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CAPACITAÇÃO EM MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA. ENFª Milene Machado.

CAPACITAÇÃO EM MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA · O QUE SIGNIFICA MONITORIZAR? ... Monitorização • É a observação dos parâmetros clínicos- laboratoriais, mensuráveis de

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CAPACITAÇÃO EM

MONITORIZAÇÃO

HEMODINÂMICA.

ENFª Milene Machado.

O QUE SIGNIFICA MONITORIZAR?

• Prevenir, avisar, avaliar e agir.

Monitorização

• É a observação dos parâmetros clínicos- laboratoriais, mensuráveis de forma objetiva, que permitirão a vigilância continua de um sistema do organismo, fornecendo dados para uma orientação diagnostica e terapêutica.

• Reconhecer e avaliar os problemas em tempo hábil, com o objetivo de estabelecer uma terapia imediata e adequada.

HEMODINÂMICA

• Estudo dos movimentos

e pressões das

circulações sanguíneas.

MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA

• Estudo dos movimentos e pressões das circulações

sanguíneas, através da observação metódica de

parâmetros clinico-laboratoriais, que permitirão a

vigilância continua de um sistema do organismo, de

forma invasiva e não invasiva.

Sala de Estabilização/ SALA VERMELHA

• Equipamento de saúde que deverá atender às

necessidades assistenciais de estabilização do

paciente grave/crítico em municípios de grandes

distâncias e/ou isolamento geográfico, bem como

lugares de difícil acesso considerados como vazios

assistenciais para a urgência e emergência. Deverá

se organizar de forma articulada, regionalizada e

em rede. (BRASIL,2013).

O QUE AVALIAR?

MONITORIZAÇÃO NÃO INVASIVA

• Temperatura corporal;

• Pulso;

• Respiração;

• PA ;

• Oximetria de pulso;

• Monitorização cardíaca.

TEMPERATURA

• Um dos sinais vitais a temperatura é mantida entre

produção e perda de calor pelo organismo no

ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo

hipotálamo.

Valores de referência para a temperatura:

• Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C;

• Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C;

• Temperatura retal: 37°C a 38°C.

PULSO

• É a delimitação palpável da circulação sanguínea

percebida em vários pontos do corpo, constituindo

um indicador do estado circulatório. Os fatores que

o influenciam são (POTTER; PERRY, 2010):

• Exercício;

• Temperatura;

• Emoções;

• Drogas;

• Hemorragia;

• Mudanças posturais;

• Condições pulmonares.

Qualquer artéria pode ser acessada para tomar a pulsação, mas geralmente as mais escolhidas são as

artérias radiais ou carótidas porque elas permitem uma palpação mais fácil. Vejamos quais os locais utilizados

para mensuração da frequência de pulso (POTTER; PERRY, 2010):

• Temporal: acima do osso temporal da cabeça, acima e lateral ao olho;

• Carótida: ao longo da extremidade medial do músculo esternocleidomastoideo no pescoço;

• Apical: 4º a 5º espaços intercostais na linha clavicular média esquerda (com estetoscópio);

• Braquial: sulco entre os músculos bíceps e tríceps na fossa antecubital;

• Radial: no pulso do antebraço, na lateral radial ou no lado do polegar

• Ulnar: no lado ulnar do pulso do antebraço;

• Femoral: abaixo do ligamento inguinal, a meio

caminho entre a sínfise púbica e a espinha

ilíaca anterossuperior;

• Poplíteo: atrás do joelho na fossa poplítea;

• Tibial posterior: lado interno do tornozelo, abaixo

do maléolo medial;

• Artéria dorsal do pé: ao longo da parte de cima

do pé, entre a extensão dos tendões do dedo maior.

• Uma avaliação do pulso radial inclui a medida de

sua frequência, ritmo, força e igualdade. Ao

auscultar o pulso apical, avalia-se apenas a

frequência e o ritmo (POTTER; PERRY, 2010).

VARIAÇÕES ACEITÁVEIS DA FC

IDADE FREQUÊNCIA

CARDÍACA (bpm)

LACTENTE 120-160

INFANTE 90-140

PRÉ- ESCOLAR 80 - 110

ESCOLAR 75-100

ADOLESCENTE

60- 90

ADULTO 60 - 100

RESPIRAÇÃO

• É o mecanismo que o corpo utiliza para trocar

gases entre a atmosfera e o sangue e entre o

sangue e as células. Este mecanismo envolve

(POTTER; PERRY, 2010):

VARIAÇÕES ACEITÁVEIS DA RESPIRÁTORIA

IDADE

FREQUÊNCIA

RESPIRÁTORIA (irpm)

RECÉM NASCIDO 30-60

LACTENTE 30-50

CRIANÇA ATEÉ 02 ANOS 25-32

CRIANÇA 20-30

ADOLESCENTE 16-19

ADULTO 12-20

PRESSÃO ARTERIAL

• É a força exercida sobre a parede de uma artéria

pelo sangue pulsante sob a pressão do coração. O

pico máximo de pressão no momento em que a

ejeção ocorre é a pressão sistólica. Quando os

ventrículos relaxam, o sangue que permanece nas

artérias exerce uma pressão mínima ou pressão

diastólica. A diferença entre as pressões sistólica e

diastólica é a pressão de pulso. A unidade padrão

para medir a PA é dada em milímetros de mercúrio

(mmHg) (POTTER; PERRY, 2010)

A pressão arterial passa a ser classificada como:

• Normal: quando PAS < 120mmHg + PAD < 80mmHg;

• Elevada: quando PAS estiver entre 120 e 129mmHg + PAD entre 80 e 89mmHg;

• Hipertensão Estágio 1 – Quando PAS estiver entre 130 e 139mmHg ou PAD entre 80-89mmHg;

• Hipertensão Estágio 2 – Quando PAS estiver acima ou igual a 140mmHg ou PAD acima ou igual a 90mmHg

Vantagens e desvantagens da PANI (Pressão

Arterial Não Invasiva)

• Baixo custo;

• Fácil aplicação;

• Fácil manutenção

• Demora de medida;

• Posicionamento do manguito.

Oximetria de pulso

• A oximetria de pulso, segundo Brunner (2011), é um

método não invasivo de monitorização contínua da

saturação de oxigênio arterial da hemoglobina

(SaO²). Quando a saturação de oxigênio é medida

como oximetria de pulso é designada como SpO².

Um sensor é preso à ponta do dedo da mão, testa,

lobo da orelha ou ponte do nariz. O valor normal de

SpO² é de 95 a 100%. Valores abaixo de 85%

indicam que os tecidos não estão recebendo

oxigênio suficiente

• Os valores de SpO² obtidos não são

confiáveis na parada cardíaca, choque ou

em outros estados de baixa perfusão

(sepse, doença vascular periférica e

hipotermia) pois, em tais situações, ocorre

vasoconstricção, interferindo na leitura da

saturação. Uso de drogas vasoconstrictoras

também interfere na leitura do método, bem

como anemia, níveis anormais de

hemoglobina, nível elevado.

Monitorização cardíaca

Deve ser realizada continuamente em todos os

pacientes internados em unidades de terapia intensiva.

Ela nos fornece dados contínuos de frequência

cardíaca e presença de arritmias cardíacas. Devemos

atentar para o rodízio dos eletrodos, pelo menos 1 vez

ao dia. O rodízio dos eletrodos previne lesões da pele.

• Quanto ao procedimento para monitorização

cardíaca:

• Realizar a tricotomia, caso necessário; limpar os

locais da pele

• para a colocação dos eletrodos com álcool a 70%

(a pele deve estar isenta de gordura, descamação e

umidade, para que não haja alteração nos impulsos

elétricos que chegam até os rodos); coloque os

eletrodos no tórax do paciente, pressionando as

bordas para melhor fixá-los à pele; são necessários,

no mínimo, 3 eletrodos para a monitorização

cardíaca. Se utilizado três eletrodos, o eletrodo de

aterramento pode ser posicionado em qualquer

parte do tórax.

Na monitorização cardíaca identificamos arritmias

que são distúrbios da formação ou condução (ou

ambas) do impulso elétrico dentro do coração. Esses

distúrbios podem provocar alterações da frequência

cardíaca, do ritmo cardíaco ou de ambos. As arritmias

podem inicialmente ser evidenciadas pelo efeito

hemodinâmico que elas causam (p. ex., uma

alteração na condução pode modificar a ação de

bombeamento do coração e causar pressão arterial

diminuída). As arritmias são diagnosticadas

analisando - se o traçado eletrocardiográfico (ECG).

Triangulo de Einthoven

A pode ser entendida como uma despolarização

rápida e desorganizada da estrutura atrial, resultando

em uma contratura ineficaz da musculatura. Ao

eletrocardiograma a FA apresenta-se como a

substituição de ondas “P”, por ondas “F”, ondas

fibrilatórias, que variam em tamanho, forma e

amplitude.2

CARDIOVERSÃO E DESFIBRILAÇÃO

• A cardioversão e a desfibrilação são usadas para

tratar a taquiarritmia liberando uma corrente elétrica

que despolariza uma massa crítica de células

miocárdicas.

• Uma diferença importante entre a cardioversão e

a desfibrilação é o momento da liberação da

corrente elétrica. Na cardioversão, a liberação da

corrente elétrica é sincronizada com os eventos

elétricos do paciente; na desfibrilação, a liberação

da corrente é imediata e não sincronizada.

Na cardioversão elétrica o desfibrilador é

ajustado para sincronizar com o ECG em um

monitor cardíaco, de modo que o impulso elétrico

dispara durante a despolarização ventricular

(complexo QRS). A sincronização impede que a

descarga aconteça durante o período vulnerável

da repolarização (onda T), o que poderia resultar

em TV ou fibrilação ventricular. O monitor de ECG

conectado ao desfibrilador externo geralmente

demonstra uma marca ou linha que indica a

sensação de um complexo QRS

Algumas vezes, a derivação e os eletrodos

devem ser trocados para que o monitor

reconheça o complexo QRS do paciente.

Quando o sincronizador está ligado, nenhuma

corrente elétrica é liberada se o desfibrilador

não percebe um complexo QRS.

Assim sendo, é importante garantir que o paciente

está conectado ao monitor e selecionar uma

derivação que permita a melhor detecção do

complexo QRS. Como pode haver um curto retardo

até o reconhecimento do QRS, os botões de descarga

de um desfibrilador manual externo devem ser

mantidos abaixados até que o choque tenha sido

liberado. Na maioria dos monitores, o modo de

sincronização precisa ser reativado se a cardioversão

inicial não foi efetiva e for necessário repeti-la (ou

seja, o aparelho é regulado automaticamente para o

modo não sincronizado de desfibrilação).

A desfibrilação é utilizada em situações de emergência como o tratamento de escolha para fibrilação ventricular e TV sem pulso, a causa mais comum de perda abrupta da função cardíaca e de morte súbita cardíaca. A desfibrilação não é empregada em pacientes conscientes ou com pulso. Quanto mais cedo a desfibrilação é usada, melhor a taxa de sobrevida: Quando ela é empregada dentro de 1 min do início da TV ou fibrilação, a taxa de sobrevida é de 90%; quando ela é retardada por 12 min, a taxa de sobrevida é apenas de 2 a 5%.

A desfibrilação despolariza uma massa crítica

de células miocárdicas de uma só vez;

quando elas se repolarizam, o nodo sinoatrial

geralmente retoma o seu papel como um

marca-passo. A voltagem elétrica necessária

para desfibrilar o coração geralmente é maior

que aquela necessária para a cardioversão e

pode causar mais lesão miocárdica. Os

desfibriladores são classificados como

monofásicos ou bifásicos.

Os desfibriladores monofásicos liberam a corrente em

apenas uma direção e requerem cargas maiores de

energia. Os desfibriladores bifásicos mais recentes

liberam a carga elétrica para a pá positiva,

devolvendo-a, em seguida, para a pá original. Esse

sistema permite níveis de energia menores,

possivelmente não progressivos (p. ex., 150 joules a

cada desfibrilação) com lesão miocárdica

potencialmente menor. Quando a desfibrilação não

tem êxito, a RCP é imediatamente iniciada e outros

tratamentos para suporte de vida avançado são

iniciados.

https://saladeenfermagem.wordpress.com/2014/11/17/infografico-cardioversao-x-desfibrilacao/

Marca-passo transcutâneo

• O uso do marca-passo transcutâneo permite ao coração se estimulado através de eletrodos aplicados externamente, os quais descarregam impulso elétrico sobre o coração causando despolarização elétrica e contração subsequente.

• É utilizado até que um marca passo transvenoso possa ser implantado ou ate que a causa da bradicardia seja revertida.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2013003600001

DROGAS VASOATIVAS

• O termo droga vasoativa é atribuído às

substâncias que apresentam efeitos vasculares

periféricos, pulmonares ou cardíacos, sejam eles

diretos ou indiretos agindo através de receptores

situados no endotélio vascular.

Cuidados de Enfermagem à pessoa em uso de drogas vasoativas

• Preparo, administração e controle das drogas;

• Monitorização de dados vitais;

• Monitorização do débito urinário;

• Monitorização da perfusão sanguínea;

• Cuidados com o acesso venoso;

• Registros de Enfermagem.

PREPARO, ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DAS DROGAS

• Estabelecer critérios de diluição das drogas por meio de protocolos institucionais;

• Observar aspecto da solução antes e durante a administração;

• Administrar as drogas com a bomba de infusão;

• Calcular a dosagem das drogas em ug/Kg/min;

• Controlar velocidade de infusão das drogas;

• Manter o peso do paciente atualizado;

• Atentar aos sinais de desidratação antes de iniciar a infusão da droga;

• Conhecer a ação, estabilidade e interação medicamentosa das drogas;

• Conhecer quais as drogas fotossensíveis;

BALANÇO HIDRÍCO

• Monitorar os parâmetros que permitam acompanhar

o equilíbrio hídrico do cliente – Diante do tratamento

proposto, considerando o seu estado patológico,

renal e/ou cardíaco. A manutenção do equilíbrio

hídrico depende de uma adequada ingestão de

líquidos, contrabalanceando as perdas obrigatórias

pelo rim, pele, pulmões e fezes.

INGESTÃO

PERDAS

VIA ORAL 1500 ml URINA 1400 ml

ÁGUA DOS ALIMENTOS 800 ml

PELE 500 ml

METABOLISMO 200mL

RESPIRAÇÃO 400ml

TOTAL= 2500ml

FEZES 200ml

TOTAL= 2500ml

BALANÇO HIDRÍCO NORMAL

CONSIDERAR COMO GANHO/

ENTRADA

CONSIDERAR COMO PERDA/ SAÍDA

1 DIETA POR SNE, SNG,

OSTOMIAS.

1 ELIMINAÇÕES VESICO-

INTESTINAIS-(DIURES, FEZES

LIQUIDAS, SEMI LIQUIDAS).

2 INGESTÃO DE ÁGUAS,

SUCOS E CHÁS.

2 VOMITOS, DRENAGENS,

SECREÇÕES E SUDORESE.

3 TERAPIA MEDICAMENTOSA:

SOROS, MEDICAÇÕES COM

DILUIÇÃO, SANGUE, NPP.

Costuma – se dividir a distribuição em dois grandes compartimentos : intracelular e extracelular.

• Compartimento extracelular: refere – se a toda água externa às células e possui subcompartimentos : plasma, líquido intersticial,

linfa, entre outros;

• Líquidos transeculares: líquidos secretados (glândulas salivares, liquido da cavidade pleural, LCR;

• Terceiro espaço – situação na qual o liquido extracelular é perdido ou sequestrado numa área do corpo onde não há a participação das trocas e consequentemente não satisfaz as necessidades hídricas do paciente.

A DIFERENÇA ENTRE GANHO E

PERDA PODE RESULTAR EM:

BALANÇO POSITIVO BALANÇO NEGATIVO

RETENÇÃO DE

LIQUIDOS

PERDA DE LIQUIDOS

Considerar avaliação balanço hídrico

• Peso;

• Turgor da pele, tensão do globo ocular, umidade da

mucosa bucal;

• Edemas;

• Pressão arterial;

• Pressão venosa central (PVC);

• Ausculta pulmonar;

• Exames laboratoriais:

• Avaliar hematócrito, níveis plasmáticos de eletrólito.

Considera – se a água total do organismo como sendo 60 % do peso corporal e o volume extracelular 20%, conclui-se que o volume intracelular é de 40% do peso total.

• A perda de líquido pela pele e pelos pulmões aumenta de 100 ml a 300 ml para cada grau Celsius de febre ;

• As perdas urinarias e pelo intestino podem ser muito grandes em pacientes com poliúria ou diarreia intensa ;

• O As perdas pela pele podem ser elevadas a depender da temperatura ambiente.

MONITORIZAÇÃO DO DÉBITO URINÁRIO

• Controlar volume urinário a cada hora ou conforme

prescrição de enfermagem;

• Atentar para alterações das função renal como:

diminuição ou aumento do débito urinário,

acompanhamento dos valores de uréia, creatinina e

clarence de creatinina;

• Realizar rigoroso controle hídrico;

• Realizar balanço hídrico.

MONITORIZAÇÃO DA PERFUSÃO SANGUÍNEA

• Acompanhar as variações do pulso e perfusão

periférica;

• Manter as extremidades protegidas das perdas de

calor;

• Atentar para não garrotear os membros;

• Realizar rodízio do manguito de pressão arterial;

• Avaliar o enchimento capilar.

“ Onde seus talentos e as

necessidades do mundo se cruzam: aí

esta sua vocação.”

Aristóteles

OBRIGADA!

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde.

Portal da saúde. Disponível em: <http://www.sau- de.gov.br/saudetodahora>. Acesso em: 11 jan. 2013.

Knobel, Elias. Monitorização hemodinâmica no paciente

grave. 1ª ed. São Paulo : Editora Atheneu, 2010.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2013003600001

Manual de enfermagem para concursos e resideências: Atenção hospitalar. Rômulo Silva Passos(Coord.).- João Pessoa, PB: Editora Brasileiro& & Passos, 2018.

Knobel, Elias Terapia Intensiva/Elias Knobel, co-autores Claudia Regina Laselva, Denis Faria Moura Júnior. – São Paulo: Editora Atheneu, 2010.