Cap VI - Gerenciamento de Crise[1]

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    CAPÍTULO VI

    GERENCIAMENTO DE CRISE

    1. CONSIDERAÇÕES GERAIS A complexidade do assunto Gerenciamento de Crise exige a perfeita

    compreensão dos princípios doutrinários e definições que serão de grandevalia no dimensionamento do tema para as Op GLO.

    a. efinição de Crise!m evento ou situação crucial" que exige uma resposta especial das

    tropas de GLO" a fim de assegurar uma solução aceitável. Alguns exemplos# Ocupações ilegais de terra" Catástrofes" Atos de

    $errorismo" %uicidas" &arginal armado com ou sem ref'm" (e)elião em*sta)elecimento +risional" %eq,estros" entre outras em que -aaameaça de vida.). Características da Crise

    / 0mprevisi)ilidade1/ +rem2ncia de tempo1/ Ameaça de vida1/ 3ecessidade de postura organi4acional não rotineira 5%urpresa61/ +laneamento analítico especial1 e/ Considerações legais especiais.essas características" ' importante salientar que" a ameaa !e

    "#!a configura/se como componente da crise" mesmo quando a vidaem risco ' a do pr7prio indivíduo causador da crise. Assim" por exemplo" se algu'm ameaça se ogar de um pr'dio" )uscando suicidar/se" essa situação ' caracteri4ada como uma crise" ainda que inexistamoutras vidas em perigo.

     A necessidade de uma postura or$a%#&a'#o%a( %)o rot#%e#ra '" detodas as características essenciais" aquela que talve4 cause maiorestranstornos ao processo de gerenciamento de crises. Contudo" ' a8nica cuos efeitos podem ser minimi4ados" graças a um preparo e aum treinamento pr'vio da organi4ação para o enfrentamento deeventos críticos 5ga)inete de crise6.

    %o)re a necessidade de um p(a%e*ame%to a%a(+t#'o espe'#a(  'importante salientar que a análise e o planeamento durante odesenrolar de uma crise são consideravelmente preudicados por fatores como a insufici2ncia de informações so)re o evento crítico" aintervenção da mídia e o tumulto de massa geralmente causado por situações dessa nature4ac. Gerenciamento de Crise

    9 o processo met7dico de identificação" o)tenção e aplicação dosrecursos necessários : antecipação" prevenção e resolução de umacrise.

    O Gerenciamento de Crise ' um processo met7dico" racional e

    analítico de resolver pro)lemas )aseados em pro)a)ilidades depossível concreti4ação.

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    $rata/se de um processo que deve ser aplicado" so) estremaprem2ncia de tempo" envolvendo os mais complexos pro)lemassociais" econ;micos" políticos" e ideol7gicos da -umanidade" nosmomentos mais perigosos de sua evolução" isto '" ,ua%!o e(es sema%#-estam em termos !es'r#t#"os.

    O Gerenciamento de Crise não ' um processo exato" uma panac'iacom um desfec-o rápido e fácil de solução de pro)lemas" pois cadacrise apresenta características 8nicas" exigindo" portanto" soluçõespersonali4adas" que demandam uma criteriosa análise factual.d. O)etivos idas1 e?6 Aplicar a Lei.

    *sses dois o)etivos estão enumerados numa ordemrigorosamente axiol7gica. 0sto significa que a preservação de vidasdeve estar" para os responsáveis pelo gerenciamento de uma crise"

    acima da pr7pria aplicação da lei. * dentre as vidas a serempreservadas" as das pessoas inocentes tem a)soluta prioridade.

    *m alguns casos" optando por preservar vidas inocentes" mesmoquando isso contri)ua para uma moment@nea fuga ou vit7ria doselementos causadores da crise" os responsáveis pelogerenciamento da crise podem adotar a lin-a de conduta maisadequada" em virtude de uma ulterior captura dos meliantes.

     A aplicação da lei pode esperar por alguns dias ou meses at'que seam presos os desencadeadores da crise" enquanto que asperdas de vida são irreversíveis.

    o equilí)rio dos dois o)etivos fundamentais do gerenciamentode crise pode resultar o 2xito da missão.

    e. Crit'rios de Ação+ara orientar o processo decis7rio durante o gerenciamento de uma

    crise são esta)elecidos os 'r#tr#os !e a)o.Cr#tr#os !e A)o são os referenciais que servem para nortear o

    tomador de decisão 5Comandante6" em qualquer evento crítico" quaisseam" a %e'ess#!a!e" a "a(#!a!e !o r#s'o e a a'e#ta/#(#!a!e.

     A %e'ess#!a!e indica que toda e qualquer ação somente deve ser implementada quando for indispensável. %e não -ouver necessidadede se tomar determinada decisão" não se ustifica a sua adoção.

     A "a(#!a!e !o r#s'o preconi4a que toda e qualquer ação tem quelevar em conta se os riscos dela advindos são compensados pelosresultados.

     A a'e#ta/#(#!a!e  implica em que toda a ação deve ter respaldo(e$a(0 mora( e t#'o.

     A a'e#ta/#(#!a!e (e$a( significa que o ato deve estar amparado pelalei. A a'e#ta/#(#!a!e mora( que não devem ser tomadas decisões oupraticadas ações que esteam ao desamparo da moralidade e dos )onscostumes. A a'e#ta/#(#!a!e t#'a  di4 respeito ao responsável pelogerenciamento da crise tomar decisões ou exigir de seus su)ordinadosa prática de ações que não causem constrangimento interno na

    0nstituição. !m exemplo disso ' a troca de ref'ns por militares.

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    f. +rocesso de Gerenciamento de Crise propriamente dito=6 &edidas 0niciais de Controle e Condução da Crise

     A partir do momento em que ocorra a eclosão de uma crise"principia/se o processo de gerenciamento. &edidas de caráter imediato deverão ser adotadas logo nos primeiros instantes" a fim de

    favorecer o posterior controle e a pr7pria condução do evento# 'o%ter a 'r#se2 #so(ar o po%to 'r+t#'o2 e #%#'#ar as %e$o'#a3es.

     A ação de 'o%ter  uma crise consiste em evitar que ela se alastre"isto '" impedir que os invasores ampliem a área so) seu controle"seq,estradores aumentem o n8mero de ref'ns" marginais conquistemposições mais seguras ou mel-or guarnecidas" ten-am acesso a maisarmamento" etc.

     A ação de #so(ar  a área de crise" que se desenvolve praticamenteao mesmo tempo que a de conter a crise" consiste em estremar o

    local da ocorr2ncia interrompendo todo e qualquer contexto doscausadores da crise com o exterior. *ssa ação tem como principalo)etivo o)ter o total controle da situação pelos responsáveis dogerenciamento" que passa a ser o 8nico veículo de comunicaçãoentre os protagonistas do evento e o mundo exterior.

    O isolamento da área materiali4a/se pela implantação dosper+metros !e se$ura%a" que são#

    Per+metro #%ter%o  Cordão de isolamento que circunda a áreade crise1 seu interior" somente devem permanecer os causadores dacrise" ref'ns se -ouver e militares especialmente designados.

    Per+metro E4ter%o  Cordão de isolamento entre o perímetrointerno e o p8)lico" local onde deve ser instalado o +osto deComando do ga)inete de crise.

    O p8)lico" mídia" demais militares e autoridades" não envolvidosno gerenciamento da crise" devem permanecer fora dos perímetros.

    g. %oluções para %ituações de Crise+ara solucionar uma situação de crise" onde o o)etivo ' diminuir os

    riscos de vida para todas as partes envolvidas" em prioridade os#%o'e%tes" m#(#tares  e os 'ausa!ores !a 'r#se" deve/se seguir"

    ordenadamente" as seguintes a(ter%at#"as t5t#'as#16 Ne$o'#a)o2

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    +erímetro interno

    +erímetro externo

    Local da Crise

    +osto de Comando

    +8)lico em Geral

    0mprensa

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    76 Armas e Mu%#3es N)oLeta#s86 Empre$o !e At#ra!or !e E(#te 9S%#per6:6 Uso !a -ora 9Compa%;#a

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    táticas para solução de uma crise. Buase na totalidade das ocorr2ncias" otransgressor da lei fa4 o ref'm de forma ocasional" ou sea" ao ser perce)ido durante sua ação criminosa" e ter sua fuga frustrada" temendo oconfronto com a

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    O negociador atuará no curso do gerenciamento de crise tr2smaneiras#

    / atrav's da 'o(eta !e #%-orma3es" durante as negociações1/ atrav's da utili4ação de t'%#'as !e %e$o'#a)o ,ue ot#m#&em a

    e-et#"#!a!e !o r#s'o de uma ação com uso da força1 e

    / pelo uso de t'%#'as !e %e$o'#a)o espe'+-#'as" como parte deuma ação coordenada.=6 Coleta de informações

    O prop7sito da coleta de informações ' ustamente sa)er acondição mental dos delinq,entes" do estado de espírito e dapersonalidade dos elementos causadores da crise. 0nformações so)reo verdadeiro n8mero de )andidos e de ref'ns" armas" exig2ncias" ese -averá soltura dos ref'ns. %e o indivíduo conseguir tra)al-ar coma condição de ref'm locali4ado" o)ter dados de impressões digitaisimpressos nos recipientes com água" comida" rem'dios" aproximaçãodo ponto crítico feita para dialogar ou fa4er entrega" possi)ilita uma

    o)servação mais pr7xima e mais detal-ada do interior do pontocrítico" para orientação ao grupo tático" reali4ação de fotografias oucoleta de imagens" etc.

    ?6 $'cnicas de negociação para otimi4ar a efetividade do risco%ão t'cnicas que o negociador utili4a com a finalidade de tornar 

    menos arriscada a ação tática a ser porventura desencadeada pelogrupo tático" atrav's de#

    / inventar -ist7rias de co)ertura para ustificar aos causadores decrise algum ruído ou movimento estran-o causado pelos preparativosdo uso de força1

    / gan-ar tempo" atrav's de conversas prolongadas com oscausadores da crise" possi)ilitando um mel-or amadurecimento dasdecisões do uso de força1 e

    / desenvolver um estreito relacionamento com os mesmos" paratorná/los mais receptivos :s id'ias" sugestões e propostas dosresponsáveis pelo gerenciamento da crise.

    6 $'cnica de negociação como parte de uma ação coordenada%ão t'cnicas que o negociador pode utili4ar para apoiar 

    diretamente uma ação de emprego da força#/ conseguir o ingresso de pessoas no ponto crítico" so) o pretexto

    de fa4er entrega" de prestar socorro m'dico" de reali4ar reparos em

    instalações1/ identificar o líder ou o tomador de decisões" esta)elecer alocali4ação e mant2/lo distraído numa conversa" no momento crucialdo avanço das tropas especiali4adas 5OC ou +el Ações $áticas61

    / arranar tarefas para ocupar os causadores da crise" locali4ando/os em posições onde representem menor ameaça aos ref'ns" ouonde se tomem menos capa4es de o)struir uma missão de resgate oudesapropriação de terra1

    / fa4er com que os ref'ns ou inocentes envolvidos no local decrise possam estar em posições de menor perigo" ou onde o socorrosea mais viável" no momento do emprego da força1

    / possi)ilitar a aproximação de um veículo ou de outro o)eto" quefacilite a ação dos atiradores de elite 5%niper61 e

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    / fa4er concessões importantes aos causadores da crise" levando/os a acreditar que estão o)tendo 2xito" o que resultará numa quedanatural do estado de alerta e das defesas psíquicas" para que seamapan-ados desprevenidos.

    d. *strutura e Logística Dásicas para uma *quipe de 3egociação

     A função de negociador" al'm das -a)ilidades inatas e docon-ecimento t'cnico" exige grande concentração no transcorrer de umacrise.

     As negociações podem ser longas" tensas e" conseq,entemente"desgastantes. Al'm do cansaço físico pode ocorrer o cansaço mental e"assim" a redução do desempen-o do negociador. essa forma" 'fundamental que o negociador não atue so4in-o" mas unto a uma equipe.

    !ma sugestão para a *quipe de 3egociação '#=6 3egociador principal#

    a6 falar com o sueito1 e)6 adquirir informações.

    ?6 3egociador secundário#a6 escutar as negociações1)6 anotar dados da negociação1c6 sugerir pontos de a)ordagem de conversação para o negociador 

    principal1d6 proporcionar apoio moral ao negociador principal1 ee6 estar disposto e apto para su)stituir o negociador principal.

    6 Auxiliar de informação e logísticaa6 anotar e investigar informações oportunas1)6 gerenciar os recursos materiais para fotografar" filmar e dotar o

    negociador de materiais durante a negociação1 ec6 logística# caneta e papel" gravadores" filmadoras e microc@meras"

    megafone" lanternas" coletes )alísticos e roupa para mau tempo.e. (egras de 3egociação

    (egras )ásicas" de caráter eminentemente empírico" etradicionalmente o)servadas pelos principais 7rgãos de segurança domundo" no desempen-o de missões de negociação" são as citadas aseguir#

    =6 *sta)ili4e e conten-a a situaçãoO negociador tem um papel decisivo na esta)ili4ação da crise"

    devendo empen-ar/se no arrefecimento do @nimo dos causadores da

    crise" procurando l-es dar a sensação psicol7gica de que t2m ocontrole da situação. 0sso evita viol2ncias desnecessárias contra osref'ns" quase sempre causadas pela falta de domínio da situaçãoexperimentada pelos causadores nos primeiros momentos da crise.

    ?6 *scol-a a ocasião correta para fa4er contatoeve/se aguardar o momento pr7prio para o início das

    negociações" quase sempre resultado de uma iniciativa dos pr7prioscausadores da crise.

    6 +rocure gan-ar tempoBuanto mais prolongada for uma crise" mais amadurecido ficará o

    processo decis7rio" evitando/se soluções precipitadas e que

    representam perigo para os ref'ns ou inocentes envolvidos na crise.

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    E6 eixe o causador da crise falar1 ' mais importante ser um )omouvinte que um )om conversador 

    !m )om negociador ' um )om ouvinte.9 muito mais importante deixar o transgressor falar" porque isso

    não somente auda a redu4ir seu estado de ansiedade" como o propicia

    a revelar fatos e dados que podem ser preciosos elementos deinformação. Al'm disso" enquanto o indivíduo fala" o negociador está

    gan-ando tempo e evitando que o mesmo fique fa4endo coisasindeseáveis" como molestar os ref'ns.

    F6 3ão ofereça nada ao causador da crise*m)ora possa parecer um gesto de )oa vontade" isso preudica as

    negociações" pois coloca as autoridades numa situação psicol7gica deinferioridade perante o transgressor" dando/l-e a falsa impressão deque elas estão dispostas a ceder a tudo para que ele solte os ref'ns" seentregue ou saia da área invadida.

    3essa recomendação está" evidentemente" su)entendida aprodigalidade no atendimento de qualquer exig2ncia. Assim" por exemplo" se o transgressor pede um maço de cigarros" não se deveentregar/l-e logo um pacote com de4 maços. %e pede um pouco dáguapara )e)er" não se vai entregando/l-e" de cara" um garrafão c-eio" comcinco ou de4 litros. *ssa tática ' muito importante porque cadaaproximação do ponto crítico corresponde a uma oportunidade delevantamento da situação existente no seu interior.

    H6 *vite dirigir sua atenção :s vítimas com muita freq,2ncia e não asc-ame de ref'ns

     Ao dirigir" com muita freq,2ncia" sua atenção para as vítimas" onegociador poderá fa4er com que os causadores da crise acreditem ter mais poder em mãos do que realmente o t2m. 3essas condições" apalavra ref'ns deve ser considerada como um ta)u e" ao se referir :quelas pessoas" nas conversações com os causadores da crise" onegociador deve utili4ar expressões euf2micas# as pessoas que estãocom voc2" os funcionários do )anco" os -omens" mul-eres" criançasque estão aí" etc.

    I6 %ea tão -onesto quanto possível e evite truques A confiança m8tua entre os causadores da crise e o negociador '

    fundamental para o 2xito da negociação. +ara que essa confiança se

    esta)eleça" o negociador deve" desde os primeiros contatos com otransgressor" esta)elecer um clima de -armonia e sinceridade entream)os.

    %e" porventura" o infrator desconfiar que o negociador estámentindo ou procurando enganá/lo" as negociações se tornarãopraticamente inviáveis" -avendo" com isso" um aumento de risco paraos ref'ns" que poderão sofrer represálias dos transgressores" que"agindo dessa maneira" procurarão mostrar que não estão ali para)rincadeiras. %e o negociador cair no descr'dito dos causadores dacrise" deve ser su)stituído em definitivo.

    J6 3unca deixe de atender qualquer exig2ncia" por menor que sea

    O indivíduo causador da crise está so) forte tensão emocional.Coisas que são triviais ou insignificantes para quem está do lado de

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    fora do ponto crítico podem ser de vital import@ncia para ele.Conseq,entemente" solicitações como cigarros" água" papel

    -igi2nico" ou qualquer outra coisa semel-ante não custam ser atendidas e servem para manutenção do )om relacionamento com onegociador" al'm de serem um )om pretexto para se gan-ar tempo.

    K6 3unca diga não+or mais a)surda ou exagerada que sea uma exig2ncia doelemento causador da crise" o negociador nunca deve responder não.*ssa resposta seca e direta pode provocar uma reação violenta doindivíduo" existindo inclusive registros de casos em que osnegociadores" ap7s proferirem a negativa" rece)eram" como represália"tiros nas pernas ou at' mesmo fatais.

    *ssa regra" contudo" não significa que o negociador vá di4er sim.3egociar não ' capitular. O negociador pode perfeitamente responder que entendeu e anotou a exig2ncia e que irá repassá/la para os demaiso Cmdo para sa)er o que eles decidirão.

    *ssa tática demonstrará a )oa vontade do negociador" que poderáat' ser visto pelos )andidos como seu intercessor unto :s demaisautoridades.

    =M6 +rocure evitar a linguagem negativa A linguagem tem por o)etivo a comunicação entre os seres

    -umanos" portanto" quanto mais precisa for" mel-or será o resultado denossa comunicação. O que ' a palavra %)oN !ma a)stração. O não"por si s7" não di4 nada" logo o c're)ro se fixa no que vem depois donão. O uso de uma linguagem negativa provoca o comportamento quese quer evitar. O foco de uma campan-a deve estar no o)etivo a ser alcançado e colocado em linguagem afirmativa.

    +alavras como Nu%'aF0 e"#teF e  outras %e$at#"as"  t2m omesmo efeito de %)o.

     Alguns exemplos para a ação#Em "e& !e USE

    3ão pense em... +ense em...3ão se preocupe.

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    =?6 3unca esta)eleça um pra4o final e procure não aceitar umO  negociador não deve prometer que as exig2ncias ou pedidos

    serão atendidas dentro de determinado limite de tempo. +or exemplo#que a garrafa dágua será entregue dentro de  de4 minutos.

    *ssa fixação de pra4o oferece duas desvantagens#

    / a primeira ' que se" por qualquer ra4ão" o pra4o não vier a ser atendido" isso poderá causar desconfiança do infrator na palavra donegociador.

    / a segunda ' que" ao esta)elecer ou aceitar um pra4o final" onegociador está traindo um dos o)etivos da negociação que ' $a%;ar tempo.

    =6 3ão faça sugestões alternativas%e determinada exig2ncia não for possível de ser atendida" o

    negociador não deve fa4er uma sugestão alternativa" salvo se ela tiver a anu2ncia do responsável pelo gerenciamento da crise.

    $al cautela evita que o transgressor ten-a uma imagem do

    negociador como algu'm inteiramente impotente ou irresponsável.Buem oferece alternativas ' porque tem condições de atend2/las.

    =E6 3ão envolva não/militares no processo de negociação A negociação" como integrante do processo de gerenciamento de

    crises" ' assunto militar" não sendo recomendável a interfer2ncia deterceiros.

    =F6 3ão permita qualquer troca de ref'ns" principalmente não troqueum negociador por ref'm

     A troca de ref'ns em nada contri)ui para a solução definitiva dacrise" acarretando s'rios questionamentos de ordem moral" al'm deproporcionar um aumento da tensão no interior do ponto crítico.

    =H6 *vite negociar cara a cara9 um risco que deve ser evitado" pois" al'm de não tra4er nen-um

    )enefício prático : negociação" expõe o negociador que" durante oscontatos com os causadores da crise" não deve portar a armaostensivamente.

    Os transgressores podem perfeitamente querer correr o risco decapturar o negociador para ter um trunfo mais valioso nas suasnegociações.

     Assim sendo" ' sempre aconsel-ável manter uma dist@ncia depelo menos de4 metros nos contatos com os elementos causadores da

    crise. O negociador não deve nunca ultrapassar essa marca"principalmente se estiver posicionado num mesmo plano de terreno queos transgressores ou não -ouver qualquer o)stáculo físico que osepare deles.

    8. ATIRADOR DE ELITE 9SNIPER6a. ist7rico

    urante a Guerra de %ecessão nos *!A" o Coronel de *x'rcito da!nião 0(A& D*(A& treinou especialmente um )atal-ão com fu4is%-arp" dotados de primárias lunetas telesc7picas" com o corpo em )ron4e.*sse )atal-ão rece)eu a informal alcun-a de P%-arps-ootersQ" cua

    tradução literal seria PAtiradores afiadosQ ou PAtiradores precisosQ" sendoque -á o registro de um dos seus integrantes" Calif7rnia Roe" que teria

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    a)atido um oficial confederado a uma dist@ncia de JMM ardas 5I="?Mmetros6 de seu posto de tiro.

    Com a =S Guerra &undial" os Alemães e 0ngleses tam)'mdesenvolveram unidades especiais de atiradores de precisão" mas o maior desenvolvimento desse tipo de ação" tiro de precisão a uma longa

    dist@ncia" se deu na ?S Guerra &undial" alcançando seu ponto alto durantea Guerra do >ietnam.3esse período" os mel-ores atiradores poderiam ser considerados

    os Raponeses" os quais eram treinados duramente em condições reais decom)ate" como )aixa luminosidade" clima adverso" longas -oras deimo)ilidade" alem de sofrer pressões psicol7gicas extremas por parte deseus Oficiais.

    ). A Origem da palavra %30+*( A origem do %niper se deu por um fato curioso# no período entre as

    duas grandes guerras mundiais" os americanos fa4iam seus treinamentosmilitares em grandes campos a)ertos e ao reali4arem o tiro" notavam o v;o

    rápido e irregular de uma pequena ave" c-amada PsnipeQ" que fugiaespantada. *ste pequeno pássaro era um grande freq,entador de lin-asde tiros" devido ao seu alimento preferido" uma planta gramínea" ser freq,ente naqueles lugares. Assim" muitos atiradores preferiam acertar otiro no pássaro em movimento" daí surgindo o apelido PsniperQ" ou sea"Paquele que se dedica aos pássaros snipesQ.

    c. Características de um %30+*(3ão ' suficiente que o militar sea um exímio atirador para ser um

    %niper. As -a)ilidades necessárias : qualificação do %niper" principalmenteo %niper em operações ur)anas" envolvem o)rigatoriamente" altíssimasdoses de paci2ncia e disciplina" intelig2ncia" vontade" confiança do grupo"não )e)er" fumar ou usar narc7ticos" possuir equilí)rio mental e emocional"ser calmo e ponderado" não ser susceptível a ansiedade e remorsos e tudoisso" aliado a um alto grau de discernimento" capacidade de ulgamento efinalmente" sueitar/se -ierarquicamente e disciplinadamente ao seuComandante de maneira inconteste.

    Complementam todos esses requisitos" um árduo e constantetreinamento e o aprimoramento do equipamento.

    Outra qualidade ' o compromisso com a função a ser exercida e acapacidade de assimilar o resultado de uma eventual interfer2ncia naação.

    +ortanto" talve4 nem mesmo o mel-or atirador do mundo possua ascaracterísticas necessárias ao desempen-o da estressante função de%niper.

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    &OA 5Pminute of angleQ minuto de @ngulo" ou a sexag'sima parte de umgrau radiano6. Alguns PexpertsQ conseguem c-egar a uma marca de M"F&OA" algo em torno de M"?F polegada 5H"F mm6 de desvio do centro doalvo.

    3o início" como á afirmado" as armas -a)itualmente utili4adas nos

    grupos de resgate eram fu4is de caça adaptados para este fim" mas nemsempre com o cali)re e precisão deseados.Com o aumento dos ataques terroristas e a escalada da viol2ncia

    em crimes envolvendo ref'ns" os fa)ricantes de armas começaram adesenvolver equipamentos adequados para o uso de %nipers.

    e. Cali)re e &uniçãoOs cali)res mais utili4ados são o .?? (emington" o .MJ Tinc-ester 

    e o .M/MH %pringfield.O cali)re .?? rem. 5F"FH mm6 tem a característica de possuir alta

    velocidade inicial e apresentar dados )alísticos semel-antes aos outrosdois" quanto : traet7ria nas =MM primeiras ardas 5K="EE metros6 e

    produ4indo uma energia a =MM ardas de =.M== li)rasUp's 5=.I=" =? oules6.%eu 8nico inconveniente por ser um pro'til leve ' o desvio de traet7ria e adeflexão caso atina algum o)stáculo.

    Os outros dois cali)res equivalem/se tanto em velocidade etraet7ria" sendo recomendados para tiros mais tensos" ou sea" em que-aa necessidade de um pro'til que produ4a maior energia e ten-a menor índice de deflexão ao encontrar o)stáculos.

     A id'ia de que as pontas

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    caracteri4á/lo como um ser violento e que extravase a sua agressividadedurante a ação. *m outras palavras" esse apoio deve amparar o militar ap7s a ingrata tarefa de neutrali4ar um indivíduo que está pondo em riscoa vida de uma ou mais pessoas.

    eve ainda" adquirir paralelamente aos condicionamentos físico e

    mental" profundos con-ecimentos de )alística" como a escol-a damunição" seu alcance" se a mesma ' adequada para a dist@ncia que emm'dia" irá atuar com )oa performance no encontro de o)stáculos comovidros" vegetação" anteparos" etc. *ste item ' muito importante pois" -á dese lem)rar que por mais potente que sea a munição" sempre -averádesvios" caso atina um dos o)stáculos acima descritos.

    g. O O)servador *ventual su)stituto do atirador" atua na segurança do %niper" fa4

    uma o)servação ampla do cenário" comunica/se por rádio. 9 o anotador das o)servações feitas1 confere a dist@ncia e supre as necessidades do%niper.

    !tili4a como equipamento# caneta" papel" )in7culo" luneta deespotagem" tel2metro laser" fu4il semi/automático" rádio" rel7gio etc.

    O o)servador tem de ter os con-ecimentos t'cnicos e táticos de um%niper.

    -.

  • 8/20/2019 Cap VI - Gerenciamento de Crise[1]

    14/14

    RESERVADO

    :. PELOT?O DE AÇÕES TTICASa. Generalidades

     A missão mais complexa de um +elotão de Ações $áticas será emsituações que envolvem ref'ns locali4ados" mas essa não constitui sua

    8nica atri)uição" esse +elotão especiali4ado deve ser utili4ado tam)'m emoutras missões" tais como# captura de transgressores -omi4iados emlocais de difícil acesso" nas ocorr2ncias envolvendo explosivos e ameaçasde )om)a" em escolta de presos de alta periculosidade e em todas asocorr2ncias ulgadas de alto risco.

    +ara isso ' necessário que o +elotão de Ações $áticas ten-atreinamento" armamento e equipamento diferenciado do resto da O&" eprincipalmente" uma criteriosa seleção dos -omens que irão integrar esse+elotão.

    ). %ugestão de organi4ação de um +elotão de Ações $áticas=6 Grupo de Comando

    ?6 $urma de Apoio de