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Pedro BalaLíder dos Capitães da Areia com 15 anos, tem
o cabelo loiro e uma cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando. É ágil, esperto, temido e respeitado por todos
do grupo. Traz nos olhos e na voz a autoridade de chefe. Nunca soube de sua mãe, e seu pai,
conhecido como Loiro, era estivador e liderara uma greve no porto, quando foi assassinado por policiais. Há dez anos Bala vagabundeia pelas ruas da Bahia. Ele ficou sozinho e empregou anos em conhecer a
cidade. Hoje, sabe de todas as suas ruas e de todos os seus becos. Ele é quem mais se aproxima de um
protagonista da história, pois serve como uma espécie de linha condutora, dando um caráter
coesivo aos diversos quadros que são apresentados ao longo da narrativa.
PADRE JOSÉ PEDROpadre de origem humilde, só conseguiu entrar para o
seminário por ter sido apadrinhado pelo dono do estabelecimento onde era operário. Discriminado por
não possuir a cultura nem a erudição dos colegas, demonstra uma crença religiosa sincera. Por isso, assume a missão de levar conforto espiritual às crianças abandonadas da cidade, das quais os
Capitães da Areia são o grande expoente. Introduzido no grupo pelo Boa-Vida,
conhecia o esconderijo dos capitães.
Boa VidaEra mulato troncudo e feio, o mais malandro do grupo. Muito preguiçoso, era o único que não
participava das atividades de roubo do grupo. Às vezes, roubava um relógio ou uma jóia qualquer,
passando-a logo para o Bala, como forma de apoio ao grupo. Era um boa-vida, gostava de violão e de
ficar fazendo nada, contemplando o mar e os barcos. Seu destino foi virar um verdadeiro malandro, que
vivia a correr pelos morros compondo sambas.
Sem PernasEra um garoto pequeno para sua idade, coxo de uma perna, agressivo, individualista. Era quem penetrava
nas casas de família fingindo ser um pobre órgão com o objetivo de descobrir os lugares da casa, onde
ficavam os objetos de valor depois fugia e os Capitães da Areia assaltavam a casa. Seu destino foi
suicidar-se atirando-se do parapeito do elevador Lacerda, pelo ódio que nutria pela polícia baiana.
PirulitoEra magro e muito alto, um cara seca, meio
amarelado, olhos fundos, boca rasgada e pouco risonha. Era o único do grupo que tinha vocação
religiosa apesar de pertencer ao Capitães da Areia. Quando parou de roubar, para sobreviver vendia jornais, seu destino foi ajudar o padre José Pedro
numa paróquia distante.
DalvaNo início ela tinha um amante, mas foi até que ele se cansou dela e a partir de então ela e Gato iniciaram
um caso.
DoraTinha treze para quatorze anos, era a única mulher do grupo e se adaptou bem a ele. Era uma menina
muito simples, dócil, bonita, simpática e meiga. Conquistou facilmente o grupo com seus cabelos lisos. Seus pais haviam morrido de alastrine e ela ficou sozinha no mundo com seu irmão pequeno. Tentou arrumar emprego, mais ninguém queria
empregar filha de bexiguento. Aí ela encontrou João Grande e professor que a chamaram para morar no
Trapiche, e logo ela já era considerada por todos como uma mãe, irmã e para Bala uma noiva. Ela participava dos roubos com os outros meninos.
Morreu queimando de febre
GatoEra o mais bonito e mais elegante da
turma.Candidato a malandro do bando, tinha em caso com Dalva mulher das noites, que lhe dava dinheiro, por isso, muitas vezes, não dormia no
trapiche. Só aparecia ao amanhecer, quando saía com os outros, para as aventuras do dia.Participava dos planos mais arriscados e era muito malandro e
esperto. Tempos depois foi embora para Ilheús tentar a sorte.
Professor Era um garoto magro, inteligente, calmo e o único
que sabia ler no grupo. O professor era quem planejava os roubos dos Capitães da Areia. Depois
de muito tempo aceitou um convite e foi pintar no Rio de Janeiro.
João GrandeNegro, mais alto e mais forte do bando. Cabelo
crespo e baixo, músculos rígidos. Após a morte de seu pai, não voltou mais ao morro onde morava, pois estava atraído pela cidade da Bahia. Com nove anos
entrou no Capitães da Areia. Época em que o Caboclo ainda era o chefe. Cedo, se fez um dos
chefes do grupo e nunca deixou de ser convidado para as reuniões que os maiorais faziam para
organizar os furtos. Ele não era chamado para as reuniões porque ele era inteligente e sabia planejar os furtos, mas porque ele era temido, devido a sua
força muscular. Os olhos ardiam quando viam alguém machucando menores. Então seus músculos ficavam duros e ele estava disposto a qualquer briga.
Ele era uma pessoa boa e forte, por isso, quando chegavam pequeninos cheios de receio para o
grupo, ele era escolhido o protetor deles. O chefe dos Capitães da Areia era amigo de João Grande
não por sua força, mas porque Pedro o achava muito bom, até melhor que eles. João Grande tinha um
grande pé, fumava e bebia cachaça. Não sabia ler. Era chamado de Grande pelo professor, admirava o
professor. O professor achava João Grande um negro macho de verdade.
Pedro BalaLíder dos Capitães da Areia com 15 anos, tem
o cabelo loiro e uma cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando. É ágil, esperto, temido e respeitado por todos
do grupo. Traz nos olhos e na voz a autoridade de chefe. Nunca soube de sua mãe, e seu pai,
conhecido como Loiro, era estivador e liderara uma greve no porto, quando foi assassinado por policiais. Há dez anos Bala vagabundeia pelas ruas da Bahia. Ele ficou sozinho e empregou anos em conhecer a
cidade. Hoje, sabe de todas as suas ruas e de todos os seus becos. Ele é quem mais se aproxima de um
protagonista da história, pois serve como uma espécie de linha condutora, dando um caráter
coesivo aos diversos quadros que são apresentados ao longo da narrativa.