41
capa azul escur 16.11.04 14:08 Page 1

capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

capa azul escur 16.11.04 14:08 Page 1

Page 2: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

MANUAL BÁSICO

REMUNERAÇÃO DOS AGENTESPOLÍTICOS MUNICIPAIS

Revisado e atualizado em julho de 2004

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 1

Page 3: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 2

Page 4: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

CONSELHEIROS

RENATO MARTINS COSTAPresidente

CLÁUDIO FERRAZ DE ALVARENGAVice-Presidente

ROBSON RIEDEL MARINHOCorregedor

ANTONIO ROQUE CITADINI

EDUARDO BITTENCOURT CARVALHO

EDGARD CAMARGO RODRIGUES

FULVIO JULIÃO BIAZZI

2004

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 3

Page 5: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

SUPERVISÃO

SÉRGIO CIQUERA ROSSISecretário-Diretor-Geral

COORDENAÇÃO

PEDRO ISSAMU TSURUDADiretor-Técnico do DSF - I

ALEXANDRE TEIXEIRA CARSOLADiretor-Técnico do DSF - II

ELABORAÇÃO

JULIO CESAR FERNANDES DA SILVAJULIO CESAR MACHADO

REVISÃO

ISABELA COELHO VIEIRAONÍCIO BARCO DE TOLEDO

ATUALIZAÇÃO

GUILHERME NASRI ALBERINEDiretor-Técnico

COLABORAÇÃO

JOSÉ ROBERTO F. LEÃOHERLY S. DE ANDRADE GALLI

APOIO GRÁFICO

PROJETO GRÁFICOEDSON LUIZ MODENA

CAPASOLANGE A. C. BRIANTI

EDITORAÇÃO GRÁFICAMARLI SANTOS DE JESUS

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 4

Page 6: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

APRESENTAÇÃO

Em 2001, o Tribunal de Contas editou uma cartilha sobre Remuneração dosAgentes Políticos Municipais, com a intenção de balizar os procedimentos dosPrefeitos, Vices, Vereadores e demais agentes políticos municipais nesse campo.

Menos de três anos depois, está editando versão atualizada, modernizada, como acréscimo de novas leis e novos entendimentos sobre a matéria. Uma das novasinserções é a interpretação sobre os efeitos da Emenda Constitucional 25; outra é adefinição, pela Emenda 41, do teto salarial. Do mesmo modo, estão aqui as regrasditadas pelo Tribunal Superior Eleitoral para se atingir, a partir das eleições de 2004,o número máximo de vereadores.

Este manual, pois, se apresenta como importante instrumento de trabalho paraos agentes políticos, assim como para os próprios auditores, dando-lhes suporte parao dia-a-dia. Com ele, o Tribunal de Contas dá mostras de que abraçou,definitivamente, a conduta de traçar rumos aos procedimentos dos agentes sob suajurisdição.

RENATO MARTINS COSTA

Presidente

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 5

Page 7: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 6

Page 8: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

ÍNDICE

1. CONCEITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 091.1 Agentes Políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 091.2 Remuneração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 091.3 Subsídio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

2. PRINCÍPIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.1 Autonomia do Município . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.2 Número de Vereadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.3 Anterioridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122.4 Não Vinculação à Receita de Impostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142.5 Irredutibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142.6 Teto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142.7 Princípios Gerais da Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

3. HISTÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153.1 Constituição Federal de 1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153.2 Emenda Constitucional n.º 1, de 31.3.92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163.3 Emenda Constitucional n.º 19, de 04.6.98 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

3.3.1 Deliberação TCA - 23.423/026/98 - DOE 13.8.98 . . . . . . . . . . . . . 183.4 Emenda Constitucional n.º 25, de 14.2.00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

3.4.1 Vigência da EC n.º 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.5 Lei Complementar n.º 101, de 4.5.00 – Lei de Responsabilidade Fiscal . 193.6 Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

4. REGRAS VIGENTES PARA A FIXAÇÃO E REVISÃO DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS MUNICIPAIS . . . . . . . . . . . . . . 214.1 Aspectos Formais e Temporais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214.2 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

4.2.1 Poder Executivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234.2.2 Poder Legislativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

5. FORMALIZAÇÃO DA DESPESA COM SUBSÍDIOS DOS AGENTESPOLÍTICOS MUNICIPAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.1 Fixação por meio de Instrumento Jurídico Adequado . . . . . . . . . . . . . . . 265.2 Previsão Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275.3 Execução Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275.4 Pagamento dos Subsídios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285.5 Publicação dos Subsídios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295.6 Acumulação de Cargos Públicos por Agentes Políticos Municipais . . . . . 305.7 Afastamentos, Licenças e Recessos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305.8 Verbas Rescisórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315.9 Sessões Extraordinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325.10 Verba de Representação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 325.11 Verba de Gabinete (Despesas sem Comprovação), ou Ajuda de Custo . . 34

6. SANÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO . . 34ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35NORMATIVOS DO TCE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 7

Page 9: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

iniciais 12737003 16.11.04 14:09 Page 8

Page 10: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

1. CONCEITOS

Os conceitos ora apresentados foram pesquisados na doutrina. As obras con-sultadas não trazem definições com o propósito de esclarecer especificamente oassunto abordado neste manual, qual seja, a remuneração dos agentes políticos, massim definições genéricas, aplicáveis a todos os ramos do Direito, fazendo-se neces-sárias pequenas adaptações visando o alcance de nossos objetivos.

1.1 Agentes Políticos

Para Hely Lopes Meirelles, “agentes políticos são os componentes doGoverno nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos oucomissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício deatribuições constitucionais” (grifos nossos).

Celso Antonio Bandeira de Mello adota um conceito mais restrito: “agentespolíticos são os titulares dos cargos estruturais à organização política do país,isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional doEstado e, portanto, o esquema fundamental do Poder. Sua função é a de forma-dores da vontade superior do Estado” (grifos nossos).

Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a idéia de agente político liga-se, indis-sociavelmente, à de governo e à de função política, a primeira dando idéia de órgãoe a segunda, de atividade.

Os vários doutrinadores relacionam uma série de cargos ou funções queentendem tratarem-se de agentes políticos. Buscando certo consenso, teríamos, nodireito brasileiro, os seguintes agentes políticos: Presidente da República,Governadores, Prefeitos e Vices, Auxiliares imediatos dos chefes do Executivo(Ministros e Secretários), Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores.

Cargos e funções essas que são reconhecidos como agentes políticos na pró-pria Constituição Federal, quando esta lhes determina a forma e limite de seus sub-sídios, em seu art. 39, § 4.º.

Por praticidade, doravante ao citarmos genericamente o termo “agentes polí-ticos” neste manual, estaremos nos referindo ao Prefeito, Vice-Prefeito, SecretáriosMunicipais, Presidentes de Câmaras e Vereadores, haja vista o âmbito municipaldeste manual.

1.2 Remuneração

Remuneração, em sentido amplo, exprime a recompensa, o pagamento ou aretribuição por serviços prestados.

Sua principal característica é o caráter de retribuição permanente e normal.

9.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 9

Page 11: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

1.3 Subsídio

Subsídio, na definição do Direito Constitucional, designa a remuneração,fixa e mensal, paga aos agentes políticos.

2. PRINCÍPIOS

2.1 Autonomia do Município

O artigo 18 da Constituição Federal dispõe sobre a organização político-admi-nistrativa da República Federativa do Brasil, que compreende: a União, os Estados, oDistrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição.

Autonomia e independência são sinônimos, consistindo na faculdade que pos-sui determinada pessoa ou instituição de traçar normas de sua conduta.

No entanto, a autonomia pode ser absoluta ou relativa. Absoluta, quando nãohá qualquer restrição que possa limitar a ação de quem a possui; neste caso, sinôni-mo de soberania, caracterizando a autonomia da Federação.

Já a autonomia dos Estados e dos Municípios se mostra relativa, entendendo-se uma autonomia administrativa, subordinada ao Poder soberano da Federação.

Dentro dessa linha de raciocínio, vê-se a autonomia municipal emanada dosincisos I e II do artigo 30 da Constituição Federal: “Compete aos Municípios: I. legis-lar sobre assuntos de interesse local; II. Suplementar a legislação federal e a esta-dual no que couber”.

Dessa forma, o Município pode legislar em assuntos de seu interesse e suple-mentar leis maiores, não podendo, todavia, contrariá-las.

2.2 Número de Vereadores

A quantidade de vereadores de um Município deve observar o disposto noinciso IV do artigo 29 da Constituição Federal, que determina os limites para osMunicípios, proporcionais à sua população:

a) mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um milhãode habitantes;

b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de maisde um milhão e menos de cinco milhões de habitantes;

c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cinqüenta e cinco nos Municípiosde mais de cinco milhões de habitantes.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...10 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 10

Page 12: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

NÚMERO DE HABITANTES NÚMERO DE VEREADORES

ATÉ 47.619 09 (NOVE)DE 47.620 ATÉ 95.238 10 (DEZ)DE 95.239 ATÉ 142.857 11 (ONZE)DE 142.858 ATÉ 190.476 12 (DOZE)DE 190.477 ATÉ 238.095 13 (TREZE)DE 238.096 ATÉ 285.714 14 (CATORZE)DE 285.715 ATÉ 333.333 15 (QUINZE)DE 333.334 ATÉ 380.952 16 (DEZESSEIS)DE 380.953 ATÉ 428.571 17 (DEZESSETE)DE 428.572 ATÉ 476.190 18 (DEZOITO)

Ao longo do tempo nada se falou sobre como processar o cálculo do númerode vereadores de um município.

Assim, era comum encontrarmos municípios com população aproximada decem mil habitantes com vinte e um vereadores, número que, respeitada a proporcio-nalidade aludida no dispositivo constitucional, seria para Municípios com populaçãode um milhão de habitantes.

O Ministério Público, por meio de seus promotores, levantou questionamen-tos sobre esses números, dando ensejo a decisões em primeira instância favoráveis àredução do número de vereadores em vários municípios. Aliás, em recente decisão(24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao RecursoExtraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contrao parágrafo único do artigo 6º da Lei Orgânica do Município de Mira Estrela quefixava o número de Vereadores para aquele Município.

Do voto do Relator do RE também constou uma tabela, para determinação donúmero de Vereadores, com base na interpretação dada pelo STF ao artigo 29 da CF;inicialmente, a decisão do Supremo atingiu somente o Município de Mira Estrela.Todavia, os critérios ali fixados pelo STF foram submetidos ao TSE - TribunalSuperior Eleitoral, que por meio da Resolução nº 21.072, de 02.04.04, determinouque a fixação do número de vereadores para as próximas eleições observará os cri-térios declarados pelo STF no julgamento do R.E. nº 197.917.

Tramitaram na Câmara dos Deputados e no Senado algumas propostas deEmenda Constitucional onde se pretendia dar uma nova composição ao número devereadores nas Câmaras Municipais de todo o País, que em 29.06.04 foram rejei-tadas pelo Senado, mantendo-se, portanto, a Resolução do TSE cuja tabela vere-mos a seguir:

11.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 11

Page 13: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...12 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

NÚMERO DE HABITANTES NÚMERO DE VEREADORES

DE 476.191 ATÉ 523.809 19 (DEZENOVE)DE 523.810 ATÉ 571.428 20 (VINTE)DE 571.429 ATÉ 1.000.000 21 (VINTE E UM)DE 1.000.001 ATÉ 1.121.952 33 (TRINTA E TRÊS)DE 1.121.953 ATÉ 1.243.903 34 (TRINTA E QUATRO)DE 1.243.904 ATÉ 1.365.854 35 (TRINTA E CINCO)DE 1.365.855 ATÉ 1.487.805 36 (TRINTA E SEIS)DE 1.487.806 ATÉ 1.609.756 37 (TRINTA E SETE)DE 1.609.757 ATÉ 1.731.707 38(TRINTA E OITO)DE 1.731.708 ATÉ 1.853.658 39 (TRINTA E NOVE)DE 1.853.659 ATÉ 1.975.609 40 (QUARENTA)DE 1.975.610 ATÉ 4.999.999 41 (QUARENTA E UM)DE 5.000.000 ATÉ 5.119.047 42 (QUARENTA E DOIS)DE 5.119.048 ATÉ 5.238.094 43 (QUARENTA E TRÊS)DE 5.238.095 ATÉ 5.357.141 44 (QUARENTA E QUATRO)DE 5.357.142 ATÉ 5.476.188 45 (QUARENTA E CINCO)DE 5.476.189 ATÉ 5.595.235 46 (QUARENTA E SEIS)DE 5.595.236 ATÉ 5.714.282 47 (QUARENTA E SETE)DE 5.714.283 ATÉ 5.833.329 48 (QUARENTA E OITO)DE 5.833.330 ATÉ 5.952.376 49 (QUARENTA E NOVE)DE 5.952.377 ATÉ 6.071.423 50 (CINQÜENTA)DE 6.071.424 ATÉ 6.190.470 51 (CINQÜENTA E UM)DE 6.190.471 ATÉ 6.309.517 52 (CINQÜENTA E DOIS)DE 6.309.518 ATÉ 6.428.564 53 (CINQÜENTA E TRÊS)DE 6.428.565 ATÉ 6.547.611 54 (CINQÜENTA E QUATRO)ACIMA DE 6.547.612 55 (CINQÜENTA E CINCO)

2.3 Anterioridade

O princípio da anterioridade está intrínseco no texto da Constituição Federalem vários de seus artigos, como o que estabelece que não há crime sem lei anteriorque o defina (art. 5º, XXXIX) ou o que veda a cobrança de tributos no mesmo exer-cício da publicação da lei que o estabeleceu ou majorou (art. 150, III, b).

Relativamente ao tema deste Manual, a Constituição Federal estabelece emseu art. 29 que o Município reger-se-á por lei orgânica ... atendidos os princípiosestabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguin-tes preceitos:

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 12

Page 14: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixa-dos por lei de iniciativa da Câmara Municipal, ...;

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas CâmarasMunicipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe estaConstituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica ...;

De forma inequívoca, até porque os referidos incisos apresentam-se seqüen-cialmente no artigo que regulamenta as atividades municipais, a CF estabelece aobrigatoriedade de fixação, obedecida a anterioridade (de uma legislatura para outra)apenas para os Vereadores; caso quisesse dispor da mesma obrigatoriedade para oPrefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais, teria insculpido no referido inciso V,referência similar àquela estabelecida no inciso VI.

O princípio da anterioridade para fixação da remuneração dos agentes políti-cos era prevalente antes das alterações impostas pelas EC 19 e 25; a primeira sim-plesmente retirou qualquer referência ao assunto do texto constitucional, enquanto asegunda alocou novamente a necessidade de fixação anterior, porém apenas para aVereança.

A justificativa recorrente para a aplicação da anterioridade na fixação daremuneração, dos agentes políticos é a de que, se tal não ocorresse, se estaria legis-lando em causa própria, concedendo-se incrementos de remuneração para si próprio,o que afetaria por rebote mais uma série de outros princípios (moralidade, impessoa-lidade, transparência etc.); assim, deveria ser efetuada a fixação antes do término deum mandato, para viger no seguinte.

No entanto, a fixação dos agentes políticos do Executivo decorre de lei de ini-ciativa da Câmara Municipal; não estabelecem tais agentes (Prefeito, Vice eSecretários Municipais) seus próprios subsídios, e mesmo a revisão geral anual asse-gurada pelo inciso X do art. 37 da CF, ainda que observada a iniciativa privativa doExecutivo, não prescinde da regra geral, discriminada neste próprio inciso, de que “aremuneração dos servidores públicos e os subsídios ... somente poderão ser fixadosou alterados por lei específica ...”, o que impõe o necessário processo legislativo, nãocabendo, portanto, a crítica de “legislar-se em causa própria”, já que tal processodepende de aprovação da Câmara Municipal.

Portanto os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos SecretáriosMunicipais podem ser fixados, em qualquer época, em moeda corrente, por lei de ini-ciativa da Câmara Municipal, observadas as demais disposições e limites constitu-cionais e infraconstitucionais, mas também, não menos importante, o que dispõe aLei Orgânica Local, a qual pode legislar sobre assuntos de interesse local e suple-mentar a legislação federal e a estadual no que couber (art. 30, I e II da CF). É bemverdade admitir-se que a fixação seja feita com base em percentual em relação ao quepode perceber o Deputado Estadual a título de subsídio, sem incidência sobre qual-

13.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 13

Page 15: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

quer outra parcela, o que à evidência não se confunde com o cálculo e percentual emrelação à receita municipal.

2.4 Não Vinculação à Receita de Impostos

O artigo 167 da Constituição, em seu inciso IV, veda a vinculação de impos-tos a órgão, fundo ou despesa, ressalvando apenas os casos de percentuais mínimosde aplicação na saúde e no ensino.

Portanto, a prática, outrora até comum, de se estabelecer a remuneração dosagentes políticos em percentuais da receita do município fere o dispositivo constitu-cional.

2.5 Irredutibilidade

O inciso XV do artigo 37 da Constituição Federal assegura que são irredutí-veis os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos, res-salvando as disposições dos incisos XI e XIV do mesmo artigo (limite máximo - teto- e acréscimos pecuniários), dos artigos 39, § 4º (subsídio em parcela única vedadoqualquer outro acréscimo) e dos artigos que trazem disposições de ordem tributária.

Por outro lado, a Constituição também define os limites máximos a seremobservados para a remuneração dos agentes políticos.

Destarte, quando da fixação, imperiosa se faz a observância de todos os limi-tes impostos, inclusive os impostos pela Lei Complementar n.º 101 (Lei deResponsabilidade Fiscal), pois sua previsibilidade também consta do texto de nossaCarta Magna, em seu artigo 169: “a despesa com pessoal ativo e inativo da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limitesestabelecidos em lei complementar”.

2.6 Teto

O “teto” é a figura de linguagem que corresponde ao limite superior, à maiorremuneração paga no âmbito da administração pública.

O teto para o funcionalismo público municipal, incluídos aqui os agentes polí-ticos, era, até a Emenda Constitucional nº 19, o valor recebido, em espécie, peloPrefeito Municipal.

O dispositivo constitucional teve sua redação alterada pela Emenda já citada,estabelecendo que o novo teto seria o subsídio pago, em espécie, aos Ministros doSupremo Tribunal Federal, a ser fixado em lei de iniciativa conjunta do Presidente da

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...14 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 14

Page 16: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

República, do Presidente da Câmara dos Deputados, do Presidente do Senado e doPresidente do Supremo Tribunal Federal (inciso XV do artigo 48), não colocada emprática por conta de Decisão administrativa do Supremo Tribunal Federal, que dis-pondo sobre assunto estabeleceu que “até que seja publicada tal lei, prevalecerá aredação válida até antes da entrada em vigor da Emenda 19”.

A Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, modificou oartigo 37, XI da Constituição Federal, mantendo a referência do teto aos detento-res de mandato eletivo e acrescentando o subsídio do Prefeito como limite nosmunicípios.

2.7 Princípios Gerais da Administração Pública

Além dos princípios e dos demais requisitos correlatos abordados nos subi-tens anteriores, todos os atos da Administração Pública devem, também, observar osprincípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência, con-sagrados no artigo 37 da CF, conjugados com os “Princípios Básicos daAdministração Pública”, entre os quais o da Razoabilidade, Proporcionalidade,Economicidade e Defesa do Interesse Público.

3. HISTÓRICO

Analisaremos a seguir a seqüência cronológica dos atos que consolidaram oformato contemporâneo da remuneração dos agentes políticos, partindo da promul-gação da Constituição de 1988, com ênfase especial às grandes mudanças advindasdas Emendas Constitucionais nº 19, de 4.6.98 e nº 25, de 14.2.00.

Os pontos mais importantes em cada período, a “fixação” e os “limites”,serão objeto de destaque, através de quadros demonstrativos que serão apresentadosao longo dos tópicos específicos.

3.1 Constituição Federal de 1988 - Texto Original

A Constituição Federal de 1988, em seu texto original, trazia determinaçõesexpressas sobre a remuneração dos agentes políticos municipais, que eram, à época,os Prefeitos, seus respectivos Vices e Vereadores. A remuneração de cada um delesdeveria ser fixada pela Câmara Municipal, em cada Legislatura para a subseqüente,consoante determinava o inciso V do artigo 29 da Constituição Federal.

Essa Constituição impunha, também, como limite a ser observado por todo ofuncionalismo municipal, o valor recebido, em espécie, pelo Prefeito Municipal(inciso XI do artigo 37 da CF.).

15.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 15

Page 17: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

3.2 Emenda Constitucional n.º 01, DE 31.3.92

Como o texto original da Constituição de 1988 não determinava expressa-mente os limites a serem observados na remuneração dos Vereadores (com exceçãodo valor recebido pelo Prefeito Municipal), a Emenda Constitucional nº 01 o fez,através da inclusão dos incisos VI e VII ao artigo 29 da CF.

A partir de então, a remuneração dos Vereadores deveria observar os limitesmáximos de 75% (setenta e cinco por cento) do valor estabelecido, em espécie, paraos Deputados Estaduais, e o correspondente a 5% (cinco por cento) da receita doMunicípio.

3.3 Emenda Constitucional n.º 19, de 4.6.98

A Emenda Constitucional nº 19, conhecida popularmente como a “Emenda daReforma Administrativa”, alterou significativamente vários pontos da Carta Magna.Trouxe como inovação a inclusão dos Secretários Municipais no rol dos agentes polí-ticos, cuja forma de remuneração já era contemplada no texto constitucional (incisoV do art. 29 da CF).

Inovou, também, ao instituir o subsídio, a ser fixado em parcela única, veda-do o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de repre-sentação ou outra espécie remuneratória (§ 4º do art. 39 da CF). Entre outras de suasdisposições, destacamos:

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...16 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

Forma de Fixação antes da EC 19 Limites antes da EC 19

Remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores fixadapela Câmara Municipal, em cadalegislatura, para a subseqüente;Para todo o funcionalismo (incluin-do os Vereadores), valor, em espé-cie, recebido pelo Prefeito Muni-cipal;

Para todo o funcionalismo (incluin-do os Vereadores), valor, em espé-cie, recebido pelo Prefeito Munici-pal;

Para a remuneração dos Verea-dores, máximo de 75% do valorrecebido, em espécie, pelosDeputados Estaduais, observado olimite do valor recebido peloPrefeito e as disposições de ordemtributária;

Para a remuneração dos Verea-dores, 5% da receita arrecadadapelo Município.

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 16

Page 18: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

• Estabelecimento de limite máximo (teto) a ser observado pelo funcionalis-mo público: o subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (incisoXI do art. 37 da CF).

• Obrigatoriedade de lei específica para a fixação e/ou alteração da remune-ração de servidores e subsídio especificado no § 4º do art. 39, assegurada arevisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

• Manutenção do limite de 75% (setenta e cinco por cento) do subsídio dosdeputados estaduais para os vereadores, porém, observando o disposto no §4º do art. 39 (subsídio em parcela única), no § 7º do artigo 57 (próximo item)e as disposições de ordem tributária.

• Vedação do pagamento de sessões extraordinárias aos membros doLegislativo, excetuando os casos de convocações extraordinárias para tratarde assuntos específicos, durante o recesso parlamentar, e, nestes casos,vedando o pagamento da parcela indenizatória em valor superior ao do sub-sídio mensal (§ 7º do art. 57 da CF.).

Com o intuito de dirimir as questões suscitadas, o Tribunal de Contas doEstado de São Paulo, levando em consideração o entendimento do Supremo TribunalFederal, posicionou-se por meio da Deliberação TCA nº 23.423/026/98, publicadano DOE de 13.8.98.

17.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

Forma de Fixação após a EC 19 Limites após a EC 19

Subsídios (em parcela única) doPrefeito, do Vice-Prefeito e dosSecretários Municipais fixados porlei de iniciativa da Câmara Municipal- CF art. 29, V;

Subsídio (em parcela única) dosVereadores, fixado por lei de iniciativada Câmara Municipal - CF art. 29, VI;

Para o funcionalismo como um to-do, o subsídio percebido, em es-pécie, pelos Ministros do SupremoTribunal Federal - CF art. 37, XI;

Para os Vereadores, 75% (setenta ecinco por cento) do subsídio dosDeputados Estaduais, observado odisposto no art. 39, § 4º (parcelaúnica), art. 57, § 7º (que trata doscasos possíveis para pagamentode sessões extraordinárias) e asdisposições de ordem tributária -CF art. 29, VI;

Para os Vereadores foi mantido olimite máximo de 5% (cinco porcento) da receita do município - CFart. 29, VII.

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 17

Page 19: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

3.3.1 Deliberação TCA n.º 23.423/026/98, DOE de 13.8.98

Em síntese, a Deliberação trouxe o entendimento de que não eram auto-apli-cáveis as normas contidas no inciso XI do art. 37 e artigo 39, § 4º da CF e que amodificação na sistemática remuneratória dos agentes políticos municipais somenteseria possível a contar da vigência da lei prevista no inciso XV do artigo 48 daConstituição Federal, tendo em conta que as vinculações decorrentes dependeriam daprévia fixação do subsídio considerado teto salarial.

3.4 Emenda Constitucional n.º 25, de 14.02.00

Foram trazidas pela Emenda em destaque profundas modificações, especial-mente quanto aos limites de remuneração dos vereadores.

• Quanto ao subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários, não houvequalquer alteração, permanecendo a redação da Emenda nº 19: subsídiosfixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dis-põem os artigos 37, XI (limite constitucional), 39, § 4º (subsídio em par-cela única vedados acréscimos) e as disposições de ordem tributária - art.29, V, da CF.

• Vereadores: a nova redação do inciso VI, do artigo 29, da CF trouxe, outravez , ao ordenamento jurídico a expressão “em cada legislatura para a sub-seqüente” e ainda escalonou o limite, que antes era de 75% do subsídio dosdeputados estaduais, em vários outros percentuais, proporcionais ao núme-ro de habitantes do Município.

• O limite de 5% da receita do Município para remuneração dos Vereadores,previsto no inciso VII do artigo 29, da CF, foi mantido.

• Inovou ao impor novos limites escalonados, conforme o número de habitan-tes do Município, para a despesa total do Legislativo (incluído o subsídiodos Vereadores e excluído o gasto com inativos), calculados sobre o soma-tório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º, do art. 153(IOF s/ ouro - ativo financeiro) e nos artigos 158 e 159 (que dispõem sobrea repartição dos tributos de competência da União e do Estado), efetiva-mente realizado no exercício anterior - art. 29-A, da CF.

• Outra inovação refere-se ao estabelecimento de mais um limite a ser obser-vado pelo Legislativo, que não poderá despender mais de 70% de sua recei-ta com folha de pagamento, incluído o gasto com subsídio de seus Verea-dores - art. 29-A, § 1º, da CF.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...18 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 18

Page 20: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

3.4.1 Vigência da Emenda Constitucional n.º 25

A Emenda nº 25 se diferenciou das demais, também, quanto à sua aplicabili-dade. Embora sua publicação date de 14.2.00, seu texto trouxe a determinação de queentraria em vigor apenas em 1.1.01.

O ano calendário de 2000 marcou o último ano de mandato dos eleitos nopleito de 1996, gerando a necessidade de se fixar os valores dos subsídios para aque-les que, eleitos pelo novo sufrágio, assumiriam em janeiro de 2001.

Surgiram, então, questões sobre como e quando realizar tais fixações. Naquase totalidade dos Municípios do Estado de São Paulo as fixações foram feitas res-peitando-se o princípio da anterioridade, já consagrado na Constituição Federal econstante também da redação da Emenda 25.

Em resposta à consulta formulada pela Câmara Municipal de Vinhedo - TC18.801/026/01, apreciada na sessão de 28/05/2003 do Tribunal Pleno e publicada noDOE de 04/06/2003, o TCE decidiu que as Leis que fixaram em 2000, os subsídiosdos Vereadores, já deveriam estar de acordo com os limites da EmendaConstitucional nº 25.

Determinou, ainda, que, caso o procedimento adotado não estivesse em con-sonância com o entendimento do Tribunal, a adequação dos subsídios aos limites daEmenda Constitucional nº 25 deve ser efetuada por meio de Ato da Mesa da CâmaraMunicipal, baixado para limitar o pagamento dos subsídios.

3.5 Lei Complementar n.º 101, de 04.05.2000 - “Lei de Responsabilidade Fiscal”

Novas disposições referentes aos limites de gastos com pessoal, incluídos aquios subsídios dos agentes políticos, também foram trazidos pela Lei deResponsabilidade Fiscal.

O artigo 20 da Lei, em seu inciso III, determina quais limites devem ser obser-vados na esfera municipal: máximo de 54% (cinqüenta e quatro por cento) da ReceitaCorrente Líquida do Município para o Executivo e máximo de 6% (seis por cento)da Receita Corrente Líquida do Município para o Legislativo, totalizando 60% (ses-senta por cento), o que já era o limite máximo para o Município poder gastar compessoal, apregoado pela revogada Lei Complementar nº 96, sucessora da LeiComplementar nº 82.

Ademais, visando resguardar um choque nas contas públicas logo nos pri-meiros exercícios subseqüentes à entrada em vigor dos novos regramentos, os legis-

19.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 19

Page 21: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

ladores ainda incluíram no texto legal, em seu artigo 71, um limite máximo de 10%(dez por cento) para crescimento dos gastos com pessoal, que foi observado até o tér-mino do terceiro exercício financeiro seguinte à entrada em vigor da Lei deResponsabilidade Fiscal.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...20 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

Subsídios (em parcelaúnica) do Prefeito, doVice-Prefeito e dos Se-cretários Municipais fi-xados por lei de iniciati-va da Câmara Municipal- CF art. 29, V;

Subsídio (em parcelaúnica) dos Vereadores,fixado pelas respectivasCâmaras Municipais,em cada legislaturapara a subseqüente, ob-servado o que dispõema CF, a Lei Orgânica e oslimites do mesmo inciso- CF art. 29, VI;

Para os Vereadores, limites escalonados, quevariam de 20% a 75% do subsídio dos DeputadosEstaduais, de acordo com o número de habitantesdo Município- CF art. 29, VI;

Para o total do gasto do Legislativo, incluído o sub-sídio dos Vereadores e excluídos gastos com inati-vos, limites escalonados que variam de 5 a 8% dareceita tributária e das transferências previstas noart. 153, § 5º (IOF s/ ouro - ativo financeiro) e nosarts. 158 e 159 (repartição tributária dos impostosde competência da União e dos Estados para oMunicípio), efetivamente realizado no exercícioanterior - CF art. 29 - A (incisos I a IV);

A Câmara não gastará mais de 70% (setenta porcento) de sua receita com folha de pagamento - CFart. 29-A, § 1º;

Para os Vereadores foi mantido o limite máximo de5% (cinco por cento) da receita do município - CFart. 29, VII;

Limite de 54% da Receita Corrente Líquida paragastos com pessoal para o Executivo (incluídos osagentes políticos) e de 6% da R.C.L. para gastoscom pessoal do Legislativo - Lei de Respon-sabilidade Fiscal - LC 101, art. 20, III;

Limite de 10% ao ano para acrescer os gastos compessoal, tanto para o Executivo como para oLegislativo, até o final do terceiro exercício finan-ceiro seguinte da entrada em vigor da Lei Fiscal -LRF, art. 71.(2003)

Para o funcionalismo como um todo, o subsídiopercebido, em espécie, pelos Ministros do Su-premo Tribunal Federal - CF art. 37, XI;

Fixação após Limites após a EC 25 e LRFa EC 25 e LRF

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 20

Page 22: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

21.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

3.6 Emenda Constitucional n.º 41, de 19.12.03

A Emenda Constitucional nº 41 modificou o artigo 37, XI da ConstituiçãoFederal, trazendo novamente ao ordenamento jurídico o limite para os municípios, dosubsídio do Prefeito.

Preencheu uma lacuna temporal ao estabelecer, em seu artigo 8º que, até afixação do valor de que trata o art. 37, XI, será considerado, para os fins do limite,o valor da maior remuneração atribuída por Lei, na data de publicação da Emenda aMinistro do Supremo Tribunal Federal, a título de vencimento, de representaçãomensal e da parcela recebida em razão de tempo de serviço.

4. REGRAS VIGENTES PARA A FIXAÇÃO E REVISÃODOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOSMUNICIPAIS

Uma vez estabelecidos os conceitos e princípios nos quais se baseia aremuneração dos agentes políticos, e tendo percorrido o seu trajeto histórico-constitucional, vêem-se as seguintes regras aplicáveis à fixação. Revisão e limitesda remuneração.

4.1 Aspectos Formais e Temporais

De acordo com o art. 39, § 4º da CF., os agentes políticos serão remunerados,exclusivamente, por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo dequalquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou qualqueroutra espécie remuneratória, o que permite doravante nos referir à remuneraçãodos agentes políticos meramente como “SUBSÍDIOS”.

Subsídio (em parcelaúnica) do Prefeito, doVice-Prefeito e dos Se-cretários Municipais fi-xados por Lei de iniciati-va da Câmara Municipal- CF art. 29, V.

Vereadores - idem qua-dro da folha 20.

Idem quadro da folha 20.

Para o Prefeito o subsídio mensal, em espécie, dosMinistros do Supremo Tribunal Federal e para ofuncionalismo como um todo, o subsídio doPrefeito.

Fixação após Limites após a EC 41a EC 41

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 21

Page 23: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

O subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipaisem cada legislatura para a subseqüente, de acordo com o art. 29, VI, da CF.

Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais (oucargo congênere) serão fixados em parcela única, por lei de iniciativa da CâmaraMunicipal, consoante determina o art. 29, V, da CF.

Observe-se que o texto constitucional, ao contrário de quando se refere aosVereadores, não especifica a época em que deve ocorrer a fixação dos subsídios dosagentes políticos do Poder Executivo, nem o período para o qual deve vigorar, ape-nas determina que tal fato ocorrerá através de lei de iniciativa do Legislativo.

Haja vista a similaridade formal com a fixação dos subsídios dos Vereadores(efetuada sempre através de lei de iniciativa do Legislativo), os subsídios do Prefeito,Vice-Prefeito e Secretários Municipais podem ser fixados por lei promulgada atéantes das eleições municipais, ou seja, no mesmo prazo estabelecido para a promul-gação da Lei de Fixação dos subsídios dos Vereadores.

Mesmo fixados os subsídios para o quadriênio, isto não significa que essesvalores obrigatoriamente permanecerão imutáveis. A própria CF assegura, através doseu art. 37, X, revisão geral anual à remuneração dos servidores públicos e aos sub-sídios dos agentes políticos, sempre na mesma data, e sem distinção de índices,desde que alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso.A revisão geral anual não corresponde a qualquer majoração, que se sabe está veda-da durante toda a legislatura, em respeito ao princípio da anterioridade.

Tal revisão, por decorrer de lei específica de iniciativa privativa, possibilita acada Poder, Legislativo ou Executivo, estabelecer os índices de revisão dos subsídiosde seus agentes políticos e das remunerações dos servidores circunscritos à sua esferade responsabilidade administrativa, assegurando a adequação daqueles índices aosparâmetros legalmente estabelecidos e privilegiando a independência entre os Poderes.

Isto significa, na prática, que os Poderes podem oferecer diferentes propostas derevisão anual de subsídios e remunerações, dependendo do enquadramento doLegislativo ou do Executivo em relação aos diversos limites legais estabelecidos, desdeos constitucionais, até aqueles determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Significa, também, que a proposição de revisão geral anual dos subsídios dosagentes políticos encontra-se atrelada à revisão da remuneração dos servidores per-tencentes àquele Poder, a qual deverá ocorrer na mesma data e com os mesmos índi-ces, com os conseqüentes impactos em relação aos limitadores legais de despesascom pessoal.

4.2 Limites

Entre as demais exigências legais a serem observadas quanto às futuras fixa-ções dos subsídios dos agentes políticos municipais, primordial importância cabe

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...22 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 22

Page 24: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

ao correto balizamento dos valores fixados em contraposição aos diversos limitesestabelecidos pela Constituição Federal e pela LC 101/00 (Lei de ResponsabilidadeFiscal).

Apresentaremos as limitações impostas aos subsídios dos agentes políticosmunicipais, de forma analítica, por espécie de Poder, Executivo e Legislativo, visan-do desta forma melhor entendimento, haja vista as suas especificidades.

Relembramos que existe um limite superior geral - teto - estabelecido para afixação do subsídio do agente político, qual seja, aquele recebido pelos Ministros doSupremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite nos municípios o subsídio doPrefeito.

4.2.1 Poder Executivo

Afora o referido teto constitucional, os subsídios dos agentes políticos doExecutivo são também considerados como despesas de pessoal, as quais estão limi-tadas a 54% da Receita Corrente Líquida do Município, na forma do art. 20, III,b, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00).

4.2.2 Poder Legislativo

Os limites para os subsídios dos Vereadores, impostos pela EmendaConstitucional nº 25, os quais estão em vigor desde o início do exercício de 2001,devem ser aplicados concomitantemente a todos os demais limites constitucio-nais e infra-constitucionais estabelecidos ao Poder Legislativo.

O inciso VI do art. 29, da CF determina que os subsídios dos Vereadores obe-deçam aos seguintes limites percentuais máximos em relação aos subsídios dosDeputados Estaduais, limites estes estabelecidos proporcionalmente ao númerode habitantes do município:

23.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

SUBSÍDIO DE VEREADOR

NÚMERO DE LIMITE MÁXIMO EM

HABITANTES DO RELAÇÃO AO SUBSÍDIO DOS

MUNICÍPIO DEPUTADOS ESTADUAIS

Até 10.000 20%De 10.001 a 50.000 30%De 50.001 a 100.000 40%De 100.001 a 300.000 50%De 300.001 a 500.000 60%Mais de 500.000 75%

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 23

Page 25: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

Do total recebido pelos Deputados Estaduais deve-se expurgar os adicio-nais que porventura vierem a receber, como por exemplo, as ajudas de custonormalmente recebidas em fevereiro e dezembro de cada ano, ou seja, a vincu-lação deve ter como base, exclusivamente, a parcela relativa ao subsídio.

Os subsídios dos Presidentes de Câmara submetem-se aos mesmos limitesimpostos aos subsídios dos Vereadores, já que a Constituição Federal não faz distin-ção entre eles.

No entanto, um esclarecimento deve ser feito: a diferenciação do subsídio doPresidente de Câmara dos subsídios dos demais Vereadores não é regra. Ele pode,sim, ser diferenciado, porém, desde que sempre respeitados, dentre outros, os limitesda Emenda nº 25.

Entretanto, mesmo observados esses limites para a fixação dos subsídios decada Vereador, é necessário o atendimento de alguns limitadores globais às despe-sas do Poder Legislativo.

O primeiro, estabelecido pelo art. 29, VII da CF, limita o total da despesacom a remuneração dos vereadores ao montante de 5% (cinco por cento) dareceita do município; tal inciso, inserido pela EC 1/92, não estabelece o período decomparação entre a despesa e a receita, nem especifica a espécie da receita em ques-tão (tributária, corrente líquida etc).

Como os subsídios dos Vereadores são pagos a cada mês, a aferição desselimite deve ser efetuada também mensalmente, visando-se evitar o acúmulo de valo-res eventualmente pagos a maior durante o exercício, com a sua restituição ocorren-do apenas ao final do ano.

Quanto à forma de composição da receita, entendemos que possa ser consi-derada como receita municipal, a receita corrente líquida calculada na forma do inci-so IV do artigo 2º da Lei Complementar nº 101, de 04.05.00 (Lei deResponsabilidade Fiscal).

Outro limite, determinado pelo art. 29-A, incisos I ao IV, da CF, refere-se àdespesa total do Poder Legislativo Municipal (incluídos os subsídios dosVereadores e excluídos os gastos com inativos).

Essa despesa total não poderá ultrapassar os seguintes percentuais máximosem relação ao somatório da receita tributária e das transferências (previstas no§ 5º, do art. 153 e nos arts. 158 e 159, da CF) efetivamente realizadas no exercícioanterior. No cômputo desta base de cálculo não se incluem as receitas da dívida ativatributária, haja vista que são provenientes de tributos não realizados em exercíciosanteriores àquele que serve de referência aos limites ora abordados. Adota-se aqui,também, o critério de proporcionalidade em relação ao número de habitantes domunicípio:

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...24 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 24

Page 26: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

Por último, o mesmo artigo 29-A, em seu § 1º, trouxe um novo limite a serobservado pelo Legislativo Municipal: 70% (setenta por cento) de suas receitas, paraos gastos com folha de pagamento incluídos aqui, os subsídios dos Vereadores.Entende-se por gastos com folha de pagamento o valor bruto das remunerações dosservidores e dos Vereadores (incluído o Presidente da Câmara).

Não sem razão, esse limite tem sido alvo de controvérsias, no tocante à suaaplicabilidade, principalmente pelo fato dos gastos com pessoal, nas CâmarasMunicipais, constituírem, em grande parte dos municípios brasileiros, a quase totali-dade das despesas do Legislativo Municipal. Desta forma, para atender tal dispositi-vo, poderiam surgir elaborações de propostas orçamentárias superavaliadas, nasquais os 70% correspondessem, na prática, aos 100% realmente necessários.

Ora, essa prática demonstra-se prejudicial ao erário, tanto por comprometerparcela de dotação orçamentária que poderia ser utilizada em setores mais necessita-dos, quanto, se efetivamente repassado, custear gastos supérfluos.

Diante disso, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, após inúmerasdiscussões, entende que a base de cálculo para apuração desse limite são as transfe-rências financeiras efetivamente recebidas pelo Legislativo; significa, então, queserão considerados os valores transferidos, não deduzidas as eventuais devoluçõesao Executivo.

Vale lembrar que, como se trata de folha de pagamento, para fins de cálculodevem ser excluídos os gastos com encargos patronais, com mão-de-obra terceiriza-da e com inativos. Esse posicionamento está consagrado nas reiteradas decisõestomadas pelo Tribunal.

Aplica-se, ainda, às despesas de pessoal do Legislativo Municipal, os limi-tes determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O artigo 20, III, “a”, da LC 101/00, estabelece o limite de 6% (seis por cento)para as despesas de pessoal do Legislativo (aí incluídos os subsídios dos

25.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

DESPESA TOTAL DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

NÚMERO PERCENTUAL MÁXIMO EM

DE RELAÇÃO À RECEITA

HABITANTES TRIBUTÁRIA +

DO TRANSFERÊNCIAS DO

MUNICÍPIO EXERCÍCIO ANTERIOR

Até 100.000 8%De 100.001 a 300.000 7%De 300.001 a 500.000 6%Mais de 500.000 5%

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 25

Page 27: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

Vereadores e encargos sociais decorrentes) em relação à Receita Corrente Líquidado Município.

5. FORMALIZAÇÃO DA DESPESA COM SUBSÍDIOSDOS AGENTES POLÍTICOS MUNICIPAIS

Além da correta fixação dos subsídios, que deve obedecer às normas legais eaos princípios já referidos, para que o Tribunal de Contas considere regulares as des-pesas com remuneração dos agentes políticos, devem ser atendidos alguns procedi-mentos formais, que visam preservar a necessária transparência ao processamentodas despesas públicas.

5.1 Fixação por meio de Instrumento Jurídico Adequado

O instrumento jurídico de fixação dos subsídios dos agentes políticos doPoder Executivo (Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais) é a Lei, de ini-ciativa da Câmara Municipal, consoante o inciso V do art. 29, da CF.

Desta maneira, não se admitem fixações desses subsídios efetuadas porDecreto, Portaria, Resolução, Deliberação ou qualquer outro ato administrativo, nor-mativo ou não.

Entretanto, o inciso VI do art. 29, da CF estabelece que o subsídio dosVereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais, observados os cri-térios estabelecidos na Lei Orgânica do Município, sem, todavia, determinar instru-mento jurídico específico.

Por outro lado, o inc. X do art. 37, da CF estabelece que a remuneração dosservidores públicos e o subsídio, de que trata o § 4.º do art. 39 da CF, somente pode-rão ser fixados ou alterados por lei específica; o texto constitucional, entendemos,refere-se lato sensu (ou seja, em sentido amplo, genérico) ao termo “lei”; neste sen-tido, a CF, em seu art. 59, arrola uma série de “leis” (ordinárias, complementares,delegadas, decretos Legislativos, resoluções) inerentes ao processo Legislativo, cadauma apropriada a uma forma de ação legisladora específica.

Por se tratar, aqui, de ato interna corporis, realizado para normatizar matériade competência específica da Câmara Municipal, a espécie legislativa apropriada àfixação dos subsídios dos Vereadores é a Resolução, admitindo-se lei se prevista naLei Orgânica do Município.

Deve-se observar que a promulgação de lei ordinária se sujeita, em geral, aoveto e à sanção do Prefeito Municipal, o que não se aplica no caso, haja vista a com-petência interna determinada constitucionalmente ao Legislativo para estabelecer osubsídio dos seus membros.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...26 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 26

Page 28: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

Isso se expressa de forma inequívoca em situação similar à do CongressoNacional, a qual cabe dispor sobre matérias de competência da União, porém, não seexigindo a sanção do Presidente da República para os casos de sua competênciaexclusiva ou privativa, entre os quais, a iniciativa de lei para fixação da respectivaremuneração (art. 48, caput, c.c. art. 51, IV da CF).

5.2 Previsão Orçamentária

Como previamente verificado, a despesa com subsídios dos agentes políticosintegra o montante de despesas com pessoal, sujeitando-se, portanto, às normas orça-mentárias relativas a esta espécie de despesa.

Primeiramente, a execução e o aumento de tais despesas devem estar previs-tos nos instrumentos orçamentários: LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias; PPA -Plano Plurianual; e LOA - Lei Orçamentária Anual, sob pena de nulidade, conformedetermina o art. 169, § 1º., I e II, da CF, c.c. o art. 21, I, da LRF, obedecendo-se aosprazos de elaboração previstos na Lei Orgânica do Município, ou, na omissão desta,àqueles previstos no art. 35, § 2º., I, II e III, do ADCT.

Além disso, a inclusão dessas despesas no orçamento deve obedecer aos prin-cípios e às formalidades para elaboração orçamentária, dispostos na Lei nº 4.320/64,atentando para a correta classificação contábil das despesas da espécie, utilizando-separa tanto a codificação especificada no Anexo III da Portaria Interministerial n.º163, de 4 de Maio de 2001.

5.3 Execução Orçamentária

Efetuada a previsão orçamentária das despesas com subsídios dos agentes polí-ticos, deve-se atentar para as formalidades referentes à execução orçamentária destasdespesas, sem as quais não se obtém o crivo de regularidade do Tribunal de Contas.

A Lei 4.320/64, em seu artigo 60, veda a realização de despesas sem prévioempenho, que é o ato emanado da autoridade competente que cria para o Municípioa obrigação de pagamento.

Além disso, o empenho das despesas não poderá exceder o limite dos cré-ditos concedidos para a consecução dessas despesas (art. 59 da supra referida lei).

Tratam-se de regras de aplicação às despesas em geral, mas que indicam anecessidade de procedimentos acurados na mensuração, fixação e pagamento dos subsídios, sob pena da incorrência de irregularidades na sua execução orça-mentária.

27.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 27

Page 29: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

5.4 Pagamento dos Subsídios

O pagamento dos subsídios dos agentes políticos deve ser precedido por umasérie de procedimentos formais, visando sua validação e o atendimento ao princípioda transparência da administração pública.

Importante a elaboração prévia da Folha de Pagamentos, na qual se refletirãoos cálculos elaborados visando à apuração do valor líquido a ser pago aos agentespolíticos.

Devem ser mantidos registros do controle de licenças, afastamentos, substi-tuições e, no caso dos Vereadores, de presença às sessões, para que se possa aferir deforma inequívoca, a regularidade dos valores creditados na folha de pagamentos.

Relativamente às deduções a serem efetuadas, deve-se atentar especialmentepara os recolhimentos previdenciários e para a retenção do imposto de renda na fonte.

A Lei Federal nº. 9.506 de 30.10.97, acrescentou a letra “h” no inciso I do arti-go 62 da Lei 8.212/91, incluindo o exercente de mandato eletivo federal, estadual oumunicipal (desde que não vinculado a regime próprio de Previdência Social) nacategoria de segurado obrigatório, na condição de empregado.

Desde então, Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores estavam sujeitos aoRegime Geral de Previdência Social, sendo, portanto devida sua cota de contribui-ção, que deve ser retida pelo pagador, contabilizada como receita extraorçamentária,e repassada posteriormente ao INSS, na forma, prazos e condições regulamentadospor aquele Instituto.

Isso decorria tendo em conta que o Supremo Tribunal Federal, nos autos doRecurso Extraordinário 351.717-1, do município de Tibagi, estado do Paraná, decla-rou a inconstitucionalidade dessa contribuição previdenciária para os detentores demandatos eletivos. Juridicamente, por definição processual, porque deriva deRecurso Extraordinário, tal Decisão produz efeitos apenas entre as partes. Entretanto,não nos parece lógico que uma lei que tenha sido declarada inconstitucional para umMunicípio não o seja para outros. É uma questão que deverá ser resolvida entre aspartes envolvidas (detentores de mandato eletivo e INSS).

O pagamento de valor líquido que ultrapasse o limite de isenção determina-do pela Secretaria da Receita Federal, sujeita o agente político à retenção na fontedo imposto de renda.

Tal retenção deverá ser efetuada pelo pagador, que deve deduzir quando dopagamento do subsídio, o valor do imposto, calculado pela aplicação de tabela pro-gressiva, determinada no RIR (Regulamento do Imposto de Renda).

O limite de isenção, as alíquotas de contribuição, as deduções legais e a tabe-la progressiva do Imposto de Renda estão sujeitos a alterações, de acordo com a polí-tica fiscal do Governo Federal.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...28 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 28

Page 30: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

Sendo a instituição do imposto de competência federal, não pode o municípiodeterminar qualquer isenção, redução ou alteração nas faixas de aplicação do impos-to sobre os subsídios pagos aos agentes políticos, conforme determinado nos arts.150, II; 153, III; e 153, § 2º., I, da CF.

Para efeito de ilustração, dispomos a seguir a tabela progressiva vigente àépoca de elaboração deste manual (julho/2004), retirada do art. 620 do RIR:

De forma diversa da contribuição previdenciária, que deve ser repassada aoINSS, o valor do imposto de renda retido na fonte nos pagamentos efetuados a pes-soas físicas pertence ao próprio Município, em função da determinação expressa naCF, art. 158, I; deve ser recolhido à Tesouraria do Município (ou seja, ao caixa daPrefeitura Municipal) e ser contabilizado como Receita.

A falta de retenção do imposto de renda na fonte nos pagamentos de subsídiosefetuados aos agentes políticos será considerada evasão de Receita.

O art. 62 da Lei 4.320/64 determina que o pagamento da despesa só será efe-tuado quando ordenado após sua regular liquidação, o que indica que os subsídiosdevem ser pagos de acordo com a fluência do prazo do desempenho no cargo, ouseja, não se deve efetuar adiantamentos por conta de subsídios futuros, porque aindanão foi prestada a contrapartida da obrigação do agente político.

Finalmente, depois de efetuados os cálculos e os pagamentos, cabe ao PoderPúblico manter sob seu controle os comprovantes dos pagamentos efetuados, seja pormeio da assinatura dos agentes políticos em recibos específicos (holerites), ou da manu-tenção de comprovantes de depósitos bancários, consoante artigo 65 da Lei nº. 4.320/64.

5.5 Publicação dos Subsídios

Anualmente, os Poderes Executivo e Legislativo deverão publicar os valoresdo subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos, para cumprimento dadeterminação expressa no parágrafo 6º. do artigo 39 da Constituição Federal.

29.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

BASE DE CÁLCULO (*) ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR DOEM R$ (%) IMPOSTO EM R$

Até 1.058,00 - -

De 1.058,01 a 2.115,00 15 158,70

Acima de 2.115,01 27,5 423,08

(*) Deduções permitidas na apuração da base de cálculo:- R$ 106,00 por dependente (art. 642 - RIR);- Pensão Alimentícia Judicial (art. 643 - RIR);- Contribuição Previdenciária (art. 644 - RIR);

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 29

Page 31: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

Tal determinação visa atender aos princípios da publicidade e transparência,requisitos para a eficácia e moralidade da administração pública.

5.6 Acumulação de Cargos Públicos por Agentes PolíticosMunicipais

O art. 38 da Constituição Federal estabelece que o servidor público, quandoinvestido no mandato de Prefeito, será afastado do seu cargo, emprego ou função,sendo-lhe facultado optar por remuneração.

Já no caso em que o servidor público for investido no mandato de vereador,havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, empregoou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; não havendo compatibili-dade, ser-lhe-á também facultado optar por remuneração.

Afora essa exceção, não vislumbramos qualquer outra forma de acumulaçãoremunerada de cargos de agentes políticos.

A acumulação de cargo não se confunde com incompatibilidade de cargos.Assim não se confunde o exercício da vereança com a representação do PoderLegislativo; a representação exige exercício em tempo integral, por função de todasas responsabilidades inerentes. Este Tribunal tomou posição no processo TC-5104/026/98, já repetida em outros processos.

Conclui-se, dessa forma, pela impossibilidade de acumulação do cargo dePresidente da Câmara com qualquer outro, aplicando-se neste caso as mesmas regrasinerentes ao Prefeito Municipal.

As alterações suscitadas pela EC 19/98 transformaram a remuneração dosagentes políticos em subsídio, conferindo-lhe um caráter remuneratório; portanto oexercício remunerado concomitante dos dois cargos públicos implicaria transgressãodo inciso XVI, do artigo 37, da CF.

Isso modifica algumas situações pregressas, como o caso do Vice-Prefeitoque, antes do advento da EC 19/98, recebia como remuneração uma “Verba deRepresentação” em virtude da expectativa de exercício do cargo de Prefeito, poden-do, eventualmente, exercer cumulativamente um cargo de Secretário Municipal.

Com a obrigatoriedade de fixação da remuneração do Vice-Prefeito na formade subsídio, em parcela única, vedado qualquer acréscimo (inclusive a título de verbade representação), aliado à determinação constitucional de fixação da remuneraçãodo Secretário Municipal também na forma de subsídio, equiparando-o a agente polí-tico, esta espécie de acumulação, caso oportuna, só poderá ocorrer com a opção, porparte do agente político, por um dos subsídios.

5.7 Afastamento, Licenças e Recessos

Eventuais afastamentos dos agentes políticos por motivos médicos deverão sertratados em consonância com o regime previdenciário ao qual estiverem circunscritos.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...30 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 30

Page 32: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

No caso de afastamentos de ordem administrativa, resultantes de comis-sões de inquérito, sindicâncias ou de outro procedimento congênere, deve-se obser-var as disposições da Lei Orgânica do Município e do Regimento Interno da Câmara,conforme o caso, relativamente à sustação do subsídio. A falta de referência da maté-ria nestes instrumentos reguladores não ilide a competência do Legislativo para deli-berar sobre a matéria.

Nos casos de afastamentos motivados por determinação judicial, normal-mente a autoridade do Judiciário, no próprio ato que determina o afastamento, tam-bém delibera sobre como deve agir o Poder correspondente no tocante ao pagamen-to, ou não, dos subsídios relativos ao tempo de afastamento. Aproveitam-se a estecaso os comentários dos parágrafos anteriores, que tratam do substituto dos agentespolíticos em caso de afastamento de natureza administrativa.

Os períodos de recesso legislativo, bem como a concessão de licenças (pormotivo de saúde, licença-gestante, para tratar de interesse particular e outras), devemser previstos pela Lei Orgânica do Município, observadas as normas constitucio-nais e infraconstitucionais e os princípios gerais da administração pública.

Períodos de recesso são tradicionais à função legislativa; já o Prefeito e oVice-Prefeito, que são os agentes políticos do Poder Executivo com mandato eletivo,necessitam autorização legislativa para afastamento do cargo.

5.8 Verbas Rescisórias

Historicamente, os Prefeitos, Vices e Vereadores sempre foram remuneradospor doze parcelas mensais correspondentes aos valores fixados, isto posto para umexercício financeiro, não lhes sendo assegurada qualquer verba rescisória ao final deseu mandato.

A questão do pagamento de verbas rescisórias aos Secretários Municipais sur-giu após a inclusão dos mesmos no rol de agentes políticos pela EC 19/98, pois, atéentão, esses cargos eram de provimento em comissão na estrutura administrativa doMunicípio.

Desta forma, sua remuneração passa a ser fixada na mesma conformidade dospagamentos dos Prefeitos, Vices e Vereadores, qual seja, em subsídio previamentefixado pela Câmara Municipal, o que encontra respaldo nos parágrafos 3º e 4º, doartigo 39, da Constituição Federal, ambos incluídos pela Emenda nº 19.

O parágrafo 3º dispõe sobre os direitos de caráter trabalhista dos servidoresocupantes de cargos públicos, assegurando-lhes as chamadas verbas rescisórias.

Já o parágrafo 4º norteia a forma de pagamento dos agentes políticos exclusi-vamente por subsídio em parcela única, vedado qualquer acréscimo.

31.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 31

Page 33: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

O fato de estar previsto no § 4º do art. 39 da CF que a remuneração dosSecretários Municipais será por subsídio não significa que o município está obriga-do a ter o cargo de Secretário Municipal, dessa forma os municípios, que até pelo seuporte não possuam o cargo de Secretário, e sim o de Chefe de Divisão, Diretor eoutros, não se enquadram na previsão do § 4º e a sua remuneração se dará de acor-do com os demais servidores do município. Há decididos (TC’s 1910/026/01,1639/026/01, 1576/026/01, 1889/026/01) admitindo o pagamento de direitos traba-lhistas, segundo o regime jurídico aplicável, de férias e 13º salário a SecretáriosMunicipais.

5.9 Sessões Extraordinárias

Por força da EC 19/98, que deu nova redação ao art. 29, inc. VI da CF, ins-taurou-se a possibilidade de os Vereadores receberem o pagamento de parcela inde-nizatória em caso de convocação para sessão legislativa extraordinária exclusiva-mente durante o período de recesso, tendo ainda como restrição o fato de que estaparcela indenizatória não poderia ser superior ao valor fixado como subsídio.

Importante ressaltar que os pagamentos da espécie são também consideradoscomo despesas de pessoal, devendo ser computados para efeito de verificação doslimites dessas despesas.

Assim, as deliberações relativas ao pagamento pelo comparecimento às ses-sões legislativas extraordinárias devem levar em consideração o enquadramento domontante das despesas de pessoal da Câmara Municipal, frente aos limites constitu-cionais e aqueles impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Importante ressaltar a não obrigatoriedade de pagamento pela convocaçãode sessões legislativas extraordinárias; existindo um exacerbamento de trabalhosLegislativos que imponham a realização de reuniões extraordinárias, estando oslimites para despesas de pessoal literalmente tomados, as mesmas podem ser rea-lizadas sem a contrapartida da remuneração, desde que deste modo seja decididopela edilidade.

5.10 Verba de Representação

A Emenda Constitucional nº 19 tratou os agentes políticos das várias esferasde governo de igual forma, na questão de sua remuneração, estabelecendo, no § 4ºdo artigo 39 o pagamento exclusivo por subsídio, fixado em parcela única, vedado oacréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representa-ção ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.37, X e XI.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...32 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 32

Page 34: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

Essa nova determinação constitucional, que limita a remuneração dos agentespolíticos em subsídios fixados em parcela única, releva o caráter retributivo que sedeu ao exercício do cargo político, assemelhando-o a vencimento, em paga do tra-balho desempenhado; isto é, conferiu-lhe a natureza de retribuição pecuniáriapelo exercício dessa função pública, assegurando-lhe o caráter alimentar e desubsistência.

Outrossim, ao determinar a parcela única, extinguiu a possibilidade de divi-são dos subsídios em parte fixa e parte variável: a Emenda estabeleceu um sómontante de subsídio ao qual não se pode somar qualquer outra parcela de cunhoremuneratório; a parcela dos subsídios é única para aqueles que especifica.

Resta claro, portanto, do texto constitucional a vedação quanto ao paga-mento de verba de representação aos agentes políticos. Todavia, haja vista o caráterpeculiar da representação do Chefe do Poder Legislativo Municipal, não é lícito infe-rir que o mesmo deva perceber idêntico subsídio ao dos demais Vereadores, con-soante exposto em capítulo anterior.

O exercício da Presidência de um Poder (e sua conseqüente representação“externa corporis”) constitui um acréscimo às atribuições ordinárias de qualqueragente político, implicando ônus e encargos superiores aos do normal exercício desuas funções.

Diante da disparidade entre as situações fáticas em que se encontram oPresidente da Câmara e os demais Vereadores, nada obsta que o subsídio do Chefedo Legislativo Municipal possa ser fixado em valor superior ao subsídio dos demaisVereadores, esse é mesmo o espírito da Constituição Federal ao prescrever em seuart. 39, § 1º:

“Art. 39 - (...)”§ 1º - A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistemaremuneratório observará:I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentesde cada carreira;II - os requisitos para a investidura;III - as peculiaridades dos cargos .

Diante do exposto, fica claro que não é devida “verba de representação” aoVereador Presidente da Câmara; nada obsta, entretanto, que o seu subsídio sejasuperior ao subsídio devido aos demais Vereadores, desde que observados os dispo-sitivos legais quanto à fixação, aos limites constitucionais e aos determinados pelaLei de Responsabilidade Fiscal.

Aliás, esse foi o entendimento do TCE na consulta anteriormente menciona-da, da Câmara Municipal de Vinhedo.

33.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 33

Page 35: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

5.11 Verbas de Gabinete (Despesas sem Comprovação),ou Ajuda de Custo

A verba de gabinete, sem comprovação de despesas, assemelha-se, e muito, àverba de representação. Neste sentido, seu pagamento reveste-se, no mínimo, decaracterísticas que burlam a determinação expressa na Constituição Federal de paga-mento de subsídio em parcela única.

Ao se cogitar o pagamento de verba de gabinete sem comprovação das des-pesas, explícito fica seu caráter remuneratório, veementemente vedado pelo artigo39, § 4º: “...vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,verba de representação ou outra espécie remuneratória ....”.

Nenhum óbice, todavia, se observa quando o agente político, no exercício desuas funções, tenha as despesas efetuadas em virtude do exercício de seu mandato,pagas pelo erário.

Necessária, no entanto, a observância de pré-requisitos legais, como porexemplo, a existência de dotação orçamentária; a autorização competente; o empe-nho prévio mediante concessão de adiantamento, observada a legislação municipal;e, finalmente, a comprovação, por meio de documentos fiscais, da despesa realizada.

Eventual requisição de tal benefício por parte da edilidade municipal procuraespelhar-se nas chamadas verbas de gabinete ou ajuda de custo dos DeputadosEstaduais. No entanto, o exercício da vereança em muito difere do exercício dosmandatos legislativos estaduais, uma vez que, como o vereador reside no mesmolocal de seu eleitorado, não está sujeito a despesas de locomoção e acomodação,entre outras, inerentes às atividades dos deputados, que, geralmente, apresentam umcolégio eleitoral espalhado por todo o Estado.

6. SANÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADODE SÃO PAULO

A Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (LC n.º 709,de 14.1.93) dispõe, dentre outros tópicos, acerca da sua competência para a aplica-ção de multas e sanções aos agentes políticos sob sua jurisdição, em caso de ilegali-dade de despesa ou irregularidade de contas (LC 709, art. 2.º, XII, XXIX; art. 15, I).

De acordo com o art. 71, parágrafo 3o. da CF, as decisões do Tribunal deContas de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de títuloExecutivo.

Nesse sentido, após decisão passada em julgado, havendo a constatação depagamento de subsídio em valor maior que o fixado, o agente político deverá efe-tuar a restituição do valor ao erário municipal no prazo de 30 (trinta) dias após a

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...34 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 34

Page 36: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

notificação (art. 86, LC 709); não comprovada a restituição no prazo determinado,sujeitar-se-á ainda à aplicação de multa de até 2.000 UFESP’s (duas mil UnidadesFiscais do Estado de São Paulo), de acordo com o art. 104, III da LC 709/93.

Ordenada a restituição dos valores pagos a maior, o Tribunal de Contas aindadeterminará ao ordenador de despesas (Prefeito ou Presidente da CâmaraMunicipal) a adequação do pagamento dos subsídios à sua norma fixadora, ou, nocaso de fixação irregular, aos valores determinados como adequados. A reincidênciado pagamento irregular ao(s) agente(s) político(s), que caracterizar descumprimentode determinação do Tribunal, também dará margem à aplicação da supra-referidamulta, na forma do art. 104, VI, da LC 709/93.

Cabe ressaltar que o cumprimento das exigências legais e formais, bem comodas determinações oriundas do Tribunal de Contas, relativas à Remuneração dosAgentes Políticos, possui relevante ponderação na emissão de parecer ou no julga-mento das contas anuais por parte desta Egrégia Corte.

Resguarda-se, em todos os casos, o princípio da ampla defesa e do contradi-tório, na forma estabelecida nos Títulos III (Dos Recursos) e IV (Das Ações deRevisão e de Rescisão de Julgado) da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estadode São Paulo.

ANEXOS

RESUMOS SINTÉTICOS DOS LIMITES A SEREM OBSERVADOSPARA FIXAÇÃO DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOSMUNICIPAIS

35.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

FUNDAMENTO LEGAL CONTEÚDO

PODER EXECUTIVO

Art. 37, inc. XI, da CF.

Art. 20, inc. III, “b”, daLRF.

A despesa de pessoal não poderá ultrapassar54% da RCL.

A remuneração e o subsídio dos ocupantes decargos, funções e empregos públicos da admi-nistração direta, autárquica e fundacional, dosdetentores de mandato eletivo e dos demaisagentes políticos e os proventos, pensões ououtra espécie remuneratória, percebidos cumu-lativamente ou não, incluídas as vantagens pes-soais ou de qualquer outra natureza, não pode-rão exceder o subsídio mensal, em espécie, dosministros do STF, aplicando-se como limite, noMunicípio, o subsídio do Prefeito.

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 35

Page 37: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...36 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

FUNDAMENTO LEGAL CONTEÚDO

§ 1º do art. 29-A, da CF.

Art. 29, inc. VII, da CF. O total da despesa com remuneração dos verea-dores não poderá ultrapassar 5% da receita domunicípio.

A Câmara Municipal não poderá gastar mais de70% da sua receita com folha de pagamento,incluído o gasto com vereadores (1).

(1) Transferências financeiras efetivamente recebidas pelo Legislativo.

FUNDAMENTO LEGAL CONTEÚDO

PODER LEGISLATIVO

Art. 37, inc. XI da CF.

Art. 20, inc. III, “a “, daLRF

A despesa de pessoal não poderá ultrapassar 6%da RCL.

A remuneração e o subsídio dos ocupantes decargos, funções e empregos públicos, dos deten-tores de mandato eletivo e os proventos, pen-sões ou outra espécie remuneratória, percebidoscumulativamente ou não, incluídas as vantagenspessoais ou de qualquer outra natureza, nãopoderão exceder o subsídio mensal, em espécie,dos ministros do STF, aplicando-se como limite,nos Municípios, o subsídio do Prefeito.

FUNDAMENTO LEGAL CONTEÚDO

Art. 29-A, incs. I a IV, daCF.

Nº de habitantes do Município % (*)Até 100.000 8De 100.001 até 300.000 7De 300.001 até 500.000 6Acima de 500.000 5

O limite máximo para o total das despesas doLegislativo, incluídos subsídios e excluídos osgastos com inativos, não poderá ultrapassar ospercentuais a seguir:

(*) Base de cálculo: somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153, e nosarts. 158 e 159, da CF, efetivamente realizadas no exercício anterior.

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 36

Page 38: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

37.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

NORMATIVOS DO TCE

Instruções nº 2/02

TC-A-33.554/026/02

Dispõem sobre o exercício do controle externo, compreendendo a fiscalizaçãocontábil, financeira, orçamentária, operacional, patrimonial e, ainda, quanto à legali-dade, legitimidade e economicidade no âmbito municipal, de todos os órgãos, enti-dades e pessoas sujeitas a sua jurisdição.

...TÍTULOÁREA MUNICIPAL

CAPÍTULO IDAS PREFEITURAS

SEÇÃO IDas Contas

Artigo 1º - Para fins de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-racional e patrimonial, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, exercidapor meio do controle externo, e emissão de parecer prévio sobre as contas anuais dasprefeituras, bem como apreciação dos atos praticados por seus ordenadores de des-pesa, administradores, gestores e demais responsáveis por bens e valores públicos,deverá ser encaminhada a este Tribunal, até 31 (trinta e um) de março, a seguintedocumentação, relativa ao exercício findo:

...

FUNDAMENTO LEGAL CONTEÚDO

Art. 29, inc. VI, da CF.

Nº de habitantes % do subsídio dosdo Município Deputados Estaduais

Até 10.000 20De 10.001 até 50.000 30De 50.001 até 100.000 40De 100.001 até 300.000 50De 300.001 até 500.000 60Acima de 500.000 75

O Subsídio pago aos vereadores fixado em cadalegislatura para a subseqüente deverá observar,ainda, os seguintes limites:

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 37

Page 39: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

II - certidão com os nomes dos responsáveis pelo Executivo (Prefeito e Vice-Prefeito), (...) com os respectivos períodos de gestão, afastamentos e substituições;

III - cópia da lei de fixação dos subsídios e eventuais alterações, e folhas depagamentos mensais dos Srs. Prefeito e Vice-Prefeito;

...

CAPÍTULO IIDAS CÂMARAS

SEÇÃO IDas Contas

Artigo 51 - Para fins de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, ope-racional e patrimonial, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, exercidapor meio do controle externo, e julgamento das contas anuais das câmaras, bemassim a apreciação dos atos praticados por seus ordenadores de despesa, administra-dores, gestores e demais responsáveis por bens e valores públicos, deverá ser enca-minhada a este Tribunal, até 31 (trinta e um) de março, a seguinte documentação,relativa ao exercício findo:

...

II - certidão com os nomes dos responsáveis pelo Legislativo (Mesa Diretora),(...), com os respectivos períodos de gestão, afastamentos e substituições;

III - cópia da lei de fixação dos subsídios e eventuais alterações, e folhas depagamentos mensais dos Srs. Presidente da Câmara e Vereadores;

IV - certidão ou declaração contendo o número de vereadores, de sessões(ordinárias, extraordinárias e especiais) realizadas, mês a mês, discriminando asausências justificadas e remuneradas e as não remuneradas, inclusive de suplentes;

...

Artigo 212 - Estas Instruções entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2003,revogadas todas as disposições em contrário, no tocante à área de fiscalização.

São Paulo, 18 de dezembro de 2002.

Cláudio Ferraz de Alvarenga - Presidente

Súmulas de Jurisprudência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo:

...

SÚMULA Nº 4 - As despesas somente poderão correr à conta da destinaçãoconstante do ato concessório.

...

SÚMULA Nº 6 - Compete ao Tribunal de Contas negar cumprimento a leisinconstitucionais.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...38 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 38

Page 40: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

SÚMULA Nº 7 - É de competência das Câmaras (do TCESP) o julgamentode processos em que inicialmente haja configuração de alcance, não obstante a alça-da do julgador singular.

SÚMULA Nº 8 - O recolhimento do principal e dos juros não ilide a figura doalcance, sem prejuízo da posterior expedição da provisão de quitação ao responsável.

Deliberação TC-A 23.423/026/98

O Tribunal de Contas do Estado no uso de suas atribuições e nos termos doinciso II, letra “c” , do artigo 109 do Regimento Interno:

Considerando as recentes alterações promovidas no ordenamento constitucio-nal com a promulgação da Emenda nº 19 de 05/06/1998;

Considerando as atuais regras introduzidas no artigo 29 da Constituição Federal;

Considerando que o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que nãosão auto aplicáveis as normas contidas no inciso XI do artigo 37 e artigo 39 § 4º daConstituição da República, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998;

Considerando, ainda, que a atual sistemática remuneratória de agentes políti-cos e públicos acha-se vinculada à disposição do § 4º do artigo 39. RESOLVE baixarDELIBERAÇÃO para considerar que a modificação da sistemática remuneratória deagentes políticos municipais só será possível a contar da vigência da Lei prevista noinciso XV, do artigo 48 da Constituição Federal, tendo em conta que as vinculaçõesdecorrentes dependerão da prévia fixação do subsídio considerado teto salarial.

Sala das Sessões, 12 de agosto de 1998.Antonio Roque CitadiniPRESIDENTEEduardo Bittencourt CarvalhoEdgard Camargo RodriguesFulvio Julião BiazziCláudio Ferraz de AlvarengaRenato Martins Costa Robson Marinho

39.........................................................Remuneração dos Agentes Políticos Municipais

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 39

Page 41: capa azul escur · (24.03.04), o Supremo Tribunal Federal deu provimento parcial ao Recurso Extraordinário (RE 197.917) interposto pelo Ministério Público de São Paulo contra

BIBLIOGRAFIA

Bandeira de Mello, Celso Antonio - “Curso de Direito Administrativo” - EditoraMalheiros - 10ª Edição.

Borges Netto, André L. - “O Subsídio dos Agentes Políticos à Luz da EmendaConstitucional nº 19/98” - Boletim IOB / DECAP nº 01 - Janeiro de 2001.

Braz, Petrônio - “Remuneração dos Agentes Políticos Municipais para a PróximaLegislatura” - Revista JAM - Jurídica Administrativa Municipal - Ano V - nº 03.

Franca Filho, Marcílio Toscano - “Ainda é Devida Verba de Representação aoPresidente de Câmara Municipal ?” - Boletim IOB / DECAP nº 08 - Agostode 1999.

Harada, Kiyoshi - “Novo Teto de Vencimentos e a Decisão Administrativa do STF”Repertórios Jurisprudência - RJ nº 19/99.

Meirelles, Hely Lopes “ - Direito Administrativo Brasileiro” - Editora Malheiros - 26ªEdição.

Rigolin, Ivan Barbosa - “Eleições - Remuneração de Servidores - Revisão Geral eRevisão Específica” - Boletim IOB / DECAP nº 11 - Novembro de 2000.

Rigolin, Ivan Barbosa - “Vereador Pode Receber Subsídio por Sessões Extraor-dinárias Fora do Recesso?” - Boletim IOB / DECAP nº 06 - Junho de 2001.

Santana, Izaías José de - “Os Subsídios dos Vereadores e as Novas Disposições daEmenda Constitucional nº 25/00” - Boletim Direito Municipal BDM nº 03 -Março de 2000 - Editora NDJ.

Toledo Jr, Flávio C. de e Rossi, Sérgio Ciquera - “Lei de Responsabilidade FiscalComentada Artigo por Artigo” - Editora NDJ - 1ª Edição - 2001.

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo” - “Lei Complementar nº 709, de14/01/93”.

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo” - “Manual Básico de Lei deResponsabilidade Fiscal” - Edição de Abril de 2001.

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo - “Manual Básico de Previdência”-Edição de Setembro de 2001.

Zanella Di Pietro, Maria Sylvia - “Direito Administrativo” - Editora Atlas - 13ªedição.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...40 Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

paginado 12737003 16.11.04 14:10 Page 40