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2017

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Relatório e Contas | 2017 2

Índice

RELATÓRIO DE GESTÃO.......................................................................................................................... 3

II – ATIVIDADE COMERCIAL ...................................................................................................................... 5 III – RESULTADOS DO EXERCÍCIO ............................................................................................................ 10 IV – LIVRO DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA CAIXA .............................................................. 11 V – GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA ............................................................................................................. 11 VI – NOTA FINAL E AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 12 VII – ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO, POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS

DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO, DE FISCALIZAÇÃO E COLABORADORES.......................................... 13

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................... 23

BALANÇO ............................................................................................................................................... 24 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL ..................................................................................... 25 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .............................................................................................. 26 DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO ..................................................................... 27

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................ 28

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL ..................................................................................... 77

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS ...................................................................................................... 80

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Relatório e Contas | 2017 3

RELATÓRIO DE GESTÃO

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Relatório e Contas | 2017 4

I – ENVOLVENTE DO NEGÓCIO

O relato das principais ocorrências, registadas no exercício contabilístico anual da nossa

atividade, deverá reportar em simultâneo a evolução quantitativa do negócio bem como os

fatores exógenos que exerceram nela influência relevante.

Acerca da primeira componente, far-se-á a devida alusão comparativa dos últimos cinco anos,

em capítulo próprio seguinte.

É bem sabido que a aleatoriedade do clima gera, no domínio da Agricultura, consequências

imprevisíveis que oscilam entre o melhor e o pior num curto intervalo temporal.

Encontramo-nos a atravessar um grave período de SECA que inverteu o sentido de crescimento

que o Sector Primário vinha registando, com foco de incidência na produção e na transformação.

A ausência reiterada de água pela escassez de precipitação, sem reservas hídricas nas barragens

e similares, conjugadas ainda com teores de humidade dos solos muito baixos, não permitiu

realizar as habituais culturas dos cereais de Outono/Inverno, secou boa parte da área silvícola e

compromete seriamente a continuidade e manutenção dos efetivos pecuários, face à enorme

carência de alimentos para o gado.

Adivinha-se ainda, muito certamente, a impossibilidade da realização da campanha de algumas

culturas de regadio, nomeadamente o arroz, por manifesta insuficiência de água. Afigura-se

como alternativa o recurso à bacia do Alqueva, mas a que custos acrescidos e se tecnicamente

exequível. Ver-se-ão assim os agricultores obrigados a repensar o ordenamento das culturas em

função das exigências de água para cada atividade de origem vegetal ou animal. Ou em

alternativa ter-se-á de apostar, investindo caso existam reunidas condições para o efeito, em

produtos de maior procura para a exportação e de melhor competitividade, como sejam por

exemplo, as hortofrutícolas, o azeite, o vinho e/ou outros produtos agroalimentares.

Temos como certo que, no leque das atividades económicas mais relevantes da nossa região

geográfica, foi o sector agrícola que nos últimos tempos gerou uma predominante riqueza

produtiva, evidenciando bons registos de rentabilidade crescentes e sustentados.

Entretanto nesse mesmo hiato temporal convivia-se com a crise bem identificada no sector

imobiliário, com repercussões nefastas diretas em múltiplos sectores de atividade

correlacionados, dos quais fazemos parte.

Recentemente, tem-se vindo a verificar uma inversão notória nos incrementos e diminuições

destas realidades. Ou seja, a Agricultura e a Silvicultura mercê da ausência continuada de água,

regista produções excessivamente baixas e por vezes nulas, apenas comparáveis ao ocorrido na

primeira metade da década dos anos noventa.

Ao invés, o setor imobiliário vem registando paulatinamente alguma retoma na respetiva

valorização mercê da procura crescente e consistente de investidores com origem em capitais

nacionais e crescentemente estrangeiros, neste particular pela via da obtenção de benefícios

adicionais concedidos pelo Estado Português.

Esta tendência de mercado permitiu-nos ainda transacionar com vantagem financeira alguns

dos imóveis detidos para venda.

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Devemos ainda referir as movimentações recentes registadas no quadro de pessoal, um dos

capitais mais valiosos da Caixa, pelo potencial criativo e força de trabalho que representam.

A média etária dos colaboradores vai-os aproximando da idade da reforma ou pré-reforma, o

que aconteceu no último ano com cinco colaboradores (um deles por morte súbita), tendo sido

efetuada uma renovação de quadros através da contratação de novos elementos para a área

comercial.

Este processo de substituição visará em primeira instância e tanto quanto possível reforçar a

área produtiva comercial. Todavia e para dar cumprimento a normas instrutórias emanadas pelo

supervisor, houve ainda que alterar/reajustar alguns serviços centrais, no entanto sem

necessidade de admissão de mais pessoal.

II – ATIVIDADE COMERCIAL

Sendo esta então a nossa realidade envolvente que aporta vantagens e inconvenientes ao

negócio, condicionando-o consoante o caso em boa medida de sinal contrário, tem que ser

respetivamente acompanhada e adequadamente contornada, na senda da obtenção dos

melhores indicadores de sucesso e dos resultados da atividade.

Assim o negócio desenvolvido durante o exercício de 2017 registou um acréscimo generalizado

nas principais rubricas de negócio, com reflexo genericamente positivo nos principais

indicadores prudenciais e de gestão, identificados no quadro seguinte.

RUBRICAS VALORES DE REFERÊNCIA

CCAM COSTA AZUL

Rácio Common Equity TIER 1 > 13% 10,0%

Rentabilidade Capitais Próprios (ROE) > 5% 11,3%

Ativos não correntes detidos para venda/Ativo < 6% 4,8%

Rácio de Eficiência < 70% 69,6%

Rácio de Crédito em Risco < 13% 6,2%

Grau Cobertura Crédito em Risco por Imparidades > 75% 103,0%

Crédito Vencido Líquido / Crédito Total Líquido < 3% 1,7%

Crédito Vencido Bruto / Crédito Total < 5% 3,6%

Ativo Líquido / Nº Empregados > € 4.000.000 € 6.085.632

Produto Bancário / Nº Empregados > € 110.000 € 131.811

Comissões Líquidas / Produto Bancário > 20% 39,2%

Rácio de Transformação ≤ 85% 77,7%

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a) RECURSOS DE CLIENTES

Esta importante variável do negócio conheceu um incremento inusitado superior a 49,3 milhões

de euros, correspondendo a uma taxa de crescimento de 12,5% face ao período homólogo, onde

pontuou o aumento do volume de Depósitos à Ordem em cerca de 40,5 milhões de euros.

RECURSOS 2013 2014 2015 2016 2017

T O T A L 367.324.728 366.631.899 378.122.161 393.870.876 443.204.403

Dep. Ordem 94.364.804 100.492.401 124.337.530 142.831.654 183.283.884

DP / Poupanças 272.959.924 266.139.498 253.784.631 251.039.222 259.920.519

b) CRÉDITO

Perfilando-se esta como a principal rubrica do negócio da Caixa, registou em final do ano de

2017 um incremento de 7,0%, passando dos anteriores 320 milhões para os atuais 342 milhões.

Continuamos todavia focados no seu crescimento sustentado e simultaneamente cautelar,

apoiando e incentivando à vez o desenvolvimento económico e social da nossa região, em todos

os setores de atividade.

Seria pois desejável ultrapassar o rácio de transformação situado em 77,7%, para valores a

rondar os 85%, com reflexo direto e positivo nos resultados do exercício.

Ao mesmo tempo apraz-nos registar a diminuição significativa do crédito vencido de 21,7

milhões de euros para 12,4 milhões de euros, fruto da melhoria de alguns indicadores

económicos do tecido empresarial regional, conjugado com o reconhecido esforço dos nossos

associados em cumprirem com as respetivas responsabilidades.

Para dar cumprimento ao determinado no Regulamento Nº 2.067/2016 de 22 de Novembro, da

Comissão Europeia, foi adotada a IFRS 9 aí prevista que contempla novas regras sobre a

classificação e mensuração de ativos financeiros.

A entrada em vigor, a partir de 1 de Janeiro de 2018, antevê a necessidade do reforço da

constituição de imparidades para ativos financeiros, que serão mensalmente reconhecidas e

refletidas nos respetivos resultados periódicos do exercício.

CRÉDITO 2013 2014 2015 2016 2017

T O T A L 287.426.526 283.854.362 317.368.255 320.026.730 342.330.385

Vivo 268.491.039 265.798.459 296.798.884 298.344.958 329.891.440

Atraso 18.935.487 18.055.903 20.569.371 21.681.772 12.438.945

Valores em euros

Valores em euros

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Relatório e Contas | 2017 7

c) APOIO À AGRICULTURA

Bem sabemos que a matriz genética do Crédito Agrícola assenta no Sector Primário, sobretudo

na componente da Agricultura. Desde há muito que cuidamos de proporcionar aos nossos

associados um apoio de carácter técnico permanente, prestando-lhes os mais diversos serviços

nos acessos aos subsídios à exploração, execução de projetos de investimento e ainda outras

tarefas que careçam de controlos específicos, advindo por essa via vantagens financeiras

evidentes aos proponentes.

Na tramitação quotidiana destes serviços executaram-se então cerca

de 900 processos de candidatura das Ajudas ao Rendimento, onde se

incluem o Regime de Pagamento Base, a Manutenção da Atividade

em Zona Desfavorecida, as Medidas Agro Ambientais (Produção

Integrada, Pagamentos Natura, Apoios Zonais, Pastoreio Extensivo,

etc.), as Ajudas Sectoriais (Tomate e Arroz), Vacas Aleitantes, Prémio

de Ovinos e Caprinos, Florestação de Terras Agrícolas, entre outros,

tendo os beneficiários agricultores usufruído de um montante global de subsídios superior a

vinte milhões de euros.

Noutra área de assistência, no obrigatório SNIRA (Sistema Nacional de Identificação de Registo

Animal) foram efetuados mais de 6.400 registos de ocorrências em Bovinos, Ovinos e Suínos,

em conformidade com as normas legais em vigor.

No capítulo do apoio aos Projetos de Investimento enquadrados no PDR 2020, tramitaram-

se/apoiaram-se as seguintes candidaturas: 3 processos ao Regime Simplificado de Investimento

nas Explorações Agrícolas, 2 processos na Diversificação de Atividades nas Explorações, 22

processos em Investimentos nas Explorações Agrícolas e 65 processos em Pequenos

Investimentos na Exploração – Seca 2017, constituindo um investimento global superior a 4,6

milhões de euros.

Por imposição legal da Comunidade Europeia e a fim de os

agricultores se poderem candidatar às ajudas ao rendimento, as

respetivas parcelas de terreno tiveram que ser corrigidas e

perfeitamente georreferenciadas, com recurso ao Parcelário, serviço

que a nossa Caixa implementou desde o primeiro momento, ao se

aperceber das dificuldades operacionais e da insuficiência da

capacidade de resposta dos serviços oficiais de tutela. No ano de 2017

foram então tramitados cerca de 380 processos.

Perspetiva-se cada vez mais que, a manutenção atualizada dos registos nas Bases de Dados do

agricultor, da exploração, das parcelas e dos efetivos pecuários, seja uma condicionante

essencial a corrigir, para uma correta formalização das candidaturas e para o recebimento das

ajudas.

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d) ATIVO LÍQUIDO

O Ativo Líquido total obtido em Balanço, superior a 573 milhões de euros, registou um acréscimo

de 6,2%, constituído maioritariamente pelo incremento de duas rubricas: Crédito a Clientes e

Aplicações em Instituições de Crédito (Caixa Central).

e) PRODUTOS FORA DO BALANÇO

Neste capítulo, equivalendo a um peso relativo cada vez maior na Margem Complementar,

registaram-se no conjunto das diversas variáveis, taxas de crescimento significativas, fruto do

continuado trabalho realizado pela equipa comercial da Caixa, em boa sintonia com as

respetivas Empresas do Grupo que tutelam essas áreas de atividade específica, posicionando-

nos como habitualmente na primeira linha de referência, relativamente aos volumes de negócio

alcançados.

Os valores constantes no quadro e gráfico seguintes, refletem o volume acumulado da atividade

de angariação de seguros e de subscrições (líquidas de resgates) de fundos de investimento,

prosseguida pela Caixa para as entidades do Grupo que têm por objeto estas atividades.

Carteira de Seguros (CA Seguros e CA Vida)

A componente do negócio – SEGUROS – continua a registar continuadamente, um peso cada vez

mais significativo nos resultados do exercício através do seu contributo para o produto bancário,

pela via do comissionamento, cujos registos de produção de carteira alcançados se encontram

plasmados no quadro seguinte.

2013 2014 2015 2016 2017

456.854.700 428.348.012486.759.525

539.755.560573.052.024

Ativo Líquido

Valores em euros

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A atitude proactiva da venda de seguros congrega, na sua essência, a intenção de disponibilizar

aos seus subscritores uma proteção complementar com vista a minimizar e/ou colmatar as

ocorrências de sinistralidades imprevistas.

CARTEIRA SEGUROS 2013 2014 2015 2016 2017

CA SEGUROS 3.917.596 3.883.318 3.945.034 4.269.412 4.789.265

CA VIDA - Prod. Nova 10.528.031 11.161.439 5.755.758 4.376.057 2.027.460

Risco 738.944 760.889 816.878 930.123 990.308

Fundos Pensões 188.951 179.643 324.313 515.948 1.037.152

Out. Prod. Capitaliz. 9.600.136 10.220.907 4.614.567 2.929.986 0

CA VIDA - Carteira 37.804.756 48.451.554 52.289.371 50.649.954 42.269.223

CA Gest

Nesta área de negócio alternativa às aplicações tradicionais (DP e Poupanças), registou-se uma

taxa de crescimento de 33,2% correspondendo a um aumento superior a 9,5 milhões de euros.

Este incremento identifica, da parte dos nossos clientes, a procura alternativa aos depósitos

tradicionais (com remuneração atual bastante residual) por produtos financeiros de melhor

rendimento, optando os mesmos ainda assim preferentemente por aqueles que apresentam

menos risco.

Além da angariação de subscrição de fundos de investimento, a Caixa direciona ainda para as

demais entidades do Grupo as atividades de gestão discricionária e de compra e venda de títulos

dos seus clientes.

f) GESTÃO DE RISCO

O Risco de Crédito continua a ser o risco mais relevante da atividade da Caixa da Costa Azul. A

avaliação da exposição a esse risco efetua-se segundo diferentes metodologias, em alguns casos

complementares (análises, alertas, “ratings” e outras). A aprovação específica dos créditos

respeita os preceitos e os procedimentos estabelecidos no manual de processos para os

produtos e serviços em vigor. Estão definidos pela Administração os níveis hierárquicos

competentes para a aprovação de créditos de acordo com as características próprias destes.

2013 2014 2015 2016 2017

13.502.460

20.267.40724.169.932

28.761.722

38.306.765Fundos de Investimento

Valores em euros

Valores em euros

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Relatório e Contas | 2017 10

A CCAM da Costa Azul não tem contratualizados instrumentos derivados. A gestão do seu risco

financeiro, nomeadamente a exposição às variações de taxa de juro tem em consideração a

tipologia das operações desenvolvidas pela Instituição, nomeadamente quanto aos prazos de

maturidade.

É efetuado um acompanhamento regular do nível de liquidez da Instituição, com base no qual

são definidas as suas necessidades a este nível.

III – RESULTADOS DO EXERCÍCIO

a) FORMAÇÃO DOS RESULTADOS

O resultado contabilístico registado em final de ano, superior a quatro milhões de euros, foi obtido pela concorrência das rubricas seguintes (valores aproximados):

b) PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO

Propomos então que o resultado do exercício de 2017, constante nas demonstrações financeiras

em anexo, de € 4.031.833,79 (quatro milhões trinta e um mil oitocentos e trinta e três euros e

setenta e nove cêntimos), tenha a seguinte distribuição:

+ 6,0 Milhões de euros => Resultados operacionais; - 1,9 Milhões de euros => Regularização de processos de crédito; + 0,8 Milhões de euros => Imparidades para ativos (redução); - 0,9 Milhões de euros => Impostos.

Para Reserva para Educação e Formação Cooperativa

Para Reserva Legal

Para Reserva Especial

€ 40.833,79

€ 806.500,00

€ 3.184.500,00

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Relatório e Contas | 2017 11

IV – LIVRO DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA CAIXA

Na era do digital acessível pelos mais diversos meios e ao alcance imediato de todos, por regra

é com recurso às soluções eletrónicas que usamos arquivar/guardar os registos do que ocorre a

todo o momento, no dia-a-dia.

Ao invés do comummente usual, entendemos que os múltiplos eventos realizados no decurso

do ano do Centenário da Caixa – 2016, deveriam reunir-se em suporte duradouro congregando

os respetivos registos fotográficos e de texto.

Foi com este propósito que se conciliaram vontades e aportes

com a finalidade de se elaborar o ‘Livro das Comemorações do

Centenário’ da nossa Caixa.

Folheá-lo, em qualquer momento temporal, far-nos-á recordar

com agrado e bonomia o que se fez, quando se fez, como se fez

e sobretudo com quem e para quem se fez.

Nele se homenageia reconhecidamente toda uma vasta equipa

que almejou fazer bem, com dedicação, com criatividade e

sobretudo com empenho constante, daí resultando a obra que

ficará por certo para memória futura, no historial centenário

desta Instituição.

V – GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA

A crescente e reiterada visibilidade e aceitação da marca ‘Grupo Crédito Agrícola’ continua a

ganhar, ano após ano, maior preponderância no mercado bancário e no público em geral cujo

reconhecimento ficou expresso nos diversos galardões recebidos, em concorrência com os

demais ‘players’ que coabitam connosco no mesmo meio negocial.

Ficou assim de novo confirmada a solidez e a hegemonia do Grupo, com a obtenção de níveis

de confiança e de proximidade cada vez mais notórios e generalizados.

Consideramos inequívoco que o contributo da nossa Caixa é manifesta parte integrante e ativa

no sucesso global alcançado.

O Crédito Agrícola foi então distinguido, pelo quarto ano consecutivo, com o

Prémio Cinco Estrelas na categoria “Banca – Atendimento ao Cliente”.

Este prémio, promovido pela U-Scot, com base num estudo de mercado

realizado pela IPSOS APEME, distingue os melhores serviços e produtos no

mercado nacional através da avaliação independente de consumidores.

Todavia este reconhecimento não se restringe apenas ao negócio bancário. Foi igualmente

extensivo às Seguradoras do Grupo, com registos de reconhecida excelência e confiança.

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A CA Seguros foi eleita pela sétima vez nos últimos dez anos, a Melhor

Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção foi atribuída com

base em estudos anuais realizados pela revista Exame, em parceria com a

Deloitte e Informa D&B.

Foi ainda reconhecida como a 3ª Melhor Grande Empresa para Trabalhar

e como a Melhor Empresa para Trabalhar no sector da Banca, Seguros e Serviços Financeiros,

galardão igualmente promovido pela Revista Exame em parceria com a consultora Everis e a

AESE Business School.

Em paridade, a CA Vida foi eleita Empresa Líder no Índice de Satisfação

do Cliente do Ramo Vida, pelo European Consumer Satisfação (ECSI)

Portugal 2017.

Esta Seguradora lidera ainda, no Ramo Vida, os índices de lealdade, de

confiança e de reclamações.

VI – NOTA FINAL E AGRADECIMENTOS

A notória imagem pública de sucesso e de referência da Caixa da Costa Azul continua a

representar nos distintos patamares do Grupo, um exemplo de boas práticas, que se congrega

numa atitude de estreita colaboração e permanente interação de uma vasta e competente

equipa, cujo profissionalismo e principal preocupação, radica na otimização e consolidação da

sua estrutura patrimonial, procurando sempre melhorar a todo o tempo, o nível global da

prestação de serviços aos seus associados e clientes.

É pois nosso particular privilégio podermos agradecer publicamente a todos quantos, mais de

perto colaboraram connosco, ajudando de algum modo a engrandecer e divulgar a marca da

Caixa, destacando-se os restantes Órgãos Sociais, no seu apoio permanente, os nossos

Associados e Clientes que sentem esta Instituição como sua, a Caixa Central e demais Empresas

do Grupo pelo natural e frequente sentido de cooperação, os nossos Colaboradores, pela sua

dedicação e zelo demonstrados na execução quotidiana das tarefas que lhes estão acometidas

e os mais diversos Serviços Públicos, com os quais nos relacionamos e que sempre têm

demonstrado um louvável espírito de entreajuda e prestimosa colaboração.

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VII – ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO, POLÍTICA DE

REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO, DE

FISCALIZAÇÃO E COLABORADORES

A – ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul, C.R.L. adota o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração,

Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia

Geral, para um mandato de três anos.

2. ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA

3. ASSEMBLEIA GERAL

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário.

3.1.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

Votar o relatório de gestão e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da

Mesa da Assembleia Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC

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Relatório e Contas | 2017 14

4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no

mínimo de três e de um suplente.

Em conformidade com a alteração estatutária ocorrida em Março de 2016, o Conselho de

Administração é composto por 5 membros, com mandato atual para o triénio 2016/ 2018.

4.1. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em

especial e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e

de orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório de gestão e as contas relativos

ao exercício anterior;

Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.2. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana.

Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de

Administração.

5. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial

de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da Lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta do plano de

atividades e orçamento, bem como emitir o relatório/parecer anual sobre o relatório de gestão

e contas elaborados pelo Conselho de Administração.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho

Fiscal.

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Relatório e Contas | 2017 15

B - POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO,

DE FISCALIZAÇÃO E DOS COLABORADORES

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a refletir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o fato do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a) O RGICSF; b) O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não

sejam incompatíveis com a atual redação do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c) A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d) A Diretiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Diretiva de Requisitos de Capital);

e) O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital);

f) As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22; g) O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

1. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação da dita Instituição, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insuscetíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º,

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Relatório e Contas | 2017 16

número 5, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objetivos:

a) Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a

assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b) Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objetivos, valores e

interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; c) Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,

fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização e os critérios para a componente variável da remuneração, fundamentados no desempenho sustentável e adaptado ao risco da Instituição, bem como no cumprimento das funções dos Membros do Órgão de Administração para além do exigido.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida

pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF. A política de Remuneração dos Colaboradores é aprovada pelo Órgão de Administração;

b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem, consta das seções seguintes da presente Política;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o fato de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de ações ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da componente variável da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais.

3. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto.

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Relatório e Contas | 2017 17

Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO

4.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Órgão de Administração, que é fixada pela Assembleia Geral nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, número 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste:

a) Na parte fixa, em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos

análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respetivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal.

b) Na parte variável, num prémio de desempenho de quantia não superior a 30% de catorze vezes o valor mensal da componente fixa a que o Administrador Executivo tenha direito.

Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua atualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do vínculo laboral. O direito dos Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal a remuneração variável fica sujeito à verificação dos pressupostos de que depende a atribuição da mesma remuneração à generalidade dos Administradores, não se constituindo qualquer direito a remuneração variável, mesmo em abstrato, somente por o Administrador a ter auferido até à suspensão do seu contrato de trabalho ou por a mesma ser paga aos trabalhadores da Instituição, nos termos gerais.

Acresce à referida remuneração: c) No caso dos Administradores Executivos com dedicação exclusiva: a i) utilização de

viatura em serviço; ii) utilização de telemóvel; iii) atribuição de cartão de crédito e afetação do mesmo ao pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; iv) direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição;

d) No caso dos Administradores Executivos sem dedicação exclusiva: direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.

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Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

4.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores

Executivos, designadamente para efeitos da atribuição e determinação da componente variável da remuneração, é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos.

b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se baseie o direito a uma componente variável da remuneração são designadamente, o cumprimento dos rácios e limites prudenciais, a evolução dos mesmos rácios e limites, o cumprimento de objetivos e os resultados obtidos.

c) A avaliação do desempenho terá ainda em conta os vários tipos de riscos, atuais e futuros, bem como o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários à Instituição;

d) A definição do valor total da componente variável da remuneração combinará a avaliação do desempenho individual e a avaliação do desempenho do Órgão de Administração como um todo com os resultados globais da Instituição.

e) Tendo em conta o valor da remuneração variável, prescinde-se da avaliação em quadro plurianual a que alude o art. 115º-E, nº 2, alínea b) do RGICSF.

4.1.2 Quanto à aquisição do direito à componente variável da remuneração, malus e clawback

a) Apenas se considerará que os Administradores Executivos são titulares de um direito adquirido à componente variável e ao seu pagamento quando a mesma componente for sustentável à luz da situação financeira da Instituição e fundamentada à luz do desempenho da mesma, do Conselho de Administração e de cada Administrador Executivo, sendo que a componente variável não poderá determinar um impacto superior a 3% dos resultados anuais líquidos da Instituição e não poderá ser atribuída qualquer componente variável quando a Instituição apresente resultados negativos.

b) As regras constantes da presente seção serão aplicadas tendo em conta o fato de não ser diferido o pagamento de qualquer parcela da componente variável da remuneração.

c) Sem prejuízo da legislação civil e laboral aplicável, a componente variável da remuneração será alterada nos termos das alíneas seguintes, por aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback), caso o desempenho da Instituição regrida ou seja negativo, tendo em consideração tanto a remuneração atual como as reduções no pagamento de montantes cujo direito ao recebimento já se tenha constituído nos termos das alíneas a) e b).

d) A decisão de aplicação dos mecanismos de redução (malus) ou reversão (clawback) apenas poderá incidir sobre Administradores executivos relativamente aos quais seja demonstrado, em sede da respetiva avaliação, que participaram ou foram responsáveis por uma atuação que resultou em perdas significativas para a Instituição, considerando-se sempre significativas as perdas que impliquem o incumprimento de rácios ou limites prudenciais a que a Instituição esteja vinculada, ou que deixaram de cumprir os critérios ínsitos na Política Interna de Seleção e de Avaliação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CCAM, designadamente a idoneidade.

e) Os mecanismos de redução (malus) e reversão (clawback) serão aplicados nos termos do nº 10 do art. 115º-E do RGICSF, ou seja, o primeiro corresponderá ao regime através do qual a Instituição poderá, em sede de avaliação do desempenho, reduzir total ou parcialmente o montante da remuneração variável que haja sido objeto de diferimento (se aplicável) e cujo pagamento ainda não constitua um direito adquirido, nos termos

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das alíneas a) e b), e o segundo corresponderá ao regime através do qual a Instituição, em sede de avaliação do desempenho, reterá o montante da remuneração variável cujo pagamento já constitua um direito adquirido.

f) A decisão de aplicar os referidos mecanismos cabe ao órgão competente para a avaliação dos Administradores Executivos, conforme definido na alínea a) da seção 4.1.1 supra.

4.1.3 Quanto ao rácio entre a componente fixa e a componente variável da remuneração

a) Em caso algum poderá a componente variável exceder a componente fixa da

remuneração. b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, a componente variável não poderá

ultrapassar 30% de catorze vezes o valor mensal da componente fixa a que cada Administrador tenha direito.

4.1.4 Disposições gerais

a) Uma vez que a Instituição possui a natureza jurídica de cooperativa, é-lhe impossível

atribuir remuneração variável em ações ou em opções, pelo que são inaplicáveis os nºs 3, 4 e 5 do art. 115º-E do RGICSF.

b) Para além da componente variável da remuneração dos Administradores Executivos não são atribuídos ou atribuíveis quaisquer prémios anuais ou outros benefícios pecuniários a que alude a alínea h) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

c) Os Administradores executivos não terão em caso algum direito a auferir uma remuneração sob a forma de participação nos lucros, pelo que é inaplicável a alínea i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

d) No exercício de 2017 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções.

e) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF.

f) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas entidades que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo: CA VIDA.

g) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

h) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

i) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

j) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que

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em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão.

k) Não é conferido em caso algum o direito a remuneração variável garantida.

5. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS COLABORADOES

5.1. Relação entre a remuneração fixa e a remuneração variável do colaborador

A componente variável da remuneração dos colaboradores constitui uma proporção equilibrada da remuneração total, atende ao desempenho, às responsabilidades e às funções de cada colaborador, bem como à atividade exercida pela instituição, e tem em vista minimizar os incentivos à assunção excessiva de riscos, estando sujeita a um limite máximo. Os critérios de atribuição da remuneração variável em função do desempenho são predeterminados e mensuráveis. Tendo em conta o reduzido valor da remuneração variável a que os colaboradores sujeitos aos deveres em matéria de formulação e divulgação de política de remuneração podem ter direito, do qual resulta que a mesma remuneração não é materialmente relevante, nem põe em causa o equilíbrio económico-financeiro da Instituição, a avaliação de desempenho não tem por base um quadro plurianual, nem há lugar ao diferimento do pagamento de qualquer parcela da remuneração variável. O montante total da remuneração que depende do desempenho baseia-se numa combinação da avaliação do desempenho do colaborador e da unidade de estrutura em causa com os resultados globais da CCAM e tem em conta, na avaliação do desempenho individual, critérios de natureza financeira e não financeira. O total da remuneração variável não limita a capacidade da CCAM para reforçar a sua base de fundos próprios. As componentes fixas e variáveis da remuneração total estão adequadamente equilibradas e a componente fixa representa uma proporção suficientemente elevada da remuneração total, a fim de permitir a aplicação de uma política plenamente flexível de componentes variáveis da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer componente variável da remuneração. Foram estabelecidos rácios apropriados entre as componentes fixas e variáveis da remuneração total. Os pagamentos relacionados com a rescisão antecipada de um contrato refletirão sempre o desempenho verificado ao longo do tempo e não recompensarão o insucesso, aplicando-se as regras gerais de Direito. A aferição do desempenho utilizada para calcular as componentes variáveis da remuneração ou conjuntos de componentes variáveis da remuneração inclui um ajustamento face a todos os tipos de riscos atuais e futuros e tem em conta o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários. A concessão de componentes variáveis da remuneração no âmbito da CCAM tem igualmente em conta todos os tipos de riscos atuais e futuros.

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A CCAM não emite instrumentos financeiros, mormente ações, que possam ser usados para as finalidades descritas no Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011, uma vez que o seu capital social se encontra representado por títulos cujo valor nominal é fixo e não varia em função do desempenho da Instituição, pelo que não são aplicáveis as normas dos referidos diplomas que pressupõem o pagamento de qualquer parte da remuneração em instrumentos financeiros, ações ou opções. A remuneração variável só será paga ou constituirá um direito adquirido se for sustentável à luz da situação financeira da CCAM no seu todo e se justificar à luz do desempenho da Instituição, da unidade de estrutura em causa e do colaborador em questão. A remuneração variável total será consideravelmente reduzida caso o desempenho da CCAM regrida ou seja negativo, tendo em consideração tanto a remuneração atual como as reduções nos desembolsos de montantes ganhos anteriormente, nomeadamente através de regimes de agravamento ou de recuperação, sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais da legislação contratual e laboral nacional. A política de pensões é compatível com a estratégia empresarial, os Objetivos, os valores e os interesses a longo prazo da CCAM. Os colaboradores não utilizam seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

5.2 Remuneração dos colaboradores que exerçam funções de controlo

A remuneração a atribuir aos colaboradores que exercem as funções de controlo previstas no Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008 assenta principalmente na componente de remuneração fixa. A componente variável da remuneração dos colaboradores que exercem as funções de controlo previstas no Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008 depende apenas da avaliação do desempenho individual de cada colaborador, tendo em conta os Objetivos específicos relacionados com as funções por si exercidas e nunca da avaliação do desempenho financeiro da área de negócio em que este desenvolve as suas funções de controlo. Os colaboradores que exercem funções de controlo são independentes das unidades de estrutura que supervisionam, dispõem da autoridade adequada e são remunerados em conformidade com a realização dos Objetivos associados às suas funções, independentemente do desempenho das áreas sob o seu controlo.

5.3 Avaliação da Política de Remuneração

A análise interna, centralizada, independente e anual da aplicação da política de remuneração inclui uma análise sobre a política de remuneração da CCAM e a sua implementação, em especial sobre o respetivo efeito na gestão de riscos, de capital e de liquidez da Instituição. No desenvolvimento da aludida avaliação participam de forma activa as unidades responsáveis pelo exercício das funções de controlo da CCAM.

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As unidades responsáveis pela promoção da avaliação referida acima devem apresentar à Assembleia Geral, ao Órgão de Administração e ao Órgão de Fiscalização um relatório com os resultados dessa avaliação, a qual, designadamente, dever identificar as medidas necessárias para corrigir eventuais insuficiências detetadas.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

No capítulo seguinte deste documento, apresentamos as Demonstrações Financeiras e o

correspondente Anexo às Contas referentes ao exercício contabilístico de 2017.

Santiago do Cacém, 14 de Fevereiro de 2018

O Conselho de Administração

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Relatório e Contas | 2017 23

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Relatório e Contas | 2017 24

BALANÇO

31.DEZEMBRO.2017 (valores em Euros)

31-12-2016

ATIVO NotasATIVO

BRUTO

PROVISÕES,

IMPARIDADES E

AMORTIZAÇÕES

ATIVO

LÍQUIDO

ATIVO

LÍQUIDO

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 2.216.499 0 2.216.499 1.841.361

Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 6.421.703 0 6.421.703 3.258.435

Ativos financeiros detidos para negociação 6 1.998.740 0 1.998.740 0

Outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados 7 0 0 0 0

Ativos financeiros disponíveis para venda 8 3.832.292 (422.454) 3.409.838 3.953.562

Aplicações em instituições de crédito 9 164.267.428 0 164.267.428 154.905.645

Crédito a clientes 10 342.738.738 (21.345.239) 321.393.499 298.426.220

Investimentos detidos até à maturidade 11 1.003.997 0 1.003.997 0

Ativos não correntes detidos para venda 12 43.353.081 (15.849.737) 27.503.344 32.179.201

Outros ativos tangíveis 13 17.108.482 (7.822.938) 9.285.543 8.910.933

Ativos intangíveis 14 25.981 (24.864) 1.118 230

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 15 22.326.860 (25) 22.326.835 22.308.505

Ativos por impostos correntes 16 3.116.936 0 3.116.936 3.228.978

Ativos por impostos diferidos 16 4.799.437 0 4.799.437 5.472.299

Outros ativos 17 5.478.671 (171.564) 5.307.106 5.270.191

TOTAL DO ATIVO 618.688.844 (45.636.821) 573.052.024 539.755.560

PASSIVO Notas 31-12-2017 31-12-2016

Recursos de bancos centrais 18 0 0

Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 19 0 0

Recursos de outras instituições de crédito 20 61.883.505 68.765.093

Recursos de clientes e outros empréstimos 21 444.171.467 394.659.311

Responsabilidades representadas por títulos 22 0 0

Provisões 23 557.596 5.974.024

Passivos por impostos correntes 16 0 0

Passivos por impostos diferidos 16 107.521 110.634

Instrumentos representativos de capital 24 4.725 4.775

Outros passivos subordinados 25 18.657.409 18.657.408

Outros passivos 26 3.796.530 12.293.849

TOTAL DO PASSIVO 529.178.752 500.465.094

Capital 28 34.424.460 33.939.125

Prémios de emissão 28 0 0

Outros instrumentos de capital 29 0 0

Reservas de reavaliação 29 409.725 258.961

Outras reservas e resultados transitados 29 5.007.252 2.185.529

Lucro do exercício 4.031.834 2.906.852

Dividendos antecipados

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 43.873.271 39.290.467

TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 573.052.024 539.755.560

31-12-2017

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Relatório e Contas | 2017 25

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

31.DEZEMBRO.2017 (valores em Euros)

RUBRICAS Notas ANO ANO ANTERIOR

Juros e rendimentos similares 30 11.045.528 10.372.351

Juros e encargos similares 31 (1.407.610) (2.556.899)

Margem Financeira 9.637.919 7.815.452

Rendimentos de instrumentos de capital 32 559.292 513

Rendimentos de serviços e comissões 33 5.850.544 5.545.226

Encargos com serviços e comissões 34 (480.531) (461.177)

Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 35 0 0

Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda 36 0 (44.321)

Resultados de reavaliação cambial 37 1.205 4.201

Resultados de alienação de outros ativos 38 421.379 111.467

Outros resultados de exploração 39 (2.281.422) 1.316.956

Produto Bancário 13.708.385 14.288.317

Custos com pessoal 40 (5.847.372) (5.631.317)

Gastos gerais administrativos 41 (3.319.979) (3.496.002)

Amortizações do exercício 13/14 (373.636) (412.625)

Provisões liquidas de reposições e anulações 23 422.636 (1.955.454)

Correções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 2.293.668 9.139.995

Imparidade de outros ativos financeiros líquida de reversões e recuperação 23 (40.790) (132.240)

Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações 23 (1.873.235) (4.337.691)

Resultado antes de impostos 4.969.676 7.462.982

Impostos correntes 16 (264.981) (2.642.254)

Impostos diferidos 16 (672.861) (1.913.876)

Resultado líquido do exercício 4.031.834 2.906.852

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos:

Reserva de justo valor de AFDV (3.412) 0

Excedentes de revalorização (13.832) (13.832)

Impostos diferidos 3.112 0

Ajustamentos transição para NIC 36.705 0

Fundos de pensões 168.008 (199.302)

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio 190.581 (213.134)

TOTAL DO RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO 4.222.415 2.693.718

O Anexo às demonstrações financeiras faz parte integrante das mesmas

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Relatório e Contas | 2017 26

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

EXERCÍCIO 2017

Notas 31-12-2017 31-12-2016

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 17.081.628 15.917.577

Juros, comissões e outros custos equiparados pagos (2.424.268) (3.018.076)

Pagamentos a empregados e fornecedores (8.478.388) (8.775.450)

Pagamentos e contribuições para fundos de pensões (426.539) (351.869)

(Pagamentos)/recebimentos de imposto sobre o rendimento (156.051) (4.556.130)

Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à atividade operacional (2.278.057) 1.116.480

Resultados operacionais antes das alterações nos ativos e passivos operacionais 3.318.325 332.532

(Aumentos) / diminuições de ativos operacionais:

Crédito a clientes 23.742.072 4.050.074

Ativos financeiros detidos para negociação e outros ativos avaliados ao justo valor através de resultados 1.998.740

Ativos financeiros disponíveis para venda (499.522) 4.046.756

Aplicações em instituições de crédito 9.500.670 39.988.046

Investimentos detidos até à maturidade 952.000 0

Outros ativos (3.284.263) 1.257.212

32.409.697 49.342.088

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Recursos de outras instituições de crédito e bancos centrais (6.880.137) 27.241.565

Recursos de clientes e outros empréstimos 50.046.832 15.020.522

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura 0 0

Outros passivos (11.158.021) 3.373.604

32.008.674 45.635.691

Caixa líquida das atividades operacionais 2.917.302 (3.373.865)

Fluxos de caixa de atividades de investimento

Dividendos 559.292 (513)

Alienações (aquisições) de filiais e associadas, líquidas de alienações (18.330) 0

Aquisições de ativos tangiveis, intangiveis e propriedades de investimento, líquidas de alienações (693.529) 414.726

Caixa líquida das atividades de investimento (152.567) 414.213

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Emissão de passivos subordinados, líquida de reembolsos 0 2.653.967

Reservas 0 (362.397)

Aumento (diminuição) de capital 773.671 206.470

Caixa líquida das atividades de financiamento 773.671 2.498.040

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes 3.538.406 (461.612)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 5.099.796 5.561.408

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 8.638.202 5.099.796

A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 2.216.499 1.841.361

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6.421.703 3.258.435

8.638.202 5.099.796 (va lores em Euros)

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Relatório e Contas | 2017 27

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EXERCÍCIO 2017

Santiago do Cacém, 09 de Março de 2018

O Contabilista Certificado

CC nº 27612

O Conselho de Administração

CAPITALPRÉMIOS

DE EMISSÃO

RESERVAS DE

REAVALIAÇÃO

OUTRAS

RESERVAS

RESULTADOS

TRANSITADOSTOTAL

RESULTADO

DO EXERCÍCIO

TOTAL DOS

CAPITAIS PRÓPRIOS

Saldos em 31-12-2015 (NCA) 33.732.655 0 555.825 14.224.706 (20.210.432) (5.985.726) 8.236.788 36.539.542

Impacto da adopção das NIC - Entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 0 0 0 0 0 0 0 0

Imparidades do crédito (NIC 39) 0 0 0 0 0 0 0 0

Impostos Diferidos Activos (NIC 12) 0 0 0 0 0 0 0 0

Saldos em 01-01-2016 (Pro-forma) 33.732.655 0 555.825 14.224.706 (20.210.432) (5.985.726) 8.236.788 36.539.542

Aplicação do resultado do exercício de 2015: -

Transferência para reservas e resultados transitados 0 0 0 (12.764.618) 21.968.078 9.203.460 (8.236.787) 966.673

Distribuição de resultados 0 0 0 0 0 0 0 0

(…) 0 0 0 0 0 0 0 0

Aumento de capital 575.520 0 0 0 0 0 0 575.520

Reembolso de capital (369.050) 0 0 0 0 0 0 (369.050)

Regularização da Reserva de Reavaliação 0 0 (331.212) 0 0 0 0 (331.212)

Resultado líquido do exercício de 2016 0 0 0 0 0 0 2.906.852 2.906.852

Ganhos actuariais em Fundos de Pensões 0 0 34.348 0 (63.947) (63.947) 0 (29.599)

Utilização da Reserva para formação e educação cooperativa 0 0 0 (72.203) 0 (72.203) 0 (72.203)

Outras alterações nos capitais próprios 0 0 0 (896.055) 0 (896.055) 0 (896.055)

Saldos em 31-12-2016 (Pro-forma) 33.939.125 - 258.961 491.830 1.693.699 2.185.529 2.906.853 39.290.468

Aplicação do resultado do exercício de 2016: 0 0 0 0 0 0 (2.906.853) (2.906.853)

Transferência para reservas e resultados transitados 0 0 0 581.370 2.193.122 2.774.492 0 2.774.492

Distribuição de resultados 0 0 0 32.275 0 32.275 0 32.275

Fundo de formação 0 0 0 0 0 0 0 0

Aumento de capital 654.030 0 0 0 0 0 0 654.030

Reembolso de capital (168.695) 0 0 0 0 0 0 (168.695)

Ganhos actuariais em Fundos de Pensões 0 0 168.008 0 0 0 0 168.008

Regularização da Reseva de Reavaliação 0 0 (13.832) 0 13.832 13.832 0 0

Variações na reserva de justo valor líquidas de imposto 0 0 (3.412) 0 0 0 0 (3.412)

Resultado líquido do exercício de 2017 0 0 0 0 0 0 4.031.835 4.031.835

Outras alterações nos capitais próprios 0 0 0 0 1.124 1.124 0 1.124

Saldos em 31-12-2017 34.424.460 0 409.725 1.105.475 3.901.777 5.007.252 4.031.835 43.873.272

(va lores em Euros)

OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

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Relatório e Contas | 2017 28

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Relatório e Contas | 2017 29

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul, C.R.L. (adiante designada por Caixa) é uma

instituição de crédito constituída em 5 de Maio de 1916, sob a forma de Cooperativa de

responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos

demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é

formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação,

fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida D. Nuno

Álvares Pereira, Nº2, em Santiago do Cacém, e através de uma rede de 17 agências situadas nos

concelhos de Santiago do Cacém, Grândola, Sines, Ourique, Setúbal e Sesimbra.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E

PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal. Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia. As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respetivos órgãos antecessores. Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adoção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as NIC, pelo que esta adoção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais. As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em 31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.

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Relatório e Contas | 2017 30

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao justo valor. De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa efetue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de Rendimentos, Gastos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as atuais estimativas e julgamentos. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia 09 de Março de 2018. 2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA. Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país. Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adoção das NIC para efeitos da preparação e apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspetos materialmente relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras referentes ao período anterior (ou seja, 2016). Ocorreram ainda em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

1. Impacto da adoção das alterações às normas que se tornaram efetivas a 1 de Janeiro de 2017:

a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em

ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transações que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das atividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa.

b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos

diferidos ativos sobre perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após

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1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos ativos relacionados com ativos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos ativos quando existem restrições na lei fiscal.

2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:

a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o Objetivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam, simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características individuais de cada uma. Relativamente à estrutura de governance do projeto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité com a responsabilidade de acompanhar o projeto mas também de assegurar que estão envolvidos neste projeto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo. O Grupo Crédito Agrícola encontra-se atualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos definidos, com o Objetivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9, optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos. Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projeto de implementação da IFRS 9. A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário e Objetivos do Grupo para o projeto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adoção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos. b) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”. c) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um ativo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, exceto certas locações de curto prazo e de ativos de baixo valor. A

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Relatório e Contas | 2017 32

definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um ativo identificado". d) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contratos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contratos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja atividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora.

e) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. 3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:

3.1 – Normas

a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. b) IAS 40 (alteração) (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os ativos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efetuar a transferência.

c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transações de pagamentos baseados em ações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transações de pagamentos baseados em ações liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em ações, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em ações seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar ativos financeiros com condições de pré-pagamento com

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compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através dos resultados. e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo. f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11. g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospetiva.

3.2 – Interpretações

a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transação" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transação” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transações em moeda estrangeira. b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transação específica, a entidade deverá efetuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes”, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospetiva ou retrospetiva modificada.

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2.3. Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transações em moeda estrangeira Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço, com exceção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os rendimentos e gastos relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transações em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

Moeda Descrição da Moeda Taxa de Câmbio

CHF Franco Suíço 1,17038 GBP Libra Esterlina 0,88722 USD Dólar Americano 1,19970

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afetar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objetos de análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado recuperável é inferior ao valor contabilístico registado. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação, conforme previsto na NIC 21.

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Os dividendos são registados nas respetivas contas dos resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.

d) Crédito e outros valores a receber O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas dos resultados. Os Rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efetiva. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e Gastos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa relativos aos respetivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros Rendimentos registados em resultados ao longo da vida das operações. Imparidade A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM. Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de imparidade. Considera-se que um ativo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse ativo ou grupo de ativos. Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte forma:

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- Crédito concedido a empresas; - Crédito à habitação; - Crédito ao consumo; - Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares; - Outros créditos a particulares; - Extrapatrimoniais. Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estrangeira e contratos de locação financeira. De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos coletivos. Quando um grupo de ativos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos ativos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em ativos com características de risco de crédito similares. Sempre que se entende necessário, a informação histórica é atualizada com base nos dados correntes observáveis, para refletirem os efeitos das condições atuais. Os critérios de seleção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes: Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000

Euros; Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros; Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores

a 500.000 Euros; Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e

igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses; Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real

associada ou com LTV (loan-To-Value) superior a 80%; Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados

superior a 500.000 Euros. A evidência de imparidade de um ativo ou grupo de ativos definida pela Caixa está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam: Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital

e/ou juros; Dificuldades financeiras significativas do devedor; Alteração significativa da situação patrimonial do devedor; Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

o das condições e/ou capacidade de pagamento; o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na

capacidade de cumprimento das suas obrigações.

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As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respetivos créditos à data de referência e o valor atualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percecionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação. Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses ativos e o valor atual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do ativo ou ativos financeiros. O valor de balanço do ativo ou dos ativos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contrato. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida dos resultados. Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração dos resultados. Anulações de capital e juros Periodicamente, a Caixa abate ao ativo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respetivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração. Eventuais recuperações de créditos abatidos ao ativo são refletidas como rendimentos na demonstração dos resultados do exercício em que ocorram. De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados. Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respetivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido. As recuperações de juros abatidos ao ativo são igualmente refletidos como rendimentos na demonstração dos resultados do exercício em que ocorram. e) Outros ativos e passivos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

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i) Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através dos resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transacionados em mercados ativos, adquiridos com o Objetivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os ativos financeiros ao justo valor através dos resultados incluem os títulos de rendimento fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através dos resultados. Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao justo valor através dos resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como Rendimentos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em mercados ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expetativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. ii) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como de negociação, designados ao justo valor através dos resultados, ativos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber. Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período, enquanto que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos diretamente em reservas.

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Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como Rendimentos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos concedidos e contas a receber Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. Os valores aqui registados respeitam a ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros. No reconhecimento inicial, estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os Gastos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes ativos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento inicial.

v) Operações de venda com acordo de recompra Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um ativo financeiro para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o ativo financeiro numa data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros. Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respetivos juros, através do método da taxa de juro efetiva.

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vi) Operações de compra com acordo de revenda É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um ativo financeiro com o compromisso de revender esse ativo a um preço pré determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar. Os ativos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva. vii) Outros passivos financeiros Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro independentemente da sua forma legal. Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos Gastos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do SICAM. viii) Imparidade em ativos financeiros A Caixa efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros e outros valores a receber, conforme referido acima. Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida dos resultados. Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objetiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respetivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objetiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração dos resultados.

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No caso de ativos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através dos resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados. ix) Instrumentos financeiros derivados Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respetivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado,

incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em Rendimentos e Gastos do exercício, nas rubricas de "Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através dos resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Ativos financeiros detidos para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através dos resultados", respetivamente. A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura. Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor através dos resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados. São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:

Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados ao justo valor através dos resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas

eficazes ao abrigo da NIC 39;

Derivados contratados com o Objetivo de “trading”. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em Rendimentos e Gastos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através dos resultados”. As

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reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através dos resultados”, respetivamente.

g) Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo Gastos diretamente atribuíveis) deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil

Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto na IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para as NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das depreciações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

h) Ativos intangíveis A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projetos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflete para além do exercício em que são realizados.

Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como Gastos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos i) Ativos não correntes detidos para venda

A Caixa regista em “Ativos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objeto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de Gastos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram

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contabilizados. Os ativos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação. Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os ativos executados judicialmente. Em exceção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de “ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Ativos”, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 “Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”: “Para que este seja o caso, o ativo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais ativos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.” A Caixa regista como provisão para estes ativos, uma verba extra a título prudencial no montante de 3.241.657 euros. A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes ativos. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito e outros riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com a NIC 37. k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo do Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros SA. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: • Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-

se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; • Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

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Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data

de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data

de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros SA, para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo.

l) Prémios de antiguidade Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no ativo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efetivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efetiva (no ano da atribuição), respetivamente.

A Caixa determina o valor atual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos atuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expetativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. m) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo, são reconhecidos em resultados quando o ato significativo tiver sido concluído; Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

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Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efetiva.

n) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de Gastos ou Rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: • Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em

transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas

filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

o) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

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Relatório e Contas | 2017 46

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO

DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expetativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adoção de pressupostos pela gestão, que podem afetar o valor dos ativos e passivos, réditos e Gastos, assim como de passivos contingentes divulgados. O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes: Provisões e perdas por imparidade A Caixa efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade. O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento. A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados. Justo valor dos instrumentos financeiros O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento. Benefícios a empregados As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos atuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas. Ativos por impostos diferidos São reconhecidos ativos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efetuados julgamentos para determinação do montante de impostos diferidos ativos que podem ser reconhecidos, baseados no nível dos resultados fiscais futuros

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Relatório e Contas | 2017 47

esperados de acordo com projeções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do ativo por impostos diferidos em exercícios futuros. Avaliação de ativos imobiliários O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respetivas funções. Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação atualizada, quer numa inspeção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transações, relação oferta/procura e perspetivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adoção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação. O valor de realização dos ativos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário.

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:

Moedas nacionais 2.148.772 1.614.361

Notas em trânsito 67.727 227.000

2.216.499 1.841.361

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

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Relatório e Contas | 2017 48

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 4.707.429 1.854.776

Cheques a cobrar 1.714.150 1.403.437

6.421.579 3.258.213

Juros a Receber 123 222

6.421.703 3.258.435

6. ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 615.147 -

Emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida 1.383.593 -

1.998.740 -

O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 é apresentado no Anexo I.

Número de Valor Código do País do Saldo em

Descrição titulos nominal Título emitente Cotação Quantidade 31.12.2017

OT 4.125% 04/14/27 158.000 1.00 PTOTESE0019 PRT 1,1877 158.000 187.657

CTS EU FLOAT 10/15/24 677.000 1.00 IT0005252520 IT 1,0228 677.000 692.436

OT 2.2% 10/17/22 394.000 1.00 PTOTESE0013 PRT 1,0850 394.000 427.490

FRANCE 2.25% 05/25/24 434.000 1.00 FR0011619436 FR 1,1359 434.000 492.967

SPGB 1.3% 10/31/26 197.000 1.00 ES00000128H5 ES 1,0060 197.000 198.190

1.860.000 1.998.740

7. OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DOS

RESULTADOS

Não aplicável.

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Relatório e Contas | 2017 49

8. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida - 341.412

Instrumentos de capital 3.305.356 3.454.362

Outros 526.936 543.453

Imparidade (422.454) (385.664)

3.409.838 3.953.562

Apresenta-se igualmente abaixo os movimentos do ano na reserva de justo valor em capitas próprios:

31-dez-16 31-dez-17

Reserva Aumentos Diminuições Outras Reserva

de JV de JV de JV variações de JV

Reservas de justo valor

Títulos emitidos por residentes

- Instrumentos de dívida 884.864 -16.516 -341.412 526.936

- Instrumentos de capital 3.454.362 -149.510 3.304.853

- Outros 504 504

4.339.227 504 (16.516) (490.921) 3.832.292

Movimentos de 2017

Adicionalmente, existem imparidades registadas sobre títulos desta carteira no total de 422.454 euros, imparidade que variou 36.790 euros, face ao final do ano anterior. Sobre este assunto, remetemos para o detalhe apresentado na nota relativa a provisões e imparidades.

9. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Em outras instituições de crédito:

Depósitos 163.016.200 153.516.200

Aplicações subordinadas 1.000.000 1.000.000

Outras aplicações 3.691 3.021

164.019.891 154.519.221

Juros 247.537 386.424

164.267.428 154.905.645

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Relatório e Contas | 2017 50

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 3.691 3.021

Entre três meses e um ano 161.500.000 152.000.000

Mais de cinco anos 2.516.200 2.516.200

164.019.891 154.519.221

10. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Crédito interno

Médio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado - -

Empréstimos à habitação regime geral 72.441.211 65.286.453

Empréstimos com garantia real 175.636.682 151.459.473

Empréstimos sem garantia real 34.072.025 38.801.512

Contratos de locação financeira

Clientes 9.545.993 6.550.479

Curto prazo

Outros créditos

Cartão crédito 1.357.534 1.339.718

Outros créditos 12.128.483 10.837.575

Créditos em conta corrente

Clientes 20.463.381 20.917.537

Descobertos em depósitos à ordem 214.363

Outros residentes 199.288 -

325.844.597 295.407.110

Crédito ao exterior

Médio e longo prazo

Empréstimos 1.171.119 813.305

Curto prazo

Outros créditos

Descobertos dep.ordem - não residentes 26 -

Outros créditos a clientes 555.697 124.542

1.726.843 937.847

Juros a receber 1.339.110 1.446.179

Outros créditos e valores a receber

Títulos de dívida 2.320.000 2.000.000

2.320.000 2.000.000

Correcções de valor dos activos

que sejam objecto de cobertura (930.757) (752.401)

(752.401)

Total crédito não vencido 330.299.792 299.038.735

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 12.279.489 21.390.852

Juros vencidos 159.456 290.920

Total crédito e juros vencidos 12.438.945 21.681.772

342.738.737 320.720.507

Imparidades e Provisões

Para crédito e juros vencidos (6.671.777) (15.909.054)

Para crédito de cobrança duvidosa (14.673.462) (6.385.234)

(21.345.239) (22.294.288)

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Relatório e Contas | 2017 51

Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa. Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme sucedeu até 31 de Dezembro de 2016. Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 14.458.415 18.989.655

Entre três meses e um ano 21.096.628 22.121.192

Entre um ano e cinco anos 61.098.583 68.468.458

Mais de cinco anos 220.481.360 179.639.899

Duração Indeterminada 13.641.722 22.427.472

330.776.708 311.646.676

Durante os exercícios de 2017 e de 2016 não foram efetuadas quaisquer operações de crédito a membros dos órgão sociais da CCAM, designadamente no que respeita ao artigo 85 do RGICSF, introduzido pela Lei n.º 118/2015, de 31 de Agosto. A rubrica de crédito a clientes, de acordo com o tipo de garantia, é a seguinte:

31-dez-17 31-dez-16

Crédito vincendo

Com garantias reais 211.706.911 248.151.739

Sem garantias 46.390.552 19.351.095

Com garantias pessoais 72.361.786 31.535.903

Crédito vencido - -

Com garantias reais 9.997.870 19.007.595

Sem garantias 1.557.800 1.980.779

Com garantias pessoais 723.819 693.398

342.738.738 320.720.509

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Relatório e Contas | 2017 52

11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Titulos detidos até à maturidade:

Títulos não cotados:

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa 952.000 -

Juros 51.997

1.003.997 -

Em 31 de Dezembro de 2017, os investimentos financeiros a deter até à maturidade encontram-se registados ao custo amortizado. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. A carteira de investimentos detidos até à maturidade em 31 de Dezembro de 2017, tem os seguintes prazos contratuais:

À vista Até 3 meses

De 3 meses

a 1 anos

Mais de 5

anos Indeterminado TotalInvestimentos detidos

até à maturidade - 952.000 952.000

Prazos residuais contratuais

31 dez 2017 em milhares de euros

12. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 43.353.081 44.458.905

43.353.081 44.458.905

Imparidade:

Imóveis (15.849.737) (12.279.704)

27.503.344 32.179.201

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Relatório e Contas | 2017 53

O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Dotações Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 44.458.905 (12.279.703) 7.694.872 (8.328.189) (4.042.541) 43.825.587 (16.322.244) 27.503.343

44.458.905 (12.279.703) 7.694.872 (8.328.189) (4.042.541) 43.825.587 (16.322.244) 27.503.343

Valor Dotações Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 42.982.354 (10.126.045) 10.476.621 (7.279.385) (3.874.343) 46.179.589 (14.000.388) 32.179.201

42.982.354 (10.126.045) 10.476.621 (7.279.385) (3.874.343) 46.179.589 (14.000.388) 32.179.201

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

A Caixa regista como provisão para estes ativos, uma verba extra a título prudencial no montante de 3.241.657 euros. Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efetuado pedidos de prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito.

13. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros ativos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 571.924 - - - - - - - - - - 571.924 - - 571.924

Edif icios 9.709.854 (3.548.371) - - - (189.194) - - - - - 9.709.854 (3.737.565) - 5.972.289

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

10.281.778 (3.548.371) - - - (189.194) - - - - - 10.281.778 (3.737.565) - 6.544.213

Equipamento:

Mobiliário e material 834.665 (811.731) - 3.521 - (10.977) - - - - - 838.186 (822.708) - 15.478

Máquinas e ferramentas 351.712 (308.094) - 15.753 - (17.029) - - - - - 367.465 (325.123) - 42.342

Equipamento informático 162.591 (154.351) - 941 - (4.065) - - - - - 163.532 (158.416) - 5.116

Instalações interiores 394.036 (355.248) - 1.651 - (8.487) - - - - - 395.687 (363.735) - 31.952

Material de transporte 1.015.975 (571.655) - 124.945 - (61.329) - - - (94.208) 87.728 1.046.712 (545.256) - 501.456

Equipamento de segurança 567.294 (500.287) - 808 - (24.865) - - - - - 568.102 (525.152) - 42.950

Outro equipamento 1.330.898 (1.318.103) - 75.106 - (57.127) - - - - - 1.406.004 (1.375.230) - 30.774

4.657.171 (4.019.469) - 222.725 - (183.879) - - - (94.208) 87.728 4.785.688 (4.115.620) - 670.068

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - - - - - - -

Outros activos em locação f inanceira - - - - - - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

Activos tangíveis em curso 1.513.776 - - 551.480 - - - (20.042) - - - 2.045.214 - - 2.045.214

Património artístico 26.048 26.048 - - 26.048

Outros activos tangíveis: 263 (263) - - - - - - - - - 263 (263) - -

16.479.036 - (7.568.103) - - - 774.205 - - - (373.073) - - - (20.042) - - - (94.208) - 87.728 - 17.138.992 - (7.853.448) - - - 9.285.543

31-dez-16 31-dez-17

Alienações e abatesRegularizações

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Relatório e Contas | 2017 54

14. ATIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Ativos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Valor Amortização Valor Amortização Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições

do

exercício bruto acumulada líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 24.530 (24.300) - 230 1.451 (563) 25.981 (24.863) 1.118

24.530 (24.300) - 230 1.451 (563) 25.981 (24.863) 1.118

31-12-2017 31-dez-16

Alienações e abates

Valor Amortização Valor Amortização Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições

do

exercício bruto acumulada líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 360 (10) - 350 1.780 (1.900) 2.140 (1.910) 230

360 (10) - 350 1.780 (1.900) 2.140 (1.910) 230

31-12-2016 31-dez-15

Alienações e abates

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 571.924 - - - - - - - - - - 571.924 - - 571.924

Edif icios 9.709.854 (3.359.177) - - - (189.194) - - - - - 9.709.854 (3.548.371) - 6.161.483

Outros - - - - - - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - - - - - - - - -

Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

10.281.778 (3.359.177) - - - (189.194) - - - - - 10.281.778 (3.548.371) - 6.733.407

Equipamento:

Mobiliário e material 830.389 (789.328) - 4.276 - (22.403) - - - - - 834.665 (811.731) - 22.934

Máquinas e ferramentas 332.316 (289.141) - 19.396 - (18.954) - - - - - 351.712 (308.095) - 43.617

Equipamento informático 152.785 (131.909) - 9.806 - (22.442) - - - - - 162.591 (154.351) - 8.240

Instalações interiores 378.711 (342.961) - 15.324 - (12.287) - - - - - 394.035 (355.248) - 38.787

Material de transporte 1.139.195 (707.697) - 135.884 - (21.134) - - - (259.103) 157.175 1.015.976 (571.656) - 444.320

Equipamento de segurança 567.294 (471.700) - - - (28.586) - - - - - 567.294 (500.286) - 67.008

Outro equipamento 1.240.077 (1.222.377) - 90.821 - (95.726) - - - - - 1.330.898 (1.318.103) - 12.795

4.640.767 (3.955.113) - 275.507 - (221.532) - - - (259.103) 157.175 4.657.171 (4.019.470) - 637.701

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - - - - - - -

Outros activos em locação f inanceira - - - - - - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

Activos tangíveis em curso 1.357.807 - - 155.970 - - - - - - - 1.513.777 - - 1.513.777

Património artístico 26.048 26.048 - - 26.048

Outros activos tangíveis: 263 (263) - - - - - - - - - 263 (263) - -

16.306.663 - (7.314.553) - - - 431.477 - - - (410.726) - - - - - - - (259.103) - 157.175 - 16.479.037 - (7.568.104) - - - 8.910.933

31-dez-15 31-dez-16

Regularizações Alienações e abates

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Relatório e Contas | 2017 55

15. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS

CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição: Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-17 31-dez-17 31-dez-16

CA Informática Banca e Seguros PT 0,7% 52.495 52.495

CA Seguros Banca e Seguros PT 0,0% 25 25

CA Vida Banca e Seguros PT 0,0% 29.615 13.785

Fenacam Banca e Seguros PT 0,0% 2.500 0

CCCAM Seguros e Pensões PT 5,8% 7.982.700 7.982.700

CCCAM Banca e Seguros PT 6,2% 14.259.525 14.259.525

22.326.860 22.308.530

Imparidade (25) (25)

22.326.835 22.308.505

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação Resultado

Empresa líquido líquida líquido

CA Informática 16.195.104 7.559.474 327.939

CA Seguros 214.871.600 45.234.567 2.031.039

CA Vida 1.607.061.582 110.016.753 6.652.580

Fenacam 8.303.491 5.508.860 547.749

Crédito Agrícola-Seguros e Pensões SGPS, SA 147.825.100 130.818.141 2.573.088

CCCAM 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370

Os valores de Ativo Líquido, Situação Líquida e Resultado Líquido por referência a 31 de Dezembro de 2017 das empresas participadas ainda não se encontram auditados. Foram distribuídos pelo Crédito Agrícola - Seguros & Pensões SGPS, SA., como dividendos, o montante de 558.789 euros.

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Relatório e Contas | 2017 56

16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

31-dez-17 31-dez-16

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 4.747.506 5.472.299

Por prejuízos fiscais reportáveis 51.931 -

4.799.437 5.472.299

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 107.521 110.634

4.906.959 5.582.932

Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar 3.116.935 3.228.978

3.116.935 3.228.978

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-dez-17 31-dez-16

Impostos correntes 264.981 2.642.254

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias 672.841 1.913.876

Prejuízos fiscais reportáveis - -

672.841 1.913.876

Total de impostos reconhecidos em resultados 937.822 4.556.130

Lucro antes de impostos 4.969.676 7.462.982

Carga fiscal 18,87% 61,05%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2013 a 2016 encontram-se ainda abertos para inspeção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade. Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

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Relatório e Contas | 2017 57

17. OUTROS ATIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros activos

Outros metais preciosos 980 980

Sector Público Administrativo 132.784 539.501

Bonificações a receber 4.983 2.720

Outros devedores diversos 3.597.363 3.190.459

3.736.110 3.733.660

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões -

Outras 22.465 11.118

22.465 11.118

Valores a regularizar

Operações activas a regularizar 1.439.829 1.401.154

Outras 280.266 124.258

1.720.095 1.525.412

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos (171.564) -

(171.564) -

5.307.106 5.270.190

O saldo de Outros devedores diversos em 31 de Dezembro de 2017 é composto na quase totalidade por cerca de 2.349 milhares de euros relativos a valores a receber associados a processos de recuperação de crédito, para os quais existe uma provisão de 172 milhares de euros registada na rubrica de provisões para créditos a clientes, e cerca de 1.094 milhares de euros a receber de entidades do Grupo Crédito Agrícola no âmbito das atividades de mediação de seguros. Do montante registado em 31 de Dezembro de 2017 em operações ativas a regularizar 1.438 milhares de euros (2016: 1.401milhares de euros) referem-se a montantes depositados nas máquinas ATM pertença da CCAM da Costa Azul.

18. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não aplicável.

19. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DOS

RESULTADOS

Não aplicável.

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Relatório e Contas | 2017 58

20. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Recursos de instituições de crédito no país

Depósitos 55.393.572 61.961.557

Empréstimos 6.485.818 6.797.970

61.879.390 68.759.527

Juros a pagar 4.114 5.566

61.883.505 68.765.093 Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 55.393.572 61.961.557

Entre três meses e um ano 6.485.818 6.797.970

61.879.390 68.759.527

21. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Depósitos

À ordem 183.283.884 142.831.654

A prazo 205.764.603 206.794.575

De poupança 54.155.916 44.244.647

Cheques e ordens a pagar 733.514 19.543

Outros 2.021 2.687

Juros a pagar 231.529 766.205

444.171.467 394.659.311

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 265.582.007 220.702.569

Entre três meses e um ano 157.453.301 157.284.960

Entre um ano e três anos 19.042.417 16.671.782

Entre três e cinco anos 620.421 -

Mais de cinco anos 1.473.317 -

444.171.463 394.659.311

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Relatório e Contas | 2017 59

22. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não aplicável.

23. PROVISÕES E IMPARIDADES

O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-dez-16 Reforços anulações Transferências 31-dez-17

Imparidade para crédito a clientes e aplicações - 59.096.727 (21.730.162) - 37.366.565

em instituições de crédito

Imparidade em investimentos em filiais e associadas 25 - - - 25

Imparidade em outros activos 12.279.704 2.348.193 (1.950.249) 3.172.089 15.849.737

Imparidade para garantias e compromissos assumidos - 1.766.894 (2.324.490) - (557.596)

Provisões:

Provisões crédito vencido 15.737.490 (15.737.490) -

Provisões crédito cobrança duvidosa 6.386.234 (6.386.234) -

Outros activos 171.564 171.564

Riscos gerais de crédito 2.801.935 - - (2.801.935) -

Outras provisões 3.172.089 - - (3.172.089) 0

28.269.312 - - - - - (28.097.748) - 171.564

40.549.041 - 63.211.814 - (26.004.902) - (24.925.659) - 52.830.295

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

24. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

À data de 31 de Dezembro de 2017 a rubrica de Instrumentos Representativos de Capital contém 4.725 euros referentes à emissão de títulos de Capital Especial de Entre Tejo e Sado (adquiridos à data da fusão/cisão).

31-dez-17 31-dez-16

Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo:

Outros instrumentos

Emitidos 4.725 4.775

4.725 4.775

4.725 4.775

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Relatório e Contas | 2017 60

25. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Ao abrigo do disposto no artigo 26º, n.º 1 do Código Cooperativo foram subscritos em 27 de Dezembro de 2013, por um período de 5 anos, 32.000 títulos de investimento no total de 16.000.000,00 €. A 30 de Junho de 2016 foi reembolsado 40% desta subscrição. Foi efetuada e subscrita nova emissão (2016) de 18.000 títulos de investimento, a 5 anos, no total de 9.000.000,00 euros, conforme detalhe:

Valor Data de

Número

de nominal vencimento

Taxa

juro Data de Saldo em

Reembolsos

Saldo em

Descrição titulos Moeda unitário dos juros

em vigor vencimento 31.12.2016 Emissões 31.12.2017

Tit.Inv/2013 32.000 Euro 500,00 Semestral 4,00% 30-12-2018 16.000.000 6.400.000 - 9.600.000

Tit.Inv/2016 18.000 Euro 500,00 Semestral 1,25% 30-06-2021 - - 9.000.000 9.000.000

16.000.000 6.400.000 9.000.000 18.600.000

26. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Responsabilidades com pensões e outros benefícios 75.992 74.667

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 385.696 347.338

Contribuições para a Segurança Social 106.812 77.849

Imposto sobre o Valor Acrescentado 50.066 23.849

Cobranças por conta de terceiros

Contribuições para outros sistemas de saúde 19.862 16.096

Credores diversos 264.511 9.865.877

Encargos a pagar

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 533.121 559.543

Prémio de antiguidade 508.882 517.396

Outros 303.598 -

Por gastos gerais administrativos

Outros 8.981 15.000

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 77.001 18.134

Outras 130.650 5.313

Valores a regularizar

Outras operações a regularizar 1.331.358 772.787

3.796.530 12.293.849

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Relatório e Contas | 2017 61

O saldo de Outras operações passivas a regularizar em 31 de Dezembro de 2017 refere-se essencialmente a cerca de 207 milhares de euros (2016: 279 milhares de euros) de cheques em trânsito emitidos entre clientes da CCAM e que aguardam regularização e cerca de 173 milhares de euros (2016: 330 milhares de euros) relativos a levantamentos efetuados por clientes da Caixa em ATM’s fora de rede do Crédito Agrícola e que aguardam regularização.

27. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-17 31-dez-16

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 8.695.478 9.196.962

Outros passivos eventuais - 87.500

Garantias recebidas 1.127.119.083 997.554.228

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 45.718.499 22.159.964

Compromissos revogáveis 9.456.813 9.657.702

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 90.854 196.971

Valores recebidos para cobrança 168.126 256.161

1.191.248.855 1.039.109.488

28. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros. Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral. Em 31 de Dezembro de 2017 o Capital Social da CCAM é de 34.424.460 (2016: €33.939.125) representado por 6.884.892 títulos de capital de valor nominal 5€ cada e encontra-se integralmente realizado. Naquela data a Caixa tem 12.131 associados não existindo uma posição dominante ou de influência significativa por parte de qualquer um dos associados.

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Relatório e Contas | 2017 62

29. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS

DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor: 3.412

Reservas de reavaliação - Fundo Pensões 123.403 (44.605)

Reservas de reavaliação de imóveis 387.296

Reservas por impostos diferidos (87.142) (87.142)

De activos financeiros disponíveis para venda

(…) 373.464

409.725 258.961

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 779.114 197.743

Outras reservas 326.362 294.087

Resultados transitados 3.901.777 1.693.699

5.007.252 2.185.529

Lucro do exercício 4.031.834 2.906.852

9.448.811 5.351.341

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adoção das NIC no montante de 36.704,52 euros, o qual, foi considerado pela Administração da caixa e pelo ROC como montante não relevante nem capaz para provocar a construção de comparativos reexpressos.

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Relatório e Contas | 2017 63

30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez-17 31-dez-16

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.062 4.182

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 884.700 1.068.037

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 13.495 19.803

Empréstimos 4.779.647 4.235.245

Créditos em conta corrente 716.140 793.214

Descobertos em depósitos à ordem 90.541 79.195

Operações de locação financeira

Imobiliária 206.401 125.755

Outros créditos 4.376 2.589

Particulares

Habitação

Outros créditos 1.132.159 1.108.361

Consumo

Outros créditos 841.964 808.831

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2.571 6.065

Empréstimos 1.414.979 1.635.399

Créditos em conta corrente 55.471 77.319

Descobertos em depósitos à ordem 41.412 42.252

Operações de locação financeira 14.110 15.919

Crédito externo

Particulares

Habitação 23.906 16.785

Consumo 10.585 1.406

Outras finalidades

Empréstimos 143 -

Descobertos em depósitos à ordem 46 -

Outros créditos e valores a receber (titulados)

Emitidos por residentes 59.972 59.868

Juros de activos financeiros detidos para venda 6.819 16.561

Juros de crédito vencido 693.030 255.565

Juros de investimentos detidos até à maturidade

Títulos de dívida emitidos por residentes 51.997 -

11.045.528 10.372.351

31. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país 157.255 164.855

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 753.854 1.824.505

Juros de passivos subordinados 496.501 567.540

1.407.610 2.556.899

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Relatório e Contas | 2017 64

32. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 559.292 513

559.292 513 Esta rubrica apresenta o valor distribuído, como dividendos, pela CA Vida, em 2017 e 2016.

33. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias prestadas

Garantias e avales 177.519 197.162

177.519 197.162

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 267.406 223.631

Outros compromissos irrevogáveis 1.016 8.837

268.423 232.468

Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores 1.955 -

Cobrança de valores 2.759 3.712

Transferência de valores 59.491 58.999

Gestão de cartões 16.982 18.120

Anuidades 291.514 266.162

Montagem de operações 11.264 -

Operações de crédito

Outras operações de crédito 1.035.462 1.018.276

Outros serviços prestados 2.859.310 2.650.370

4.278.736 4.015.639

Outras comissões recebidas 1.125.866 1.099.958

5.850.544 5.545.227

Em 31 de Dezembro de 2017 esta rubrica inclui essencialmente 920 milhares de euros (2016: 889 milhares) referentes à utilização de ATM’s e pontos de pagamento da CCAM da Costa Azul por clientes de outras instituições bancárias e 1.331 milhares de euros (2016: 1.115 milhares) por comissões recebidas por mediação de seguros (Nota 45) de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola. Em outras comissões recebidas estão registados, fundamentalmente, os Rendimentos relacionados com comissões cobradas por cheques e ordens de levantamento, mora e contencioso e manutenção de conta.

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Relatório e Contas | 2017 65

34. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias recebidas 60 -

Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 5.529 4.412

Operações de crédito 8.684 8.007

Cobrança de valores 17.663 24.401

Administração de valores 2.564 107.905

Cartões 320.484 316.203

Ttansferências de valores 125.409

Outros 139 249

480.531 461.177

35. RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR

ATRAVÉS DOS RESULTADOS

Não aplicável.

36. RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Outros - 44.321

- 44.321

37. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Operações cambiais a prazo 1.205 4.201

1.205 4.201

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Relatório e Contas | 2017 66

38. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Resultados em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda 363.613 111.466,92

Outros activos tangíveis 57.765

421.379 111.467

39. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesas 4.221 7.224

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 321.748 144.625

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 654.555 1.978.788

Rendimentos da prestação de serviços diversos 361.211 461.703

Outros 224.509 184.942

1.566.244 2.777.280

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos (55.896) (159.808)

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (158.650) (88.222)

Perdas em activos não financeiros (2.160) (4.638)

Outros encargos e gastos operacionais (3.324.365) (1.022.442)

(3.541.071) (1.275.110)

Outros Impostos (306.594) (185.214)

(2.281.422) 1.316.956

Na rúbrica outros encargos e gastos operacionais o montante mais expressivo refere-se a perdão de juros a clientes.

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Relatório e Contas | 2017 67

40. GASTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 239.400 232.373

Empregados 3.909.702 4.038.947

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões 426.539 351.869

Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social 762.420 733.724

SAMS 172.808 166.414

Outros - 34.336

Outros encargos sociais obrigatórios:

Seguros acidentes trabalho-CA Seguros 20.318 -

Complemento de subsídio de doença 1.228 -

Serviços higiene e saúde no trabalho 8.585 -

Outros custos com pessoal:

Outros 306.372 73.654

5.847.372 5.631.317

O número médio de colaboradores da caixa a 31/12/2017 é de 119 colaboradores. A 31-12-2016 era de 122. Remuneração Órgãos Administração, Fiscalização e Funções de Controlo A remuneração dos membros dos Órgãos de Administração é determinada numa base anual pela Assembleia Geral. O montante anual das remunerações ilíquidas auferido pêlos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos colaboradores das Funções de Controlo, nos exercícios de 2017 e 2016,foi o seguinte:

Conselho de Administração 2016

Fixas Variáveis Fixas

Presidente 154.350 22.050 154.000

Administrador sem dedicação exclusiva 49.000 7.000 49.000

Administradores com dedicação exclusiva (3 elementos) 347.298 49.614 94.148

550.648 78.664 297.148

2017

Conselho Fiscal 2017 2016

Variáveis

Presidente - 5.761

Vogais (2 elementos) 4.600 6.490

4.600 12.251

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Relatório e Contas | 2017 68

2017 2016

79.563 126.088

79.563 126.088

Funções de Controlo, previstas nos Avisos n.º 5/2008 e

n.º 10/2011 do Bdp (Compliance, Auditoria Interna e

Gestão de Risco)

41. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 162.240 150.012

Material de consumo corrente 50.682 57.434

Publicações 123 711

Material de higiene e limpeza 9.751 7.606

Outros fornecimentos de terceiros 7.493 9.226

230.288 224.989

Com serviços:

Rendas e alugueres 69.600 51.171

Comunicações 278.257 267.989

Deslocações, estadas e representação 134.182 140.170

Publicidade e edição de publicações 208.869 472.239

Conservação e reparação 144.462 209.823

Transportes 79.290 77.442

Formação de pessoal 10.257 2.219

Seguros 78.682 86.098

Serviços especializados:

Avenças e honorários 48.146 64.195

Judiciais contencioso e notariado 91.230 44.468

Informática 1.223.009 1.198.180

Limpeza 49.096 41.248

Bancos de dados 3.078 3.228

Outros serviços especializados:

SIBS 221.617 240.637

Consultores e auditores externos 36.295 12.651

Avaliadores externos 95.256 59.994

Outros serviços de terceiros 318.366 299.261

3.089.691 3.271.013

3.319.979 3.496.002

O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a faturar pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ascende a 26.100 euros, sendo 21.600 euros relativos à Revisão Legal das Contas e 4.500 euros a outros trabalhos de garantia e fiabilidade.

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Relatório e Contas | 2017 69

42. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 17), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. No quadro abaixo apresentamos os saldos e transações, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016. Activos financeiros disponíveis para venda 526.936 - 526.936 - - -

Aplicações em instituições de crédito - 164.019.891 164.019.891 154.905.645 - 154.905.645

Investimentos em filiais, associadas e empreend. Conj. 22308530 22.308.530

Outros activos 13.922 - 13.922 11.118 - 11.118

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - 61.883.393 61.883.393 - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - - 68.764.617 - 68.764.617

Outros passivos - 177.346 177.346 74.667 - 74.667

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - 147.090 147.090 - - -

Garantias recebidas - 3.542.614 3.542.614 3.924.886 - 3.924.886

Compromissos perante terceiros - 121.299 121.299 - - -

Associadas Caixa Central Total AssociadasCaixa

CentralTotal

Custos:

Juros e encargos similares - 157.255 157.255 164.855 - 164.855

Encargos com serviços e comissões - 182.861 182.861 206.287 - 206.287

Gastos gerais administrativos 839.999 183 840.182 851.285 - 851.285-

Custos com pessoal 372256 372.256

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - 885.762 885.762 1.088.780 - 1.088.780

Rendimentos de instrumentos de capital 559.292 - 559.292 1.013 - 1.013

Rendimentos de serviços e comissões 1.663.563 189.635 1.853.198 1.680.282 - 1.680.282

31-dez-17 31-dez-16

As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas.

43. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no ativo e a reformados e pensionistas, foram efetuados estudos atuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A. Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a designar-se NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas desvios atuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como “outro rendimento integral”. A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação correspondente às remensurações acumuladas de 123.403 euros.

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Relatório e Contas | 2017 70

Com as alterações à NIC 19, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos ativos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Gastos com pessoal”, ascendendo a 31 de Dezembro de 2017 a 426.539 euros. Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os participantes de planos de pensões financiados pelo fundo são os seguintes:

31-12-2017

F.2016 Valor atual das Responsabilidades por serviços passados 2.467.024

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 1.412.120

F.2 Com licenças sem vencimento 107.721

F.3 Com pré-reformados 53.245

F.4 Com pensões em pagamento 893.939

As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e prémio de antiguidade em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, assim como a respetiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:

G.1 + Custo do serviço corrente 81.654

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 2.491

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais (172.777)

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados (172.777)

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos 0

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 213.558

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 124.926

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral dos fundos de pensões relativamente às responsabilidades com pensões em pagamento e de

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Relatório e Contas | 2017 71

um nível mínimo de financiamento de 95% em relação às responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. De acordo com a IAS 19R, o valor registado no exercício em resultados, inclui o custo do serviço passado e o juro liquido. O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações, deduzido do rendimento esperado. Ainda que de pouca materialidade, em 2016, foi entendimento que os valores registados no exercício referentes aos prémios de seguro pagos e ao rendimento do seguro devem ser considerado e integrados no rendimento integral e não em resultados do exercício. Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os Gastos com pensões têm a seguinte composição:

A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 2.262.224

H.1 (+) Contribuições efetuadas 128.370

H.1.1 Pela CAM COSTA AZUL 96.503

H.1.2 Pelos empregados 31.867

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 1

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 56.038

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 37.960

H.9 (+) Participação dos resultados no seguro 33.190

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 36.101

H.5.1 Por reformas antecipadas 24.761

H.5.2 Outros 11.340

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 14.730

H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2017 2.391.032

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2017 (H.7.2017 – A.4.2016)

128.808

O movimento ocorrido durante o exercício de 2017, relativo ao valor atual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2016

(+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2016 2.336.891

G.1 (+) Custo do serviço corrente 81.654

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 49.787

H.1.2 Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 31.867

G.2 (+) Custo dos juros 50.709

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades (164.957)

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 213.558

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 36.101

H.5.1 Por reformas antecipadas 24.761

H.5.2 Outros 11.340

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 14.730

F.2017 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2017 2.467.024

K. Variação nas responsabilidades em 2017 (F.2017 – F.2016) 130.133

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2017 Valor atual das responsabilidades com serviços passados 2.467.024

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2017 (Aviso 7/2008)* 0

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 2.391.032

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 100

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adoção da IAS 19.

De acordo com a Carta Circular do Banco de Portugal nº 106/08/DSBDR de 18 de Dezembro, a partir do exercício de 2008, o custo com o serviço corrente e o juro liquido, passaram a ser registados na rubrica "Gastos com pessoal".

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Relatório e Contas | 2017 72

A 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, as responsabilidades com serviços passados da Caixa de acordo com os estudos atuariais realizados e os respetivos ativos alocados à cobertura das mesmas apresentavam o seguinte detalhe:

RI.2016 Desvios atuariais em 31-12-2016 (44.606)

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2017 – Ganhos e perdas atuariais 168.007

RI.2017 Desvios atuariais em 31-12-2017

Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2016

N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 517.396

N.2.2016 Com licenças sem vencimento 0

N.2016 Total 517.396

Prémio de Antiguidade 31-12-2017

N.1.2017 Com trabalhadores no ativo 508.882

N.2.2017 Com licenças sem vencimento 0

N.2017 Total 508.882

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo (8.514)

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total (8.514)

44. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de Mercado O risco de mercado reflete o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de ações, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes. As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis. De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas. Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados. Risco Cambial O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.

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Relatório e Contas | 2017 73

A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efetivamente, o perfil definido para o risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida. Risco de Taxa de Juro A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua atividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro. O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos fatores, nomeadamente:

diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos ativos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afetam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu ativo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis. Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional. Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em ativos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais. O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência. Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspetos: • Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que,

tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efetuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo

à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

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Relatório e Contas | 2017 74

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projetados.

• Manutenção de uma almofada de ativos com liquidez imediata para fazer face a um

qualquer aumento inesperado de saídas de caixa. Risco de Crédito As atividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes. Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adoção de metodologias que permitem obter uma visão mais exata do perfil de risco da sua carteira. Justo valor de ativos e passivos financeiros Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia: Nível 1 – Cotações em mercado ativo Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de mercados ativos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação. Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio. Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização.

45. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Costa Azul está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de

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acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a atividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração dos resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no Balanço, na rubrica de Outros Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidos pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2015 2016 2017 % por Origem 2017

Ramos Não Vida CA Seguros 968.280,32 1.114.883,84 1.330.863,49 80,0%

Ramo Vida CA Vida 256.005,21 380.560,37 287.763,59 17,3% Fundos de Pensões CA Vida 11.411,17 24.530,21 44.936,09 2,7%

Total 1.235.696,70 1.519.974,42 1.519.974,42 100,0%

A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros exercidos pela CCAM.

46. RÁCIOS PRUDENCIAIS

A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”. No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 10%, situando-se igualmente nos 10% a 31 de Dezembro de 2017. Por seu lado, o rácio de capital total situou-se nos 12%, cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador. Os fundos próprios da caixa totalizam, a 31-12-2017, o montante de 43.621.755 euros.

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47. EVENTOS SUBSEQUENTES

Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais. Santiago do Cacém, 09 de Março de 2017.

O Contabilista Certificado

CC nº 27612

O Conselho de Administração

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

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Em conformidade com o disposto no artigo 32º dos Estatutos e o artigo 420º do Código das Sociedades Comerciais vem o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Costa Azul, CRL apresentar o seu relatório e dar parecer sobre o Relatório e Contas apresentado pelo Conselho de Administração respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2017. RELATÓRIO No cumprimento do mandato que nos foi conferido e no âmbito das competências e deveres que nos estão atribuídos procedemos ao seguinte:

Verificação periódica, com a profundidade e extensão considerados adequados de documentos económico-financeiros, registos e livros de escrituração;

Verificação das Demonstração Financeiras e das notas constantes do Anexo;

Apreciação do Relatório de Gestão e das propostas nele inseridas;

Verificação das políticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos utilizados, bem como das normas emanadas pelo Banco de Portugal;

Fiscalização da eficácia do Sistema de Controlo Interno e do Sistema de Controlo Interno para a Prevenção de Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo;

Apreciação da Certificação Legal de Contas elaborada pelo Revisor Oficial de Contas;

Apreciação do Relatório Adicional dirigido ao Conselho Fiscal pelo Revisor Oficial de Contas e restantes deveres de comunicação estabelecidos pelo Regime Jurídico de Supervisão da Auditoria.

No desempenho das nossas funções efetuámos reuniões periódicas com o Conselho de Administração e com os responsáveis pelos departamentos de Contabilidade, Auditoria Interna e Compliance, cuja colaboração e apoio salientamos e agradecemos, tendo obtido todas as informações e esclarecimentos que solicitámos sobre a atividade e a situação da Caixa. Acompanhámos o trabalho desenvolvido pelo Revisor Oficial de Contas, efetuando as verificações de natureza contabilística consideradas adequadas. O ano de 2017 caracterizou-se pelo crescimento do volume de negócios e pela consolidação da situação financeira da CCAM, sendo de realçar o seguinte:

Aumento das principais rubricas do balanço, designadamente do crédito concedido e dos recursos de clientes, muito expressivo neste último caso;

Forte decréscimo do crédito vencido, para quase metade do valor registado no final de 2016;

Reforço da Situação Líquida, em consequência do resultado obtido;

Prudência acrescida na dotação de imparidades, registando-se um bom grau de cobertura dos créditos em incumprimento.

Em síntese a Caixa Agrícola aumentou e consolidou os seus níveis de rentabilidade, solidez e liquidez financeira dando assim uma contribuição relevante para a estabilidade e a notoriedade obtida pelo Grupo Crédito Agrícola. Em consequência da ação fiscalizadora que desenvolvemos concluímos que:

A Administração exerceu de forma idónea e com rigor as suas competências respeitando o cumprimento da Lei;

As Demonstrações Financeiras e as notas constantes do Anexo satisfazem as disposições legais e estatutárias;

O Relatório de Gestão clarifica a atividade desenvolvida pela Caixa durante o exercício de 2017 e a sua situação financeira;

A Certificação Legal de Contas merece o nosso acordo;

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O Relatório Adicional cumpre os requisitos legais, tendo o Revisor Oficial de Contas confirmado a sua independência assim como a não prestação de outros serviços para além da auditoria.

PARECER Face ao exposto, somos de parecer que:

Sejam aprovados o Relatório de Gestão e as contas do exercício de 2017 apresentadas pelo Conselho de Administração;

Seja aprovada a proposta de aplicação de resultados, contida no Relatório de Gestão;

Seja feita, nos termos do artigo 455º do Código das Sociedades Comerciais, uma apreciação favorável ao Conselho de Administração da Caixa da Costa Azul, propondo que lhe seja transmitido um voto de louvor e confiança.

Santiago do Cacém, 9 de Março de 2018

O Conselho Fiscal

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

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