143
CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAÚDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO MÓDULO VI -Transtornos da Aprendizagem -Dislexia -Discalculia -Disortografia e Disgrafia -Distúrbio do Processamento Auditivo Central Patrícia Regina Ribeiro Fonoaudióloga CRFa 6-2691

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAÚDE MENTAL NO … · -Alunos que chegam ao 1°ano com ... com várias pessoas falando ao mesmo tempo;-que não entendem piada; ... barulho. ”

Embed Size (px)

Citation preview

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAÚDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

MÓDULO VI-Transtornos da Aprendizagem-Dislexia-Discalculia-Disortografia e Disgrafia-Distúrbio do Processamento Auditivo Central

Patrícia Regina RibeiroFonoaudióloga

CRFa 6-2691

TEMAS - MANHÃ

-Transtornos da Aprendizagem

-Dislexia

-Discalculia

-Disortografia

-Disgrafia

- Casos clínicos

APRENDER

- Capacidade intelectual, motivação, oambiente social e os estímulos querecebemos.

APRENDER: ter conhecimento sobre;instruir-se; aquisição; possuirhabilidade; começar a compreendermelhor.

APRENDIZAGEM: Ação, processo,efeito ou consequência de

aprender.

APRENDIZAGEM

-Processo evolutivo e constante;

-Envolve modificações no comportamentodo indivíduo (níveis físico e biológico) e doambiente no qual está inserido;

-Novos comportamentos...

APRENDIZAGEM (Pozzo, 2002)

- Produz mudanças duradouras;

-Deve ser transferível para outrassituações;

-É consequência direta da prática.

APRENDIZAGEM (Pozzo, 2002)

- O ser humano nasce potencialmenteinclinado a aprender;

-Necessita: estímulos externos einternos (motivação e necessidade);

APRENDIZAGEM (Pozzo, 2002)

- Natos: ato de andar e falar;

-Meio social e temporal que o indivíduoconvive.

ESTILOS DE APRENDIZAGEM

-Visual

- Auditiva

- Leitura/escrita: textos

- Ativa: fazer

- Olfativa

POR QUE MUITAS CRIANÇAS TÊM DIFICULDADE PARA APRENDER?

-Causas centradas principalmente naprópria criança: fatores orgânicos;

-Causas externas à criança, tendo origemem fatores ambientais.

- Causas múltiplas: englobando ao mesmotempo, fatores internos e externos

POR QUE MUITAS CRIANÇAS TÊM DIFICULDADE PARA APRENDER?

Primeiro grupo:

-Alunos que chegam ao 1° ano com

condições favoráveis para aprender;

-Oportunidade de frequentar pré-escola;

-Pais fazem uso intenso de leitura e escrita.

Segundo grupo

-Vem de ambientes que propiciaram um

bom preparo, mas que não se envolveram

muito.

-Terceiro grupo

Não tiveram experiências prévias nem uma

família que pudesse ajudá-los de alguma

maneira.

Quarto grupo

-São os que tem dificuldades intrínsecas.

APRENDIZAGEM

DIFICULDADE

X

TRANSTORNO

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

-Situações experimentadas por todos em alguma matéria e/ou momento da vida escolar;

-Transitórias e tendem a desaparecer a partir de um esforço maior ou de intervenções adequadas;

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

-Abrange um grupo heterogêneo de fatores;

-Não são relacionados as condiçõesneurológicas para aprender.

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

- Causas: proposta pedagógica, capacitação do professor, padrões de exigência da escola e/ou dos pais, falta de assiduidade do aluno, conflitos familiares.

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

-Baixo rendimento escolar em atividades deleitura, escrita e raciocínio lógico-matemático;

- Inteligência normal.

TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

-Transtorno do neurodesenvolvimento;

-Dificuldade para aprender habilidadesacadêmicas desde o início da escolarização;

TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

-Inabilidade específica:leitura, escrita oumatemática;

-Resultados abaixo do esperado para seunível de desenvolvimento, escolaridade ecapacidade intelectual.

TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

-Prevalência: de 5 a 15% na infância

- Prevalência: 4% na vida adulta

- 10 a 15%: comorbidades

- Meninos: 2: 1 a 3:1

CUIDADO !

-Nem todas as dificuldades de aprendizagem são transtornos;

- Muitas crianças: mais lentas na aquisição e desenvolvimento de certas habilidades;

- Crianças são diferentes na forma de aprender.

TIPOS DE TRANSTORNOS DEAPRENDIZAGEM

DIAGNÓSTICO

- Multiprofissional e por exclusão;

- Uma equipe multiprofissional analisa oindivíduo como um todo, verificandotodas as possibilidades.

DIAGNÓSTICO - EQUIPE

- Fonoaudiólogo

- Psicopedagogo

- Neuropsicólogo

- Psicólogo

- Neurologista

- Psiquiatra

TIPOS DE TRANSTORNOS DEAPRENDIZAGEM

- DISLEXIA

- DISCALCULIA

- DISORTOGRAFIA

- DISGRAFIA

DISLEXIA

-Apresentam um funcionamento peculiar docérebro para os processamentos linguísticosrelacionados à leitura.

DISLEXIA

-Atraso considerável da leitura (2 anos);

-Meninos: maior incidência;

-Desempenho da leitura muito baixo do QI global;

• - Dificuldade para associar o símbolográfico/as letras com o som que elasrepresentam e organizá-los,mentalmente numa sequência temporal .

- A dislexia é um distúrbio deaprendizagem que tem como base umdéficit específico em habilidades delinguagem, em especial a leitura.

- 5% a 17% da população mundial édisléxica;

- Diagnóstico mais preciso é feito a partir

do 2° ano.

DISLEXIA

-Dificuldades em leitura, escrita e soletração;

-Demora na aquisição da leitura e da escrita;

-Leitura lentificada, com baixa compreensão;

DISLEXIA

-Dificuldade em organizar e executar tarefas;

-Dificuldade de organização quanto a espaço, tempo e direção (D e E);

-Bom desempenho em provas orais;

DISLEXIA

-Confusão de letras com pequenas diferenças na grafia: e-c, i-j, u-v;

-Confusão de letras de diferentes orientações espaciais: b/d, p/b;

-Dificuldade na coordenação motora fina;

DISLEXIA

-Desorganização geral, constantes atrasosna entrega de trabalhos;

-Dificuldade no aprendizado de umasegunda língua.

DISLEXIA - M. 11 anos 6º ano

DISCALCULIA

-Dificuldade no aprendizado da matemática;

-Sem alterações quanto a inteligência,

oportunidade escolar, fatores emocionais e

motivação.

DISCALCULIA

-Inabilidades linguísticas: compreensão de

termos matemáticos;

-Inabilidade das operações matemáticas;

DISORTOGRAFIA

-Alteração na linguagem escrita, quecausa problemas na aprendizagem daortografia, gramática e redação;

-Padrão de escrita que foge à regrasortográficas e limita a produção textual;

DISORTOGRAFIA

- Raramente ocorre de modo isolado.Em geral está associada à dislexia ou aotranstorno de aprendizagem.

DISORTOGRAFIA

-Número muito maior de trocas ortográficas do que o esperado para idade/escolaridade;

- Quadro persistente;

DISORTOGRAFIA

-Alteração na produção textual: vocabulário, uso de maiúscula, pontuação, acentuação, organização espacial;

DISORTOGRAFIA

-Erros na conversão letra-som;

- Ordem de sílabas alteradas.

TIPOS DE ERROS DA

DISORTOGRAFIA

-Trocas auditivas(FV, PB,TD,CG);

-Substituição, omissão ou inversão degrafemas (alegre/elegre;quando/qundo);

TIPOS DE ERROS DA

DISORTOGRAFIA

-Representações múltiplas (vassoura/vasura;casa/cassa);

-Persistência do apoio na oralidade(vassoura/vassora; vestiu/vis tiu);

TIPOS DE ERROS DA

DISORTOGRAFIA

-Alteração na segmentação da palavra(acordou/a cordou; tá chovendo/taju zendo);

-Confusão entre letras parecidas (menina/nenina);

-Generalização de regras (papel /papeu);

-Transtorno de expressão escrita;

-Incapacidade de produzir escrita aceitável:de legibilidade (forma, alinhamento,espaçamento e dimensionamento das letras)e velocidade da escrita (taxa de produçãoreduzida);

DISGRAFIA

-Alterações na caligrafia, na cópia e naescrita de sequência de letras em palavrascomuns: alteração na coordenação motorafina.

DISGRAFIA

-Traços imprecisos e incontroláveis;-Traços fortes demais ou, às vezes, falta de

pressão;-Variações de forma e de tamanho;-Escrita desorganizada.

DISGRAFIA

ORIENTAÇÃO ESCOLAR

- É fundamental que os professoresconheçam os déficits dos alunos e oslevem em conta ao planejar e conduzir oensino;

ORIENTAÇÃO ESCOLAR

Escolares com transtornos de aprendizagem, dislexia ou transtornos da escrita devem permanecer na sala de aula

regular, com pequenas intervenções no ambiente estrutural e adequações de estratégias no contexto acadêmico.

INCLUSÃO!

TEMAS - TARDE

- Processamento auditivo central PAC

- Casos clínicos

PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRALPAC

PAC - METODOLOGIA

- AUDIÇÃO

- PAC

- TRANSTORNO DO PAC

- AVALIAÇÃO DO PAC

- PAC E TPAC NA ESCOLA

AUDIÇÃO

Acuidade Auditiva: Quanto ouvimos?

X

PAC: Como ouvimos?

ANÁTOMOFISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA BÁSICA:

1. Audiometria tonal

2. Audiometria vocal

3. Imitância acústica

QUANTO OUVIMOS …

QUANTO OUVIMOS …

QUANTO OUVIMOS...

DEDESENVOLVIMENTO DA AUDIÇÃO

DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

QUANTO OUVIMOS ...

FATORES DE RISCO PARA ALTERAÇÕES AUDITIVAS

29 dias até 2 anos (AZEVEDO, 2004)

- Permanência em UTI + 48h;

- Antecedentes familiares;

- Infecções congênitas;

- Anomalias craniofaciais;

- MBP ou PIG;

- Hiperbilirrubinemia;

- Ototóxicos;

- Meningite bacteriana;- Apgar 1º min 0 e 4; 2º min 0 e 6;- Uso de ventilação mecânica prolongada;- Síndromes;

- Alcoolismo materno;- Convulsões neonatais;- Traumatismos;- Otites médias recorrentes.

O QUE É PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL (PAC) ?

“Conjunto de habilidades auditivas realizadas pelo sistema nervoso central,

que são necessárias parainterpretação das informações

auditivas.”(Russo e Santos, 1989)

O QUE É PAC ?

“... detecção, localização e lateralização da fonte sonora, reconhecimento, discriminação, atenção, memória e

aspectos temporais da audição.“ (Russo e Santos, 1989)

O QUE É PAC ?

“É como a orelha conversa com o cérebro.” (Musiek, 1994)

“É o que fazemos com que ouvimos.” (Katz, 1960)

O QUE É PAC ?

“É a utilização efetiva da informação auditiva.” (Katz, 1983)

“É como o sistema auditivo recebe, analisa e organiza o que ouvimos.”

O QUE É PAC ?Processamento Auditivo Central

COMO OUVIMOS … PAC

- Análise das propriedades físicas dosom:

• Frequência;• Intensidade;• Velocidade;• Forma da onda do estímulo sonoro ;• Sensações auditivas.

HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO DO PAC

- Década de 1950: primeiros testes PA(integridade da via auditiva);

- Década de 1970: avaliação da funçãoauditiva em indivíduos com limiaresnormais;

- No Brasil: testes para a avaliação do PACsurgiram (tradução da língua inglesa).

ESPECIALIZAÇÃO HEMISFÉRICA (SAUER, 2011)

Hemisfério Direito - Mais abstrato.-Análise melódica (prosódia, tonicidade);-Visuo espacial.

Hemisfério Esquerdo-Mais concreto;-Aspectos cognitivos;-Analisa o significado da palavra.

SISTEMA AUDITIVO CENTRAL (SAUER, 2011)

HABILIDADES AUDITIVAS CENTRAIS

(ASHA, 2005; Ramos, Alvares e Sanches, 2008)

- Detecção sonora: perceber o som;

-Localização sonora: localizar e lateralizar a fonte

sonora;

-Discriminação auditiva: determinar se 2 estímulos

são iguais ou diferentes;

- Reconhecimento de padrõesauditivos temporais: resolução,integração, ordenação temporal epercepção de intervalos;

-Fechamento auditivo: reconhecer osinal acústico quando parte dele éomitido (celular);

-Figura fundo: identificar o sinal de fala empresença de outros sons competitivos (“Oque vou ignorar?”);

-Separação e integração binaural:capacidade para eleger estímulosapresentados a uma orelha ou reconhecerestímulos diferentes apresentados as duasorelhas;

-Interação binaural: capacidade deprocessar informações usando as duasorelhas.

INTEGRIDADE PAC (SHOCHAT, 2004)

- Ouvir e compreender em ambientes ruidosos;- Manter uma conversa;

- Tomar notas;

INTEGRIDADE PAC (SHOCHAT, 2004)

- Aprender uma língua estrangeira;

- Ler e escrever;

- Organização pessoal;

- Manter atenção.

PAC E LINGUAGEM

-Desenvolvimento da linguagem e daescrita: vias visual, tátil-cinestésica eauditiva;

- Fundamental para o desenvolvimento daaprendizagem: para aprender é necessáriodetectar os sons de forma adequada, alémde selecionar os estímulos auditivos maisimportantes.

- Habilidades auditivas: percepção dossons da fala e identificação emanipulação dos sons: auxiliam odesenvolvimento da oralidade e daaprendizagem.

NOMENCLATURA

-DESORDEM DO PAC

-DISTÚRBIO DO PAC (DPAC)

-TRANSTORNO DO PAC (TPAC)

TRANSTORNO DO PAC

“Déficit no processamento da informação

auditiva e que pode estar associado à

dificuldade de ouvir, de entender a fala, de

desenvolver-se linguisticamente e à

dificuldade no aprendizado escolar.”

(SCHOCHAT, 2004)

TRANSTORNO DO PAC

“Déficit no processamento dos sinais acústicos não atribuídos a

comprometimento de perda auditiva periférica ou prejuízo intelectual.”

(Jerger & Musiek, 2000)

TRANSTORNO DO PAC

Pode ser resultado de um prejuízo da capacidade biológica do organismo ou mesmo

de privação de experiências em ambiente acústico.

FATORES DE RISCO PARA TPAC

Pré-natais:-Infecções;-Abuso de álcool e drogas.

Peri-natais:-Prematuridade;-Baixo peso;-Anoxia;-Hiperbilirrubinemia.

FATORES DE RISCO PARA TPAC

Pós-natais:-Meningite;-Encefalite-TCE;-Exposição a metais pesados;

FATORES DE RISCO PARA TPAC

Pós-natais:-Anóxia;-AVE;-Epilepsia; -Meningite;-Alterações metabólicas.

FATORES DE RISCO PARA TPAC

-TDHA; -Dislexia;-Distúrbio de linguagem e de aprendizagem.

FATORES DE RISCO PARA TPAC

Perda auditiva:-Privação sensorial (otites).

GRUPO DE RISCO PARA DPAC(PEREIRA & SCHOCHAT, 1997)

Crianças:-desatentas:não acompanham conversacom várias pessoas falando ao mesmotempo;-que não entendem piada;-que não conseguem acompanhar umaconversa ao telefone;

GRUPO DE RISCO PARA DPAC(PEREIRA & SCHOCHAT, 1997)

-que não respondem ao primeiro chamado;- que apresentam dificuldade de aprendizagem;- que apresentam dificuldade de memória;

GRUPO DE RISCO PARA DPAC(PEREIRA & SCHOCHAT, 1997)

-que apresentam histórico de otite;-que tem dificuldade com lateralidade;- que não entendem o que lêem.

SINAIS TPAC

“Desatenção e notas baixas na escola não são sinônimos

de falta de inteligência. Às vezes, o problema está na

incapacidade de lidar com os sons da fala e com o

barulho.”

SINAIS TPAC

“A criança ou o adulto podem ter audição normal e apresentar dificuldade para

compreender o que é falado.”

“ Conhece alguma criança que está indo mal na escola? Não consegue aprender a ler e

escrever ? Tem dificuldade para entender a fala?”

TPAC EM CRIANÇAS(Bellis, 2002)

➢-Difícil determinar tempo de início;

➢-Podem aparecer no início da infânciainterferindo na habilidade da criançaem desenvolver linguagem e fala;

TPAC EM CRIANÇAS(Bellis, 2002)

➢-Comorbidade: TDAH, Dislexia,Dificuldade de Aprendizagem,Distúrbio Fonológico.

QUESTIONÁRIO SAB PARA TRIAGEM DO TPAC

- Scale of Auditory Behavior adaptadopara a Língua Portuguesa (Nunes, Pereira e Carvalho, 2013)

SAB - Pontuação:

- Frequente: 1 ponto- Quase sempre: 2 pontos- Algumas vezes: 3 pontos- Esporádico: 4 pontos- Nunca: 5 pontos

SAB -PERGUNTAS:

1-Apresenta dificuldade para escutar ouentender em ambiente ruidoso.

2-Não entende bem quando alguém falarápido ou abafado.

3-Apresenta dificuldade de seguir instruçõesorais.

SAB -PERGUNTAS:

4-Apresenta dificuldade na identificação oudiscriminação de sons da fala.

5-Apresenta inconsistência de resposta parainformações auditivas.

6-Apresenta fraca habilidade de leitura.

SAB -PERGUNTAS:

7-Pede para repetir as coisas.

8-Mostra-se facilmente distraído.

9-Apresenta dificuldades acadêmicas ou deaprendizagem.

SAB -PERGUNTAS:

10-Apresenta curto período de atenção.

11-Sonha acordado e/ou parece desatento.

12-Apresenta dificuldades acadêmicas oude aprendizagem.

QUESTIONÁRIO SAB PARA TRIAGEM DO TPAC

Escore médio entre 8 a 12 anos:

≥ 46 pontos: indica comportamento auditivo típico;

< 46 pontos: indica risco para transtorno do PAC;

< 35 pontos: indica necessidade do teste de PAC;

< 30 pontos: sugestivo de transtorno do PAC.

SINAIS ESINTOMAS TPAC

(BELLIS, 2003; MECCA, 2014)

PRÉ- ESCOLA:

-Fala ou linguagem inadequadas à idade;

-Dificuldade na compreensão de enunciadosverbais mais complexos;

-Dificuldade em seguir ordens (sequência);

-Melhor desempenho: apoio visual;

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

PRÉ- ESCOLA:

-Dificuldade: compreender histórias ou instruçõesna presença de ruído;

-Dificuldade: aprender versinhos ou cançõessimples;

-Ausência/ pouca consciência fonológica;

-Ausência/ pouco sinal de letramento;

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

PRÉ- ESCOLA:

-Não apresenta curiosidade a novos estímulossonoros;

- Solicitação frequente por repetição;

- Presença de otites de repetição;

-Necessidade frequente de confirmação deperguntas (Ãh? O que?);

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

- Distração;

- Aumento de volume de TV;

- Dificuldade em seguir instruções;

PRÉ- ESCOLA:

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

6 A 10 ANOS

-Maior dificuldade em tarefas verbais;

-Dificuldades acadêmicas com maior predomínioauditivo;

- Presença de alteração na fala;

-Distração e/ou pouca atenção sustentada;;

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

6 A 10 ANOS

- Pouca ou nenhuma participação em discussões em sala de aula;

- Dificuldades em seguir ordens

- Leitura deficitária;

- Histórico de otites de repetição;

- Habilidades musicais precárias;

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

6 A 10 ANOS

-Dificuldade de organização na sala de aula;

-Habilidade de comunicação socialdeficitária;

-Dificuldade de resolução de problemas;

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

6 A 10 ANOS

- Melhor desempenho em tarefas visuais e/ou táteis;

- Dificuldade em compreender no ruído;

- Demora na realização de tarefas de casa;

- Escrita ruim.

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

ACIMA DE 10 ANOS:

-Baixo rendimento escolar;

-Histórico de repetência escolar;

-Desempenho escolar variável: posição na salade aula ou fala rápida;

-Dificuldade em tomar notas;

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

ACIMA DE 10 ANOS:

-Dificuldade em entender conceitos;

- Dificuldade no aprendizado de outra língua;

- Dificuldade de relacionamentos sociais;

SINAIS E SINTOMAS DO TPAC

ACIMA DE 10 ANOS:

- Dificuldade em acompanhar a aula;

- Dificuldade em compreender no ruído;

- Demora na realização de tarefas de casa;

- Dificuldades em leitura e escrita.

AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL (FORL, 2014)

• Idade de avaliação: >/ 6 anos

• Avaliação comportamental

AVALIAÇÃO DO PAC

•Fonoaudiólogo:área da audição etreinamento;

•Testes gravados e padronizados por faixaetária;

• Cabine acústica e audiômetro.

AVALIAÇÃO DO PAC

CONTRA-INDICAÇÕES:

-Crianças < 6 anos;

-Português como segunda língua;

-Baixo desempenho intelectual;

-Atraso importante de linguagem;

-Perda auditiva.

AVALIAÇÃO DO PAC

- Quem pode pedir?Profissionais das áreas de

saúde e/ou da educação;

- O que fazer antes dos testes de PAC? ORL

(avaliação auditiva básica)

AVALIAÇÃO DO PAC

-Orelha alterada: OD, OE ou AO;

-Habilidades auditivas alteradas;

-Necessidade de encaminhamentos;

-Intervenção.

AVALIAÇÃO DO PAC

Relacionar os resultados encontrados com as queixas apresentadas !

REABILITAÇÃO DO PAC

“...em virtude do impacto destasalterações na audição, na comunicaçãoe no sucesso acadêmico: intervenção -treinamento auditivo e na melhora dosinal acústico + estratégias delinguagem, cognitivas e metacognitivas...”

REABILITAÇÃO DO PAC

- Profissional: FONOAUDIÓLOGO

• Treinamento auditivo: cabine acústica;

• Estratégias de linguagem;

• Estratégias cognitivas e metacognitivas.

PAC ORIENTAÇÕES PARA SALA DE AULA

-Espaço físico: minimizar ruído e reverberação;

-Posição do aluno na sala de aula;

-Área de estudo silenciosa (em casa);

- Ganho de atenção e monitoramento;

PAC ORIENTAÇÕES PARA SALA DE AULA

-Avaliação da compreensão;

-Reformular e/ou uso de instruções curtas;

-Falar mais pausadamente;

PAC ORIENTAÇÕES PARA SALA DE AULA

-Auxílio visual;

-Intervalos.

ATIVIDADES PARA ESTIMULAR O PAC NA ESCOLA

Atividade 1

-Material: lenço de pano.

-Objetivo: PAC e a memória.

-Organização: os participantes formam um círculo, ficandoum deles no centro, com os olhos vendados.

-Desenvolvimento: o animador caminha ao redor do círculoe toda vez que tocar em alguém, aquele que foi tocadoperguntará: Quem é?

ATIVIDADES PARA ESTIMULAR O PAC NA ESCOLA

Atividade 2

-Material: apito.

-Objetivo: propiciar o desenvolvimento de atenção ereconhecimento de sons (intensidade, duração frequência).

-Organização: O professor deve ter um apito.

-Desenvolvimento: quando o animador apitar uma vez, osparticipantes deverão dar um passo para frente. Se apitarduas vezes, o passo será para trás.

ATIVIDADES PARA ESTIMULAR O PAC NA ESCOLA

Atividade 3

-Objetivo: estimular a memória auditiva.

-Método: o professor narra o enredo de uma história. Cadaaluno, por ordem, deverá repetir o que foi dito e colocarmais alguma coisa que complemente a história,imediatamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diagnóstico e tratamento adequados dosdistúrbios devem ser realizados o maisprecocemente possível, a fim de minimizar osefeitos dos transtornos de aprendizagemsobre o indivíduo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Se o diagnóstico precoce não for realizado,várias consequências poderão ser observadasao longo da vida, como: déficit escolar,transtorno de conduta, problemas derelacionamento e problemas no trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Cabe ao profissional orientar os pais e osprofessores quanto a atitudes a seremtomadas para estimular a aprendizagem eevitar que o aprendente sofra consequências econstrangimentos maiores ao longo do tempo.

OBRIGADA !

Patrícia Ribeiro

[email protected]

Tel: (27) 999730593