152
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, CRL

Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

RelatórioBalanço e Contas

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, CRL

2014

Page 2: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 3: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 4: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

ÍNDICE Convocatória da Assembleia Geral ..................................................... 5

Corpos Sociais ..................................................................................... 6

I. Enquadramento Macroeconómico

Economia Mundial........................................................... 10 a 12

Economia Portuguesa ...................................................... 12 a 17

Mercados Financeiros ..................................................... 17 a 22

II Evolução do Mercado Bancário ....................................... 22 a 25

III Crédito Agrícola: Evolução Recente

Análise Financeira do Sicam ............................................ 26 a 32

Outros Factos Relevantes ................................................ 32 a 35

Relatório de Gestão

-Estrutura de Governo Societário ................................... 40 a 4

-Política de remuneração ................................................ 4 a 50

-Evolução Económica-Financeira .................................... 52 a 55

Demonstrações Financeiras

Balanço .................................................................................... 58

Demonstração de Resultados ................................................. 60

Demonstração de Fluxos de Caixa .......................................... 61

Demonstração de alterações no Capital Próprio .................... 62

Demonstração do Rendimento Integral ........................ 64 a 137

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados ....... 52 a 123

Movimentação de Associados ........................................................ 140

Mensagem do Conselho de Administração .................................... 142

Proposta de Aplicação de Resultados ............................................. 144

Parecer do Conselho Fiscal ............................................................. 146

Certificação Legal das Contas ......................................................... 148

Page 5: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 6: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

5 RELATÓRIO E CONTAS 2014

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA AZAMBUJA

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL

SESSÃO ORDINÁRIA

Nos termos estatutários, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Azambuja, C.R.L., pessoa colectiva nº. 500948445, matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Azambuja, sob o nº.500948445, com sede na Rua Engº. Moniz da Maia, 57 A, em Azambuja, convoco todos os associados desta CCAM que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 28 de Março de 2015, pelas 14 horas, na sede desta CCAM, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do relatório de gestão e contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2014 e do

relatório anual do Conselho Fiscal;

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;

3. Apresentação e apreciação de relatório com os resultados da avaliação anual da implementação das

políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;

4. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola;

5. Discussão e aprovação da Política de Remuneração da Caixa Agrícola para o ano de 2015;

6. Discussão e aprovação da Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola;

7. Discussão e aprovação da Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Titulares de Funções

Essenciais da Caixa Agrícola;

8. Alteração das alíneas b), c) e d) do número 1 do artigo 19º e dos números 1, 2 e 3 do artigo

20º dos Estatutos da Caixa Agrícola, nos termos constantes de proposta cujo texto integral ficará à

disposição dos Associados na sede da Caixa Agrícola a partir da publicação da presente convocatória, sem

prejuízo de na Assembleia serem propostas pelos Associados redações diferentes para os mesmos artigos ou

serem deliberadas alterações de outros artigos que forem necessárias em consequência das alterações a

introduzir nos referidos artigos 19º, nº 1 alínea b), c) e d) e 20º, nº 1, 2 e 3;

9. Discussão e aprovação do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola.

10. Informação sobre a realização de Eleições para os órgãos sociais na próxima Assembleia Geral

Ordinária.

11. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.

Se, à hora marcada para reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Azambuja, 25 de Fevereiro de 2015

O Presidente da Mesa da Assembleia GeralAmaro Teófilo Ferreira Camilo

Page 7: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

6 RELATÓRIO E CONTAS 2014

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJAC o r p o s S o c i a i s

Assembleia GeralPresidente - Dr. Amaro Teófilo Ferreira CamiloVice-Presidente - Engº. João Francisco Dias da SilvaSecretário - Sr. José Rodrigues Onofre

Conselho de AdministraçãoEfectivosPresidente - Engº. Francisco João Bernardino da SilvaVogal - Sr. José da Silva RochaVogal - Sr. Lourenço José Silva LuzioSuplente - Sr. Fernando Alves Pereira

Conselho FiscalEfectivosPresidente - Engº. Isídro Luís AlexandreVogal - Sr. Manuel Pires HenriquesVogal - Sr. Josué Marques RosaSuplentes - Engº. João Carlos Franco Narciso

- Dr. Alexandre Amaro da Silva Sécio

Revisores Oficiais de Contas- Diz, Silva & Duarte, SROC

Page 8: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

7 RELATÓRIO E CONTAS 2014

2014 Em 2014, Portugal terminou o Programa de Assistência Económica e Financeira anteriormente negociado e acordado com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, cuja aplicação tem gerado uma grave crise económica e social com impactos negativosgeneralizados na sociedade portuguesa e cujos efeitos apesar de atenuados continuam.

Neste quadro de grandes dificuldades, a que acresce a pouca dinâmica da actividade económica do nosso Concelho, salvo raras excepções, nomeadamente ao nível das PME’s, é natural que os efeitos se façam sentir na generalidade das actividades económicas e sociais, com implicações na actividade da Caixa Agrícola, que entretanto procurou responder e estar presente junto dos seus clientes tradicionais e de novos clientes, apoiando-os e disponibilizando o seu portfólio de produtos e serviços bancários e de seguros.

Só uma prudente, profissional e responsável administração e gestão, foi capaz de manter a Caixa Agrícola com o desempenho e com os resultados obtidos, como aconteceu no Exercício de 2014.

Concluído o Exercício, a Caixa Agrícola de Azambuja apresenta os seus principais rácios, com valores que nos dão um conforto e uma garantia que, apesar das limitações e dificuldades existentes, ocaminho que vimos trilhando é o mais adequado às circunstâncias.

Temos, cada vez mais, condições para melhorar o nosso desempenho e reforçar a qualidade dos nossos serviços, no futuro que se aproxima, alargando e consolidando a actividade da Caixa Agrícola de Azambuja na sua área social.

O nosso reconhecimento a todos os que nos elegeram como associados e clientes.

Azambuja, 19 de Fevereiro de 2015

O Conselho de AdministraçãoCCAM de Azambuja

Page 9: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 10: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

9 RELATÓRIO E CONTAS 2014

Enquadramento Macroeconómico

Page 11: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

10RELATÓRIO E CONTAS 2014

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1. ECONOMIA MUNDIAL

Segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas no update do World Economic Outlook de Janeiro de 2015, o crescimento da economia mundial em 2014 manteve a tendência de abrandamento dos últimos anos, fixando-se nos 3,3%.As projecções apontam ainda para que o PIB no conjunto das economias desenvolvidas tenha crescido 1,8% em 2014, apesar do incipiente crescimento do Japão (0,1%). A zona Euro registou um ligeiro crescimento do PIB da ordem dos 0,8% em 2014.Como um todo, o FMI estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015, um aumento face aos 3,3% estimados para 2014, e volte a crescer 3,7% em 2016, valores que foram revistos em baixa desde o update de Outubro de 2014. As sucessivas previsões incorporam a materialização de vários riscos, com destaque para o abrandamento das economias emergentes (caso de China, Brasil e Rússia) e para a acentuação das tensões geopolíticas. Nas economias mais avançadas, a recuperação assenta na consolidação dos Estados Unidos, no forte desempenho do Reino Unido e na ténue retoma da zona Euro.O crescimento mundial previsto poderá ser catalisado pela redução dos preços do petróleo1

Variação anual do PIB (em percentagem)

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Economia Mundial 3,9% 3,1% 3,3% 3,3% 3,5% 3,7%

Economia Desenvolvidas 1,7% 1,4% 1,3% 1,8% 2,4% 2,4%

Estados Unidos 1,8% 2,8% 2,2% 2,4% 3,6% 3,3%

Zona Euro 1,5% -0,7% -0,5% 0,8% 1,2% 1,4%

Japão -0,6% 1,4% 1,6% 0,1% 0,6% 0,8%

Economias Emergentes 6,2% 4,9% 4,7% 4,4% 4,3% 4,7%

Rússia 4,3% 3,4% 1,3% 0,6% -3,0% -1,0%

China 9,3% 7,7% 7,8% 7,4% 6,8% 6,3%

Índia 6,3% 3,2% 5,0% 5,8% 6,3% 6,5%

Brasil 2,7% 1,0% 2,5% 0,1% 0,3% 1,5%

Comércio Mundial (Bens e Serviços) 6,1% 2,7% 3,4% 3,1% 3,8% 5,3%

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2014, com update em Janeiro de 2015

Evolução Económica Mundial

, mas será certamente atenuado pela reduzida propensão ao investimento resultante das fracas expectativas quanto ao crescimento a médio prazo em muitas das economias emergentes e desenvolvidas.

1 De Setembro de 2014 a Janeiro de 2015, os preços do petróleo em dólares americanos reduziram 55%. Esta quebra justifica-se não apenas pela redução da procura (especialmente dos países emergentes), mas essencialmente pela decisão da OPEP em manter os níveis de produção apesar do consistente aumento de produção de produtores que não fazem parte da OPEP (em particular, os E.U.A). Espera-se que esta queda de preços venha a ter impacto negativo nos investimentos e na capacidade futura de produção do sector petrolífero.

Page 12: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

11RELATÓRIO E CONTAS 2014

A estagnação e a deflação continuam na agenda das preocupações dos países da zona Euro e do Japão. Na zona Euro, o crescimento no final de 2014 ficou aquém do esperado e as expectativas de crescimento estão alicerçadas na redução dos custos energéticos, na política monetária (já amplamente reflectida nos mercados financeiros e nas taxas de juro), na política fiscal mais neutral e na recente depreciação da moeda.Crê-se que, ao longo de 2015, o desempenho global do mercado europeu será igualmente influenciado por expectativas que se possam gerar quanto ao avanço das negociações, entre a Grécia e os outros governos da zona Euro, sobre o programa de resgate do país e o pagamento ou refinanciamento da dívida2

A China registou uma quebra no investimento no 3º trimestre de 2014 e uma desaceleração nos principais indicadores económicos. A vontade das autoridades chinesas em favorecer o consumo em detrimento do investimento, no sentido de reduzir o excesso de produção, significa que a elevada dívida das empresas não pode continuar a ser sistematicamente financiada, sendo de esperar que, no decurso de 2015, as autoridades procurem reduzir as vulnerabilidades geradas pelo rápido crescimento do crédito e atenuar os impactos regionais na Ásia emergente.

contraída junto do BCE e do FMI.

A súbita queda de preços do petróleo e o aumento de tensões geopolíticas (após a anexação da Crimeia) têm afectado a confiança e o desempenho da economia da Rússia e têm levado à depreciação do rublo, bem como ao enfraquecimento das expectativas de crescimento das economias do grupo de Estados Independentes da Common Wealth e da Europa.

1,8%1,5%

-0,6%

9,3%

2,8%

-0,7%

1,4%

7,7%

2,2%

-0,5%

1,6%

7,8%

2,4%

0,8%0,1%

7,4%

3,6%

1,2%0,6%

6,8%

3,3%

1,4%0,8%

6,3%

Estados Unidos Zona Euro Japão China

Evolução Económica Internacional

2011 2012 2013 2014E 2015 P 2016 P

Fonte: World Economic Outlook, update de Janeiro de 2015

Após um primeiro trimestre de contracção, em 2014, os Estados Unidos conseguiram registar um crescimento no PIB de 2,4% e uma acentuada quebra na taxa de desemprego via criação líquida de empregos que, conjugados com os factos observados noutras regiões 2 O valor da dívida situa-se nos 316 mil milhões de euros equivalentes a 169% do PIB grego.

Page 13: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

12RELATÓRIO E CONTAS 2014

do globo, conduziram a uma apreciação do dólar. As projecções para 2015 e 2016 apontam para crescimentos anuais acima dos 3,0%, com a procura interna sustentada na redução dos custos energéticos, no ajustamento fiscal mais moderado, sendo expectável, no entanto, um aumento progressivo das taxas de juro no decorrer do ano pela Fed.Nos mercados financeiros internacionais são perspectivados riscos de alteração do clima de investimento e é esperada a ocorrência de períodos de volatilidade e de alteração dos fluxos de capitais, podendo estes eventos virem a surpreender a actividade das maiores economias e a suspender ou alterar o percurso expectável de normalização da política monetária americana.

2. ECONOMIA PORTUGUESA

Após uma estabilização do nível de actividade nos três primeiros trimestres de 2014, as projecções mais actuais apontam para uma trajectória de recuperação gradual iniciada em 2013. O produto interno bruto deverá registar um crescimento da ordem dos 0,9% em 2014 e perspectiva-se um crescimento de 1,5% para 2015 e de 1,6% para 2016, o que se traduz numa expectativa de evolução ligeiramente mais favorável que a do conjunto da zona Euro.A dinâmica da economia portuguesa deverá continuar a ser assegurada pelo comportamento das exportações e pela recuperação da procura interna que, a concretizarem-se, permitirão manter os excedentes da balança corrente e de capital. Muito embora tenha vindo a ser efectuada uma afectação de recursos aos sectores transaccionáveis e produtivos, a redução da alavancagem dos sectores público e privado, a evolução demográfica no país aliada aos movimentos de emigração de mão-de-obra qualificada, os limitados níveis de produtividade por trabalhador e o reduzido dinamismo dos principais parceiros comerciais na Europa (e.g. França) e nos PALOP (e.g. Angola) continuarão a condicionar o crescimento da economia portuguesa no futuro.Nas economias emergentes e em desenvolvimento destaca-se a tendência para abrandamento do crescimento (e.g. China, Brasil) e para as tensões geopolíticas com a Rússia.Nas economias avançadas assiste-se à redução da inflação (na zona Euro para valores próximos de zero), um arrefecimento do mercado europeu e uma recuperação económica abaixo do esperado em países como a França, a Itália e a Alemanha.Estes desenvolvimentos foram contrabalançados, em parte, pela acentuação da política monetária expansionista na área do Euro, pela evolução favorável dos mercados de dívida soberana e, recentemente, pela redução do preço do petróleo e da cotação do euro em dólares. No entanto, esta evolução tem obrigado as empresas portuguesas a reverter o peso dos países não europeus nos seus mercados exportadores.

Page 14: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

13RELATÓRIO E CONTAS 2014

-1,3%

-3,2%

-1,4%

0,9%1,5% 1,6%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa

Fonte: Boletim Económico BdP

Para 2015, são preocupantes as expectativas de desaceleração económica em Angola3

Em Maio de 2014, Portugal concluiu o Programa de Assistência Económica e Financeira sem recurso a um programa cautelar. Nesse mesmo mês, o Tribunal Constitucional inviabilizou 3 normas do Orçamento de Estado para 2014, apenas parcialmente substituídas em Setembro de 2014.

e a imposição de quotas à importação de produtos básicos como estratégia de mitigação do impacto cambial decorrente dos menores volumes de exportação e de proteccionismo à produção local.

-3,3%

-5,4%

-1,4%

2,2% 2,1% 1,3%

-5,1%-4,8%

-1,9% -0,5% -0,5%

0,5%

-10,5%

-14,3%

-6,3%

2,2%4,2% 3,5%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa

Consumo Privado Consumo Público Investimento (FBCF)

Fonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, o consumo privado e a FBCF registaram um crescimento da ordem dos 2,2% embora a sua evolução permaneça condicionada pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das empresas. Por seu lado, a procura interna total registou um crescimento de 2,3% no mesmo período. Observou-se uma menor redução do investimento em habitação, que no entanto ainda representa cerca de 30% do valor registado no ano 2000.

3 Angola é o 4º maior destino das exportações portuguesas a seguir à Espanha, Alemanha e França.

Page 15: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

14RELATÓRIO E CONTAS 2014

A formação bruta de capital fixo interrompeu, em meados de 2013, a trajectória de redução registada desde 2009 que implicou uma contracção deste agregado em cerca de 30%. Em 2014, a diminuição do investimento em construção terá sido mais do que compensada por um crescimento assinalável das componentes relativas ao material de transporte e às máquinas e equipamentos, à semelhança do que vinha sendo observado desde o final de 2013.O investimento público, após uma queda acumulada de 60%, no período de 2011 a 2013, registou um aumento de 5,6% em 2014, embora permaneça condicionado pela necessidade de consolidação orçamental. O crescimento das importações reflectiu a já referida evolução das rubricas da procura global com maior conteúdo importado, nomeadamente a FBCF em material de transporte e em máquinas e bens de equipamento e o consumo de bens duradouros.Este crescimento resulta do facto de a economia portuguesa ter entrado num processo de reorientação para os sectores transaccionáveis, incluindo investimento em bens com elevado conteúdo importado, reflectindo-se na variação de existências e no investimento empresarial cujo crescimento é habitualmente mais elevado num contexto de recuperação da actividade, dada a necessidade de repor níveis médios de stocks, após períodos de redução ou de menor manutenção dos bens de capital sujeitos a depreciação.

6,9%

3,2%

6,4%

2,6%4,2%

5,0%

-5,3%-6,6%

3,6%

6,3%

3,1%4,7%

2011 2012 2013 E 2014 P 2015 P 2016 P

Indicadores da Economia Portuguesa

Exportações ImportaçõesFonte: Boletim Económico BdP

Em 2014, as importações de bens e serviços deverão ter apresentado um crescimento de 6,3%, o que traduz um aumento da penetração de importações idêntico ao registado em 2013, resultando numa relativa estabilidade deste indicador no período 2011-2014. Excluindo os bens energéticos, os preços das importações diminuíram em 2013 e 2014.As exportações cresceram de forma moderada, reflectindo contributos semelhantes entre a componente de bens e a de serviços e reflectindo um menor contributo para o crescimento do PIB comparativamente com a realidade dos últimos anos. As projecções para as exportações de bens e serviços apontam para um crescimento de 2,6% em 2014.

Page 16: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

15RELATÓRIO E CONTAS 2014

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, Portugal registou, em 2014, uma taxa de inflação negativa de 0,3% influenciada pelos baixos níveis de procura e pela queda do preço do petróleo. No período de Janeiro a Outubro de 2014, o diferencial negativo de preços foi generalizado às principais componentes do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), excepto os bens energéticos.De acordo com dados do INE, o défice das administrações públicas situou-se em 4,9% do PIB nos primeiros nove meses de 2014. Contudo, excluindo os efeitos pontuais resultantes, entre outros, das operações de financiamento do Estado à Carris e à STCP, o défice neste período foi de 3,9%, o que compara com um défice de 4,4% registado no período homólogo de 2013, igualmente excluindo os efeitos pontuais, neste caso associados à reclassificação do aumento de capital no Banif.Em termos homólogos, a receita total das administrações públicas registou um aumento de 3,3%, reflectindo essencialmente a evolução positiva da receita fiscal (mais de 1/3 explicada pelo aumento dos impostos directos4

A Direcção Geral do Orçamento prevê que o défice das administrações públicas até Novembro tenha ascendido a 6.420 milhões de euros, continuando a situar-se significativamente abaixo do observado no período homólogo de 2013 (9.186 milhões de euros).

). A despesa também registou um aumento, embora bastante mais moderado (+1,2%), fundamentalmente resultante do crescimento das despesas com pessoal e com prestações sociais.

As últimas estimativas apontam para um défice orçamental de 7.074 milhões de euros no final de 2014 e um défice orçamental ajustado de medidas extraordinárias de 3,8% do PIB.A dívida pública portuguesa atingiu os 225,9 mil milhões de euros no mês de Novembro, o que se traduz numa subida de 0,7% (+1,5 mil milhões de euros) que o registado no mês anterior.O rácio da dívida pública na óptica de Maastricht subiu para 131,4% do PIB no final do 3º trimestre, registando um agravamento de 1,9 p.p. face ao verificado no trimestre anterior. Deste modo, o cumprimento do rácio da dívida previsto pelo Ministério das Finanças para o final de 2014 (127,2% do PIB) implica uma redução do stock de dívida no último trimestre de 2014 em 5,1 mil milhões de euros. Apesar da quebra verificada em Novembro, prevê-se que, em 2014, o rácio ainda tenha ficado acima da meta estabelecida. Além do valor nominal da dívida, a magnitude desse desvio dependerá do PIB nominal que o Conselho de Finanças Públicas estima ficar abaixo da previsão do Ministério das Finanças.

4 Este resultado é, em larga medida, explicado pelo comportamento do IRS cuja melhoria homóloga acumulada até Outubro foi de 11% e para o qual contribuíram as retenções na fonte, a declaração da inconstitucionalidade da redução remuneratória aplicável aos funcionários públicos e do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários do sector público e pensionistas, a evolução favorável do mercado de trabalho e o próprio aumento da eficiência no combate à evasão fiscal e à fraude.

Page 17: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

16RELATÓRIO E CONTAS 2014

Em Setembro de 2014, e pela primeira vez desde Junho de 2008, o Tesouro português emitiu dívida com prazo superior a 10 anos (concretamente através de um leilão de obrigações com maturidade a 15 anos) num momento em que o interesse de investidores por dívida pública dos países periféricos da zona Euro colocava os juros em níveis historicamente baixos.No 1º trimestre de 2015, o IGCP espera conseguir colocar 3.750 milhões de euros em bilhetes de tesouro no mercado, estimando o lançamento de emissões mensais entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros. Durante o ano de 2015, a agência de gestão da tesouraria e da dívida pública prevê obter um montante entre 12 e 14 mil milhões de euros através da emissão bruta de obrigações do tesouro (OT), combinando sindicatos e leilões. O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2015 situa-se em cerca de 11 mil milhões de euros.Sublinhe-se que as taxas de rendibilidade da dívida pública têm registado uma trajectória descendente desde Outubro de 2014, situando-se a taxa média mensal de rentabilidade das obrigações do tesouro português (OT) e com maturidade residual de 10 anos, em Janeiro de 2015, nos 2,49% (que comparam com os 6,24% registados em Janeiro de 2013).Evolução dos Spreads da Dívidas (a 10 anos) de Países da Periferia face à Dívida

Alemã

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

jan

-10

fev-

10

mar

-10

abr-

10

mai

-10

jun

-10

jul-

10

ago

-10

set-

10

ou

t-1

0n

ov-

10

dez

-10

jan

-11

fev-

11

mar

-11

abr-

11

mai

-11

jun

-11

jul-

11

ago

-11

set-

11

ou

t-1

1n

ov-

11

dez

-11

jan

-12

fev-

12

mar

-12

abr-

12

mai

-12

jun

-12

jul-

12

ago

-12

set-

12

ou

t-1

2n

ov-

12

dez

-12

jan

-13

fev-

13

mar

-13

abr-

13

mai

-13

jun

-13

jul-

13

ago

-13

set-

13

ou

t-1

3n

ov-

13

dez

-13

Evolução dos Spreads dos 10 anos face à Alemanha

Spread Espanha-Alemanha Spread Itália-Alemanha Spread Portugal-Alemanha

Spread Grécia-Alemanha Spread Irlanda-Alemanha

Fonte: DF / Caixa Central com base em informação Bloomberg

De acordo com o inquérito ao emprego, promovido pelo INE, o emprego total aumentou 2,1% no 3º trimestre de 2014 e em termos homólogos, após uma redução de 2,6% no conjunto do ano 2013. O emprego privado por conta de outrem está a recuperar de forma consistente com a evolução da actividade económica, complementado com o acréscimo de volume de emprego gerado por políticas activas de emprego, donde se destacam os estágios profissionais comparticipados pelo Estado. De acordo com o IEFP, estima-se que o aumento de estágios profissionais no último ano terá contribuído em cerca de 0,9 p.p. para

Page 18: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

17RELATÓRIO E CONTAS 2014

o crescimento homólogo do emprego privado por conta de outrem, registado no 3º trimestre de 2014.É igualmente importante referir que, entre Janeiro e Novembro de 2014, as insolvências de empresas reduziram face ao período homólogo de 2013 (de 7.515 para 6.308), embora estes valores possam estar ligeiramente influenciados pela instabilidade da plataforma Citius (Ministério da Justiça). Este facto demonstra que o ajustamento do tecido empresarial português está, na sua maioria, a estabilizar. No acumulado de Janeiro a Novembro de 2014, foram criadas 32.257 empresas em Portugal, praticamente igualando as 34.714 empresas constituídas no ano passado (esta dinâmica é assinalável se se recordar que o ano iniciou com uma redução homóloga de 22%).

3. MERCADOS FINANCEIROSPara além de um elevado nível de desemprego, a zona Euro encontra-se condicionada por um prolongado período de reduzida inflação que, a não ser revertido rapidamente, poderá conduzir mesmo a um temido cenário de deflação. Neste contexto, com o objectivo de assegurar o cumprimento do seu mandato (cujo programa inclui o objectivo de assegurar a manutenção de um nível de inflação próximo mas inferior a 2%), o BCE tem sido obrigado nos últimos meses a tomar medidas relevantes, nomeadamente:

Lançamento de programa de operações de refinanciamento de prazo alargado direccionadas (ORPA direccionadas), operações que, de acordo com o Boletim de Agosto do Banco Central, “proporcionarão financiamento de longo prazo com condições atractivas durante um período de até quatro anos a todos os bancos que cumpram determinados referenciais aplicáveis aos empréstimos que disponibilizam à economia real”; Lançamento de programas de aquisição de instrumento de dívida titularizada (Asset-Backed Securities - ABSPP) e Covered Bonds (CBPP3) com o objectivo de permitir a flexibilização do balanço das instituições financeiras;Redução das taxas de referência, com especial destaque para as reduções da taxa de referência das operações de refinanciamento para os 0,05% e da taxa de depósito para os -0,20%; eAlargamento do programa de compras de activos em grande escala para emissões de dívida pública soberana da zona Euro, assim como de agências soberanas e instituições europeias (medida lançada em 2015).

O BCE espera que, com estas medidas, se assista finalmente a um aumento do financiamento à economia real, com efeitos positivos sobre o crescimento da procura interna, nível de emprego e inflação, e não apenas a uma valorização pouco consequente dos activos financeiros (acções e obrigações).A reunião do BCE de 22 de Janeiro de 2015, onde foi decidida e anunciada a compra de activos que incluem dívida soberana da zona euro à razão de 60 mil milhões de euros por

Page 19: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

18RELATÓRIO E CONTAS 2014

mês, foi vista como o último grande passo no esforço de elevar a taxa de inflação para os níveis assumidos pelo mandato do BCE.Não obstante todas as iniciativas do BCE, as dúvidas permanecem relativamente aos efeitos práticos da adopção de uma política monetária agressiva não acompanhada por uma alteração da política orçamental da zona Euro que passe a estar mais condicionada pelo crescimento e menos pelos níveis dos défices orçamentais dos diversos países.Durante o ano de 2014, as taxas implícitas nas obrigações de dívida pública dos diversos países da zona Euro apresentaram uma trajectória descendente, tendo sido atingidos sucessivos níveis mínimos históricos. No entanto, é importante distinguir a performance das yields dos países do centro da Europa – Alemanha, França, Holanda, etc. – da performancedos países periféricos5

Em 2015, não é de excluir a verificação de choques relevantes associados a uma alteração do sentimento dos mercados relativamente à avaliação dos diversos riscos prevalecentes na zona Euro, associada nomeadamente a resultados das eleições legislativas a realizar em muitos países, entre eles Grécia, Portugal, Espanha e Reino Unido, divergências políticas internas na zona Euro ou confrontações geoestratégicas. A expressiva vitória do Syriza, partido que se apresenta como de esquerda radical, nas eleições gregas realizadas a 25 de Janeiro de 2015, é o primeiro sinal de que muitos eleitorados se encontram saturados com a presente situação da União Europeia e que não deixará de se verificar, nos próximos meses, um aceso confronto entre visões antagónicas de organização e condução da política comum europeia.

– Portugal, Espanha, Itália e Grécia – devido ao prémio de risco de crédito (“spread”) existente entre estes dois grupos (e entre países nestes 2 grupos).

Em termos de taxas de referência do mercado interbancário, a agressiva política de taxas, adoptada pelo BCE, originou uma nova descida das taxas Euribor. As previsões indicam que as taxas Euribor se deverão manter em níveis mínimos históricos nos próximos trimestres. A manutenção das taxas Euribor nestes níveis acarreta um desafio para as instituições financeiras que, no contexto nacional, ainda possuem uma parte significativa da sua carteira de crédito indexada a este indexante (situação particularmente relevante no caso do crédito à habitação contratado antes da início da crise financeira).

5 A melhoria do risco percepcionado pelo mercado permitiu, por exemplo, que, em Setembro de 2014, Portugal se financiasse numa emissão de dívida com vencimento a 15 anos (já em Janeiro de 2015 Portugal colocou uma nova emissão com vencimento a 30 anos) e que as yieldsda dívida pública nacional se encontrassem no final de 2014 em níveis mínimos históricos. Também as obrigações de dívida pública de Espanha e de Itália registaram uma apreciação considerável tendo, na dívida a 10 anos, registado uma redução dos seus spreads face à dívida alemã para os 1,32% e 1,11%, quando estes spreads eram, no final de 2013, de 2,20% e 2,15%, respectivamente.

Page 20: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

19RELATÓRIO E CONTAS 2014

Também os mercados accionistas têm beneficiado da melhoria da confiança e muito particularmente dos elevados níveis liquidez disponível. Em comparação com os valores registados em 2010, o SP 500, o Nikkei e o DAX registam subidas de 65%, 71% e 42% (em 2014, estes índices registaram variações de 13%, 7% e 3% respectivamente). Por sua vez, o IBEX 35 e o CAC 40 apresentaram evoluções mais modestas, registando crescimentos de 4% e 12%, respectivamente. O índice português, PSI-20, desvalorizou-se em 37% durante este período.Esta evolução, muito condicionada pela severidade da contracção da economia nacional verificada entre 2011 e 2013, foi mais recentemente afectada pela crise registada no Grupo Espírito Santo. Efectivamente, em Maio de 2014, o índice PSI-20 situava-se nos 7,115 pontos (acumulando uma descida de 4% face a 2010), tendo registado até ao final de 2014 uma queda de 27% para o nível de 4.802 pontos.A crise no Grupo Espírito Santo teve, ao nível das cotações bolsista das empresas do PSI-20, consequências negativas directas – BES, ESFG e PT – e consequências indirectas, associadas a um contexto de incerteza relativamente ao impacto que a queda deste grupo financeiro teria sobre a economia considerando uma redução do crédito agregado, o impacto sobre a situação financeira dos credores afectados e a perda de confiança dos mercados internacionais relativamente à real condição do sistema financeiro nacional.

Page 21: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

20RELATÓRIO E CONTAS 2014

Nos mercados cambiais, o ano de 2014 foi marcado pela descida do Euro face a algumas das principais moedas mundiais. A desvalorização do Euro está directamente relacionada com as expectativas do mercado acerca da política monetária e do crescimento e desenvolvimento da economia europeia em relação às restantes economias mundiais desenvolvidas. Com o BCE a adoptar, em contraciclo, particularmente face à política seguida pela FED, medidas extraordinárias de combate à baixa inflação e de incentivo à recuperação da economia da zona Euro, o Euro (€) perdeu, em 2014, 12% do seu valor face ao Dólar e 6% face à Libra Esterlina, tendo-se no entanto mantido praticamente inalterada a taxa de câmbio face ao Yen Japonês. A tendência de desvalorização acentuou-se a partir de Maio de 2014, fruto das pressões deflacionistas e da divulgação de indicadores macroeconómicos desapontantes. As perspectivas para a evolução do Euro continuam a ser de desvalorização, sendo que esse é também, embora não expresso, um dos objectivos da política europeia de modo a permitir importar alguma inflação e a aumentar a competitividade da indústria da zona Euro e a dinamizar as exportações. No início de 2015, o Euro registou uma nova depreciação face ao dólar, tendo o câmbio atingido um mínimo de 1,11 USD por EUR na sequência do anúncio de compra de dívida pública soberana por parte do BCE e da divulgação do resultado das eleições legislativas na Grécia. Ao nível do mercado cambial, merece ainda destaque a decisão tomada, já em 2015 e pelo Banco Nacional Suíço, de abandonar o seu objectivo de manutenção de um câmbio mínimo de 1,20 Francos Suíços por Euro, situação que originou uma forte valorização do Franco Suíço face ao Euro.

Page 22: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

21RELATÓRIO E CONTAS 2014

No que diz respeito às commodities, resultado da divulgação de projecções económicas que indiciam um menor crescimento em 2015 face aos valores anteriormente estimados, a International Energy Agency reduziu a sua previsão para o aumento da procura global de petróleo em 2015 com efeitos sobre a evolução do preço desta matéria-prima (no final de 2013 o preço do barril era de 110,8 USD, fechando o ano de 2014 em 58,2 USD por barril). A tendência de diminuição do preço por barril estendeu-se ao início do ano de 2015, chegando o barril a ser transaccionado por apenas 45 USD.Por outro lado, o ouro voltou a cair para os níveis mínimos de 2013 devido a rumores de que a Reserva Federal dos Estados Unidos pudesse vir a subir a taxa de juro mais cedo do que inicialmente antecipado. A depreciação durante do ano de 2014 situou-se em aproximadamente 1,5%. No entanto, à luz da deterioração dos indicadores económicos na zona Euro assim como do escalar das pressões políticas extremistas e da insegurança nos mercados, em 2015, o ouro iniciou o ano a apreciar cerca de 8%.

Page 23: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

22RELATÓRIO E CONTAS 2014

Nas commodities agrícolas, no mercado do trigo, os preços em 2014 caíram cerca de 15%, para em Setembro atingirem o valor mais baixo em quatro anos, após as previsões do governo dos Estados Unidos que apontam para um nível de produção recorde à escala global e para o aumento do nível de reservas. Por sua vez, o preço dos contractos sobre futuros de milho e de soja, negociados na principal bolsa de futuros, também registam um desempenho negativo em 2014, apresentando quedas de 6% e 22%, respectivamente. A queda do preço destes bens agrícolas está também relacionada com o aumento da produção mundial e fracas perspectivas de aumento de consumo. Já o preço do azeite negociado na bolsa de futuros MFAO, da qual o Grupo Crédito Agrícola através da Caixa Central é membro, registou uma valorização significativa durante 2014, tendo atingido o valor de 2.600 euros por tonelada de azeite.

II. EVOLUÇÃO DO MERCADO BANCÁRIOA turbulência vivida nos mercados financeiros, nomeadamente de dívida pública, com destaque para os países do sul da Europa, a par com um aumento das imparidades nos investimentos e activos imobiliários, colocaram as instituições financeiras perante a necessidade de reforçar os níveis de fundos próprios para acomodar perdas efectivas e potenciais geradas. Com recurso ao plano de recapitalização da banca promovido pelo Estado português, em 2012 e no montante de 7,8 mil milhões de euros, os bancos em situações de maior fragilidade em termos de rácios de capital ou solvabilidade puderam reforçar os seus capitais para dar resposta aos requisitos de Basileia III. No final do 3º trimestre de 2014 (excluindo o Novo Banco), o rácio entre o capital Tier 1 e o activo total situou-se em 7,6%, aumentando 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, enquanto o rácio CET 1 resultante do agregado dos bancos atingiu os 12,6%.Desde início de 2013, o sistema bancário nacional tem vindo a procurar reduzir exposições de liquidez junto do BCE (o financiamento obtido junto do Eurosistema diminuiu para níveis mínimos desde o início do P.A.E.F.) e a tomar medidas adicionais de reforço de capital, ainda que em condições adversas que se adensam desde 2012 e que geram pressão nas contas de exploração e nos fundos próprios dos bancos, nomeadamente devido à manutenção das taxas directoras em níveis historicamente baixos, à crescente acumulação de volumes de crédito vencido difíceis de recuperar e à ainda reduzida actividade e procura no mercado imobiliário a impossibilitar a redução das sobredimensionadas carteiras de imóveis em posse directa ou indirecta dos bancos.Inevitavelmente, a actividade do sistema bancário permanece muito condicionada pela envolvente macroeconómica e financeira e, em particular, pela redução do nível de endividamento da economia portuguesa, que afecta de forma transversal todos os agentes económicos e que provoca uma significativa contracção do negócio bancário. O activo total do sistema bancário português (excluindo o Novo Banco) era de 374 mil milhões de euros a Setembro de 2014 que comparam com os 375 mil milhões de euros

Page 24: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

23RELATÓRIO E CONTAS 2014

registados em Junho de 2014 (se excluirmos o BES). Face ao trimestre homólogo de 2013, verificou-se uma significativa redução dos activos justificados pela redução da carteira de crédito concedido.Na realidade, as reduzidas expectativas quanto ao desempenho do sector traduzem-se, em larga medida, na fraca capitalização bolsista dos bancos cotados quando comparada com a respectiva situação líquida (ou valor contabilístico das acções).Desde meados de 2011 que os principais agregados de crédito registam taxas de variação anuais negativas, consequência de uma acentuada quebra no rendimento disponível das famílias e dos elevados níveis de desemprego e, no caso das empresas, da erosão de rentabilidade nas empresas, provocada por quebras de margem e pelo muitas vezes insustentável peso da dívida na estrutura dos balanços, factor particularmente crítico nas micro e pequenas empresas.

Taxa de variação anual

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

TOTAL -2,1 -3,9 -1,1 -0,6 -0,2 -3,9 -4,2

Empresas -1,9 -4,0 0,7 1,1 0,8 -4,0 -3,7

Particulares -2,2 -3,7 -3,3 -2,7 -1,5 -3,8 -4,9

Crédito à habitação -1,6 -3,0 -3,4 -3,8 -3,8 -3,7 -3,8

Outro crédito a particulares -4,9 -7,2 -1,5 0,9 5,7 -2,8 -7,1

AGREGADOS DE CRÉDITO

A tendência descendente do rácio de transformação do sector financeiro reflecte a redução do crédito concedido pelo sistema bancário (-4,2% a Nov.2014) e o moderado crescimento dos depósitos de clientes (famílias e empresas) que, de forma crescente, procuram aumentar os níveis de poupança através de soluções de aforro e de gestão de tesouraria.

Relativamente ao crédito a sociedades não financeiras, observou-se ainda uma taxa negativa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras privadas (de -3,1%), bem como da taxa de variação anual do crédito total a sociedades não financeiras públicas que não consolidam nas administrações públicas de -17,6%.No que se refere ao crédito a particulares, a taxa de variação anual do crédito para aquisição de habitação foi de -3,8% e do crédito para consumo e outros fins foi de -7,1%.A taxa de variação homóloga dos depósitos bancários do sector privado não monetário atingiu os +2,4%, tendo no caso dos depósitos de particulares alcançado apenas +0,5%.

Page 25: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

24RELATÓRIO E CONTAS 2014

A qualidade do crédito6

O crédito vencido de particulares tem vindo, no período recente, a apresentar níveis de incumprimento crescentes mas inferiores a 5,0%

continua a pressionar a rendibilidade dos bancos em consequência do aumento continuado dos níveis de imparidades (de crédito e de outros activos) e do consequente esforço de provisionamento. No 3º trimestre de 2014, o stock de imparidades para crédito do sistema bancário (excluindo o Novo Banco) representou 6,8% do crédito bruto que compara com os 6,2% registados em 2013 (incluindo o BES).

7

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Particulares 2,9 3,2 3,3 3,4 3,7 4,0 4,0 4,2 4,4 4,7 4,8

Empresas 4,1 4,7 4,4 5,4 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 14,7

2013Regiões

2009 2010 2011 2012

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES VS EMPRESAS

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

. No que se refere ao crédito vencido de empresas, a tendência registada não apresenta ainda sinais de abrandamento, com os sectores de actividade relacionados com a construção, o comércio a retalho e as actividades imobiliárias a registarem volumes de crédito vencido persistentes.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Habitação 1,7 1,9 1,9 1,9 2,0 2,2 2,3 2,3 2,5 2,7 2,8

Outro Crédito 7,3 7,9 8,5 9,2 10,5 11,5 11,8 12,6 13,1 13,7 14,1

RÁCIOS DE CRÉDITO VENCIDO - PARTICULARES (POR TIPOLOGIA)

2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

Tipologia2009 2010 2011 2012 2013

A análise do crédito vencido empresarial por regiões denota não apenas a persistência mas também a manutenção ou o agravamento dos níveis de incumprimento de forma transversal com excepção da região dos Açores. Se compararmos os níveis de incumprimento actuais com os que se observavam no final de 2010, verificamos que, nas regiões da grande Lisboa e do Algarve, o crédito vencido aumentou para perto do quádruplo e, nas restantes regiões, mais do que duplicou.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

Norte 4,5 5,0 4,7 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0

Centro 4,3 4,9 5,0 5,8 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2

Lisboa 4,0 4,5 4,1 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,,3 15,3 15,9

Alentejo 5,5 5,8 5,5 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,0

Algarve 3,9 4,2 6,1 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,4

Açores 2,7 2,9 3,9 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,5

Regiões2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

A evolução do crédito vencido de empresas, analisada com base na dimensão do crédito concedido, revela a mesma tendência de agravamento, com o aumento do crédito vencido a verificar-se independentemente do montante de crédito concedido. Apesar de se manter 6 O rácio de crédito em risco, no 3º trimestre de 2014 e excluindo o Novo Banco, situou-se nos 18,7% para as empresas não financeiras, 17,2% para o crédito ao consumo e outros fins e 5,9% para o crédito à habitação.7 A este propósito, é de realçar a aprovação da Lei 58/2014 de 25 de Agosto que veio criar um regime extraordinário de proteção de devedores de crédito à habitação em situação muito difícil.

Page 26: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

25RELATÓRIO E CONTAS 2014

a tendência para uma maior incidência de crédito vencido nas exposições até 100.000 euros, o agravamento verificado nos escalões de montante mais elevado tem vindo a aumentar de intensidade nos últimos anos, tendo sido significativo em 2014.

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Set

< 20.000 14,0 14,8 15,4 15,9 16,7 18,2 19,8 21,2 22,3 23,2 23,7

20.000 - 50.000 9,9 10,7 11,1 12,2 13,6 15,8 17,6 19,3 19,8 20,7 21,1

50.000 - 100.000 9,0 9,7 9,9 11,1 12,6 14,7 16,4 18,2 19,1 19,9 20,4

100.000 - 200.000 7,9 8,5 8,4 9,7 11,3 13,3 15,4 17,2 17,7 18,6 18,9

200.000 - 400.000 6,4 7,5 7,5 8,7 9,7 11,7 14,0 16,0 16,4 17,8 18,4

400.000 - 1.000.000 6,7 7,4 7,3 8,7 10,4 12,7 14,9 17,0 17,5 18,7 19,1

1.000.000 - 5.000.000 5,6 6,6 6,7 8,1 9,9 12,4 14,7 17,4 18,2 19,9 20,4

> 5.000.000 2,6 2,9 2,5 3,3 4,5 7,1 7,2 9,0 10,5 11,1 11,4

Intervalos em euros2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: BdP, Boletim Estatístico,Dezembro.2014

No que diz respeito às operações passivas, a taxa de remuneração dos depósitos e equiparados com prazo até 2 anos mantém uma tendência descendente desde o início de 2012. O processo de desendividamento e a substituição de consumo por poupança, por parte das famílias, tem permitido aos bancos reduzirem progressivamente os custos com a remuneração dos depósitos sem colocar em causa os seus níveis de liquidez.No crédito, as taxas de juro médias sobre saldos de operações activas registaram variações divergentes por tipo de crédito, ao longo de 2014, com a taxa média do crédito a empresas a reduzir, a taxa do crédito à habitação a registar uma ligeira subida no 1º semestre seguida de uma descida no 2º semestre, e a taxa do restante crédito a particulares a registar uma descida.

2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Nov

Depósitos até 2 anos 3,67 3,30 2,87 2,46 2,19 1,94 1,61

Crédito a empresas 5,12 4,86 4,39 4,45 4,37 4,22 3,96

Crédito à habitação 2,73 2,16 1,59 1,46 1,47 1,56 1,43

Outro crédito a particulares 8,66 8,51 8,08 8,32 8,29 8,39 8,17

Fonte: BdP-Indicadores de Conjuntura

TAXAS DE JURO (s/ saldos de fim de período)

Page 27: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

26RELATÓRIO E CONTAS 2014

III. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE1. ANÁLISE FINANCEIRA DO SICAM (NEGÓCIO BANCÁRIO DO GRUPO CA)Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2014, constituem valores provisórios e não auditados.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.451 457.014 -437 -0,1%

Juros e encargos similares 206.794 208.789 1.995 1,0%

Margem Financeira 250.657 248.225 -2.432 1,0%

Comissões líquidas 131.599 128.522 -3.076 -2,3%

Result. de op. financeiras 78.779 171.767 92.987 118,0%

Outros 11.611 5.864 -5.746 49,5%

Produto Bancário 472.645 554.378 81.733 17,3%

Custos de estrutura 302.356 300.475 -1.882 -0,6%

Custos de pessoal 163.962 164.986 1.024 0,6%

Gastos gerais administrativos 123.604 121.298 -2.307 -1,9%

Amortizações 14.790 14.190 -599 -4,1%

Provisões e imparidades 150.025 211.106 61.081 40,7%

Resultado antes de impostos 20.264 42.797 22.533 111,2%

Impostos, após correc. e diferidos 18.758 18.268 -490 -2,6%

Resultado Líquido 1.506 24.529 23.023

2013 2014Variação

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 463.470 501.641 38.171 8,2%

Crédito a Clientes (líquido) 7.491.909 7.299.095 -192.814 -2,6%

Crédito a Clientes (bruto) 8.198.573 8.147.371 -51.202 -0,6%

Imparidades 706.663 848.275 141.612 20,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.907.810 4.277.446 369.637 9,5%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 400.990 437.489 36.499 9,1%

Outros Activos 704.738 762.845 58.106 8,2%

Total Activo 12.968.918 13.278.517 309.599

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.362.912 1.116.382 -246.530 -18,1%

Recursos de Clientes 10.209.731 10.620.337 410.605 4,0%

Outros Passivos Subordinados 133.404 142.534 9.130 6,8%

Outros Passivos 156.998 234.655 77.657 49,5%

Total Passivo 11.863.045 12.113.908 250.863

Capitais Próprios 1.105.873 1.164.609 58.736

Total do Capital Próprio + Passivo 12.968.918 13.278.517 309.599

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO

2013 2014Variação

Page 28: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

27RELATÓRIO E CONTAS 2014

Num contexto macroeconómico nacional em fase de recuperação onde ainda se verificam, por um lado, uma elevada retracção da procura de crédito por parte das famílias e das empresas com projectos viáveis (i.e. geradores de cash flows alinhados com as necessidades do serviço da dívida) e, por outro lado, um elevado nível de endividamento das empresas e famílias, a generalidade da banca portuguesa voltou a apresentar, a par de 2013, prejuízos significativos. O Crédito Agrícola, por sua vez, apresentou uma redução da actividade inferior à generalidade dos bancos nacionais bem como um aumento do resultado líquido em 23 milhões de euros face a 2013 (24,5 milhões de euros vs. 1,5 milhões de euros).

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado 31-mar-14 30-jun-14 30-set-14 31-dez-14

Caixas Associadas 5,7 3,6 -8,8 -13,1

Caixa Central 3,9 21,3 21,7 36,6

SICAM (Consolidado) 9,7 25,1 13,3 24,5

Os resultados positivos do SICAM devem-se, sobretudo, à gestão dos custos de funding, à continuidade da operacionalização de uma estratégia de gestão dinâmica de tesouraria, com o objectivo de realizar o valor intrínseco dos excedentes de liquidez detidos pelo SICAM, através de mais-valias que atingiram em 2014 cerca de 165 milhões de euros, que se vieram a revelar determinantes para o crescimento do produto bancário em 2014, de 17% face a 2013, e consequentemente para os resultados líquidos apresentados. Em sentido inverso, registou-se um reforço extraordinário de imparidades no valor de aproximadamente 101 milhões de euros, decompostos entre 40 milhões de euros nas CCAM e 61 milhões de euros na Caixa Central, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido do SICAM para os 126%. É ainda de salientar que os resultados líquidos apresentados foram obtidos não obstante uma sã e prudente política de constituição / reforço de provisões e imparidades, que aumentaram em 2014 para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados

Page 29: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

28RELATÓRIO E CONTAS 2014

no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 31 de Dezembro de 2014.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014

Margem Financeira 318 251 248 -2 -1%

Comissões l íquidas 130 132 129 -3 -2%

Resultado de operações financeiras 6 79 171 92 116%

Outros resultados de exploração 11 12 7 -5 -39%

Margem Complementar 147 222 306 84 38%

Produto Bancário 465 473 554 82 17%

Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1%, passando de 251 milhões de euros em 2013 para 248 milhões de euros em 2014. Esta quebra resulta essencialmente de:

1. quebra registada na concessão de crédito; 2. níveis historicamente baixos das taxas indexantes do crédito (Euribor); 3. redução da rendibilidade da carteira de títulos e aumento das durações; e4. crescimento dos recursos de clientes em 3,8%, bem como da lenta redução das

taxas de remuneração dos depósitos.É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2014 um esforço de remuneração dos recursos das Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira, que foi negativa no acumulado 2014, embora se verifique uma redução destes custos (-0,24 p.p. em termos médios durante o ano de 2014) como forma de iniciar a convergência para as taxas de mercado. É inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2015, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para o SICAM e consequentemente para o Grupo Crédito Agrícola. A margem financeira negativa da Caixa Central só foi possível ser suportada graças aos resultados obtidos com a gestão dinâmica da tesouraria do SICAM acima mencionada, eles próprios também possíveis devido a factos não recorrentes como sejam a política acomodatícia prosseguida pelo Banco Central Europeu e confirmada já em Janeiro de 2015.

Page 30: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

29RELATÓRIO E CONTAS 2014

Apesar do aumento de comissões de comercialização de produtos fora do balanço (fundos de investimento) e de seguros vida e não vida, as comissões líquidas para o conjunto do SICAM reduziram-se em cerca de 2% face a 2013 devido essencialmente à quebra do crédito (gerador de um volume significativo de comissões).Globalmente, o produto bancário do SICAM regista um acréscimo de 17%, tendo passado de 473 milhões de euros em 2013 para 554 milhões de euros em 2014.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 252 106 4 12 375

Caixa Central -5 23 166 185 181

SICAM (Consolidado) 248 129 171 306 554

Ao nível dos custos, verificou-se um ligeiro decréscimo nos custos de estrutura (-1%), tendo estes reduzido em cerca de 2 milhões de euros. Esta evolução deve-se à quebra nos gastos gerais administrativos, que passaram de 124 milhões de euros em 2013 para 121 milhões de euros em 2014 (-3 milhões de euros), fruto da negociação centralizada de contratos e do esforço de contenção dos custos implementado no Crédito Agrícola. É importante assinalar, porém, que algumas categorias de custos foram penalizadas no 3º trimestre de 2014, e que terão particular reflexo em 2015, pelo agravamento do salário mínimo que serve de indexante em contratos ao abrigo da legislação de trabalho temporário (e.g. serviços de limpeza).

Page 31: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

30RELATÓRIO E CONTAS 2014

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014

Custos de Estrutura 303 302 300 -2 -1%

Custos de Pessoal 163 164 165 1 1%

Gastos Gerais Administativos 126 124 121 -2 -2%

Amortizações 15 15 14 -1 -4%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Em sentido oposto, os custos com pessoal agravaram-se em cerca de 1 milhão de euros (+1%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014

Correcção de valor em crédito de clientes 99 106 166 59 56%

Imparidade de outros activos 22 44 40 -3 -8%

Total de provisões e imparidades do exercício 121 150 206 56 37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 649 707 848 142 20%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107% 107% 126% 0,19 p.p. -

Provisões/Imparidades do Exercício

É ainda de salientar a evolução registada nas provisões e imparidades que, em 2014, aumentaram para 206 milhões de euros face aos 150 milhões de euros registados no período homólogo, o que originou um aumento do rácio de cobertura do crédito vencido de 107% em 2013 para 126% em 2014, salvaguardando a cobertura de resultados de eventuais cenários negativos no futuro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014

Crédito total sobre clientes 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Crédito e juros vencidos 608 658 672 14 2,1%

Evolução da carteira de crédito

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um acréscimo de 2% no activo total do SICAM que passou de 12.969 milhões de euros em 2013 para 13.279 milhões de euros em 2014. O crescimento do activo verificou-se principalmente na rubrica de outros activos, dada a incapacidade de transformação dos recursos captados (através de depósitos) em crédito.

Page 32: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

31RELATÓRIO E CONTAS 2014

13.027

13.748

12.969

13.279

2011(reexpresso)

2012 2013 2014

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

O crédito a clientes, em termos brutos, registou um ligeiro decréscimo face a 2013 (-0,6%), contudo, em termos líquidos, a quebra foi mais acentuada (-2,6%) devido ao reforço de imparidades do exercício (+20%).

2012 2013 2014

Crédito bruto 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Imparidades 649 707 848 142 20,0%

Crédito l íquido 7.717 7.492 7.299 -193 -2,6%

Crédito a clientes

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 250 milhões de euros enquanto o capital registou um aumento de 59 milhões de euros.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 11.841 10.670 1.171

Caixa Central 6.001 5.702 298

SICAM (Consolidado) 13.279 12.114 1.165

É importante mencionar a evolução do rácio de transformação que, em 2014 face a 2013, se reduziu de 80,1% para 76,7%, está actualmente situado num nível bastante baixo quando comparado com a restante banca portuguesa (que, de forma agregada e excluindo o Novo Banco, registou um rácio de 107% em Setembro de 2014) e se revela insuficiente para uma adequada remuneração dos fundos próprios.

Page 33: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

32RELATÓRIO E CONTAS 2014

8.365 8.199 8.147

10.178 10.234 10.620

69,0%

74,0%

79,0%

84,0%

89,0%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2012 2013 2014

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)

Crédito a Clientes (bruto) Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Para tal, contribuíram a redução de stock de crédito concedido (-0,6%) e o aumento ao nível de recursos de balanço constituídos por clientes (+3,8%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2012 2013 2014

Crédito a Clientes (bruto) 8.365 8.199 8.147 -51 -0,6%

Recursos de Clientes 10.178 10.234 10.620 387 3,8%

Rácio de Transformação 82,2% 80,1% 76,7% -3,4 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

2. OUTROS FACTOS RELEVANTES

Mesmo com reduzida implantação nos principais mercados urbanos, o Crédito Agrícola tem vindo a revelar que possui uma reputação muito positiva no sector. Uma sondagem realizada pela Aximage, em Setembro de 2014, para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã, com o objectivo de medir o índice de confiança espontânea nos bancos portugueses, veio confirmar que, a seguir ao banco do Estado, o Crédito Agrícola é a 2ª instituição em que os portugueses mais confiam.A excelência do Grupo Crédito Agrícola, na actividade bancária e seguradora, tem vindo a ser regular e amplamente reconhecida através de diversos prémios da indústria financeira e seguradora. A CA Seguros tem sido frequentemente premiada (foi considerada pela revista Exame a melhor seguradora não vida em 2013) e mantém a liderança nos seguros de colheitas em Portugal.A CA Vida também foi reconhecida, pela revista Exame, como a melhor seguradora vida em 2012. A CA Gest, empresa do Grupo especializada na gestão de activos, oferece diversos fundos de investimento com desempenho acima do mercado e mais do que duplicou os

Page 34: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

33RELATÓRIO E CONTAS 2014

montantes sob gestão e a quota de mercado nos fundos de investimento mobiliário, em 2014.O serviço B24 festejou 10 anos sobre a data do seu lançamento e terminou o ano com 236 balcões em funcionamento.Em 2014, a instalação de terminais de pagamento automático (TPA) registou uma evolução positiva (+3,3% para as quase 17 mil unidades) sem tradução na variação da quota de mercado. O número de transacções em ATM do Crédito Agrícola subiu 3,3% em 2014, atingindo os 79 milhões de transacções (i.e. mais de 4.500 transacções mensais por equipamento).Em 2014, registaram-se reduções no número de cartões de débito (-0,2% face aos +3,5% do mercado) e de cartões de crédito do Crédito Agrícola (-7,1% face aos -4,2% do mercado), o que se traduziu numa perda de quota de mercado em quantidade de cartões (de 8,1% para 7,8% nos cartões de débito e de 6,6% para 6,4% nos cartões de crédito). Não obstante, no mesmo período, verificou-se um aumento do número de transacções de cartões (+5,4% para os 91,7 milhões de transacções), assim como, um aumento do volume de transacções (+ 5,6% para os 4.781 milhões de euros).Em termos de penetração do canal on-line, em 2014, o número de adesões activas nas empresas ultrapassava as 56 mil e nos particulares atingia as 218 mil. No CA Mobile, as adesões ultrapassaram as 12 mil tendo-se registado um crescimento de 79%.O ano 2014 contou com 14.977.420 visitas ao website institucional do Grupo Crédito Agrícola, o que significou um acréscimo de 19% face a 2013 (e +24% no número de visitantes únicos que totalizam os cerca de 4,3 milhões de pessoas).No ano de 2014, o Grupo CA afirmou-se como um motor de desenvolvimento regional através da relação de proximidade com os clientes, contribuindo para dar resposta às suas ambições e projectos financeiros, com uma oferta universal de serviços financeiros e de protecção e, no decurso da recessão económica e das crises de dívidas soberanas e do mercado imobiliário, demonstrando uma credibilidade e resiliência (em termos de liquidez e solvabilidade) ímpares.Em Junho de 2014, o Grupo Crédito Agrícola realizou o jantar de homenagem às empresas, suas clientes, que se destacaram no contexto nacional pelo seu contributo para a competitividade e crescimento da economia portuguesa recebendo, por isso e mediante proposta do Crédito Agrícola, o estatuto de PME Líder (73 empresas versus 30 no ano transacto) e PME Excelência (15 empresas versus 2 no ano transacto) com referência à situação financeira de 2013.

Page 35: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

34RELATÓRIO E CONTAS 2014

O Grupo Crédito Agrícola lançou, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “I Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola” destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. Entre as várias regiões vitivinícolas do país, inscreveram-se 175 produtores com cerca de 280 vinhos brancos e tintos propostos a concurso. As provas cegas e a atribuição destes prémios decorreram no âmbito da “Portugal Agro, Feira Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar”, em Novembro de 2014. Os vencedores foram revelados numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

O Crédito Agrícola patrocinou as principais feiras de âmbito nacional, nomeadamente o SISAB, AGRO, Ovibeja, Feira Nacional da Agricultura, Expofacic, Fatacil, Agroglobal, Portugal Agro (vide figura), Salão Imobiliário de Portugal (SIL) e “Mercados” do Campo Pequeno com um espaço Grupo Crédito Agrícola para promoção da marca e da oferta direccionada de produtos e serviços em cada feira. Ao associar-se, ano após ano, a estes eventos, o Grupo Crédito Agrícola reforça o seu papel activo no desenvolvimento e na promoção das regiões, da sua cultura e das suas tradições.

Page 36: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

35RELATÓRIO E CONTAS 2014

Foram encetadas parcerias com entidades como a Confagri, a Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), a Publindústria – Agrotec (portal de informação agrícola e de agronegócios), a Portugal Fresh, a Compal-Sumol, a Visabeira Turismo e a Prosegur, estando em curso a formalização de um conjunto adicional de importantes protocolos (e.g. ADRAL, Energie).No que respeita à oferta de produtos e serviços, em 2014, foram lançadas comercialmente soluções de passivo (e.g. DP Associados, Poupança Cristas) e de activo (e.g. CH para não residentes, super crédito pessoal), soluções (bundles) dedicados a empresas e famílias, soluções de tesouraria para empresas e empresários, soluções de micro-crédito com garantia do Fundo Europeu de Investimento, entre outros.No ano de 2014, foi dado particular destaque na imprensa nacional e regional às várias iniciativas do CA que contribuem de forma efectiva para a disseminação de uma cultura de inovação nos sectores da agricultura, da agro-indústria e da floresta, promovendo, incentivando e premiando projectos que serão casos de sucesso nacional como sejam:

o lançamento do ”Prémio CA - Inovação na Agricultura, Agro-indústria e Floresta” que contou com 133 projectos concorrentes dos quais foram seleccionados 12 projectos finalistas; ea implementação, em parceria com a INOVISA e no âmbito do 8º Quadro Comunitário, de um Ciclo de Seminários que se desenrolaram ao longo do ano, cobriram as todas as regiões de Portugal Continental e do Arquipélago dos Açores e contaram com a presença de centenas de empresários, agricultores e entidades do sector primário e agro-industrial.

Page 37: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 38: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

37RELATÓRIO E CONTAS 2014

RELATÓRIO DE GESTÃO

Page 39: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 40: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

39RELATÓRIO E CONTAS 2014

ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

Page 41: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

40RELATÓRIO E CONTAS 2014

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Estrutura de Governo SocietárioA Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, CRL, adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.Os membros dos órgãos sociais e da Mesa de Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia GeralA Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice- Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia GeralPresidente: Amaro Teófilo Ferreira CamiloVice-Presidente: João Francisco Dias da SilvaSecretário: José Rodrigues Onofre

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC

Page 42: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

41RELATÓRIO E CONTAS 2014

3.2. Competência da Assembleia GeralA Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior;Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;Decidir do exercício do direito de Acão cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerente, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração é composto por um número impar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente.Atualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio de 2013/2015.

4.1. Composição do Conselho de AdministraçãoPresidente: Francisco João Bernardino da SilvaVogal: Lourenço José Silva LúzioVogal: José da Silva Rocha

4.2. Competências do Conselho de AdministraçãoAs competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para o exercício seguinte;Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;Adotar as medidas necessárias á garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola;Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Page 43: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

42RELATÓRIO E CONTAS 2014

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 54 reuniões em 2014.

5. Órgãos de FiscalizaçãoA fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas.As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividades e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e por dois suplentes.

5.1.1. Composição do Conselho FiscalPresidente: Isidro Luís AlexandreVogal: Manuel Pires HenriquesVogal: Josué Marques RosaSuplente: João Carlos Franco NarcisoSuplente: Alexandre Amaro da Silva sécio

5.1.2. Reuniões do Conselho FiscalO Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2014, um total de nove reuniões.

5.2. Revisor Oficial de ContasO mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo:Efetivo: José Joaquim Afonso DizSuplente: Joaquim dos Santos Silva

6. Política de RemuneraçõesDECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRLAprovado em Assembleia Geral de 21/12/2013.Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, e do Aviso n.º1/2010 do Banco de Portugal, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua DECLARAÇÃO sobre a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 20 .

Page 44: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

43RELATÓRIO E CONTAS 2014

Propõe-se que a POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 201 siga os seguintes princípios orientadores:1. CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste em:

O presidente do Conselho Fiscal auferirá um valor correspondente a um décimo da verba fixada para o Presidente do Conselho de Administração e os vogais do Conselho Fiscal um décimo da verba fixada para os Vogais do mesmo Conselho, por cada reunião do Conselho Fiscal em que participem.

2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOA remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em:

O Presidente do Conselho de Administração auferirá uma verba mensal correspondente a 50% do Nível 18 do Anexo II da Tabela Salarial do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) para as Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM) e os vogais 40% do referido Nível18, incluindo Subsídio de Férias, de Natal e outras retribuições pelo desempenho das suas funções de membros do Conselho de Administração, sendo este valor actualizável em função da actualização das remunerações fixadas para o referido Nível 18Os membros efectivos do Conselho de Administração têm ainda direito à inscrição e à comparticipação como beneficiários dos SAMS – Serviços de Assistência Médico-Social dos Bancários.O Presidente do Conselho de Administração, como Presidente da Direção da FENACAM aufere também senhas de presença pela sua participação nas reuniões da Direção, que foram devidamente aprovadas pela Assembleia Geral da Federação.

Atente a natureza específica da CAIXA AGRÍCOLA e do CRÉDITO AGRÍCOLA inexiste qualquer tipo de plano de atribuição de ações ou opções de aquisição de ações aos Membros do Conselho de Administração.Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras compensações, nomeadamente no que se refere ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola.

Page 45: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

44

RELATÓRIO E CONTAS 2014

O presidente da Mesa da Assembleia Geral auferirá um valor correspondente a um décimo da verba fixada para o Presidente do Conselho de Administração e os restantes membros da Mesa um décimo da verba fixada para os Vogais do mesmo Conselho, por cada reunião do Conselho Fiscal em que participem.

A remuneração do Revisor Oficial de contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Francisco João Bernardino da Silva José da Silva Rocha

Lourenço José da Silva Luzio

Page 46: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

45RELATÓRIO E CONTAS 2014

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

Page 47: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 48: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

47RELATÓRIO E CONTAS 2014

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRL

Page 49: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

48RELATÓRIO E CONTAS 2014

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE AZAMBUJA, CRLem 2014

Aprovado em Assembleia Geral de 21/12/20131. CONSELHO FISCALA remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste em:

O presidente do Conselho Fiscal auferirá um valor correspondente a um décimo da verba fixada para o Presidente do Conselho de Administração e os vogais do Conselho Fiscal um décimo da verba fixada para os Vogais do mesmo Conselho, por cada reunião do Conselho Fiscal em que participem.

2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em:

O Presidente do Conselho de Administração auferirá uma verba mensal correspondente a 50% do Nível 18 do Anexo II da Tabela Salarial do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) para as Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM) e os vogais 40% do referido Nível 18, incluindo Subsídio de Férias, de Natal e outras retribuições pelo desempenho das suas funções de membros do Conselho de Administração, sendo este valor actualizável em função da actualização das remunerações fixadas para o referido Nível 18Os membros efectivos do Conselho de Administração têm ainda direito à inscrição e à comparticipação como beneficiários dos SAMS – Serviços de Assistência Médico-Social dos Bancários.

3. MESA DA ASSEMBLEIA GERALA remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral consiste em:

Page 50: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

49RELATÓRIO E CONTAS 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral auferirá um valor correspondente a um décimo da verba fixada para o Presidente do Conselho de Administração e o Vice-Presidente e o Secretário da Mesa auferirão um valor correspondente a um décimo da verba fixada para os Vogais do conselho de Administração, por cada reunião da Assembleia Geral em que participem.

Atente a natureza específica da CAIXA AGRÍCOLA e do CRÉDITO AGRÍCOLA inexiste qualquer tipo de plano de atribuição de acções ou opções de aquisição de acções aos Membros do Conselho de Administração.

Não são igualmente atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações que possam ser associadas a remuneração, directa ou indirectamente.

Para além dos montantes supra mencionados, os membros do Conselho de Administração não recebem quaisquer outras compensações, nomeadamente no que se refere ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo Crédito Agrícola, com excepção do Presidente do Conselho de Administração que, como Presidente da FENACAM – Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, FCRL, recebe senhas de presença pela sua participação nas reuniões de Direcção da FENACAM, devidamente aprovadas pela Assembleia Geral da Federação.

4. REVISOR OFICIAL DE CONTASA remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Page 51: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

50RELATÓRIO E CONTAS 2014

REMUNERAÇÕES EM 2014DOS ORGÃOS SOCIAIS

Conselho de AdministraçãoFrancisco João Bernardino da SilvaJosé da Silva RochaLourenço José da Silva Luzio

Remuneração agregadaConselho FiscalIsidro Luís AlexandreJosué Marques RosaManuel Pires Henriques

Remuneração agregada

€ 19.061,84€ 15.249,36

€ 11.444,48€ 45.755,68

€ 1.945,04€ 1.382,76€ 1.427,48€ 4.755,28

DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTASRemuneração estabelecida com base nas práticas de mercado e pré-definida com base no contrato de Prestação de Serviços de Revisão de Contas.DOS COLABORADORESOs colaboradores são remunerados com base nas tabelas remuneratórias do ACTV para as ICAM’s e não contém parte variável. A Instituição não emite instrumentos financeiros que possam ser usados para as finalidades descritas na carta circular nº 2/2010/DSB.DOS COLABORADORES COM FUNÇÕES DE CONTROLOSão remunerados, independentemente do desempenho das áreas sob seu controlo, em função das respectivas funções.Atento no disposto nº. 3 – art.º 17º do aviso nº. 10/2011 do BdP em 2014 os colaboradores abrangidos pelo nº. 2do art.º 1º auferiram a seguinte remuneração agregadade € 120.772,35

O Conselho de AdministraçãoFrancisco João Bernardina da Silva

José da Silva RochaLourenço José da Silva Luzio

Page 52: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

51RELATÓRIO E CONTAS 2014

EVOLUÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA

Page 53: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

52RELATÓRIO E CONTAS 2014

A CCAM DE AZAMBUJA EM 2014

No ano de 2014 Portugal deixou de estar sujeito a um Programa de Ajustamento Estrutural anteriormente negociado e acordado com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. No entanto as políticas para a correção dos desequilíbrios macroeconómicos e das finanças públicas continuaram.A economia e a Sociedade portuguesa em geral, veem ressentindo-se dos efeitos da crise e das medidas tomadas com o objetivo de, a prazo, se corrigirem e vencerem os desequilíbrios e problemas existentes, em especial na esfera da administração pública.Neste quadro de grandes dificuldades, a que acresce a conhecida e tradicional debilidade económica do nosso Concelho, é natural que os efeitos se façam sentir na generalidade das atividades económicas e sociais.Só com uma prudente, profissional e responsável administração e gestão, foi possível manter a Caixa Agrícola com o desempenho e com os resultados obtidos, como aconteceu em 2014.Concluído o exercício, a Caixa Agrícola de Azambuja apresenta os seus principais rácios, com valores que nos dão uma satisfação e uma garantia que o caminho que vimos trilhando é o mais adequado às circunstâncias.Temos, cada vez mais, condições para melhorar o nosso desempenho e reforçar a qualidade dos nossos serviços no futuro que se aproxima e alargar e consolidar a atividade da Caixa Agrícola de Azambuja na sua área social.O nosso reconhecimento a todos os que nos elegeram como associados e clientes.

Page 54: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

53

RELATÓRIO E CONTAS 2014

ACTIVO 2012 2013 12/13 201 13/14

Disponibilidades 2.958.554 1.281.636 2.026.496

Aplicações Instituições Crédito 23.971.126 26.760.117 29.612.398

Crédito a Clientes 37.494.599 35.525.758 34.859.964

Activos não correntes detidos

para venda218.000 205.282 205.282

Participações Financeiras 1.190.585 1.190.585 1.190.585

Activos Intangíveis e Tangíveis 342.532 332.926 317.279

Activos Diversos 1.056.666 1.067.807 1.128.817

67.232.063 66.364.112 69.340.821

Page 55: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

54

RELATÓRIO E CONTAS 2014

PASSIVO 2012 2013 12/13 2014 13/14

Recursos Instituições Crédito 2.490.311 3.724.229 158.355

Recursos Clientes 57.285.414 55.103.895 61.132.254

Provisões 282.241 270.968 313.215

Passivos Diversos 718.838 457.204 495.540

TOTAL CAPITAL 6.455.257 6.807.815 7.241.458

67.232.063 66.364.111 69.340.821

Page 56: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

55

RELATÓRIO E CONTAS 2014

2012 2013 12/13 2014 13/14

Margem Financeira 1.752.455 1.593.875 1.565.560

Produto Bancário 2.343.287 2.098.844 2.109.715

Custos Administrativos 1.465.863 1.481.767 1.526.208

Resultado Bruto Exploração 877.424 617.077 583.507

Amortizações e Provisões 782.290 227.505 27.894

Resultados Antes de Impostos 95.134 389.571 555.613

Resultado Liq. Exercício 94.752 190.908 437.872

Page 57: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 58: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

57RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Page 59: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

58RELATÓRIO E CONTAS 2014

BALANÇO em 31/12/2014 e 2013

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO

Notas

Valor antes de provisões,

imparidade e amortizações

Provisões, imparidade e anortizações

Valor líquido

1 2 3 = 1 - 2ActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 5 480.367 480.367 499.303Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 1.546.129 1.546.129 782.333Activos financeiros detidos para negociação 7Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8Activos financeiros disponíveis para venda 9 50 50 50Aplicações em instituições de crédito 10 29.612.398 29.612.398 26.760.117Crédito a clientes 11 38.224.453 3.364.489 35.525.759 35.525.758Investimentos detidos até à maturidade 12Activos com acordo de recompra 13Derivados de cobertura 14Activos não correntes detidos para venda 15 220.500 15.218 205.282 205.282Propriedades de investimento 16Outros activos tangíveis 17 1.147.071 829.792 317.279 332.926Activos intangíveis 18Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 1.190.585 1.190.585 1.190.585Activos por impostos correntes 20 9.409 9.409Activos por impostos diferidos 20 509.477 509.477 569.034Outros activos 21 609.881 609.881 498.723

Total de Activo 73.550.320 4.209.499 69.340.821 66.364.111

Ano anterior

Ano

Page 60: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

59RELATÓRIO E CONTAS 2014

PASSIVO + CAPITAL

NotasPassivoRecursos de bancos centrais 22Passivos financeiros detidos para negociação 23Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24Recursos de outras instituições de crédito 25 158.355 3.724.229Recursos de clientes e outros empréstimos 26 61.132.254 55.103.895Responsabilidades representadas por títulos 27Passivos financeiros associados a activos transferidos 28Derivados de cobertura 14Passivos não correntes detidos para venda 29Provisões 30 313.215 270.968Passivos por impostos correntes 20 26.116Passivos por impostos diferidos 20Instrumentos representativos de capital 31Outros passivos subordinados 32Outros passivos 33 495.540 431.088Total de Passivo 62.099.363 59.556.296CapitalCapital 35 5.435.210 5.297.095Prémios de emissão 35Outros instrumentos de capital 36Reservas de reavaliação 36 197.759 187.389Outras reservas e resultados transitados 36 1.170.617 1.132.423Resultado do exercício 36 437.872 190.908Dividendos antecipadosTotal de Capital 7.241.458 6.807.815

Total de Passivo + Capital 69.340.821 66.364.111

Ano Ano anterior

A Responsável pela Contabilidade, O Conselho de Administração, Dra.Sónia Maria Lemos Real Engº. Francisco João Bernardino Silva

José da Silva RochaLourenço José Silva Luzio

Page 61: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

60RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSem 31/12/2014 e 2013

(Montantes expressos em Euros)

2014 2013Notas

Juros e rendimentos similares 37 2.202.556 2.318.118Juros e encargos similares 38 636.996 724.243

Margem financeira 1.565.560 1.593.875

Rendimentos de instrumentos de capital 39 2.003 2.001Rendimentos de serviços e comissões 40 633.263 676.259Encargos com serviços e comissões 41 102.663 116.074Resultados de activ e passiv avalia ao justo valor através de result 42Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43Resultados de reavaliação cambial 44 439 305Resultados de alienação de outros activos 45 2 (40.681)Outros resultados de exploração 46 11.110 (16.841)

Produto bancário 2.109.715 2.098.844

Custos com pessoal 47 922.535 899.811Gastos gerais administrativos 48 603.673 581.956Amortizações do exercício 17 e 18 17.574 18.296Provisões líquidas de reposições e anulações 30 42.247 (11.274)Correcções de valor assoc ao créd a clientes e val a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (42.801) 201.747Imparidade de outros activos financ líquida de reversões e recup 30 10.874 6.018Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 12.718

Resultado antes de impostos 555.613 389.571

Impostoscorrentes 20 58.183 148.354diferidos 20 59.557 50.310

Resultado após impostos 437.872 190.908

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas

Resultado líquido do exercício 437.872 190.908

RUBRICA

A Responsável pela Contabilidade, O Conselho de Administração, Dra. Sónia Maria Lemos Real Engº Francisco João Bernardino Silva

José da Silva RochaLourenç José Silva Luzio

Page 62: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

61RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAem 31/12/2014 e 2013

(Montantes expressos em Euros)2014 2013

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimento de juros e comissões 2.835.819 2.994.377Pagamento de juros e comissões (739.659) (840.315)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (1.519.008) (1.457.483)Contribuições para o fundo de pensões (7.200) (24.284)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimen (117.741) (198.664)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividad 11.549 (16.535)

Resultados operacionais antes das alte 463.760 457.096

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociaçã - -Activos disponíveis para venda 10.874 6.018Aplicações em instituições de crédito 2.852.281 2.788.991Crédito a clientes (708.596) (1.767.094)Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda - 40.681Outros activos 61.010 11.141

2.215.570 1.079.738Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociaç - -Recursos de outras instituições de crédito (3.565.874) 1.233.918Recursos de clientes e outros empréstimos 6.028.358 (2.181.519)Outros passivos 38.336 (261.635)

2.500.820 (1.209.236)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimentoImpostos pagos

Caixa líquida das actividades operacion 749.012 (1.831.878)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Variação de activos tangíveis e intangíveis 1.927 8.690Recebimento de dividendos (2.003) (2.001)Variação de partes de capital em empresas filiais e assoc - -

Caixa líquida das actividades de investim (76) 6.689

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 138.115 50.055Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - -Reservas (142.344) 111.595

Caixa líquida das actividades de financia (4.229) 161.650

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 744.858 (1.676.917)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.281.636 2.958.554Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.026.494 1.281.637

A Responsável pela Contabilidade, O Conselho de Administração, Dra. Sónia Maria Lemos Real Engº Francisco João Bernardino Silva

José da Silva RochaLourenç José Silva Luzio

Page 63: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

62RELATÓRIO E CONTAS 2014

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOem 31/12/2014 e 2013

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 - 1.136.585 (23.119)Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - - - - -Aplicação do resultado do exercício de 2012:

Transferência para resultados transitados - - - 23.119 23.119 - 23.119Constituição de reservas - - 18.958 - 18.958 - 18.958Distribuição de dividendos - - - - - - -(…) 187.389 - (94.752) 92.637

Aumento de capital 55.900 - - - - - 55.900Reembolso de capital (5.845) - - - - - (5.845)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2013: - - - (23.119) (23.119) 190.908 167.789Saldos em 31 de Dezembro de 2013 5.297.095 187.389 (23.119) 190.907 6.807.815Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - - - - -Aplicação do resultado do exercício de 2013: - -

Transferência para resultados transitados - - - 23.119 23.119 - 23.119Constituição de reservas - - 38.193 - 38.193 - 38.193Distribuição de dividendos - - - - - - -(,,,) (190.907) (190.907)Alteração de polÍtica contabilÍstica (IAS 19) 10.370 - - 10.370

Aumento de capital 142.345 - - - - - 142.345Reembolso de capital (4.230) - - - - - (4.230)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2014 - - - (23.119) (23.119) 437.872 414.753

197.759 1.193.736 (23.119) 1.170.617

Sónia Maria Lemos Real Francisco João Bernardino da SilvaLourenço José Silva Luzio

José da Silva Rocha

Outras Reservas e resultados transitados

A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL em 31/12/2014 e 2013

(Montantes expressos em Euros)2013 2012

Resultado individual 190.908 94.752Diferenças de conversão cambial - -Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório - -Outros movimentos - -Total Outro rendimento integral do exercício - -Rendimento integral individual 190.908 94.752

A Responsável pela Contabilidade, O Conselho de Administração,Dra. Sónia Maria Lemos Real Engº Francisco João Bernardino Silva

José da silva RochaLourenço José da Silva Luzio

Page 64: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

63RELATÓRIO E CONTAS 2014

ANEXO ÀS CONTAS

Page 65: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

64RELATÓRIO E CONTAS 2014

1. NOTA INTRODUTÓRIAA Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM AZAMBUJA) é uma instituição de crédito constituída em 15 de Dezembro de 1927 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.Em 31 de Dezembro de 2013, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Eng. Moniz da Maia n.º 57-A, em Azambuja e através de uma rede de cinco balcões situados no concelho de Azambuja. As Notas cujos números não são indicados neste anexo não têm aplicação por inexistência de valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),

conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas

a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os rendimentos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

Page 66: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

65RELATÓRIO E CONTAS 2014

v) Benefícios aos empregados,, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego (SAMS), para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011.

As demonstrações financeiras da caixa em 31 de Dezembro de 2014, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como

as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96 do Banco de Portugal.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os rendimentos e gastos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosAs empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

Page 67: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

66RELATÓRIO E CONTAS 2014

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receberConforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e gastos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveisAs responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros rendimentos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros,

Page 68: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

67RELATÓRIO E CONTAS 2014

pelo menos uma das seguintes condições: . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas

inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação

acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a

riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações

de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com

Page 69: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

68RELATÓRIO E CONTAS 2014

os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.i) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como rendimentos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

ii) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos gastos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

iii) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com

excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as

perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação

de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser

Page 70: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

69RELATÓRIO E CONTAS 2014

estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas

por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Outros activos tangíveisOs activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo doperíodo de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.Activos intangíveisEsta rubrica compreende essencialmente gastos com a aquisição, desenvolvimento ou

Page 71: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

70RELATÓRIO E CONTAS 2014

preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.As amortizações são registadas como gastos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

g) Activos tangíveis disponíveis para vendaOs activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

h) ProvisõesEsta rubrica do passivo não inclui quaisquer provisões constituídas para fazer face riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

i) Benefícios de empregadosA Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

Page 72: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

71RELATÓRIO E CONTAS 2014

Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefícioencontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

j) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de gastos ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o

Page 73: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

72RELATÓRIO E CONTAS 2014

valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Diferenças temporárias resultantes de goodwill;Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

4. RELATO POR SEGMENTOSNos exercícios findos em 31de Dezembro de 2014 e 2013, a segmentação dos resultados da Caixa Agrícola por linhas de negócio corresponde na sua totalidade à Banca de Retalho. A qual é desenvolvida unicamente em Portugal. Desta forma, não é divulgada informação por segmentos.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAISEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Caixa:Moedas nacionais 478.796 493.085 Moedas estrangeiras 1.571 6.218

480.367 499.303

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOEsta rubrica tem a seguinte composição:

Page 74: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

73RELATÓRIO E CONTAS 2014

31-12-2014 31-12-2013

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 1.545.820 781.589Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

1.545.820 781.589

Juros a Receber 309 744

1.546.129 782.333

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃONão apresenta qualquer valor.

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOSNão apresenta qualquer valor.

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDAParticipação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2013

FERECC Consultores Bombarral 0,0005% 50,00 50,00

Provisões 0,00 0,00

50,00 50,00

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOEsta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Aplicações em Instituições de Crédito no País:Em outras instituições de crédito:

Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - CCCAM 29.453.451 22.885.226Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - Direitos Adicionais de Crédito - 3.724.000

29.453.451 26.609.226Juros a receber 158.947 150.891

29.612.398 26.760.117

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

Page 75: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

74RELATÓRIO E CONTAS 2014

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 11.197.000 13.924.294Entre três meses e um ano 16.143.369 10.242.490Entre um ano e cinco anos 2.113.082 2.442.442Mais de cinco anos - -Duração indeterminada - -

29.453.451 26.609.226Juros a receber 158.947 150.891

29.612.398 26.760.117

Page 76: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

75RELATÓRIO E CONTAS 2014

11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição

31-12-2014 31-12-2013

Crédito internoMédio e longo prazos 31.569.325 31.406.296

Empréstimos à habitação bonificado 1.551.538 1.551.538Empréstimos à habitação regime geral 13.965.338 13.776.670Empréstimos com garantia real 7.109.814 7.682.901Empréstimos sem garantia real 8.105.531 7.525.737Contratos de locação financeira 337.105 369.450

Clientes 88.671 94.004CCAM - -Empresas do grupo 248.434 275.446

Empréstimos subordinados (CA Seguros) - -Papel Comercial 500.000 500.000

Curto prazo 2.137.853 3.190.037Créditos em conta corrente 1.914.829 2.889.660

Empresas do grupo 1.873.214 2.840.802Particulares residentes 41.615 48.858

Descobertos em depósitos à ordem 56.577 130.997Empresas do grupo 18.884 65.217Particulares residentes 37.693 65.781

Cartão crédito 162.614 169.380Empresas do grupo 990 365Particulares residentes 161.624 169.015

Desconto e Outros creditos titulados efeitos 3.833 -33.707.178 34.596.333

Juros a receber 268.596 295.718Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido (92.788) (88.664)

(92.788) (88.664)Correcções de valor dos activos

que sejam objecto de cobertura - -Total crédito não vencido 33.882.987 34.803.387Crédito e juros vencidosCrédito vencido 4.204.220 3.981.545Juros vencidos 137.246 137.242Total crédito e juros vencidos 4.341.466 4.118.787

38.224.453 38.922.174ProvisõesPara crédito e juros vencidos (3.362.975) (3.376.054)Para crédito de cobrança duvidosa (1.514) (20.362)

(3.364.489) (3.396.416)34.859.964 35.525.758

Page 77: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

76RELATÓRIO E CONTAS 2014

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais de crédito a clientes apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 4.431.243 5.350.966Entre três meses e um ano 2.119.942 2.736.105Entre um ano e cinco anos 2.099.669 2.628.088Mais de cinco anos 24.213.159 22.965.629Duração indeterminada 5.091.844 4.945.668

37.955.857 38.626.456Juros a receber 268.596 295.718

38.224.453 38.922.174

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 313.214,72 Euros e 270.967,74 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADENão apresenta qualquer valor.

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRANão apresenta qualquer valor.

14. DERIVADOS DE COBERTURANão apresenta qualquer valor.

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDAEsta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 220.500 220.500Equipamento - -Outros - -

220.500 220.500

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - * - *

- -

220.500 220.500Provisões:Imóveis (15.218) (15.218)Equipamento - -Outros - -

205.282 205.282* Valor muito elevado, uma vez que é para detalhar e se necessário para este efeito acrescentar linhas ao quadro. NOTA: O quadro não poderá ser reportado com *

Page 78: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

77RELATÓRIO E CONTAS 2014

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2014 e 2013 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Provisões líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 220.500 - - - - - - 220.500 (15.218) 205.282Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

220.500 - - - - - - 220.500 (15.218) 205.282

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Provisões líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 220.500 - - - - - - 220.500 (15.218) 205.282Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

220.500 - - - - - - 220.500 (15.218) 205.282

31-12-2013 31-12-2014

31-12-2012 31-12-2013

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTONão apresenta qualquer valor.

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEISO movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2014 e 2013 foi o seguinte:

31-12-2014Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas ImparidadeAquisiçõesTransferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis: De serviço próprio:

Terrenos 43.089 - - - - - - - - 43.089Edif icios 422.629 254.628 - - - 8.442 - - 159.560Outros 31.076 6.008 - - - 621 - - 24.447

Obras em imóveis arrendados 55.218 12.240 - - - 1.104 - - 41.873 Outros imóveis - - - - - - - - - -

552.012 272.876 - - - 10.168 - - - 268.969

Equipamento: Mobiliário e material 159.266 159.266 - - - - - - - Máquinas e ferramentas 49.530 33.902 - 1.927 - 3.478 - 6.016 8.061 Equipamento informático 147.574 147.574 - - - - - - - Instalações interiores 99.253 95.308 - - - 469 - - 3.476 Material de transporte 47.993 39.028 - - - 916 - - - 8.049 Equipamento de segurança - - - - - - - - - - Outro equipamento 67.857 64.264 - - - 2.544 - - 1.049

571.473 539.342 - 1.927 - 7.406 - - 6.016 20.635

Equipamento em locação f inanceira:Imóveis - - - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos em locação f inanceira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:(…) - - - - - - - - - -

Activos tangíveis em curso 27.675 - - - - - - - - 27.675

1.151.160 812.218 - 1.927 - 17.574 - - 6.016 317.279

31-12-2013

Page 79: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

78RELATÓRIO E CONTAS 2014

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Não apresenta qualquer valor.

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2013

Caixa Central CAM, CRL Banca Lisboa 0,7777% 1.136.785,00 1.136.785,00C A Vida S. A. Seguros Lisboa 0,0793% 44.972,91 44.972,91C A Seguros S. A. Seguros Lisboa 0,0002% 50,00 50,00C A Informática S.A. Informática Damaia 0,1555% 8.757,45 8.757,45Fenacam FCRL Consultores Lisboa 0,0004% 20,00 20,00

Provisões 0,00 0,001.190.585,36 1.190.585,36

Em 31 de Dezembro de 2014, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

CAIXA CENTRAL Crédito Agrícola Mútuo, CRL 6.000.506.067 298.127.857 36.610.035Crédito Agrícola Vida S. A. 1.756.573.536 81.186.832 4.059.390Crédito Agrícola Seguros S. A. 191.845.453 42.341.431 3.394.131Crédito Agrícola Informática S. A. 21.697.337 6.621.974 314.140Fenacam FCRL 7.690.521 5.279.851 91.220

* todos os valores são provisórios. Não foram ainda auditados.

Page 80: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

79RELATÓRIO E CONTAS 2014

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO“No cálculo do imposto corrente do exercício de 2014 (IRC) há que atender ao benefício do Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei 49/2013, de 16 de Julho. Este benefício consiste na dedução à colecta do IRC do montante correspondente a 20% das despesas de investimento em activos afectos à exploração (despesas elegíveis) efectuadas entre 1 de Junho de 2013 e 31 de Dezembro de 2013 (com o limite de 70% da colecta do exercício). Neste âmbito, foram realizadas despesas elegíveis no referido período no montante de € 171.936,47, o que permite beneficiar de uma dedução à colecta do IRC de 2013 no valor de € 4.710,59.Adicionalmente, a Caixa Azambuja é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros. No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um ACE.”Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, eram os seguintes:

2014 2013

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar 9.409 -

9.409 -

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar - 26.116

- 26.116

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 509.477 569.034Por prejuízos fiscais reportáveis - -

509.477 569.034

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias - -

- -

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

Page 81: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

80RELATÓRIO E CONTAS 2014

2014 2013

Impostos correntesImposto s/lucros do exercicio 58.183 148.354Prejuízos fiscais reportáveis - -

58.183 148.354Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 59.557 50.310Prejuízos fiscais reportáveis - -

59.557 50.310

Total de impostos reconhecidos em resultados 117.741 198.664

Resultados antes de impostos 555.613 389.572

Carga fiscal 21,19% 51,00%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2006 a 2011 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 555.613 389.572

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 26,50% 58.183 27,50% 148.354

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 0,00% - 0,00% -Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% -Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% -Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% -Impostos Diferidos 10,72% 59.557 12,91% 50.310(…)Diferenças permanentesMais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% -Correcções relativas exerc anteriores 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais negativas 0,00% - 0,00% -Outras diferenças permanentes 0,00% - 0,00% -Deduções à colecta 0,00% - 0,00% -Tributações autónomas 0,00% - 0,00% -(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 117.741 198.664

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,00% 0,00%

Custo com imposto do exercício 37,22% 117.741 40,41% 198.664

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores

Impostos correntes sobre os lucros 117.741 198.664

2014 2013

Page 82: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

81RELATÓRIO E CONTAS 2014

21. OUTROS ACTIVOSEsta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Outros activosOutros metais preciosos - -Devedores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -Reembolsos pedidos - IMT - -

Despesas a debitar a clientes - -Bonificações a receber 13 2.602Outros devedores diversos 94.812 90.447

94.825 93.049

Outros rendimentos e receber 42 4042 40

Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 47.223 70.342Seguros 5.044 4.418Outras - * 540

Fornecedores - -Sams - -CA Informatica - 540

52.267 75.300

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -(…) - -Outras

Rejeitados DO 933 162ATM Caixa Automatica 414.429 292.758ATM a regularizar 1.165 595Rotina PCSB-FMS 22.976 223PSC - Acordos Protocolares 23.245 36.597

462.747 330.334

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos - -

- -- -

609.881 498.723

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAISNão apresenta qualquer valor.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃONão apresenta qualquer valor.

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOSNão apresenta qualquer valor.

Page 83: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

82RELATÓRIO E CONTAS 2014

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOO saldo existente em 2013 referente à conta de DP-Direitos Adicionais de Crédito-CCCAM com um valor de 3.724.000 euros acrescido de 229 euros de juros a pagar foi integralmente liquidado.O saldo de 2014 no montante de 158.258 euros refere-se à conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM, tendo gerado juros a pagar a uma taxa fixa anual de 0,20%, no valor de 97 euros.Esta conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM foi criada no âmbito das Linhas de refinanciamento TLTRO do BCE ao SICAM com o objetivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento.As operações TLTRO têm vencimento em Setembro de 2018 e são remuneradas a uma taxa fixa até à maturidade, fixando o custo de funding para o período, embora com reembolso antecipado obrigatório em Setembro de 2016 caso a evolução do crédito elegível do SICAM seja inferior ao benchmark/valor de crescimento definido pelo BCE.As CCAM terão acesso a esta linha de financiamento por intermédio de operações com a CCCAM, através das quais serão efetuadas transferências de fundos de acordo com o crédito concedido por cada CCAM e com um limite inicialmente estabelecido de acordo com o Ponderador de Carteira de Crédito Total (PCCT) de cada uma.

2014 2013Recursos Out. Inst. Credito - CCCAM 158.258 3.724.000Juros a pagar 97 229

158.355 3.724.229

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOSEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Depósitos À ordem 19.049.496 17.706.237A prazo 31.568.419 26.210.382De poupança 10.151.187 10.845.864

Outros recursos de clientes - -Cheques e ordens a pagar 45.096 846Outros - 1.952

60.814.198 54.765.282Juros a pagar 318.056 338.613

61.132.254 55.103.895

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2014 31-12-2013

Até três meses 32.815.421 31.079.627Entre três meses e um ano 23.103.069 21.295.903Entre um ano e três anos 4.817.639 4.457.963Entre três e cinco anos 40.613 22.446Mais de cinco anos 37.456 42.498

60.814.198 56.898.437

Page 84: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

83RELATÓRIO E CONTAS 2014

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOSNão apresenta qualquer valor.

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOSNão apresenta qualquer valor.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDANão apresenta qualquer valor.

30. PROVISÕES E IMPARIDADEO movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2013 e 2012 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2013 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 20.362 85.272 104.120 - - 1.514- Crédito e juros vencidos 3.376.054 876.154 889.233 - - 3.362.976- Risco-país - - - - - -

3.396.416 961.426 993.353 - - 3.364.490Provisões: - Riscos gerais de crédito 270.968 115.356 73.109 - - 313.215 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

270.968 115.356 73.109 - - 313.215

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 15.218 - - - - 15.218Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos - - - - - -

15.218 - - - - 15.218

3.682.602 1.076.782 1.066.462 - - 3.692.923

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Não apresenta qualquer valor. 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Não apresenta qualquer valor.

Page 85: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

84RELATÓRIO E CONTAS 2014

33. OUTROS PASSIVOSEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Credores e outros recursosCredores por operações sobre futuros 53.007 54.930Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 43.647 36.455Contribuições para a Segurança Social 16.147 16.180Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.130 ,

Cobranças por conta de terceiros 976 927Contribuições para outros sistemas de saúde 3.957 4.160Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -Outros credores 50.222 * 51.478 *

Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 116.997 111.493Prémio de antiguidade 36.204 41.241Subsídio de morte - -Remunerações variáveis - -Outros - -

Por gastos gerais administrativos - -Outros - -

Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 5.634 2.190Outras 705 -

Valores a regularizarPosição cambial - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -Outras operações a regularizar 166.914 * 112.034 *

495.540 431.088

*

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:O saldo existente em 2013 referente à conta de Direitos Adicionais de Crédito-Garantias Reais-Créditos dados em garantia ao BdP com um valor de 23.340.289,85 euros.Esta conta de DP-Depósitos TLTRO-CCCAM foi criada no âmbito das Linhas de refinanciamento TLTRO do BCE ao SICAM com o objectivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento.As CCAM terão acesso a esta linha de financiamento por intermédio de operações com a CCCAM, através das quais serão efectuadas transferências de fundos de acordo com o crédito concedido por cada CCAM e com um limite inicialmente estabelecido de acordo com o Ponderador de Carteira de Crédito Total (PCCT) de cada uma.

Page 86: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

85RELATÓRIO E CONTAS 2014

31-12-2014 31-12-2013

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 922.066 24.010.321Aceites e endossos - -Créditos documentários abertos - -Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 2.725.234 1.961.535Compromissos revogáveis 5.657.212 5.684.608

Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 129.667 75.607Valores recebidos para cobrança 3.833 4.762Valores administrados pela instituição - -Outras - -

9.438.013 31.736.834

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃOEm 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a estrutura associativa da Caixa é a seguinte:

N º de N º de N º de N º deassociados titulos Capital associados titulos Capital

Associados:(…) 2.013 1.087.042 5.435.210 2.009 1.059.419 5.297.095

2.013 1.087.042 5.435.210 2.009 1.059.419 5.297.095

20132014

Nota: 1 Título capital = € 5,00

36.RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIOEm 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidosDe activos financeiros disponíveis para venda(…)

- -Outros instrumentos de capital

Reserva legal 1.185.773 1.147.592Outras reservas 7.963 7.951Resultados transitados (23.119) (23.119)

1.170.617 1.132.423Resultado do exercício 437.872 190.908

1.608.489 1.323.331

Page 87: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

86RELATÓRIO E CONTAS 2014

Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados. Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de disponibilidades em bancos centrais

Depósitos à ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 2.690 4.354

Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 667.347 730.107

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por v alores mobiliários

Crédito interno

Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 1.995 7.408

Empréstimos 611.490 609.580

Créditos em conta corrente 142.569 167.209

Descobertos em depósitos à ordem 17.268 22.318

Créditos tomados - factoring - -

Operações de locação financeira 15.350 16.958

Operações de compra com acordo de rev enda - -

Outros créditos 59 -

Particulares

Habitação

Operações de locação financeira - -

Outros créditos 289.026 * 281.697 *

Consumo

Operações de locação financeira - -

Outros créditos 190.121 208.400

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos 121.263 136.295

Créditos em conta corrente 5.787 6.249

Descobertos em depósitos à ordem 16.409 17.914

Operações de locação financeira 3.416 3.582

Outros créditos 17.151 8.844

Outros juros e rendimentos similares 100.615 97.203

2.202.556 2.318.118

Page 88: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

87RELATÓRIO E CONTAS 2014

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 392 19.805no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 636.604 704.436Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares - -

636.996 724.241

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais 2.003 2.001Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

Outros instrumentos de capital - -2.003 2.001

Page 89: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

88RELATÓRIO E CONTAS 2014

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕESEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-14 31-12-13Por garantias prestadas

Garantias e avales 30.773 11.622Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -

30.773 11.622Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 25.997 29.177Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 1.940 -

Compromissos revogáveis - -27.936 29.177

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 358 900Administração de valores - -Transferência de valores 9.845 11.667Gestão de cartões 234 140Anuidades 46.886 47.651Operações de crédito

Outras operações de crédito 96.078 * 130.030 *Outros serviços prestados 302.227 * 309.585 *

455.627 499.973Por operações realizadas por conta de terceiros

Outras operações realizadas por conta de terceiros - * - *- -

Outras comissões recebidas 118.928 * 135.487 *633.263 676.259

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕESEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 290 752Operações de crédito 443 2.103Cobrança de valores 51 146Administração de valores - -Outros 95.721 * 106.596 *

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 6.158 6.477

102.663 116.074

Page 90: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

89RELATÓRIO E CONTAS 2014

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não apresenta qualquer valor.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDANão apresenta qualquer valor.

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Perdas em diferenças cambiais (347) (1.431)Ganhos em diferenças cambiais 786 1.737

439 305

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição

Perdas em activos não financeiros

Activos não correntes detidos p/venda 2 (40.681)

2 (40.681)

Page 91: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

90RELATÓRIO E CONTAS 2014

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:31-12-2013 31-12-2012

Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

Outros activos não financeiros - * - *- -

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 4.321 70Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 5.245 179Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 69.726 55.520

Rendimentos da prestação de serviços diversos 7.357 2.738Outros 9.871 * 12.187 *

96.520 70.693

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (9.272) (9.208)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (22.998) (32.598)Outros encargos e gastos operacionais (43.349) (34.968)

(75.619) (76.774)

Outros ImpostosImpostos indirectos (8.624) (4.160)Impostos directos (1.166) (6.599)

(9.791) (10.759)

11.110 (16.841)

Page 92: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

91RELATÓRIO E CONTAS 2014

47. CUSTOS COM PESSOALEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 51.689 38.741Empregados 665.884 652.850

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões 14.070 24.284Encargos relativos a remunerações:Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 145.499 139.794SAMS 35.427 32.657Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 6.545 7.946

Outros - -

Encargos sociais facultativos

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Outros 3.422 3.540

922.535 899.811

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, apresenta a seguinte composição:

2014 2013

Conselho de Administração 3 3Gerência 2 2Chefias Intermédias 5 5Técnicos 4 4Administrativos 10 10Outros 5 5

A política de remunerações em vigor para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja é a seguinte:

Assembleia-geral e Conselho Fiscal

A forma de remuneração adoptada consiste no pagamento de uma remuneração variável, a título de senhas presença por cada reunião do Órgão a que estiverem presentes.

Conselho de Administração

Page 93: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

92RELATÓRIO E CONTAS 2014

A remuneração fixada decorre de deliberação da Assembleia-geral, no âmbito das atribuições que lhe estão estatutariamente cometidas. Essa remuneração consiste na atribuição de um montante fixo mensal, pago doze vezes por ano e actualizável, anualmente, nos mesmos termos e percentagem em que o forem os salários dos trabalhadores do Crédito Agrícola, fixados em Acordo Colectivo de Trabalho.

Atendendo a que a CCAM, enquanto cooperativa, não tem fins lucrativos, não existe politica de remuneração variável, anual ou plurianual, baseada em objectivos assentes em lucros do exercício.

Os membros do Conselho de Administração não recebem quaisquer outras compensações adicionais às acima referidas, nomeadamente as relativas ao exercício de funções nos corpos sociais de outras empresas do Grupo.

Não são atribuídos direitos em matéria de complementos de reforma e de sobrevivência em função do exercício das funções de Administrador neste órgão de gestão, nem são praticadas quaisquer outras situações associáveis a remunerações, nomeadamente, pagamentos desfasados de componente variável ou qualquer outra forma directa ou indirecta de remuneração.

No exercício de 2014, o detalhe das remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais apresenta-se de seguida:

Fixa Variável Total

Assembleia Geral: 0,00 0,00

Conselho de Administração:Presidente 19.061,84 19.061,84

Vogal 13.935,79 13.935,79Vogal 13.935,79 13.935,79

46.933,42 46.933,42

Conselho Fiscal: 0,00Presidente 1.945,04 1.945,04

Vogal 1.382,76 1.382,76Vogal 1.427,48 1.427,48

4.755,28 4.755,28

Certificação Legal das Contas - ROC 7.980,0059.668,70 €

Remuneração

Page 94: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

93RELATÓRIO E CONTAS 2014

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOSEsta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2014 31-12-2013

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 28.572 31.057Material de consumo corrente 11.139 13.638Publicações - -Material de higiene e limpeza 2.749 2.812Outros fornecimentos de terceiros 14.664 * 9.817 *

57.124 57.324Com serviços:

Rendas e alugueres 18.249 16.353Comunicações 54.179 63.882Deslocações, estadas e representação 1.878 2.655Publicidade e edição de publicações 37.530 32.095Conservação e reparação 11.585 18.531Transportes 12.476 13.197Formação de pessoal - -Seguros 8.557 8.252Serviços especializados:

Avenças e honorários 23.344 18.728Judiciais contencioso e notariado 1.479 830Informática 244.704 230.637Segurança e vigilância 13.108 272Limpeza 2.344 2.210Informações 3.932 3.350Bancos de dados - -Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 22.554 22.623Tratamento de valores 37.656 40.861Avaliadores externos 6.893 2.908(…)Outros serviços de terceiros 46.080 47.249

546.549 524.632

603.673 581.956

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Page 95: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

94RELATÓRIO E CONTAS 2014

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo

Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo

TotalActivos:Disponibilidades em outras instituições de crédito 798.425 - - 798.425 542.922 - - 542.922Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -Aplicações em instituições de crédito 29.453.451 - - 29.453.451 26.609.226 - - 26.609.226Crédito a clientes - - - - - - - -Outros activos - - - - - - - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -Recursos de outras instituições de crédito - - - - - - - -Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -Passivos subordinados - - - - - - - -Outros passivos - - - - - - - -

Custos:

Juros e encargos similares 392 - - 392 19.806 - - 19.806Encargos com serviços e comissões - - - - - - - -Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - - - - - - - -Gastos gerais administrativos - - - - - - - -

Proveitos:Juros e rendimentos similares 670.037 - - 670.037 734.462 - - 734.462Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -Rendimentos de serviços e comissões - - - - - - - -Outros resultados de exploração - - - - - - - -

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -Garantias recebidas - - - - - - - -Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

2014 2013

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

50. PENSÕES DE REFORMAPara determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A..De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com aadopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo.Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS.

Page 96: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

95RELATÓRIO E CONTAS 2014

1. INTRODUÇÃO

A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação actuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respectivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM AZAMBUJA, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de 2014. O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade.Esta avaliação actuarial contempla os trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizado a informação referente a Outubro de 2014 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2014 para a restante população. Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM).De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo colectivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões de reforma e sobrevivência. No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) passaram a ser financiados através do fundo de pensões. As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adoptar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspectos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência. Porém, de acordo com o Aviso nº 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos nº 4/2005, nº 12/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pôde ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014.Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2016. Em 31 de Dezembro de 2013 foram publicados o Decreto-Lei nº 167-E/2013 e a Portaria nº 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos e futuramente a idade normal de reforma varia de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, verificada entre o 2º e 3º ano anteriores ao ano de início da pensão de velhice, na proporção de dois terços.Adicionalmente, o Decreto-lei nº 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do factor de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de pensionistas de velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do factor de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma.

Page 97: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

96RELATÓRIO E CONTAS 2014

O estudo actuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) 19.

2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃOA partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte informação sobre a população:

Trabalhadores no Activo e Licenças sem vencimentoNúmero de Participantes 25Idade média 52,4Antiguidade média na Banca 23,4Salário médio anual 24.368€Folha anual de salários 609.193€

Pré-reformadosNúmero de Participantes 0 Idade média N/AAntiguidade média na Banca N/ASalário médio anual N/AFolha anual de salários N/A

N/A – Não aplicável

Reformados e pensionistasNúmero de Beneficiários 7

Idade média 62,3Pensão média anual a cargo do Fundo 1.580€

N/A – Não aplicável

Page 98: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

97RELATÓRIO E CONTAS 2014

3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIALNesta avaliação actuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e demográficos:

Pressupostos FinanceirosTaxa de crescimento salarial futura 1,40%Taxa de crescimento do Salário Mínimo Nacional 1,40%Taxa de desconto (Ver descrição abaixo)Taxa de crescimento das pensões 1,0%Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social – (nº2 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007) 1,40%Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social (nº1 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007) 1,40%

Pressupostos DemográficosTábua de mortalidade TV 88/90Tábua de invalidez EVK 80Idade normal de reforma De acordo com o Decreto-Lei nº 167-E/2013

Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte:a) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial inferior a 55 anos:

3,25%b) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial igual ou superior a

55 anos: 2,75%c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas: 2,25%

A descida considerável da taxa desconto, face ao ano anterior, aplicada aos vários grupos populacionais, deve-se à evolução dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades.Face ao ano anterior, foram também alterados os pressupostos da taxa de crescimento dos salários, de 1,65%/ano para 1,4%/ano e da taxa de crescimento das pensões que foi alterada de 1,4%/ano para 1,0%/ano, tendo em conta as perspectivas de evolução da inflação e a redução das expectativas de aumentos numa perspectiva de médio prazo.Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação.Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social.Para efeito da presente avaliação actuarial, nomeadamente para o cálculo da idade normal de reforma de acordo com o Decreto-lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2013 de 18,97 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística).Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Credito

Page 99: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

98RELATÓRIO E CONTAS 2014

Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de acordo com a clausula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à data de reforma definidas na clausula 81ª do mesmo documento.No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do “Projected Unit Credit”.O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor actual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quantas o seu número total de anos de serviço no sector, sendo em cada ano, afectada e financiada uma "unidade".No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio8

A determinação da pensão de sobrevivência efectuou-se somente para os participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respectivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT.

(antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respectivas probabilidades de ocorrência em cada ano.

Não se efectuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no activo, por falta de elementos.

4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ACTUARIAL

4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Activo e Licenças sem vencimento

Em 31 de Dezembro de 2014, o valor actual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no activo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica: Valores em Euros

Valor actual das Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014Por serviços passados 311.510 Por serviços futuros 134.793

4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e PensionistasRelativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de pré-reformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos actuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam: Valores em Euros

Pré-reformados 0 Reformados e pensionistas 185.177

8 Este rácio é diferente para cada ano em que se estima o custo com o benefício de invalidez, ou seja, no ano da avaliação o rácio é 1 e no ano t é antiguidade/(antiguidade + t).

Page 100: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

99RELATÓRIO E CONTAS 2014

4.3. Custo Normal do plano de pensõesApresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS:

Valores em Eurosa) Valor do custo normal para 2015 12.858b) Massa salarial anual 609.193c) Taxa de contribuição normal a)/[b)x1,014] 2,1%

Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal.

4.4. Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade De acordo com a cláusula 127ª do acordo colectivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade.

O valor actual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2014):

Valores em EurosValor actual das Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014Por serviços passados 36.202Por serviços futuros 25.626

5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2014:

Page 101: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

100RELATÓRIO E CONTAS 2014

Valores em EurosResponsabilidades no início do exercício 472.539(+) Custo do serviço corrente: 11.087

Custo da Entidade 6.625Contribuições efectuadas pelos empregados 4.462

(+) Custo dos Juros 16.999(+/-) (Ganhos) e Perdas actuariais nas responsabilidades 11.729(+) Acréscimos de responsabilidades de reformas antecipadas 0(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.060(-) Contribuições pagas aos SAMS 4.607Responsabilidades no fim do exercício 496.687

Conforme indicado no ponto 1., a publicação do Decreto-lei nº 167-E/2013, introduziu alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, nomeadamente a não aplicação do factor de sustentabilidade às pensões dos beneficiários que passem à situação de pensionistas de velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior, e alteração da forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social. O impacto das alterações introduzidas pelo referido Decreto-Lei no valor actual das responsabilidades por serviços passados, com referência a 01 de Janeiro de 2014, foi uma redução de cerca de 35.800€. O efeito da alteração dos pressupostos financeiros no seu conjunto (taxa de desconto, taxa de crescimento dos salários e taxa de crescimento das pensões), em 31 de Dezembro de 2014, foi um aumento de cerca de 49.400€ no valor actual das responsabilidades por serviços passados.6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕESO valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2014:

Valores em Euros

Valor do fundo no início do exercício 427.730(+) Contribuições 4.462 Contribuições da CCAM AZAMBUJA 0 Contribuições dos empregados 4.462(+) Capitais de Seguro recebidos 0 (+) Rendimento líquido 38.522(-) Prémio de Seguro pago 6.870(+) Participação de resultados de Seguro 3.232(-) Pensões de reforma e sobrevivência pagas 11.060(-) Contribuições pagas para o SAMS 4.607Valor do fundo no fim do exercício 451.410

Page 102: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

101RELATÓRIO E CONTAS 2014

7. CONSIDERAÇÕES FINAISAs responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2014, a 496.687€. O valor das responsabilidades por amortizar em 31 de Dezembro de 2014, referente ao plano de amortização referido no ponto1., era de 45.835€ (37.667€ referente a serviços passados e 8.168€ referente a reformados e pensionistas). Deste modo, de acordo com o Aviso nº 12/2001 do Banco de Portugal (com os serviços passados de pessoal no activo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2014, era de 437.159€. O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2014, referente à quota-parte da CCAM AZAMBUJA era de 451.410€. Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota-parte da CCAM AZAMBUJA era o seguinte:

Nível de Financiamento Global 90,9%Nível de Financiamento Aviso 12/20019 103,3%

De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e actualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento.Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT. Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projectado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação actuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação actuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente actualizado face aos novos contextos macro-económicos.Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal.Lisboa, 30 de Janeiro de 2015

Daniel ReisActuário Responsável

9 Com as alterações dos avisos nº4/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal.

Page 103: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

102RELATÓRIO E CONTAS 2014

DOCUMENTO EXPLICATIVO DE CONTABILIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS (IAS 19-Revisto) E RESPECTIVOS IMPACTOS FISCAIS

CCAM de AZAMBUJA

1) IMPACTO CONTABILÍSTICO 3 1.I) OBJECTIVO 3 1.II) ENQUADRAMENTO 3 1.III) CONTABILIZAÇÃO EM NCA 4

1.III.a) APURAMENTO DO IMPACTO DE ADOPÇÃO DAS NCA A 1/01/2007 41.III.b) REGISTO DO IMPACTO DO MOVIMENTO DO FUNDO DE PENSÕES E DO CUSTO COM

O SAMS E PRÉMIOS DE ANTIGUIDADE A 31/12/2014 7

2) ENQUADRAMENTO E IMPACTO FISCAL 162.I) RECONHECIMENTO DAS RESPONSABILIDADES COM O

FUNDO DE PENSÕES 172.I).a) ENQUADRAMENTO FISCAL DAS RESPONSABILIDADES COM O

FUNDO DE PENSÕES (EXCEPTO AS RELACIONADAS COM REFORMAS ANTECIPADAS ACORDADAS A PARTIR DE 1 DE JANEIRO DE 2007) 17

2.I).b) ENQUADRAMENTO FISCAL DAS RESPONSABILIDADES COMREFORMAS ANTECIPADAS ACORDADAS A PARTIR DE1 DE JANEIRO DE 2007 22

2.I).c) REGIME TRANSITÓRIO – RESPONSABILIDADES COM O SAMS PÓS-EMPREGO ATÉ 31.12.2007 23

2.I).d) IMPACTO FISCAL NO EXERCÍCIO DE 2014 272.II) RECONHECIMENTO DAS RESPONSABILIDADES COM PRÉMIOS

DE ANTIGUIDADE 332.II).a) ENQUADRAMENTO FISCAL 332.II).b) IMPACTO FISCAL NO EXERCÍCIO DE 2014 34

NOTA 1:

NOS QUADROS REFERENTES AOS REGISTOS CONTABILÍSTICOS, SEMPRE QUE APAREÇA UM VALOR NEGATIVO DEVERÁ SER EFECTUADO O SEGUINTE RACIOCÍNIO:

CREDITAR A CONTA QUE ESTÁ MENCIONADA A DÉBITO;DEBITAR A CONTA QUE ESTÁ MENCIONADA A CRÉDITO.

Page 104: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

103RELATÓRIO E CONTAS 2014

ADICIONALMENTE, OS REGISTOS CONTABILÍSTICOS APRESENTADOS NESTE DOCUMENTO, TÊM COMO PRESSUPOSTOS:

QUE DE 2007 A 2013 A CCAM de AZAMBUJA EFECTUOU DE FORMA CORRECTA OS REGISTOS APRESENTADOS NO MEMORANDO DO ANO PASSADO;NÃO TENHAM OCORRIDO REGISTOS CONTABILÍSTICOS RELATIVAMENTE À MATÉRIA APRESENTADA NESTE DOCUMENTO, EXCEPTO NO QUE SE REFERE ÀS CONTRIBUIÇÕES EFECTUADAS EM 2014 PARA O FUNDO DE PENSÕES E AO PAGAMENTO DOS PRÉMIOS DE ANTIGUIDADE.

DESTE MODO, A RESPONSABILIDADE QUANTO AOS SALDOS REGISTADOS NAS VÁRIAS RUBRICAS RELACIONADAS COM OS BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS É DA CCAM de AZAMBUJA.

1) IMPACTO CONTABILÍSTICO

1.i) OBJECTIVO

Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo, o Crédito Agrícola assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma antecipada (regime da Segurança Social de flexibilização da idade de reforma), reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Foi constituído um fundo de pensões destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-emprego.

O presente documento destina-se a explicar e documentar os movimentos contabilísticos associados à contabilização dos benefícios aos empregados (Fundo de Pensões, SAMS e prémio de antiguidade) de acordo com a norma “IAS 19 Revisto – Benefícios aos empregados”.

1.ii) ENQUADRAMENTO

Page 105: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

104RELATÓRIO E CONTAS 2014

A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013.

Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista. As principais alterações são:

ReconhecimentoEliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem;Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos".

ApresentaçãoCusto do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios);Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano.

1.iii) CONTABILIZAÇÃO EM NCA

1.iii.a) Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/ 01/ 2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

Page 106: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

105RELATÓRIO E CONTAS 2014

1-01-2007Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 203.922A.2. Impacto da transição para IAS 19: 51.167A.2.1. Tábua de mortalidade 19.303A.2.2. Pressupostos financeiros 31.864A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 255.089A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 240.101A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. –

A.4.) 14.988

1-01-2007Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 197.489B.2. Com licenças sem vencimento 0 B.3. Com pré-reformados 0B.4. Com pensões em pagamento 31.135B. Total 228.624

1-01-2007Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 111.883C.2. Com licenças sem vencimento 0 C. Total 111.883

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da

Page 107: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

106RELATÓRIO E CONTAS 2014

aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da CCAM de AZAMBUJA prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a diferir

Data limite de diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 16.545 9 anos 2016A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros 25.491 7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 28.943 7 anos 2014B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 195.963 9 anos 2016

Reconhecimento anual nos resultados transitados:

31-12-2014

A.2.1.2014 Alteração da tábua de mortalidade 1.838A.2.2.2014 Alteração dos pressupostos financeiros 3.642A.2.3.2014 Excesso de cobertura em PCSB 4.135B.2014 Encargos com saúde (SAMS) 21.7742014 TOTAL 23.119

TOTAL = A.2.1.2014 + A.2.2.2014 - A.2.3.2014 + B.2014

1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/ 12/ 2014

Page 108: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

107RELATÓRIO E CONTAS 2014

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM de AZAMBUJA com referência a 31 de Dezembro de 2014 e de 2013 foram os seguintes:

31/12/2014 31/12/2013Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade de reforma (**) 65Método de avaliação “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,65%Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,40%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,46%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 3,25% 4,25%Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,75% 4,00%Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,25% 3,50%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:

31-12-2014F.2014 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 496.687F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 311.510F.2 Com licenças sem vencimento 0 F.3 Com pré-reformados 0F.4 Com pensões em pagamento 185.177

Page 109: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

108RELATÓRIO E CONTAS 2014

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM de AZAMBUJA é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 11.087G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 575G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais -10.370G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores

realizados -24.040G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas

condições dos planos 13.670G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0 G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 1.292

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de AZAMBUJA foi oseguinte:

A.4.2013 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2013 427.730H.1 (+) Contribuições efectuadas 4.462H.1.1 Pela CCAM de AZAMBUJA 0 H.1.2 Pelos empregados 4.462H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 38.522H.4 (-) Prémios de seguro pagos 6.870H.9 (+) Participação de resultados no seguro 3.232H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.060H.5.1 Por reformas antecipadas 3.391H.5.2 Outros 7.669H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.607H.7.2014 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 451.410H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014

(H.7.2014 – A.4.2013) 23.680

Page 110: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

109RELATÓRIO E CONTAS 2014

O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2013 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 472.539G.1 (+) Custo do serviço corrente 11.087G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 6.625H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 4.462G.2 (+) Custo dos juros 16.999G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 11.729G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reforma

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 11.060H.5.1 Por reformas antecipadas 3.391H.5.2 Outros 7.669H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4.607F.2014 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2014 496.687K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2014 – F.2013) 24.148

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2014 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 496.687I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 45.835I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 437.159I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 103

A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de 2014, era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 377.923I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 119

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

Page 111: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

110RELATÓRIO E CONTAS 2014

No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2013 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2013 187.389RI.ano Desvios actuariais gerados em 2014 – Ganhos e

perdas actuariais 10.370

RI.2014 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2014 197.759

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémios de antiguidade:

Prémio de Antiguidade 31-12-2013N.1.2013 Com trabalhadores no activo 41.239

N.2.2013 Com licenças sem vencimento 0

N.2013 Total 41.239

Prémio de Antiguidade 31-12-2014N.1.2014 Com trabalhadores no activo 36.202

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 0

N.2014 Total 36.202

Prémio de Antiguidade VariaçãoO.1. Com trabalhadores no activo -5.037O.2. Com licenças sem vencimento 0 O. Total -5.037

Page 112: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

111RELATÓRIO E CONTAS 2014

REGISTOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Registo do impacto da adopção do IAS 19 no Fundo de pensões:

a) Pela amortização do impacto da alteração dos pressupostos financeiros e actuariais

Alteração da tábua de mortalidadeA.2.1.2014 Db: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados -

Alteração de políticas contabilísticas 1.838

A.2.1.2014 Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

1.838

Alteração dos pressupostos financeirosA.2.2.2014 Db: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados -

Alteração de políticas contabilísticas 3.642

A.2.2.2014 Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

3.642

Excesso de cobertura em PCSBA.2.3.2014 Db: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos

diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

4.135

A.2.3.2014 Cr: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados - Alteração de políticas contabilísticas 4.135

Registo da variação anual com o SAMS:

a) Pela amortização do impacto da transição

B.2014 Db: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados -Alteração de políticas contabilísticas 21.774

B.2014 Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

21.774

Page 113: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

112RELATÓRIO E CONTAS 2014

Registo do impacto da adopção do IAS 19 Revisto no Fundo de pensões:a) Pelo movimento das responsabilidades totais e dos activos do Fundo

G.1.1 Db: # 702.100.000.000.000 Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões

6.625Custo do serviço corrente

G.3. Db: # # 702.100.000.000.000 Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões

575Custo dos juros líquidos “Net Interest”

G.5. Db: # 702.100.000.000.000 Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões

0 Custo com reformas antecipadas

G.4.Ano Db: # 588.000.000.000.001 – Fundo de Pensões – Ganhos e perdas actuariais

-10.370(Ganhos) e perdas actuariais

H.8 Db: # 501.000.000.000.000 – Responsabilidades com pensões e outros benefícios - Valor patrim. do fundo de pensões

23.680

Variação na quota-parte do Fundo de Pensões

H.4 Db: 702.120.000.000.000 – Custos com pessoal - Fundo de Pensões - prémio de seguro FPCA 6.870

Pelo pagto do prémio de seguro efectuado pelo Fundo Pensões

K. Cr: # 500.000.000.000.000 - Responsabilidades com pensões e outros benefícios - Responsabilidades totais

24.148

Variação nas responsabilidades

H.1.1 Cr: # 548.080.000.000.000 - Outras operações activas a regularizar

0 Contribuições efectuadas pela CCAM

H.2 Cr: # 848890005000000 Redução responsabilidades-Capitais recebidos de seguro-IAS 19

0 Capital recebido de seguro

H.9 Cr: # 848890006000000 Redução responsab.- particip. no resultado do seguro-IAS 19

3.232Participação no resultado do seguro

Page 114: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

113RELATÓRIO E CONTAS 2014

b) Pelo registo de impostos diferidos activos referentes ao acréscimo de responsabilidades com reformas antecipadas

G.5.a Db: # 301.010.000.000.000 Activos por impostos sobre o rendimento - Activos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos

0

G.5.a Cr: # 860.100.000.000.000 Rendimentos por impostos diferidos – Por diferenças temporárias – Em passivos 0

c) Pelo registo da utilização de impostos diferidos activos referentes ao pagamento de pensões referentes a reformas antecipadas

H.5.1.a Db: # 740.100.000.000.000 Encargos por impostos diferidos – Por diferenças temporárias – Em passivos 763

H.5.1.a Cr: # 301.010.000.000.000 Activos por impostos sobre o rendimento - Activos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos

763

d) Pela correcção aos impostos diferidos activos referentes à transferência dos desvios actuariais para reservas, registados em 31/12/2013

RI.a Db: # 740.000.000.000.000 Encargos por impostos diferidos – Por diferenças temporárias – Em activos 0

RI.a Cr: # 301.000.000.000.000 Activos por impostos sobre o rendimento - Activos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em activos

0

Nota: Apenas aplicável às entidades que em 2013 registaram o imposto diferido activo. De acordo com as instruções de preenchimento da declaração modelo 22 do exercício de 2013, feito em Maio 2014, deixou de se considerar a existência de período transitório para os desvios actuariais transferidos para “rendimento integral”. Estorno do movimento efectuado no estudo actuarial de 2013.

Page 115: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

114RELATÓRIO E CONTAS 2014

Registo da variação anual com o Prémio de antiguidade:

a) Pelo acréscimo de responsabilidades com o prémio de antiguidade

O. Db: # 701121000000000 - Gastos com pessoal - Remunerações adicionais - Prémio de antiguidade - Estimativa IAS 19

-5.037

O. Cr: # 528508020000000 - Encargos a pagar – Outros encargos a pagar – Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade

-5.037

Nota: Se o valor indicado em O. (#701121000000000) for negativo, o mesmo deve ser registado a crédito na conta “#848890004000000 - Redução responsabilidades-Prémio Antiguidade-Estimativa IAS 19" por contrapartida do débito na conta “#528508020000000 - Encargos a pagar – Outros encargos a pagar – Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade”.

b) Pelos impostos diferidos activos referentes ao acréscimo das responsabilidades com o prémio de antiguidade

O.a Db: # 301.010.000.000.000 Activos por impostos sobre o rendimento - Activos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos

-1.133

O.a Cr: # 860.100.000.000.000 Rendimentos por impostos diferidos – Por diferenças temporárias – Em passivos -1.133

Nota: Se o valor indicado em O.a (#860100000000000) for negativo, o mesmo deve ser registado a débito na conta “#740100000000000 - Encargos por impostos diferidos-Por diferenças temporárias em passivos"." por contrapartida do crédito na conta “#301010000000000 Activos por impostos sobre o rendimento - Activos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos”.

NOTA GENÉRICA: Para o cálculo dos impostos diferidos por simplificação usou-se uma taxa agregada de 22,5% (IRC + derrama municipal). A taxa indicada, já tem em consideração a redução da taxa de imposto para o exercício de 2015, constante das alterações ao Orçamento de Estado para 2015. A Caixa Agrícola deverá utilizar e somar à taxa a aplicar, as taxas de derrama estadual, caso considere aplicáveis, confirmando igualmente a taxa de derrama municipal considerada (1,5%).

Page 116: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

115RELATÓRIO E CONTAS 2014

2) ENQUADRAMENTO E IMPACTO FISCAL

Tendo em conta o enquadramento contabilístico relevante, procedemos ao enquadramento e respectivo impacto fiscal das realidades respeitantes à aplicação da IAS 19.

Por forma a simplificar a nossa análise, optámos por separar o enquadramento/impacto fiscal associado a cada uma das realidades em questão, nomeadamente:

Reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões

Enquadramento fiscal das responsabilidades com o Fundo de Pensões (excepto as relacionadas com as Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007);

Enquadramento fiscal das responsabilidades com Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007;

Regime transitório – Responsabilidades com o SAMS pós-emprego até 31.12.2007;

Impacto fiscal no exercício de 2014.

Reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade

Enquadramento fiscal dos prémios de antiguidade;

Impacto fiscal no exercício de 2014.

Cumpre referir que, na parte respeitante ao impacto fiscal, no exercício de 2014, de cada uma das realidades acima referidas, e tendo em vista uma maior clareza na respectiva análise, optámos por reproduzir determinados quadros contendo os registos contabilísticos que irão ser efectuados relativamente à matéria em apreço.

De notar que todas as referências aos artigos do Código do IRC dizem respeito à respectiva redacção em vigor a 31 de Dezembro de 2014.

2.i) Reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões

Page 117: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

116RELATÓRIO E CONTAS 2014

2.i).a) Enquadramento fiscal das responsabilidades com o Fundo de Pensões (excepto as relacionadas com Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007)

(i)(somatório dos montantes registados em gastos do exercício, variações patrimoniais e resultados transitados)

Perda líquida no exercício

Em conformidade com a actual e conhecida posição das autoridades fiscais sobre esta matéria (enquadramento fiscal respeitante à temática do Fundo de Pensões), são genericamente considerados gastos fiscalmente dedutíveis os encargos com contribuições para Fundos de Pensões e equiparáveis ou para quaisquer regimes complementares de segurança social que garantam, exclusivamente, o benefício de reforma, pré-reforma, complemento de reforma, benefícios de saúde pós-emprego, invalidez ou sobrevivência a favor dos respectivos trabalhadores, desde que (1.º requisito):

(i) os mesmos se encontrem contabilizados como gasto do exercício ou nas rubricas de variações patrimoniais ou de resultados transitados; e

(ii) tenha havido uma entrega efectiva ao Fundo de Pensões, no mesmo exercício ou em exercícios anteriores, daquelas importâncias contabilizadas.

Por outro lado, tais encargos apenas configurarão, na sua totalidade, gastos dedutíveis/fiscais no caso de não ser ultrapassado o limite previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, que fixa como limiar máximo de dedução a importância correspondente a 15% da massa salarial – 2.º requisito - (entendendo-se por massa salarial as despesas com pessoal escrituradas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao exercício).

Tal limite não será, contudo, aplicável às contribuições suplementares destinadas à cobertura de responsabilidades por encargos com Pensões, em resultado da aplicação das normas internacionais de contabilidade, quando efectuadas por determinação do Banco de Portugal durante o período transitório fixado por esta instituição (cfr. alínea a) do nº 13 do artigo 43.º do Código do IRC). No entanto, neste caso, tais contribuições deverão ser enquadradas no âmbito do artigo 92.º do Código do IRC (resultado da liquidação).

Em face do exposto, passaremos de seguida a explicitar os procedimentos a serem adoptados no âmbito do 1.º e do 2.º requisitos atrás mencionados, bem como no âmbito do regime previsto no mencionado artigo 92.º do Código do IRC. Por fim é apresentado um exemplo prático no qual tais realidades se encontram determinadas.

Page 118: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

117RELATÓRIO E CONTAS 2014

1.º Requisito

Tendo em vista confirmar o 1.º dos requisitos enunciados (i.e., que o valor das contribuições efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2014 é superior ao valor total dos montantes registados, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições), foi preparado um ficheiro em Excel a ser preenchido pela CCAM para o efeito (o referido ficheiro será enviado em conjunto com o presente documento). Após o respectivo preenchimento, o ficheiro contendo a correspondente análise deverá ser incluído no dossier fiscal.

A este respeito, e partindo do pressuposto que as dotações efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2014 (inclusive) foram superiores ao somatório ao valor total dos montantes registados, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições, esse 1.º requisito estará cumprido, existindo, neste caso, uma “folga” acumulada correspondente à diferença positiva entre (i) o valor das contribuições efectuadas pela CCAM para o Fundo de Pensões nesses exercícios e (ii) o montante total registado, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições. Existindo a referida “folga” acumulada restará à CCAM confirmar a aplicação do 2.º requisito, considerando, para o efeito, o valor total dos custos do exercício, das variações patrimoniais e dos resultados transitados contabilizados em 2014.

Contudo, na eventualidade desta condição não se verificar, a CCAM, para além dos ajustamentos fiscais a serem efectuados a constar do ficheiro em Excel em anexo relativo ao 1.º requisito, deverá, no âmbito da aplicação das regras infra descritas (vide 2.º requisito), considerar, como valor a ser comparado com o limite de 15% aí mencionado, a diferença positiva (a haver) entre o valor total das contribuições efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2014 e o valor já registado em gastos do exercício, variações patrimoniais e resultados transitados, nos exercícios de 2007 a 2013, referente ao reconhecimento de responsabilidades com o Fundo de Pensões e que foi, nesses exercícios de 2007 a 2013, fiscalmente reconhecido.

2.º Requisito

Adicionalmente, e tendo em vista a determinação do valor referente ao reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões que configurará um gasto fiscalmente dedutível no exercício de 2014, há ainda que atender ao 2.º requisito acima mencionado (limite previsto no número2 do artigo 43.º do Código do IRC).

Assim, e tal como sucedia no passado, os montantes relativos a contribuições para o Fundo de Pensões, destinados à cobertura de encargos com Pensões, que forem contabilizados em gastos do

Page 119: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

118RELATÓRIO E CONTAS 2014

exercício de 2014 (nas rubricas de gastos com o pessoal) e em variações patrimoniais decorrentes de perdas actuariais (na rubrica # 588) e que configurem gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito, e que não excedam, conjuntamente com os demais gastos registados no exercício previstos no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC (tais como, a título de exemplo, gastos suportados com contratos de seguros de doença, de acidentes pessoais e de vida enquadráveis nesse preceito legal), o referido limite de 15%, serão considerados gastos fiscalmente dedutíveis.

Por outro lado, os montantes registados no exercício de 2014 na rubrica de resultados transitados (# 612) referentes ao impacto da alteração dos pressupostos decorrente da adopção da IAS 19 no Fundo de Pensões e que configurem gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito têm enquadramento no número 13 do artigo 43.º do Código do IRC, anteriormente referido (ou seja, não é aplicado, neste caso, o referido limite de 15%, como expressamente referido neste preceito legal), devendo, consequentemente, o saldo dos montantes registados a débito dessa rubrica # 612 e dos montantes registados a crédito da mesma rubrica, ser inscrito no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC do exercício de 2014.

Regime previsto no artigo 92.º do Código do IRC – Resultado da liquidação

Não obstante o disposto no parágrafo anterior, e no que diz respeito, unicamente, aos montantes reconhecidos, a débito e/ou a crédito, na rubrica # 612, referentes ao Fundo de Pensões, no âmbito da adopção das NCA (i.e. somatório dos montantes indicados em A.2.1.2014, A.2.2.2014, A.2.3.2014 e B.2014 do presente documento), enquadráveis no regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC, importa ainda atender ao disposto no artigo 92.º do Código do IRC (resultado daliquidação), tendo em vista a determinação, em conjunto com outras realidades aí enquadradas, do valor a ser eventualmente considerado no campo 371 do quadro 10 da declaração modelo 22.

Para efeitos da determinação do valor a ser considerado como tendo enquadramento no regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC e, consequentemente, no artigo 92.º do mesmo Código, importará, em primeiro lugar, confirmar se a importância correspondente a 15% da massa salarial (limite mencionado no âmbito do 2.º requisito), é, ou não, superior ao valor dos gastos do exercício de 2014 que configuram gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito.

Isto porque, apenas deverão ser enquadradas no referido regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC e, como tal, no âmbito do disposto no artigo 92.º do mesmo Código, as contribuições suplementares para Fundos de Pensões resultantes da adopção das NCA, reflectidas contabilisticamente na rubrica #612, que não “couberem”, em conjunto com os gastos do exercício fiscalmente dedutíveis, no mencionado limite de 15% da massa salarial.

Page 120: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

119RELATÓRIO E CONTAS 2014

Assim, e caso o referido limite de 15% (já considerando os montantes registados na rubrica # 612 relativos a esta matéria) não seja excedido, não existirá qualquer outro tipo de controlo/procedimento adicional que tenha que ser efectuado para efeitos fiscais, nomeadamente no que respeita à aplicação do artigo 92.º do Código do IRC.

Inversamente, caso esse limite de 15% seja excedido, e mesmo não pondo em causa a sua dedutibilidade enquanto gasto fiscal, a parte da variação patrimonial que exceder/não couber dentro do referido limite deverá, então, ser considerada para efeitos do cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do Código do IRC.

O exemplo prático a seguir apresentado pretende demonstrar o enquadramento fiscal das várias realidades acima descritas - saldo devedor / (saldo credor):

Exemplo prático

1.º Requisito

"Folga" acumulada (contribuição > gasto fiscal) 4.000# 7021 - # 8488 - Gastos com pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3., H4, H2, H9) (1) 350Outras rubricas de custos enquadráveis no n.º 2 do art. 43.º do CIRC (2) 20Total dos montantes reconhecidos em gastos do exercício (3) = (1) + (2) 370# 5880 – (Ganhos) e perdas actuariais (4) 30Total dos montantes reconhecidos em variações patrimoniais (5) = (4) 400# 612 - Fundo de Pensões (A.2.1.2014, A.2.2.2014, A.2.3.2014, B.2014) (6) 3.500Total dos montantes reconhecidos em Resultados Transitados (7) = (6) 3.500Total dos gastos do exercício, variações patrimoniais e Resultados Transitados <= à "Folga" acumulada

(8) = (3) + (4) + (6) 3.900

2.º Requisito

Massa salarial (9) 5.000Taxa definida no n.º 2 do art. 43.º do CIRC (10) 15%Limite nos termos do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (11) = (9) x (10) 750

Page 121: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

120RELATÓRIO E CONTAS 2014

Valores a serem considerados como gasto fiscal (1.º e 2.º Requisitos) e valor para o artigo 92.º do CIRC

Gastos do exercício e variações patrimoniais – valor considerado fiscal no âmbito do 1.º Requisito (12) = (3) + (4) 400Gastos do exercício e variações patrimoniais - Dentro do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (2.º Requisito) (13) 400 a)Gastos do exercício e variações patrimoniais - Fora do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (14) = (13) – (12) 0 Resultados Transitados – valor considerado fiscal no âmbito do 1.º Requisito (15) = (6) 3.500 b)

Resultados Transitados - Dentro do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (16) = (11) - (13) 350Resultados Transitados - Fora do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (Artigo 92.º CIRC) (17) = (6) - (16) 3.150Valores a serem considerados para efeitos fiscais - 1.º e 2.º Requisitos (18) = (13) + (15) 3.900Valor a ser considerado para efeitos do artigo 92.º do CIRC (19) = (17) 3.150 c)

a) Este valor não deverá ser objecto de qualquer ajustamento no quadro 07 da declaração modelo 22 na medida em que o limite de 15%, previsto no n.º 2 do artigo 43.º do CIRC, não é ultrapassado.

b) Este montante (saldo devedor) encontra-se reconhecido em resultados transitados, pelo que o mesmo deverá ser deduzido no quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC do exercício de 2014.

c) Este montante deverá ser considerado no cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do CIRC. Deste modo, esse valor deverá ser considerado no campo com o descritivo “Custo fiscal reconhecido relacionado com as contribuições extraordinárias para o Fundo de Pensões derivadas das NIC (art. 43º n.º 13 do CIRC), na parte que exceda o(s) limite(s) previsto(s) no(s) número(s) 2 e 3 do artigo 43º do CIRC” .

(ii)(somatório dos montantes registados em gastos do exercício, variações patrimoniais e resultados transitados)

Ganho líquido no exercício

Caso seja apurado um ganho líquido, o mesmo não deverá ser sujeito a tributação em sede de IRC, pelas seguintes razões:

Uma vez que a dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões está dependente de realização de contribuições para o fundo, igualmente a tributação dos ganhos deverá estar dependente do reembolso de montantes;

O ganho líquido deve-se ao apuramento de ganhos actuariais. Conceptualmente, os ganhos actuariais reduzem a necessidade de efectuar contribuições para o fundo de pensões. Atendendo a que a dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões está condicionada à realização de contribuições, essa redução traduz-se numa diminuição de deduções fiscais;

O reconhecimento dos ganhos actuariais em capitais próprios resulta de uma mera “reclassificação” contabilística, não se traduzindo, por isso, num efectivo incremento patrimonial.

Page 122: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

121RELATÓRIO E CONTAS 2014

Estando em causa um ganho líquido, deverá ser acrescido ao resultado do exercício o valor respeitante aos gastos registados no exercício.

2.i).b) Enquadramento fiscal das responsabilidades com Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007

Em nossa opinião, nas situações de reforma antecipada (por doença ou invalidez ou na situação de invalidez presumível por acordo), o enquadramento tributário das dotações efectuadas para Fundos de Pensões destinadas à cobertura de responsabilidades geradas por situações de reforma antecipada não deve ser efectuado à luz do artigo 43.º do Código do IRC, mas antes nos termos do artigo 23.º do mesmo Código (de acordo com o qual se consideram gastos os que comprovadamente forem indispensáveis para a realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora, nomeadamente os encargos de natureza administrativa, tais como remunerações, pensões ou complementos de reforma, contribuições para fundos de poupança-reforma, contribuições para fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares de segurança social).

Com efeito, estamos perante encargos decorrentes de acordos celebrados com os trabalhadores e que constituem verdadeiros direitos adquiridos destes últimos. Ou seja, não estamos no domínio das meras expectativas e da incerteza quanto à efectividade dos custos, que caracterizam as situações enquadráveis naquele artigo 43.º, mas sim perante encargos efectivos que geram rendimentos tributáveis em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) na esfera do respectivo beneficiário.

Assim, os encargos com as contribuições para o Fundo de Pensões por responsabilidades com reformas antecipadas, em obediência ao disposto no n.º 12 do artigo 18.º do Código do IRC, devem ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que as reformas são pagas pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente. De referir que o anteriormente exposto se encontra em conformidade com a posição já expressa pela Autoridade Tributária quanto a esta problemática.

Desta forma, os valores registados em gastos do exercício, relativos às reformas antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007, deverão ser expurgados/acrescidos para efeitos de apuramento do lucro tributável, mediante a respectiva inclusão no campo 715 do quadro 07 da declaração modelo 22 de 2014, sendo que os montantes pagos a este título pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007 deverão ser deduzidos no campo 761 do mesmo quadro 07. Este último montante será dado a conhecer à CCAM pela respectiva sociedade gestora.

2.i).c) Regime transitório – Responsabilidades com o SAMS pós-emprego até 31.12.2007

Page 123: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

122RELATÓRIO E CONTAS 2014

Com a introdução das NCA passou a ser obrigatório o reconhecimento do valor actual das responsabilidades por serviços passados relativos ao SAMS. A partir do exercício de 2008, inclusive, o financiamento das responsabilidades com o SAMS da CCAM passou a ser assegurado pelo Fundo de Pensões, pelo que, a partir dessa data, tais responsabilidades passaram a ter enquadramento no número 2 desse artigo 43.º do Código do IRC previstas (vide ponto 1.i.).a) supra).

Contudo, até à aprovação da Lei do Orçamento do Estado para 2007 (OE 2007), os encargos relativos a responsabilidades com o SAMS, em obediência ao princípio da especialização dos exercícios constante do artigo 18.º do Código do IRC e ao disposto no artigo 23.º do mesmo Código, deviam ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que eram efectuados os respectivos pagamentos pelo Fundo de Pensões para o SAMS.

Assim, e tomando em consideração o tratamento fiscal que foi conferido a esta realidade no exercício de 2007 à luz das regras então em vigor, e atendendo a que não foi criado qualquer regime fiscal transitório relativo à realidade em apreço, somos da opinião que deverá ser apurado o valor que, à data de 31 de Dezembro de 2007, correspondia à “folga”/diferença positiva existente entre (i) os montantes contabilizados como gastos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS (os quais não relevaram para efeitos do apuramento do respectivo resultado fiscal) e (ii) os montantes transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS (os quais foram considerados como gasto fiscal), por forma a apurar o valor a deduzir em futuras declarações modelo 22 de IRC.

Salientamos, a este respeito, que, apesar de, como acima referido, não estar previsto na legislação aplicável o tratamento fiscal a conferir aos valores que foram, no passado, entregues ao Fundo de Pensões relativos aos SAMS e que, a 31 de Dezembro de 2007, não haviam ainda sido fiscalmente considerados, entendemos que a CCAM terá legitimidade para deduzir fiscalmente tais encargos (“folga” anteriormente referida) até à concorrência do valor que, em cada exercício, o Fundo de Pensões transferir para o SAMS (relativamente ao exercício de 2014, vide valor inscrito em H.6.do presente documento).

De referir que o exposto no parágrafo anterior é apenas aplicável nas situações em que se verifiqueexistir a referida “folga”, ou seja, nas situações em que, com referência a 31 de Dezembro de 2007, os montantes contabilizados como custos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS sejam superiores aos valores transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS.

É que, caso não exista “folga” [o que poderá suceder nos casos em que, ao invés de um acréscimo de responsabilidades, se tenha antes verificado, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2007, uma diminuição das responsabilidades (registada como um menos custo/proveito) de montante superior ao reconhecimento, no exercício de 2007, na rubrica de resultados transitados, de um nono das

Page 124: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

123RELATÓRIO E CONTAS 2014

responsabilidades referente a SAMS], a diferença positiva entre estas duas realidades (menos custo/proveito registado no exercício de 2007 subtraído do valor registado em resultados transitados nesse mesmo exercício) já deverá ter sido relevada para efeitos fiscais nos exercícios de 2008 e/ou 2009, não existindo, portanto, qualquer valor a recuperar/deduzir adicionalmente relativamente a esta matéria.

Vejam-se os seguintes exemplos que pretendem ilustrar as duas situações anteriormente comentadas:

Exemplo 1Montantes reconhecidos em rubricas de resultados do exercício/Resultados Transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007:

:

Custos do exercício

Aumento (Diminuição) das responsabilidades com o SAMS (custo acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de 2007) (a)

5.000

Resultados Transitados

Reconhecimento anual em Resultados Transitados relacionados com as responsabilidades com SAMS (variação patrimonial negativa ocorrida em 2007 que não relevou para efeitos fiscais) (b)

10.000

Total da variação anual com SAMS reconhecida em 2007 (1) 15.000

Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2007 0 Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2008 0 Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2009 0 Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2010 0 Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2011 0 Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2012 0 Montante total transferido para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2012 (2)

0

"Folga " a 01/01/2012 (3) = (1) - (2) 15.000

Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2013(c) (4)

1.000

Valor a ser deduzido na declaração modelo 22 de IRCreferente ao exercício de 2013 (5) = menor entre (3) e (4)

1.000

Valor a deduzir em exercícios futuros (6) = (3)- (5) 14.000

Page 125: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

124RELATÓRIO E CONTAS 2014

(a) Este montante encontra-se reconhecido em custos do exercício de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em M. do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007.

(b) Este montante encontra-se reconhecido em resultados transitados de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em B. 2007 do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007.

(c) Valor indicado em H.6. do presente documento.

Exemplo 2:

Montantes reconhecidos em rubricas de resultados do exercício/Resultados Transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007:

Custos do exercício

Aumento (Diminuição) das responsabilidades com o SAMS (custo acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de 2007) (a)

(40.000)

Resultados Transitados

Reconhecimento anual em Resultados Transitados relacionados com as responsabilidades com SAMS (variação patrimonial negativa ocorrida em 2007 que não relevou para efeitos fiscais) (b)

36.000

Total da variação anual com SAMS reconhecida em 2007 (1) (4.000)

Valor do proveito líquido que foi/deveria ter sido relevado na declaração modelo 22 de IRC de 2008 (c) (4)= (1)

(4.000)

(a) Este montante encontra-se reconhecido em custos do exercício de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em M. do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007.

(b) Este montante encontra-se reconhecido em resultados transitados de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em B. 2007 do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de 2007.

(c) O valor indicado - (4.000) - deverá ter sido acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente a 2008.

2.i).d) Impacto fiscal no exercício de 2014

Seguidamente iremos apresentar o impacto fiscal em IRC, no exercício de 2014, decorrente dosmovimentos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões quer em Resultados Transitados, quer em gastos do exercício.

Notamos que, no que diz respeito ao reconhecimento de impostos diferidos, tal como apresentado neste documento, os mesmos não são relevantes para efeitos fiscais, ou seja, tais gastos ou rendimentos deverão ser desconsiderados para efeitos do apuramento do resultado fiscal de 2014 (sendo acrescidos no campo 725 ou deduzidos no campo 766 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2014, respectivamente).

Page 126: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

125RELATÓRIO E CONTAS 2014

(1) Registo do impacto da adopção do IAS 19 no Fundo de Pensões

Pela amortização do impacto da alteração dos pressupostos financeiros e actuariais

Alteração da tábua de mortalidadeA.2.1.2014 Db: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados -

Alteração de políticas contabilísticas 1.838

A.2.1.2014 Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

1.838

Alteração dos pressupostos financeirosA.2.2.2014 Db: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados -

Alteração de políticas contabilísticas 3.642

A.2.2.2014 Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

3.642

Excesso de cobertura em PCSBA.2.3.2014 Db: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos

diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

4.135

A.2.3.2014 Cr: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados - Alteração de políticas contabilísticas 4.135

(2)Pela amortização do impacto da transição

Registo da variação anual com o SAMS

B.2014 Db: # 612.000.000.000.000 Resultados transitados -Alteração de políticas contabilísticas 21.774

B.2014 Cr: # 348.000.000.000.000 Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões – Encargos a diferir

21.774

Impacto fiscal:

Caso se encontre cumprido o 1.º requisito enunciado no ponto 1.i).a) supra, o montante das variações patrimoniais, registadas na rubrica # 612, inscritas em A.2.1.2014, A.2.2.2014, A.2.3.2014 e B.2014,

Page 127: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

126RELATÓRIO E CONTAS 2014

relevam para efeitos fiscais, pelo que o valor líquido das mesmas (variação patrimonial negativa) deverá ser deduzido no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2014 (cfr. número 13 do artigo 43.º do Código do IRC). Caso contrário, deverão atender-se às regras atrás enunciadas (vide ficheiro em Excel em anexo com o título “Anexo ao Documento Explicativo - IAS 19 - 1.º requisito relacionado com a dedutibilidade fiscal dos encargos relativos ao Fundo de Pensões – 2014”).

Contudo, o montante global dessas variações patrimoniais, o qual terá um saldo devedor, deverá ser adicionado aos restantes gastos com o pessoal reconhecidos no exercício, enquadráveis no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, bem como às variações patrimoniais por ganhos e perdas actuarias, por forma a aferir se o somatório daí resultante excede ou não o limite de 15% da massa salarial previsto nesse preceito legal (vide exemplo a este respeito no ponto 1.i).A) supra). Apenas no caso do referido limite ser excedido, a parte da variação patrimonial que exceder/não couber dentro do mesmodeverá ser considerada para efeitos do cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do Código do IRC (cf. exemplo previsto no ponto 1.i).A) supra).

Caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3., H4, -H2, -H9) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano) e com os resultados transitados (A.2.1.2014, A.2.2.2014, A.2.3.2014 e B.2014) resulte num ganho líquido, o valor destes resultados transitados não poderá ser deduzido no quadro 07 da declaração Modelo 22.

(3) Registo em gastos do exercício

Pelo movimento das responsabilidades totais e dos activos do Fundo

G.1.1 Db: # 702.100.000.000.000 Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões

6.625Custo do serviço corrente

G.3. Db: # # 702.100.000.000.000 Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões

575Custo dos juros líquidos “Net Interest”

G.5. Db: # 702.100.000.000.000 Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões

0 Custo com reformas antecipadas

G.4.Ano Db: # 588.000.000.000.001 – Fundo de Pensões – Ganhos e perdas actuariais

-10.370(Ganhos) e perdas actuariais

H.8 Db: # 501.000.000.000.000 – 23.680 Variação na quota-

Page 128: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

127RELATÓRIO E CONTAS 2014

Responsabilidades com pensões e outros benefícios - Valor patrim. do fundo de pensões

parte do Fundo de Pensões

H.4 Db: 702.120.000.000.000 – Custos com pessoal - Fundo de Pensões - prémio de seguro FPCA 6.870

Pelo pagto do prémio de seguro efectuado pelo Fundo Pensões

K. Cr: # 500.000.000.000.000 -Responsabilidades com pensões eoutros benefícios - Responsabilidades totais

24.148

Variação nas responsabilidades

H.1.1 Cr: # 548.080.000.000.000 -Outras operações activas a regularizar

0 Contribuições efectuadas pela CCAM

H.2 Cr: # 848890005000000 Redução responsabilidades-Capitais recebidos de seguro-IAS 19

0 Capital recebido de seguro

H.9 Cr: # 848890006000000 Redução responsab.- particip. no resultado do seguro-IAS 19

3.232Participação no resultado do seguro

Impacto fiscal:

Para além do cumprimento do 1.º requisito enunciado no ponto 2.i).a) supra, os montantes inscritos em G.1.1., G.3., H.4, -H.2 e -H.9 deverão ser considerados para efeitos de cálculo do limite de 15% previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, cálculo este que se encontra demonstrado através de um exemplo no ponto 1.i).A) supra (caso contrário, deverão atender-se às regras atrás enunciadas).

Para o cumprimento do 1º requisito (entregas efectivas de contribuições para o Fundo de Pensões no exercício ou em exercício anterior), aos montantes do parágrafo anterior devem ser adicionados os valores dos resultados transitados (A.2.1.2014, A.2.2.2014, A.2.3.2014 e B.2014) bem como das variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano).

Perda líquida

Page 129: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

128RELATÓRIO E CONTAS 2014

Assim, caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3., H4, -H2, -H9) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano) e com os resultados transitados (A.2.1.2014, A.2.2.2014, A.2.3.2014 e B.2014) resulte numa perda líquida (valor positivona célula assinalada a vermelho), a mesma será fiscalmente dedutível, de acordo com os requisitos que têm sido seguido de dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões:

a. Dedução dos encargos na medida das contribuições efectuadas para o fundo de pensõesCorresponde ao cumprimento do 1.º requisito enunciado no ponto 2.i).a) acima, ou seja, que esse valor tenha cobertura nas contribuições efectivamente entregues ao Fundo em 2014 ou em exercícios anteriores;

b. até ao limite de 15% da massa salarial do exercício.

Tendo em conta os condicionalismos descritos em a. e b., a diferença positiva entre o valor da perda líquida e gasto registado em resultados (somatório de G.1.1.+ G.3.+ H.4 + (H2) + (H.9)) poderá ser inscrita no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2014.

Caso o valor da perda líquida seja inferior ao valor do gasto registado em resultados (somatório de G.1.1.+ G.3.+ H.4 + (H2) + (H.9)), a diferença positiva entre o valor desse gasto e a perda líquida deverá ser acrescida no campo 723 do Quadro 07 da declaração Modelo 22.

Ganho líquido

Caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3., H4, -H2, -H9) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano) e com os resultados transitados (A.2.1.2014, A.2.2.2014, A.2.3.2014 e B.2014) resulte num ganho líquido (valor negativo na célula assinalada a vermelho), esse ganho líquido não será objecto de quaisquer ajustamentos no quadro 07 da declaração Modelo 22.

No entanto, uma vez que está em causa um ganho líquido, deverá ser acrescido no campo 723 do Quadro 07 o valor respeitante ao gasto registado em resultados, que corresponde ao somatório de G.1.1.+ G.3.+ H.4 + (H2) + (H.9).

Por outro lado, o montante inscrito em G.5. deverá ser acrescido para efeitos de apuramento do lucro tributável referente ao exercício de 2014 (vide a este respeito os comentários constantes do ponto 1.i).B) supra). Cumpre referir que, caso o campo H.5.1. se encontre preenchido, esse valor (que respeitará ao pagamento, pelo Fundo de Pensões, de reformas aos reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007) deverá ser deduzido ao quadro 07 para efeitos de apuramento do lucro tributável (vide a este respeito os comentários constantes do ponto 1.i).B) supra). Este valor

Page 130: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

129RELATÓRIO E CONTAS 2014

deverá coincidir com o montante que será dado a conhecer à CCAM pela respectiva sociedade gestora como sendo respeitante aos pagamentos efectuados em 2014 pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007.

Por fim, o montante inscrito em H.6. deverá ser deduzido para efeitos de apuramento do lucro tributável referente ao exercício de 2014 caso exista ainda uma “folga”/diferença positiva existente entre (i) os montantes contabilizados como custos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007 (os quais não relevaram para efeitos do apuramento do respectivo resultado fiscal) e (ii) os montantes transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS nos exercícios de 2008 a 2014 (os quais foram considerados como custo fiscal) - vide a este respeito os comentários constantes do ponto 2.i).C) supra).

2.ii) Reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade

Seguidamente iremos apresentar o impacto fiscal em IRC, no exercício de 2014, decorrente dos movimentos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade.

Notamos que, no que diz respeito ao reconhecimento de impostos diferidos, tal como apresentado neste documento, os mesmos não são relevantes para efeitos fiscais, ou seja, tais custos ou proveitos deverão ser desconsiderados para efeitos do apuramento do resultado fiscal de 2014 (sendo acrescidos no campo 725 ou deduzidos no campo 766 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2014, respectivamente).

2.ii).a) Enquadramento fiscal

Com a introdução das NCA passou a ser obrigatório o reconhecimento do valor actual das responsabilidades por serviços passados relativos a prémios de antiguidade. Os encargos relativos a responsabilidades com prémios de antiguidade, em obediência ao princípio da especialização dos exercícios constante do artigo 18.º do Código do IRC, bem como ao disposto no artigo 23.º do mesmo Código e no n.º 12 do referido artigo 18.º, apenas devem ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que os prémios são pagos aos colaboradores.

Em face do exposto, e no caso concreto da CCAM, os custos registados na rubrica # 701121000000000 (vide O. do presente documento, se o valor for positivo), relativos ao acréscimo, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2014, das responsabilidades referentes a prémios de antiguidade, não deverão relevar para efeitos fiscais, ou seja, tal valor deverá ser acrescido para efeitos da determinação do lucro tributável de 2014.

Page 131: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

130RELATÓRIO E CONTAS 2014

Inversamente, caso seja verificada uma diminuição dessas responsabilidades, a qual originará o registo de um proveito na rubrica # 848890004000000 (vide O. do presente documento, se o valor for negativo), tal valor deverá ser deduzido para efeitos da determinação do lucro tributável de 2014.

Adicionalmente, deverão considerar-se como custos fiscalmente dedutíveis os montantes efectivamente entregues aos respectivos beneficiários (registados na rubrica # 701120000000000).Dado que estes montantes já se encontram relevados em custos do exercício, não existirá qualquer ajustamento a ser efectuado para efeitos de apuramento do lucro tributável a este título.

2.ii).b) Impacto fiscal no exercício de 2014

Pelo acréscimo de responsabilidades com o prémio de antiguidade

O. Db: # 701121000000000 - Gastos com pessoal -Remunerações adicionais - Prémio de antiguidade - Estimativa IAS 19

-5.037

O. Cr: # 528508020000000 - Encargos a pagar – Outros encargos a pagar – Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade

-5.037

Nota: Se o valor indicado em O. (#701121000000000) for negativo, o mesmo deve ser registado a crédito na conta “# 848890004000000 - Redução responsabilidades - Prémio Antiguidade-Estimat.IAS 19" por contrapartida do débito na conta “# 528508020000000 - Encargos a pagar – Outros encargos a pagar – Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade”.

Impacto fiscal:

O montante indicado em O., se for positivo (custo), deverá ser acrescido no Campo 715 do Quadro 07 da declaração Modelo 22 do IRC do exercício de 2014. Inversamente, se o montante indicado em O. for negativo (proveito), deverá ser deduzido no Campo 761 do Quadro 07 da declaração Modelo 22 do IRC do exercício de 2014.

51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROSPrestação de serviços de mediação de seguros ou de ressegurosA Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Azambuja está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade

Page 132: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

131RELATÓRIO E CONTAS 2014

com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2012 2013 2014 % por Origem

2014Ramos Não Vida CA Seguros 50.496,87 61.035,51 70.776,05 50,7%Ramo Vida CA Vida 65.514,67 67.853,06 67.782,29 48,6%Fundos de Pensões

CA Vida 290,48 655,96 904,54 0,6%Total 116.302,02 129.544,53 139.462,88 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

Não dispensa a consulta daNorma Regulamentar publicada

em Diário da República

Page 133: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

132RELATÓRIO E CONTAS 2014

NORMA REGULAMENTAR N.º 15/2009-R, DE 30 DE DEZEMBRORELATO FINANCEIRO DOS MEDIADORES DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

Nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, compete ao Instituto de Seguros de Portugal estabelecer as regras de contabilidade aplicáveis à actividade de mediação de seguros ou de resseguros.

O Plano Oficial de Contabilidade (POC), que tem vindo a ser aplicado na actividade de mediação, foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, sendo criado em sua substituição o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) que entra em vigor no primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010.

O SNC incorpora um corpo de regras coerentes com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), sendo a sua aplicação pela actividade de mediação potenciadora de uma maior transparência e rigor, o que, necessariamente, terá também reflexos positivos ao nível concorrencial no mercado.

Contudo, sendo o SNC um plano de aplicação generalizada, o mesmo não atende a algumas especificidades da actividade de mediação de seguros ou de resseguros, pelo que se julga adequado estabelecer alguns requisitos específicos de relato adicionais. Refira-se que tendo sido ponderada a possibilidade de desenvolvimento, em alternativa, de um plano completo e específico de contabilidade para o sector da mediação, considerou-se que tal criaria mais uma sectorização no plano de normalização contabilística nacional, em sentido contrário ao da convergência internacional em sede das NIC.

Acerca da aplicação das NIC, sublinha-se que a Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, veio já prever a possibilidade das sociedades de mediação de seguros poderem adoptar essas normas internacionais quer nas contas consolidadas, quer nas individuais, em linha com o processo de aproximação aos princípios de contabilização internacionais.

Refira-se também que a presente reformulação, embora decorra directamente da revogação do POC, era igualmente uma necessidade premente face à evolução da actividade de mediação. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 2

Assim, o Instituto de Seguros de Portugal, nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto- -Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e do n.º 3 do artigo 4.º do seu Estatuto, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 289/2001, de 13 de Novembro, emite a seguinte Norma Regulamentar:

CAPÍTULO IDisposições gerais

Artigo 1.ºObjecto

A presente Norma Regulamentar tem por objectivo estabelecer os princípios aplicáveis ao relato financeiro dos mediadores de seguros ou de resseguros, designadamente no que se refere ao respectivo regime contabilístico e requisitos de divulgação adicionais, bem como ao reporte ao Instituto de Seguros de Portugal.

Artigo 2.ºÂmbito

A presente Norma Regulamentar aplica-se aos mediadores de seguros ou de resseguros que possuam ou devam possuir contabilidade organizada nos termos legais.

CAPÍTULO IIRegime Contabilístico

Artigo 3.ºPrincípio geral

Page 134: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

133RELATÓRIO E CONTAS 2014

1 — Os mediadores de seguros ou de resseguros que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, podem optar por elaborar as respectivas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), desde que estas sejam objecto de certificação legal de contas.

2 — Os mediadores de seguros ou de resseguros incluídos no âmbito da consolidação, quer das entidades abrangidas pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, quer das entidades que optem por elaborar as respectivas contas consolidadas de acordo com as NIC, podem optar por elaborar as respectivas contas individuais em conformidade com as NIC, desde que estas sejam objecto de certificação legal de contas.

3 — Os mediadores de seguros ou de resseguros, que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 e que não tenham optado pela adopção das NIC nos termos dos números anteriores, com excepção dos sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, devem aplicar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o qual compreende também a Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE).

CAPÍTULO IIIRequisitos de divulgação adicionais

Artigo 4.ºAnexo

1 — Sem prejuízo do regime contabilístico adoptado nos termos do artigo anterior, os mediadores de seguros ou de resseguros devem ainda incluir no Anexo uma nota específica e separada das restantes notas, a denominar “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”, que deve conter, como mínimo, a seguinte informação respeitante à actividade de mediação de seguros ou de resseguros:

a) Descrição das políticas contabilísticas adoptadas para reconhecimento das remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para determinar, nos termos da Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 20 ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável, a fase de acabamento de transacções que envolvam a prestação de serviços ao longo do período de vigênciado contrato de seguro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada;

b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza (numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações);

c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si intermediados desagregadas por Ramo “Vida”, Fundos de Pensões e conjunto dos ramos “Não vida”, e por origem (por empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira;

e) Valores das contas “clientes” no início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentem fundos relativos a contratos de seguros;

f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro, empresas de seguros, outros mediadores e clientes);

g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar segregados por: i) Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de

prémios de seguro; ii) Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento

de prémios de seguro; iii) Fundos que lhe foram confiados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para

tomadores de seguro, segurados ou beneficiários; iv) Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar; v) Outras quantias com indicação da sua natureza; h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem imparidade e das contas a

receber individualmente consideradas com imparidade, bem como os factores que o mediador de seguros ou de resseguros considerou na determinação dessa imparidade;

i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor;

j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o exercício, com indicação dos valores envolvidos;

Page 135: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

134RELATÓRIO E CONTAS 2014

k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela;

l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada.

2 — No caso dos corretores de seguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no número anterior, quando aplicável, a seguinte informação:

a) Indicação das empresas de seguros cujas remunerações pagas ao corretor de seguros representem, cada uma, pelo menos 5% do total das remunerações auferidas pela sua carteira, com indicação das respectivas percentagens;

b) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios relativamente aos quais as mesmas não lhe tenham outorgado poderes para o recebimento em seu nome.

3 — No caso dos mediadores de resseguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no n.º 1, quando aplicável, a seguinte informação:

a) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para os resseguradores para pagamento de prémios relativamente aos quais não lhe foram outorgados poderes de cobrança;

b) O valor total dos fundos que lhe foram confiados pelos resseguradores com vista a serem transferidos para as empresas de seguros cedentes que não lhe hajam outorgado poderes de quitação das quantias recebidas.

CAPÍTULO IVPublicação dos documentos de prestação de contas

Artigo 5.ºContas anuais

Sem prejuízo da publicação dos documentos de prestação de contas nos termos previstos na legislação comercial, os mediadores de seguros ou resseguros devem proceder à publicação integral dos seguintes documentos de prestação de contas anuais:

a) Relatório de gestão; b) Balanço, conta de ganhos e perdas/demonstração de resultados e anexo às contas; c) Certificação legal de contas, quando aplicável; d) Parecer do órgão de fiscalização, quando exista.

Artigo 6.ºMeios a utilizar

1 — A publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efectuada no sítio da Internet do respectivo mediador de seguros ou resseguros.

2 — Se o mediador de seguros ou resseguros não dispuser de sítio autónomo na Internet, pode efectuar a publicação referida no número anterior em área expressamente reservada e devidamente assinalada em sítio institucional de grupo empresarial do qual faça parte, aplicando-se a essa publicação, com as devidas adaptações, o regime constante do presente capítulo.

3 — No caso de o mediador de seguros ou resseguros não dispor de sítio da Internet nos termos dos números anteriores, deve manter os documentos previstos no artigo anterior nos respectivos estabelecimentos, facultando o acesso imediato e sem custos a qualquer interessado.

4 — Tratando-se de mediador de seguros ou de resseguros sujeito à supervisão de outra autoridade de supervisão do sector financeiro, a publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve serefectuada mediante utilização dos meios exigidos na respectiva legislação ou regulamentação sectorial aplicável.

Artigo 7.ºTermos da publicação

1 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet deve ser efectuada em área devidamente assinalada em local de fácil acessibilidade ao utilizador e de forma que permita a respectiva reprodução em boas condições de legibilidade.

Page 136: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

135RELATÓRIO E CONTAS 2014

2 — Os documentos de prestação de contas anuais devem manter-se acessíveis no sítio da Internet, ou disponíveis nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros, no mínimo durante três anos após a respectiva publicação.

3 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet não deve ser efectuada de forma a que esses possam ser confundidos com mensagens de natureza publicitária.

Artigo 8.ºPrazo

O prazo máximo para a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet ou para disponibilização nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros é de seis meses após o termo do exercício económico.

Artigo 9.ºDivulgação da publicação

1 — No prazo máximo de quinze dias após a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais ou da disponibilização nos estabelecimentos, o mediador de seguros ou resseguros deve, consoante o caso, informar o Instituto de Seguros de Portugal qual a hiperligação para o sítio da Internet em que se encontram publicados, ou remeter-lhe um ficheiro com os documentos em causa.

2 — No caso de mediadores de seguros ou de resseguros sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, o dever previsto no número anterior restringe-se à nota do Anexo a que se refere o artigo 4.º.

3 — O Instituto de Seguros de Portugal divulga no seu sítio da Internet, consoante o caso, a informação relativa à hiperligação para o sítio da Internet em que podem ser consultados os documentos de prestação de contas, ou o ficheiro com os documentos em causa.

4 — Os deveres previstos nos números anteriores aplicam-se aos corretores de seguros e aos mediadores de resseguros, bem como aos restantes mediadores de seguros que aufiram remunerações anuais de montante igual ou superior a 1 milhão de euros.

CAPÍTULO VReporte

Artigo 10.ºReporte para efeitos de supervisão

1 — Os corretores de seguros e mediadores de resseguros devem enviar anualmente ao Instituto de Seguros de Portugal, até 15 dias após a aprovação das contas, em relação à actividade exercida no ano imediatamente anterior, o relatório e contas anuais, o parecer do órgão de fiscalização e o documento de certificação legal de contas emitido pelo revisor legal de contas, o mais tardar até 15 de Abril, mesmo que o relatório e contas não se encontrem aprovados.

2 — Os ficheiros utilizados, pelos corretores de seguros e mediadores de resseguros, para efeitos de reporte devem ser remetidos ao Instituto de Seguros de Portugal, através do portal ISPnet residente em www.isp.pt.

CAPÍTULO VIDisposições transitórias e finais

Artigo 11.ºRevogações

Com a entrada em vigor da presente Norma Regulamentar são revogadas as seguintes disposições: a) O artigo 41.º da Norma Regulamentar n.º 17/2006-R, de 29 de Dezembro, alterada pelas Normas

Regulamentares n.º 8/2007-R, de 31 de Maio, n.º 13/2007-R, de 26 de Julho, n.º 19/2007-R, de 31 de Dezembro e 17/2008-R, de 23 de Dezembro;

b) O artigo 4.º da Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, alterada pela Norma Regulamentar n.º 4/2006-R, de 15 de Maio.

Artigo 12.ºAplicação

A presente Norma Regulamentar é aplicável a partir do primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010.

Page 137: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

136RELATÓRIO E CONTAS 2014

Artigo 13.ºEntrada em vigor

A presente Norma Regulamentar entra em vigor no dia imediato ao da respectiva publicação. O CONSELHO DIRECTIVO

Fernando Nogueira Rodrigo Lucena Presidente Vogal

Page 138: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

137RELATÓRIO E CONTAS 2014

52. FUNDOS PRÓPRIOS / RÁCIOS PRUDENCIAISNo exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação:

Em euros 2011 2012 2013 2014

Fundos Próprios totais 5.619.562 5.851.574 5.943.378 6.989.879

Common equity tier 1* --- --- --- 6.729.025

Tier 1* 5.642.979 5.895.242 6.001.917 6.729.025

Tier 2 0 3.165 6.911 260.855

Posição em risco de activos e equivalentes 60.395.857 68.136.371 68.750.029 75.979.339

Requisitos de fundos próprios 29.020.275 29.076.875 29.604.888 33.073.462

Crédito 24.032.875 24.291.938 24.979.625 28.695.349

Operacional 4.987.400 4.784.938 4.625.263 4.378.113

CVA --- --- --- 0 ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* --- --- --- 20,0%

Tier 1 * 19,4% 20,1% 20,1% 20,0% -0,1 P.P

Tier 2 0,0% 0,0% 0,0% 0,8% 0,8 P.P

Total* 19,4% 21,2% 21,2% 21,0% -0,2 P.P

* Incorporando o resul tado l íquido do exercício.

3674,5%

17,6%

---

12,1%

(a) Até Dezembro 2013 os rácios são ca lculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são apl icadas as regras

CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.

10,5%

11,7%

14,9%

-5,3%

---

O Conselho de AdministraçãoEngº. Francisco João Bernardino da Silva

Lourenço José da Silva LuzioJosé da Silva Rocha

Page 139: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 140: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

139RELATÓRIO E CONTAS 2014

MOVIMENTAÇÃO DE ASSOCIADOS

Page 141: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

140RELATÓRIO E CONTAS 2014

MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2014

Sócios Existentesem 31 de Dezembro de 2013 ........................ 2.009 Sócios Admitidosdurante o ano de 2014 ......................................24Sócios Falecidosdurante o ano de 2014 ....................................... 4 Sócios demitidos a pedidodurante o ano de 2014 ......................................16

________Soma................................. 2.013

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Azambuja31 de Dezembro de 2014

Page 142: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

141RELATÓRIO E CONTAS 2014

MENSAGEM DOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 143: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

142RELATÓRIO E CONTAS 2014

AGRADECIMENTO

Não pode a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, CRL, deixar de realçar todo o trabalho desempenhado com profissionalismo e entrega pela equipa competente e dedicada, que ano após ano, vem consolidando financeira e patrimonialmente esta Instituição e expressar o seu vivo agradecimento público a todos quanto, vem ajudando a divulgar e engrandecer a imagem da Caixa, com especial enfoque para os Clientes e Associados, Serviços Públicos em particular à Câmara Municipal de Azambuja e a todos os Colaboradores pela sua dedicação e zelo na execução das tarefas que lhes são cometidas, sem esquecer o apoio e a cooperação da Caixa Central e das Empresas do Grupo.

O Conselho de Administração,Francisco João Bernardino Silva

José da Silva RochaLourenço José Silva Luzio

Page 144: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

143RELATÓRIO E CONTAS 2014

PROPOSTA DEAPLICAÇÃO DE RESULTADOS

Page 145: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

144RELATÓRIO E CONTAS 2014

PROPOSTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPROPOSTA AO Conselho de Administração propõe para o Resultado do Exercício de 2014, no montante de € 437.871,63 (Quatrocentos e trinta e sete mil oitocentos e setenta e um euros e sessenta e três cêntimos) a cobertura do saldo dos resultados transitados, decorrentes das alterações de política contabilística, no montante de € 23.119,00 (vinte e três mil cento e dezanove euros) e o remanescente, no total € 414.752,63 (Quatrocentos e catorze mil setecentos e cinquenta e dois euros e sessenta e três cêntimos) na sua reversão para as seguintes Reservas:

Reserva Legal..........................................Reserva Especial.....................................Reserva para Formação e Educação Cooperativa.............Reserva para Mutualismo.........................

87.574,33 € 327.168,30 €

5,00 €5,00 €

PROPOSTA BO Conselho de Administração propõe ainda que, da Reserva Especial , agora, constituída por 327.168,30 euros, seja transferido para Capital Social o montante de 327.170,00euros, ficando a situação Líquida assim constituída:Capital Social 5.762.380,00 €Reserva Legal 1.273.347,56 €Reserva Especial 1,75 €Reserva para Formação e Educação Cooperativa 2.395,00 €Reserva para Mutualismo 2.395,00 €Reserva de reavaliação 197.759,00 €Reserva Livre 3.179,76 €Total

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Azambuja, 19 de Fevereiro de 2015 O Conselho de Administração

Francisco João Bernardino SilvaJosé da Silva Rocha

Lourenço José Silva Luzio

Page 146: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

145RELATÓRIO E CONTAS 2014

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Page 147: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

146RELATÓRIO E CONTAS 2014

Page 148: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

CCAM AZAMBUJA

147RELATÓRIO E CONTAS 2014

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Page 149: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 150: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 151: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt
Page 152: Relat rio Balan!oeContas - bportugal.pt

Caixa de Azambuja