella Cassiano,

    Carolina Prates Ferreira Rosseo e Carla Crisna Cavenage

    4  PROPAIS I – Tópicos Cognivo-Comportamentais de

    Orientação de Pais em Contexto de Atendimento Clínico ........... 116

      Carmem Beatriz Neufeld e Katherine Godoi 

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    5  PROPAIS II – Programa Cognivo-Comportamental de

    Orientação de Pais Visando à Promoção de Saúde ..................... 148

      Marcella Cassiano e Carmem Beatriz Neufeld 

    Parte II – Relatos de Experiência em Saúde e na Comunidade

    6  Abordagem Interdisciplinar da Conspação Intesnal

    Crônica de Dicil Manejo em Crianças e Adolescentes ............... 182  Renata Panico Gorayeb, Vanessa Ruiz Vaz Gomez,

    Fábio Antônio Perecim Volpe, Alexandra Longo Camperoni,

    Carmem Beatriz Neufeld, Yvone Avaloni Moraes Villela de

     Andrade Vicente e Ricardo Gorayeb

    7  Clínica Odontológica: Um Novo Campo de Atuação

    para o Terapeuta Cognivo-Comportamental ............................. 197   Ana Irene Fonseca Mendes, Mariana Duca,

    Cássio Edvard Sverzut, Alexandre Elias Trivellato,

    César Bataglion e Carmem Beatriz Neufeld 

    8  Intervenção em Grupo para Transtornos de Humor:

    O Relato de uma Experiência ...................................................... 225

       Ana Irene Fonseca Mendes, Katherine Godoi,

    Isabela Maria Freitas Ferreira, Carmem Beatriz Neufeld

    e Mario Francisco Juruena

    9  Intervenção com Crianças e Adolescentes em Situação

    de Vulnerabilidade Social: Relato de uma Experiência ............... 248

      Saulo Valmor Basta, Carla Crisna Daolio, Marina Bernardo  Mandarini, Katherine Godoi e Carmem Beatriz Neufeld 

    Parte III – Estudos de Casos Cognivo-Comportamentaise Analíco-Comportamentais

    10 Fobia Especíca, Tipo Animal: Terapia

    Cognivo-Comportamental para Catsaridafobia ......................... 274  Patrícia Cavalari Nardi, Gabriela Aonso,

    Bruno Rodrigues da Silva e Carmem Beatriz Neufeld 

    11  Intervenção Cognivo-Comportamental para o

    Transtorno de Pânico com Agorafobia ........................................ 306Priscila de Camargo Palma, Maria Claudia Rodrigues

    e Carmem Beatriz Neufeld 

    xvi  Sumário

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    12 Ansiedade e Encoprese: Um Estudo de

    Caso Cognivo-Comportamental ................................................ 344

     Ana Irene Fonseca Mendes, Luiza Campos Menezes,

    Káa Alessandra de Souza Caetano e Carmem Beatriz Neufeld 

    13 Estudo de Caso de Transtorno Desaador Oposivo

    na Abordagem Cognivo-Comportamental ................................ 378

       Ana Irene Fonseca Mendes, Gabriela Aonso

    e Carmem Beatriz Neufeld 

    14 Ampliando Repertório Comportamental:

    Intervenção Clínica Analíco-Comportamental  em Queixas de Ansiedade ........................................................... 412

      Caroline da Cruz Pavan-Cândido, Vanessa Ruiz Vaz Gomez,

    Gabriel Vieira Cândido e Carmem Beatriz Neufeld 

    15 Trabalhando com Produtos de História de

    Controle Aversivo: O Autoconhecimento como Foco

    da Intervenção Clínica Analíco-Comportamental ...................... 429

      Caroline da Cruz Pavan-Cândido, André Vilela Komatsu,

    Gabriel Vieira Cândido e Carmem Beatriz Neufeld 

    Sumário xvii

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    Uma das coisas que me impressiona em Carmem Beatriz Neufeldé a sua produtividade. Ela ocupa o cargo de Professor Doutor 2 noDepartamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências eLetras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no Campusde Ribeirão Preto (USP/RP) em vaga conquistada em concurso pú-blico, em junho de 2008. Depois de sua posse, além das aulas nagraduação, ela começou a dar supervisão para nove alunos que se in-teressaram pela erapia Cognitivo-Comportamental (CC), umtema desafiador em uma cultura orientada por uma tradição psicana-lítica e behaviorista radical. Essas supervisões se constituíram sobreatendimentos dirigidos para pacientes adultos. Fundou também, em2009, o Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Compor-tamental (LaPICC-USP). No mesmo ano, como parte de projetos depesquisa do LaPICC-USP, começou a supervisão de oito estagiários

    em atendimentos de CC em Grupo (CCG) para grupos de ema-grecimento, de orientação de pais e treinamento de habilidades so-ciais e para vida de adolescentes de escolas públicas e de crianças emlista de espera para atendimentos. Abriu espaço para a prática em clí-nica analítico-comportamental a partir de uma parceria com doisanalistas do comportamento que supervisionam esta oportunidadeaos estagiários. Conseguiu 21 vagas de estágio para formação de tera-

    peutas e dois alunos de iniciação científica (IC). Foram atendidasmais de 50 pessoas em mais de mil sessões realizadas.

    Prefácio

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    Em 2010, fechou parceria com um serviço já bem-constituído

    oportunizando que quatro estagiários passassem a realizar atendimen-tos em CC no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina daUSP/RP (HCFMRP/USP); inseriu-se em uma parceria com a Facul-dade de Enfermagem em um serviço de atendimento da Prefeitura doCampus visando o atendimento para grupos voltados ao tratamentoda obesidade e sobrepeso; deu supervisão também para dez estagiáriosque faziam atendimentos individuais de adultos, idosos, adolescentes ecrianças e continuou com as supervisões de atendimentos em grupo

    para 14 estagiários. Conseguiu assim 34 vagas de estágio para forma-ção de terapeutas, quatro alunos de IC e uma aluna para mestrado, oque representa o dobro do ano anterior. Destas atividades resultaramdois capítulos, dois artigos e uma entrevista. Foi contemplada comuma bolsa do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas (CNPq),obtendo um total de cinco bolsas entre IC, extensão e mestrado. Maisde duas mil sessões de atendimentos e 150 pessoas atendidas.

    Em 2011, coordenou a implementação de mais duas parcerias.Uma com a Faculdade de Odontologia da USP/RP, oportunizando va-gas para estagiários realizarem atendimentos em pacientes odontológicosque realizavam cirurgias ortognáticas. A outra com o HDFM/USP, comvagas de estágio junto a grupos de pacientes com transtornos de humor.Neste ano também passou a oportunizar a profissionais da área de CCa experiência de oferecer supervisões clínicas junto ao LaPICC-USP. Aparceria com o HCFMRP/USP foi mantida, bem como as supervisõesdos atendimentos individuais, conseguindo mais de 200 pessoas atendi-das e de 2.000 horas de sessões de atendimento. Alcançou 28 vagas deformação de terapeutas, quatro alunos de IC, duas mestrandas e duasem estágio probatório para mestrado. Foi contemplada com um AuxílioRegular de Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado deSão Paulo (FAPESP). Publicou cinco artigos e dois capítulos.

    Em 2012, o LaPICC-USP já contava com uma equipe maior,

    que sob sua coordenação continuou com as atividades realizadas noano anterior, aumentando para 2.500 o número de sessões e mais de

    20  Prefácio

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    Intervenções e Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental com Indivíduos e Grupos  21

    200 pessoas atendidas. Começou também a aceitar candidatos para es-

    tágio probatório para doutorado, chegando a ter 33 supervisionandose/ou orientandos. Neste ano publicou dois artigos, um prefácio e foiorganizadora de um livro para o qual colaborou com 11 capítulos.

    Finalmente em 2013, além de manter todas as supervisões, alcan-çando um total de mais de 2.500 horas de sessões para mais de 200 pa-cientes atendidos, abriu 18 vagas de estágio, orientou oito alunos de IC,dois mestrandos, dois doutorandos e duas alunas em estágio probatório,uma de mestrado e outra de doutorado. Neste ano publicou três artigos,

    um capítulo e um prefácio.Só para se ter uma ideia da sua produtividade, sob sua coordena-

    ção ocorreram uma média de 2.000 atendimentos/ano, de 150 pessoas,de 30 supervisionandos/orientandos por ano, sete supervisores em for-mação, cerca de cinco bolsas por ano, uma média de quase dois finan-ciamentos por ano e de mais de seis artigos/ano nos cinco anos doLaPICC-USP. Sem contar que ela foi também, nesse período, Presidente

    da Federação Brasileira de erapias Cognitivas (FBC), por duas vezes,em virtude do magnífico trabalho de organização que realizou ali.Este livro representa uma descrição deste trabalho que vem se

    desenvolvendo nos cinco anos do LaPICC-USP, obtidos com a inegá-vel capacidade de liderança da sua organizadora. Seus autores são al-guns dos supervisionandos e orientandos de IC, de mestrado e douto-rado que participaram desta empreitada. O primeiro capítulo descrevea implantação do LaPICC-USP e dá uma ideia das diferentes inter-venções realizadas.

     A Parte I descreve os programas de intervenção em grupo comoo PRO-MEA: Programa Cognitivo-Comportamental de Educação Alimentar em grupo; o PRHAVIDA – Programa Cognitivo-Compor-tamental de Habilidades de Vida para crianças e adolescentes; e osPROPAIS I e II que são programas de orientação de pais em contextode atendimento clínico e em promoção da saúde.

     A Parte II trata de relatos de experiências em saúde e na comu-nidade, onde são descritas intervenções em problemas de constipação

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    intestinal crônica, na clínica odontológica, em transtornos do humor e

    em treino de habilidades sociais. A Parte III relata estudos de casos com descrições de atendimen-tos em fobia específica, tipo animal; de transtorno de pânico e agora-fobia; ansiedade e encoprese; de um quadro de transtorno desafiadoropositivo; em queixas de ansiedade; e de intervenções em clínica analí-tico-comportamental.

    Este livro é um exemplo de como se constrói, se desenvolve e semantém um programa de pesquisas de grande alcance. Ele vai desde

    pesquisas sobre processos cognitivos básicos, como os estudos sobre anossa memória que mostram que ela pode não ser tão confiável comocostumamos acreditar; pesquisas sobre programas de saúde em crian-ças e adolescentes; pesquisas sobre programas de orientação de pais epesquisas sobre o comportamento alimentar.

    Parabéns a Carmem Beatriz Neufeld e à equipe do LaPICC-USP!

    Bernard Pimentel Rangé 

    Doutor em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de JaneiroEspecialista em erapia Cognitiva pelo Beck InstituteProfessor Associado do Instituto de Psicologia e do Programa de

    Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de JaneiroPrimeiro Vice-Presidente da Federação Brasileira de erapias Cognitivas (FBC)

    Sócio-fundador da Associação Brasileira de Medicinae Psicologia Comportamental (ABPMC)

    Contato: [email protected]

    22  Prefácio

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     Apresentação

    Nunca é demais ressaltar que a Psicologia é uma Ciência. Não sóuma ciência de laboratório, que se faz distante dos olhos do público,mas também uma ciência que se faz em público, nas escolas, nos servi-ços de saúde e no recesso dos consultórios. Em todos os locais e cir-cunstâncias a prática do psicólogo nos mais diferentes cenários deveser pautada pelo raciocínio científico. Esta crença tem conquistado umnúmero crescente de adeptos em todos os países. No Brasil, em parti-

    cular, esta tendência é evidente no crescimento do número de profis-sionais e de cursos de especialização dedicados às diversas formas deterapias cognitivas e cognitivo-comportamentais, terapias estas que po-dem ser definidas como “tratamentos de problemas psicológicos combase na psicologia científica”.

    É neste cenário, em que se coloca a psicologia científica a servi-ço do desenvolvimento humano, que o Departamento de Psicologia

    da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Uni-versidade de São Paulo tem o prazer de apresentar este recorte das ati-vidades realizadas pelo Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cogniti-vo-Comportamental (LaPICC-USP). O livro reúne uma seleção dascontribuições teóricas, das pesquisa e das intervenções fundamentadasna abordagem cognitivo-comportamental realizadas por estudantes eprofissionais com experiência na área. Os textos são distribuídos emtrês partes nas quais o LaPICC-USP tem atuado: Programas de Inter-

    venção em Grupo, Relatos de Experiência em Saúde e na Comunidadee Estudos de Casos Cognitivo-Comportamentais e Analítico-Compor-

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    tamentais. Os relatos, apresentados de forma didática, serão úteis tanto

    aos estudantes que dão os primeiros passos nas terapias cognitivo-com-portamentais como aos terapeutas mais experientes, interessados emconhecer melhor os protocolos utilizados em intervenções terapêuticascom indivíduos e com grupos.

    Em um aspecto mais acadêmico-universitário, esta obra apresentaum histórico da criação e do desenvolvimento do Laboratório de Pesquisae Intervenção Cognitivo-Comportamental (LaPICC-USP) e, como nãopoderia ser diferente, do desenvolvimento acadêmico de sua idealizadora,

    a Profa. Dra. Carmem Beatriz Neufeld. Carmem Beatriz é docente do De-partamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras deRibeirão Preto da Universidade de São Paulo desde 2008, quando iniciousuas atividades como responsável pela disciplina de “erapia Cognitivo-Comportamental”. O LaPICC-USP foi criado pouco tempo depois e,nesses cinco anos de atividades, tem sido o centro de orientação de proje-tos de iniciação científica, de mestrado e doutorado, mas, principalmente,

    tem contribuído de forma significativa na formação de alunos de gradua-ção através do programa de estágios profissionalizantes.

    César Alexis Galera Professor itular da FFCLRP-USP, Departamento de Psicologia.

    Orientador do Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia da FFCLRP-USP.Pós-Doutorado pela Concordia University, Montreal, Ca.

    Doutor e Mestre em Psicologia Experimental pelo Instituto de Psicologia da USP.Psicólogo pela FFCLRP-USP.

    Contato: [email protected]

    Eucia Beatriz Lopes PeteanProfessora Associada da FFCLRP-USP, Departamento de Psicologia.

    Orientadora do Programa de Pós-Graduação Psicologia da FFCLRP-USP.Doutor em Saúde Mental pela UNICAMP eMestre em Educação Especial pela UFSCar.

    Psicóloga pela FFCLRP-USP.Contato: [email protected]

    24  Apresentação

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    Escolhe um trabalho de que gostes, e não

    terás que trabalhar nem um dia na tua vida.(Confúcio)

    O Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamen-tal (LaPICC-USP)3  tem seu foco principal voltado para as intervençõescognitivo-comportamentais, tomando como base diferentes teorias dentrodessa tradição para a compreensão do ser humano. Além dessas, o labo-ratório também tem se voltado, em menor escala, para a difusão e para for-mação em erapia Analítico-Comportamental (AC). Com sólidos referen-

    Do Atendimento à População àFormação de Terapeutas, Supervisores ePesquisadores: A Implementação de umLaboratório de Pesquisa e Intervenção1 

    Carmem Beatriz Neufeld 2

    , Ana Irene Fonseca Mendes,Caroline da Cruz Pavan-Cândido, Renata Panico Gorayeb,

    Priscila de Camargo Palma, Patrícia Cavalari Nardi,Gabriel Vieira Cândido, Marcella Cassiano, Saulo Valmor Batista,

    Carolina Prates Ferreira Rossetto e Carla Cristina Cavenage 

    1

    1  Partes deste capítulo foram previamente publicados pela Revista Brasileira de Psicoterapia , a qualautorizou a nova publicação (Neufeld, C. B., Mendes, A. I. F., Pavan, C. da C., Gorayeb, R. P.,EQUIPE LaPICC (2011). Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental(LaPICC): Ensino-pesquisa-extensão no dia a dia da formação de psicólogos. Revista Brasileira dePsicoterapia , 13, 50-62.

    2  A primeira autora deste capítulo é a coordenadora e responsável legal pelo LaPICC-USP, detendoos direitos legais sobre o mesmo.

    3

      Órgãos financiadores das pesquisas e das intervenções do LaPICC-USP de 2008 a 2013, apresen-tados por ordem de recursos disponibilizados: FAPESP, CNPq, CAPES, Pró-Reitoria de Pesquisada USP, Pró-Reitoria de Extensão da USP.

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    26  Do Atendimento à População à Formação de Terapeutas, Supervisores e Pesquisadores:...

    ciais teóricos, o trabalho do LaPICC-USP tem buscado implementar e

    concretizar o tripé ensino-pesquisa-extensão na formação de psicólogoscognitivo-comportamentais e analítico-comportamentais.Na perspectiva das terapias cognitivo-comportamentais (CC), o

    enfoque beckiano surge como referencial privilegiado no LaPICC-USP.Em tal enfoque, as intervenções visam produzir mudanças nos pensamen-tos, nos sistemas de significados, além de uma transformação emocional ecomportamental duradoura, e proporcionar autonomia ao cliente, alcan-çando assim o alívio ou a remissão total dos sintomas (Beck, 1993).

     A cognição exerce, portanto, papel fundamental na manutençãodos transtornos psicológicos (Knapp & Rocha, 2003), pois clientescom essas condições apresentam pensamentos disfuncionais ou distor-cidos (Beck, Rush, Shaw, & Emery, 1997). J. Beck (1997) ressalta queas mudanças emocionais e comportamentais serão duradouras se resul-tarem da modificação de crenças disfuncionais básicas dos clientes.Desta maneira, o foco do terapeuta cognitivo-comportamental será ob-ter mudanças cognitivas por meio de uma avaliação realista da situaçãoe da modificação do pensamento, produzindo, consequentemente, umamelhora no humor e no comportamento dos clientes.

     A teoria de Beck tem recebido destaque tanto entre os clínicosquanto na população em geral pela sua atuação individual empirica-mente validada e sua atestada eficiência no tratamento de uma grandevariedade de transtornos psiquiátricos (Beck & Weishaar, 2000). Esteviés de intervenção individual ocupa apenas parte da atuação do

    LaPICC-USP. O grande enfoque das CCs no laboratório repousasobre os tratamentos em grupo.Considerando o fato de o LaPICC-USP estar situado em uma

    universidade pública, o mesmo tem desde seu nascimento uma fortevocação para a produção de conhecimentos que se revertam em be-nefícios para a sociedade. A erapia Cognitivo-Comportamental emgrupos (CCG) congrega várias características que apontam para umaperspectiva da responsabilidade social. Braga, Manfro, Niederauer eCordioli (2010) ressaltam o ganho em termos do treinamento de pro-fissionais de forma mais sistemática do que nas intervenções indivi-

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    28  Do Atendimento à População à Formação de Terapeutas, Supervisores e Pesquisadores:...

    mente, a metodologia empregada visa a criar experiências de sucesso que

    sirvam como evidências para um melhor desempenho e uma diminuiçãoda ansiedade frente ao novo papel (de pesquisador, de supervisor ou deterapeuta) a ser desempenhado, assim como proposto por Beck (1993) emsua metodologia baseada em evidências.

    O fomento ao entendimento cognitivo-comportamental do ca-so, grupo ou prática interventiva é priorizado, sendo necessariamenteo viés para a intervenção e/ou avaliação a ser proposta. oda atividadedo LaPICC-USP deve visar à formação de um psicólogo com base

    teórica sólida, cujas intervenções são produção de conhecimento e,para tanto, precisam ser estruturadas para apresentação à comunidadecientífica e, por fim, mas não menos importante, precisam gerar ativi-dades de retorno destes conhecimentos para a sociedade como um to-do a partir de intervenções que visam a melhoria da qualidade de vidadas pessoas e da sociedade como um todo.

    Na formação de terapeutas em AC, parte-se do princípio de quea aprendizagem de comportamentos novos pode ocorrer de três dife-rentes formas: regras fornecidas pela comunidade verbal, observação demodelos e, principalmente, contingências de reforçamento (Skinner, 1999;Skinner, 1993; Skinner 1967). O fornecimento de regras pelos supervi-sores e a observação de modelos destes e de estagiários mais experientessão procedimentos importantes para a formação dos novos terapeutasanalítico-comportamentais. Porém, a principal forma de aprendizagemdurante o estágio individual de AC é a vivência das contingências de

    uma sessão terapêutica, e a discriminação das emoções e dos pensamentosque cada atendimento produz (Banaco, 1993).

    Histórico de implementação

    O LaPICC-USP tem como data de nascimento o dia 7 de ou-tubro de 2008, quando a Prof. Dra. Carmem Beatriz Neufeld assumiuo cargo de Professor Doutor em Regime de Dedicação Integral à Do-cência e Pesquisa. Idealizado com base nas suas experiências adminis-

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    Intervenções e Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental com Indivíduos e Grupos  29

    trativas anteriores (à frente da Coordenação de um Curso de Psicologia

    e da Coordenação de uma clínica-escola), nas suas vivências em pes-quisa e na prática clínica, o laboratório foi sendo conduzido no sen-tido de buscar a integração entre a pesquisa, a formação de terapeutase supervisores, e a oferta de um serviço de qualidade para a população. Alocado no Centro de Psicologia e Pesquisa Aplicada (CPA) do Depar-tamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras deRibeirão Preto da Universidade de São Paulo, o LaPICC teve seu regis-tro formal no Departamento de Psicologia e na Faculdade de Filosofia,

    Ciências e Letras de Ribeirão Preto finalizado em novembro de 2009. Ao final de 2009, o LaPICC-USP também teve seu registro aceito co-mo grupo de pesquisa junto ao CNPq.

    Em novembro de 2008, foi aberta a primeira seleção de estágio e,em fevereiro de 2009, foram ofertadas as primeiras vagas para está gio emCC individual para adultos (ver exemplos de casos nos Capítulos 10 e11). Neste período, o LaPICC-USP contou com nove estagiários dequarto e quinto anos de psicologia, além de uma supervisora em for-mação, que foi também a primeira colaboradora de pesquisa do labo-ratório. Em agosto desse ano, foi dado início ao estágio em CCG, con-tando com oito estagiários e inaugurando os programas de intervençãoem grupos de educação alimentar – PRO-MEA (ver Capítulo 2);orientação de pais – PROPAIS I (ver Capítulo 4) e trei namento de habi-lidades sociais e de vida – PRHAVIDA (ver Capítulo 3) com adoles-centes em escolas públicas e crianças em lista de espera por atendimento.

    Foi também neste período que o estágio de AC com pacientesadultos foi criado (ver exemplos de casos nos Capítulos 14 e 15), con-tando com uma supervisora em formação. Foram disponibilizadas quatrovagas para terapeutas. Segundo os dados estatísticos, ao longo do ano de2009 foram realizadas mais de 1.000 sessões de atendimento, beneficiandomais de 50 pessoas. No total, em 2009 a equipe do LaPPIC-USP contoucom uma aluna de iniciação científica, 21 vagas de estágio para formaçãode terapeutas, duas supervisoras em formação e uma supervisora titular.

    O ano de 2010 foi marcado pela expansão na oferta de tipos deatendimentos, uma vez que foi proposto o estágio de CC em Hospital

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    Geral, coordenado e supervisionado pela Dra. Renata Panico Gorayeb

    no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto(HCFMRP) com quatro vagas de estágio (exemplo de intervenções rea-lizadas neste contexto podem ser encontradas no Capítulo 6). Essa op-ção de formação vinha ligada desde 2002 a outra docente do Depar-tamento e passou a integrar o rol de atividades do LaPICC-USP nestadata. O estágio de CC individual de adultos recebeu mais duas super-visoras em formação. Além disso, esse estágio passou a oferecer tambéma modalidade de atendimento infantil (ver exemplos de casos nos Capí-

    tulos 12 e 13), mantendo uma supervisora em formação.Os programas de CCG mencionados anteriormente, neste ano

    com 14 vagas para terapeutas, passaram por reformulações e, maissedimentados, passaram a contar com duas supervisoras em formação.Uma delas trouxe a parceria com um grupo da clínica de pacientes es-peciais da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto dedicado aoestudo da dor orofacial crônica, com o apoio e colaboração do Prof.Dr. César Bataglion (ver Capítulo 7). A outra supervisora em formaçãofoi integrada aos grupos do PRHAVIDA com adolescentes. Os gruposdo PRHAVIDA com crianças deixaram de ser direcionados paracrianças em lista de espera por atendimento e passaram a ocorrer den-tro da escola, nos mesmos moldes dos grupos de adolescentes. O pro-grama PRO-MEA foi integrado ao Programa de Educação Alimentarda USP-RP (PRAUSP), coordenado pela Dra. Rosane Pilot Pessa Ri-beiro da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto.

    No estágio de intervenção individual em AC, que já contavacom uma supervisora em formação, ocorreu a integração de mais umsupervisor em formação, contando esse estágio com seis vagas paraestagiários. O ano de 2010 finalizou com mais de 2.000 sessões deatendimentos concedidas e mais de 150 pacientes beneficiados pelasintervenções nas mais diferentes modalidades. Esses atendimentos fo-ram oriundos do trabalho de um programa composto de 34 vagas deestágios para formação de terapeutas, sete vagas de formação de su-pervisores e duas supervisoras titulares. Integraram ainda a equipequatro alunos de iniciação científica e uma mestranda.

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    Intervenções e Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental com Indivíduos e Grupos  31

    O crescimento das atividades do LaPICC-USP continuou no

    ano de 2011. Foram mantidos os estágios de 2010 e planejada maisuma possibilidade de intervenção. ratava-se de Avaliação e Interven-ção em pacientes de cirurgia ortognática (um tipo de cirurgia corretivada face) da residência em cirurgia buco-maxilo-facial sob a responsa-bilidade dos professores Prof. Dr. Cássio Edvard Sverzut e Prof. Dr. Alexandre Elias rivellato da Faculdade de Odontologia de RibeirãoPreto – USP (ver Ca pítulo 7). Esta parceria foi trazida para o LaPICC– USP pela Dra. Ana Irene Mendes, colaboradora da pesquisa e super-

    visora em formação, contando com duas vagas de estágio. O estágio deCC em Hospital Geral manteve as mesmas características do ano an-terior. O estágio de AC passou a ofertar quatro vagas e manteve amesma estrutura do ano anterior. Nas intervenções individuais, forammantidas as três supervisoras em formação, sendo oferecidas seis vagasde estágio. Já nos programas de CCG, com 12 vagas de estágio, maisduas supervisoras em formação passaram a integrar a equipe, totali-zando quatro supervisores.

    O programa de grupo para dor crônica cede lugar neste ano aoprograma de CCG para pacientes deprimidos no Laboratório deranstornos do Humor do Hospital Dia coordenado pelo Dr. MarioFrancisco Juruena, ao qual se integra a primeira colaboradora de pes-quisa do LaPICC-USP como supervisora em formação (ver Capítulo8). eve início também o programa de orientações de pais em escolapública – PROPAIS II (ver Capítulo 5), além da manutenção de todos

    os grupos advindos dos anos anteriores. No balanço deste ano foramregistradas mais de 2.000 sessões de atendimento e mais de 200pessoas beneficiadas, frutos de uma equipe distribuída em 28 vagas deestágio para formação de terapeutas, oito vagas de formação de su-pervisores e duas supervisoras. Além destes, integraram a equipe qua-tro alunos de iniciação científica e duas mestrandas.

    No ano de 2012 foram mantidos os estágios de 2011 e maisuma possibilidade de intervenção foi aludida ao estágio de CCG.Neste ano foi iniciada a intervenção do PRHAVIDA em contexto deOrganização Não Governamental (ONGs) (ver Capítulo 9) que inte-

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    32  Do Atendimento à População à Formação de Terapeutas, Supervisores e Pesquisadores:...

    grou mais um supervisor em formação. O estágio de CC em Hospital

    Geral manteve as mesmas características do ano anterior com a ofertade duas vagas. O estágio de AC passou a ofertar duas vagas e mantevea mesma estrutura do ano anterior. Nas intervenções individuais, fo-ram mantidas as três supervisoras em formação, sendo oferecidas qua-tro vagas de estágio. Já nos programas de CCG, com 12 vagas de es-tágio, mais um supervisor em formação passou a integrar a equipe,totalizando cinco supervisores. O ano de 2012 encerrou com mais de2.500 sessões de atendimento e mais de 200 pessoas beneficiadas, fru-

    tos de uma equipe distribuída em 21 vagas de estágio para formaçãode terapeutas, nove vagas de formação de supervisores e duas super-visoras. Além desses, integraram a equipe sete alunos de iniciação cien-tífica, três mestrandas e uma doutoranda.

    O quinto ano de atividades do LaPICC-USP foi caracterizadopela sedimentação de sua estrutura e seus processos. Em 2013, todos osestágios mantiveram seu funcionamento nos mesmos moldes do ano

    anterior, sendo iniciada a proposição de grupos de intervenção em an-siedade social e de manejo de ansiedade, o qual integrou mais uma su-pervisora em formação. Assim, o estágio de CC em Hospital Geralofertou duas vagas, o estágio de AC ofertou duas vagas, com dois su-pervisores em formação. Já nos estágios em CC, as intervenções indi-viduais contaram com seis estagiários e mantiveram as três supervisorasem formação, e os programas em CCG ofertaram oito vagas, com qua-tro supervisores. Nos mesmos moldes de 2012, em 2013 o LaPICC--USP encerrou suas atividades com mais de 2.500 sessões de aten-dimento e mais de 200 pessoas beneficiadas. Sua equipe contou com 18vagas de estágio para formação de terapeutas, oito vagas de formação desupervisores e duas supervisoras. Além desses, integraram a equipe oitoalunos de iniciação científica, três mestrandas e três doutorandas.

    Em suma, em seus 5 anos de existência o LaPICC-USP teve aoportunidade de contribuir oferecendo atendimento e formação em

    diferentes níveis. A tradução de tais ações, em dados quantitativos, po-de ser visualizada no quadro a seguir.

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    Intervenções e Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental com Indivíduos e Grupos  33

    Quadro 1.1 Dados quantavos da implantação do LaPICC-USP

    ATIVIDADE 2009 2010 2011 2012 2013 Média

    Vagas de estágio em atendimento individual 13 16 10 06 08 10,6

    Vagas de estágio em atendimento em grupo 08 14 12 12 08 10,8

    Vagas de estágio em atendimento em saúde 00 04 06 03 02 3,75*

    Vagas para supervisores em formação/colaboração 02 08 10 10 09 7,8

    Vagas para mestrandos 00 01 02 03 03 2,25*

    Vagas para doutorandos 00 00 00 01 03 02*

    Vagas para alunos de iniciação cienca 01 04 03 05 08 4,2

    Número médio de sessões de atendimento 1.000 2.000 2.000 2.500 2.500 2.000

    Número médio de pessoas atendidas 50 150 200 200 200 160

    Nota: As médias indicadas com * são baseadas no número de anos desde o início daquela avidade

    e não a parr dos 5 anos do LaPICC-USP,

     Atividades desenvolvidas

     As atividades desenvolvidas no LaPICC-USP podem ser classifi-cadas em atividades de formação profissional (ensino), atividades de

    atendimento à comunidade (extensão) e atividades de produção e di-vulgação de conhecimento (pesquisa). Nesta direção, o LaPICC-USPconta com oportunidades variadas dentro destas três categorias, e estasnão podem ser consideradas categorias estanques, pois as mesmas esta-belecem interlocução entre si ao longo de todo processo. A seguir, se-rão apresentadas as categorias de atividades oportunizadas para dife-rentes públicos.

    Para profissionais e estudantes

    Diferentes oportunidades de formação se encontram disponíveisaos membros do LaPICC-USP. Apesar de sua forte vocação voltadapara a graduação em psicologia, suas atividades de formação não seencontram limitadas aos graduandos, sendo ofertadas inclusive oportu-

    nidades que se encontram restritas a profissionais já graduados e a pós-graduandos.

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    34  Do Atendimento à População à Formação de Terapeutas, Supervisores e Pesquisadores:...

    Formação profissional 

    Uma expressiva parte das atividades do LaPICC-USP encon-tram-se voltadas para a formação profissional de estudantes e colabo-radores recém-graduados. ais atividades são concretizadas a partir daoferta de estágios cuja duração normalmente é anual. Nesta modali-dade, três grupos de atividades tem se consolidado no laboratório:

    Formação de terapeutas individuais , cujo foco é o atendimento psi-coterápico de crianças, adolescentes, adultos e idosos, buscando uma for-

    mação ampla em termos de atendimento individual, avaliação diagnósticae encaminhamentos a profissionais de áreas afins, quando necessário.

    Formação de terapeutas de grupo, cujo foco encontra-se pautadona lógica de uma formação completa, em níveis hierárquicos, onde éoportunizado ao estudante que ele passe pelos diferentes papéis tera-pêuticos dentro do grupo, desde observador, coterapeuta e terapeuta. Além disso, o estudante nesta modalidade de formação terá a oportu-

    nidade de ser inserido em pelo menos duas modalidades diferentes degrupos, podendo assim ter experiências diversificadas, tanto em relaçãoà demanda grupal quanto em relação à modalidade de intervenção(apoio, psicoeducação, orientação/treinamento terapêutico).

    Formação de psicólogos para atuar em saúde , cujo foco majoritárioencontra-se voltado atualmente para a atuação em hospital geral, maisespecificamente no atendimento pediátrico. Ao longo de sua históriaforam oportunizadas intervenções voltadas para dor, avaliação pré epós-cirúrgica na clínica odontológica.

    Formação em supervisão

      Visando à formação complementar dos pós-graduandos e doscolaboradores de pesquisa, em sua maioria em estágio probatório paraseleção de mestrado e doutorado, o LaPICC-USP tem investido cada

    vez mais na abertura de oportunidades de formação de supervisores.al demanda encontra-se intimamente ligada aos profissionais já gra-

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    Intervenções e Pesquisas em Terapia Cognitivo-Comportamental com Indivíduos e Grupos  35

    duados e que têm clara vocação para o ensino e para a docência. Orga-

    nizada em níveis hierárquicos, a formação de supervisores passa pelotreino em supervisão de graduandos em diferentes níveis.O primeiro nível é o de Supervisor Observador , cujo treinamento

    consiste em acompanhar a supervisão de supervisores mais experientese, a partir disso, ofertar um modelo para o jovem graduado.

    O segundo nível, chamado de Supervisor Monitor , delega ao su-pervisor em treinamento algumas tarefas de acompanhamento e gestãoda supervisão, e está resguardado para aqueles jovens profissionais que

    têm maior experiência na prática da atividade a ser supervisionada,mas ainda não tem a prática de exercer supervisão. Nesta categoria, osupervisor principal delegará algumas funções ao supervisor monitor,mas a supervisão propriamente dita é feita pelo supervisor principal.

    O terceiro nível caracteriza-se por uma maior autonomia do jovemprofissional. O Supervisor Assistente  exercerá funções de supervisor e serásupervisionado pelo supervisor principal. Nesta categoria, os graduandostambém são supervisionados pelo supervisor principal em determinadasfunções em intervalos de tempo mais longos, de forma que o supervisorprincipal mantenha o contato e o acompanhamento dos graduandos.

    O Supervisor Associado tem autonomia, titulação e experiência práti-ca para conduzir o cotidiano das supervisões. Ele e o supervisor principaldiscutem diretrizes gerais para as atividades e o supervisor principal podecontribuir em momentos específicos com as supervisões.

    O papel de Supervisor Titular   requer além dos requisitos apre sen-

    tados pelo supervisor associado uma vinculação formal, pois o mesmo res-ponde integralmente pelas supervisões e pela sua representação institucio-nal. Cabe ainda ressaltar que os dois últimos níveis de supervisores podemacolher em seu trabalho supervisores observadores e supervisores monitores.

    Formação docente

      Considerando a vocação acadêmica do LaPICC-USP, não po-

    deria se perder de vista a formação docente de seus integrantes. Estaformação é voltada tanto para graduandos quanto para pós-graduandos

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    e refere-se ao acompanhamento das atividades e do cotidiano em sala

    de aula junto à graduação. Para tanto, são ofertadas vagas para moni-tores de graduação e para estagiários do Programa de Aperfeiçoamentode Ensino (PAE) voltado para pós-graduandos (mestrandos e douto-randos). As atividades desenvolvidas por esses graduandos e pós-gra-duandos se encontram pautadas nas normativas internas da USP e pre-veem, em linhas gerais, que os estudantes tenham a oportunidade deacompanhar desde o planejamento do curso, a confecção do crono-grama, a seleção da metodologia e das referências, além das aulas, exer-

    cícios e avaliações da disciplina a qual se encontram ligados.

    Formação em pesquisa

      A formação em pesquisa perpassa de forma transversal e defini-tiva as atividades do LaPICC-USP. Os graduandos e pós-graduandospodem estar ligados a diferentes projetos de pesquisa do laboratório.Para os graduandos existem duas modalidades concomitantes de ati-vidades de pesquisa: a iniciação científica e a monografia de graduação.Nestas modalidades, o estudante deve ser introduzido aos aspectosconstitutivos de uma pesquisa e passar por todas as fases da mesma,pois se trata de uma primeira oportunidade com o campo da produçãodo conhecimento. Para os profissionais já graduados, três tipos de ati-vidades de pesquisa estão disponíveis no LaPICC-USP: o papel decolaborador de pesquisa, de mestrando ou de doutorando. Estes papéis

    variam em experiência exigida em pesquisa e em nível de complexidadede produção de conhecimento. Há ainda a possibilidade de estágio depós-doutorado para pesquisadores doutores que intentem atualização.

    Para a comunidade

    No intuito de reverter para a sociedade o investimento que a

    mesma faz no ensino público, o LaPICC-USP tem um foco diferencia-do na assistência à saúde da comunidade. A população pode beneficiar-se

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    Para divulgação do conhecimento

    odo o trabalho do LaPICC-USP visa também a produção deconhecimento. Neste interim, a divulgação da formação, do atendimento eda pesquisa são fundamentais. Diferentes veículos tem sido utilizados parao processo de divulgação da produção realizada no laboratório. Além daspublicações, a organização de eventos e a divulgação em meios de popula-rização de ciência e de tecnologia têm sido utilizados como formas eficazesde trazer a público a produção dos membros do Laboratório.

    Publicações

     A produção de artigos a serem publicados em revistas nacionais einternacionais é sem dúvida um dos focos da divulgação do conhecimentono LaPICC-USP. No entanto, por se tratar de um laboratório que temcomo foco, além da pesquisa, a intervenção, os capítulos em livros e a pro-dução de livros que apresentem a produção da equipe têm recebido aten-ção similar à de publicação de artigos. Os resumos em anais de congressoe suas respectivas apresentações nos eventos científicos, representa, sem dú-vida, o maior escopo das ações da equipe do laboratório. A média de pu-blicações completas (artigos e capítulos) do laboratório é de 6,6 publi-cações, enquanto a média de resumos e apresentações é de 20 por ano.

    Organização de eventos e divulgação de conhecimentos

    O LaPICC-USP tem atendido fielmente à demanda de oportunizara estudantes e profissionais o acesso aos dados e aos pesquisadores da área.Para tanto, a organização de eventos é outra ação diferenciada. O LaPICC-USP edita bienalmente a sua Jornada de erapias Cognitivo-Comporta-mentais (JoCC) em sua terceira edição. Além disso, neste ano, passa aeditar seu Simpósio Internacional de Pós-Graduação (SIPG-LaPICC), vi-sando atender a demanda direcionada apenas a pesquisadores e pós-gra-duandos. A equipe do laboratório também esteve envolvida na organizaçãode dois Workshops Internacionais da Federação Brasileira de erapias

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    Cognitivas (FBC) e na organização do IX Congresso Brasileiro de

    erapias Cognitivas (CBC-FBC). Além do foco na organização e napromoção de eventos, o LaPICC-USP tem se dedicado à divulgação epopularização da área a partir de recursos digitais. O site do LaPICC-USPdivulga as publicações e outras informações científicas de interesse da área;além disso, tais informações também são divulgadas nas mídias sociais.

    Desafios e perspectivas

     A maior dificuldade enfrentada pelo LaPICC-USP é sua juven-tude. Em apenas cinco anos de existência, já conta com um volumesignificativo de horas de atendimento, pessoas atendidas e profissionaisformados em algum dos níveis disponíveis. Esta juventude traz vigor, massofre em experiência e estrutura. Além disso, sem contar com espaços pró-prios de atendimento, os serviços funcionam em diversos locais, o quemuitas vezes dificulta a criação de uma identidade de equipe.

    O tamanho de sua equipe é outro ponto que inspira cuidado.Por se tratar do único serviço nesta abordagem no Departamento dePsicologia, tornou-se muito procurado, gerando um aumento grada-tivo em sua equipe e nas opções de intervenções. Além disso, sistema-ticamente o laboratório tem sido procurado por estudantes de outrasUniversidades, bem como por profissionais interessados na área. aisdemandas tem sido atendidas dentro do possível, no entanto, com a

    equipe maior, a coordenação torna-se mais difícil e o controle de qua-lidade também acaba sendo mais um desafio.Outro desafio é o investimento de tempo e de recursos humanos

    e materiais necessários para se trabalhar com pesquisas de intervençãoou intervenções geradoras de pesquisas. odas as atividades do LaPICC-USP geram bancos de dados para fins de avaliação e de produção deconhecimento. Isso significa dizer que anualmente uma grande infraes-trutura de avaliação e tabulação de dados é necessária, visando tanto àprodução de trabalhos de pós-graduação quanto de iniciação científicae de relatos de intervenções.

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     Adicionalmente, o trabalho em equipe é outro ponto crucial, pois

    diferentes atividades podem se integrar gerando uma relação de interde-pendência entre diferentes programas. As intervenções com pais, porexemplo, se relacionam e precisam se comunicar com as intervençõesindividuais das crianças. Os projetos para promoção de saúde na escolatambém acabam por sobrepor suas avaliações, necessitando de uma co-municação afinada e um verdadeiro trabalho em equipe. Os integrantesdo LaPICC-USP adquirem, assim, experiências em diferentes frentes epassam a perceber os fenômenos que podem parecer circunscritos a uma

    complexa teia de variáveis. No entanto, tal complexidade cobra seu pre-ço de dedicação e de trabalho nem sempre fácil de coordenar.

    Finalizando este capítulo, fica a certeza de que o LaPICC-USP éum laboratório jovem e, como tal, ainda tem muito para investir emprocessos e em estruturação. Os dados quantitativos como os númerosde atendimentos realizados, terapeutas supervisionados e supervisoresem formação indicam que já há uma história a ser contada. Resta, no

    entanto, o maior desafio – a dimensão qualitativa do que tais inter-venções e processos de formação produziram em todos os envolvidos:terapeutas, pacientes, supervisores e pesquisadores. Estes dados deman-dam a passagem do tempo, para que, após sedimentar-se a aprendi-zagem, os atores do processo possam avaliá-lo de uma perspectiva no-va, a perspectiva de quais valores foram agregados e quais aspectos fo-ram efetivamente relevantes no decorrer do percurso.

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